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EDE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A RECICLAGEM DE PAPEL COMO AÇÃO EDUCATIVA AMBIENTAL EM ARTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faculdade Mozarteum de São Paulo 
2012
 
 
 
 
 
EDE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A RECICLAGEM DE PAPEL COMO AÇÃO EDUCATIVA AMBIENTAL EM ARTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faculdade Mozarteum de São Paulo 
2012
Trabalho apresentado com parte dos 
requisitos para Conclusão do curso de 
Licenciatura em Artes Visuais, sob a 
orientação da profª Ms. Mariza 
 
iii 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico esse trabalho a minha esposa com quem compartilho minhas batalhas desta 
vida, aos meus dois filhos, minha família e meus amigos que me deram força e 
estiveram comigo nos momentos difíceis em minha vida. 
iv 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradeço a Deus, pela sua bondade e misericórdia, pelo qual se não fosse esta eu 
hoje não estaria aqui. Agradeço a meus mestres, que me deram força, me ouviram e 
me ajudaram e que diretamente colaboraram com este trabalho. 
 
 
 
 
Sumário 
 
Lista de Figuras ......................................................................................................... vii 
 
Apresentação ............................................................................................................. ix 
 
Introdução ................................................................................................................... 1 
 
Capítulo 1: Educação Ambiental para efetiva conscientização ecológica ................... 3 
 
1.1 O lixo urbano: Um problema histórico ................................................................... 4 
 
1.2 A história do Lixo ................................................................................................... 5 
 
1.3 A importância da preservação do meio ambiente ................................................. 9 
 
1.4 A Educação Ambiental para a formação de cidadãos conscientes ..................... 15 
 
Capítulo 2: Reciclagem de Papel: Uma alternativa viável ......................................... 18 
 
2.1. A História e o Desenvolvimento do Papel .......................................................... 19 
 
2.1.1 Consumo consciente ........................................................................................ 22 
 
2.1.2 Processo Industrial de reciclagem .................................................................... 22 
 
2.1.3 Reciclagem artesanal de papel ........................................................................ 23 
 
2.2 O papel como suporte de criação nas obras de arte ........................................... 28 
 
Capítulo 3 – Ação Educativa Ambiental em Arte: Uma oficina de Reciclagem ......... 35 
 
3.1 Objetivo ............................................................................................................... 35 
 
3.1.1 Material Utilizado .............................................................................................. 35 
 
3.1.2 Explanação do Trabalho - Desenvolvendo a oficina de reciclagem de papel .. 36 
 
3.2 Reflexão da Oficina ........................................................................................... 44 
 
Conclusão ................................................................................................................. 48 
 
Referências Bibliográficas ......................................................................................... 49 
v 
 
 
 
 
Resumo 
 
Educação ambiental é destinada a desenvolver nas pessoas conhecimentos, 
habilidades e atitudes voltadas para a preservação do meio ambiente. A educação 
ambiental pode ocorrer dentro das escolas, empresas, universidades, repartições 
públicas, etc. Esta educação pode ser desenvolvida por órgãos do governo ou por 
entidades ligadas ao meio ambiente. A educação ambiental deve estar presente 
dentro de todos os níveis educacionais, como o objetivo de atingir todos os alunos 
em fase escolar. Os professores podem desenvolver projetos ambientais e trabalhar 
com conceitos e conhecimentos voltados para a preservação ambiental e uso 
sustentável dos recursos naturais. O trabalho sobre o lixo, sua origem e sua 
superprodução, destino final e a necessidade de sua reciclagem a fim de minimizar 
seu impacto no ambiente em que vivemos, mostrou-se a importância da formação 
de uma consciência ecológica, onde a reciclagem assume papel fundamental para a 
solução de uma pequena parte dos problemas gerados com a produção de lixo. 
Realizamos encontros, oficina de reciclagem e reutilização de papel, tendo como 
alvo a educação ambiental na adolescencia. Pôde ser exposto através deste projeto, 
que a formação dessa consciência ecológica para com o meio ambiente se faz 
imprescindível, uma vez que o homem faz parte deste meio e necessita desenvolver 
uma convivência saudável e harmoniosa. Os resultados mostraram que houve 
sucesso, todos que participaram, tornaram-se capazes de reciclar papel, utilizando 
técnicas artesanais. Vimos que reciclando, evitamos que maior quantidade de papel 
se transformasse em lixo, e que prolongamos sua vida útil. Os envolvidos ganharam 
uma consciência ambiental. Concluiu-se, que a reciclagem de papel nos trouxe a 
satisfação de saber que, com ela, podemos ajudar a solucionar o problema do 
acúmulo de lixo no mundo. 
 
Palavras – Chaves 
Lixo – Reciclagem – Arte e Meio Ambiente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
vi 
 
 
 
 
Abstract 
 
Environmental education is aimed at developing people in knowledge, skills and 
attitudes towards the preservation of the environment. Environmental education can 
occur within schools, companies, universities, government offices, etc.. This 
education can be developed by government agencies or entities linked to the 
environment. Environmental education must be present within all levels of education 
as the goal of reaching all students in the school stage. Teachers can develop 
environmental projects and work with concepts and knowledge aimed at 
environmental preservation and sustainable use of natural resources. The work on 
the garbage, its origin and its overproduction, final destination and the need for 
recycling in order to minimize their impact on the environment we live in, showed the 
importance of the formation of an ecological conscience, where recycling takes key 
role the solution of a small part of the problems generated with the waste production. 
We conduct meetings, workshop recycling and reusing paper, targeting 
environmental education in adolescence. Could be exposed through this project, the 
formation of this ecological consciousness towards the environment is indispensable, 
since man is part of this environment and need to develop a healthy and harmonious 
coexistence. The results showed success, everyone who participated became able to 
recycle paper using craft techniques. We have seen that recycling, we avoid much 
paper to turn into garbage, and prolong its life. Those involved have gained an 
environmental consciousness. It was concluded that recycling paper brought us the 
satisfaction of knowing that with it we can help solve the problem of accumulation of 
garbage in the world. 
 
 
Key - Words 
Garbage - Recycling - Art and Environm 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
vii 
 
 
 
Lista de Figuras 
 
Figura 1: Aterro Sanitário ........................................................................................ 05 
Figura 2: Baía de Guanabara .................................................................................. 12 
Figura 3: CópiaBaía de Guanabara ........................................................................ 13 
Figura 4: Cópia da Mona Lisa ................................................................................. 13 
Figura 5: Cópia Aterro sanitário do Jardim Gramacho – RJ .................................... 14 
Figura 6: Cópia Aterro sanitário do Jardim Gramacho – RJ .................................... 14 
Figura 7: Cópia Aterro sanitário do Jardim Gramacho – RJ .................................... 15 
Figura 8: Lixo: um problema muito sério ................................................................. 17 
Figura 9: Papiro ....................................................................................................... 19 
Figura 10: Processo de Reciclagem do Papel ......................................................... 22 
Figura 11: Rasgar o papel ....................................................................................... 24 
Figura 12: Bater a água no liquidificador ................................................................. 25 
Figura 13: Despejando o papel num recipiente ....................................................... 25 
Figura 14: Preparando o papel com a peneira ....................................................... 26 
Figura 15: Escorrer a água ..................................................................................... 26 
Figura 16: Processo de secagem do papel ............................................................. 27 
Figura 17: Secagem do papel ................................................................................ 27 
Figura 18: Etapa final do papel ................................................................................ 28 
Figura 19: O sonho da grade Oculta ....................................................................... 29 
Figura 20: O ovo de Georginho ............................................................................... 30 
Figura 21: O som do galo ........................................................................................ 30 
Figura 22: Papel Humano ....................................................................................... 31 
Figura 23: O bom papel ........................................................................................... 32 
Figura 24: O Vira Lata ............................................................................................. 32 
Figura 22: Mergulho ................................................................................................ 33 
Figura 26: Renda-se ................................................................................................ 34 
Figura 27: Ata-me .................................................................................................... 34 
Figura 28: Diálogo: oficina de reciclagem de papel ................................................. 36 
Figura 29: Diálogo: oficina de reciclagem de papel ................................................. 36 
Figura 30: Diálogo: oficina de reciclagem de papel ................................................. 37 
Figura 31: Diálogo: oficina de reciclagem de papel ................................................. 37 
Figura 32: Separação de papéis ............................................................................ 38 
viii 
 
 
 
