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Periodontia
INTRODUÇÃO
O periodonto é constituído pelas estruturas que envolvem o dente, sendo dividido em duas partes:
· Periodonto de proteção: gengiva e mucosa alveolar.
· Periodonto de sustentação: ligamento periodontal, cemento radicular e osso alveolar propriamente dito.
ANATOMIA MACROSCÓPICA
A Mucosa Oral é a membrana que recobre toda a cavidade oral, e é constituída por tecido epitelial e conjuntivo. Além disso, a mucosa oral é dividida em 3 grupos de acordo com sua localização.
· Mucosa Mastigatória: gengiva e palato duro;
· Mucosa Especializada: dorso e língua;
· Mucosa Oral: reveste o restante da cavidade oral.
GENGIVA
A Gengiva é o tecido epitelial que reveste o osso alveolar, constituindo parte da mucosa oral. Sendo dividida em dois grupos:
· Gengiva Livre: É aquela que fica em contato com o dente, o circundando em relação ao final da coroa dental. O epitélio externo dessa gengiva, tem a coloração rósea, opaca e firme, além de ser queratinizado, secretando queratina para proteção, uma vez que, ela vai entrar em contato com alimentos, força mecânica e escovação. Seu limite corresponde a junção amelocementária.
· Gengiva Inserida: É localizada apical a gengiva livre. Apresenta fibras colágenas inseridas ao osso, tornando-se um tecido firme e sem mobilidade. Seu início se dá no limite coronário, quando acaba a coroa, e termina na linha do limite do muco-gengival. É maior na região dos dentes anteriores.
Junção
ameloceméntaria
ÁREA DE COL
A área de col corresponde a uma depressão em forma de vale (concavidade) que une as papilas vestibular e lingual dos dentes posteriores. Nessa área o epitélio gengival é delgado e não-queratinizado. 
ANATOMIA MICROSCÓPICA
O Epitélio gengival envolve a superfície externa da gengiva, incluindo áreas móveis e fixas, como o sulco gengival e o epitélio juncional (promove o contato entre o dente e a gengiva). Ele é dividido em três secções maiores, sendo elas:
· Epitélio oral: Trata-se de um epitélio pavimentoso estratificado queratinizado e pode ser dividido nas seguintes camadas celulares:
1. Camada Basal: situada acima da membrana basal, formado por células basais de formato colunar ou cúbicas com núcleo arredondado, com grande atividade mitótica e material genético forte (estrato germinativo.
2. Camada Espinhosa: situada acima da camada basal, possui grande quantidade de demossomos, semelhantes a espinhos. (Proteína e Energia).
3. Camada Granulosa: situada acima da camada espinhosa, formada por grânulos de queratina possui a função impermeabilidade epitelial.
4. Camada ceratinizada/córnea: situada na mucosa mastigatória, com maior grau de ceratinização. Camada superficial acima de granulosa, formada por queratinócitos.
Além das células produtoras de queratina (ceratinócitos 90%), o epitélio oral contém, ainda, os seguintes tipos de células:
· Melanócitos (pigmentação por melanina);
· Célula de langerhans (defesa);
· Células de merkel (sensorial);
· Células inflamatórias.
· Epitélio do sulco: É voltado para o dente, porém sem entrar em contato com a superfície do mesmo, é do tipo epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado. Possui duas camadas celulares, sendo a camada basal e a camada espinhosa.
· Epitélio Juncional: promove o contato da gengiva com a superfície do dente. É do tipo epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado. Possui apenas duas camadas celulares (basal e espinhosa). Alta renovação celular (6 a 7 dias). Aderido a superficie dental, em superficie dental, em superficie de esmalte no nível da junção cemento-esmalte, pela membrana basal. Na gengiva sem inflamação, as cristas epiteliais, estão presentes no epitélio oral e no epitélio do sulco, no epitélio juncional, essas estruturas estão ausentes. 
TECIDO CONJUNTIVO/LÂMINA PRÓPRIA
É o componente tecidual predominante da gengiva. Os principais constituintes do tecido conjuntivo são as fibras colágenas 60%), fibroblastos (5%) e vasos e nervos (35%). Os diferentes tipos de células do tecido conjuntivo são:
· Fibroblastos: Produção de fibras e matriz;
· Mastócitos (processo inflamatório): Produz substâncias vasoativas que regulam o fluxo sanguíneo e parte da matriz do conjuntivo
· Macrófagos: fagocitose e síntese;
· Células inflamatórias: neutrófilos , linfócitos e plasmócitos.
