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2021-LarissaCarolineGomesdeBarros

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Universidade de Brasília 
Instituto de Psicologia 
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações 
 
 
 
Sem saída: as consequências do embarque para os trabalhadores no contexto offshore oil no 
Brasil 
 
 
 
 
Larissa Caroline Gomes de Barros 
 
 
 
 
 
 
Brasília 
Dezembro de 2021 
ii 
 
Universidade de Brasília 
Instituto de Psicologia 
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações 
 
 
Sem saída: as consequências do embarque para os trabalhadores no contexto offshore oil no 
Brasil 
 
 
 
Larissa Caroline Gomes de Barros 
 
 
Dissertação de Mestrado apresentada ao 
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, do 
Trabalho e das Organizações (PPGPSTO/UnB) como 
requisito para obtenção ao título de mestre. 
Orientadora: Cristiane Faiad de Moura 
 
 
Brasília 
Dezembro de 2021 
iii 
Sem saída: as consequências do embarque para os trabalhadores no contexto offshore oil no 
Brasil 
Dissertação apresentada e avaliada por banca examinadora constituída por: 
 
_________________________________________________________________ 
Prof.ª Dra. Cristiane Faiad de Moura (Presidente) 
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações. 
Universidade de Brasília 
 
__________________________________________________________________ 
Prof.ª Dr. Hugo Ferrari Cardoso (Membro Titular Externo) 
Programa de Pós-graduação em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem. 
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho 
 
__________________________________________________________________ 
Prof.ª Dra. Maria José Chambel (Membro Titular Externo) 
Programa de Pós-Graduação em Crise e Emergência e em Psicologia da Saúde Ocupacional. 
Universidade de Lisboa 
 
_________________________________________________________________ 
Prof. Dr. Cláudio Vaz Torres (Membro Suplente) 
Programa de Pós-Graduação em Processos Psicológicos Básicos. 
Universidade de Brasília 
 
 
iv 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A verdade te libertará. 
Mas primeiro ela vai te 
enfurecer.” 
Gloria Steinem 
 
