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Gestão e Manejo de Recursos Naturais

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Página inicial 
ECOLOGIA E 
SUSTENTABILIDADE 
Professor : 
Me. Lucas Henrique Xavier 
Objetivos de aprendizagem 
• Compreender a Biologia da conservação e a diferença entre conservação e preservação. 
• Contextualizar o manejo e conservação de recursos naturais. 
• Compreender a sustentabilidade, recursos naturais e serviços ambientais. 
• Contextualizar o desenvolvimento sustentável. 
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Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Biologia da Conservação 
• Manejo dos Recursos Naturais 
• Sustentabilidade 
• Desenvolvimento Sustentável 
Introdução 
A biologia da conservação é uma ciência multidisciplinar que foi elaborada ao longo dos anos como uma resposta dos problemas 
que a diversidade vem sofrendo até os dias de hoje. 
Estudaremos, agora, a origem da biologia da conservação, os principais fatos históricos, conceitos importantes para a 
compreensão desta ciência tão debatida em comunidades científicas e políticas. Nesse encontro, veremos as principais áreas que 
embasam a biologia da conservação, que manejo é a intervenção humana de forma sistemática que visa recuperar e manter a 
biodiversidade e os recursos naturais que formaram o capital natural, este o limite máximo que deveríamos consumir de forma 
sustentável. 
Nesse encontro, veremos quais os tipos possíveis de extinção e qual espécie mais sofre com ela nos tempos atuais e suas 
consequências, também quando uma espécie entra em risco de extinção, e os manejos que se deve tomar para evitar o número 
mínimo em uma população. Veremos, ainda, os impactos causados pela fragmentação de ecossistemas, a superexploração dos 
recursos, a introdução de espécies exóticas, o uso de bioindicadores como ferramentas de diagnóstico de um impacto ambiental, as 
categorias de bioindicadores e o que cada categoria fornece de informação. 
Também, neste estudo, veremos as principais etapas para elaboração de um plano de manejo. E, para atingirmos o nível de 
sociedade ambientalmente sustentável, depende da população e de ações governamentais, ambos colaborando para que o capital 
natural não seja usado mais que sua capacidade total. 
Avançar 
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Página inicial 
Biologia da Conservação 
Para uma compreensão melhor do que se trata a biologia da conservação, precisamos esclarecer alguns conceitos e fatos 
históricos que formaram essa ciência. 
Podemos dizer que a biologia da conservação foi originada da fusão de várias áreas de estudos, para preencher as lacunas que cada 
uma apresentava. Segundo Primack e Rodrigues (2001), “surgiu uma vez que nenhuma das disciplinas tradicionais aplicadas são 
abrangentes o suficiente, para tratar das sérias ameaças a diversidade biológica”. 
A ecologia é uma das disciplinas integrantes dessa formação. Para entendermos o que é ecologia, precisamos saber que sua 
etiologia derivada do grego, em que eco deriva de “ oíkos ”, com sentido de casa e “ logia ” estudo. Assim, o estudo do “ambiente da 
casa” ou meio ambiente, incluí todos os organismos contidos nela e todos os processos funcionais que a tornam habitável. A 
economia também deriva da palavra grega “ oíkos ” e “ nomia ” significa manejo ou gerenciamento, economia se traduz como “manejo 
da casa” (ODUM, 1986). 
Manejo é a intervenção humana de forma sistemática, visando manter e recuperar populações, seja de fauna ou de flora ou ambos. 
Segundo Ambiente Brasil ([2018], on-line) “todo manejo deve pressupor conhecimento, controle e monitoramento. Sem esses 1 
requisitos, que devem ser estabelecidos em regras e normas, não há manejo. A ética no manejo é fundamental para que ele seja 
bem-sucedido”. Os planos de manejo podem visar a conservação do meio ambiente ou a preservação deste. 
Uma excelente definição de meio ambiente foi dada pelo físico alemão Albert Einstein que disse: “o meio ambiente é tudo o que 
não é parte de mim”. Podendo ser considerado dois tipos, o meio ambiente natural, é aquele que seu ciclo de vida ocorre de forma 
controlada pela natureza, estão inclusos água e solo como toda a biodiversidade inclusive o homem, desde que não modifique 
nada. Já meio ambiente alterado ou modificado, que é aquele que sofreu alterações pelo homem, seja para agricultura ou cidades, 
tendo seu ciclo normal alterado. Vale lembrar que recursos naturais são renováveis. 
