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Simulado DP - Relação de causalidade, culpabilidade, classificação de crimes e ilicitude. 1. A teoria finalista da ação é a única corrente doutrinária que explica de forma satisfatória o crime omissivo próprio. ( ) Certa ( ) Errada 2. É possível a responsabilização penal de pessoa jurídica por crime culposo. ( ) Certa ( ) Errada 3. O erro de proibição sempre exclui a culpabilidade do agente. ( ) Certa ( ) Errada 4. O concurso de pessoas ocorre somente nos crimes dolosos. ( ) Certa ( ) Errada 5. A coação irresistível e a obediência hierárquica são excludentes de ilicitude. ( ) Certa ( ) Errada 6. A legítima defesa real somente pode ser alegada pelo agente que age em defesa própria ou de terceiro. ( ) Certa ( ) Errada 7. O dolo eventual é sempre equiparado ao crime doloso. ( ) Certa ( ) Errada 8. A prescrição retroativa é mais benéfica para o réu do que a prescrição intercorrente. ( ) Certa ( ) Errada 9. A tentativa é um crime autônomo, ou seja, o agente responde pelo crime tentado e pelo crime consumado. ( ) Certa ( ) Errada 10. O nexo de causalidade pode ser afastado mesmo que a conduta do agente tenha sido a causa adequada e suficiente para produzir o resultado. ( ) Certa ( ) Errada 11. A Lei de Drogas prevê somente crimes de perigo abstrato. ( ) Certa ( ) Errada 12. A embriaguez preordenada é causa de exclusão da culpabilidade. ( ) Certa ( ) Errada 13. A condenação por crime de tráfico de drogas impede a concessão de sursis. ( ) Certa ( ) Errada 14. A reincidência é causa de aumento de pena mesmo nos crimes culposos. ( ) Certa ( ) Errada 15. O furto de coisa comum é crime impossível. ( ) Certa ( ) Errada Respostas: Errada. A teoria finalista da ação é uma das correntes doutrinárias que explica o crime omissivo próprio, mas não a única. Há outras teorias que também explicam, como a teoria da imputação objetiva e a teoria do domínio do fato. O Código Penal brasileiro, em seu artigo 13, §2º, também prevê que "a omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado". Errada. Segundo o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), é possível a responsabilização penal da pessoa jurídica por crimes culposos, desde que haja previsão legal expressa. O Código Penal brasileiro, em seu artigo 3º, parágrafo único, prevê essa possibilidade. Errada. O erro de proibição pode excluir a culpabilidade do agente, mas não é uma exclusão automática. Deve ser analisado se o agente tinha ou não condições de conhecer a ilicitude de sua conduta, além de outros fatores. O Código Penal brasileiro, em seu artigo 21, prevê que "o desconhecimento da lei é inescusável". Errada. O concurso de pessoas pode ocorrer tanto nos crimes dolosos quanto nos crimes culposos. O Código Penal brasileiro, em seu artigo 29, prevê que "quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade". Errada. A coação irresistível é uma causa de exclusão de ilicitude, enquanto a obediência hierárquica é uma causa de exclusão de culpabilidade. Ambas não são excludentes de ilicitude, mas sim de culpabilidade. O Código Penal brasileiro, em seus artigos 22 e 23, prevê essas causas. Errada. A legítima defesa real pode ser alegada não apenas pelo agente que age em defesa própria ou de terceiro, mas também pelo agente que age em defesa de seu patrimônio ou de interesse público relevante. O Código Penal brasileiro, em seu artigo 25, prevê essa possibilidade. Errada. O dolo eventual não é sempre equiparado ao crime doloso. Deve ser analisado o grau de probabilidade de o agente ter previsto o resultado, além de outros fatores. O Código Penal brasileiro, em seu artigo 18, §2º, prevê que "se o agente não quis o resultado, mas assumiu o risco de produzi-lo, a pena pode ser reduzida de um sexto a um terço". Errada. A prescrição intercorrente é mais benéfica para o réu do que a prescrição retroativa, pois a primeira extingue a punibilidade do agente enquanto a segunda apenas reduz o prazo da prescrição. O Código de Processo Penal brasileiro, em seu artigo 110, §1º, prevê a prescrição intercorrente. Errada. A tentativa não é um crime autônomo, mas sim uma forma de execução incompleta do crime. Conforme previsto no artigo 14, II, do Código Penal brasileiro, o agente que, por qualquer motivo, não consegue consumar o crime, responderá apenas pelo crime tentado, com pena reduzida de um a dois terços em relação ao crime consumado. Errada. O nexo de causalidade é um elemento essencial para a configuração do crime. Quando a conduta do agente é a causa adequada e suficiente para produzir o resultado, não há como afastar o nexo causal. A doutrina e a jurisprudência consideram a existência de causas supervenientes relativamente independentes, como fatores que podem afastar o nexo causal. Errada. A Lei de Drogas (Lei nº 11.343/2006) prevê tanto crimes de perigo abstrato quanto de perigo concreto. O artigo 33, caput, por exemplo, criminaliza o tráfico ilícito de drogas, que é um crime de perigo concreto. Errada. A embriaguez preordenada, também conhecida como embriaguez premeditada, é uma causa de aumento de pena e não de exclusão da culpabilidade. O Código Penal brasileiro prevê em seu artigo 61, II, "e", que a reincidência e a premeditação são circunstâncias que agravam a pena. Certa. De fato, a condenação por crime de tráfico de drogas impede a concessão de sursis, que é uma forma de suspensão condicional da pena. Essa vedação está prevista no artigo 2º, § 1º, da Lei de Crimes Hediondos (Lei nº 8.072/1990), que é aplicada aos crimes previstos na Lei de Drogas. Certa. A reincidência é causa de aumento de pena nos termos do artigo 63 do Código Penal brasileiro. O dispositivo prevê que "verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior". A doutrina majoritária e a jurisprudência dos tribunais brasileiros entendem que a reincidência é aplicável tanto aos crimes dolosos quanto aos culposos. Errada. O furto de coisa comum não é considerado crime impossível, mas sim tentativa de furto. Coisa comum é aquela que pertence a mais de uma pessoa, como um bem coletivo, e, portanto, pode ser objeto de furto. Se o agente tenta furtar uma coisa comum, sem conseguir levar o bem, responde pelo crime tentado, com pena reduzida em relação ao furto consumado.