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Artigo Conservação e Preservação de Acervo

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Conservação e Preservação de Acervo
Cássio Alberto de oliveira
Resumo:
A necessidade de preservação dos acervos das Bibliotecas Brasileiras por meio de políticas delineadas de acordo com o contexto onde cada uma se situa é do entendimento de todos envolvidos em garantir a integridade da memória histórica para as gerações futuras. No momento em que o Brasil se integra ao movimento internacional de preservação dos patrimônios culturais da humanidade, lançando um olhar específico sobre bibliotecas, arquivos e museus, urge que seja melhor conhecida a realidade das bibliotecas públicas estaduais e que a elas seja oferecida oportunidade de planejamento de ações concretas que redundem na preservação de seus prédios e patrimônio bibliográficos. A história das bibliotecas é apresentada, assim como questões relativas à preservação de documentos e as políticas de preservação. Esta preservacionista aliada a um conjunto de ações simples e eficazes, visando prolongar a vida útil trabalho busca proporcionar informações básicas para a adoção de uma política dos materiais, como forma de salvaguardar a memória bibliográfica e proporcionar a comunidade usuária obras íntegras e com suas características originais.
Introdução
As bibliotecas guardam parte de nossa história e informações de diversas áreas do conhecimento, sendo fundamentais para o desenvolvimento cultural e social dos cidadãos. As bibliotecas desempenham um papel importante na sociedade, e tem como objetivo disseminar informação, sendo, portanto, importante manter o acervo longe de perigo que possam ocasionar danos a este. Assim, é preciso preservar e conservar os acervos de bibliotecas, visando sua garantia de uso e proteção.
Entendemos que a nossa memória está ligada naturalmente ao passado, sendo está a base do conhecimento humano. Os livros, os documentos, as fotografias são alguns dos registros físicos dessa memória. 
As Universidades, além de serem produtoras de conhecimento científico, normalmente são conhecidas por custodiarem grandes acervos, sejam esses, bibliográficos, históricos, especiais ou raros, entre outros, também se caracterizam por disseminar a informação. No entanto, não se tem uma clara visão de como é realizada a manutenção de seus acervos e principalmente as técnicas e procedimentos utilizados nos acervos raros e históricos.
Ao término do trabalho de restauração, todo o benefício do tratamento volta-se para um único objeto. Se este livro restaurado retornar ao mesmo local de guarda e ao meio ambiente que causaram o seu dano, o dispêndio de energia e de recurso financeiro foram em vão. Para termos um procedimento efetivo e duradouro benéfico ao acervo a logo prazo, devemos criar uma política de preservação voltada para a realidade do acervo de cada Instituição ou Biblioteca. Ao estabelecermos critérios para o tratamento de um acervo, estamos criando prioridades e implantando uma política de preservação, escalonando as atividades técnicas a serem desenvolvidas e dotando o local de guarda do acervo com as condições ambientais favoráveis à sua conservação.
 A consciência da magnitude do problema da preservação resultou no aumento das propostas de programas de preservação em bibliotecas e arquivos. Este trabalho pretende oferecer informações sobre a importância de se adotar uma política de preservação, no tocante às medidas preventivas, dentre elas, a higienização. Procuramos através de técnicas simples e de fácil aplicação, demonstrar uma série de procedimentos básicos que possam ser usados, por profissionais ou aqueles que possuem pouca familiaridade com este assunto.
Os acervos das bibliotecas são basicamente constituídos por materiais orgânicos e, como tal, estão sujeitos a um contínuo processo de deterioração. A conservação, enquanto matéria interdisciplinar, não pode simplesmente suspender um processo de degradação, já instalado. Pode, sim, utilizar-se de métodos técnico-científicos, numa perspectiva interdisciplinar, que reduzam o ritmo tanto quanto possível deste processo.
 Sobre todo legado histórico que se traduza como bem cultural, na medida em que representa material de valor presente e futuro para a humanidade, a inexorável possibilidade de degradação atinge proporções de extrema responsabilidade. É cientificamente provado que o papel se degrada rapidamente se fabricado e, ou acondicionado sob critérios indevidos. Por mais de um século tem-se fabricado papel destinado à impressão de livro com alto teor de acidez. Sabemos perfeitamente que a acidez é uma das maiores causas da degradação dos papéis.