Biodiversidade é abreviação de diversidade biológica, que é incrível variedades de espécies e dos sistemas naturais onde estes 
existem e interagem (MILLER; SPOOLMAN, 2012), sejam desertos, florestas e oceanos. Deve ser considerado também todos os 
serviços prestados por essa diversidade como a ciclagem dos nutrientes, renovação do solo, controle de pragas e a purificação do 
ar e da água. 
E esses serviços naturais somados aos recursos naturais chamamos de Capital Natural. Nossas vidas e economias dependem da 
energia do sol e dos recursos e serviços naturais fornecidos pela Terra, pois quando há a destruição ou alteração de um desses 
serviços, os primeiros a sentir esses efeitos a curto prazos são animais que estão nesses ambientes; no entanto, a longo prazo, o ser 
humano acaba por sofrer como consequência dessas perturbações. Por isso o dever da conservação dos recursos naturais. 
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Conservação e Preservação: Qual a Diferença? 
São conceitos distintos que muitos acabam por confundi-los e que são debatidos há anos e formam duas correntes ideológicas 
distintas no que se diz respeito como nos relacionamos com a natureza (meio ambiente). Conservação significa proteção de 
recursos naturais com utilização racional que garanta a sustentabilidade de sua existência para as futuras gerações, enquanto 
preservação quer dizer proteção integral com intocabilidade para evitar a perda de biodiversidade (espécies, ecossistemas ou 
biomas) e para perenidade dos recursos naturais. 
As alterações do meio ambiente pelo homem vêm de muito tempo, cerca 
de 10.000 anos atrás (período neolítico), quando o homem começou a 
entender sobre a agricultura e estabelecer morada fixa próxima a rios, 
passou a formar pequenos grupos ou vilarejos e com o passar do tempo, 
cidades. 
No entanto, foi no século XIX, com a revolução industrial e crescimento 
econômico que houve um aceleramento da destruição do ambiente. E 
esse é o modo de vida da sociedade mundial desde então. A partir dai, as 
perdas da biodiversidade de fauna e flora são imensuráveis, e algumas 
espécies chegaram a extinção. 
A diversidade biológica do planeta está vivendo uma onda de extinções 
sem precedentes, principalmente devido à ação da raça humana. A 
extinção ocorre de forma natural, mas a sua taxa atual não é. Os humanos 
já causaram a extinção de muitas espécies, e a taxa da perda de espécies Figura 1 - Ararinha azul (Cyanopsitta spixii) considerada 
extinta na natureza, encontrada somente em cativeiros provavelmente vai acelerar. 
As extinções podem ocorrer de quatro formas: 
1: a extinção Filética que ocorre quando uma espécie sofre pequenas 
alterações ao longo do tempo;em um determinado momento a espécie 
original é distinta da que originou não mais existindo. 2: A extinção de 
Fundo ocorre quando duas espécies possuem mesmo nicho ecológico, a 
qual uma delas, por competição, deixa de existir. 3: Extinção em Massa é 
caracterizada pela perda de muitas espécies em um curto espaço de 
tempo, como a extinção dos dinossauros no final do Cretáceo. 4: Extinção 
Antropogênica, causada pela ação do ser humano, destruindo habitats, 
caça, poluição e contaminação dos diversos ambientes naturais. 
Hoje, mais do que nunca, as extinções Antropogênicas são as maiores causas das perdas da biodiversidade em todo o mundo. É 
fato que as emissões de poluentes atmosféricos vêm causando um aceleramento no aquecimento global, interferindo em vários 
ecossistemas, sejam eles de ambiente terrestre ou aquático. Lançamento de efluentes em rios e lagos são mais alguns exemplos, e 
também a derrubada de florestas e tantas outras ações. 
No dia 5 de novembro de 2015, a barragem da Samarco, em Mariana-MG, rompeu-se, os rejeitos 
contaminaram uma área de, aproximadamente, de 1.500 hectares de terra e todo o Rio Doce, 813 km, até 
sua foz no litoral do Espírito Santo. Peixes, plantas, invertebrados e uma gama de biodiversidade foram 
todos extintos destes locais. 
