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HISTORIA DE SERGIPE

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Prof. Wesley Guerra 
História de Sergipe 
1 
 
 
 
 SÍMBOLOS DO ESTADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A bandeira data do século XIX e foi criada pelo comerciante sergipano Bastos 
Coelho para identificar suas embarcações. Porém, os estados vizinhos passaram 
a associar a bandeira ao Sergipe, sendo tão popularmente difundida como símbolo 
do estado que foi oficializada como tal pelo governador Pereira Lobo, através da lei 
nº 795 de 19 de outubro de 1920, ano do centenário da emancipação de Sergipe. 
Foi hasteada oficialmente pela primeira vez em 24 de outubro de 1920, na fachada 
do Palácio Olímpio Campos. 
O selo (brasão), oficializado pela Lei nº 2 de 5 
de junho de 1892, é usado em documentos e 
papéis impressos pelo Governo do Estado 
de Sergipe. É do professor Brício Cardoso a 
criação do brasão. 
 
O hino, oficializado pela Assembleia Provincial em 5 de julho de 
1836, noticiado pela primeira vez no jornal “Noticiador Sergipano”, 
de São Cristovão. A letra é do poeta e professor Manoel Joaquim 
de Oliveira Campos e a música é de Frei José de Santa Cecília. Título 
“Alegrai-vos Sergipanos”. Inspirada em uma ópera italiana: 
“L’Italiana in Algeri”, de Gioachino Rossini. 
A Praça São Francisco é 
uma praça localizada no centro histórico da 
cidade brasileira de São Cristóvão, no 
Estado de Sergipe. A Praça foi fundada junto 
com a cidade em 1607, e seu entorno possui 
edificações construídas entre os 
séculos XVII e XIX. Foi protegida em nível 
estadual e nacional e 
designada Patrimônio da 
Humanidade em 1º de agosto de 2010 
pela UNESCO pelo seu valor como 
documento histórico, paisagístico, 
urbanístico e sociocultural do período 
da União Ibérica, sendo um importante 
representante dos modelos combinados 
de urbanismo português e espanhol, tendo 
em seu redor relevantes prédios históricos. 
Apesar de historicamente a data se confundir com o 8 de julho de 1820 (data 
da Carta Régia que desanexou o território sergipano da Bahia), foi no dia 24 de 
outubro de 1824 que o documento chegou a Sergipe e só assim a sociedade 
sergipana pôde comemorar, de fato, a independência de sua província (o 
governador da época era o brigadeiro Manoel Fernandes da Silveira). 
 
 
Prof.º WESLEY GUERRA 
 
profwesleyguerra 
 
HISTÓRIA DE SERGIPE 
Obra do artista Edidelson 
Dia da Sergipanidade 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Joaquim_Pereira_Lobo
https://pt.wikisource.org/wiki/Lei_estadual_de_Sergipe_795_de_1920
https://pt.wikisource.org/wiki/Lei_estadual_de_Sergipe_795_de_1920
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_Ol%C3%ADmpio_Campos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bras%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/5_de_junho
https://pt.wikipedia.org/wiki/5_de_junho
https://pt.wikipedia.org/wiki/1892
https://pt.wikipedia.org/wiki/Documento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sergipe
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pra%C3%A7a
https://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_hist%C3%B3rico
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Crist%C3%B3v%C3%A3o_(Sergipe)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sergipe
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVII
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIX
https://pt.wikipedia.org/wiki/Patrim%C3%B4nio_da_Humanidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Patrim%C3%B4nio_da_Humanidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/UNESCO
https://pt.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o_Ib%C3%A9rica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Urbanismo
 Prof. Wesley Guerra 
História de Sergipe 
2 
 
HISTÓRIA SERGIPANA ANTES DO SURGIMENTO DA ESCRITA 
Principais municípios onde foram encontrados materiais arqueológicos: Canindé, 
Cristinápolis, Pacatuba, Divina Pastora, Frei Paulo e Lagarto. 
Em Canindé, na margem direita do rio São Francisco, bem próximo a hidroelétrica de Xingó, 
foram encontrados milhares de objetos e pinturas, além de centenas de esqueletos 
pertencentes ao homem primitivo sergipano que habitava o sertão há mais de 9.000 anos. 
Por meio de uma série de estudos, em Sergipe, é possível identificar três culturas dentre as 
suas comunidades pré-históricas: Cultura Canindé ou Xingó, Tradição Aratu (Pacatuba e 
Sul de Cristinápolis) e Tradição Tupi-Guarani (mais recente). 
CARACTERÍSTICAS DO HOMEM PRIMITIVO SERGIPANO 
- Viviam em pequenos grupos de famílias; 
- Nomadismo; 
- Usavam abrigos naturais como as grutas do cânion do rio São Francisco; 
- Caça, coleta, arco e flecha. Plantação (Neolítico); 
- Fabricavam objetos de cerâmica como panelas, potes, tigelas e cachimbos; 
- Produziam com pedra: pontas de flecha, machados e pilões para moer grãos; 
- Desenhavam e pintavam animais, seres humanos e figuras geométricas; 
- Possivelmente (teoria) acreditavam em espíritos dos mortos, nos astros e nas forças da natureza. 
 
Tabela a seguir mostra as tribos indígenas que habitavam Sergipe pela época do descobrimento e sua respectiva localização: 
 DENOMINAÇÃO LOCALIZAÇÃO 
Acunãs Perto de Neópolis 
Aramurus (Aru-Marus, Arremuruz, Urumarus 
 
Baixo São Francisco, Porto da Folha, Serra de Itabaiana (?) 
 
Boimés 
Japaratuba, Baixo São Francisco, Água Azeda 
– perto de Aracaju, Rio Real 
Caacicas Japaratuba 
Caetés Do São Francisco ao Rio Real 
Carapotós Pacatuba, Porto da Folha 
Caxagós (Capajós) Pacatuba, no Baixo São Francisco 
Huamays Propriá 
Kiriris (Cariris) 
Aldeia do Geru (Juru), aldeia do Rio Real da Praia, 
Lagarto, São Francisco, Propriá 
Moritses Geru 
Natus Pacatuba e Baixo São Francisco 
Oromarais Pacatuba, São Pedro do Porto da Folha 
Romaris (Omaris) 
Ilha de São Pedro, Ilha do Ouro, Propriá, 
Baixo São Francisco 
Tapuias Geru 
Tupinambás 
Na costa de Sergipe, do Rio São Francisco ao Real. 
Nos rios Sergipe, Irapiranga e Real, aldeia de Água Azeda 
Tupinauês 
Entre o Rio São Francisco e Real. Vale do São Francisco 
Até Porto da Folha 
 
 
Urumas (Uruna) 
Porto da Folha – Serra de Itabaiana (?) 
Xocós 
São Pedro (Porto da Folha), Pacatuba, Propriá, Neópolis, 
margens do Rio São Francisco 
 Fonte: Fernando Lins de Carvalho, no livro A Pré-História Sergipana (adaptado pelo autor) 
 
 
OS ÍNDIOS SERGIPANOS 
Na época do descobrimento, as terras de Sergipe eram habitadas por várias tribos indígenas. Além dos Tupinambás e Caetés nas 
terras sergipana tinham cerca de 30 aldeias, ambas pertencentes ao grupo Tupi. Que pode ser dividida desta forma: 
 Prof. Wesley Guerra 
História de Sergipe 
3 
 
- Na faixa do litoral sergipano os Tupinambás; 
- Ao sul do Estado os Kariri; 
- Ao norte de Sergipe, próximo ao Rio São Francisco, os Baimé, Kaxagó, Katu, Xocó, Romari, 
Aramuru e Karapotó. 
Principais grupos ou nações indígenas brasileiras na época do descobrimento eram: Tupi, Jê, 
Aruak e os Caribe ou Caraíba. Em Sergipe viviam dois desses grupos: os Jês (atual agreste 
e o sertão) e os Tupis (eram os canoeiros do litoral. Divididos em Tupinambás, Caetés, 
Tupiniquins e Tupinauês). *Kiriris ou Cariris. 
Os mais famosos caciques tupinambás de Sergipe foram Serigy, Aperipê, Surubi, 
Japaratuba, Pacatuba e Pindaíba. 
 
A CAPITANIA DE SERGIPE DEL REY 
✓ Os primeiros navegantes europeus a observar o litoral sergipano foram Gaspar de Lemos e Américo Vespúcio em 1501, e 
Martin Afonso de Souza, em 1531. 
✓ A princípio era chamado pelos portugueses de “Sertões do rio Real”. Depois passou a ser conhecido pelo nome de um dos 
principais rios, ao qual os índios chamavam de “Siriípe”, que significa Rio dos Siris (*). 
✓ O atual estado de Sergipe fazia parte da Capitania da Bahia, que foi doada a Francisco Pereira Coutinho. 
✓ A ocupação das terras sergipanas pelos colonizadores se deu no sentido sul-norte, começando pelo rio Real e 
estendendo-se até o rio São Francisco, com os povoadores ocupando, inicialmente, as terras mais próximas do litoral. 
✓ A relação dos índios com osfranceses era amistosa. 
 
A CATEQUESE JESUÍTA 
 
✓ No início, os missionários contaram com o apoio dos chefes indígenas Aperipê (líder das terras do rio Real até as terras 
próximas ao rio Vaza-Barris), Surubi (líder da região do rio Vaza-Barris) e Serigy (líder na região litorânea). Serigy viria a se tornar 
o principal líder dos indígenas contra os colonizadores. 
✓ Os Padres Gaspar Lourenço e João Salônio vieram para Sergipe em 1575, acompanhados por 20 noviços e escoltados por 
20 soldados, para darem início ao trabalho de catequese. 
✓ A catequese começou pelas aldeias tupinambás do Sul entre os rios Itanhy (atual rio Real) e Piauí. Construíram a primeira 
igreja de Sergipe, um barracão coberto de palha de pindoba, que recebeu o nome de São Tomé. 
✓ Os índios expulsaram os jesuítas e os soldados. Motivo: os soldados roubavam as roças e raptavam mulheres. 
✓ A expulsão serviu de motivo para o governador Luís de Brito invadir os “Sertões do rio Real”. 
 