 Na mesma medida, o acondicionamento de obras em ambientes quente e úmido gera efeitos danosos, tais como: reações que se processam a nível químico e que geralmente enfraquecem as cadeias moleculares de celulose, fragilizando o papel. Esse fato concorre para que todos os acervos bibliográficos estabeleçam controles ambientais próprios dentro de parâmetros precisos. Há um consenso entre os conservadores, no sentido de que tanto a permanência referente à estabilidade química, ao grau de resistência de um material à deterioração todo o tempo, mesmo quando não está em uso quanto à durabilidade referente à resistência física, ou seja, à capacidade de resistir à ação mecânica sobre livros e documentos, estão diretamente relacionados com as condições ambientais em que esses materiais são acondicionados. Esses dois fatores estão de tal forma interligados que materiais de origem orgânica quando se deterioram quimicamente perdem também sua resistência física.
 Em outras palavras, há uma estreita relação entre a longevidade dos suportes da escrita, quer sejam em papel, pergaminho ou outros materiais, e as condições climáticas do ambiente onde se encontram. O controle racional e sistemático de condições ambientais não reduz apenas os problemas de degradação, mas também e principalmente evita seu agravamento. A política moderna de conservação a longo prazo orienta-se pela luta contra as causas de deterioração, na busca do maior prolongamento possível da vida útil de livros e documentos. Dentro desta perspectiva, padrões de conduta devem ser adotados, tais como:
Conservação Preventiva
 A meta principal da Conservação Preventiva é o estudo e o controle das principais fontes de degradação do papel. Constitui-se, na realidade, em uma série de medidas preventivas contra a ação dessas fontes de degradação, com a finalidade de evitar o alastramento e a disseminação de seus efeitos danosos. Em linhas gerais, os principais agentes de destruição de acervos podem ser divididos em três categorias: fatores internos de degradação; fatores externos ou ambientais de degradação; ação do homem sobre o acervo.
Fatores Internos de Degradação
 Os fatores internos de degradação são males inerentes à própria estrutura do papel e se originam do processo de feitura a que foi submetido. Dependem basicamente da qualidade da fibra e do tipo de encolagem utilizados na confecção do papel. Sendo assim, o único meio de minimizar esses fatores é através da estabilização das condições ambientais do local de guarda e do manuseio do público
2 Temperatura e umidade 
A temperatura e a umidade são fatores climáticos cujas oscilações provocam no acervo uma dinâmica de contração e alongamento dos elementos que compõem o papel, além de facilitar o desenvolvimento de microrganismos, insetos e até roedores. A temperatura ideal para acervos é de 12ºc. Para áreas de consultas com grandes volumes de usuários, deve-se manter a temperatura entre 18º a 22º centígrados e a umidade relativa do ar entre 50% a 60% (ideal 55%). Variações não são toleráveis. O controle da umidade e temperatura nos locais de guarda de acervo deve ser medido através de aparelhos específicos como: o aparelho de ar-condicionado que ajuda o controle de temperatura do ambiente; o higrômetro, que mede a umidade relativa do ar, o termo-higrômetro, que mede a temperatura e a umidade, o desumidificador, que retira a umidade do ambiente. O calor danifica os materiais e a umidade facilita a proliferação defungos e de insetos, por isso o ar deve ser constantemente renovado, com janelas amplas e posicionadas adequadamente, sem corrente direta nos materiais, mas proporcionando a devida movimentação do ar. Deve ser evitada a conjunção temperatura elevada/umidade.
A poluição atmosférica
 É um dos fatores que mais atinge os acervos. Essa poluição derivasse da poeira do dia a dia que se deposita sobre os materiais e também dos gases tóxicos que são emitidos por automóveis, fábricas, queima de lixo, etc. Esse depósito constante de poeira sobre os livros e documentos causa problemas de ordem estética, constituindo-se em um meio propício ao desenvolvimento de microrganismos. Nos grandes centros urbanos é comum a poeira conter resíduos de produtos químicos que catalisam reações químicas que aceleram a degradação dos acervos. Os gases ácidos agridem muito rapidamente a estrutura química dos materiais, estando essa degradação relacionada diretamente aos níveis de umidade do meio ambiente. Um dano muito presente em livros e documentos é o aparecimento de manchas de tom marrom ao longo de um documento, como se um líquido escuro tivesse sido derramado sobre a superfície do papel. Essas manchas, chamadas de manchas d’água, são o resultado do acúmulo de poeira na superfície do documento aliada à umidade relativa elevada. Em linhas gerais, o processo de formação de manchas d´água é o seguinte: a poeira acumulada na superfície do papel é empurrada pela umidade para o interior das fibras, migrando da superfície para o interior do papel. Essas manchas causam graves problemas estéticos ao documento, pois obliteram grandes áreas da documentação, além de acusarem danos à estrutura do papel, já que a poeira é transferida da superfície do papel para o interior das suas fibras. Como medida de proteção contra a ação da poluição atmosférica podemos utilizar aparelhos de ar refrigerado e sistemas de ventilação com acoplamento de filtros para ar. Devemos também incentivar uma política sistemática de higienização do acervo, evitando assim o acúmulo de poeira na superfície dos livros e documentos. Atenção especial deve ser dada às janelas quebradas, com vidros partidos, danos que provocam o aumento de poeira no acervo.
