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➢ Conteúdo: 
 
✓ Princípios da atividade 
empresarial; 
✓ Teoria geral do Direito de 
Empresa e Empresa Individual; 
✓ Sociedades personificadas e 
não personificadas; 
✓ Sociedade simples; 
✓ Sociedade em nome coletivo; 
✓ Sociedade em comandita 
simples; 
✓ Sociedade limitada; 
✓ Cooperativismo; 
 
➢ Direito Empresarial 
Esquematizado – Tarcisio 
Teixeira 
Direito Empresarial refere-se a todo 
exercício profissional de atividade 
econômica organizada para 
produção ou circulação de bens 
ou serviços, exceto intelectual. 
Direito Comercial referia-se apenas 
aos comerciantes e algumas outras 
atividades, menos amplo. Surgiu 
pelas necessidades dos 
comerciantes não atendidas pelo 
Direito Civil. Verçosa aponta isso 
com o desenho de dois círculos 
concêntricos, o Direito Empresarial 
maior que o Comercial. 
➢ Origem e Evolução 
O desenvolvimento do conceito 
de propriedade individual foi 
fundamental para as relações 
comerciais, em sua fase inicial 
consistia no comércio de troca 
(GOLDSCHIMIDT). 
Depois surgiu a mercadoria 
intermediária, comércio de 
 
 
compra. Apenas com a venda 
por atacado é que a atividade 
passou a ser tida como 
profissional. 
Império Romano sem 
regramento específico, 
submetido ao direito privado 
comum (Direito Civil). 
Direito Canônico não deixou 
incorporar algumas práticas 
comerciais, como juros. 
Direito Comercial pode ser 
dividido em 3 fases: 1ª dos usos e 
costumes (fase subjetiva, 
Antiguidade a 1807), 2ª da teoria 
dos atos de comércio (fase 
objetiva, 1807-1942) e 3ª da 
teoria da empresa (fase 
subjetiva moderna, a partir de 
1942). 
Teoria dos atos de comércio 
(Direito Comercial francês, 1807) 
adotado pelo Brasil em 1850, 
com o objetivo de estabelecer 
regras quanto as compras e 
revendas. Para ser comerciante 
precisava ser habitual e 
profissionalmente (mercancia). 
Teoria da empresa (Itália, 1942), 
alcança qualquer atividade 
econômica organizada para a 
produção ou para a circulação 
de bens ou de serviços, exceto 
intelectuais. 
Considerado empresário, “quem 
exerce profissionalmente 
atividade econômica 
organizada para a produção ou 
 