“Não existem métodos 
fáceis para resolver problemas 
difíceis.” 
René Descartes 
 
 
v 
Agradecimentos 
Agradecer é reconhecer que a caminhada só foi possível com muito apoio e amor. 
Primeiramente, agradeço a Deus por ter me feito resiliente e persistente e por ter me dado 
saúde e dedicação para correr atrás dos meus sonhos. 
À minha família, sempre incondicional e presente, em especial aos meus pais, Alba e 
Sandro, que me apoiaram e trabalharam para que eu pudesse apenas batalhar pelos meus 
sonhos, e construíram a base de tudo que sou. Meu coração transborda emoção só de lembrar 
tudo o que fizeram por mim. Ao meu irmão, Luís, que não me deixa esquecer para quem sou 
exemplo. À minha avó Ana, que tornou minha caminhada mais fácil durante toda minha vida 
de estudos. À minha “dinda”, Áurea, que me deu silêncio para escrever, trabalhar e crescer, e 
um ombro amigo ao longo do trajeto. 
Aos meus amigos, que apoiaram, entenderam e incentivaram, em especial à Mariana, 
que fez contatos, revisou textos, ouviu desabafos, carregou formulários e “quase mergulhou 
em um barril de petróleo” comigo, obrigada por tanto. Ao Luan, meu novo velho amigo, que 
tornou mais fácil e possível toda minha coleta de dados e abriu janelas quando portas foram 
fechadas: “você foi essencial”. Ao Igor, que foi meus olhos e imaginação dentro da 
plataforma, sem ele eu teria conhecido esse mundo apenas por filmes, obrigada por tornar 
tudo tão real e por ser minha casa fora de casa. 
Aos meus colegas de laboratório, que foram essenciais e perspicazes em todas as suas 
contribuições e que abriram minha cabeça teimosa para novas e fantásticas ideias, em 
especial ao Carlos, que antes de amigo e companheiro de LABPAM, foi coordenador do 
grupo de pesquisa que mudou minha vida. Obrigada por plantar a semente em mim, sabemos 
que sou fruto da sua árvore e que sem você nada disso teria acontecido. 
Aos Professores do PSTO/UnB, que mesmo em meio a uma pandemia foram suporte 
e verdadeiros mestres na arte de ensinar, em especial ao Prof. Dr. Claudio Torres, que 
vi 
acendeu em mim a chama da curiosidade antes mesmo do mestrado ser uma realidade, e à 
Prof.ª Dra. Maria José Chambel e Prof. Dr. Hugo Ferreira Cardoso por terem aceitado 
compor a banca examinadora. Tenho certeza de que suas avaliações serão de suma 
importância para este trabalho e para o meu futuro. 
Aos trabalhadores offshore oil, às empresas e aos prepostos que dedicaram seu tempo 
e trabalho para que esse estudo pudesse sair do papel. Em especial à PetroRio, que abriu as 
portas para a coleta de dados. 
Finalmente, à minha orientadora Cristiane, que me acolheu, acreditou no meu 
potencial questionador e foi calmaria onde eu era furacão. Me faltam palavras para agradecer 
tudo o que você fez por mim dentro e fora do mestrado, me sobra emoção em saber que eu 
não só te escolhi, mas fui escolhida por você. Sou imensamente grata pelos ensinamentos 
(teóricos e de vida), pelos puxões de orelha e pelo respiro em meio ao turbilhão, obrigada 
pela parceria e por acreditar mais em mim do que eu mesma, sem você nada disso seria 
possível. 
In Memorian: Ao meu “dindo”, que me viu sonhar, compartilhou histórias de quase 
um século que fizeram meus olhos e coração se encherem, que me fez querer sempre ser 
“mais” com sua implicância única, mas que partiu antes de ver o sonho virar realidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
vii 
Resumo 
O trabalho que ocorre em plataformas petrolíferas é chamado de “offshore oil” e atualmente é 
realizado, no Brasil, em mais de 49 plataformas por cerca de 40 mil trabalhadores 
embarcados e confinados a espaços considerados restritos e de alta periculosidade. 
Configura-se como uma área de pesquisa pouco explorada, que concentra a maior parte de 
seus achados em estudos estritamente descritivos. A atividade na plataforma offshore oil 
exige dos profissionais um afastamento da costa por longos períodos de trabalho. Além do 
afastamento físico, os trabalhadores distanciam-se de suas famílias e do convívio social e 
ficam vulneráveis ao adoecimento psíquico e a problemas crônicos, como a síndrome de 
burnout. O trabalhador inserido neste contexto de trabalho, caracteriza sua área como 
desgastante e estressante, com características pouco comuns a maioria dos trabalhos, e ainda 
identifica o ambiente como hostil e pouco colaborativo. Nesse sentido, o presente estudo tem 
como objetivo investigar as relações entre burnout, suporte social percebido, engajamento e 
conflito trabalho-família no contexto de trabalho offshore oil no Brasil. O primeiro 
manuscrito apresenta um estudo bibliométrico cujo objetivo é apresentar os trabalhos sobre a 
área offshore oil, bem como a natureza desse campo de atuação profissional e o perfil de seus 
trabalhadores. O segundo manuscrito avaliou 441 trabalhadores da área, com o objetivo de 
identificar de que forma o conflito trabalho-família se relaciona ao burnout, sendo mediado 
pelo suporte social e pelo engajamento no trabalho presentes no contexto de trabalho offshore 
oil no Brasil. Por fim, o terceiro manuscrito objetivou mapear as competências 
comportamentais e as contingências ambientais necessárias para estar inserido em um 
ambiente confinado e embarcado. Os resultados encontrados são inéditos e contribuem não só 
para uma maior difusão de conhecimento sobre o tema, mas para indicar possíveis caminhos 
para aprimorar relações de trabalho e elaborar ações preventivas de saúde mental da 
população embarcada em plataformas petrolíferas. 
viii 
Palavras-chave: offshore oil, competências comportamentais, plataformas petrolíferas, saúde 
mental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ix 
Abstract 
The work that takes place onoil platforms is called “offshore oil” and is currently carried out, 
in Brazil, on more than 49 platforms by approximately 40 thousand workers on board and 
confined to spaces considered to be restricted and highly dangerous. It is configured as a little 
explored area of research, which concentrates most of its findings in strictly descriptive 
studies. The activity on the offshore oil platform requires professionals to be away from the 
coast for long periods of work. In addition to physical distancing, workers distance 
themselves from their families and social life and are vulnerable to mental illness and chronic 
problems, such as burnout syndrome. The worker inserted in this work context characterizes 
his area as exhausting and stressful, with characteristics that are not common in most jobs, 
and also identifies the environment as hostile and uncooperative. In this sense, this study aims 
to investigate the relationships between burnout, perceived social support, engagement and 
work-family conflict in the context of offshore oil work in Brazil. The first manuscript 
presents a bibliometric study whose objective is to present the works on the offshore oil area, 
as well as the nature of this field of professional activity and the profile of its workers. The 
second manuscript evaluated 441 workers in the area, with the aim of identifying how the 
work-family conflict is related to burnout, being mediated by social support and engagement 
in work present in the context of offshore oil work in Brazil. Finally, the third manuscript 
aimed to map the behavioral skills and environmental contingencies necessary to be inserted 
in a confined and on-board environment. The results found are unprecedented and contribute 
not only to a greater dissemination of knowledge on the subject, but also to indicate possible 
ways to improve working relationships and develop preventive actions for the mental health 
of the population on board oil rigs. 
Keywords: offshore oil, behavioral skills, oil rigs, mental health. 
x 
Sumário 
Resumo.................................................................................................................................... 07 
Abstract................................................................................................................................... 09 
Apresentação........................................................................................................................... 11 
Manuscrito 1............................................................................................................................ 17 
Manuscrito 2............................................................................................................................ 50 
Manuscrito 3.............................................................................................................................91 
Anexo 1 –Termo de Consentimento Livre e Esclarecido………………...............................118 
Anexo 2 –Tipos de Plataformas Petrolíferas no Brasil..........................................................119 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
Apresentação 
O trabalho que ocorre em plataformas marítimas é chamado de “offshore” (versão 
para a língua inglesa cujo significado literal é “afastado da costa”) e varia a depender do tipo 
de plataforma adotada. É uma realidade profissional que apresenta características 
específicas, como o isolamento dos trabalhadores em alto mar por um período considerável 
(Carvalho, 2010). 
As plataformas petrolíferas podem ser fixas, semissubversíveis e flutuantes 
(Antoniolli et al., 2015), e são instalações complexas que operacionalizam a produção e 
armazenagem de óleo e gás de alta pressão, além de funcionarem distantes da costa e do 
acesso a socorro imediato. Uma unidade offshore oil precisa se organizar como uma cidade 
por conta de seus processos complexos: de geração de energia, tratamento de água e esgoto, 
fornecimento de alimentação, remédios, atendimento médico, limpeza e arrumação de 
quartos, serviços de lavanderia, descarte de resíduos e coleta seletiva de lixo são necessários 
para seu funcionamento (Amorim et al., 2013). Também é preciso, portanto, que tais 
instalações sejam equipadas com um conjunto completo de serviços, como alimentação, 
alojamento para tripulação, enfermagem e meios de salvamento, fornecimento de energia 
elétrica e água potável, além de serviços de comunicação – o que exige um alto grau de 
autonomia e requer um elevado nível de coordenação (Antoniolli et al., 2015; Freitas et al., 
2001; Sevá Filho, 2000). 
A indústria petrolífera é caracterizada por seus processos contínuos e ininterruptos, 
que acontecem durante os 365 dias do ano, 24 horas por dia, e exigem a substituição contínua 
das equipes e dos responsáveis por turnos de trabalho (Barbosa & Alvarez, 2016; Leite, 
2009). Os turnos são definidos tanto pela natureza do trabalho e cargo ocupado quanto pela 
natureza da empresa, pública ou privada. Os trabalhadores concursados da Petrobras 
costumam embarcar por um período de 14 dias e desembarcar por um período de 21 dias. Já 
12 
os funcionários de empresas terceirizadas que prestam serviços ou até mesmo têm concessão 
para operar em plataformas costumam ter 14 dias de embarque e 14 dias de folga, o que varia 
conforme o cargo ocupado (Barbosa & Alvarez, 2016). 
As condições de trabalho a que esses trabalhadores estão submetidos podem ser 
caracterizadas como desagradáveis e estressantes, já que enfrentam situações não muito 
comuns ao dia-a-dia da maioria dos trabalhadores no desempenho de suas tarefas, neste 
sentido, costumam se mostrar mais vulneráveis ao adoecimento psíquico (da Silva Júnior & 
Ferreira, 2007). 
Constatou-se que pesquisas sobre o contexto offshore oil identificam alto índice de 
adoecimento e de registros de quadros de estresse e síndrome de burnout, conforme dados 
levantados em revisão de literatura realizada no presente estudo. Contudo, poucos estudos 
indicam como estes quadros poderiam ser prevenidos ou evitados – por meio de estratégias 
de enfrentamento de situações desgastantes ou utilizando recursos individuais e 
organizacionais, tais como o suporte social percebido pelos trabalhadores, seu engajamento 
no trabalho, dentre outros recursos. 
A condição psicológica de cerca de 40 mil trabalhadores inseridos no ambiente 
confinado e embarcado (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás [IBP], 2020) apresenta-se 
como uma lacuna na literatura científica. A natureza específica desse tipo de trabalho 
explicita a necessidade de identificar os fatores que contribuem para o desgaste psicológico e 
emocional desses trabalhadores. Assim, o presente estudo tem por objetivo geral investigar 
as relações entre o burnout, suporte social percebido, engajamento e conflito trabalho-família 
no contexto de trabalho offshore oil no Brasil. 
Para tanto, os objetivos específicos foram definidos como: a) caracterizar os estudos 
sobre a área offshore oil, o trabalho e o perfil dos trabalhadores, por meio de uma análise de 
produção científica; b) identificar as relações entre o conflito trabalho-família e o burnout, 
13 
mediados pelo suporte social e pelo engajamento no trabalho presentes no contexto offshore 
oil no Brasil; c) mapear as competências comportamentais e as contingências ambientais 
necessárias para estar inserido em um ambiente confinado e embarcado, como o de 
plataformas petrolíferas no Brasil. 
Essa dissertação está organizada na forma de três manuscritos elaborados a partir 
destes objetivos, conforme modelo preconizado no Programa de Pós-Graduação em 
Psicologia Organizacional, do Trabalho e das Organizações da UnB. O primeiro manuscrito 
apresenta uma análise teórica que visa caracterizar os estudos sobre a área offshore oil, bem 
como a natureza do trabalho e o perfil dos trabalhadores dessa área profissional, além de 
apresentar umestudo bibliométrico da produção nacional sobre a área. O segundo manuscrito 
apresenta um estudo quantitativo, de alcance nacional da população embarcada, cujo objetivo 
é analisar as relações entre tais medidas e identificar de que forma o conflito trabalho-família 
se relaciona com o burnout e é mediado pelo suporte social e pelo engajamento no trabalho 
presentes no contexto offshore oil no Brasil. Por fim, o terceiro manuscrito tem como 
objetivo mapear as competências comportamentais e as contingências ambientais necessárias 
para estar inserido em um ambiente confinado e embarcado. Apesar de cada manuscrito 
poder ser lido e compreendido de forma independente, quando apresentados em conjunto, 
com suas conclusões e limitações, se relacionam e colaboram para indicar possíveis caminhos 
para aprimorar relações de trabalho e elaborar ações preventivas de saúde mental da 
população embarcada em plataformas petrolíferas. 
 