Figura 33: Separação de papéis ............................................................................ 38 
Figura 34: Separação de papéis ............................................................................ 38 
Figura 35: Adicionar colar ao papel amassado ...................................................... 39 
Figura 36: Adicionar colar ao papel amassado ....................................................... 39 
Figura 37: Adicionar colar ao papel amassado ....................................................... 39 
Figura 38: Adicionar colar ao papel amassado ....................................................... 40 
Figura 39: Moldagem e pintura a guache ................................................................ 40 
Figura 40: Moldagem e pintura a guache ................................................................ 40 
Figura 41: Moldagem e pintura a guache ................................................................ 41 
Figura 42: Moldagem e pintura a guache ................................................................ 41 
Figura 43: Moldagem e pintura a guache ................................................................ 41 
Figura 44: Exposição dos trabalhos ........................................................................ 42 
Figura 45: Exposição dos trabalhos ........................................................................ 42 
Figura 46: Exposição dos trabalhos ........................................................................ 43 
Figura 47: Exposição dos trabalhos ........................................................................ 43 
Figura 48: Exposição dos trabalhos ........................................................................ 43 
Figura 49: Obras e Pinturas .................................................................................... 44 
Figura 50: Obras e Pinturas .................................................................................... 45 
Figura 51: Obras e Pinturas .................................................................................... 45 
Figura 52: Obras e Pinturas .................................................................................... 46 
Figura 53: Obras e Pinturas .................................................................................... 46 
Figura 54: Obras e Pinturas .................................................................................... 47 
Figura 55: Obras e Pinturas .................................................................................... 47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ix 
 
 
 
Apresentação 
 
A razão deste projeto é levar os alunos a plena consciência de que a 
preservação do meio ambiente é essencial para a vida do ser humano. 
Esta é uma questão que vem crescendo cada dia mais, e que não é só um 
problema do Brasil e sim do mundo. 
A reciclagem nos dias de hoje é vital para a conservação e melhoramento do 
meio ambiente, com a redução de explorações de recursos naturais. No âmbito 
social, a reciclagem não só proporciona melhor qualidade de vida para as pessoas, 
através das melhorias ambientais, como também tem gerado muitos postos de 
trabalho e rendimento para pessoas que vivem nas camadas mais pobres. 
Em minha experiência na prática de estágio supervisionado, realizado em 
escolas públicas estaduais de São Paulo, tenho observado a ausência de uma 
preocupação maior sobre a preservação do meio ambiente. Esta é uma necessidade 
mundial e não pode mais ser negligenciado. 
É necessário despertar nos adolescentes e jovens a conscientização sobre a 
reciclagem e o meio ambiente. 
O importante é que os mesmos percebam que reciclagem e meio ambiente 
não se resume apenas no cuidado com a natureza. Mas o cuidado do local onde o 
homem está inserido, onde vive e se relaciona com os outros. O respeito com você 
mesmo e com tudo que nos rodeia. 
Através de oficinas realizadas em escolas estaduais para adolescentes e 
jovens adquiri experiência, a observá-los descobrindo o valor e a importância da 
reciclagem através do uso de material, como papel reciclado e papelão, com 
possibilidades de criação de objetos funcionais, decorativos e artísticos, e visando a 
reciclagem com a proteção do meio ambiente e a redução do desperdício. Foi a 
partir daí que surgiu a ideia de compartilhar um pouco deste assunto com todos. 
Acredito que o ensino de arte possa abordar esta questão. Trabalhar o conceito de 
reciclagem, desenvolver a arte com a possibilidade de reaproveitamento de 
materiais descartáveis conhecidos como sucatas, transformando-se em projetoseducativos de qualidade, trará benefícios a todos os seres vivos que habitam este 
planeta, preservando a vida e o meio ambiente por meio de ações efetivas de 
sustentabilidade.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Qualidade_de_vida
1 
 
 
 
Introdução 
 
O trabalho com projetos nas escolas é importante, pois possibilita aflorar a 
identidade do educando, trazendo para dentro da escola o dia a dia e oportunizando 
aos alunos experiências significativas desde o levantamento dos temas, partindo do 
conhecimento prévio dos alunos, respeitando seu capital cultural até a percepção do 
que desejam e precisam aprender. A disponibilidade para o trabalho no projeto é 
fundamental. Trabalhar com projetos possibilita o acesso às diversas informações, 
iniciando-se através de uma situação problema que leva à aprendizagem. 
A educação ambiental é uma forma de educar para desenvolver a consciência 
ambiental. 
Podemos dizer que é uma maneira de relacionar nossas atitudes e nosso 
aprendizado ao meio ambiente. É desta forma que percebemos que tudo o que 
fazemos interfere no meio ambiente, desde o que comemos, o que vestimos, onde 
moramos, como nos relacionamos com plantas, animais e com os outros. E nesta 
relação, o problema do lixo, a maneira precária e perigosa que está sendo 
trabalhada no bairro onde está inserida a escola, contribui para o planejamento 
deste projeto. 
Partindo de uma necessidade de conscientização sobre os problemas 
ambientais causadas ao longo dos anos por diversos fatores como: crescimento das 
cidades e população gerando lixo, poluição, destruição dos bens naturais, o excesso 
da matéria consumida e as consequências desastrosas na destruição da natureza, 
criação de vetores trazendo doenças à população, os problemas dos catadores de 
lixo que não tem preparo, arriscam suas vidas e das crianças para ganharem seu 
ganha-pão sem o mínimo de informação, cuja população vive na prática esta 
situação, esta pesquisa propõe uma reflexão para melhorar as condições de vida da 
comunidade, ampliando a visão sobre a importância do planeta e sua conservação 
para toda a humanidade. Segundo os pressupostos de Edgard Morin, é necessário 
ter uma educação ampla, de consciência planetária. (MORIN, 2005). 
A nossa Constituição Federal, Capítulo VI sobre o meio ambiente, reforça 
estas afirmativas: 
 
2 
 
 
 
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do 
povo essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se 
ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo 
e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
 
1° Para assegurar a efetividade desse direito, 
incumbe ao Poder Público: 
IV – exigir, na forma da lei, para instalação de 
obra ou atividade potencialmente causadora de 
significativa degradação do meio ambiente, estudo 
prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade. 
(BRASIL,1988, p. 172). 
 
Diante dos fatos acima mencionados, um trabalho de ação educativa 
ambiental é de fundamental importância. Este trabalho tem por objetivo desenvolver 
a conscientização sobre os problemas causados pelo lixo, trabalhando a reciclagem 
de papel pelo viés da arte, como alternativa para possibilitar uma postura ética, 
reflexiva e crítica nos alunos. 
Para isso, diversos autores trazem sua contribuição na elaboração da 
pesquisa, dentre os quais é possível citar: Anna Maria Brasil, Fátima Santos e 
Thomas Berry. 
O trabalho está dividido em três capítulos. O primeiro trata da educação 
ambiental para uma efetiva conscientização ecológica. O segundo capítulo traz a 
reciclagem de papel como uma alternativa educacional e o terceiro capítulo 
apresenta uma pesquisa de campo, do tipo estudo de caso, onde uma oficina de 
reciclagem é realizada com um grupo de adolescentes na faixa etária de 13 a 16 
anos, cujo relato demonstra as possibilidades de aprendizagem decorrentes desta 
ação educativa. 
Conclui-se que o tema reciclagem proporciona novas descobertas e 
alternativas para uma reeducação ambiental, através da arte e também de práticas 
mais corretas, proporcionando novas descobertas, unindo professores, alunos, 
colaboradores da escola e comunidade, para que tenham uma nova consciência 
planetária, tornando-se agentes multiplicadores. 
 
 
 
3 
 
 
 
Capítulo 1: Educação Ambiental para efetiva conscientização ecológica 
 
A Educação ambiental já é praticada em alguns países e foi proposta em 
1.999 no Brasil, tendo como objetivo disseminar o conhecimento sobre o ambiente. 
Sua principal função é conscientizar a preservação e utilização sustentável do meio 
ambiente. 
É uma metodologia de análise que surge a partir do crescente interesse do 
homem em assuntos como o ambiente, devido às grandes catástrofes naturais que 
têm assolado o mundo nas últimas décadas. 
No Brasil, a Educação Ambiental assume uma perspectiva mais abrangente, 
não restringindo seu olhar à proteção e uso sustentável de recursos naturais, mas 
incorporando fortemente a proposta de construção de sociedades sustentáveis. Mais 
do que um segmento da Educação, trata-se da educação em sua complexidade e 
completude. 
A educação ambiental tornou-se lei em 27 de Abril de 1999. A Lei N° 9.795 – 
Lei da Educação Ambiental, em seu Art. 2° afirma: "A educação ambiental é um 
componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, 
de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em 
caráter formal e não-formal.(BRASIL, 1999). 
A educação ambiental tenta despertar em todos a consciência de que o ser 
humano é parte do meio ambiente. Ela tenta superar a visão antropocêntrica, que 
fez com que o homem se sentisse sempre o centro de tudo, esquecendo a 
importância da natureza, da qual é parte integrante. Desde muito cedo, na história 
humana para sobreviver em sociedade, todos os indivíduos precisavam conhecer o 
lugar onde viviam. O início da civilização coincidiu com o uso do fogo e outros 
instrumentos para modificar o ambiente, mas, com o passar do tempo, devido aos 
avanços tecnológicos, esquecemos que nossa dependência da natureza continua. 
Processo em que se busca despertar a preocupação individual e coletiva para a 
questão ambiental, garantindo o acesso à informação em linguagem adequada, 
contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência crítica e estimulando o 
enfrentamento das questões ambientais e sociais. Desenvolve-se num contexto de 
complexidade, procurando trabalhar não apenas a mudança cultural, mas também a 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ambiente
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ambiente
4 
 