Direito Empresarial 
 
a circulação de bens ou de 
serviços”. 
➢ Desenvolvimento no Brasil 
Brasil-colônia, relações jurídicas 
reguladas pelas Ordenações 
Portuguesas, com influência do 
Direito Canônico e Romano. 
1822, influência francesa, 
espanhola e portuguesa. 
O código de 1850 adotava a 
teoria dos atos de comércio. 
Código Civil de 2002, revogou-se 
a primeira parte do Código de 
1850, passando a ser regulado 
pelo Código Civil. 
Código Civil de 2002 passou a 
reger tanto as obrigações civis 
quanto empresariais. Apesar do 
caos na época, entende-se que 
o D.E é mais dinâmico em suas 
relações e normas, enquanto o 
D.C é estável e conservador nas 
relações. 
➢ Direito Empresarial 
O objeto do Direito Empresarial é 
regular as relações entre 
empresários e dispor sobre as regras 
das sociedades empresariais. 
O Direito Civil estabelece conceitos 
necessários do Direito Empresarial, 
como pessoa natural e jurídica, 
bens, obrigações, contratos em 
geral, propriedade etc. 
O comércio é a atividade com fins 
lucrativos relevantes para o 
movimento de mercadorias, cada 
elemento referente ao comércio é 
denominado matéria de comércio. 
Atividade negocial é toda 
atividade que tenha a finalidade 
de lucro. 
E-commerce é o comércio 
eletrônico. 
Fontes: primárias (leis) e secundárias 
(costumes). 
Usos e costumes empresariais são 
“práticas continuadas” de agentes 
econômicos que são aceitas pelos 
empresários como regras 
positivadas e obrigatórias, vigoram 
quando a lei (empresarial e civil) 
não possui normas expressas para 
regular o assunto. Ex.: boleto 
bancário. 
Legislação brasileira, os usos e 
costumes devem estar assentados 
no Registro Público de Empresar 
Mercantis e atividades afins, Lei n. 
9.934/94, art. 8º, inc. VI., Decreto n. 
1.800/96 que regulamenta a Lei n. 
8.934/94. 
➢ Empresário 
Empresário é aquele que exerce 
profissionalmente atividade 
econômica organizada para a 
produção ou a circulação de bens 
ou de serviços, art. 966, CC – 
influência do Código italiano de 
1942. 
“É empreendedor quem exerce 
profissionalmente uma atividade 
econômica organizada para o fim 
da produção ou da troca de bens 
ou de serviços”. 
Atividade é o conjunto de atos 
para alcançar um fim comum, 
também chamado de empresa. 
Atos jurídicos são aqueles que têm 
efeito na esfera do Direito. 
Atos materiais são aqueles que não 
geram efeitos jurídicos. 
Econômica gera riqueza por meio 
da produção. 
Fatores de produção: natureza 
(matéria-prima), capital, trabalho e 
tecnologia. 
Profissionalidade pressupõe 
habitualidade, pessoalidade e 
especialidade. 
Produção ou circulação de bens ou 
de serviços: produzir bens 
(fabricar/industrializar mercadorias, 
acrescentar valor pelo processo de 
transformação), produzir serviços 
(prestar serviços, como bancos, 
exceto), circular bens (revenda) e 
serviços (realizar a intermediação 
entre cliente e fornecedor). 
➢ Perfil de empresa: 
Objetivo: empresa como 
patrimônio, destinado ao exercício 
da empresa. Art. 1.142, CC. 
Subjetivo: empresa como sujeito de 
direitos. 
Corporativo: empresa como 
instituição, conjunto de pessoas em 
razão de um objetivo comum. 
Funcional (dinâmico): empresa 
como atividade empresarial, 
organização produtiva a partir da 
coordenação pelo empresário 
pelos fatores de produção. 
 