 
 
 
 
 
14 
Referências 
Amorim, G. H., de Souza Guedes, M. A., Guedes, C. C. P., & Aguiar, B. G. C. (2013). 
Enfermeiro embarcado em plataforma petrolífera: um relato de experiência offshore. 
Texto & Contexto Enfermagem, 22(1), 257-265. 
Antoniolli, S. A. C., Emmel, S. V., Ferreira, G. E., de Oliveira Paz, P., & Kaiser, D. E. 
(2015). Trabalho offshore e a atuação do enfermeiro embarcado: uma revisão 
integrativa. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 49(4), 689-698. 
https://doi.org/10.1590/S0080-623420150000400021 
Barbosa, A. R. D. G., & Alvarez, D. (2016). Trabalho feminino no setor offshore na Bacia de 
Campos-RJ: percepção das trabalhadoras e estratégias usadas na gestão dos tempos de 
vida e de trabalho. Gestão & Produção, 23(1), 118-131. https://doi.org/10.1590/0104-
530X1600-14 
Carvalho, M. M. D. (2010). Vida e trabalho de marítimos embarcados do setor offshore. 
[Dissertação de Doutorado. Repositório Institucional da Fiocruz.] 
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24229 
Freitas, C. M. D., Souza, C. A. V. D., Machado, J. M. H., & Porto, M. F. D. S. (2001). 
Acidentes de trabalho em plataformas de petróleo da Bacia de Campos, Rio de Janeiro, 
Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 17, 117-130. 
http://hdl.handle.net/10400.19/4954 
Leite, R. M. D. S. C. (2009). Vida e trabalho na indústria de petróleo em alto mar na Bacia de 
Campos. Ciência & Saúde Coletiva, 14, 2181-2189. 
Sevá Filho, O. (2000). Seguuura, peão! Alertas sobre o risco técnico coletivo crescente na 
indústria petrolífera. Acidentes industriais ampliados: desafios e perspectivas para o 
controle e a prevenção. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ 
https://doi.org/10.1590/S0080-623420150000400021
https://doi.org/10.1590/0104-530X1600-14
https://doi.org/10.1590/0104-530X1600-14
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24229
http://hdl.handle.net/10400.19/4954
15 
Silva Júnior, D. I., & Ferreira, M. C. (2007). Escala para avaliação de estressores ambientais 
no contexto off-shore oil (EACOS). Avaliaçao Psicologica: Interamerican 
Journal of Psychological Assessment, 6(2), 139-146. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manuscrito I 
O trabalho embarcado em Plataformas Petrolíferas no Brasil e o trabalhador offshore 
oil, nos últimos 21 anos: uma revisão integrativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
Resumo 
Trabalhadores inseridos em ambiente embarcado em plataformas petrolíferas, conhecido 
como offshore oil, estão submetidos a condições e turnos de trabalhos específicos que, além 
de possuírem estressores ambientais relativos à natureza da atividade, ainda estão expostos a 
situações que podem envolver e desencadear adoecimentos. O presente estudo teve como 
objetivo realizar uma revisão sistemática do tipo integrativa para identificar estudos sobre 
trabalho e saúde do trabalhador offshore oil no Brasil publicados nos últimos 21 anos. A 
análise final indicou 43 artigos publicados em periódicos ou repositórios nacionais, que 
foram analisados quanto à afiliação, o tipo de estudo, o número de citações, a temática e a 
classe de palavras. Também foram aplicados os testes não paramétricos de Mann-Kendal, 
para análise da distribuição temporal da produção e suas tendências de crescimento, e a 
aplicação da Lei de Lotka. As pesquisas estão, em sua grande maioria, centradas nas áreas de 
enfermagem e saúde pública. As conclusões apontam para a necessidade de maior 
investimento em condições de saúde e de qualidade de vida dos trabalhadores embarcados em 
plataformas petrolíferas. 
Palavras-chave: Plataformas petrolíferas, indústria petrolífera, trabalhadores, trabalho 
embarcado, offshore oil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
Abstract 
Workers inserted in an environment on board oil platforms, known as offshore oil, are 
subjected to specific work shifts and conditions that, in addition to having environmental 
stressors related to the nature of the activity, are also exposed to situations that can involve 
and trigger illnesses. This study aimed to carry out a systematic integrative review to identify 
studies on work and health of offshore oil workers in Brazil published in the last 20 years. 
The final analysis indicated 43 articles published in national journals or repositories, which 
were analyzed in terms of affiliation, type of study, number of citations, theme and word 
class. Mann-Kendal nonparametric tests were also applied to analyze the temporal 
distribution of production and its growth trends, and the application of Lotka's Law. The 
researches are, for the most part, centered in the areas of nursing and public health. The 
conclusions point to the need for greater investment in health conditions and quality of life 
for workers onboard oil rigs. 
Keywords: Oil rigs, oil industry, workers, on-board labor, offshore oil. 
 