 
 
transformação social, assumindo a crise ambiental como uma questão ética e 
política. (MOUSINHO, 2003). 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN - sugerem que o tema meio 
ambiente seja de cunho transversal. 
O compromisso com a construção da cidadania pede necessariamente uma 
prática educacional voltada para a compreensão da realidade social e dos direitos e 
responsabilidades em relação à vida pessoal, coletiva e ambiental. Nessa 
perspectiva é que foram incorporadas como Temas Transversais as questões da 
Ética, da Pluralidade Cultural, do Meio Ambiente, da Saúde e da Orientação Sexual. 
Isso não significa que tenham sido criadas novas áreas ou disciplinas, os 
objetivos e conteúdos dos Temas Transversais devem ser incorporados nas áreas já 
existentes e no trabalho educativo da escola. É essa forma de organizar o trabalho 
didático que recebeu o nome de transversalidade. Amplos o bastante para traduzir 
preocupações da sociedade brasileira de hoje, os Temas Transversais 
correspondem a questões importantes, urgentes e presentes sob várias formas, na 
vida cotidiana. O desafio que se apresenta para as escolas é o de abrirem-se para 
este debate(Secretaria de Educação Fundamental, 1997) 
Os problemas causados pelo aquecimento global obrigaram o mundo a refletir 
sobre a necessidade de impulsionar a educação ambiental. O cenário é muito 
preocupante e deve ser levado a sério, pois as consequências vão atingir a todos, 
sem distinção. 
Trata-se de processo pedagógico participativo permanente para incutir uma 
consciência crítica sobre a problemática ambiental, estendendo à sociedade a 
capacidade de captar a gênese e a evolução de problemas ambientais. 
1.1 O Lixo Urbano: Um problema histórico 
 
O aumento populacional nas cidades, aliado a uma sociedade extremamente 
consumista, faz gerar vários problemas ambientais. O lixo urbano é um desses 
problemas, ele pode ser de origem domiciliar (sobras de alimentos, papéis, plásticos, 
vidros, papelão), origem industrial (apresenta constituição variada, entre gasosa, 
líquida ou sólida), (seringas, agulhas, curativos, gazes, ataduras, peças atômicas, 
etc.) e o lixo desse século: o tecnológico (pilhas e aparelhos eletrônicos em geral) 
http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/lixo-urbano.htm
5 
 
 
 
Segundo Duarte (2008) o lixo, além de ser um problema ambiental no Brasil, 
também pode ser considerado um problema econômico (gastos para remoção de 
240 toneladas diárias). Um simples ato de jogar um papel na rua acarreta a 
contratação de milhares de garis, produção de milhões de quilos de lixo e riscos à 
saúde humana. 
 
Figura 1: Aterro Sanitário (www.infoescola.com) 
Algumas cidades estão adotando fornos de incineração de lixo, permitindo 
reduzir o volume desse material, porém há a poluição do ar que essa queima do 
material gera. Outra forma de tratar o lixo é criar aterros sanitários com estrutura 
para o tratamento dos gases e do chorume, que diminuem o contato urbano com o 
lixo. Nos aterros (fig. 01) o lixo é lançado no solo e compactado através de tratores, 
podendo gerar problemas de contaminação do solo e lençóis freáticos. 
O lixo urbano parece ser um problema sem solução. Todas as formas de 
tratamento atuais geram algum tipo de problema. Os aterros, apesar das vantagens 
e desvantagens apresentadas, são caros. A melhor forma de auxiliar com o lixo é a 
diminuição do mesmo. 
Apesar das inúmeras tecnologias desenvolvidas para processar o lixo, a 
melhor saída (e a mais econômica) parece estar ligada à mudança de 
comportamento das pessoas. 
 
1.2 A História do Lixo 
Segundo pesquisa da UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 
(1999), no início dos tempos, os primeiros homens eram nômades. Moravam em 
cavernas, sobreviviam da caça e pesca, vestiam-se de peles e formavam uma 
população minoritária sobre a terra. Quando a comida começava a ficar escassa, 
http://www.infoescola.com/meio-ambiente/lixo-urbano/
http://www.infoescola.com/meio-ambiente/lixo-urbano/
http://www.infoescola.com/meio-ambiente/lixo-urbano/
http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2008/06/lixo.jpg
http://www.infoescola.com/ecologia/incineracao-do-lixo/
http://www.infoescola.com/meio-ambiente/poluicao-do-solo/
http://www.infoescola.com/meio-ambiente/lixo-urbano/
6 
 
 
 
eles se mudavam para outra região e os seus “lixos”, deixados sobre o meio 
ambiente, eram logo decompostos pela ação do tempo. 
As primeiras verdadeiras cidades são, por vezes, consideradas grandes 
assentamentos permanentes nos quais os seus habitantes não são mais 
simplesmente fazendeiros da área que cerca o assentamento, mas passaram a 
trabalhar em ocupações mais especializadas na cidade, onde o comércio, o estoque 
da produção agrícola e o poder foram centralizados. Sociedades que vivem em 
cidades são frequentemente chamadas de civilizações. 
A civilização passou a produzir peças para promover seu conforto: vasilhames 
de cerâmica, instrumentos para o plantio, roupas mais apropriadas. Hábitos como 
construção de moradias, criação de animais, cultivo de alimentos, além de se fixar 
de forma permanente em um local. A produção de lixo, consequentemente, foi 
aumentando, mas ainda não havia se constituído em um problema mundial. 
As cidades da antiguidade localizavam-se quase sempre próximos à beira de 
uma fonte de água potável e próximas a grandes corpos de água, tais 
como rios e mares, para facilitar o transporte de carga de uma região à outra, bem 
como obtenção de água potável. Quando as fontes de água doce eram insuficientes, 
trabalhadores livres ou escravos traziam água de fontes próximas à cidade. Avanços 
tecnológicos também ajudaram. A maioria das cidades da antiguidade clássica 
dispunham de um ou mais reservatórios públicos, onde a água potável era 
armazenada. Alguns destes reservatórios também coletavam água da chuva, 
principalmente os reservatórios das cidades no norte da África. 
O crescimento populacional nestas cidades começou a criar sérios 
problemas, quanto ao saneamento básico. A coleta de lixo era inexistente na maior 
parte das cidades. Habitantes da classe trabalhadora simplesmente jogavam seu 
lixo nas ruas – muitas, dos quais, não pavimentadas. Como 
consequência, doenças eram muito comuns na época, e a taxa de mortalidade era 
alta. Este problema era agravado com chuvas – que inundavam as casas da cidade 
com lama, contaminado com lixo e microorganismos causadores de doenças. Outras 
cidades, porém, coletavam o lixo das casas e os jogavam fora das muralhas da 
cidade. As cidades romanas, em especial, se destacavam por suas ruas 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Com%8Ercio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Civiliza%8D%8Bo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mar
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escravatura
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lixo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%8Da
http://pt.wikipedia.org/wiki/Taxa_de_mortalidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Chuva
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lama
http://pt.wikipedia.org/wiki/Micr%97bio
7 
 
 
 
pavimentadas e seus avançados sistemas de saneamento que não seriam 
ultrapassados em escala e tecnologia até o século XIX. 
Como o lixo era despejado diretamente na rua e também havia a alta 
densidade populacional, grandes epidemias matavam uma grande quantidade de 
pessoas. A peste negra exterminou cerca de 40% da população de Constantinopla e 
25 milhões de pessoas em toda Europa. Entre o século XIV e o século XIX, a peste 
negra matou mais de 350 milhões de pessoas na Europa e na Ásia, a maioria, 
moradores urbanos. 
No século XVII com a Revolução Industrial e o aumento da população – 
possibilitaram um salto na produção em série de bens de consumo – a problemática 
da geração e descarte de lixo teve um grande impulso. Porém, esse fato não causou 
nenhuma preocupação maior: o que estava em alta era o desenvolvimento e não 
suas consequências. 
A industrialização foi o fator mais importante para o processo de rápida 
urbanização que ocorreu desde o século XVIII em diante, permitindo pela primeira 
vez na história da humanidade que uma parcela significante de um dado país 
vivesse em áreas urbanas. O crescimento de algumas cidades em especial 
destacam-se pelo seu grande crescimento. Manchester tinha apenas quatro mil 
habitantes em 1790. Seis décadas depois, a cidade alcançaria os 350 mil 
habitantes. Chicago tinha 4,5 mil habitantes em 1840. Em duas décadas, em 1860 a 
população saltou para 112 mil habitantes. Em 1880, a população da cidade alcançou 
500 mil habitantes, dobrando na década seguinte. A maior cidade durante o período 
de 1825 até o fim do século XIX foi Londres, a primeira área urbanizada a superar os 
cinco milhões de habitantes do mundo. Tóquio era anteriormente a cidade mais 
populosa do mundo. 
As condições sanitárias da cidade industrial típica da década de 1830 eram 
péssimas. Elas geralmente não dispunham de abastecimento de água e esgoto – 
nem mesmo nos bairros onde as casas e apartamentos da burguesia e da elite 
estavam localizadas.Gradualmente, tais serviços foram instituídos nas cidades, 
primeiramente nos bairros da elite e da burguesia, ao longo do século XIX. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%8Eculo_XIX
http://pt.wikipedia.org/wiki/Peste_negra
http://pt.wikipedia.org/wiki/Constantinopla
http://pt.wikipedia.org/wiki/Europa
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%8Eculo_XIV
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%8Eculo_XIX
http://pt.wikipedia.org/wiki/Europa
http://pt.wikipedia.org/wiki/%E7sia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Manchester
http://pt.wikipedia.org/wiki/1790
http://pt.wikipedia.org/wiki/Chicago
http://pt.wikipedia.org/wiki/1840
http://pt.wikipedia.org/wiki/1860
http://pt.wikipedia.org/wiki/1880
http://pt.wikipedia.org/wiki/1825
http://pt.wikipedia.org/wiki/Londres
http://pt.wikipedia.org/wiki/T%97quio
http://pt.wikipedia.org/wiki/D%8Ecada_de_1830
8 
 