Fonte: o autor. 
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Extintas as espécies, serão afetados também todos os processos naturais que que guardam relações com estas espécies, como 
ciclagem de nutrientes, erosão, polinização e dispersão de sementes (RODRIGUES, 2002). E com intuito de compreender essas 
alterações e as relações que desses impactos com a antropologia, sociologia e outras áreas como biogeografia, genética, ecologia, 
evolução e outras, que surgiu a biologia da conservação. 
O que é a Biologia da Conservação? 
A biologia da conservação é a ciência que estuda as formas ideais para a conservação de todas as formas de vida, incluindo o 
homem. E de outra forma, podemos chamá-la de ciência da crise ambiental, pois, em seus objetivos principais, tenta compreender 
os efeitos da atividade humana sobre ambiente como um todo, englobando animais, plantas, florestas e seus múltiplos, ou seja, as 
populações, comunidades e ecossistemas, e também elaborar métodos práticos para prevenir ou mitigar a extinção de espécies, 
buscando modos de reintroduzir essas espécies em seus habitats (PRIMACK; RODRIGUES, 2001). 
A biologia da conservação, hoje, é a ciência que fomenta com novas ideias e enfoques o setor que gerencia os recursos naturais, ou 
seja, os setores relacionados à agricultura, com desenvolvimento comunitário, pesqueiros, silvicultura, planejamento de uso do 
solo, manejo, zoológicos, jardins botânicos e desenvolvimento sustentável. 
A biologia de conservação tenta fornecer respostas a questões específicas aplicáveis a situações reais. Tais 
questões são levantadas no processo de delimitar estratégias para proteger espécies raras, delinear 
reservas naturais, iniciar programas de reprodução para manter a variação genética de pequenas 
populações e harmonizar as preocupações conservacionista com as necessidades do povo e governo local 
(PRIMACK; RODRIGUES, 2001, p. 7). 
É comum encontrarmos em determinadas culturas ou crenças religiosas ou filosóficas o valor a proteção das espécies, da vida 
natural e também viver em harmonia com a natureza. Uma outra percepção sobre o assunto é a hipótese de Gaia que entende a 
Terra como um único organismo que os componentes biológicos, físicos e químicos interagem de forma a manter a característica 
da atmosfera e do clima. 
São considerados 3 pressupostos básicos para a biologia da conservação, tendo aceitação de, pelo menos, uma ou duas já se tornou 
o suficiente para justificar os esforços em favor da conservação. Primeiro, a diversidade de organismos é positiva. Há uma teoria 
que afirma que os seres humanos têm uma predisposição genética para gostar de diversidade biológica, chamada de biofilia. Isso 
tanto para variedade de espécies como para variedade entre uma espécie, como diversas raças de cães. 
Segundo, a extinção prematura de populações e espécies é negativa. A perda de diversidade devido a processos naturais é 
considerada normal, seja ele de qualquer proporção, como meteoro, era glacial, terremoto ou pelo tempo. No entanto, a ação do 
homem havia aumentado em 100 vezes até o ano de 1995. 
Atualmente, essa taxa aumentou em 1000 vezes o índice de extinção normal (PIMM et al ., 2014), todas as extinções do século XX 
foram causadas pelo homem, sejam vertebrados ou invertebrados. 
Em todo o mundo, mais de 35% da área de terra é usada para plantações ou pastos permanentes; hectares 
incontáveis adicionais são pastados por criações. As florestas tropicais estão sendo derrubadas numa taxa 
alarmante de 10 milhões de hectares por ano (RICKLEFS, 2011), 1 hectare equivale a 10.000 metros 
quadrados. Mais de cinco vezes maior que o estado do Paraná, que possui 199.315 km². 
Terceiro, a complexidade ecológica é positiva. Muitas interações ecológicas só ocorrem em ambiente natural, o que não ocorre em 
zoológicos ou parques botânicos, devido a esses organismos estarem separados de outros, como a coevolução de flores e beija- 
flores. 