 
19 
A globalização dos mercados e a reestruturação da cadeia produtiva de trabalho 
provocam constantes alterações nas relações de trabalho e uma das implicações dessas 
mudanças é o aumento progressivo de trabalhadores acometidos por estresse e burnout. Esses 
fenômenos são capazes de ocasionar graves prejuízos ao indivíduo e à organização (Silva 
Júnior & Ferreira, 2009; Nielsen et al., 2013), quadro que se agrava ao tratar-se de ambientes 
Isolados, Confinados e Extremos (ICE), como é o caso do ambiente embarcado em 
plataformas petrolíferas, também conhecido como offshore oil (Chen et al., 2005). Os 
ambientes com esta característica trazem diferentes riscos ao trabalhador (Barros-Delben et 
al., 2019) 
Durante o período de trabalho embarcado, não é possível avistar a costa a partir das 
plataformas petrolíferas: os trabalhadores permanecem confinados a um espaço, isolados pelo 
mar por todos os lados (Martins, 2006; Seligmann-Silva, 2016). As atividades são 
ininterruptas e o foco da atuação neste ambiente e contexto é a indústria petroquímica, 
cercada por materiais tóxicos, explosivos, ambientes insalubres para os trabalhadores 
(Amorim et al., 2013; Silva et al., 2016), com constante risco de acidentes que atinjam o meio 
ambiente e as pessoas (Martins, 2006). As plataformas são associadas a “bombas” ou “barris 
de pólvora”, que podem explodir a qualquer momento, aludindo ao perigo a que os 
trabalhadores estão continuamente expostos (Leite, 2009; Pena, 2002; Ramos, 2014). 
Sevá Filho (2000) propôs que a análise das atividades realizadas nas plataformas 
petrolíferas pode ser delimitada em quatro aspectos essenciais, sendo tal trabalho 
simultaneamente complexo, coletivo, contínuo e perigoso. Complexo, pois todas as 
atividades estão interligadas em um sistema de redes dependentes, o que impede que um 
único trabalhador tenha controle geral de todas as ocorrências, o que atribui um grau de 
imprevisibilidade ao trabalho e pode desencadear efeitos dominó em caso de acidentes ou 
incidentes; coletivo, pois para que a unidade funcione, são necessárias equipes de trabalho 
20interdependentes; contínuo,uma vez que a produção flui inimterruptamente durante 24 horas 
do dia, 365 dias no ano, e exige revezamento de equipes de trabalho; e perigoso porque tem 
por natureza o processamento de hidrocarbonetos e compostos químicos inflamáveis ou 
explosivos, tóxicos para os trabalhadores e para o meio ambiente, além de ser uma atividade 
que exige a operação de máquinas e equipamentos que podem desencadear acidentes e causar 
múltiplos óbitos e lesões. 
As condições de trabalho neste ambiente incluem uma ampla diversidade de 
atividades e estressores ambientais considerados como desagradáveis (da Silva Júnior & 
Ferreira, 2007). Os trabalhadores são submetidos a climas oceânicos instáveis e ao 
isolamento familiar e social (Chen et al., 2005). Além disso, fatores como vibrações, ruídos, 
baixa luminosidade e ventilação não adequada foram apontados como desafiadores para a 
adaptação física, biológica e psicológica desses trabalhadores e também como geradores de 
uma condição constantemente estressora, que pode acarretar transtornos psicossociais (Chen 
et al., 2009). Neste sentido, o ambiente confinado de trabalho alia-se ao ritmo ao qual os 
trabalhadores estão sujeitos e resulta em diversas consequências negativas também para suas 
vidas familiares e sociais (Sales, 2009). 
O confinamento exigido pelo trabalho offshore oil impacta diversas áreas da vida pessoal 
dos trabalhadores, principalmente aquelas ligadas aos seus relacionamentos sociais, amorosos 
e familiares. Nesse contexto, homens e mulheres são afetados. No entanto, os efeitos do 
embarque a longo prazo parecem afetar de maneira mais acentuada as trabalhadoras, uma vez 
que é frequente que seus parceiros não aceitem a natureza de sua atividade profissional 
(Santos, 2019). Este ritmo de trabalho também gera outras consequências para a vida familiar 
e social do trabalhador embarcado, uma vez que o impede de comparecer a aniversários, 
formaturas, competições esportivas ou intelectuais, casamentos, apresentações dos filhos nos 
eventos escolares quando as datas coincidem com sua escala de trabalho (Sales, 2009). 
21 
Ao delinear o perfil do trabalhador offshore, Souza (1996) identificou que sentimentos 
ligados a pensamentos depressivos, adoecimentos psicológicos, problemas com insônia, 
afastamento da família e até mesmo afastamento do local de trabalho são tratados em termos 
de adaptação ou falta de adaptação do trabalhador ao ambiente e não como problemas 
decorridos do local ou condições de trabalho. Estudo realizado por Pena (2002) aponta que 
trabalhadores são impedidos implicitamente de demonstrar sinais de emoções como tristeza, 
saudade e solidão, pois estes são considerados indícios de desadaptação à vida do profissional 
offshore oil. Por isso, o ambiente é identificado como estressante e hostil e está associado a 
um maior risco para a saúde mental dos trabalhadores (Bastos et al., 2020; Chen et al., 2005). 
Contudo transtornos de humor, de origem biológica ou social, podem mudar suas 
atitudes em relação à operação de máquinas perigosas e ao interesse pela segurança de outras 
pessoas. Uma das consequências disto é a exaustão ocasionada pelas condições de trabalho, 
aliadas aos conflitos que se exacerbam em meio à multiplicidade de fatores de risco presentes 
(Alvarez et al., 2010). Trabalhadores offshore oil costumam demonstrar mais vulnerabilidade 
ao adoecimento psíquico, em especial ao estresse, que é um fenômeno capaz de provocar 
graves prejuízos ao indivíduo tanto no campo familiar como profissional e pessoal (Silva 
Júnior & Ferreira, 2007). 
Nessa perspectiva, ações que promovam a saúde mental e a qualidade de vida dos 
trabalhadores são indispensáveis para a prevenção de adoecimentos engatilhados por estresse 
ou síndrome de burnout, dado que o ambiente se apresenta como propício ao adoecimento 
psíquico e físico dos indivíduos haja vista a multiplicidade de fatores de risco que lhe é 
carcterística. Com o objetivo de reduzir danos relacionados à saúde, segurança e condições de 
vivência no trabalho a bordo de plataformas de petróleo, foi criada a Norma 
Regulamentadora n° 37 de 20 de dezembro de 2018, que torna a presença de um profissional 
de saúde obrigatória nas embarcações – seja ele médico, enfermeiro ou técnico de 
22 
enfermagem sob a supervisão de enfermeiro. A Norma, no entanto, não estabelece a presença 
de um psicólogo, profissional capacitado para mediar conflitos e agir em situações extremas 
provocadas pelo estresse ou burnout. 
Com vistas a abordar o contexto de trabalho mencionado e as condições nas quais o 
trabalhador está inserido em um ambiente embarcado de plataformas petrolíferas (offshore 
oil), o presente estudo visa contribuir para a compreensão de como está estruturada e 
distribuída temporalmente a pesquisa brasileira sobre o tema nos últimos 21 anos. 
Método 
Uma revisão integrativa da literatura (RIL) foi realizada por intermédio da análise de 
dados de afiliação da autoria, ano, classes de palavras utilizadas, número de citações recebidas, 
número de autores e evolução temporal de artigos publicados em periódicos brasileiros com 
estudos acerca da área offshore oil e da caracterização do trabalho realizado neste contexto. 
Este delineamento qualitativo teve como objetivo responder à seguinte questão: o que 
existe em termos de produção acadêmica no Brasil sobre o contexto offshore oil? Esta pergunta 
buscou identificar o que é conhecido na área e quais são as lacunas da literatura acerca desse 
contexto de trabalho e da atuação do trabalhador embarcado. 
Procedimentos 
 A pesquisa de artigos foi realizada por meio da utilização do software Publish or 
Perish 6.4 (Harzing, 2010). Foram utilizadas as bases de dados do Google Acadêmico, do 
CrossRef, do Scopus, do Scielo (Web of Science), do PubMed e do PsycInfo (APA) – as quais 
foram escolhidas para alcançar uma maior quantidade de artigos, dissertações e periódicos, 
visto que se referem às principais fontes de periódicos de alto impacto. 
 As palavras “offshore”, “offshore oil”, “plataformas petrolíferas”, “petróleo” e 
“trabalho embarcado” foram utilizadas para a realização das buscas. Essas palavras foram 
adicionadas ao campo “all of the words” para que as bases de dados extraíssem todos os 
23 
artigos que relacionassem alguma destas palavras, sejam juntas ou separadas, seja no título, 
no resumo ou nas palavras-chave. Além disto, o período foi delimitado entre o ano 2000 até o 
ano 2020, contemplando assim os últimos 21 anos de produção nacional sobre o tema. 
 Foram definidos os seguintes critérios para a inclusão de artigos: a) realizado com 
amostra brasileira; b) estar disponível na íntegra; c) trazer como tema central o trabalho em 
plataformas petrolíferas (offshore oil) e d) tratar de questões relativas a trabalhadores 
embarcados em plataformas petrolíferas (tais como saúde, condição de trabalho, ambiente, 
etc). Foram critérios de exclusão: a) livros, capítulos de livros ou resumos apresentados em 
eventos; b) tratar de contexto embarcado que não seja o de plataformas petrolíferas (como 
marinha, cruzeiros, etc); c) estar publicado somente em outro idioma que não o português ou 
ser sobre amostra de trabalhadores estrangeiros. As teses e dissertações encontradas só foram 
excluídas quando parte de seus achados já teriam sido publicados como artigo, gerando 
duplicatas. 
 Resultados 
Inicialmente a busca registrou 531 artigos, que foram exportados para uma planilha de 
Excel por meio de ferramenta do próprio software. Todos os resultados foram analisados 
manualmente, realizando a exclusão de: duplicatas (n = 43); publicações estrangeiras (n = 
34); capítulos, livros ou resumos de eventos (n = 33); abordagem de contexto embarcado que 
não seja o das plataformas petrolíferas (n = 270); não disponíveis na íntegra (n = 15), 
somando assim 395 exclusões. Após as exclusões iniciais, os artigospassaram por análise 
temática com o objetivo de satisfazer o critério de inclusão “c”: trazer como tema central o 
contexto de trabalho em plataformas petrolíferas (offshore oil), ou seja, foram excluídos os 
artigos que tratavam de plataformas petrolíferas mas traziam em seu conteúdo temas técnicos 
sobre operação e logística ou aqueles cujo conteúdo não abordava aspectos do trabalho 
realizado nas plataformas, do ambiente no qual os trabalhadores estão inseridos ou do perfil 
24 
dos trabalhadores (n = 93), totalizando, por fim, 488 exclusões. Após satisfeitos todos os 
critérios de inclusão e exclusão, restaram 43 artigos para serem analisados (Figura 1). 
Figura 1 
Fluxograma do processo de seleção de artigos para análise. 
 