A ORDEM DOS CAPUCHINHOS 
Para substituir as escolas jesuíticas fechadas pela Reforma Pombalina, o governo foi recrutando, como podia frades e monges de 
diversas ordens religiosas entre elas os franciscanos, carmelitas, beneditinos e capuchinhos. Identificando, pois, a presença 
destes em algumas cidades sergipanas, avaliar a atuação dos religiosos, as condições sociais das comunidades aos quais os 
acolheram e o motivo da sua vinda. As missões não pararam por aí, existem vestígios das pegadas capuchinhas em 1841 na cidade 
de São Cristóvão, foi construído um hospício (lugar de hospedaria) e de uma capela sendo o responsável pela obra o frei Cândido 
de Taggia, em 1844, ao mesmo tempo da construção passou a residir em São Cristóvão, também junto com o hospício foi erguida 
uma capela que foi determinados como templo principal do senhor das misericórdias ou São Gonçalo que teria um subordinação 
administrativa de um vice prefeito que também teria sujeição ao prefeito da Bahia. O hospício dos Capuchinhos, empregando-se 
muito proveitosamente no exercício das missões, que todos os anos vão dar em diferentes freguesias da diocese, até nos altos 
sertões e no Estado de Sergipe. Não podemos deixar de citar a influência das atividades missionárias para a contribuição 
de uma história da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e solos sergipanos em 1705, o Estado viu-se forçado pela 
necessidade de autorizar a vinda de outros capuchinhos desta vez italianos para dar assistência prioritária aos índios através das 
missões de aldeamento. Em São Cristóvão tudo começou com três frades religiosos iniciando a construção do hospício e dando início 
a catequese no interior da província. O complexo da igreja e o hospício ficaram prontos e foram inaugurados no final dos anos de 
1846, também os capuchinhos passaram a usar o hospício como um grande centro cultural, além das atividades religiosas. 
Exatamente a 1863 anos foi erguido um centro religioso moderno para sua época, mesmo com a imagem que construímos dos 
capuchinhos, vida simples votos de pobreza, era uma grande obra para o seu tempo, que dali saiam as comissões para o evangelismo, 
os frades capuchinhos, também usavam para outros fins educacionais e culturais o recinto. 
* A história da igreja começa em 1961, quando um grupo de frades capuchinhos italianos se instalou na região e iniciou 
a construção da Igreja São Judas Tadeu. A Ordem tem como referência o Frei Miguel. 
 
A CONQUISTA DE SERGIPE 
 
O governo português no Brasil, tinha vários interesses em conquistar os “Sertões do rio Real”: tomar posse das terras 
dos índios e escravizá-los; ligar por terra a Capitania da Bahia à de Pernambuco; criar gado e plantar cana-de-açúcar; 
expulsar franceses e explorar minérios no sertão. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Serigy
 Prof. Wesley Guerra 
História de Sergipe 
4 
 
✓ Luís de Brito organizou um grande exército para invadir os “Sertões do rio Real”. O objetivo era punir os tupinambás por terem 
abandonado a catequese e expulsado os padres jesuítas. 
✓ Na batalha (1575) morreram o cacique Surubi e mais de 1.000 índios. 1.200 nativos foram levados como prisioneiros para a 
Bahia. 
✓ A invasão não deu início a colonização. 
✓ Em 1589, foi preparada uma nova expedição de guerra, comandada por Cristovão de Barros. Contando com 5.000 homens, 
além de índios tapuias. 
✓ Após muita luta, os índios foram vencidos, sendo 2.400 mortos e 4.000 escravizados e aprisionados. 
✓ Logo que conquistou Sergipe em 1590, Cristovão de Barros criou a primeira capital do território que recebeu o nome do 
santo de devoção de seu fundador: São Cristovão. 
✓ Além das terras sergipanas terem sido distribuídas inicialmente entre os soldados que acompanharam Cristovão de Barros nas 
lutas de conquista, grande parte delas foi cedida a membros da família Garcia d’Ávila, ricos proprietários baianos, ligados 
ao setor de pecuária. 
✓ Depois da conquista, os portugueses fundam a Cidade de São Cristóvão (margens do rio Sergipe num outeiro próximo ao rio 
Poxim, mas essa é realocada mais duas vezes até o ponto onde se encontra a atual a partir de 1608), essa cidade não passava 
de um conglomerado de casas de taipa com cobertura de palha e uma pequena igreja dedicada a Nossa Senhora das Vitórias 
(1609). 
✓ Ocorre grande miscigenação entre portugueses e índios amansados 
✓ No início foram construídas algumas edificações como a igreja, o presídio e o arsenal de armas (praticamente um 
acampamento de soldados). 
✓ A princípio, São Cristovão situava-se na foz do rio Sergipe. Em 1607 foi transferida para o local atual, numa colina próxima ao 
rio Vaza-Barris, para evitar ataques dos franceses pelo mar. 
 
DOAÇÕES DE SESMARIAS (formação da elite latifundiária sergipana) 
o As primeiras sesmarias doadas nos inícios da colonização eram voltadas principalmente para as 
atividades pastoris. Por muito tempo essa foi a principal atividade econômica da capitania, levando Felisbelo 
Freire a escrever: “O SERGIPANO ANTES DE SER AGRICULTOR FOI PASTOR”. 
o As sesmarias eram as terras doadas pelos capitães mores às pessoas em condições de 
colonizar: fazendeiros, militares, altos funcionários e religiosos. 
o As melhores sesmarias ficavam próximas aos rios e ao litoral. A partir da distribuição de sesmarias teve 
início a colonização de Sergipe, surgindo os currais de criatório de gado e engenhos de cana-de-açúcar. 
o A pecuária foi fundamental na expansão do povoamento pelo agreste e sertão sergipanos, como pode 
ser comprovado na denominação de várias povoações surgidas naquele período, tais como Campos do Rio 
Real (atual Tobias Barreto), Curral das Pedras (atual Gararu), Malhador, Campo do Brito dentre 
outros. 
 
MINERAÇÃO NO SERTÃO SERGIPANO 
 
Belchior Dias Moréia (Brasil, 1540-1619), bandeirante brasileiro, tem seu nome 
ligado à serra de Itabaiana, nos arredores de Aracaju, e ao mito do Eldorado no 
Brasil. Era ainda conhecido como Belchior Dias Moreira ou Belchior Dias 
Caramuru, por ser parente de Diogo Álvares o Caramuru. Teria nascido por 
volta de 1540, tinha fazendas ou currais junto a Serra do Canini, nos sertões do rio 
Real (hoje município de Tobias Barreto). Considerado notável colonizador do sertão 
do rio Real, onde teria chegado desde 1599, após haver tomado parte na conquista 
de Sergipe, como um dos capitães de Cristóvão de Barros. 
Ficou famoso por suas buscas do Eldorado, que se localizava na serra de 
Itabaiana. Até hoje há quem creia que haveria ali riquezas em metais e que a área 
ocultaria um "carneiro de ouro". O mito surge a partir das expedições deste 
aventureiro Belchior Dias Moréia, que alardeou a descoberta de uma grande quantidade 
de prata na região, no século XVI. Embora nada tenha sido efetivamente localizado, a 
notícia ajudou a impulsionar outras expedições particulares e governistas, que 
tomaram os caminhos da Serra nos séculos seguintes. Itabaiana, com sua velha serra, atraiu aventureiros em busca daprata que 
teria sido achada por Belchior Dias Moréia e durante dois séculos alimentou entre os brasileiros o sonho de riqueza. 
HOLANDESES EM SERGIPE 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Felisbelo_Firmo_de_Oliveira_Freire
https://pt.wikipedia.org/wiki/Felisbelo_Firmo_de_Oliveira_Freire
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/1540
https://pt.wikipedia.org/wiki/1619
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bandeirante
https://pt.wikipedia.org/wiki/Itabaiana
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aracaju
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eldorado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Diogo_%C3%81lvares
https://pt.wikipedia.org/wiki/1540
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tobias_Barreto_(Sergipe)
https://pt.wikipedia.org/wiki/1599
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sergipe
https://pt.wikipedia.org/wiki/Crist%C3%B3v%C3%A3o_de_Barros
https://pt.wikipedia.org/wiki/Prata
https://pt.wikipedia.org/wiki/Itabaiana
 Prof. Wesley Guerra 
História de Sergipe 
5 
 
 
• Em 1624, tentam tomar a Bahia sendo expulsos um ano depois. Em 1630, invadiram 
Pernambuco, controlando também as capitanias da Paraíba e do Rio Grande do Norte. 
A invasão de Sergipe foi preparada em 1637, no Forte de Maurício no atual município de 
Penedo em Alagoas. 
As tropas da Companhia das Índias Ocidentais cruzaram o rio São 
Francisco e iniciaram a invasão. 
Objetivo: recolher os rebanhos, construir fortes no território, 
controlar a capital e procurar jazidas de metais no sertão. 
O conde Bagnoulo, que comandava as tropas portuguesas, ordenou 
que fossem incendiados os engenhos, canaviais e a própria cidade de 
São Cristovão, além de 5.000 cabeças de gado: política da terra arrasada. Van Schoppke, comandante 
holandês, observando a destruição, ordenou a destruição do que restou. A expulsão definitiva ocorreu em 
1646 na batalha do Urubu nas proximidades da atual cidade de Propriá. Alguns estudiosos apontam 
como parte da influência holandesa as construções de currais de pedras no sertão, a técnica de fabricação do 
requeijão e possíveis influências étnicas, além de nomes como Wanderley e Rolemberg. 
DESTAQUE: o desenvolvimento da pecuária, a invasão de Sergipe pelos holandeses e a procura das minas 
de metais preciosos, durante o século XVII, foram importantes para o início da ocupação das terras do agreste sergipano. 
 
