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Matriz Matrizes são dispositivos metálicos ou plásticos (tiras de poliéster) que se destinam a principal função de possibilitar e facilitar a condensação do material restaurador (não permite o extravasamento do material restaurador). Ao mesmo tempo, proporciona o contorno anatômico correto e ponto de contato da futura restauração (evitando excesso de material nas faces proximais). Além disso, auxilia na proteção do dente vizinho em preparos e condicionamentos ácidos. 🡺 Classes II, III e IV. Geralmente, em coroas clínicas curtas, usamos as matrizes de 5 mm (largura) e em coroas grandes as de 7 mm. Também existem as polimatrizes (já vêm cortadas de acordo com o contorno anatômico). 🡺 Recortar as matrizes, adaptando-as para cada caso clínico. QUANDO UTILIZAR UMA MATRIZ? Matriz Plástica: resina composta, classe IV, classe III, para proteger o dente vizinho (condicionamento ácido) -> restaurações adesivas em dentes anteriores. Matriz de Aço: restaurações de amálgama, proteger o dente vizinho (preparos cavitários classes II, III e IV e condicionamento ácido), restauração de resina composta em dentes posteriores e proteger o dente vizinho em preparos de dentes anteriores -> esse tipo de matriz é passível de brunimento. Brunir a matriz: melhora o contorno, melhora a lisura de superfície e facilita a introdução no espaço interproximal (matriz fica sem dobras). Deixar a matriz 1mm acima da crista marginal (altura). 🡺 Matriz e cunha quase sempre estão relacionadas. CUNHAS: permitem que a matriz fique corretamente adaptada na parede gengival; promovem afastamento dental, auxiliando na obtenção de um ponto de contato adequado; promove proteção e afastamento do tecido gengival e mantêm a matriz em posição. Existem de vários tipos (espessuras - cores): amarela, verde, rosa, roxa e cru (madeira). São posicionadas (adaptadas) nas ameias cervicais: base da cunha voltada para o tecido gengival. Normalmente, são colocadas de lingual para vestibular -> com pinça hemostática ou alicate 121. As adaptações necessárias são feitas com lâmina de bisturi e disco de lixa. Restauração de amálgama = sempre usar cunha. Em resina, analisar cada caso. Matriz deve estar na distal da cunha. Cunha - Contact Wedge: Melhora a adapatação da matriz para vestibular e para lingual. Pode ser colocada com a pinça porta- grampo. CLASSIFICAÇÃO DAS MATRIZES: Individuais: - Matriz cunhada, estabilizada e reforçada com top dam: matriz fica estabilizada na posição, através do top dam que é aplicado nas superfícies lingual e vestibular. - Auto-matriz: sistema descartável onde fita e porta matriz são construídos como uma unidade. Lado plástico (fita) para gengival. - Sistema de matrizes 3M ou Pallodent: matrizes parciais biconvexas, anel metálico especial. Lado concavo para cervical para não danificar as papilas. Universais: presas às porta-matrizes. Tofflemire: tem um corpo móvel (onde será fixada a extremidade da tira) e a cabeça, que apresenta duas aberturas (onde será inserido a tira de matriz). A rosca maior é usada para regular o tamanho da tira e a rosca menor que prende a tira ao porta-matriz. Obs: antes de colocar a matriz, brunir. E manter o corpo móvel próximo a cabeça do porta matriz. Remoção das matrizes: Resina: por oclusal, sem muita preocupação. Amálgama: evitar retirar por oclusal para não fraturar -> retirar por vestibular ou lingual. Preparo Classe III Preparos realizados em faces proximais de dentes anteriores sem envolvimento do ângulo incisal. - Diagnóstico -> Anamnese + Exame Clínico + Radiografias (quando necessário) /Transiluminador/Ligeira separação – imediata ou mediata. Método de separação imediato: separador mecânico -> de Ivory, de Elliot, de Ferrier. ➔ Obs: obter a separação necessária para os objetivos, nada além disso. Diagnóstico para confirmar a presença da lesão com cavitação (com necessidade de restaurar) ou sem cavitação (sem necessidade de restaurar - questões estéticas). Melhor acesso à lesão: acesso direto (afastamento ou ausência de dente vizinho), pois, preserva estrutura dental sadia, mantem ponto de contato sadio e maior facilidade de acerto de cor, prolongamento do tempo de substituição das restaurações (restauração camuflada). Se não puder por acesso direto, temos o acesso por vestibular ou por lingual/palatina (melhor). ➔ Uso da ponta diamantada 1011. Acesso por vestibular: Cárie por vestibular, má posição dental, substituição de restauração. Remoção de tecido cariado: paredes circundantes: até tecido firme Parede de fundo: textura de sorvete. RESTAURAÇÕES ADESIVAS - RESINAS COMPOSTAS. Princípios de Adesão: dente e material restaurador Forma de contorno: define a área do dente a ser envolvida no preparo cavitário -> menor abertura possível de modo a envolver o tecido