 
Análise dos dados 
Os 43 estudos selecionados passaram por uma nova análise, na qual foram 
categorizados por parâmetros relacionados a ano de publicação, número e afiliação dos 
autores, título, tipo de estudo, temática e referencial teórico predominante. Além disto, o 
número de vezes em que cada artigo foi citado em outros estudos também foi categorizado 
(Tabela 1). Os estudos em questão não foram categorizados por sua classificação no 
Qualis/Capes, uma vez que muitos são produções realizadas como conclusão de programas 
de Mestrado ou Doutorado e estão publicados apenas nos repositórios das Universidades. 
Optou-se então por não excluir tais publicações, por se tratarem de grandes contribuições à 
área. 
25 
 Foram realizadas análises estatísticas de caráter descritivo, sendo também efetuada 
aplicação do teste não-paramétrico de tendência de Mann-Kendall (Mann, 1945), para avaliar 
tendências de crescimento ou de decrescimento da produção ao longo do tempo. Também foi 
aplicada a Lei de Lotka (Lotka, 1926) em relação aos autores. Esta lei afirma que o número 
de autores que fazem n contribuições em um campo científico é aproximadamente 1/n² 
daqueles que fazem apenas uma contribuição e a proporção dos que fazem apenas uma 
contribuição é de aproximadamente 60%. 
 Os 43 artigos selecionados foram publicados em 20 áreas diferentes e em 24 
periódicos. Além disso, os trabalhos de conclusão de cursos de Mestrado ou Doutorado foram 
publicados em 11 repositórios distintos. Dessa forma, 37,2% das contribuições para a área em 
questão são provenientes de publicações realizadas em repositórios, configurando-se como 
estudos realizados em programas de pós-graduação. 
 Quatro áreas se destacam pela quantidade de publicações dentre as 20 encontradas, 
sendo elas psicologia (n = 8; 18,6%), saúde coletiva/ pública (n = 7; 16,27%), enfermagem (n 
= 5; 11,63%) e engenharia de produção (n = 4; 9,30%). Além disso, 29 artigos foram citados 
em outros estudos; destes, 72,41% (n = 21) foram citados em menos de 10 estudos e 10,34 % 
(n = 3), foram citados em mais de 35 estudos. A Tabela 1 representa os dados de cada artigo 
analisado. 
Tabela 1 
 