 
 
Somente posteriormente, já no início do século XX, os bairros da classe 
trabalhadora passaram a receber estes serviços. Isto, nos países desenvolvidos. 
Mesmo hoje, várias cidades industriais de países em desenvolvimento não possuem 
estas instalações. A poluição tornou-se um grande problema nas cidades 
industrializadas. A falta de instalações sanitárias adequadas e a poluição fizeram 
com que as taxas de mortalidade das cidades industriais tornasse muito alta. A 
industrialização da grande maioria das cidades ocorreu de modo totalmente 
desorganizado. Fábricas e bairros residenciais eram construídos uns próximos aos 
outros. 
Entretanto, a partir da segunda metade do século XX iniciou-se uma 
reviravolta. A humanidade passou a preocupar-se com o planeta onde vive. Mas não 
foi por acaso: fatos como o buraco na camada de ozônio e o aquecimento global da 
Terra despertaram a população mundial sobre o que estava acontecendo com o 
meio ambiente. Nesse “despertar”, a questão da geração e destinação final do lixo 
foi percebida mas, infelizmente, até hoje não vem sendo encarada com a urgência 
necessária. 
O lado trágico dessa história é que o lixo é um indicador curioso de 
desenvolvimento de uma nação. Quanto mais pujante for a economia, mais sujeira o 
país irá produzir. É o sinal de que o país está crescendo, de que as pessoas estão 
consumindo mais. O problema está ganhando uma dimensão perigosa por causa da 
mudança no perfil do lixo. Na metade do século XX, a composição do lixo era 
predominantemente de matéria orgânica, de restos de comida. Com o avanço da 
tecnologia, materiais como plásticos, isopores, pilhas, baterias de celular e lâmpadas 
são presença cada vez mais constante na coleta. 
Segundo Brasil e Santos (2007) no mundo, entre lixo domiciliar e comercial, 
são produzidas por dia, 2 milhões de toneladas, o que equivale a 700 gr por 
habitante de áreas urbanas. Só em Nova York, porém, são gerados 3 kg de lixo/dia 
por pessoa, enquanto em São Paulo esse número chega a 1,5 kg/dia por pessoa. 
O Brasil produz de 125 a 130 mil toneladas/dia de lixo, resultando em 45 
milhões de toneladas por ano. Analisando esses números, fica claro que o Brasil, 
que concentra 3% da população mundial, é responsável por 6,5% da produção de 
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%8Eculo_XX
9 
 
 
 
lixo no mundo. Fica evidente, que estamos vivendo numa sociedade consumista e 
que gera muito lixo, sendo que apenas 11% desse lixo vai para aterros adequados. 
Vale ressaltar que nesses números não estão incluídos o lixo industrial, hospitalar, 
rural e tecnológico. 
 
1.3 A Importância da Preservação do Meio Ambiente 
 
Durante o período da chamada Revolução Industrial não havia preocupação 
com a questão ambiental. Os recursos naturais eram abundantes, e a poluição não 
era foco da atenção da sociedade industrial e intelectual da época. 
A partir da escassez dos recursos naturais, somado ao crescimento 
desordenado da população mundial e intensidade dos impactos ambientais, surge o 
conflito da sustentabilidade dos sistemas econômico e natural (processo que 
assegura uma gestão responsável dos recursos do planeta de forma a preservar os 
interesses das gerações futuras e, ao mesmo tempo, atender as necessidades das 
gerações atuais) e faz do meio ambiente um tema literalmente estratégico e urgente. 
O homem começa a entender a impossibilidade de transformar as regras da 
natureza e a importância da reformulação de suas práticas ambientais. Entende-se 
por sustentabilidade ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades 
atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. Ou 
seja, a sustentabilidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento 
econômico e material sem agredir o meio ambiente, usando os recursos naturais de 
forma inteligente para que eles se mantenham no futuro. Seguindo estes 
parâmetros, a humanidade pode garantir o desenvolvimento sustentável. 
Segundo Brasil e Santos (2007) é uma proposta de ação que preconiza a 
permanência do processo de globalização e de desenvolvimento histórico-
econômico vigente, porém visando a promoção e a geração de riqueza, a 
prosperidade e a quantidade de vida para a humanidade. Os defensores do 
desenvolvimento sustentável propõem que a utilização dos recursos naturais seja 
controlada econômica e politicamente, de maneira que os mesmos não sejam 
esgotados ou degradados, a curto ou a longo prazos, preservando-os para a sua 
plena utilização pelas gerações futuras. 
10 
 
 
 
Surgiram, então, tensões e conflitos quanto ao uso do espaço e dos recursos 
em função da tecnologia disponível, que evolui rapidamente consequências 
indesejáveis, pois a exploração dos recursos naturais passou a considerar tais 
aspectos. Assim, tem que haver uma relação saudável entre a natureza e o homem, 
em que este possa se beneficiar dos recursos naturais disponíveis, percebendo-se 
como parte integrante dela. 
 
A busca de um desenvolvimento sustentável, que tenha como objetivo central a 
qualidade de vida, sem, no entanto, deixar de utilizar tecnologias modernas é um 
desafio para os países em desenvolvimento como o Brasil, que precisa produzir para 
aumentar e garantir o crescimento econômico, reduzir a pobreza e manter seu 
ambiente da melhor forma possível. (BERRY, 1991, p. 1) 
 
Longos debates têm sido travados sobre a importância da preservação 
ambiental, bem como dos instrumentos a serem adotados para manter equilíbrio do 
meio ambiente. 
Já em 1988, a Constituição Federal evidencia sua preocupação com o meio 
ambiente. Especial destaque ganhou o tema no Capítulo VI do Título VIII, da 
Constituição, iniciado pelo artigo 225, que consigna que “todos têm direito ao meio 
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à 
sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de 
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. (BRASIL,1988, p. 
171). 
Há duas décadas, o Rio de Janeiro se tornou palco do que ficou conhecida 
como a mais importante conferência sobre meio ambiente da história. Cerca de 180 
chefes de estado e de governo se reuniram no Riocentro, entre os dias 3 e 14 de 
junho de 1992, na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o 
Desenvolvimento (Rio 92) ou Cúpula da Terra. Segundo a ONU, nove mil jornalistas 
de todo o mundo se credenciaram para acompanhar as discussões sobre 
desenvolvimento sustentável, que tinham sido iniciadas em 1972, na Conferência de 
Estocolmo, da qual resultou na Declaração de Estocolmo. Segundo especialistas, a 
Rio 92 consolidou uma agenda global para o meio ambiente. 
O principal documento produzido na RIO-92, o Agenda 21 é um programa de 
ação que viabiliza o novo padrão de desenvolvimento ambientalmente racional. Ele 
concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. 
http://www.mundoeducacao.com.br/biologia/preservacao-ambiental.htm
http://www.mundoeducacao.com.br/biologia/preservacao-ambiental.htm
http://www.vivaitabira.com.br/viva-colunas/index.php?IdColuna=225http://www.vivaitabira.com.br/viva-colunas/index.php?IdColuna=225
http://www.dji.com.br/constituicao_federal/cf225.htm
http://www.viveiroagroflor.org/2010/03/conheca-importancia-da-preservacao.html
http://www.un-documents.net/wced-ocf.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Agenda_21
11 
 
 
 