ORGANIZAÇÃO SOCIAL E POLÍTICA 
 
No final do século XVII foram criadas vilas. As primeiras vilas de Sergipe no período colonial foram: Santo Antônio e Almas 
de Itabaiana, Nossa Senhora da Piedade do Lagarto, Santa Luzia do Itanhy, Santo Amaro das Brotas, Vila Nova, Santo 
Antônio do Urubu. 
▪ Foram criadas as Câmaras de vereadores. 
▪ A imensa maioria da população era analfabeta. 
▪ Em 1696, foi a criada a comarca de Sergipe para combater crimes e desordens, e para melhorar as ações da justiça. 
▪ Sociedade patriarcal e escravista. 
▪ Classe dominante (grandes proprietários de terras), setores médios (funcionários públicos, religiosos, comerciantes), pobres 
(pessoas livres ou libertas), escravos. 
▪ Para Sergipe foram trazidos diversos grupos africanos: Bantus, Congos, Angolas, Guineus, Gêge-Nagôs, Malês, 
Yorubás. Sudaneses* 
▪ Resistência à escravidão: em Sergipe os mocambos existiram durante todo o período da escravidão, demonstrando que o 
escravismo sergipano foi um dos mais violentos do Brasil. 
▪ A Capitania de Sergipe d’El Rey teve várias missões, as principais foram: Água Azeda (São Cristovão), Gerú, Nossa Senhora 
da Saúde (Japaratuba), São Félix (Pacatuba), São Pedro (Porta da Folha). 
▪ 
ECONOMIA 
 
❖ Criação de gado (as boiadas subiam para o sertão acompanhando o curso dos rios Sergipe, Vaza-Barris e São Francisco. Assim, 
foram surgindo pontos de encontro para descanso dos vaqueiros e dos animais: Boca da Mata, Cemitério (Aquidabã), Carira, Campos 
(Tobias Barreto), Enforcados (Nossa Senhora das Dores), Curral de Cima (Poço Redondo), Curral do Buraco (Porto da Folha) entre 
outros. 
❖ Culturas de subsistência: milho, feijão, arroz e principalmente mandioca (favoreceu a ocupação do agreste sergipano). 
❖ Fumo (troca de escravos). 
❖ Algodão (servia como matéria-prima para a indústria de tecidos da Europa). 
 
A CANA-DE-AÇÚCAR EM SERGIPE 
✓ No começo do século XVIII cresceu a exportação de açúcar de Sergipe para a Europa. 
✓ A maior produção de cana-de-açúcar ocorreu nos vales dos rios Vaza-Barris, Piauí, Sergipe/Cotinguiba por dois 
fatores: a existência de vales férteis com solos de massapê preto e amarelo e um clima com chuvas no tempo certo na 
região litorânea. 
✓ Os principais portos fluviais da Capitania de Sergipe foram: Maruim no rio Ganhamoroba, Estância no rio Piauí, Santa Luzia no 
rio Real, Vila Nova no rio São Francisco e São Cristóvão no rio Vaza-Barris. 
 
INÍCIO DO SÉCULO XIX 
 
 Prof. Wesley Guerra 
História de Sergipe 
6 
 
✓ Laranjeiras era a vila mais importante com 850 casas e 3.000 moradores. De seus engenhos e sobrados, os grandes 
senhores de terras controlavam a política e a economia de Sergipe d’El Rey. 
✓ Realizações: construção de um canal entre os rios Sergipe e Vaza-Barris; regulamentação da pesca no rio São Francisco; 
exploração de minérios na serra de Itabaiana e no cânion do São Francisco; criação do correio terrestre entre São Cristóvão e 
Salvador; organização de uma comissão de vacinação para combater a epidemia de varíola que atingiu Sergipe em 1815. 
✓ Sergipe participou da guerra contra os revoltosos de Pernambuco (Revolução Pernambucana de 1817). 
 
DEPENDÊNCIA ECONÔMICA E POLÍTICA 
 
o O território da Capitania de Sergipe d’El Rey era bem maior que o atual estado de Sergipe. 
o No decorrer do tempo foram perdidos cerca de 18.000 Km2 para a Bahia, ou seja, 70% do tamanho original. 
o As exportações dos produtos sergipanos se realizavam pelo porto de Salvador, assim grande parte dos impostos era arrecadada 
pela Bahia. 
 
“GOVERNADORES” DA ÉPOCA COLONIAL E DO IMPÉRIO 
Colônia: Carlos César Burlamaqui, Brigadeiro Pedro Vieira de Melo, (José Mateus da Graça, Leite Sampaio Presidente, 
Guilherme José Nabuco de Araújo, Padre Serafim Alves da Rocha, Domingos Dias Coelho de Melo, Padre José Francisco 
de Menezes Sobral – JUNTA PROVISÓRIA). 
 
- Império: Brigadeiro Manuel Fernandes da Silveira, Manuel Clemente Cavalcanti de Albuquerque, Manuel de Deus Machado, Inácio 
José Vicente da Fonseca, Joaquim Marcelino de Brito (Primeiro Reinado). 
- Império: José Francisco de Menezes Sobral, Joaquim Marcelino de Brito, José Pinto de Carvalho, José Joaquim Geminiano de Morais 
Navarro, Manuel Ribeiro da Silva Lisboa, Inácio Dias de Oliveira, Sebastião Gaspar de Almeida Boto, Manuel Joaquim Fernandes Barros, 
Bento de Melo Pereira, José Mariano de Albuquerque Cavalcanti, José Eloy Pessoa da Silva, Joaquim José Pacheco, Joaquim Martins 
Fontes, Venceslau de Oliveira Belo, João Pedro da Silva Ferreira, João Lins Vieira Cansanção de Sinimbu, Anselmo Francisco Peretti, 
Manuel Vieira Tosta, José de Sá Bitencourt Câmara, Antônio Joaquim Álvares do Amaral, José Ferreira Souto, João José de Bittencourt 
Calazans, Joaquim José Teixeira, Zacarias de Góis, Amâncio João Pereira de Andrade, José Antônio de Oliveira e Silva, Luiz Antônio 
Pereira Franco, Inácio Joaquim Barbosa, José da Trindade Prado,barão de Propriá, João Gomes de Melo, Salvador Correia de 
Sá e Benevides, João Dabney de Avelar Brotero, Manuel da Cunha Galvão, Tomás Alves Júnior, Joaquim Tibúrcio Ferreira Gomes, 
Joaquim Jacinto de Mendonça, Joaquim José de Oliveira, Ângelo Francisco Ramos, Alexandre Rodrigues da Silva Chaves, Antônio Dias 
Coelho e Melo, Cincinato Pinto da Silva, José Pereira da Silva Morais, Antônio de Araújo Aragão Bulcão, Evaristo Ferreira da Veiga, 
Dionísio Rodrigues Dantas, Francisco José Cardoso Júnior, Vicente Pires da Mota, Luís Álvares de Azevedo Macedo, Joaquim Bento 
de Oliveira Júnior, Cipriano de Almeida Sebrão, Manueldo Nascimento da Fonseca Galvão, Antônio dos Passos Miranda, João Ferreira 
de Araújo Pinho, José Martins Fontes, Antônio Francisco Correia de Araújo, Bruno Eduardo da Silva Porfírio, Francisco Ildefonso Ribeiro 
de Meneses, Raimundo Bráulio Pires Lima, Teófilo Fernandes dos Santos, Luís Alves Leite de Oliveira Belo, Herculano Marcos Inglês de 
Sousa, José Aires do Nascimento, Francisco de Gouveia Cunha Barreto, Luís Caetano Muniz Barreto, Manuel de Araújo Góis, Olímpio 
Manuel dos Santos Vital, Francisco de Paula Prestes Pimentel, Jerônimo Sodré Pereira (Segundo Reinado). 
A LUTA PELA INDEPENDÊNCIA 
 
• Em 08 de julho de 1820, o rei D. João VI assinou um decreto que declarava o fim da dependência 
política de Sergipe junto ao governo da Bahia. 
• O brigadeiro Carlos César Burlamaqui foi nomeado o primeiro presidente de Sergipe. 
• Tropas sediadas na Bahia invadiram São Cristóvão e prenderam o presidente Burlamarqui. 
Pedro Labatut chegou a São Cristóvão, em outubro de 1822, e convocou os sergipanos para apoiarem 
o príncipe D. Pedro contra os portugueses. 
Em 05 de dezembro de 1822 D. Pedro determinou que o decreto de seu pai D. João VI, que tornava 
Sergipe independente, fosse cumprido. A aclamação da Junta Governativa (03.03.1823) em São 
Cristóvão foi um fato significativo dentro desse processo. Houve reações por parte do comandante das Armas, José de Barros Pimentel, 
que havia sido influente no período anterior, entretanto ele teve de ceder. 
 
A POLÍTICA PROVINCIAL 
Durante o reinado de D. Pedro I e o período regencial, a província de Sergipe foi dominada por dois partidos: 
O Partido Liberal – senhores de terras e apoiado pela classe média das vilas e das cidades. Apelidado de Camundongo. 
O Partido Conservador – portugueses residentes em Sergipe. Conhecidos como Rapinas. 
A política era muito violenta. Lutava-se pelo poder através de fraudes eleitorais, roubos de urnas, falsificações de atas eleitorais 
e ataques a adversários. 
 
A REVOLTA DE SANTO AMARO (1835-1837) 
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História de Sergipe 
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A luta política iniciou-se em maio de 1835, quando o governo da província extinguiu a vila de Santo Amaro, ao tempo em 
que elevou Maruim à condição de vila. 
Moradores de Santo Amaro atacaram Maruim e tomaram os cofres e os documentos daquela vila. 
O presidente de Sergipe fez um acordo de paz com os santamarenses, que entregaram suas armas. Mas, tropas do governo atacaram 
a vila de Santo Amaro em 1836. Os líderes foram presos e processados. Em fevereiro de 1837 o novo presidente Albuquerque 
Cavalcante anistiou os revoltosos. 
 