➢ Direito Societário 
Não cabe nas relações societárias 
o Código de Defesa do 
Consumidor, pois não é relação de 
consumo. Aplicável o CC e leis 
especiais. 
Sociedade é um ente que tem 
natureza contratual. Surge com o 
registro de seu contrato social no 
órgão competente. 
Pessoa física (natural). 
Pessoa jurídica é a entidade 
legalizada, como unidade orgânica 
e estável de pessoas para fins de 
natureza pública ou privada. Ex.: 
União, autarquias, ONU etc. (direito 
público) e associações, partidos 
políticos, empresas individuais de 
responsabilidade limitada, 
sociedades (direito privado). 
A extinção ocorre com a 
averbação da dissolução e 
respectiva liquidação da 
sociedade. 
Desconsiderada (suspende 
temporariamente a personalidade 
jurídica aos efeitos de separação e 
limitação patrimonial) quando não 
cumpre com o objetivo, não é o 
mesmo que anulação (deixar de 
existir). 
Abuso da personalidade jurídica se 
configura como desvio de 
finalidade, ou seja, a utilização da 
sociedade de forma abusiva, por 
meio de atitudes fraudulentas e 
ilícitas. 
Sociedade anônima é a primeira 
sociedade regular, com 
personalidade jurídica, destinada a 
empreendimentos de vulto, venda 
de títulos – ações – séc. XVIII, 
Inglaterra, contexto de R. industrial. 
A limitação da responsabilidade 
dos investidores era o 
correspondente ao valor das ações. 
Sociedade limitada – séc. XIX, 
Alemanha – empreendimentos 
menores, como padaria etc. Surgiu 
pela necessidade dos comerciantes 
individuais de limitar a 
responsabilidades e separação 
patrimonial pelo desenvolvimento 
das atividades. 
➢ Classificação: 
Refere-se a responsabilidade dos 
sócios. 
Limitada quando a 
responsabilidade dos sócios possui 
limites patrimoniais vinculados ao 
valor das ações. Mistura de 
sociedade capital e sociedade de 
pessoa, antes do CC de 2002 era 
regulada pelo Decreto n. 
3.708/1919, limitação vinculada as 
ações. 
Ilimitada, os sócios respondem com 
seus bens pessoais, sem limites pelas 
obrigações assumidas pela 
sociedade, como ocorre na 
sociedade em nome coletivo. 
Mista, há tanto sócios com 
responsabilidade limitada quanto 
com ilimitada, tal como, comandita 
simples ou comandita por ações. 
Personificada é aquela que detém 
personalidade jurídica própria,apta 
para adquirir direitos e obrigações 
por ter contrato social registrado no 
órgão próprio. 
Não Personificada sem 
personalidade jurídica, porque não 
foi registrada no registro 
competente, tem todas as 
obrigações da personificada, mas 
sem os direitos desta. 
- Subdivide-se em sociedade de 
fato (sem contrato escrito, apenas 
acordo verbal entre os sócios) e 
sociedade irregular (tem contrato 
assinado, mas não foi levado em 
órgão competente). 
Sociedade simples não é 
empresária, se refere às atividades 
intelectuais. Art. 966, CC. 
Empresária é aquela na qual o 
objeto social é a exploração de 
qualquer atividade econômica. 
Nome coletivo coletivamente todos 
os sócios respondem pelas dívidas 
da sociedade de forma ilimitada, 
pertence a sociedade 
personificada. Composta 
exclusivamente por pessoas físicas, 
pressupõe afinidade entre os sócios, 
sociedade de pessoas. Respondem 
de forma solidária e ilimitada, 
podem delimitar as 
responsabilidades entre si. Art. 997, 
CC. 
Comandita simples é aquela em os 
há sócios com responsabilidade 
limitada e ilimitada, possui 
personalidade jurídica, mistura de 
responsabilidades. Está em desuso. 
Há o comandito (responsabilidade 
solidária e ilimitada – p. física), pode 
ser o administrador, entra com 
capital e trabalho, respondem 
ilimitadamente aos terceiros e 
comanditários (responsabilidade 
limitada ao valor das ações e 
podem ser físicas ou jurídicas), 
respondem pela integralização das 
ações. Art. 1045, CC. 
Cooperativismo, colaboração entre 
sócios. Regida pela Lei n. 5.764/71. 
Nº mínimo é 20 para a formação. 
Art. 3º prevê que quem celebra 
o contrato deve contribuir com 
bens ou serviços 
reciprocamente, sem objetivo 
de lucro (apenas para auferir 
renda). Sociedade simples. 
 
Personificada 
Sociedade 
Não personificada 
Simples 
Empresária 
Empresária 
Empresária 
 Comum 
Conta de 
participação 
Nome C. 
Empresá
ria 
 
Limitada 
Empres
ária 
Empres
ária 
 
Comandita S. 
Empresária 
 Nome C. 
Empresá
ria 
 
Limitada 
Empres
ária 
Empres
ária 
 
Comandita S. 
Empresária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Dissoluções: 
Término ou extinção de uma 
sociedade requer o procedimento 
que consiste em dissolvê-la e depois 
liquidar. 
A dissolução pode ser parcial 
(penhora de credor pessoal do 
sócio, liquidação transformará as 
quotas objeto da penhora em 
dinheiro) ou total (encerrar a 
existência da sociedade, pela 
vontade das partes ou obrigação 
por contrato, lei ou determinação 
judicial) 
Liquidação no caso da dissolução 
total é para vender o ativo, pagar o 
passivo e dividir o saldo restante 
entre os sócios, ainda permanece a 
personalidade jurídica. O liquidante 
pode ser sócio ou pessoa estranha 
ao societário, administrador da 
sociedade ou não, quando não for 
administrador é necessário acervar 
sua nomeação no registro 
competente. CC, art. 1.102. 
Extinção é o término da existência 
da sociedade, perda de 
personalidade jurídica, por 
averbação no registro competente. 
 