A Agenda 21 Global é atualmente o documento mais abrangente e de maior 
alcance no que se refere às questões ambientais, contemplando em seus 40 
capítulos e 4 seções temas que vão da biodiversidade, dos recursos hídricos e de 
infra-estrutura, aos problemas de educação, de habitação, entre outros. Por esta 
razão tem sido utilizada na discussão de políticas públicas em todo o mundo, tendo 
em vista a sua proposta de servir como um guia para o planejamento de ações 
locais que fomentem um processo de transição para a sustentabilidade. 
Ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, de 13 a 22 de junho de 2012, 
a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (CNUDS), 
conhecida também como Rio+20. O principal objetivo da Rio+20 foi renovar e 
reafirmar a participação dos líderes dos países com relação ao desenvolvimento 
sustentável no planeta Terra. Foi, portanto, uma segunda etapa da Cúpula da Terra 
(ECO-92) que ocorreu há 20 anos na cidade do Rio de Janeiro. 
Participaram líderes dos 193 países que fazem parte da ONU. O evento 
ocorreu em mais de dez locais diferentes, tendo o Riocentro sido o principal local de 
debates e discussões da Rio+20. Além deste, o evento foi realizado, oficialmente, 
no Aterro do Flamengo, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e em mais de 
cinco outros locais, que contou com a participação do famoso artista plástico 
brasileiro Vik Muniz que durante a conferência Rio+20, reproduziu com lixo 
paisagem da Baía de Guanabara (fig. 02). 
A Baía de Guanabara (fig. 03) foi reproduzida com milhares de dejetos, em 
construção perto do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ). Foi 
preciso subir em uma passarela a 10 metros do chão para apreciar a baía 
reconstruída com materiais recicláveis, como garrafas e sacolas plásticas, latas de 
cerveja e refrigerantes, embalagens de leite e envoltórios diversos. 
Muniz é conhecido por usar alimentos e lixo reciclado em suas obras de arte. 
Nascido em São Paulo com o nome de Vicente José de Oliveira Muniz, chegou a 
cursar Publicidade e Propaganda. Em 1983, passou a viver em Nova York. 
A partir de 1988, começou a desenvolver trabalhos que faziam uso da 
percepção e representação de imagens a partir de materiais como o açúcar, 
chocolate, catchup e outros como o gel para cabelo e lixo. Naquele mesmo ano, Vik 
Muniz criou desenhos de fotos que memorizou através da revista americana Life. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Riocentro
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aterro_do_Flamengo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_de_Arte_Moderna_do_Rio_de_Janeiro
12 
 
 
 
Muniz fotografou os desenhos e a partir de então, pintou-as para conferir um ar de 
realidade original. A série de desenhos foram chamados The Best of Life. 
Vik Muniz fez trabalhos inusitados, como a cópia da Mona Lisa (fig. 04), de 
Leonardo da Vinci, usando manteiga de amendoim e geleia como matéria-prima. 
Com calda de chocolate, pintou o retrato do pai da psicanálise, Sigmund Freud. 
Muniz também recriou muitos trabalhos do pintor francês Monet. 
No documentário Lixo Extraordinário n o ano de 2009, indicado ao Oscar, 
Muniz revelou ao mundo os catadores de recicláveis no lixão de Gramacho (fig. 05, 
06 e 07), no Rio de Janeiro, o maior da América Latina, fechado em junho de 2012. 
O filme foi exibido em uma grande exposição dedicada ao artista em Avignon no 
sudeste da França. (Veja, 2012). 
 
 
 
Figura 2: Cópia Baía de Guanabara (http://babygarroux.blogspot.com.br) 
 
 
 
http://babygarroux.blogspot.com.br/
13 
 
 
 
 
Figura 3: Baía de Guanabara (http://oglobo.globo.com) 
 
 
 
Figura 4: Cópia da Mona Lisa (http://fotografeumaideia.com.br) 
 
 
http://fotografeumaideia.com.br/
14 
 
 
 
 
Figura 5: Aterro sanitário do Jardim Gramacho – RJ (http://fotografeumaideia.com.br) 
 
 
 
Figura 6: Aterro sanitário do Jardim Gramacho – RJ (http://fotografeumaideia.com.br) 
 
 
 
http://fotografeumaideia.com.br/
http://fotografeumaideia.com.br/
15 
 
 
 
 
Figura 7: Aterro sanitário do Jardim Gramacho – RJ (http://fotografeumaideia.com.br) 
 
 
1.4 A Educação Ambiental para a formação de cidadãos conscientes 
 
Trabalhar o tema “meio ambiente” é aparentemente uma missão fácil, já que 
ele vem ganhando cada vez mais espaço em nosso dia a dia. 
No entanto, só faz sentido abordá-lo se houver a intenção de se criar a 
consciência de sua conservação em toda a comunidade escolar, numa proposta de 
educação que venha despertar desde as séries iniciais até as mais avançadas. 
 Trabalhar com projetos de aprendizagem abre na sala de aula um espaço 
para se desenvolver discussões mais amplas, pesquisas e experiências concretas, 
que podem chegar a uma mostra científico-cultural, favorecendo o aprendizado, 
dando a oportunidade de deixar a população ciente dos problemas e necessidades 
do mundo, de forma geral. Além disso, permite o intercâmbio entre as diferentes 
disciplinas que o estudante cursa. 
Muito se tem falado de conservação do meio ambiente, mas não se criou 
ainda a consciência de que o planeta precisa urgentemente dos nossos cuidados. 
 As decisões acerca dos problemas estão caminhando de forma burocrática, 
ficando somente no papel, sem tomadas de decisões mais sérias, tanto por parte da 
população como por parte dos governantes. Para exemplificar, basta perguntar 
quantas escolas tem trabalhado, efetivamente, a discussão sobre o consumo 
consciente e os impactos que as atividades humanas vêm causando a todo o 
http://fotografeumaideia.com.br/
16 
 
 
 
planeta. Esse processo é realmente efetivo, por exemplo, envolvendo catadores e 
cooperativas, dando-lhes condições dignas de trabalho. É bom lembrar o tempo que 
a natureza leva para extinguir alguns dos principais lixos que recebe, segundo dados 
estimados por Compam (2011). 
 
Papel: 3 a 6 meses 
Jornal: 6 meses 
Palito de Madeira: 6 meses 
Toco de Cigarro: 20 meses 
Nylon: mais de 30 anos 
Chiclete: 5 anos 
Pedaços de Pano: 6 meses a 1 ano 
Fralda Descartável Biodegradável: 1 ano 
Fralda Descartável Comum: 450 anos 
Copo de Plástico: 50 anos 
Lata de Aço: 5 anos 
Tampa de Garrafa: 150 anos 
Isopor: 8 anos 
Plástico: 100 anos 
Garrafa Plástica: 400 anos 
Pneu: 600 anos 
Vidro: 4.000 anos 
Madeira Pintada: 14 anos 
 
O principal nesse momento são as tomadas de atitude, ainda que de forma 
individual, na esperança de que sirvam de exemplo para as gerações mais novas. 
Podemos criar atividades de Educação Ambiental tanto no ambiente da 
escola (educação formal), como também usar outros meios de comunicação 
(educação informal). Independentemente do veículo ou caminho usado, cada vez 
mais o repasse de informações deve gerar um sistema dinâmico e abrangente, 
responsável pela educação do indivíduo e, consequentemente, da sociedade. 
Uma das modalidades mais eficientes é resgatar o contato da criança com a 
terra e seus proventos, usando espaços naturais das áreas verdes como vetores 
17 
 
 
 
deste processo. Trabalhar em uma pequena horta, por exemplo, pode integrar ao 
cotidiano das crianças as rotinas de plantio, cuidado com as plantas, controle natural 
de pragas, entre outros temas. Ao lidar com os animais associados às plantas, é 
possível ampliar a gama de conhecimento sobre os animais, seus comportamentos, 
formas e cores. Ao integrar esses conhecimentos, pode-se estimular o respeito e 
gerar um caráter integrador da criança para com a visão ambiental. 
Em um mundo cada vez mais urbanizado, a população está envolvida com as 
novas tecnologias e distante do mundo natural. Perde-se dessa maneira a relação 
natural que tínhamos com a terra,a fauna, a flora, além do contato com culturas 
diferentes da nossa. Os cenários urbanos, como os ambientes de Shopping Center, 
passam a ser normais na vida dos jovens e os valores relacionados com a natureza 
têm poucos pontos de referência na sociedade moderna. 
Dentro desse contexto, é clara a necessidade de mudar o comportamento do 
homem em relação à natureza, no sentido de promover sob um modelo de 
desenvolvimento sustentável, a compatibilização de práticas econômicas e 
conservacionistas, com reflexos positivos evidentes junto à qualidade de vida de 
todos, fazendo com que a população acorde para a gravidade da problemática (fig. 
08). Devemos mudar nossos hábitos urgentemente, tomando consciência de que 
podemos fazer mais pelo planeta. 
Segundo Brasil e Santos (2007) a educação é a única saída para os países 
como o Brasil se tornarem grandes nações, pois a coerção pelas leis através da 
imposição de penalidades não é o meio mais eficaz para conter os danos 
ambientais. A solução está na preservação proporcionada e conscientização pela 
educação ambiental em todos os níveis de ensino. 
 