Artigos selecionados por autoria, título, ano de publicação, periódico, área e quantidade de 
citações em outros estudos. 
Autoria Título Ano Periódico Área Citações 
Almeida 
Estresse e Burnout em 
trabalhadores da indústria 
petrolífera. 
2017 Repositório UFES Enfermagem 0 
Almeida e 
Guimarães 
Uma Abordagem correlata 
entre as relações humanas e a 
segurança operacional das 
2020 
Revista Boletim do 
Gerenciamento 
Gestão de 
Empreendimentos e 
Projetos 
0 
26 
Embarcações de Apoio 
Marítimo–EAM. 
Alvarez, 
Figueiredo e 
Rotenberg 
Aspectos do regime de 
embarque, turnos e gestão do 
trabalho em plataformas 
offshore da Bacia de Campos 
(RJ) e sua relação com a saúde 
e a segurança dos 
trabalhadores. 
2010 
Revista Brasileira de 
Saúde Ocupacional 
Saúde Coletiva 36 
Alvarez, Suarez, 
Pereira, 
Figueiredo e 
Athayde 
Reestruturação produtiva, 
terceirização e relações de 
trabalho na indústria 
petrolífera offshore da Bacia 
de Campos (RJ). 
2007 Gestão e Produção 
Engenharia de 
Produção 
58 
Amorim, de 
Souza Guedes, 
Guedes e Aguiar 
Enfermeio embarcado em 
plataforma petrolífera: um 
relato de experiência offshore. 
2013 Texto e Contexto Enfermagem 14 
Antoniolli, 
Emmel, Ferreira, 
de Oliveira Paz e 
Kaiser 
Trabalho offshore e a atuação 
do enfermeiro embarcado: 
uma revisão integrativa. 
2015 
Revista da Escola de 
Enfermagem da USP 
Enfermagem 7 
Araújo, Siqueira, 
Vasconcelos, 
Figueiredo, 
Máximo e Félix 
Cooperação, confiabilidade e 
segurança no trabalho. 
2018 
Fractal: Revista de 
Psicologia 
Psicologia 1 
Barbosa 
Saúde mental em operadores 
de petróleo do Rio Grande do 
Norte. 
2008 
Repositório 
Institucional UFRN 
Psicologia 1 
Barbosa e 
Alvarez 
Women's work in offshore 
sector at Campos Basin-RJ: 
Perception of female workers 
and strategies used in the time 
management of life and work. 
2016 Gestão e Produção 
Engenharia de 
Produção 
1 
Barbosa e Borges 
Saúde mental e diferentes 
horários de trabalho para 
operadores de petróleo. 
2011 
Estudos de 
Psicologia 
Psicologia 11 
Bastos, de Araujo 
Faria, Koopmans, 
Alves, de Melo e 
David 
Riscos, agravos e 
adoecimentos entre 
trabalhadores atuantes em 
plataformas offshore: uma 
revisão integrativa. 
2020 
Revista Eletrônica de 
Enfermagem 
Enfermagem 0 
Bernardes 
Consultoria de segurança do 
trabalho em plataforma de 
petróleo e gás. 
2019 
Escola Superior de 
Tecnologia da Saúde 
de Coimbra 
Segurança e Saúde 
do Trabalho 
0 
Bruni, Siqueira e 
Lucena 
A importância da qualidade de 
vida em ambientes de 
confinamento. 
2020 
Gestão 
Contemporânea 
Administração 2 
Castro 
Produção offshore na Bacia de 
Campos (RJ): a perspectiva da 
Psicologia do Trabalho. 
2013 Gestão e Produção 
Engenharia de 
Produção 
7 
Castro 
Atividades laborais em 
plataformas marítimas no 
Brasil: A Gestão do 
Conhecimento na perspectiva 
da Psicologia do Trabalho. 
2012 
Quaderns de 
Psicologia 
Psicologia 2 
27 
Clemente 
Faces do pré-sal brasileiro: 
migração, trabalho e 
sociabilidade. 
2014 Ideias 
Filosofia e Ciências 
Humanas 
7 
Coelho 
Sono e depressão nos 
trabalhadores de offshore. 
2018 
Repositório 
Científico do 
Instituto Politécnico 
de Viseu 
Enfermagem 0 
Daniel 
Recordações ao mar: a 
memória das embarcadas 
sobre o trabalho em 
plataformas de petróleo 
2011 Revista Theomai Ciências Sociais 1 
da Silva Júnior e 
Ferreira 
Escala para avaliação de 
estressores ambientais no 
contexto off-shore oil 
(EACOS). 
2007 
Avaliaçao 
Psicologica: 
Interamerican 
Journal of 
Psychological 
Assessment 
Psicologia 13 
de Farias 
Análise das condições de 
trabalho dos tripulantes de 
convés e de máquinas em 
navios-tanque. 
2020 
Repositório da 
Universidade do 
Porto 
Engenharia de 
Segurança e Higiene 
Ocupacionais 
0 
de Jesus, 
Oliveira, Rocha e 
Nascimento 
Atuação do enfermeiro do 
trabalho na saúde e proteção 
dos trabalhadores offshore. 
2015 Inova Saúde 
Saúde e Processos 
Psicossociais 
2 
dos Santos 
Coutinho, 
Menandro e 
Moreira 
Representações Sociais de 
Trabalho Offshore Para 
Trabalhadores Embarcados e 
Implicações na Vida Familiar 
e Social. 
2019 
Revista do Programa 
de Mestrado UNISC 
Psicologia 0 
Figueiredo 
Trabalho, saúde e ação 
sindical na atividade 
petrolífera offshore da Bacia 
de Campos. 
2015 
Revista Ciências do 
Trabalho 
Trabalho e 
Movimento Sindical 
2 
Figueiredo, 
Alvarez e Adams 
O acidente da plataforma de 
petróleo P-36 revisitado 15 
anos depois: da gestão de 
situações incidentais e 
acidentais aos fatores 
organizacionais 
2018 
Caderno de Saúde 
Pública 
Saúde Pública 8 
Freitas, Souza, 
Machado e Porto 
Acidentes de trabalho em 
plataformas de petróleo da 
Bacia de Campos, Rio de 
Janeiro, Brasil. 
2001 
Caderno de Saúde 
Pública 
Saúde Pública 71 
Guida, 
Figueiredo e 
Hennington 
Perfil dos acidentes de 
trabalho fatais em empresa de 
petróleono período de 2001 a 
2016. 
2020 
Revista Brasileira de 
Saúde Ocupacional 
Saúde Coletiva 0 
Julião 
Aplicação de instrumentos 
internacionais normativos em 
prol da saúde do trabalhador 
offshore. 
2018 
Repositório 
UniSantos 
Direito 1 
Knauth e Leal 
Riscos em alto mar: 
concepções e práticas sobre 
segurança no trabalhado 
offshore. 
2012 
Política e trabalho: 
Revista de Ciências 
Sociais 
Ciências Sociais 3 
28 
Leite 
Vida e trabalho na indústria de 
petróleo em alto mar na Bacia 
de Campos. 
2009 
Ciência e saúde 
coletiva 
Saúde Coletiva 29 
Leite 
O trabalho nas plataformas 
marítimas de petróleo na Bacia 
de Campos: a identidade do 
trabalhador offshore. 
2006 
Repositório 
Institucional da 
UFRJ 
Serviço Social 6 
Leite 
Ergonomia e design de 
vestimentas ocupacionais no 
Brasil: foco em equipamentos 
de proteção individual no setor 
de petróleo e gás. 
2014 
Repositório 
Institucional UNESP 
Arquitetura e 
Urbanismo - Design 
0 
Maders 
Trabalho e temporalidades: 
sentidos produzidos por 
petroleiros/as offshore. 
2014 Repositório UFSC Psicologia 2 
Maders e 
Coutinho 
Sentidos de tempo livre para 
trabalhadores offshore. 
2017 
Estudos de 
Psicologia 
Psicologia 1 
Medina, Barreto 
e Maranhão Confinamento em offshore. 
2016 
Horizonte de la 
Ciencia 
Educação 0 
Mendes Júnior 
Trabalho Petrolífero Offshore 
no Brasil: os direitos do 
trabalhador embarcado à luz 
do Princípio da Proteção. 
2017 
Repositório 
Institucional UFRN 
Direito 2 
Mendonça, da 
Hora, Costa e 
Monteiro 
Qualidade de vida no trabalho 
no setor petrolífero: uma 
comparação entre os 
colaboradores onshore e 
offshore. 
2014 
Revista Brasileira de 
Qualidade de Vida 
Qualidade de Vida 3 
Mercado 
Diagnóstico de cultura de 
segurança: análise de 
metodologia aplicada em 
plataformas offshore de 
produção. 
2019 
Repositório 
Institucional da 
UFRJ 
Engenharia de 
Produção 
0 
Nogueira 
Ambiência e condições de 
trabalho na indústria do 
petróleo em regime de 
embarque e confinamento: um 
estudo de caso da Província 
Petrolífera do Urucu. 
2016 Repositório da UFC Administração 0 
Oliveira 
O trabalhador offshore 
terceirizado e suas condições 
de trabalho. 
2019 Repositório UFRN Saúde Coletiva 2 
Piquet, Tavares e 
Pessôa 
Emprego no setor petrolífero: 
dinâmica econômica e trabalho 
no Norte Fluminense. 
2017 Cadernos Metrópole 
Metrópoles e 
Transformações 
16 
Santos 
Divisão sexual do trabalho no 
setor offshore: um estudo de 
caso sobre a percepção 
feminina. 
2019 
Repositório 
Institucional da 
UFRJ 
Direito 0 
Tonjolo 
Uma análise das normas 
brasileiras de habitabilidade e 
segurança para os alojamentos 
das embarcações. 
2014 Repositório USP 
Arquitetura e 
Urbanismo 
0 
Vidal, Abreu e 
Portela 
Estresse psicossocial no 
trabalho e o padrão de 
2017 
Caderno de Saúde 
Pública 
Saúde Pública 8 
29 
consumo de álcool em 
trabalhadores offshore. 
 
A distribuição temporal das produções indicou uma maior concentração entre os anos 
2012 a 2020, com 86,04% das publicações (n = 37), conforme tendência de crescimento 
apresentada no teste de tendência de Mann-Kendall (Z = 0,73 p < 0,0001 α = 0,05), indicando 
que existe crescimento positivo, como demonstrado na figura 2. 
Figura 2 
Distribuição das publicações por ano, 2000 – 2020.
 