QUESTÃO INDÍGENA: século XIX 
Conflitos envolvendo índios, fazendeiros e missionários são constantes nas aldeias indígenas de Sergipe na primeira metade do 
século XIX, quando oficialmente se reconhecia a existência de cinco aglomerações indígenas: a vila de índios de Geru, a 
missão de Japaratuba, a missão de Pacatuba, a missão de São Pedro de Porto da Folha e a aldeia de Água Azeda, 
próxima a São Cristóvão, antiga capital. Nos meados do século XIX, ocorre no Brasil a regulamentação da propriedade fundiária 
(Lei de Terras, de 1850), e, logo em seguida, declara-se que os índios que estivessem há muito tempo em contato com os 
civilizados perderiam o direito à posse das terras coletivas que ocupavam. Com base na ideologia de assimilação e de 
construção da nação, em que a mestiçagem é invocada como diluidora de etnias, e em leis que foram interpretadas de modo que 
convinha aos interesses dos fazendeiros, o Governo decretou a extinção da Diretoria do Índios em Sergipe (1853), e a 
existência de índios passou a ser negada sistematicamente. No final do século os registros oficiais já não fazem referência a 
índios em Sergipe e os habitantes das antigas aldeias são referidos como caboclos. 
 
O CRESCIMENTO URBANO 
Os núcleos urbanos eram pequenos. 
A maioria da população residia no campo. 
O vale do rio Cotinguiba era a região mais rica de Sergipe. 
As vilas e povoados mais importantes eram Laranjeiras, Maruim, Santo Amaro e Nossa Senhora do Socorro, devido à produção e 
exportação do açúcar. 
 
SÃO CRISTOVÃO E ARACAJU 
Na metade do século XIX, São Cristóvão era uma cidade pequena e decadente, suas ruas eram tortas, sem calçamento e saneamento. 
O comércio na então capital era pequeno, sem nenhuma companhia estrangeira. Não existia indústrias nem porto. 
Era banhada pelo rio Paramopama, que não oferecia condições de navegação. 
A palavra “Aracaju” é de origem tupi. Para alguns pesquisadores o seu significado é: Ara (Arara ou 
papagaio) e Caju (cajueiro) = Cajueiro dos Papagaios. Para outros o significado é: Ara (tempo, época) e 
Caju (fruto do cajueiro) = Tempo do Caju. 
A área da atual capital era arenosa, cheia de dunas, mangues e riachos, coberta de cajueiros, mangabeiras 
e outras árvores nativas. 
 
INÁCIO BARBOSA: A IDEIA EM GESTAÇÃO 
- Foi nomeado presidente da Província de Sergipe em 1853. 
- A maior parte das exportações sergipanas era realizada pela barra do rio Sergipe, dez vezes mais que pela barra do Vaza-Barris, 
próxima a São Cristóvão. 
- Os interesses dos poderosos senhores de engenho do vale dos rios Sergipe/Cotinguiba em que a capital ficasse em sua região, 
para assim controlar melhor o poder na Província. 
- A ideia de modernidade. 
 
A MUDANÇA 
A capital tinha que ficar próxima ao oceano para favorecer a navegação dos grandes navios estrangeiros a vapor e à vela. 
Duas escolhas: o povoado de pescadores da Ilha dos Coqueiros ou as areias próximas ao Arraial do Aracaju. 
A Ilha dos Coqueiros era quente e abafada. A escolhida foi o Arraial do Aracaju. 
Com o apoio do Barão de Maruim e outros poderosos senhores de engenho, Inácio Barbosa convocou uma reunião da Assembleia 
Provincial na colina do Santo Antônio no dia 17 de março de 1855, com a finalidade de transferir a capital. 
A Resolução 413 foi aprovada: confirmava a transferência. 
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História de Sergipe 
8 
 
▪ Uma figura popular da velha capital, João Neponuceno Borges, conhecido como João 
Bebe Água organizou um grupo de cerca de 400 homens armados para combater a mudança. 
Mas o padre da cidade convenceu os sancristovenses a não tomarem essa medida violenta. 
 
VISITA DE D. PEDRO II 
- Consta que entre os dias 11 e 19 de janeiro de 1860, Dom Pedro II e a imperatriz Tereza 
Cristina conheceram Sergipe. De Aracaju, capital da Província, o imperador visitou as vilas de 
Barra dos Coqueiros, Propriá, Vila Nova (Neópolis), Porto da Folha e Itaporanga; 
também, as cidades de Maruim, Laranjeiras, Estância e São Cristóvão. O plano inicial era 
chegar a ex-capital navegando pelo Vaza-Barris, mas a notícia da barra ressacada (com mar 
revolto) influiu na escolha da montaria (cavalo) o que teria inviabilizado assim presença da 
imperatriz. 
- Na manhã do dia 17 de janeiro, às 5 horas, centenas de cavaleiros acompanharam a comitiva 
imperial depois da queima de fogos e formalidades de estilo. O imperador trajava paletó preto, 
calça branca, chapéu de palha e botas de montaria. A missão era formada por unidade da Guarda 
Nacional, Presidente Provincial, Manuel da Cunha Galvão, secretários, chefe da Polícia e 
demais autoridades. 
- Na chegada a São Cristóvão a comitiva imperial foi recepcionada com vivas e flores, num 
centro histórico engalanado de arcos e colchas que ornavam as janelas residenciais. Cerca de 1200 praças, sob o comando do 
Tenente Coronel José Guilherme da Silveira Teles, da Guarda Nacional, prestaram continência ao magnânimo Imperador do Brasil. 
Este ficou hospedado no antigo Palácio Provincial que servia de Câmara Municipal de Vereadores e fora especialmente preparado 
para acomodar o ilustre monarca. Na sua estada, Dom Pedro II visitou escolas e arguiu alunos e professores, esteve nos 
conventos e igrejas, doou esmola a Santa Casa de Misericórdia, orou na Igreja Matriz, conheceu o mercado e cemitério local, ainda 
concedeu beija-mão no salão (atual Sala Horácio Hora, do Museu Histórico de Sergipe). O único engenho visitado pelo imperador 
foi o Engenho Escurial. 
 
SERGIPE E A GUERRA DO PARAGUAI 
• Lutaram 2.762 soldados sergipanos do Exército, do Corpo de Polícia e da Armada (Marinha de Guerra), destacando-se o coronel 
Oliveira Valadão. 
• Outro que se destacou foi o capitão da Armada Imperial Aurélio Garcindo Fernandes de Sá, que comandou a canhoneira 
“Parnaíba” que participou das célebres batalhas de Riachuelo, Humaitá e Tibiguarí 
• A maior parte dos soldados sergipanos eram pobres, negros libertos ou escravizados, e apenados. 
• Vários líderes de mocambos tornaram-se famosos pelas ações ousadas que praticaram, destacaram-se João 
Mulungu, Laureano, Dionísio, Frutuoso, Saturnino e José Maruim. Suas ações concentravam-se principalmente no vale 
do rio Cotinguiba, nas matas e tabuleiros de Divina Pastora, Laranjeiras, Siriri, Capela, Itabaiana e Japaratuba. 
 
CULTURA E SOCIEDADE SERGIPANA NO SÉCULO XIX 
- Em Sergipe, a comunicação escrita teve na figura do Monsenhor Antônio 
Fernandes da Silveira, o Pioneiro das Comunicações, com o seu jornal “O 
Recopilador Sergipano” o primeiro jornal da província de Sergipe, 
editado na cidade de Estância, em setembro de 1832. Em 29 de janeiro de 
1833, o jornal foi transferido para a capital, São Cristóvão, passando a 
ser chamado “O Noticiador Sergipano”. 
- Em 1838, a tipografia foi vendida ao governo, passando a oficial e o 
“Noticiador Sergipano” transformou-se no “Correio Sergipense”. Em 
1866 circulou em Sergipe até 1906 o “Jornal de Sergipe”, periódico liberal, 
tendo sofrido várias interrupções. Em 1870 Manuel Luis Azevedode Araújo fundou o “Jornal de Aracaju”. A princípio semanal, 
passou depois a ser diário. Desapareceu em 1879. 
o Em 1870 ocorre a criação do Ateneu Sergipense e da Escola Normal em 1874. 
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9 
 
Na segunda metade do século XIX aumenta o número de sergipanos que 
fazem estudos superiores. 
o Seguem para estudar na Bahia, em 
Recife, no Rio de Janeiro ou no exterior. 
o Estes sergipanos que se formavam, em 
diversas áreas, deram uma contribuição 
muito importante à cultura brasileira. 
o Alguns deles e um pouco de suas 
obras: Tobias Barreto (Dias e Noites, 
Menores e Loucos), Sílvio Romero 
(Cantos Populares do Brasil, História da 
Literatura Brasileira), Fausto Car doso 
(Concepção Monística do Universo, 
Taxinomia Social), Felisbelo Freire (História de Sergipe, História Territorial do Brasil), Manoel Bomfim (A América Latina, 
O Brasil Nação), João Ribeiro (História do Brasil, Estudos Filosóficos), Horácio Hora (Peri e Ceci, Miséria e Caridade, 
quadros). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPANHA ABOLICIONISTA 
Sergipe passou a exportar negros cativos para as lavouras do sul do país. 
O Fundo de Emancipação de Escravos comprou a liberdade de mais de 600 cativos da Província. 
Vários senhores de engenho, prevendo os acontecimentos, libertaram seus escravos antes mesmo da Lei Áurea. 
Na década de 1880, o jornal laranjeirense “O Horizonte” defendeu em seus artigos o fim da escravidão e a criação de 
escolas para o povo. 
O jornal “Sergipe” apoiou a abolição da escravidão, não por humanidade, mas por achar o trabalho assalariado mais produtivo. 
O maior abolicionista sergipano foi o itaporanguense Francisco José Alves. 
No natal de 1882, Francisco Alves fundou em Aracaju a Sociedade Libertadora “Cabana do Pai Thomaz”. 
Publicou o jornal “O Libertador”, que fazia propaganda abolicionista e denunciava maus tratos a escravizados. 
*Na passagem do século XIX para o XX, devido ao processo que levaria ao fim da escravidão, a onda imigratória chegou a 
Sergipe. Holandeses, franceses, escoceses e ingleses se instalaram em Aracaju, na segunda metade do século XIX, para 
trabalharem em atividades portuárias. Outros estrangeiros, tais como italianos, portugueses e judeus, instalaram-se em Aracaju 
e desenvolveram atividades econômicas ligadas ao comércio, o que permitiu que alguns destes estrangeiros desfrutassem já no 
início do século XX boas condições econômicas e sociais. Diversas mudanças foram realizadas, principalmente na arquitetura da 
cidade. 
 