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Manejo dos Recursos Naturais 
A degradação ambiental ocorre em toda parte do mundo, em alguns locais com maior intensidade em outros com menor 
intensidade, isso depende das formas que os recursos são explorados, ou seja, das técnicas utilizadas para a extração do recurso de 
interesse; outro fator que interfere na intensidade é o interesse e a preocupação da população local com a conservação desses 
recursos (GUERRA; DA CUNHA, 2006). 
Uma espécie ameaçada de extinção é aquela que sua população fica abaixo do número mínimo de indivíduos necessário para 
continuar a existir; nesse ponto, a chance desta espécie ser extinta aumenta enormemente. No entanto, definir o momento exato 
em que uma população começa a sofrer as consequências do número reduzido de indivíduos depende de diversas variáveis, ou 
seja, cada espécie apresenta um número mínimo específico de indivíduos. Todas as espécies da flora e fauna necessitam de um 
número mínimo de indivíduos para garantir que estejam aptas a sobreviver e seguir seu caminho evolutivo. São numerosos os 
desafios para se atingir o mínimo necessário; para que isso, ocorra o manejo é fundamental. 
Hoje são elencadas 5 principais causas da existência de espécies ameaçadas segundo Cullen, Rudran e Valladares-Pádua (2003): 
1. Fragmentação de ecossistemas. A maior parte das espécies em extinção se encontra neste limiar pela ação do homem. 
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2. Degradação de habitat. Incluindo poluição. 
3. Superexploração das espécies para uso humano. 
4. Introdução de espécies exóticas. 
5. Aumento de ocorrência de doenças. 
A maior parte das espécies ameaçadas sofre de uma ou mais dessas ameaças e, como consequência, tem o seu número reduzido. O 
grande desafio da conservação de espécies é reduzir as pressões negativas sobre elas e seu habitat e, com isso, aumentar sua 
probabilidade de sobrevivência. 
Para evitar os danos ambientais, é necessário que seja realizado um manejo adequado da exploração dos recursos naturais e de 
qualquer outra atividade econômica desenvolvida. São várias as etapas a serem analisadas para a construção de um plano de 
manejo, que dividiremos em 3 grandes grupos ou etapas. 
1º Pesquisa ou Diagnóstico : permitirá o diagnóstico das ameaças à espécie e ao seu habitat. E existem várias formas, 
métodos e técnicas que podem e devem ser utilizadas. Nesta etapa, para que ocorra um diagnóstico mais fiel possível da 
realidade, deve ser levado em conta os seguintes aspectos:a. Pense em seus objetivos: o que é essencial saber, quais espécies estão em risco e qual impacto a ser avaliado. 
b. Decida o que você pode medir: o que possui de ferramentas, materiais e equipamentos que possam te auxiliar. Em um 
ambiente, é ideal saber a diversidade, a riqueza a dominância de espécies, dentre outros fatores ecológicos. E também 
como será realizada essas coletas de dados, sejam amostras biológicas ou não. 
c. Considerar a escala: uma área pequena ou grande, em um município, estado ou país. 
d. Recoleta de informações regularmente: a partir de novas coletas, poderá ser feito os primeiros comparativos. Dando, 
de fato, início ao monitoramento ambiental. A partir dessas, saberá desenvolver a estratégia e adotar para recuperação 
ou conservação da área. 
e. Escolha a frequência correta: deve ser levado em conta vários fatores, custos operacionais, viabilidade, tempo 
necessário para que se tenha dados confiáveis. Estipular um padrão, ou mensal ou trimestral ou semestral, evitar alterar a 
frequência. Importante, variações no clima, podem influenciar nos dados ambientais. 
f. Pense a longo prazo. 
g. Foco na detecção de alterações. 
h. Use os resultados. 
2º Ação : é o planejamento, a execução e a avaliação das ações que serão tomadas embasados na sua pesquisa. E também o 
monitoramento constante. 
3º Recursos : antes do início de qualquer programa, há a necessidade de se buscar recursos que garantam a continuidade do 
programa de manejo. 
O livro “Planejamento Ambiental: teoria e prática”, de Rozely Ferreira dos Santos, em seu capítulo 2, aborda 
as estruturas, etapas e organização detalhadamente sobre planejamento ambiental. 
Fonte: o autor. 