➢ Resolução 
Resolução no sentido de rescisão, 
no caso de morte, pode chamar 
também de exclusão do sócio. 
Morte ocorre a liquidação das 
quotas e o dinheiro entregue aos 
herdeiros na proporção das ações. 
CC, 1028, caput. 
Direito de Retirada em relação a 
um sócio (CC. Art. 1029), ninguém 
será obrigado a contratar, nem 
permanecer contratado. 
O sócio pode se retirar com 
notificação prévia de no mínimo 60 
dias, se for por prazo determinado 
somente por ordem judicial nos 
casos de justa causa. 
Nos primeiros 30 dias, a partir da 
notificação, os sócios podem optar 
pela dissolução da sociedade, 
principalmente nos casos em que o 
sócio que está saindo é o principal 
membro da sociedade em termos 
de capacidade negocial ou 
intelectual ou pela fama. As ações 
do retirante serão liquidadas, s/ 
ingresso de novo sócio. 
Falta grave, sócio excluído por 
descumprimento de suas 
obrigações, como desvio de 
recursos do caixa da sociedade. 
Incapacidade superveniente 
quando o sócio se tornar incapaz 
em decorrência de problemas de 
saúde, após ingressar na 
sociedade. 
Falência no caso do sócio que tiver 
a qualificação de empresário 
individual ou de titular de empresa 
individual de responsabilidade 
limitada, decisão judicial. CC, art. 
1030. 
Cooperativa 
Empresári
a 
 
Sócio devedor, suas quotas 
executadas e liquidadas pelo não 
pagamento de débitos pessoais. 
CC, 1.030. 
Dissolução irregular é o 
encerramento da atividade sem a 
devida liquidação e extinção, 
implica na responsabilidade dos 
sócios e administradores pelas 
dívidas da sociedade com a 
desconsideração da personalidade 
jurídica. 
➢ Expressões: 
Sócio: participa da sociedade – 
parte das quotas ou ações. 
Dividendo: lucro dividido entre os 
sócios. 
Lucro: remuneração/retorno obtido 
pelo capital. 
Prejuízo: perda de capital investido 
pelo insucesso do negócio. 
Pro labore: remuneração do 
administrador/sócio que trabalha 
na empresa. 
Direito de retirada: sócio tem de sair 
do quadro societário. 
Cessão de quotas: alienação das 
quotas sociedades, ato de transferir 
(venda ou doação). 
➢ Princípios 
Livre-iniciativa é a liberdade de 
exercício de atividade econômica 
lícita, os agentes econômicos agem 
sem a intervenção estatal. 
Chamado também, economia de 
mercado ou neoliberalismo. Maior 
parte da atividade econômica 
provém da iniciativa privada. 
Anotação aula: 
A liberdade de iniciativa envolve 
a liberdade de indústria e comércio 
ou liberdade de empresa e a 
liberdade de contrato. Art. 170, 
assegura a todos o livre exercício 
de qualquer atividade econômica, 
independente de autorização de 
órgãos públicos, salvo casos 
previstos em lei. (SILVA, José 
Afonso. 2007, p. 793) 
 
Dignidade da pessoa humana é 
adotada pelo texto constitucional 
concomitantemente com o 
fundamento da República 
Federativa do Brasil (art. 1º, III) e 
com o fim da ordem econômica 
(mundo do ser) (art. 170, caput - "a 
ordem Econômica... tem por fim 
assegurar a todos 
existência digna"). Embora assuma 
concreção como direito individual, 
a dignidade da pessoa 
humana, enquanto princípio, 
constitui, ao lado do direito à vida, 
o núcleo essencial dos direitos 
humanos. (EROS GRAU, A ordem 
econômica na Constituição de 
1988. 2008, p. 196). 
 