O MOVIMENTO REPUBLICANO 
Só teve início em Sergipe em 1887, com a fundação do Clube Republicano de Estância. Em 1888, Felisbelo Freire organizou o Clube 
Republicano de Laranjeiras, ao lado de Josino Menezes, Lima Júnior, Baltazar Gois, Vicente Ribeiro, Silvio Romero e Manuel Curvello. 
Em novembro de 1888, o Clube Republicano de Laranjeiras criou o jornal “O Republicano” (antes chamado de O Horizonte e, 
antes disso, O Laranjeirense), que defendia o fim da monarquia e a implantação da República. 
Muitos dos doutores que estudaram em Recife ou na Bahia, como Felisbelo Freire, Sílvio Romero, Fausto Cardoso e 
também o professor Baltazar Goes, davam palestras, organizavam em Laranjeiras uma escola para alfabetizar ex-
escravos. 
✓ Com a proclamação da República foi criada, em Sergipe, uma junta governativa republicana formada por Siqueira Menezes, 
Baltazar Gois e Vicente Oliveira que tomou posse oficializando a República em Sergipe. 
Folhas de Outono 
Peri e Ceci 
A AMÉRICA LATINA: 
MALES DE ORIGEM 
HISTÓRIA DA 
LITERATURA BRASILEIRA 
 Prof. Wesley Guerra 
História de Sergipe 
10 
 
 
INÍCIO DA REPÚBLICA 
▪ Felisbelo Freire foi o primeiro presidente (atual cargo de governador) de Sergipe na República. Ele foi nomeado por 
Deodoro da Fonseca. 
▪ O primeiro presidente eleito de Sergipe foi José Calazans, 1894. 
▪ Mas, os republicanos antigos o derrubaram do poder, substituindo-o por João Vieira Leite. 
▪ Calazans e seu grupo fugiram para Rosário do Catete. 
▪ Os dois grupos políticos ficaram conhecidos popularmente por apelidos: os “Peba” (tatús), republicanos antigos que tomaram 
o poder nas “areias do Aracaju; e os “Cabaú” (melaço de cana-de-açúcar), dos ex-monarquistas que fugiram para a vila de Rosário. 
 
A REVOLTA DE FAUSTO CARDOSO 
 
▪ Dois nomes de destaque na política sergipana no início da República: O monsenhor Olímpio 
Campos do grupo “Cabaú”, ligado aos senhores de engenho. Foi deputado provincial, e na 
República foi eleito presidente do Estado e senador. 
▪ O outro foi Fausto Cardoso do grupo “Peba”, participante ativo da propaganda republicana, 
advogado, poeta e jornalista. Na República exerceu dois mandatos de deputado federal. 
Apoiado pelos setores médios urbanos e senhores de terras adversários de Olímpio Campos. 
▪ Em 1906, a rivalidade entre “olimpistas” e os “faustistas” ficou mais forte. 
▪ No dia 10 de agosto de 1906, os “faustistas” conseguiram revoltar a Força Pública (atual 
Polícia Militar) que atacou o Palácio do Governo, obrigando o presidente Guilherme Campos, 
irmão de Olímpio Campos, a renunciar. 
▪ Em seu lugar foi empossado o desembargador João Loureiro. 
▪ Rodrigues Alves, presidente da República, ordenou ao Exército acabar com o movimento 
revoltoso, e que garantisse a volta de Guilherme Campos ao poder. 
Os “faustistas” tentaram resistir ocupando o Palácio. Na luta morreu o deputado Fausto Cardoso. 
Em novembro do mesmo ano, os filhos de Fausto Cardoso assassinaram por vingança o senador Olímpio Campos no 
Rio de Janeiro. Nas eleições de 1910, Siqueira de Menezes foi eleito para o Governo do Estado, do grupo de Oliveira Valadão. 
SERGIPE NA GUERRA DE CANUDOS 
 
No ano de 1874, Antônio Conselheiro andou por Sergipe. Visitou Itabaiana, Campos, Anápolis (atual Simão Dias), Riachão do Dantas 
e Lagarto. 
Em Sergipe, o presidente Martinho Garcez e os jornais Diário Oficial e A Notícia chamavam Antônio Conselheiro de “louco” e 
“fanático”. 
A organização da 2ª coluna da última expedição contra Canudos aconteceu em Aracaju. 
O momento máximo foi a chegada do general Cláudio Savaget em Aracaju. 
A 2ª coluna partiu para a guerra, acampou em São Cristóvão, Itaporanga e Simão Dias e daí seguiu para o sertão baiano. 
Muitos sergipanos, seguidores de Conselheiro se envolveram na guerra: Rosa Maria dos Santos de 18 anos (Riachão); as meninas 
Josefa e Honória (Itabaianinha); a jagunça Tereza. 
O oficial de maior destaque da guerra foi o tenente-coronel Siqueira de Menezes, comandante da lendária Comissão de 
Engenharia. Foi chamado de “Jagunço Alourado”, por Euclides da Cunha. 
 
MODERNIZAÇÃO E DOMÍNIO OLIGÁRQUICO EM SERGIPE (1889-1930) 
No início do século XX, a agricultura sergipana foi marcada pela modernização: engenhos de tração animal foram substituídos por 
modernas usinas a vapor. 
O algodão alcançou altos preços no mercado internacional durante e após a Primeira Guerra. Nossa Senhora das Dores, Aquidabã, 
Simão Dias e Frei Paulo destacaram-se nessa produção. 
Com o desenvolvimento da produção de algodão, surgiram várias fábricas de tecidos em Aracaju, São Cristovão, Estância, 
Propriá, Maruim e Vila Nova (Neopólis). 
o No início do século XX, Aracaju despontava como a maior cidade de Sergipe e o centro da indústria e do comércio. 
o Várias greves foram realizadas pelos trabalhadores sergipanos: dos operários têxteis (1921); dos ferroviários por 
aumento de salários (1927), por exemplo. 
 
GOVERNANTES OLIGÁRQUICOS: (1889-1930) 
 
José Siqueira de Meneses (início da República e de 1911-1914) 
 Prof. Wesley Guerra 
História de Sergipe 
11 
 
(Nos primeiros dois anos de governo enfrentou um violento surto de varíola, que afetou principalmente as cidades de Laranjeiras, 
Propriá, Itabaiana,Riachuelo e Aracaju, deixando registrados 740 óbitos. Apresentou um extenso programa de obras públicas, 
incluindo o saneamento da capital, serviços de água e iluminação elétrica, construção de prédios, pontes, represas e açudes.) 
 
Antônio Siqueira Horta (início da República) 
(Em Laranjeiras, defendeu o republicanismo e foi um dos signatários do manifesto republicano da cidade. Teve vida curta na primeira 
Junta Governativa. Retornou em 1890 como vice-presidente de Lourenço de Mesquita Dantas). 
 
Felisbelo Firmo de Oliveira Freire (1889-1890) 
(Iniciou obras de construção de diversos trechos de estradas de ferro. Reorganizou também a Biblioteca Pública de Aracaju. 
Enfrentou surtos de varíola e paludismo). 
 
Leandro Ribeiro de Siqueira Maciel (1891-1892) 
(Votou contra o banimento da família imperial. Leandro Maciel sugeriu a transferência da capital sergipana de Aracaju 
para Rosário de Catete, onde ficavam suas propriedades rurais. Essa situação deu origem aos apelidos dos grupos que passaram 
a rivalizar na política sergipana a partir de então: os “cabaús”, que foram para a região canavieira do interior, e os “pebas”, que 
ficaram nas areias de Aracaju). 
 
José Calazans (1892-1894) 
(Em seu governo, construiu as sedes do Poder Judiciário e do Tribunal da Relação. Enfrentou uma epidemia de varíola, tendo 
ordenado a construção de um hospital para atender os doentes. Estruturou a polícia militar sergipana, abriu escolas e construiu 
diversas pontes. Integrou as forças legalistas que combateram o Arraial de Canudos, entre setembro de 1893 e março de 1894. Na 
eleição para o Senado da República em 1894, não atendeu à orientação do presidente Floriano Peixoto para apoiar a candidatura de 
Manuel de Oliveira Valadão, preferindo a de Leandro Maciel. Em consequência, teve seu governo hostilizado pelo grupo florianista 
de Sergipe, no qual se destacava Sílvio Romero, que viera do Rio de Janeiro para fazer a campanha de Valadão para o 
Senado. Meses depois, a situação política ficaria ainda mais radicalizada em virtude da proximidade das eleições para o 
Executivo estadual, já que Manuel Valadão novamente se candidatou e venceu a disputa naquele que foi considerado 
pelos contemporâneos o pleito mais violento e fraudulento da primeira década republicana em Sergipe. Em meio à 
contenda, José Calazans transferiu a sede do governo sergipano de Aracaju para a cidade de Nossa Senhora do Rosário 
do Catete. Esse ato foi visto por seus opositores como de abandono do poder. Sílvio Romero, em praça pública, defendeu então a 
passagem do governo para o presidente da Assembleia Legislativa, João Vieira Leite, favorável ao grupo valadonista, que foi de fato 
empossado em 11 de setembro de 1894, antes do término constitucional do mandato de Calazans). 
 
Manoel Presciliano de Oliveira Valadão (1894-1896 e de 1914-1918) 
(O seu período administrativo coincidiu com o surto de varíola que se arrastou pelos anos de 1895 e 1896, criando grave situação 
de calamidade pública. Alegando motivos de saúde, Valadão renunciou em 27 de junho de 1896. Em sua segunda administração, 
elevou o preço do açúcar e dos tecidos. Reformou muitos prédios públicos, inclusive o palácio do governo, fez reformas no ensino, 
com a abertura de cursos noturnos voltados para a classe operária, e construiu um novo trecho ferroviário ligando Aracaju a 
Propriá). 
 
Martinho César de Silveira Garcez (1896-1897, final de 1898) 
(Viabilizou a eleição do monsenhor Olímpio Campos para presidente estadual e a sua própria eleição para o Senado). 
 