Como, na maioria das vezes, os cuidados com o planejamento e manejo ambientais não são seguidos e os danos têm ocorrido cada 
vez com maior frequência (GUERRA; DA CUNHA, 2006), envolvendo sempre grandes gastos financeiros, havendo a necessidade 
de refazer todo estudo novamente. Por exemplo, o projeto de despoluição da Baía de Guanabara, que nada mais é que um projeto 
básico de saneamento e não leva em consideração a despoluição dos sedimentos e entrada de novos poluentes. Hoje, o custo para 
se realizar tal tarefa é considerado insuportável para o estado do Rio de Janeiro (GUERRA; DA CUNHA, 2006). 
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Existem vários prós do manejo de recursos naturais, porém a desvantagem é a falta de capacidade técnica e conhecimento 
científico para elaborar um plano de manejo de recursos naturais adequado. Os objetivos do monitoramento são: 
• Verificar se determinados impactos ambientais estão ocorrendo. 
• Dimensionar sua magnitude. 
• Avaliar se as medidas mitigadoras de impactos são eficazes. 
• Propor, quando necessário, a adoção de medidas mitigadoras complementares. 
Bioindicadores Utilizados no Manejo 
Talvez a ferramenta mais barata seja uma das mais eficientes, os bioindicadores. São fatores bióticos empregados para o 
reconhecimento de condições (passadas, presentes ou futuras) de ecossistemas. 
É a utilização de organismos vivos, que podem fornecer informações necessária sobre o meio ambiente e ser bioindicadores de 
organismos, no qual exista conhecimento sobre sua biologia, taxonomia, ciclo de vida e que são endêmicos de uma determinada 
área ou que ocorram em diferentes condições ambientais. 
São comumente utilizados aves e mamíferos como bioindicadores; no entanto, outro grupo de grande disseminação apresenta 
excelente resposta às alterações ambientais, os insetos representam cerca de 59% da biodiversidade de animais do planeta 
(CULLEN; RUDRAN; VALLADARES-PADUA, 2003). Outros exemplos são os líquens que são utilizados como bioindicadores de 
poluição atmosférica, peixes para poluição da água doce, bivalves para ambiente marinho e Rhizophora para estuários. 
Esses grupos de bioindicadores são categorizados, conforme o tipo de resposta ou feedback que ele nos fornece. 
• Espécies Sentinelas : aquelas que, por refletir as perturbações do meio ambiente, podem servir de indicadores da 
conservação do ecossistema. Geralmente são indivíduos introduzidos no ambiente. 
• Espécies detectoras : são espécies locais que alteram de forma mensurável frente às alterações ambientais. 
• Espécies exploradoras : são aquelas espécies que são favorecidas frente uma alteração no ambiente. 
• Espécies Acumuladoras : são espécies em que é possível observar a bioacumulação em seus organismos dos nocivos 
presentes no ambiente. 
• Espécies sensíveis : apresentam comportamento diferente do normal. 
• Espécies-chave : espécie cuja remoção ou a mudança na sua abundância resulta em colapso das atuais interações de uma 
comunidade. 
Uma espécie-chave possui um papel vital na estrutura, funcionamento ou produtividade do seu ecossistema. Quando ela é retirada 
do meio em que está inserida, causa grandes impactos e mudanças drásticas no local. Espécies guarda-chuva: espécie que, sendo 
protegida, acaba indiretamente protegendo as demais. 
Considerada uma espécie guarda-chuva, por necessitar de uma extensa área para sobreviver, a conservação deste habitat é, 
portanto, da espécie in situ que garante a conservação de outras espécies do ecossistema. Geralmente topo de cadeia alimentar. 
Onde? 
Uma questão importante. O que vem primeiro, a espécie ou o habitat? Há a necessidade de se diagnosticar a situação da espécie e 
de seu habitat, só assim será possível tomar uma decisão. Para a conservação de populações, é fundamental a criação de um 
cenário em que existe fluxo gênico suficiente para escapar dos efeitos deletérios genéticos e demográficos prejudiciais (CULLEN; 
RUDRAN; VALLADARES-PADUA, 2003). 