Insetos
Os danos que os insetos causam aos acervos são bastante conhecidos. Nem todos os insetos que habitam os acervos documentais deterioram a estrutura das obras porque seus metabolismos não dependem da celulose, principal componente dos papéis. Dentre as várias ordens de insetos potencialmente inconvenientes aos acervos documentais, podem ser citados como exemplos o dos tisanuros representado pela família das traças (peixe de prata); ortópteros - representado pela família dos besouros - e isópteros representado pela família dos cupins.
A melhor estratégia preventiva para evitar a presença de insetos e roedores:
 manter o local de guarda do acervo longe de fontes de alimentos
 evitar comer e manter alimentos no local de guarda do acervo 
 evitar que a cantina ou refeitório fiquem em sala ao lado de guarda do acervo 
 retirar o lixo do dia após o final do expediente, evitando o pernoite do lixo
 substituir os vidros quebrados das janelas 
 arejar os armários onde os livros estejam guardados, abrindo suas portas por algumas horas.
Fungos
 Os fungos comumente conhecidos como “mofo” ou “bolor” atacam todos os tipos de acervos e são identificados no papel por manchas amarela. Isentos de clorofila e incapazes de assimilar o gás carbônico, surgem em ambientes de umidade alta. Medidas preventivas: A higienização do acervo, manter a temperatura adequada através do uso de desumidificador em ambientes úmidos. Medidas de erradicação: são utilizados produtos químicos como o timol. Para combater os fungos existem empresas especializadas no tratamento dos documentos
Roedores
 A luta contra roedores é ainda mais difícil. Os ratos utilizam materiais como o papel para se aquecerem e para construírem seus ninhos, uma vez que se reproduzem até dez vezes por ano. Ao contrário dos insetos, que ao se alimentarem das substâncias tóxicas do papel acabam morrendo, os ratos não ingerem a quantidade suficiente para isto. Além de destruírem o material bibliográfico por onde passam, os roedores também oferecem riscos às pessoas, pela transmissão de doenças como leptospirose, febre tifóide e peste bubônica. A melhor maneira de evitar a proliferação destes animais é mantendo o local seco, arejado, evitando o acúmulo de objetos como papéis, caixas, madeiras e matérias orgânicas. Também é preciso usar raticidas, desde que não sejam tóxicos para o ser humano e/ou nocivos para o acervo. Todos estes agentes, insetos, microrganismos e roedores, apesar de se constituírem grandes ameaças para o acervo, são passíveis de controle e extermínio. Com produtos e equipamentos corretos, além de profissionais especializados, é possível eliminar gradativamente tais pragas, sem danificar livros e documentos ou oferecer perigo às pessoas. No entanto, vale ainda lembrar que se é necessário preservar a saúde humana, um dos principais causadores de estragos ao material bibliográfico é justamente o ser humano, como se discute no item que segue;
AÇÃO DO HOMEM – MANUSEIO E ACONDICIONAMENTO
 Os critérios para manusear um documento são determinantes para uma maior vida útil e de sua permanência no acervo. Recomenda-se, portanto, a adoção de normas e procedimentos básicos, como por exemplo, uma postura institucional por parte dos funcionários e dos usuários para evitar a negligência e o vandalismo. A conscientização do valor das coleções e da importância de sua conservação devem ser fatores permanentemente apresentados em treinamentos de pessoal. 
Os usuários devem estar permanentemente informados sobre as normas e procedimentos quanto ao uso das coleções, isso contribui consideravelmente para a conservação preventiva do acervo. Outros procedimentos devem ser seguidos, como: 
� Manter sempre as mãos limpas.