José Joaquim Pereira Lobo (1897-1898 e de 1918-1922) 
(Investiu na drenagem de pântanos e na ampliação do saneamento básico, pressionado pelo grande número de vítimas 
da gripe espanhola em Sergipe. Além disso, criou novas escolas, adquiriu um prédio para a biblioteca pública do estado e 
promoveu a revisão dos códigos de processo civil, criminal e comercial do estado. Durante a sua gestão foi comemorado o 
centenário da emancipação política de Sergipe. Para celebrar a data, foram contratados artistas italianos para cuidar, entre 
outras atribuições, das obras de ampliação e reforma do palácio do Governo, e foi organizada uma exposição de produtos sergipanos). 
 
Apulcro Mota (1899) 
(Com a renúncia de Martinho Garcez em 14 de agosto de 1898, assumiu o governo do estado de Sergipe. Permaneceu na chefia do 
Executivo estadual até 24 de outubro de 1899, quando assumiu o Monsenhor Olímpio Campos (1899-1902), eleito para o cargo). 
 
Olímpio de Sousa Campos (1899-1902) 
(Consolidou o modelo de dominação oligárquica que iria perdurar mesmo após a sua morte, encerrando-se apenas depois do 
governo de José Rodrigues da Costa Dória (1908-1911). Marcado pela Revolta de Fausto Cardoso. Foi assassinado em 9 de 
novembro de 1906, com 11 tiros e duas facadas pelos filhos de Fausto Cardoso). 
 
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História de Sergipe 
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Josino Meneses (1902-1905) 
(Motivado pelo abolicionismo e o republicanismo, participou da imprensa local (Laranjeiras), primeiro como colunista do jornal O 
Horizonte, e depois como fundador dos jornais O Laranjeirense e O Republicano. Criação do Banco de Sergipe. Enfrentou, 
em seu período administrativo, na área da saúde, surtos de varíola e peste bubônica). 
 
Guilherme de Sousa Campos (1905-1906 e de 1906-1908) 
(Em agosto de 1906, Guilherme Campos foi derrubado pela revolta de Fausto Cardoso, só voltando ao comando do Executivo 
sergipano após a intervenção do presidente Rodrigues Alves. No restante do seu governo, Guilherme Campos empreendeu a 
construção do cais de Aracaju, promoveu o calçamento e o abastecimento de água da cidade, iniciou a construção do novo edifício 
do Ateneu Sergipense e inaugurou o serviço de bondes por meio de tração animal). 
 
José Rodrigues da Costa Dória (1908-1909 e de 1909-1911) 
(Manteve o predomínio do grupo olimpista. Pertenceu a várias instituições culturais e científicas, dentre as quais destacamos o 
Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia e a Academia Nacional de Medicina. 
 
Maurício Graccho Cardoso (1922-1924 (impedido de governar devido aos líderes tenentistas: Eurípedes Esteves de Lima, Augusto 
Maynard Gomes, João Soarino de Melo e Manoel Messias de Mendonça) retorna e governa de 1924-1926) 
 
Manoel Correia Dantas (1927-1930) 
(Em seu governo, manteve a maior parte do secretariado anterior e reuniu em torno de si alguns simpatizantes do tenentismo, 
movimento político que havia abalado Sergipe chegando a interditar o governo de Maurício Graccho Cardoso de 13 de julho a 2 de 
agosto de 1924. Segundo Ibarê Dantas, durante sua administração Sergipe enfrentou dificuldades econômicas, especialmente 
devido às secas de 1926 e 1928, que afetaram a produção de açúcar, principal suporte da economia local. O banditismo do grupo 
de Lampião também começou a marcar presença no interior do estado, desafiando as autoridades. No final de seu governo, os 
partidários da Aliança Liberal em Sergipe o acusaram de representar os estreitos interesses das oligarquias). 
 
* A cólera aparece na história apenas no século XIX relacionada com a conquista britânica da Índia, as guerras coloniais, os 
movimentos de população que disto resultaram. No século XIX, cinco pandemias de cólera correram, a partir da Índia, entre 1817 e 
1896. Na Província de Sergipe em dois momentos distintos, em 1855 e em 1862 -1863, a cólera se fez presente de forma arrasadora, 
invadindo o início do século XX. Impaludismo e tifo castigaram os seus habitantes (Aracaju) em febres constantes, que chegaram a 
ser chamadas “febres do Aracaju”. A cólera, embora não a tivesse atingido em massa, embaraço os primeiros meses de vida da 
cidade. 
 
O PLANO URBANÍSTICO DE ARACAJU 
 
✓ O engenheiro militar Sebastião Basílio Pirro foi encarregado pelo presidente da província, 
Inácio Barbosa, para planejar a nova capital. 
✓ As ruasde Aracaju foram traçadas em formato de “xadrez”, com 32 quarteirões de 
110 metros quadrados cada um. 
✓ Mangues, dunas, riachos, lagos, areias cobertas de cajueiros e mangabeiras: era a realidade 
geográfica do Aracaju nos idos de 1855. 
✓ Mas nem tudo era urbanismo. A “cidade de palha” era a outra Aracaju, sem 
saneamento e sem organização. 
✓ A “cidade de palha” cresceu em direção aos atuais grandes bairros da zona norte: 
Chica Chaves e Aterros do Tecido (atual Bairro Industrial) e o Alto do Santo Antônio, 
além da zona oeste, Siqueira Campos, por exemplo. 
 
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A URBANIZAÇÃO (1900-1930) 
• Nas primeiras décadas do século XX, Aracaju foi 
sendo dotada de serviços e inovações urbanas; 
- Embelezamento de praças; 
- Construções de prédios públicos; 
- Alargamento de avenidas; 
- Água encanada e transporte coletivo, com bondes 
puxados a burros; 
- Inauguração do primeiro cinema mudo; 
- Luz elétrica; 
- Rede de esgotos; 
- A ferrovia Salvador-Aracaju; 
- Instalações de telefones nos órgãos do governo; 
- Inauguração de escolas; 
- Construção da Penitenciária Modelo. 
• Os principais bairros que surgiram levavam a princípio, nomes populares: O Chica Chaves (Industrial), Fundição e Carro 
Quebrado (São José), Caatinga da Penitenciária (Bairro América), Oficinas e o Aribé (Siqueira Campos). 
A barra entre a Ilha de Santa Luzia (atual Barra dos Coqueiros) e Aracaju era considerada o “Portão de Sergipe”. 
 
O CANGAÇO EM SERGIPE 
 
O cangaço foi um fenômeno do banditismo, crimes e violência ocorrido em quase todo o sertão do Nordeste do Brasil, entre o século 
XVIII e meados do século XX. Seus membros vagavam em grupos, atravessando estados e atacando cidades, onde cometiam 
pilhagens, assassinatos e estupros. Para muitos especialistas, o cangaço nasceu como uma forma de defesa dos sertanejos diante 
de graves problemas sociais e da ineficácia do Estado em manter a ordem e aplicar a lei. 
Lampião começou a agir em Sergipe em 1928, principalmente nos atuais municípios do sertão e do agreste: Poço Redondo, 
Porto da Folha, Canindé, Gararu, Carira, Frei Paulo, Nossa Senhora das Dores, Pinhão, Aquidabã e Capela. 
 
Outros grupos de cangaceiros também atuaram no sertão sergipano a exemplo de Corisco, Zé Baiano e Zé Sereno. 
A Região do atual município de Poço Redondo, que à época pertencia a Porto da Folha, foi um verdadeiro centro de 
recrutamento de cangaceiros, a exemplo de “Sabiá”, “Canário”, “Delicado”, “Bom de Vera”, 
“Beija Flor” e outros. 
• Um garoto, muitos afirmam que era de Itabaiana, chamado Antônio 
dos Santos, ao saber que a irmã fora violentada por um soldado da polícia, 
matou o criminoso. Ele só tinha 10 anos, em 1928. Ingressou o bando de 
Lampião e passou a se chamar “Volta Seca”. 
Em 1932 “Volta Seca” foi capturado na Bahia. Acabou denunciando os 
principais coiteiros sergipanos que forneciam armas e munição a Lampião. 
Somente foi liberado em 1954 depois de cumprir uma pena de 22 anos. 
Em julho de 1938, a polícia alagoana conseguiu surpreender o bando de Lampião na gruta do Angico 
em Porto da Folha (atual município de Poço Redondo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O maior evento cultural da região da Caatinga que atrai 
anualmente diversos turistas de várias partes do Brasil e do 
exterior é celebrado no Monumento Natural Grota do Angico – 
unidade de conservação que é localizada na divisa dos 
municípios de Poço Redondo e Canindé de São Francisco, 
Sertão do Estado 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sert%C3%A3o_nordestino
https://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Nordeste_do_Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
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MAURÍCIO GRACCHO CARDOSO (1922-1926) 
- Filho do conceituado Brício Cardoso, viveu alguns anos no Ceará, como jornalista, professor e político vinculado 
aos Accioly. 
- Pragmático, adotado pela oligarquia local, mas isso não o impediu de realizar a administração mais 
modernizadora do século XX em Sergipe. 
- Criou o Instituto Parreiras Horta, que facultou recursos laboratoriais à prática médica e contribuiu decisivamente 
para a construção do Hospital de Cirurgia, que superaria o modelo asilar dos hospitais de caridade. 
- Em combinação com o Ministério da Agricultura, foram inauguradas as “primeiras pesquisas sobre a 
possibilidade da existência de Petróleo em Sergipe. 
- Criou o Banco Estadual de Sergipe. 
- Substituiu os bondes a tração animal por carris elétricos e instituiu regulamento para inspetoria de veículos. 
- Dinamizou a construção de novas estradas no interior. 
 