A liberdade de iniciativa 
econômica privada, num contexto 
de uma Constituição 
preocupada com a realização da 
justiça social (o fim condiciona os 
meios), não pode significar 
mais do que liberdade de 
desenvolvimento da empresa no 
quadro estabelecido pelo poder 
público, e, portanto, possibilidade 
de gozar das facilidades e 
necessidade de submeter-se às 
limitações postas pelo mesmo. É 
legítima, enquanto exercida no 
interesse da justiça social. 
Será ilegítima, quando exercida 
com objetivo de puro lucro e 
realização pessoal do 
empresário. (SILVA, José Afonso. 
Curso de Direito Constitucional 
Positivo. 2007, p. 794). 
 
 
Princípio da Valorização do 
Trabalho humano. A Constituição 
declara que a ordem econômica é 
fundada na valorização do trabalho 
humano 
e na iniciativa privada. Que 
significa isso? Em primeiro lugar 
quer dizer precisamente que a 
Constituição consagra uma 
economia de mercado, de natureza 
capitalista, pois a iniciativa 
privada é um princípio básico da 
ordem capitalista. Em segundo 
lugar significa que, embora 
capitalista, a ordem econômica dá 
prioridade aos valores do trabalho 
humano sobre todos os 
demais valores da economia de 
mercado. Conquanto se trate duma 
declaração de princípio, 
essa prioridade tem o sentido de 
orientar a intervenção do Estado na 
economia a afim de fazer 
valer os valores sociais do trabalho 
que, ao lado da iniciativa privada, 
constituem o 
fundamento não só da ordem 
econômica,mas da própria 
República Federativa do Brasil 
(art.1º,IV). SILVA, José Afonso. 
Curso de Direito Constitucional 
Positivo, 2007, p.788; 
 
Princípio da Livre Concorrência, 
art. 170, IV. Visam tutelar o 
sistema de mercado e, 
especialmente, proteger a livre 
concorrência, contra a 
tendência açambarcadora da 
concentração capitalista. A 
Constituição reconhece a existência 
do poder econômico. Este não é, 
pois, condenado pelo regime 
constitucional. Não raro esse 
poder econômico é exercido de 
maneira anti-social. Cabe, então, ao 
Estado intervir para coibir 
o abuso. (p. 795) SILVA Mad 
Credito Constitucional Positive. 28 
edições, revista e atualizada até 
a Emenda. 
 
Princípio de defesa do 
consumidor, art. 170, V. A 
definição legal de consumidor 
encontra-se prevista no artigo 2º, 
caput, da lei 8.078/1990: 
"Consumidor é toda pessoa física 
ou jurídica que adquire ou utiliza 
produto ou serviço como 
destinatário final". 
 
Princípio de defesa do meio 
ambiente, art. 170, VI, o 
desenvolvimento sustentável 
procura satisfazer as necessidades 
da geração atual, sem 
comprometer a capacidade das 
gerações futuras de satisfazerem as 
suas próprias 
necessidades, significa possibilitar 
que as pessoas, agora e no futuro, 
atinjam um nível 
satisfatório de desenvolvimento 
social e econômico e de realização 
humana e cultural, 
fazendo, ao mesmo tempo, um uso 
razoável dos recursos da terra e 
preservando as espécies e 
os habitats naturais. 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL. In Wikipédia, a 
enciclopédia livre. 
Flórida: Wikimedia 2009. 
Disponivel Acesso em 10 fev 2009. 
 