FIBROBLASTO
É a célula dominante do tecido conjuntivo (60%), relacionado com a produção de vários tipos de fibras e sintese da matriz do tecido conjuntivo. 
As fibras do tecido conjuntivo são produzidas pelos fibroblastos e podem ser divididas em:
· Fibras colágenas: predominante no tecido conjuntivo gengival e constituem o mais importante dos componentes do periodonto. Cementoblastos e osteoblastos são células que possuem a capacidade de produzir colágeno.
· Fibras reticulares: possuem propriedades argirófilas captar prata) e numerosas no tecido adjacente a membrana basal e tecido conjuntivo frouxo que circunda os vasos sanguíneos, desta forma, estão presentes nas interfaces epitélio-tecido conjuntivo e endotélio-tecido conjuntivo.
· Fibras oxitalâmicas: escassas na gengiva, porém numerosos no ligamento periodontal.
· Fibras elásticas: presentes no tecido conjuntivo da gengiva e do ligamento periodontal apenas em associação com os vasos sanguíneos.
MATRIZ EXTRACELULAR
Os principais constituintes da matriz extracelular do ligamento periodontal são as fibras colágenas. Elas recebem a denominação segundo a orientação e a região da raiz na qual se encontram inseridas. Sendo assim, existem as seguintes tipos de fibras:
· Fibras circulares: dispostos na gengiva livre e que circundam o dente em forma de um anel.
· Fibras dentogengivais: estão embutidas no cemento da porção supra-alveolar da raiz,de onde se projetam a partir do cemento, em forma de leque, em direção ao tecido gengival livre das superfícies vestibular, lingual e interproximal.
· Fibras dentoperiósteas: inseridas na mesma porção do cemento que as fibras dentogengivais, porém fazem trajetória no sentido apical sobre a crista óssea.
· Fibras transeptais: seguem um trajeto retilíneo sobre o septo interdentário e estão inseridas no cemento dos dentes adjacentes. Esta fibra é seccionada na técnica circunferencial de fibrotomia supra-óssea.
LIGAMENTO PERIODONTAL
É um tecido conjuntivo frouxo, altamente vascularizado e celular, que circunda as raízes dos dentes e une o cemento radicular à lamina dura ou ao osso alveolar propriamente dito. 
Sua função é permitir que as forças sejam distribuídas e absorvidas pelo osso alveolar. É responsável pela mobilidade do dente. Formação e reabsorção do cemento e osso. Nutrição (cemento, osso e gengiva). Sensorial, tátil, pressão e dor.
LARGURA : + ou -
0,2 a 0,4 mm
FIBRAS PERIODONTAIS
O Dente é unido ao osso por feixes de fibras colágenas que podem ser divididades em:
· Fibras da crista alveolar: previne extrusão e resiste a movimentos laterais.
· Fibras Horizontais: resiste a laterização.
· Fibras Oblíquas: resiste à intrusão. Recebem e transmitem as forças mastigatórias.
· Fibras Apicais: resiste a intrusão e protege o feixe.
· Fibras interarticulares
As fibras são produzidas por cementoblastos (encontram-se paralelas ao longo do eixo da raiz) e tem como função revestir a superfície do cemento.
FIBRAS DE SHARPEY
As porções terminais das principais fibras do ligamento periodontal, são as Fibras de Sharpey que se insere no osso e no cemento. 
CEMENTO RADICULAR
É um tecido mineralizado especializado que recobre as superfícies radiculares. Possui muitas características em comum com o tecido ósseo, entretanto, não possui vasos e nervos, não sofre remodelação e reabsorção fisiológica e possui uma formação contínua ao longo da vida.
O cemento é composto por fibras colágenas embutidas em uma matriz orgânica e possui uma matriz mineral (hidroxiapatita 65%). Além disso, o cemento se insere as fibras do ligamento periodontal ao dente e contribui na reparação à danos a raiz.