O fluxo gênico pode ser planejado por meio de ações como: 
• Reintrodução: movimento de animais nascidos em cativeiro de volta à vida livre, dentro do território de ocorrência. 
• Translocação: movimento de animais selvagens entre subpopulações distintas, dentro do território de ocorrência. 
No caso em que o habitat não é o local mais seguro para espécie, o manejo deve ser realizado em cativeiro, a fim de que possa ser 
recuperada a área e a espécie reintroduzida. Muitas espécies têm sido reintroduzidas recentemente devido à eficiência e planos de 
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manejos de recursos naturais adequados, em que já foi possível observar no Brasil a reintrodução de várias espécies de aves e 
outros animais. Atualmente, o manejo de recursos naturais é de notória importância, haja visto que houve um grande aumento na 
degradação ambiental no mundo todo. 
A Costa Rica tem consolidado seus parques e suas reservas em oito megareservas zoneadas projetadas 
para sustentar 80% da biodiversidade do país. 
Fonte: Miller e Spoolman (2012). 
Sustentabilidade 
O termo “desenvolvimento sustentável” teve seu uso generalizado em meados de 1980, quando o relatório “Nosso futuro Comum”, 
organizado pela comissão Brundtland, o definiu como sendo a forma de desenvolvimento com capacidade de satisfazer as 
necessidades econômicas, sociais e ambientais das atuais gerações, sem comprometer a capacidade das gerações futuras em 
prover suas próprias demandas (BATISTA; CAVALCANTI; FUJIHARA, 2005). 
O nosso artigo 225 da Constituição Federal foi inspirado por esse evento, o qual afirma que “todos têm direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à 
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações” (BRASIL, 1988). 
Para que haja a sustentabilidade, devemos aprender como a natureza funciona, entender a forma como interagimos com o meio 
ambiente e encontrar maneiras de lidar com problemas ambientais e viver de forma mais sustentável (MILLER; SPOOLMAN, 
2012). 
Para que possamos viver de forma sustentável,é necessário entender como a vida na Terra tem se mantido nesses 3,5 bilhões de 
anos. Há 3 grandes temas relacionados à sustentabilidade de longo prazo da vida: a energia solar, a biodiversidade e a ciclagem 
química, isto é, depender do sol, favorecer e subsidiar outras formas de vida, reduzir e reaproveitar os resíduos; ideias simples são 
os princípios da sustentabilidade. 
A energia solar é a entrada de energia em nosso planeta, realizando aquecimento do planeta - não o causado pelo excesso de gases 
do efeito estufa - fundamental para a fotossíntese, que é um processo químico complexo em que as plantas convertem energia 
luminosa em energia química (nutrientes) que os demais organismos irão utilizar. E a energia solar está relacionada indiretamente 
à geração de vento e a água corrente (ciclo da água), podendo todas serem aproveitadas para gerar energia elétrica limpa, solar e 
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eólica e, hidrelétricas que não podem ser considerada 100% limpa pelo impacto ambiental inicial que causa inundação de grandes 
áreas. 
A biodiversidade é a grande variedade de espécies existentes e seus serviços naturais fornecidos gratuitamente, como renovação 
do solo, controle de pragas, a purificação da água e do solo. Ciclagem química ou de nutrientes é a circulação de produtos químicos 
do ambiente por intermédio dos organismos que volta ao ambiente, sendo necessária para a vida, pois se ela não ocorrer não há ar, 
solo, água, alimento e vida. 
Recursos Naturais x Serviços Naturais 
Os Recursos Naturais são os bens essenciais ou úteis para o ser humano, como: água, vento, solo, ar e plantas, os quais são 
considerados recursos naturais renováveis. Existem outros recursos que são classificados como não renováveis: petróleo, carvão e 
minérios. 
Os Serviços Naturais são todos processos que ocorrem na natureza - purificação da água, do ar, renovação do solo (ciclos 
biogeoquímicos) - todos fundamentais para o sustento da vida e as economias humanas. O saldo da produção dos recursos 
naturais mais os serviços naturais gera o que chamamos de Capital Natural. É desse saldo que devemos suprir nossas 
necessidades. 