TENENTES SERGIPANOS SE REVOLTAM 
o Em Sergipe aconteceram duas revoltas tenentistas, ambas lideradas pelos tenentes 
Augusto Maynard Gomes e João Soarino e o capitão Eurípedes Lima. Em 13 de julho de 1924, os três 
oficiais do 28º Batalhão de caçadores prenderam o governador Graccho Cardoso e o comandante da Polícia 
Militar, controlando o estado por quase um mês. 
Os tenentes foram presos. Mas acabaram fugindo da prisão, os tenentes Augusto Maynard Gomes e João 
Soarino e o capitão Eurípedes Lima. E voltaram outra vez para o 28º Batalhão e tentaram derrubar o governo 
de Graccho Cardoso outra vez. O fato aconteceu em 1926, mas a forte reação da Polícia Militar no Palácio do 
Governo e no quartel provocou a derrota dos tenentes revoltosos, que foram presos e levados para a Ilha de 
Trindade no oceano Atlântico. 
 
A REVOLUÇÃO DE 30 EM SERGIPE 
 
O governador da época, o usineiro Manuel Dantas, estava disposto a resistir aos revoltosos. 
No amanhecer de 16 de outubro, um avião sobrevoou Aracaju e jogou panfletos que apelavam para os sergipanos 
apoiarem a revolução vitoriosa. 
Uma coluna de 2.000 soldados revolucionários marchava de Maceió em direção a Sergipe, fazendo o governador 
do Estado Manuel Dantas e o comandante do 28º BC fugirem para a Bahia. 
Tomou posse o governador revolucionário provisório Eronildes de Carvalho, sendo substituído dias 
depois pelo general José Calazans. 
No 08 de novembro, Augusto Maynard Gomes chegou a Aracaju e logo substituiu Calazans. 
Os principais interventores que governaram Sergipe durante o período da Era Vargas foram Maynard 
Gomes, Eronildes de Carvalho e Milton Azevedo. 
Após a Constituição de 1934, duas coligações de partidos políticos se organizaram em Sergipe: URS (União Republicana de Sergipe), 
o partido dos usineiros, junto com o PSD (Partido Social Democrático) de Leandro Maciel; PRS (Partido Republicano de Sergipe), do 
interventor Maynard Gomes, o PSP (Partido Social Progressista) de Graccho Cardoso e a APS (Aliança Proletária de Sergipe). 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENTORES VARGUISTAS (os principais) 
 
AUGUSTO MAYNARD GOMES (1930-1935) (1942-1945) 
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(Maynard apoiou a criação do Partido Republicano de Sergipe, que indicou candidatos à Constituinte pela 
lista Liberdade e Civismo e elegeu Leandro Maynard Maciel, José Rodrigues da Costa Dória e Deodato da 
Silva Maia Júnior para a bancada sergipana, formada no total por oito deputados. Maynard foi fundador e 
dirigente do Partido Social Democrático de Sergipe A administração de Maynard Gomes em Sergipe 
caracterizou-se inicialmente pela preocupação, comum aos revolucionários de 1930, de moralizar os 
negócios públicos. Com esse fim, no início de sua interventoria nomeou comissões de inquérito encarregadas 
de apurar possíveis irregularidades cometidas por membros do governo deposto, que foram transformadas 
em comissões de sindicância por determinação do ministro da Justiça, Osvaldo Aranha. No setor das obras 
públicas, Maynard construiu pontes, escolas e diversas rodovias estaduais, como a Laranjeiras-Pedra branca, 
a Itabaiana -São Cristóvão e a Itaporanga- Salgado; iniciou também a construçãode uma nova estação 
ferroviária para a capital. Durante seu governo, o Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe tentou mais 
uma vez resolver a questão de limites com o estado da Bahia). 
 
ERONILDES FERREIRA DE CARVALHO (1935-1941) 
(Eronildes de Carvalho procurou saldar o débito do estado para com o Banco do Brasil, herdado da 
administração anterior, cujos atos foram sistematicamente desfeitos pelo novo governo. Baseado em 
pareceres do ex-presidente Epitácio Pessoa e dos juristas Heráclito Sobral Pinto e Mendes Pimentel, o 
governador anulou os decretos de criação do Tribunal de Contas e de alteração do funcionamento do Tribunal 
de Justiça, então chamado de Corte de Apelação do Estado, aumentando o número de desembargadores. 
Realizou também melhorias na Biblioteca Pública e reaparelhou a imprensa oficial, além de construir escolas, 
estradas, pontes, a cidade de menores “Getúlio Vargas” e o quartel do Corpo de Bombeiros. Vinculado 
profissionalmente à área de saúde pública, Eronildes de Carvalho ampliou significativamente a capacidade da 
rede hospitalar do estado e realizou uma reforma geral no sistema de esgotos da capital. Conseguiu também 
uma verba de trezentos contos de réis da Câmara Federal para aumentar o combate ao banditismo que agia 
no interior do estado, especialmente o bando de Lampião). 
 
 
SERGIPE NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL 
Os cinemas Rex, Rio Branco, São Francisco e Guarani em Aracaju, exibiam filmes 
estadunidenses contendo forte propaganda contrária à Alemanha nazista. 
Entre 15 e 23 de agosto de 1942, o submarino alemão U-507, comandado pelo capitão-de-corveta 
Harro Schacht, afundou seis navios na costa sergipana. 
Os navios afundados na costa sergipana foram: O Baependy, o Araraquara, o Aníbal 
Benevolo 
 
OS NÁUFRAGOS 
✓ Foram mais de 600 mortos pelo impacto das explosões ou por afogamento, para apenas 187 
sobreviventes, era impossível transportar tantos cadáveres para Aracaju, assim foram enterrados 
ali mesmo, nas dunas do Mosqueiro. O local se transformou no primeiro cemitério de náufragos da 
América. 
✓ Em 31 de julho de 1943 outro navio mercante, o Bagé, foi torpedeado e afundado na costa 
sergipana. 
✓ Entre os militares sergipanos que participaram da campanha na Itália, três mulheres, as tenentes 
enfermeiras: Isabel Novais Feitosa, Joana Simões Araújo e Lenalda Campos. 
 
EDUCAÇÃO E MOVIMENTO CULTURAL NOS ANOS 40, 50 e 60 
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• O Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe (IHGS) estimulava estudos ligados a história sergipana, 
além da geografia, literatura e cultura popular. 
• Nos anos 50: criação do Movimento Cultural de Sergipe que publicou livros de autores sergipanos e 
descobriu novos escritores. 
• A Livraria Regina, em Aracaju, era o ponto de encontro de intelectuais e editava e vendia 
livros de escritores sergipanos. 
• A Sociedade de Cultura Artística de Sergipe (SCAS) trazia para o teatro Ateneu, recentemente 
inaugurado, artistas famosos, do Brasil e do exterior. 
• A década de 50 é muito importante para a história da educação em Sergipe: criação dos 
primeiros cursos universitários no Estado. 
• Da Diocese de Aracaju, através do arcebispo D. José 
Vicente Távora, em 1959, partiu o maior esforço pela educação de 
adultos, com o Movimento de Educação de Base (MEB), transmitindo 
através da Rádio Cultura aulas dirigidas à população das cidades do 
interior e aos trabalhadores rurais. 
• Os nossos primeiros cursos universitários foram criados a 
partir de 1948: cursos de Química Industrial e Ciências Econômicas. 
• Surge a Faculdade de Medicina em 1961. 
Na década de 60 é inaugurada a Universidade Federal de Sergipe, em 15 de maio 
de 1968. Era governador do Estado Lourival Batista. 
HISTÓRICO DO RÁDIO EM SERGIPE 
A primeira rádio do Estado, foi a rádio Aperipê de Sergipe ZYD-2, foi 
implantada provisoriamente numa sala do palácio do governo, mais tarde, no 
Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, na rua Itabaianinha, e seu transmissor 
na av. Maranhão no bairro Siqueira Campos. A Rádio Aperipê foi criada no dia 
07 de fevereiro de 1939, pelo interventor federal do Estado de Sergipe sr. 
Eronildes de Carvalho, através do decreto lei nº 171 publicado no Diário Oficial 
do estado em 08 de fevereiro de 1939. Em 1944, na gestão do interventor federal 
Augusto Maynard Gomes, a rádio foi transferida para o Palácio Serigy e passou a 
ser chamada de Rádio Difusora de Sergipe, PRJ6. Os primeiros programas levados 
ao ar foram “Conversas de Namorado” e “Quem é Bobo”. No final da década de 70 o estúdio da rádio Aperipê foi transferido para 
rua Propriá esquina com Lagarto, no início da década de 80 para a rua Capela e atualmente encontra-se situada a rua Laranjeiras 
anexo a Instituto de Educação Rui Barbosa (Escola Normal). 
* A TV SERGIPE foi a primeira emissora de televisão de Sergipe (15.11.1971), durante o governo de Paulo Barreto. 
* A TV ATALAIA fundada em 1975, no governo de José Rollemberg Leite. 
 
FIM DO ESTADO NOVO E O RETORNO MODELO DEMOCRÁTICO 
 
Com a saída de Vargas do poder, foram criados novos partidos: PSD (Partido Social 
Democrático) formado por políticos ligados ao ex-presidente Getúlio Vargas. Seu líder sergipano 
foi Augusto Maynard; PTB (Partido 
Trabalhista Brasileiro) outro partido ligado a 
Vargas, liderado em Sergipe por Francisco 
Macedo; UDN (União Democrática Nacional) 
partido de oposição a Vargas, formado por 
proprietários rurais e banqueiros. Em Sergipe 
representava os usineiros. 
 
 
 
Alguns políticos sergipanos tinham características populistas: Leandro Maciel, José Conrado de Araújo e Seixas Dória. 
Nesse período “democrático” (pós-Segunda Guerra até o golpe ditatorial) governaram Sergipe: 
 
 
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ANTÔNIO DE FREITAS BRANDÃO (1946-1947) 
(Nomeado interventor em Sergipe em março de 1946, já no governo do presidente Eurico Dutra, recebeu a 
interventoria das mãos de Hunald Santaflor Cardoso. Durante sua administração, alertou o governo federal 
para a suspensão das viagens dos navios do Lóide Brasileiro, obtendo assim a dragagem do porto. Pediu, 
também, solução para o intricado caso do canal da barra do rio Sergipe, mudou a denominação da Força 
Policial para Polícia Militar do Estado de Sergipe e instituiu o uso de vidros transparentes nas repartições 
públicas, visando à fiscalização mútua dos funcionários. Em 30 de janeiro de 1947 transmitiu o governo a 
Joaquim Sabino Ribeiro, eleito governador pouco antes.) 
 