 
Figura 8: Lixo: um problema muito sério. (www.brasilescola.com) 
 
http://www.brasilescola.com/
18 
 
 
 
Capítulo 2: Reciclagem de Papel: Uma alternativa viável 
 
A reciclagem é um termo geralmente utilizado para designar o 
reaproveitamento de materiais beneficiados como matéria-prima para um 
novo produto. Muitos materiais podem ser reciclados e os exemplos mais comuns 
são o papel, o vidro, o metal e o plástico. As maiores vantagens da reciclagem são a 
minimização da utilização de fontes naturais, muitas vezes não renováveis e a 
minimização da quantidade de resíduos que necessita de tratamento final, como 
aterramento ou incineração. 
O conceito de reciclagem serve apenas para os materiais que podem voltar 
ao estado original e ser transformado novamente em um produto igual em todas as 
suas características. O conceito de reciclagem é diferente do de reutilização. 
O reaproveitamento ou reutilização consiste em transformar um determinado 
material já beneficiado em outro. Um exemplo claro da diferença entre os dois 
conceitos, é o reaproveitamento do papel. 
O papel chamado de reciclado não é nada parecido com aquele que foi 
beneficiado pela primeira vez. Este novo papel tem cor diferente, textura diferente e 
gramatura diferente. Isto acontece devido a não possibilidade de retornar o material 
utilizado ao seu estado original e sim transformá-lo em uma massa que ao final do 
processo resulta em um novo material de características diferentes. 
Por razões ambientais, econômicas e sociais, a reciclagem de resíduos 
sólidos é uma atividade crescente no Brasil. Segundo o Compromisso Empresarial 
pela Reciclagem (CEMPRE), comparado a outros países, o Brasil apresenta 
elevados índices de reciclagem e tem potencial de se desenvolver ainda mais nessa 
área. (BRACELPA, 2010) 
Hoje, uma parcela da população brasileira é atendida por serviços municipais 
de coleta seletiva e parte desses programas tem a participação de cooperativas de 
catadores. Mas é importante salientar que a maior parte do material não coletado 
pelos sistemas oficiais, acaba chegando à indústria por meio do trabalho de 
catadores, aparistas e sucateiros. 
A reciclagem envolve uma cadeia que começa na separação dos resíduos 
sólidos pelos cidadãos, passando pela coleta, triagem e preparação do material 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Material
http://pt.wikipedia.org/wiki/Produto
http://pt.wikipedia.org/wiki/Papel
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vidro
http://pt.wikipedia.org/wiki/Metal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pl%C3%A1stico
http://pt.wikipedia.org/wiki/Reutiliza%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Papel
19 
 
 
 
recolhido que, em seguida, é encaminhado à indústria para que seja transformado 
em nova matéria-prima. 
2.1 História e o Desenvolvimento da Reciclagem de Papel 
 
O homem da Antiguidade utilizava a madeira, o metal e a pedra para os seus 
escritos. Assim foram feitos os primeiros livros. Como esses materiais apresentavam 
muitos inconvenientes, devemos aos egípcios uma feliz invenção – o papiro. O 
termo designa tanto o vegetal como a própria folha, macia e maleável, obtida a partir 
das películas membranosas extraídas do caule da planta. 
 
 
Figura 9: Papiro. (http://www.depapelreciclado.com.br/historia-do-papel-reciclado-artesanal) 
 
Para se fazer o papiro (fig.09), corta-se o miolo do talo em lâminas bem finas, 
depois de secas em um pano, são mergulhadas em água com vinagre onde 
permaneceram por seis dias para eliminar o açúcar. Novamente secas as lâminas 
são dispostas em fileiras horizontais e verticais, umas sobre as outras. Esse material 
é colocado entre dois pedaços de tecido de algodão e vai para uma prensa por seis 
dias. Com o peso as lâminas finas se misturam e formam o pedaço de papel 
amarelado, pronto para ser usado. 
O papiro espalhou-se pelo mundo antigo, sendo usado até o século XI, 
embora os mesmos egípcios tenham novamente inovado, trezentos anos antes de 
Cristo, inventando o pergaminho, resultado de um tratamento especial dado à pele 
de animais como carneiro e cabra. 
http://www.depapelreciclado.com.br/historia-do-papel-reciclado-artesanal
20 
 
 
 
Foram os árabes que aprenderam os segredos da fabricação do papel, em 
meados do século VIII, após conquistarem regiões onde se dava sua fabricação. Na 
Europa, os moinhos de pasta de papel começaram a funcionar no século XII, na 
Espanha mulçumana. 
No Brasil, a reciclagem começou simultaneamente ao início da fabricação do 
papel, há mais de 100 anos. Além de usar o papel descartado após o consumo, as 
indústrias importavam celulose para abastecer suas unidades. 
A partir da década de 1970, o desenvolvimento das florestas plantadas para 
fins industriais impulsionou o crescimento do setor, o que estimulou o consumo e, 
consequentemente, a disponibilidade de papéis recicláveis. 
Na década de 80, como reação política, cultural e ideológica, houve uma 
retomada do papel artesanal, época em que Marlene Trindade, professora da 
UFMG, criou o primeiro atelier experimental de papel feito à mão, na Escola de 
Belas Artes, institucionalizando assim o estudo do papel artesanal em Minas Gerais. 
Com a divulgação através de cursos nos Festivas de Inverno e na Comunidade do 
bairro Lindéa, vários artistas mineiros iniciaram a sua produção de papel artesanal, 
tornando Minas Gerais um grande centro de pesquisas de papel artesanal. 
O avanço da reciclagem como fonte acessível de matéria-prima limpa está 
diretamente ligado às questões econômicas. Nas últimas décadas, a atividade 
ganhou força também por conta dos desafios socioambientais dentro do conceito de 
sustentabilidade. 
Ao longo das décadas, os sistemas de reciclagem de papel e suas aplicações 
em novos produtos evoluíram. Além do aumento do papel reciclado para imprimir e 
escrever, o desenvolvimento da produção de embalagens, com base em tecnologias 
avançadas que diversificam seus usos para atender os padrões de consumo, 
contribuiu nesse processo. 
Além de ser de origem renovável, o papel está entre os produtos que 
apresentam maior taxa de reciclagem no Brasil. Segundo a Associação Brasileira 
de Celulose e Papel (BRACELPA 2010) no total, 46% de todos os papéis que 
circularam no País, em 2009, foram encaminhados à reciclagem pós-consumo. 
É importante ressaltar que grande quantidade de aparas de papel reciclável é 
utilizada na fabricação de outros produtos, como telhas, sem ser computada nas 
21 
 
 
 
estatísticas de recuperação. Além disso, também não se excluem os papéis que não 
são passíveis de reciclagem, como os higiênicos, que contém impurezas. Se esses 
quesitos passassem a ser avaliados, a taxa de recuperação subiria 
expressivamente. 
A reciclagem é tradicional no setor papeleiro. As fábricas são abastecidas por 
uma grande rede de aparistas,cooperativas e outros fornecedores de papel pós-
consumo que fazem a triagem, a classificação e o enfardamento do material. A 
cadeia produtiva que envolve a atividade gera empregos e renda, movimentando a 
economia. 
Sob o ponto de vista econômico, a atividade reduz os custos de produção, 
distribui riquezas e promove a recuperação de matérias-primas que serão 
novamente inseridas no ciclo de consumo. 
Como todo papel produzido no Brasil tem origem na celulose de florestas 
plantadas de pinus e eucalipto, o processo de reciclagem tem origem em uma fonte 
de recursos renováveis. Ou seja, depois de utilizadas, as fibras dessas árvores se 
transformam novamente em matéria-prima para a fabricação de novo produto. 
Ainda em relação ao meio ambiente, a reciclagem – aliada a outros fatores, 
como o uso de resíduos para aproveitamento energético e plantio de florestas que 
absorvem carbono da atmosfera – contribui para um balanço ambiental positivo 
como resultado da produção de celulose e papel (BRACELPA, 2010). 
Além disso, a recuperação do material após o consumo ajuda a diminuir o 
volume de detritos a ser descartado em lixões e aterros sanitários já saturados. Pelo 
alto poder calorífico, o papel pode ser utilizado na reciclagem energética, 
característica que deverá ganhar importância no futuro próximo. 
A reciclagem poderia ser ainda maior com políticas públicas de incentivo do 
governo, iniciativas empresariais, maior organização dos trabalhadores que 
recolhem os materiais e novas atitudes do consumidor. 
 Desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do 
presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as 
suas próprias necessidades (NOSSO FUTURO COMUM,1991). 
 
 
 
 
22 
 
 
 
2.1.1. Consumo consciente 
 
É preciso reduzir o desperdício de papel e adotar hábitos para a separação do 
material reciclável nas residências. Essas práticas contribuem para melhorar a 
qualidade e a homogeneidade das fibras que retornam às indústrias. Também é 
importante a coleta seletiva e a triagem dos resíduos recicláveis – sem a 
contaminação por matéria orgânica, tais como restos de comida e outras impurezas. 
É importante ressaltar que o papel não pode ser reciclado infinitas vezes, pois 
as fibras perdem a resistência e as características que definem o tipo do papel. Por 
isso, será sempre necessário o uso de fibras virgens originárias das florestas 
plantadas para viabilizar a produção e atender às necessidades de consumo da 
população. 
 