 Quanto à autoria das publicações: foram identificados 83 autores diferentes, dentre os 
quais um autor responsável por seis publicações, um autor com quatro publicações, um autor 
com três publicações, quatro autores com duas publicações e outros 76 autores com apenas 
uma publicação, satisfazendo assim, como esperado, o princípio da Lei de Lotka. Isto porque 
a produção analisada indicou menor presença de autores com maior produção, enquanto 
91,56 % dos autores foram responsáveis por apenas uma publicação (Figura 3). 
30 
Figura 3 
Produção observada e esperada por autores, a partir da Lei de Lotka. 
 
 O número de citações apresentou uma grande variação (M = 7,37; DP = 14,88; 
Mínimo = 0; Máximo = 71). Os artigos mais citados foram publicados na primeira década do 
período analisado, entre 2001 e 2010, e acumulam 61,19% (n= 194) das citações. São 
repetidamente encontrados na literatura da área, com 71 citações (Freitas et al., 2001), com 
58 citações (Alvarez et al., 2007), com 36 citações (Alvarez et al., 2010) e com 29 citações 
(Leite, 2009). 
 Ao analisarmos a quantidade de citações dos artigos mais antigos, é possível perceber 
que, embora acumulem mais da metade das citações de toda a área (194 de 317 citações), eles 
foram produzidos no período de menor produção e publicação de artigos sobre o tema, de 
2000 a 2010. Isso pode explicar a grande frequência com a qual foram utilizados por estudos 
posteriores e elucidar a quantidade discrepante de citações em relação aos estudos mais 
recentes, produzidos entre 2010 e 2020. 
 Quando analisamos a autoria e o ano de publicação, podemos perceber que a maior 
parte de suas publicações dos sete autores que mais publicaram foi realizada no período de 
maior produção para a área, entre 2010 e 2020. Este resultado corrobora a tendência de 
-10
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 1 2 3 4 5 6 7 8
A
u
to
re
s
Artigos
31 
crescimento apresentada no teste de tendência de Mann-Kendall para as produções na última 
década. 
 As produções mais utilizadas por outros estudos pertencem ao campo de Saúde 
pública/ coletiva, que responde por 47,89% das citações; Engenharia de produção 
corresponde a 21,35%, enquanto Enfermagem representa 6,79%. A maioria dos estudos são 
relatos descritivos sobre o contexto offshore oil e as condições de trabalho nas plataformas 
petrolíferas, um dado que pode indicar uma maior preocupação com a saúde do trabalhador 
embarcado. As demais áreas encontradas estão categorizadas na Tabela 2. 
Tabela 2 
Categorização por área e porcentagem de citações. 
Área Citações % 
Administração 2 0,64 
Ciências Sociais 10 3,23 
Direito 3 0,97 
Enfermagem 21 6,79 
Engenharia de Produção 66 21,35 
Filosofia e Ciências Humanas 7 2,26 
Saúde Pública/Coletiva 148 47,89 
Trabalho e Movimento Sindical 2 0,64 
Metrópoles e Transformações 16 5,17 
Psicologia e áreas afins 34 11,00 
 
Além disso, os 43 resumos dos artigos selecionados foram compilados e analisados 
por meio da Análise lexical de texto, operacionalizada por intermédio do software Interface 
de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires – Iramuteq 
(Marchand & Ratinaud, 2012) na versão 0.7 alpha 2. Para isso, os resumos foram codificados 
em corpus textuais e submetidos às análises de Classificação Hierárquica Descendente – 
CHD, e Análise Fatorial de Correspondência – AFC (Reinert, 1990). 
32 
Como resultado da análise CHD foi gerado um dendrograma de classes de palavras 
(Figura 4), a partir do qual podemos traçar interpretações acerca das formações de cada classe 
e compreender suas aproximações e afastamentos. No CHD, quanto mais afastadas no 
chaveamento, menores as relações entre as classes de palavras; logo, quanto mais próximas 
as classes, maior a afinidade contextual e a probabilidade de agrupamentos em futuras 
categorizações (Ramos et al., 2018). Além disso, o dendrograma nos fornece um dado 
importante a respeito da porcentagem de palavras de cada classe presente nos textos: quanto 
maior a porcentagem das palavras, mais estas se repetem ao longo dos resumos que foram 
analisados. Ao analisar a figura 4, podemos concluir que as classes de palavras estão bem 
distribuídas, uma vez que a frequência de repetição não se mostra discrepante (C1 = 23,5%; 
C2 = 30,7%; C3 = 29,5%; C4 = 16,3%). Por fim, a partir do dendrograma também se conclui 
que a classe 4 contém todas as outras classes; assim sendo, todas as palavras relacionadas a 
esta classe de origem foram dos outros textos e estão presentes e relacionadascom as outras 
classes. 
Figura 4 
Dendograma de Classificação Hierárquica Descendente das classes acerca dos resumos dos 
artigos analisados e filograma sobre as representações das palavras. 
33 
 
 
Além do dendrograma, o software identificou os conteúdos lexicais de cada uma das 
classes, ou seja, é possível visualizar as palavras que formam cada classe e, quanto mais no 
topo da lista da classe e maior o tamanho da palavra, mais ela exerceu influência na classe à 
qual pertence (Ramos et al., 2018). Ainda na figura 4, identifica-se que as classes 1 e 2 das 
palavras se referem ao contexto de trabalho embarcado e aos riscos e condições relacionadas 
à natureza da atividade, enquanto as classes 3 e 4 fazem referência ao local de trabalho, seja a 
bacia onde a plataforma está localizada ou o próprio local em que são realizadas as tarefas. A 
classe 4 dá origem a outras classes, indicando que a maioria dos estudos analisados faz um 
panorama sobre o local de trabalho. Ela faz referência à Bacia da qual o estado do Rio de 
Janeiro faz parte – que também é encontrada na literatura como a Bacia mais estudada 
atualmente no Brasil (Alvarez et al., 2007; Alvarez et al., 2010; Castro 2013; Figueiredo, 
2015; Freitas et al., 2001; Ramos, 2014; Sales, 2009; Seligmann-Silva, 2016). 
O distanciamento observado entre as classes 1 e 4 nesta análise não se traduz na 
Análise Fatorial de Correspondência - AFC (Figura 5), o que indica que a relação entre os 
resumos tende a não ser tão baixa quanto o esperado. Porém, cabe destacar que os estudos 
34 
relacionados à Bacia localizada no Rio de Janeiro abordam superficialmente questões 
relativas à saúde e condição mental dos trabalhadores. 
 A AFC só é possível após a análise de Classificação Hierárquica Descendente (CHD), 
uma vez que tem por objetivo uma confirmação da distribuição das classes de palavras. Além 
disto, quando analisamos a AFC é possível identificar a distribuição de palavras por classes. 
Dessa forma, observa-se que as palavras centrais de cada classe são as mesmas que aparecem 
no topo das classes na CHD e estão, de fato, corroborando com o objetivo do estudo, já que 
os textos analisados estão de acordo com a seleção temática à qual foram submetidos. É 
possível perceber, ademais, que a classe 4 está mais relacionada com a classe que aparece 
mais distante na análise CHD e mais afastada da classe 3, a qual aparece mais distante na 
Figura 4. Por ser uma técnica que permite a visualização das variáveis e suas relações num 
mesmo espaço gráfico (Nascimento & Menandro, 2006), a AFC é essencial para uma 
visualização clara dos dados e para que inferências equivocadas não sejam feitas na amostra. 
Figura 5 
Análise Fatorial de Correspondência dos resumos dos artigos sobre o contexto de trabalho 
offshore oil. 
35 
 