Tipos de cemento:
· Cemento acelular de fibras extrínsecas: porção coronária e media da raiz -insere fibras de sharpey. Conecta o dente ao osso alveolar propriamente dito.
· Cemento celular estratificado misto: terço apical das raízes - formado após demanda funcional. Contém tanto fibras extrínsecas quanto intrínsecas, assim como cementócitos.
· Cemento celular de fibras intrínsecas: encontrado nas lacunas de reabsorção, possuindo células (cementócitos).
PROCESSO ALVEOLAR
É a porção da maxila e mandíbula que forma e sustenta os alvéolos dentários. Se desenvolve junto com os dentes com função de sustentação dentária, da suporte das pressões oclusais durante o contato,
mastigação e fonética . distribui e absorve forças.
O processo alveolar consiste em osso, o qual é formado pelas células do folículo dentário (osso alveolar propriamente dito) como por células que não estão envolvidas no desenvolvimento dentário.
OSSO ALVEOLAR
O osso alveolar corresponde ao tecido ósseo cortical ou compacto que delimita a superfície do alvéolo dental.
Em conjunto com o cemento radicular e o ligamento periodontal, o osso alveolar constitui o aparelho de inserção dos dentes, cuja principal função é distribuir e absorver as forças geradas, por exemplo, pela mastigação e por outros contatos dentários.
60% hidroxiapatita
· Paredes Alveolares: osso compacto/cortical,ou lâmina dura. (é uma modificação do osso compacto contendo fibras perfurantes proveniente do ligamento periodontal), cujos feixes de fibras colágenas do ligamento periodontal estão inseridos. Como esse osso é mais compacto, radiograficamente, aparece com um aspecto mais radiográfico. Pode ser chamado também de placa cribiforme.
Osso Alveolar
· Osso esponjoso: A porção do processo alveolar localizada entre a lâmina dura e as corticais externas (vestibular e lingual) é chamada de osso esponjoso/trabecular, pelo fato de conter trabéculas ósseas. Ocupa a maior parte dos septos interdentais e uma pequena porção das corticais externas.c (sofrem constante remodelação – inclinação e mudanças nas forças).
· Osso alveolar propriamente dito: A superfície interna da parede óssea que reveste o alvéolo dentário (osso compacto/cortical ou lâmina dura) passa a se chamar osso alveolar propriamente dito quando recebe inserção dos feixes de fibras colágenas do ligamento periodontal. O osso alveolar propriamente dito tem alta taxa de renovação, é perfurado por numerosos canais de Volkmann, através dos quais vasos sanguíneos, linfáticos e fibras nervosas passam do processo alveolar para o ligamento periodontal. Essa camada óssea na qual estão inseridos os feixes de fibras (fibras de Sharpey) é chamada de “osso fasciculado” tem muitas características em comum com a camada de cemento das superfícies radiculares.
O osso alveolar é um tecido de origem mesenquimal e não é considerado como parte genuína do aparelho de inserção. O osso alveolar propriamente dito, por outro lado, junto com o ligamento periodontal e o cemento, é responsável pela inserção do dente na estrutura óssea.
O osso alveolar e o osso alveolar propriamente dito podem sofrer modificações adaptativas em consequência de demandas funcionais.
As paredes dos alvéolos são perfuradas com numerosos e pequenos canais (canais de Volkmann), de modo a permitir a passagem de vasos sanguíneos, vasos linfáticos e fibras nervosas do osso esponjoso/trabecular para o ligamento periodontal. Porém, o canal central, que contém principalmente os vasos sanguíneos, é chamado de canal de Havers. Os vasos sanguíneos nos canais de Havers são ligados entre si por anastomoses que correm pelos canais de Volkmann.
SUPRIMENTO SANGUÍNEO
O osso alveolar é nutrido pelos canais de harvers ( que fica no osso lamelar) , e que se conectam com os canais de volkmann.
REMODELAÇÃO
A reabsorção do osso está sempre associada com os osteoclastos. Estas células são células gigantes especializadas na destruição da matriz mineralizada (osso, dentina, cemento) e são formadas pelos monócitos do sangue.