 
Figura 10: Processo de Reciclagem do Papel (ambientes.ambientebrasil.com.br) 
 
2.1.2 Processo industrial de reciclagem 
 
Segundo a Bracelpa (2010) ao chegar à fábrica, os fardos de papel 
descartados são misturados à água em um equipamento chamado hidrapulper – 
uma espécie de grande liquidificador – formando uma espécie de pasta de celulose. 
Em seguida, essa pasta passa por uma peneira para que sejam retiradas as 
23 
 
 
 
impurezas, como pedaços de papel não desejáveis, fitas adesivas, plásticos, arames 
e outros metais. 
Na etapa seguinte, são aplicados compostos químicos (água e soda cáustica) 
para a retirada de tintas. Uma depuração mais fina separa a areia. 
Depois, em outros equipamentos – chamados refinadores – a pasta é 
processada para que as fibras que formam a celulose se abram um pouco mais, 
melhorando a ligação entre elas, o que garante mais resistência. Finalmente a pasta 
é branqueada e segue para as máquinas de fazer papel (fig.10). 
Conforme sua utilidade final, o papel reciclado recebe diferentes tratamentos 
que permitem melhor absorção de tinta na impressão, bem como lisura, resistência e 
cor adequada. 
No caso de embalagens, o papel é refinado e associado a outros materiais 
para ter mais resistência. A superfície externa de caixas de papelão é feita com 
fibras virgens, mais fortes. As fibras recicladas são mais empregadas no forro e 
miolo que compõem a camada interior do papelão. 
 
 
2.1.3. Reciclagem artesanal de papel 
 
O papel artesanal pode ser feito reciclando papéis usados ou a partir de fibras 
naturais trituradas e transformadas em pasta. As principais fibras utilizadas no Brasil 
são as de bagaço de cana, de sisal, de bananeira, de bambu e de palha de cereais 
como trigo, aveia, arroz e milho. 
A reciclagem caseira é educativa. Uma forma de vivenciar o processo nas 
etapas da reciclagem são necessários: 
 
- papéis usados que você descartaria no lixo, como embrulhos, caixas, folhas, 
envelopes, revistas, sobras de cartolina, cartões, jornais, etc.; 
- um recipiente (como lata de leite, vidro grande, etc) para cada tipo de papel; 
- liquidificador; 
- bacia funda; 
- peneira plástica de fundo plano (ou tela pregada em moldura de madeira), que 
caiba na bacia (com certa folga); 
24 
 
 
 
- jornais para secar os papéis e panos velhos. 
 
 
Pique os papéis, cada tipo ou cor numa vasilha com água (fig. 11). Deixe de 
molho por 24 horas (o papel pode ficar de molho por semanas, desde que esteja em 
recipientes limpos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 11: Rasgar o papel 
hhttp://lh3.ggpht.com/_YtEwMHL3S0Y/TMYg3mcWwqI/AAAAAAAABPE/En1K4CUIy_I/P1_thumb%5B1%5D.jpg?imgmax=800 
 
 
 
Coloque uma xícara deste papel umedecido no liquidificador, com água até 
3/4 (fig. 12). A própria “água do molho” pode ser aproveitada. Bata a mistura aos 
poucos e sinta com a mão até obter a textura desejada. Batendo pouco, você obterá 
uma mistura com “pedacinhos” do papel original, às vezes até com letras inteiras. 
Quanto mais você bater, mais homogênea ficará a mistura. Mas não bata demais: 
isso deixa o papel quebradiço, e não mais fino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 12: Bater a água no liquidificador 
http://lh3.ggpht.com/_YtEwMHL3S0Y/TMYg7_3VhdI/AAAAAAAABPM/mulLiNFwmDI/P2_thumb%5B1%5D.jpg?imgmax=800 
 
 
 
Despeje o papel batido na bacia com água até a metade (fig. 13). Agite a 
mistura com a mão para as partículas de papel não assentarem no fundo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 13: Despejando o papel num recipiente 
http://lh3.ggpht.com/_YtEwMHL3S0Y/TMYhAum234I/AAAAAAAABPU/GIdeq9QWEVE/P3_thumb%5B2%5D.jpg?imgmax=800 
 
26 
 
 
 
 
Mergulhe a peneira pela lateral da bacia até o fundo, subindo-a lentamente, 
sem incliná-la, “pescando” as partículas em suspensão (fig. 14). 
 Uma camada de papel se forma sobre a peneira. Se desejar um papel mais 
grosso, adicione papel batido à bacia, agite e peneire novamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 14: Preparando o papel com a peneira 
http://lh3.ggpht.com/_YtEwMHL3S0Y/TMYhBgmGWjI/AAAAAAAABPY/aEZjjGaljsw/s1600-h/P4%5B6%5D.jpg 
 
 
Passe a mão várias vezes sob a peneira inclinada para escorrer a água (fig. 
15). 
 
 
 
 
Figura 15: Escorrer a água 
http://lh3.ggpht.com/_YtEwMHL3S0Y/TMYhIEVsUCI/AAAAAAAABPs/23zU83xt8Os/P6_thumb%5B1%5D.jpg?imgmax=800 
 
27 
 
 
 
 
Coloque a peneira sobre o jornal, para secar a superfície inferior. Troque o 
jornal até que este não fique mais molhado (fig. 16). 
 
 
 
Figura 16: Processo de secagem do papel 
http://lh3.ggpht.com/_YtEwMHL3S0Y/TMYhLGyAFNI/AAAAAAAABP0/oDPIv0nLmu8/P7_thumb%5B1%5D.jpg?imgmax=800 
 
 
 
Ainda sobre o jornal, cubra a peneira com um pano e aperte como uma 
massa de torta na forma, para secar a superfície superior da folha. 
Use vários panos até que estes não fiquem mais molhados. O papel ainda estará 
úmido, mas não deverá molhar a mão no toque (fig. 17). 
 
 
 
Figura 17: Secagem do papel 
http://lh4.ggpht.com/_YtEwMHL3S0Y/TMYhOx_6i5I/AAAAAAAABP8/qspT09WiaUA/P8_thumb%5B1%5D.jpg?imgmax=800 
 
 
28 
 
 
 
Vire a peneira sobre o jornal seco e dê várias tapas no fundo. A folha deve 
soltar. Se o papel estiver muito úmido a folha não cai, neste caso desvire a peneira e 
repita a etapa 13. 
 
 
 
Figura 18: Etapa finaldo papel 
http://lh6.ggpht.com/_YtEwMHL3S0Y/TMYhRKrjEDI/AAAAAAAABQE/fh7wfRhujC0/P9_thumb%5B1%5D.jpg?imgmax=800 
 
 
Coloque a folha entre jornais secos, e deixe-a secar até o dia seguinte. 
Pronta, esta folha poderá ser escrita, cortada, dobrada, colada, pintada, enfim, 
usada como papel. 
 
As sobras de papel picado ou batido podem ser peneiradas, espremidas e 
guardadas em potes tampados para futura reciclagem, ou descartadas 
separadamente para coleta seletiva e reciclagem industrial. A água que sobra na 
bacia pode ser despejada no vaso ou no jardim. 
 
2.2 O papel como suporte de criação nas obras de arte 
 
Vários artistas desenvolveram pesquisas artísticas com materiais 
diversificados em suas criações, dentre os quais serão apresentadas algumas obras 
feitas a partir do suporte de papel. 
Otavio Roth - artista plástico brasileiro internacionalmente consagrado, com 
pioneirismo na arte em papel no Brasil e na educação da sensibilidade para este 
29 
 
 
 
material expressivo, inspira com seu demonstrado arrojo, dedicação, vanguardismo 
e espírito de grupo. Em funda 1979 a “Handmade Oficina de Papel”, primeira fábrica 
de papel artesanal no Brasil. Utiliza o papel de início como suporte, mas este vai se 
tornando cada vez mais uma linguagem em seu trabalho. (figs. 19 a 21). Ainda em 
1979, um álbum com 30 linoleogravuras suas é publicado pela editora CJS 
Graphics, em Nova York e eleito o melhor gravador do ano pela Associação Paulista 
de Críticos de Arte (APCA), criando uma xilogravura para a primeira edição do 
Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. (itaucultural, 
2012). 
Uma frase preferida por Roth resume a sua relação com o papel: Lembro-me 
do medo que tinha do papel em branco... Um dia aprendi a fazê-lo com as próprias 
mãos. Foi uma revolução. Hoje somos amigos inseparáveis. 
 
 
 
Figura 19: O sonho da grade Oculta -1992 (www.itaucultural.org.br) 
30 
 
 
 
 
Figura 20: O ovo de Georginho, 1986 (www.itaucultural.org.br) 
 
 
 
 
 
Figura 21: O som do galo, 1986 (www.itaucultural.org.br) 
 
 
31 
 
 
 
Nick Georgiou - nasceu em Nova York, em 1980. Formado pela Escola de 
Artes Tisch, da Universidade de Nova York, trabalhou como Designer de Produção e 
Diretor de Arte para filmes independentes até resolver se dedicar exclusivamente à 
escultura de papel jornal, cuidadosamente costurados à mão, que ele integra ao 
ambiente urbano, obras de arte com papel impresso e, principalmente, com coleções 
de livros e jornais, recortados e montados, formando imagens de pessoas e 
paisagens (figs. 22 a 24). 
Segundo ele, o mundo vive um momento de confusão e tumulto tanto contra 
ele próprio, o nosso planeta, como contra o ser humano que o habita. Ao mesmo 
tempo, as pessoas nunca estiveram tão ligadas umas às outras como agora, graças 
aos progressos tecnológicos. A era digital revolucionou os conceitos de espaço e 
localização. Transformou completamente o modo como nos vemos e o mundo onde 
vivemos. Cada vez mais pessoas descartam a leitura no papel para se informar ou 
se divertir em computadores e tablets. 
 