Em seguida análises de similitude de palavras presentes nos resumos dos 43 artigos 
selecionados foram feitas, dando origem a uma nuvem de palavras (Figura 5) que permite 
observar como os dados se comportam. Esse tipo de análise é utilizado para identificar as 
ocorrências entre as palavras; os seus resultados indicam a conexão entre as palavras e 
demonstram a estrutura da representação (Marchand & Ratinaud, 2012). É possível perceber, 
a partir destas análises, não apenas que os textos selecionados estão dentro da mesma 
temática, sendo a palavra central “trabalho”, mas também que abordam as condições de 
trabalho inerentes ao embarque e ao confinamento em plataformas petrolíferas. 
Figura 6 
Nuvem de Palavras para os 43 artigos selecionados. 
36 
 
 Por fim, conclui-se que os resultados corroboram o objetivo inicial da pesquisa e 
indicam que a saúde do trabalhador embarcado, embora apareça destacada em uma classe de 
palavras, ainda precisa ser profundamente investigada. O recorte temporal da presente 
pesquisa englobou 21 anos de publicações. Foram selecionados 43 artigos que tratam de 
temáticas relacionadas à saúde do trabalhador e ao contexto de trabalho embarcado. Em meio 
a tais temáticas, foram identificadas palavras como “estresse”, “burnout”, “depressão” e 
“ansiedade”, no entanto estes termos foram pouco repetidos nos textos, estando presentes nos 
níveis mais baixos das classes – o que indica que tiveram pouca influência em suas classes, o 
que pode ser indicativo de uma lacuna na literatura da área. 
Considerações Finais 
 O estudo realizado teve como objetivo analisar a produção nacional dos últimos 21 
anos acerca do contexto offshore oil e das condições de trabalho às quais os trabalhadores 
embarcados estão sujeitos. Foi possível identificar algumas características e muitas lacunas 
na elaboração sobre o assunto. Entre as características, é necessário ressaltar que grande parte 
da produção acadêmica a respeito da indústria petrolífera não apresenta dados sobre o 
trabalhador ou as suas condições de trabalho, concentrando-se em assuntos técnicos ou 
37 
operacionais ou na prevenção a problemas ambientais desencadeados em razão da natureza 
do trabalho. 
 Os resultados indicaram que pouco se publicou a respeito da saúde do trabalhador por 
um longo período, e que trabalhos antigos a respeito dessa temática (publicados entre 2000 e 
2010) foram largamente referenciados por estudos relativamente atuais (publicados entre 
2010 e 2020). Outras características importantes encontradas foram que a grande maioria dos 
autores satisfazem a Lei de Lotka (Lotka, 1926), no sentido de produzirem apenas uma 
publicação a respeito da temática, o que pode indicar estudos pontuais e sem continuidade; e 
também que a grande maioria dos estudos são descritivos e se originam em trabalhos de 
conclusão de cursos de pós-graduação. 
 As plataformas petrolíferas começaram a operar no Brasil em meados da década de 
70. Este é um campo de estudo ainda em construção, que necessita de uma investigação ainda 
aprofundada a respeito não só de suas características e contexto, mas do perfil de seus 
trabalhadores e das consequências que a inserção em um ambiente embarcado e confinado 
pode gerar à vida e à saúde desses indivíduos. 
 As consequências acarretadas por tais condições vão além da saúde física do 
trabalhador, uma vez que afetam sua vida social e familiar e geram mudanças significativas 
nesse âmbito. A literatura encontrada permite observar que a maioria das produções são 
voltadas às condições de trabalho e pouco evidenciam as condições de saúde e, sobretudo, da 
saúde mental dos trabalhadores. Ademais, fazem-se necessárias investigações sobre 
estratégias de enfrentamento da distância em relação à família, na visão do trabalhador e na 
visão da família, além dos conflitos no contexto familiar devidos à natureza do trabalho. 
 Este estudo apresentou limitações relativas à ferramenta utilizada para a pesquisa, 
uma vez que muitos estudos não estão disponíveis na íntegra ou não estão disponíveis nas 
bases investigadas, o que limita o acesso a esses periódicos. Além disso, estudos 
38 
bibliométricos estão em constante evolução (Pimenta et al., 2017) porém são pautados em 
métodos quantitativos e qualitativos, o que limita uma análise mais qualitativa dos dados, 
necessária para destrinchar e mapear a temática em questão. Além disso, é urgente e 
necessário um maior investimento em estudos que investiguem a saúde mental do trabalhador 
e que evidenciem medidas que já são adotadas pelas empresas da área que atuam no Brasil, 
uma vez que parece existir certo distanciamento entre tais medidas e a produção acadêmica 
sobre o tema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
Referências 
Almeida, B. A. (2017) Estresse e Burnout em trabalhadores da indústria petrolífera. 
[Dissertação de Mestrado. Repositório UFES]. 
https://repositorio.ufes.br/handle/10/8316 
Almeida, J. P., & Guimarães, J. H. D. (2020). Uma Abordagem correlata entre as relações 
humanas e a segurança operacional das Embarcações de ApoioMarítimo–EAM. 
Boletim do Gerenciamento, 18(18), 43-52. 
Amorim, G. H., de Souza Guedes, M. A., Guedes, C. C. P., & Aguiar, B. G. C. (2013). 
Enfermeiro embarcado em plataforma petrolífera: um relato de experiência offshore. 
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Manuscrito II 
Plataformas Petrolíferas no Brasil: um estudo sobre as relações entre o conflito 
trabalho-família, o burnout, o suporte social e o engajamento no trabalho offshore oil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
Resumo 
O trabalho nas plataformas de petróleo apresenta características próprias, como o isolamento 
dos trabalhadores em alto mar por períodos consideráveis, o ambiente confinado desses locais 
de trabalho e o ritmo ao qual os trabalhadores estão sujeitos, resultando em diversas 
consequências negativas para as vidas familiares e sociais desses indivíduos. As condições de 
trabalho neste ambiente são de ampla diversidade, tanto de atividades e tarefas quanto de 
estressores ambientais e organizacionais. Sentimentos ligados a pensamentos depressivos, 
adoecimentos psicológicos, problemas com insônia e conflitos entre o trabalho e a família, 
são percebidos em termos de adaptação ou falta de adaptação do trabalhador ao ambiente de 
trabalho, não como problemas decorrentes do local ou condições de trabalho. Além disso, o 
suporte social revela-se na literatura como um dos principais mediadores entre o estresse, a 
síndrome de burnout e o engajamento desses trabalhadores. O presente estudo teve como 
objetivo identificar de que forma o conflito trabalho-família se relaciona ao burnout, e é 
mediado pelo suporte social e pelo engajamento no trabalho presentes no contexto offshore 
oil no Brasil. O estudo foi realizado com uma amostra de 441 trabalhadores embarcados em 
plataformas petrolíferas nas principais bacias do Brasil. As análises de Kruskal-Wallis 
apresentaram diferenças médias significativas entre o suporte social, engajamento e conflito 
trabalho-família quando a categoria de trabalho foi definida como variável de agrupamento. 
Além disso, as análises de correlações demonstraram uma relação positivamente 
significativas entre suporte social e engajamento e negativamente significativas entre o 
engajamento e o burnout.

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