JOAQUIM SABINO RIBEIRO (30.01.1947 – 29.03-1947) 
(Em 30 de janeiro de 1947 foi nomeado interventor federal no seu estado, recebendo o cargo das mãos do 
coronel Antônio de Freitas Brandão. Em 29 de março, passou o cargo ao governador eleito, José Rollemberg 
Leite; em 1958 integrou o conselho fiscal da Associação Beneficência de Aracaju-Hospital Santa Isabela e, no 
ano seguinte, elegeu-se presidente do Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem de Sergipe; construção do 
estádio Sabino Ribeiro). 
 
 
 
 
 
 
JOSÉ ROLLEMBERG LEITE (1947-1951) (1975-1979) 
(Assumiu o governo com as finanças limitadas, oposição forte e aguerrida, num quadro nacional de 
embates ideológicos; realizou diversas obras, conseguindo do governo federal, através do Congresso 
Nacional, recursos para as obras do aprendizado agrícola, para o Instituto de Química, para a instalação 
de postos agropecuários e para a ampliação dos hospitais dos municípios de Capela, Maruim e Japaratuba. 
Melhorou os serviços do Hospital Colônia, destinado ao tratamento de doenças mentais; estimulou a 
criação de escolas de nível superior no estado, como, por exemplo, a Faculdade de Ciências 
Econômicas e a Escola Superior de Química de Sergipe, ambas criadas em novembro de 1948; doou 
um imóvel à recém fundada Faculdade de Direito, tornando possível a suainstalação e funcionamento, 
e mandou construir um moderno edifício para o Colégio Estadual de Sergipe. Voltando-se para o ensino 
rural, promoveu a construção de 218 escolas rurais, duas escolas normais rurais em Itabaiana e Lagarto 
e sete grupos escolares rurais, e concluiu a construção de grupos escolares nos municípios de Arauá, 
Propriá e Simão Dias, os quais, por não terem sido edificados com solidez, algum tempo depois 
desmoronaram, causando prejuízos e novas despesas). 
 
ARNALDO GARCEZ (1951-1954) 
(A construção do novo prédio do Instituto de Educação Rui Barbosa, na rua de Laranjeiras, do Auditório 
do Ateneu, hoje Teatro Ateneu Governador Arnaldo Garcez, o Conjunto Agamenon Magalhães, o Parque de 
Exposições João Cleofas, foram obras que marcaram a sua administração; foi também no seu governo que 
Sergipe despertou para a exploração dos seus minérios. Em 1954 instalava-se a empresa LIZ, para o 
comércio e beneficiamento do calcário, sob a direção de Walter Baptista, produzindo 10 mil toneladas anuais de 
Gesso cré e logo depois o médico Geraldo Majela começava a exploração de carbonato de cálcio, 100% puro na 
jazida; Escola de Serviço Social foi criada; foi, também, por dois mandatos (1983/1987 e 1993/1997) prefeito 
de Itaporanga, realizando obras essenciais, como o desmonte do morro São Benedito, da entrada da cidade, 
agenciando a paisagem junto a BR e ao rio Vaza-Barris, e a construção do Mercado e de outros prédios públicos, 
úteis à população itaporanguense). 
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LEANDRO MAYNARD MACIEL (1955-1959) 
Durante sua administração, realizou a dragagem e desobstrução do porto de Aracaju e a construção de mais 
de trezentos quilômetros de estradas de rodagem. Reconstruiu a rede de distribuição de energia elétrica e 
reformou o sistema de abastecimento de água do estado. Restaurou o palácio Olímpio de Campos ou das 
Secretarias, destinado ao funcionamento dos vários órgãos do governo, e vários edifícios e escolas públicas, 
inaugurando em fevereiro de 1958 o Instituto de Educação Rui Barbosa, em Aracaju. Concluiu e inaugurou 
igualmente o aeroporto de Santa Maria, também na capital estadual. Instituiu, finalmente, o sistema de mesas-
redondas para debater assuntos de interesse público e obter maiores esclarecimentos sobre os vários 
problemas do estado; em fevereiro de 1961, foi nomeado presidente do Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA), 
por Jânio Quadros, que então iniciava seu governo. 
 
LUIZ GARCIA (1959-1962) 
(Criou a Secretaria de Agricultura, a Comissão de Planejamento do Estado; para expandir a lavoura e 
a indústria, instituiu o Banco de Fomento Econômico do Estado de Sergipe, obtendo ainda o aumento do 
limite de crédito para a agência do Banco do Brasil; conseguiu a ampliação do financiamento do Banco 
Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE) para a instalação de um novo alimentador, 
ampliando em mais de 2.000kW o fornecimento de energia elétrica procedente de Paulo Afonso. Foi 
também responsável pela expansão das redes de energia elétrica e de água aos bairros da Zona Norte 
da capital; Foram ainda obras do seu governo a ampliação da estação do aeroporto de Santa Maria, a 
construção da estação rodoviária, da Faculdade de Medicina de Sergipe e de um ginásio esportivo em 
Maruim, a instalação do Museu de Sergipe no antigo palácio provincial, em São Cristóvão, e a criação 
de um instituto de previdência para o funcionalismo, além da construção de 13 grupos escolares, oito ginásios 
e diversas estradas; Criou o Departamento de Previdência do Instituto de Previdência do Estado de 
Sergipe, o antigo IPES, pela Lei 1.091 de 16 de dezembro de 1961; Em julho de 1962, Luís Garcia renunciou 
ao governo para candidatar-se a uma cadeira no Senado, transmitindo o cargo ao vice-governador Dionísio 
Machado). 
 
Na década de 60 foi inaugurada a Rodoviária Luiz Garcia (1962), após o desmonte do Morro do Bomfim. 
Foi construído o primeiro conjunto habitacional de Sergipe: o Agamenon Magalhães (no atual bairro José Conrado de 
Araújo). 
O governador João Seixas Dória (1963-1964) apoiou as Reformas de Base de João Goulart, enquanto os fazendeiros e empresários 
ligados a UDN tentavam impedi-las a todo preço. 
✓ Em 1º de abril de 1964, tropas do Exército derrubaram o presidente da República. O governador de Sergipe Seixas Dória foi 
preso juntamente com políticos, líderes estudantis, jornalistas, intelectuais e líderes sindicais nas dependências do quartel do 28º 
BC. 
 
SEIXAS DÓRIA (janeiro de 1963- abril de 1964) (um dos signatários do “Manifesto dos 
governadores democratas; criou uma comissão de tombamento para a preservação do patrimônio 
artístico e cultural de Sergipe; conseguiu empréstimos para a construção de um presídio de mulheres 
e da Vila Militar de Aracaju e inaugurou o Banco de Fomento Econômico do Estado de 
Sergipe; Assumiu a Secretaria de Transportes e Obras Públicas de Sergipe em agosto de 1988, no 
governo de Valadares e em 1989, no governo de João Alves Filho; fez parte do Conselho de 
administração da Companhia Vale do Rio Doce em julho de 1990; com a eclosão do movimento 
político-militar em 31 de março de 1964 fez-se ouvir pelo rádio na noite seguinte. Atacando a 
sublevação vitoriosa, teve sua palavra sustada por ordens do comandante do 28º. Batalhão de 
Caçadores, major Francisco da Silveira. Em seguida foi preso e substituído no governo de Sergipe 
pelo vice-governador, Sebastião Celso de Carvalho) 
 
SEBASTIÃO CELSO DE CARVALHO (enfrentou diversas greves, como a dos bancários; teve a 
missão de fiscalizar a conduta política e civil dos sergipanos; uma das medidas adotadas pelo seu 
governo foi o combate à subversão e a corrupção pelo interior do Estado; assumiu postura conciliadora, 
procurando negociar direitos civis; governo marcado por ações técnico-burocráticas; surge a CODISE 
(Companhia de Desenvolvimento Industrial de Sergipe) e o CONDESE (Conselho de Desenvolvimento 
Econômico de Sergipe); reestrutura do IPES (Instituto de Previdência de Sergipe). 
 
O TUTELA MILITAR EM SERGIPE (1964-1984) 
 
▪ Nesse período, os governadores sergipanos foram indicados pelos presidentes militares, sendo os principais: 
 Prof. Wesley Guerra 
História de Sergipe 
19 
 
 
Lourival Baptista (1967-1970) Conspícuo administrador do erário público, manteve-se com inflexível coerência, 
fiel a seu propósito de promover o desenvolvimento do Estado, nomeando um secretariado de alta qualificação 
técnica, que viabilizou a realização de marcantes obras para Sergipe, como a construção do Estádio Lourival Baptista, 
o Edifício Estado de Sergipe (sede do Banco do Estado de Sergipe - Banese), além de importantes serviços nos 
setores educacional (Universidade Federal, durante seu mandato) e rodoviário. No seu Governo, que foi 
caracterizado pela ênfase no trabalho e no progresso, sendo a ele atribuído o título de "O Realizador", implantou 
o primeiro Distrito Industrial de Sergipe e iniciou a reforma agrária, com desapropriações rigorosamente pagas pelo 
Poder Público, ou utilizando terras do Estado. 
 
 
 
JOÃO ANDRADE GARCEZ (1970-1971) Durante sua gestão, abriu frentes pioneiras de trabalho no setor 
rodoviário, em áreas atingidas pela seca, firmando também convênios com o Movimento Brasileiro de Alfabeti-
zação (Mobral) e com o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural) para atuação no interior do 
estado. Assinou ainda contrato de concessão de empréstimo com o Banco do Brasil para a realização dos 
trabalhos de dragagem da barra de acesso ao porto de Aracaju. 
 
 
 
 
 
PAULO BARRETO (1971-1975) Durante sua administração ampliou a rede educacional do estado, 
construindo ginásios e aperfeiçoando a biblioteca estadual. Também nesse período foi aprovado o Estatuto 
do Magistério estadual. No setor agrícola, a política de seu governo voltou-se para o fortalecimento

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