 
Figura 22: Papel Humano (www.oglobo.globo.com). 
 
32 
 
 
 
 
Figura 23: O bom papel (www.oglobo.globo.com). 
 
 
 
 
 
 
Figura 24: O Vira Lata (www.oglobo.globo.com). 
 
 
 
 
http://www.oglobo.globo.com/
33 
 
 
 
Miriam Rigout é autora de uma obra singular. Sua iniciação nas artes 
plásticas se deu em 1987, quando passou a estudar ilustração, restauro, 
conservação e pinturas especiais em cursos no Brasil e nos Estados Unidos. Mas foi 
a partir de 1996 que a paulista Miriam encontrou a linguagem que melhor servia à 
sua expressão artística: as formas escultóricas, especialmente tiras entrecruzadas e 
atadas em nós, discos côncavos e mandalas criados com papel reciclado, misturado 
e tratado (figs. 25 a 27). 
A escolha, revelada um achado estético, com incrível resultado de texturas, 
relevos, sombras, cores e formas geométricas, marca também a originalidade e a 
ousadia da artista. A técnica do papel misturado e amassado que após secar torna-
se enrijecido pode ser tão antiga quanto os carnavais medievais de Veneza, nos 
quais era usada para confeccionar as famosas máscaras. Porém, pelas mãos de 
Miriam, ganha ares de novidade. 
Mais que isso. Para ela, dar um novo fim a papéis e papelões usados, 
recolhidos em escritórios e empresas de São Paulo, faz parte da proposta de casar 
arte e meio ambiente. De mostrar a beleza possível em um mundo marcado pela 
finitude dos recursos. E ainda de imprimir às obras o ritmo próprio da natureza, com 
seus ciclos, transformações, fluidez, cores, equilíbrio e luminosidade – sem perder, é 
verdade, certa identidade urbana. 
Às obras circulares, que a tornaram conhecida, Miriam acrescenta fibras 
vegetais, como as das folhas do abacaxi, bananeira, amoreira e jerivá, palmeira 
nativa do Brasil. Seu trabalho – fruto também de pesquisa séria em pintura e 
reciclagem – tem sido tema de várias publicações especializadas, dentro e fora do 
país, e inspirado convites para participar de inúmeras exposições. 
 
Figura 25: Mergulho (http://www.miriamrigout.com.br). 
 
http://www.miriamrigout.com.br/
34 
 
 
 
 
Figura 26: Renda-se (http://www.miriamrigout.com.br). 
 
 
 
 
Figura 27: Ata-me (http://www.miriamrigout.com.br). 
 
 
 
http://www.miriamrigout.com.br/
http://www.miriamrigout.com.br/
35 
 
 
 
Capítulo 3 – Ação Educativa Ambiental em Arte: Uma oficina de Reciclagem 
 
A presente oficina de papel, papelão reciclado foi realizada com adolescente 
entre 13 a 16 anos, de uma escola da rede pública estadual situada na Zona Norte 
de São Paulo, no qual se efetivaram atividades que contemplaram o tema 
reciclagem de papel. 
 
 
3.1 Objetivo 
 
• Compreender a importância da reciclagem, possibilitar aos alunos, o 
contato sobre os problemas ambientais ocasionados pelo lixo, a fim de 
sensibilizá-los para a preservação do meio ambiente. 
• Produzir papel a partir do processo de reciclagem, criando posterior, 
um trabalho artístico como forma de expressão. 
 
 
3.1.1 Material Utilizado 
 
• Bacia 
• Peneira 
• Rolo de madeira 
• Cola 
• Papelão, papel, revistas 
• Tintas, verniz 
• Tesoura 
• Pincel 
 
 
 
36 
 
 
 
3.1.2 Explanação do Trabalho - Desenvolvendo a oficina de reciclagem de 
papel 
 
Iniciamos o projeto, com o tema Reciclagem de papel na arte, em nosso 1º 
dia na oficina de reciclagem de papel, alguns conceitos forma apresentados de 
forma teórica sobre o tema conscientizar os alunos do problema mundial que é a 
grande produção de lixo com milhares de kilos de papeis desperdiçados. 
No 2° dia realizamos atividades prática sobre o assunto e a realização da 
oficina. 
Foi planejado um diálogo sobre a oficina de reciclagem de papel como uma 
das soluções possíveis, fazendo do papel artesanal uma obra de arte utilizando 
formas, cores e varias possibilidades de pintura com tinta “guache” para contemplar 
a criatividade, a arte desenvolvimento de atitudes conscientes e olhar estético e 
crítico nos alunos (figs. 28 a 31). 
 
 
Figura 28: Diálogo: oficina de reciclagem de papel 
 
 
Figura 29: Diálogo: oficina de reciclagem de papel 
 
Figura 30: Diálogo: oficina de reciclagem de papel 
 
 
Figura 31: Diálogo: oficina de reciclagem de papel 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
 
Separar os papéis e caixas de papelão, cujo destino seria o lixo (figs. 32 a 34). 
 
Figura 32: Separar de papéis 
 
 
 
Figura 33: Separar de papéis 
 
 
 
Figura 34: Separar de papéis 
 
Adiciona cola ao papel misturado e amassado (figs. 35 a 38). 
 
 
Figura 35: Adicionar colar ao papel amassado 
 
 
Figura 36: Adicionar colar ao papel amassado 
 
 
Figura 37: Adicionar colar ao papel amassado 
 
 
Figura 38: Adicionar colar ao papel amassado 
 
Inicia o processo de moldagem e pintura a guache(figs. 39 a 43). 
 
 
Figura 39: Moldagem e pintura a guache 
 
 
Figura 40: Moldagem e pintura a guache 
 
 
Figura 41: Moldagem e pintura a guache 
 
 
 
38 
 
 
 
Figura 42: Moldagem e pintura a guache 
 
 
 
Figura 43: Moldagem e pintura a guache 
 
 
 
Um fato marcante observado durante a realização das oficinas foi a mudança 
de comportamento dos alunos com relação a reciclagem à medida que os trabalhos 
concluído. Projeto culminou com uma exposição dos trabalhos de reciclagem (figs. 
44 a 48) feitos pelos alunos. 
 
 
 
Figura 44: Exposição dos trabalhos 
 
 
 
Figura 45: Exposição dos trabalhos 
 
 
 
Figura 46: Exposição dos trabalhos 
 
 
Figura 47: Exposição dos trabalhos 
 
 
 
Figura 48: Exposição dos trabalhos 
 
 
 
 
39 
 
 
 
3.2 Reflexão da Oficina 
 
Foi dissertado sobre a importância e as vantagens da reciclagem, mostrando 
que se produzimos o nosso próprio papel para fazermos nossas obras e pinturas 
(figs. 49 a 55), seria bastante viável, evitando o destino destes papéis nos lixos, 
diminuindo o lixo e evitando mais cortes de árvores. 
Podemos, com toda certeza, afirmar, que a auto-estima de cada aluno foi 
resgatada a partir da reciclagem, no exato momento em que perceberam a 
capacidade e o potencial de cada um em criar coisas interessantes e fazer lindos 
objetos, um momento mágico em se tornaram verdadeiros artistas. Esse fato 
associa-se também à valorização humana e a transformação dos modos de relação 
dos seres humanos com o seu ambiente, princípios essenciais da Educação 
Ambiental. 
 
 
 
 
Figura 49: Obras e Pinturas 
40 
 
 
 
 
Figura 50: Obras e Pinturas 
 
 
 
 
 
Figura 51: Obras e Pinturas 
 
41 
 
 
 
 
Figura 52: Obras e Pinturas 
 
 
 
Figura 53: Obras e Pinturas 
 
 
 
 
42 
 
 
 
 
 
Figura 54: Obras e Pinturas 
 
 
 
 
Figura 55: Obras e Pinturas 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
 
Conclusão 
 
A questão da Educação ambiental, preservação da natureza, reciclagem do 
lixo, no contexto escolar, exige antes de qualquer coisa, o comprometimento de toda 
a sociedade. Não se trata de assunto isolado, mas que permeia todo o modo de vida 
de uma população, já que os problemas ambientais não só preocupam, mas atingem 
a todos, sem distinção, um tema bastante complexo, pois além de exercer uma ação 
direta no meio ambiente, relaciona-se também com a nossa política, nossa 
economia e até mesmo com os nossos padrões de comportamento humano. 
Também cabe ressaltar que a reciclagem não só do papel, mas também de 
outros materiais é importante para melhorar a qualidade de vida e a 
sustentabilidade, mas para que um resultado real seja alcançado se faz necessário 
discutir de forma mais ampla a respeito da relação entre o consumo e o modo de 
vida atual. 
Através desse trabalho, concluímos que com a realização de oficinas 
experimentais de reciclagem de papeis os alunos poderão tornar-se multiplicadores 
de uma prática ambiental racional com seu próprio julgamento e não apenas sujeitos 
dos processos de ensino-aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
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