Princípio da redução das 
desigualdades regionais e sociais, 
art. 170, VII. 
A redução das desigualdades 
regionais e sociais é, também, um 
dos objetivos fundamentais da 
República Federativa do Brasil (art. 
3º, III) e, já vimos, por um lado, 
que os direitos sociais e os 
mecanismos da seguridade social 
são preordenados no sentido de 
buscar um sistema que 
propicie maior igualização das 
condições sociais, e, por outro lado, 
consignamos, alhures, a 
preocupação constitucional com a 
solução das desigualdades 
regionais, prevendo mecanismos 
tributários (Fundo Especial) e 
orçamentários para tanto 
(regionalização, arts. 43 e 165, 
§19). 
(p. 796). SILVA, José Ameda 
Curso de Direito Constitucional 
Positive, 28 edição, revista a 
atualizada até a Emenda Cool5, de 
19/12/2006, São Paulo: Malheiros, 
2007. 
 
Princípio do Pleno emprego 
Pleno emprego é expressão 
abrangente da utilização, ao 
máximo grau, de todos os recursos 
produtivos. Mas aparece, no art. 
170, VIII, especialmente no sentido 
de propiciar trabalho a 
todos quantos estejam em 
condições de exercer uma atividade 
produtiva. Trata-se do pleno 
emprego da força de trabalho 
capaz. Ele se harmoniza, assim, 
com a regra de que a ordem 
econômica se funda na valorização 
do trabalho humano. Isso impede 
que o princípio seja 
considerado apenas como mera 
busca quantitativa, em que a 
economia absorva a força de 
trabalho disponível, como consumo 
absorve mercadorias. Quer-se que o 
trabalho seja a base 
do sistema econômico, receba o 
tratamento de principal fator de 
produção e participe do 
produto da riqueza e da renda em 
proporção de sua posição na ordem 
econômica. (p. 797). 
SILVA José Afonso da. Curso de 
Direito Constitucional Positivo. 28° 
edição, revista e atualizada 
até a Emenda Constitucional n. 53, 
de 19/12/2006. São Paulo: 
Malheiros, 2007. 
 
Princípio do tratamento 
diferenciado para as 
microempresas e empresas de 
pequeno porte – art. 179, IX 
O microempresário e o empresário 
de pequeno porte, por sua vez, têm 
constitucionalmente 
assegurado o direito a tratamento 
jurídico diferenciado, com o 
objetivo de estimular-lhes o 
crescimento com a simplificação, 
redução ou eliminação de 
obrigações administrativas, 
tributárias, previdenciárias e 
creditícias (CF, art.179). (p.76). 
COELHO, Fábio Ulhoa, Curso de 
Direito Comercial, volume 1: 
Direito de Empresa. 13. ed. Sal va, 
2009. 
 
Princípio da propriedade privada 
e da função social da propriedade 
- ARTS. 59, XXII e XXIII; 170, II 
e III 
A propriedade sempre foi 
justificada como modo de proteger 
o indivíduo e sua família contra 
as necessidades materiais, ou seja, 
como forma de prover à sua 
subsistência. Acontece que na 
civilização contemporânea, a 
propriedade privada deixa de ser o 
único, senão o melhor meio 
de garantia da subsistência 
individual ou familiar. Em seu 
lugar aparecem, sempre mais, a 
garantia de emprego e salário justo 
e as prestações sociais devidas ou 
garantidas pelo Estado, 
como a prevalência contra os riscos 
sociais, a educação e a formação 
profissional, a habitação, 
o transporte, e o lazer. (p. 235/236). 
GRAU, Eros Roberto. A ordem 
econômica na Constituição 
de 1988 139 alizada. São Paulo: 
Malheiros Editores, 2008. 
 
➢ Empresa Individual 
 
O Empresário Individual (EI) pode 
ser entendido como um regime 
empresarial constituído por uma 
única pessoa. Sendo assim, não há 
a presença de nenhuma outra 
pessoa física nem jurídica. Contudo, 
o empresário deve ficar atento e 
descobrir se preenche os requisitos 
mínimos para se inscrever nesse 
regime. 
O empresário responde com seu 
patrimônio pessoal pelas 
obrigações contraídas por sua 
empresa. Em outras palavras, a 
responsabilidade do empresário é 
sempre ilimitada, a lei proíbe que 
atividades regulamentadas sejam 
realizadas por meio do Empresário 
Individual, bem como servidores 
públicos. Entre elas estão 
advocacia, engenharia e 
arquitetura. 
 