cariado, quando necessário amplia o preparo como forma de conveniência. Tecido sadio -> desgaste é feito em alta rotação/pontas diamantadas esféricas. Tecido cariado -> desgaste em baixa rotação com brocas esféricas ou colher de dentina. Avaliar oclusão com papel carbono -> evitar realizar acessos nos pontos de contato entre os dentes antagonistas. Acesso por palatina nunca realiza bisel. Por vestibular, o profissional pode optar por fazê-lo com o objetivo de camuflar a restauração (sumir com a linha de transição entre o dente e a resina composta). Pontas diamantadas 3118 ou forma de chama fina 2200 -> angulação de 45° em relação à superfície externa -> 0,25 a 1 mm. Adesão em esmalte e dentina. RESTAURAÇÕES DE CAVIDADE CLASSE III Resina body (corpo) Várias camadas de resina para tentar chegar próxima a coloração real do dente. Preparo cavitário -> profilaxia (pedra pomes e água): eliminação de resíduos e placa bacteriana para favorecer a escolha da cor -> com escova de robson ou taça de borracha. Escolha da cor É feita sem o isolamento absoluto. Se possível, escolher antes do preparo e sob luz natural. Na cervical do dente é melhor para escolher a cor (menor espessura do esmalte). Dente e escala úmidos. Escala de cor no mesmo plano. Escala de cores: A cor possui três componentes básicos (3 dimensões): Matiz -> nome da cor Croma -> saturação Valor -> luminosidade (claro/escuro) Grupo A: laranja Grupo B: amarelo Grupo C: cinza Grupo D: cinza avermelhado Grupos são os nomes das cores (matiz). Os números, o croma (aumento da saturação) Preparos Cavitários Classe V 🡺 Superfícies lisas de dentes anteriores e posteriores no terço gengival. 🡺 Utiliza-se sempre resina composta em dentes permanentes. Ionômero de vidro pode ser utilizado em dentes decíduos. Sempre que o paciente desejar -> restaurações estéticas (resina). TIPOS DE LESÃO: Cariosas Não Cariosas: LCNC – lesões cervicais não cariosas. Lesão cariosa com cavitação: preparo cavitário e restauração. Remoção de restauração não estética (amálgama). LESÕES NÃO CARIOSAS 🡺 Multifatorial. ABRASÃO: perda de estrutura dental na região cervical por desgaste mecânico -> escovação traumático, grande abrasividade de pastas, hábitos deletérios, apertamento dos dentes. CORROSÃO (não erosão): perda de estrutura dental na região cervical por dissolução química -> bebidas/alimentos ácidos, refluxo gástrico. ABFRAÇÃO: perda de estrutura dental na região cervical por flexão dental. Forma de contorno: define a área do dente a ser envolvida no preparo cavitário. Deve ter a menor abertura possível (mais conservativo possível) e envolver todo o tecido cariado. Determinação da extensão do preparo: - acesso a lesão; - remoçãode tecido cariado; - quando necessário, forma de conveniência. Preparo cavitário: ponta diamantada 1011. Remoção de tecido cariado: brocas esféricas em baixa rotação (2, 4, 6, 8) em baixa rotação ou colher de dentina. Preparo classe V: nunca fazer bisel na parede gengival/cervical devido a espessura fina do esmalte -> adesão em dentina (substrato heterogêneo) -> risco de infiltração. O preparo é realizado sem isolamento absoluto. Bisel somente no ângulo cavo- superficial da parede circundante oclusal ou incisal -> usar ponta 1190FF ou 3118FF em uma angulação de 45° em relação a superfície externa, com uma espessura mínima (0,25 a 2 mm). Forma de retenção/estabilidade: adesão -> pelo condicionamento ácido de esmalte e dentina. Acabamento da cavidade: alisamento das bordas, melhor adaptação do esmalte -> longevidade da restauração. Acabamento pode ser feito com recortadores de margem gengival, cinzel de Weldestaedt. Preparos cavitários Classe II Preparos cavitários nas faces proximais de dentes posteriores. Prognóstico (indicação) das restaurações diretas: 1/3 da distância intercuspídea (entre o vértice das cúspides). Quanto mais para posterior e maior diâmetro -> menor longevidade (prognóstico menos favorável). Resina composta: Função estética, preparo minimamente invasivo, reforço da estrutura dental. Prognóstico mais favorável: adesão em esmalte. Adesão em dentina: prognóstico menos favorável, controle maior de higienização, manutenção de 6 em 6 meses (limpeza-profilaxia, instruções de higiene, radiografia interproximal). Indicação de preparo classe II: lesão de cárie com cavitação em faces proximais -> difícil higienização. Vias de Acesso: DIRETO (estritamente proximal): é melhor, pois, preserva tecido sadio e estruturas de reforço. SLOT VERTICAL: rompe cristal marginal do dente (também é um preparo conservador) -> entra verticalmente com a broca no limite amelodentinário até cair no vazio -> realiza movimento de pêndulo -> deixar pequena espessura de esmalte (ponto de contato). Fazer acabamento com recortador de margem. Antes de realizar os preparos, demarcar os contatos oclusais.