Outra forma de entendermos o que é sustentabilidade é da seguinte forma: imagine que o capital natural é 
o seu salário mensal, se você gasta mais do que recebe, logo estará em uma situação bem complicada e é isto 
que está acontecendo hoje com o planeta, estamos gastando mais do que é possível gerar. Assim, para sair 
da sua dívida, você pode fazer algumas economias e cortar alguns gastos não necessário e é o mesmo que 
temos que realizar para o meio ambiente. 
(Tyler Miller e Scott Spoolman) 
Estamos vivendo de maneira insustentável 
Como o grande conhecimento científico vem crescendo, estamos vivendo de maneira insustentável, desperdiçando, 
empobrecendo e degradando o capital natural da Terra em um ritmo muito mais rápido que ele pode ser regenerado. Esse 
processo todo chamamos de Degradação Ambiental ou Degradação do Capital Natural (MILLER; SPOOLMAN, 2012). 
Indicadores de Sustentabilidade 
Segundo Batista, Cavalcanti e Fujihara (2005), um dos melhores indicadores de desenvolvimento sustentável é a existência de 
ações simultâneas e coordenadas, voltadas para três objetivos: o desenvolvimento nas dimensões social, econômica e ambiental. É 
essencial que tenhamos uma ciência, o conhecimento e a educação, nos permitindo, assim, avaliar e agir conforme esses objetivos. 
Ecologia e Sustentabilidade 
Os países mais desenvolvidos são aqueles com renda média alta, grupo no qual estão incluídos EUA, 
Canadá, Japão, Austrália, Nova Zelândia e a maioria dos países europeus. De acordo com dados da ONU e 
do Banco Mundial, os países mais desenvolvidos, com apenas 19% da população mundial, utilizam cerca de 
88% de todos os recursos e produzem cerca de 75% da poluição e dos resíduos do mundo. 
Fonte: Miller e Spoolman (2012, p. 22). 
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Desenvolvimento Sustentável 
Os esforços para preservar a biodiversidade muitas vezes se choca com as necessidades humanas. O desenvolvimento sustentável 
representa uma solução para este confronto (PRIMACK; RODRIGUES, 2001). A noção de desenvolvimento sustentável se tornou 
um foco de numerosos debates tanto no meio acadêmico como no cenário político internacional e nacional (TOLMASQUIM, 
2001). 
Viver de maneira sustentável significa se sustentar como os rendimentos naturais da Terra, sem esgotar ou degradar o capital 
natural que os fornece. As sociedades ambientalmente sustentáveis protegem o capital natural e vivem de seus rendimentos. Este 
é o objetivo final do desenvolvimento sustentável: alcançar uma sociedade ambientalmente sustentável (MILLER; SPOOLMAN, 
2012). 
O Brasil tem um enorme potencial de busca da sustentabilidade, pelo fato de o tamanho populacional ser compatível com a 
extensão do território. Atuar desde já e não esperar ter uma superpopulação, é muito mais barato atuar desde já, do que ter que 
realizar correções (BATISTA; CAVALCANTI; FUJIHARA, 2005). 
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Cuidado com a relação território x população. A Terra tem capacidade para crescimento demográfico; no 
entanto, há regiões que não devem entrar nessas considerações, pois seu custo de habitar é muito elevado. 
Houston, no Texas, só existe por causa do ar-condicionado. Cidades na Sibéria só existem por conta da 
calefação que utiliza combustível. 
Fonte: o autor. 
Pegada Ecológica 
Pesquisas realizadas por cientistas sociais sugerem que são necessários apenas 5% e 10% da população de uma comunidade, um 
país ou do mundo para fazer que grandes mudanças sociais aconteçam. Outro ponto interessante é que mudanças sociais 
significativas podem ocorrer em um tempo menor que o esperado. 
Infelizmente, evidências científicas apontam que tenhamos apenas 50 anos com uma mudança cultural de uma vida insustentável 
para outra mais sustentável. No entanto, estamos no nosso limite, as mudanças, para serem integralmente aplicadas, levem cerca 
de 50 anos para surtirem efeitos. Estamos diante de uma bifurcação de nosso caminho, de um lado o caminho da sustentabilidade e 
de outro o atual, insustentabilidade. 
Podemos derivar 3 estratégias para reduzir nossa pegada ecológica, com base nos princípios da sustentabilidade. 