➢ Direito de Empresa - Alfredo 
de Assis Gonçalves Neto 
Direito brasileiro: havia uma 
corrente voltada para a doutrina e 
legislação comparada, direito 
comercial para regular empresas e 
atividades por ela desenvolvidas. É 
lege ferenda1. 
Direito comercial surgiu com os 
comerciantes da Idade Média. 
A mercantilização do direito refere-
se a matéria anteriormente 
exclusiva do direito comercial 
passando a ser de direito comum. 
Essa influência do direito 
empresarial sobre o civil (LYON-
CAEN) é um fenômeno constante e 
universal, uma vez que é uma lei de 
evolução natural – quando duas 
 
1 Normas em processo de elaboração ou 
aprovação. 
legislações coexistem, a menos 
formalista tende a se estender e 
tornar a legislação única e comum. 
Destaca-se três fenômenos do 
Direito Empresarial: ampliação do 
seu campo, generalização de suas 
normas e generalização – perda de 
caráter especial. 
Em 2002, o Código Civil passou a ter 
uma seção especial que regulou o 
direito empresarial. 
➢ Direito Empresarial 
Começa na Idade Média. 3 fases: 
antiguidade (origem), subjetiva e 
objetiva. Atualmente, acrescentou-
se mais uma fase, Subjetiva 
Moderna – atual estágio do direito 
comercial. 
Outra forma de formação histórica: 
corporativismo (séc. XII a XVI), 
período da formação dos Estados 
nacionais (final do séc. XVI), 
inaugurada pela R.F (final séc. XVIII) 
e a última a partir da 1ª Guerra 
Mundial – intervencionismo estatal. 
Devido a Carta Política de 1988 e 
desenvolvimento da chamada 
teoria material da Constituição 
culminou-se na 
constitucionalização de princípios, 
não mais relegados a preencher 
lacunas da legislação 
infraconstitucional, mas como 
regras condutoras da aplicação e 
alcance das disposições 
constitucionais – concepção Estado 
principialista, Paulo Bonavides. 
A Lei Fundamental destaca dentre 
os fundamentos: livre iniciativa (art. 
1º, IV), liberdade de trabalho, ofício 
e profissão (art. 5º, XXXII). Ao regular 
a atividade econômica garante a 
propriedade privada dos meios de 
produção, livre concorrência, 
defesa do meio ambiente e busca 
do pleno emprego (art. 170 e 
incisos), construção da sociedade 
justa (art. 3º, I). Princípio 
constitucionalimplícito da 
preservação da empresa. 
Código Civil (2002) destaca 
empresário como aquele que 
exerce atividade econômica de 
forma organizada, para a 
produção ou a circulação de bens 
ou de serviços, exceto atividade 
intelectual (art. 966). 
Matéria de comércio é toda aquele 
que se contém no desenrolar da 
atuação profissional do empresário 
ou agente econômico. 
A atividade intelectual é pré-
excluído do direito comercial por 
não comportar, atuação 
organizada ou padronizada (CC, 
art. 966). 
Critérios de classificação do 
empresário, destinatário de suas 
normas: qualitativo (natureza da 
atividade e modo e exercício) e 
quantitativo (atuação em massa). 
Sociedade simples não se subordina 
à disciplina do direito de empresa, 
mesmo que este regule os diversos 
tipos de sociedades empresárias e 
as normas especiais. 
Quem não é empresário é aquele 
que exerce profissão intelectual, de 
natureza científica, literária ou 
artística, ainda com concurso de 
auxiliares ou colaboradores. 
Podendo ser considerada como 
atividade empresarial quando o 
titular organize o trabalho de 
terceiros, numa clara organização 
dos meios de produção – 
empresarialidade. 
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