 � Usar ambas as mãos ao manusear gravuras, impressos, mapas, etc. sempre sobre uma superfície plana. 
� Documentos, gravuras, partituras, etc. nunca devem ser guardados diretamente uns sobre os outros sem proteção. Recomenda-se o uso de algum papel neutro para separá-los, pois os aditivos químicos de um poderão atingir o outro pelo enfeito da migração.
 � Nunca usar fitas adesivas em virtude de composição química da cola 
� Evitar o uso de colas plásticas (PVA).
 � Evitar enrolar documentos, mapas gravuras, etc.
 � Nunca umedecer os dedos com saliva ou qualquer outro tipo de líquido para virar as páginas de um livro. 
 � Nunca efetuar marcas nos livros, seja com dobras ou tintas, usar marcadores de páginas.
 � Não apoiar os cotovelos sobre os volumes de médio e grande porte durante leituras ou pesquisas.
 � Nunca fazer anotações particulares em papéis avulsos colocados sobre as páginas de um livro.
 � Quanto à colocação de carimbos de propriedade da instituição, seção etc. em obras do acervo, observar as seguintes normas; 
--- Aplicar o carimbo no verso da folha de rosto dos volumes; 
--- dentro do volume o local de carimbagem deve ser o espaço da margem fora do texto; 
--- Utilizar carimbos em tamanhos e formas padronizados pela instituição; 
--- Certificar-se da qualidade química da tinta e precaver-se com a qualidade excessiva ao uso nestas tarefas;
 --- em gravuras, impressos, manuscritos etc. utilizar o verso na parte inferior esquerda dos mesmos, jamais carimbar sobre ilustrações e/ou textos; 
--- certificar-se da posição correta do carimbo na hora do uso para não incorrer em ações inversas (carimbo de cabeça para baixo). 
� Evitar o uso de grampos e clipes metálicos nos documentos; 
HIGIENIZAÇÃO
 A sujeira é o fator que mais afeta os documentos. A sujidade não é inócua e, quando encontra fatores ambientais inadequadas, provoca destruição de todos os suportes num acervo. 
Todo material a ser limpo precisa ser avaliado para determinar se a higienização vai ser necessária e qual o melhor método. No caso de termos fragilidade física de suporte e papéis de texturaporosa, a limpeza não é recomendada, pois pode causar dano maior ao documento, hábito de rotina na manutenção de acervos.
Limpeza de livros na mesa de higienização Encadernação (capa do livro) – limpar com trincha macia, aspirador de pó, flanela macia. Miolo – segurar firme o livro pela lombada, apertando o miolo. Com uma trincha limpar os cortes, quando estiver muito sujo usar um aspirador de pó de baixa potência, começar sempre pela cabeça do livro. O miolo deve ser limpo folha a folha com um pincel macio. No programa de manutenção, pode-se limpar apenas a encadernação, os cortes e as 15 primeiras folhas. Todo documento que tiver figuras necessita de cuidado especial, antes de qualquer intervenção e necessário examinar bem o documento, para não haver nenhum dano com o pincel.
 LIMPEZA DO ESPAÇO FÍSICO 
Esta limpeza abrange especialmente o piso, as estantes e os móveis. Piso: a forma mais eficiente e adequada é a utilização do aspirador de pó. Qualquer tipo de solvente ou cera não é recomendável. Jamais pode jogar água próximo do acervo, pois a umidade relativa aumenta e causa danos nas fibras dos documentos. Estantes: devem ser limpas com aspirador de pó, jamais usar espanadores. Para remover sujidade usar uma solução de água e álcool a 50% ou lisoform e álcool, 24 jamais utilizar produtos químicos como lustra móveis, pois eles são ácidos e exalam vapores.
TÉCNICAS DE CONSERVAÇÃO E PRESERVAÇÃO DE ACERVOS 
Este item tem como objetivo destacar informações necessárias para a preservação e conservação do acervo, possibilitando, que uma instituição recorra ao processo de recuperação, que geralmente é caro e exaustivo, tanto para a equipe quanto para os volumes.
Nesta esteira para prolongar a vida útil ou impedir a deterioração de livros e documentos, é necessário que o acervo siga um programa de preservação e conservação, a fim de manter a integridade física de seus volumes. Se isto for realizado, diminuirá a necessidade de se empregar métodos de recuperação.
