Aglutinação PCR

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO BACHARELADO EM FARMÁCIA
AGLUTINAÇÃO PCR
IMUNOLOGIA CLÍNICA
Ândra Maria Pontes Rodrigues
Maria de Lourdes Carvalho Diniz
Macapá
01 de fevereiro de 2023
1. INTRODUÇÃO
A aula prática realizada no dia 01 de fevereiro de 2023 durante a disciplina de
imunologia clínica teve como tema o método de Aglutinação PCR, o objetivo desta
aula foi compreender as etapas para realização do método bem como o seu
fundamento. O conhecimento a respeito do teste possui grande importância na
farmácia dentro da área de análises clínicas, pois com auxílio desta ferramenta é
possibilitado ao farmacêutico fechar um diagnóstico mais confiável.
A proteína C reativa (PCR) é considerada uma proteína de fase aguda
sintetizada pelo fígado e tecido adiposo sob estímulo de mediadores
pró-inflamatórios, como o fator de necrose tumoral (TNF) e interleucinas (IL) 1 e 6,
seus aumentos séricos estão relacionados a eventos que levem à injúria tecidual,
com a função de opsonização e ativação do complemento. Portanto, a mensuração
sérica de proteína C reativa se mostra eficaz na avaliação de quadros infecciosos e
inflamatórios (Veiga, 2009).
A dosagem da Proteína C-reativa pode ser realizada pelo método quantitativo
conhecido como Turbidimetria e Nefelometria e mais comumente pelo método
qualitativo, que indica a presença ou ausência de PCR através da técnica de
aglutinação em látex. (Aguiar, 2013).
A tecnologia de aglutinação em látex tem como princípio a utilização de
partículas de látex poliestireno sensibilizadas com antígenos ou anticorpos, ela pode
ser executada manualmente com a aglutinação detectada pela observação visual da
formação de grumos. Esta tecnologia vem sendo aplicada em uma grande
variedade de diagnóstico de infecções microbianas, marcadores imunológicos,
dosagem de hormônios e drogas (YOUNG, 2000).
Dessa forma, esta técnica é indispensável nos laboratórios pela facilidade de
manuseio e interpretação do resultado, pois os casos positivos, detectados pela
aglutinação das referidas partículas, podem ser submetidos ao método
semi-quantitativo pela diluição seriada do soro e o título resultante do teste é
transformado em mg/L, sendo um teste completo, simples e de fácil execução.
1.1 APLICAÇÃO
Através da determinação qualitativa e semi-quantitativa da Proteína C Reativa
(PCR) no soro. Este método é aplicado em uma grande variedade de diagnóstico
de infecções microbianas, marcadores imunológicos, dosagem de hormônios e
drogas.
1.2 PRINCÍPIO DO TESTE
O teste baseia-se na aglutinação das partículas de látex sensibilizadas com
anticorpos anti-PCR humana(antígeno), quando misturadas com soro de pacientes
contendo uma concentração de Proteína C Reativa (PCR) igual ou superior a 6
mg/L.
2. MATERIAL E MÉTODOS
2.1 MATERIAL
Quadro 1- Materiais Utilizados.
Amostra de soro do paciente
Cartão teste
Tubos e pipetas
NaCl 0,9 g%
Cronômetro
Agitador mecânico rotatório de velocidade regulável a 100 r.p.m.
Controles positivo e negativo
Placa de reação
Reagentes Látex PCR.
2.2 MÉTODO
Método Qualitativo
1. Os reagentes e o soro estavam à temperatura ambiente.
2. Com o auxílio de uma pipeta automática, dispensou-se 25 µL de soro no círculo
de teste do cartão.
3. Em seguida, o reagente látex foi homogeneizado e então, com uma pipeta,
adicionou-se 25 µL da suspensão no círculo de teste.
4. As gotas foram misturadas usando um bastão descartável cobrindo toda a área
do círculo com a mistura.
5. Suavemente homogeneizou-se com movimentos circulares na horizontal, o cartão
de teste por 2 minutos, ao final do teste foi observado a formação de aglutinação.
Método Semi-Quantitativo
1. A partir da salina isotônica, preparou-se uma série de diluições do soro a ser
testado (1/2, 1/4, 1/8, 1/16, 1/32, 1/64, etc.).
2. Com o auxílio de uma pipeta automática, 25 µL de cada diluição de soro foram
dispensados no círculo de teste do cartão. Em seguida homogeneizou-se 25 μL da
suspensão no círculo de teste.
3. As gotas foram misturadas usando um bastão descartável cobrindo toda a área
do círculo com a mistura.
4. Suavemente homogeneizou-se com movimentos circulares na horizontal, o cartão
de teste por 2 minutos, ao final do teste foi observado a formação de aglutinação.
5. O título da amostra correspondeu a maior diluição que ocorreu aglutinação, o
cálculo foi realizado multiplicando-se a sensibilidade do teste pela maior diluição que
apresentou a aglutinação.
3. INTERPRETAÇÃO
Método Qualitativo:
O reagente Látex PCR tem um limite de detecção de 6 mg/L de PCR no soro do
paciente. Os resultados positivos serão obtidos em uma concentração de PCR no
soro superior a 6 mg/L e os resultados negativos serão obtidos em uma
concentração de PCR de 6 mg/L e inferior.
- Resultado positivo: é observado um nítido padrão de aglutinação do látex, em
uma solução clara.
- Resultado negativo: não é possível observar nenhuma alteração na
suspensão de látex no cartão de teste.
Método Semi-Quantitativo:
A concentração aproximada de PCR no soro pode ser calculada através da
multiplicação do fator de diluição (ex: 2, 4, 8 ou 16) pelo limite de detecção (ex: 6,
para obter o número da concentração mg/L). Exemplo: Se o título de aglutinação
aparecer em 1/8, a concentração aproximada de PCR no soro é de 8 x 6 = 48 mg/L.
Figura 1- Resultado do teste de Aglutinação PCR(qualitativo).
Fonte: Autor próprio (2023).
Resultado: houve aglutinação da amostra de soro do paciente, isso indica resultado
positivo, pois é possível observar um nítido padrão de aglutinação do látex.
4. CONCLUSÃO
Com a realização da aula prática executada em laboratório foi possível
assimilar o conhecimento teórico com a experiência laboratorial, onde foi observado
que o método de Aglutinação PCR possui como princípio determinar a presença e
concentração, igual ou superior a 6 mg/L, da Proteína C Reativa no soro do paciente
a partir da aglutinação das partículas de látex sensibilizadas com anticorpos
anti-PCR humana (antígeno), sendo este teste eficaz para indicar uma grande
variedade de diagnóstico de infecções microbianas, marcadores imunológicos,
dosagem de hormônios e drogas. A aula prática foi realizada com sucesso, e ao seu
decorrer foi possível observar a aglutinação da amostra do soro do paciente a partir
do método qualitativo, obtendo assim um resultado positivo quanto a presença de
PCR para este paciente.
5. REFERÊNCIAS
VEIGA, A. P. M. et al. Utilização de técnica rápida de aglutinação em látex para
determinação semiquantitativa dos níveis séricos de proteína C reativa em cães.
Acta Scientiae Veterinariae, v. 37, n. 2, p. 151-155, 2009.
AGUIAR, F.J.B. et al. Proteína C reativa: aplicações clínicas e propostas para
utilização racional. Rev. Assoc. Med. Bras. São Paulo, v.59, n.1, p. 85-92, 2013.
YOUNG, D.S. Effects of drugs on clinical laboratory tests. 5 ed. AACC Press, 2000.