A reabsorção ocorre pela liberação de substâncias ácidas (ácido lático, etc), o que forma um ambiente ácido no qual os sais minerais do tecido ósseo são dissolvidos. As substâncias orgânicas remanescentes são eliminadas por enzimas e fagocitose osteoclástica. Os osteoclastos em reabsorção ativa aderem-se à superfície óssea e produzem lacunas de Howship. Tanto o osso cortical quanto o esponjoso sofrem constante remodelação (reabsorção seguida de formação) em resposta à inclinação dos dentes e às mudanças nas forças funcionais que agem sobre os dentes.
A remodelação do osso trabecular inicia-se com a reabsorção da superfície óssea pelos osteoclastos. Após um curto período, os osteoblastos começam a depositar novo osso e finalmente uma unidade óssea multicelular é formada. 
· os osteoclastos reabsorvem tanto substâncias inorgânicas quanto orgânicas.
A artéria dentária, que é um ramo da artéria dentária alveolar superior ou inferior, emite a artéria intra-septal antes de penetrar no alvéolo. Os ramos terminais da artéria intra-septal (ramos perfurantes) penetram no osso alveolar propriamente dito pelos canais em todos os níveis do alvéolo. No espaço do ligamento periodontal, eles se anastomosam com os vasos sanguíneos originários da porção apical do ligamento periodontal e com os demais ramos terminais da artéria intraseptal. Antes de penetrar no canal radicular, a artéria dentária fornece ramos que suprem a porção apical do ligamento periodontal. A gengiva recebe seu suprimento sanguíneo principalmente através dos vasos sanguíneos supraperiosteais, que são ramos da artéria sublingual, da artéria mentoniana, da artéria bucal, da artéria facial, da artéria palatina maior, da artéria infra-orbitária e da artéria dentária superior posterior.
SISTEMA LINFÁTICO
A linfa é absorvida do fluido tecidual através das paredes delgadas dos capilares linfáticos. Destes, é passada para os vasos linfáticos maiores que frequentemente, ficam próximos aos vasos sanguíneos correspondentes. Antes de a linfa retornar à corrente sanguínea, passa por um ou mais nódulos linfáticos, nos quais é filtrada e suprida de linfócitos. Toda linfa dos tecidos periodontais é drenada para os nódulos linfáticos da cabeça e do pescoço. Os linfonodos submandibulares drenam os tecidos periodontais, com exceção das seguintes regiões: 
· A linfa da gengiva vestibular e lingual da região de incisivos inferiores é drenada para os nódulos linfáticos submentonianos. 
· A linfa da gengiva palatina da maxila é drenada pelos nódulos linfáticos cervicais profundos. 
· A linfa dos tecidos periodontais dos terceiros molares é drenada pelos linfonodos jugulodigástricos.
· Nódulos Linf. Submentonianos: Incisivos Inferiores (Vestibular/lingual)
· Nódulos Linf. Tonsillar /Júgulodigástrico: Terceiros Molares
· Nódulos Linf. Cervicais Profundos: Palato/Maxila
· Nódulos Linf. Submandibulares: Vestibular Maxila Pré-Molares Inferiores (Vestibular/lingual)
INERVAÇÃO DO PERIODONTO
Todas as ramificações nervosas que suprem o periodonto são ramificações do nervo trigêmeo e seguem um curso que se assemelha ao dos vasos sanguíneos. O periodonto contém mecanoreceptores que registram dor, toque, pressão e temperatura. Além disso, o ligamento periodontal contém ainda proprioceptores que fornecem informações relativas aos movimentos e posições do dente (sensibilidade profunda), muito importantes para a regulação de forças da mastigação. Os ligamentos periodontais da mandíbula são supridos pelo nervo alveolar inferior, enquanto os da maxila, pelas ramificações dos nervos superiores anterior, médio e posterior. A gengiva maxilar também é suprida pelas ramificações destes últimos nervos – nervos superiores anterior, médio e posterior (molares vestibulares) – e pelos nervos infra-orbital (incisivos, caninos e pré-molares vestibulares), palatino maior e nasopalatino. A gengiva mandibular vestibular é suprida pelos nervos mentoniano (incisivos e caninos) e bucal (molares). As áreas de invervação destes dois nervos frequentemente se superpõem na região de pré-molares. Por outro lado, a gengiva lingualinferior é inervada pelo nervo palatino maior e a área de incisivos é inervada pelo nervo pterigopalatino.

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