 A primeira etapa do programa de conservação é a higienização do acervo. Assim como as pessoas, também os livros têm um ciclo de vida útil, que abrange o período desde sua criação até o momento em que, devido ao seu estado, não podem mais ser utilizados. Para prolongar a vida útil de um livro é necessário adotar certos procedimentos e técnicas de preservação e conservação. A preservação e a conservação são um conjunto de práticas que previnem e evitam que o livro seja danificado pela ação do tempo e outras circunstâncias. Apesar de alguns danos serem irreversíveis, se bem empregadas, as técnicas de preservação e conservação minimizarão as agressões sofridas pelo livro. Estas técnicas envolvem a higienização do acervo, a conscientização por parte dos usuários, a limpeza do local onde os livros se encontram, o manuseio correto das obras e em especial a prevenção, ou conservação preventiva. 
O objetivo da conservação preventiva é desenvolver ações de prevenção contra possíveis danos aos livros, além de conscientizar quanto ao correto manuseio e utilização destes. O programa de preservação e conservação destaca a importância de “conservar para não restaurar”, poupando o acervo de intervenções custosas e exaustivas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Ao discutir e demonstrar técnicas de preservação e conservação preventiva de acervos, é importante destacar que muitos destes métodos são constantemente atualizados, podendo até mesmo ser substituídos por outros, de acordo com a necessidade ou com as inovações da área de materiais, que estão em constantes pesquisas em centros especializados no assunto. Destarte, a atualização e a busca por novas técnicas são uma constante na ciência da preservação/conservação.
Apesar dos modernos processos de recuperação de livros e documentos oferecerem soluções para problemas aparentemente irreversíveis, dá-se maior ênfase às técnicas de conservação preventiva, priorizando sempre o “preservar para não recuperar”. Além disso, a conservação é de fácil aplicação e não exige técnicas, materiais ou pessoas especializadas, sendo assim menos dispendiosa e garantindo que a obra sofra futuramente o mínimo possível de intervenções
Atualmente, existem milhões de livros que por descuido ou por falta de conhecimento dos usuários, estão sendo destruídos pelo tempo ou por outros diversos fatores, constituindo um verdadeiro risco para acervos inteiros e para obras cujos valores são inalienáveis. 
Tais necessidades de cuidado demandam, de forma urgente, trabalhos envolvendo a preservação e a conservação de materiais bibliográficos, o que tornará possível a perpetuação do conhecimento em meio impresso, através de técnicas que conservem a parte física de uma obra, sem tirar dela sua essência e seu valor documental. Ao apresentar tais tarefas de preservação e conservação preventiva de forma básica e sucinta, este estudo acaba por desmitificá-las como sendo um processo complexo e moroso. Ao contrário, são práticas simples e eficazes, e que apesar de exigirem um pouco de preparo prévio, podem constituir-se como poderosos instrumentos ao alcance de todos que, conscientes de seus deveres e responsabilidades em relação ao acervo bibliográfico, estejam dispostos a zelar por este inestimável patrimônio.
REFERÊNCIAS
 BÁEZ, F. História universal da destruição dos livros: das tábuas da Suméria à guerra do Iraque. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006. BATTLES, M. A conturbada história das bibliotecas. São Paulo: Planeta do Brasil, 2003.
 GUTENBERG: como ele enriqueceu o mundo. Despertai. São Paulo: Associação Bíblica de Bíblias e Tratados, v. 79, n. 1, 8 nov. 1998. MILEVSKI, R. J. Manual de pequenos reparos em livros. Rio de Janeiro: Projeto Conservação Preventiva em Bibliotecas e Arquivos: Arquivo Nacional, 1997
HAZEN, Dan C.. Desenvolvimento, gerenciamento e preservação de coleções. Rio de Janeiro: CPBA, 2001
 LOPPES, Luis Felipe Dias; MONTE, Antonio Carlos. A qualidade dos suportes no armazenamento de informações. Florianópolis: VisualBoks, 2004
 LUCCAS, Lucy; SERIPIERRI, Dione. Conservar para não restaurar: uma proposta para preservação de documentos em biblioteca. Brasília: Thesaurus, 1995
- CONARQ. Câmara Técnica de Preservação de Documentos. Recomendação para o resgate de acervos documentais danificados por água. Rio de janeiro, Arquivo Nacional, Jun. 2010. Disponível em:

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