• Primeiro : depender mais da energia renovável do sol, incluindo as formas indiretas de energia solar, como a eólica e hidrelétricas. 
E outras energias renováveis como oceânica, que utiliza o movimento das marés, corrente de maré, ondas costeiras e outras. A 
energia geotérmica como hidrotérmicas, geopresurizadas e até magma, e Biomassa como rejeitos agrícolas, biogás de aterro e 
tantas outras (GOLDEMBERG, 2010). 
• Segundo : proteger a biodiversidade, restaurar as áreas degradadas e evitar a degradação de espécies, dos ecossistemas e dos 
processos naturais da Terra. 
• Terceiro : ajudar a manter os ciclos químicos, reduzindo a produção de resíduos e poluição, não sobrecarregando os sistemas 
naturais e nem removendo mais rápido do que os ciclos podem substituí-los. 
Ação Governamental 
Nas sociedades modernas, os governos a nível federal, estadual e municipal aprovam leis para a proteção das espécies e habitats. 
Essas leis são aprovadas porque a sociedade civil organizada e líderes políticos acreditam que elas representam o desejo da 
maioria e proporcionam benefícios de longo prazo para a sociedade (PRIMACK; SPOOLMAN, 2001). 
Normalmente, as leis de conservação regulamentam atividades de diversas formas como: 
a. Limitação de extração de produtos silvestres 
Até certo tempo atrás, no Brasil, a população era bem inferior que a atual, a extração diretamente da natureza não constituía 
um risco. Hoje, houve a necessidadede limitar em alguns casos, como proibição da pesca em épocas de reprodução, 
piracema (Lei n. 7.679/1988), proibição de caça ou pesca de animais em risco de extinção (Lei n. 7.643/1987), assim como a 
extração de recursos florestais (Lei n. 4.771/1965), que institui o código florestal brasileiro. 
b. Limitação do lançamento de resíduos 
No início do desenvolvimento industrial, não havia leis e muito menos fiscalização, os lançamentos de efluentes por parte 
das indústrias eram grandes e quase sem nenhum cuidado. Com o decreto de Lei n. 1.413/1975, dispõe sobre as obrigações 
das indústrias sobre prevenir ou corrigir os danos causados pela poluição causada. 
c. Limitação do uso do solo 
O código florestal é a principal ferramenta utilizada por órgãos ambientais, ele que orienta a realização de estudo para a 
delimitação definitiva da área das florestas. No entanto, ele deixa algumas brechas que podem ser interpretadas de outras 
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formas. Só depois, com a resolução 04/85 do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), que tornou o código mais 
claro, definindo as áreas de preservação, por exemplo, largura da mata ciliar ou floresta ripária na margem dos rios em 
relação a largura do rio. 
d. Avaliação de impacto ambiental 
A resolução CONAMA 01/86 criou o RIMA (Relatório de Impacto no Meio Ambiente), documento que deve ser elaborado 
pelo empreendedor, ou por outra empresa contratada para este fim. Este documento avalia todos os impactos que a obra 
causará no ambiente, ele é avaliado por parte do órgão ambiental, o qual passam a organizar os GAIAs (Grupo de Avaliação 
de Impacto Ambiental), previsto na resolução 01/86 do CONAMA. Os GAIAs são responsáveis por apontar as falhas e 
deficiências nos RIMAs. Infelizmente, os RIMAs são visto por muitos empreendedores somente como um gasto adicional. 
E é a partir do RIMA aprovado que o empreendedor pode solicitar sua licença prévia de funcionamento. Outra forma do governo 
auxiliar na conservação e proteção de áreas é por meio de subsídios para a conservação, a qual o proprietário recebe uma quantia 
em dinheiro para manter a área conservada. 
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ATIVIDADES 
1. A degradação biótica, vem diminuindo o número das espécies constantemente. Diante deste contexto, assinale a alternativa 
correta que apresenta uma das principais causas da existência de espécies ameaçadas . 
a) Introdução de espécies nativas nos ecossistemas. 
b) Introdução de espécies endêmicas nos ecossistemas. 
c) Fragmentação de ecossistemas. 
d) Planos de Manejo. 
e) Nenhuma das alternativas anteriores. 
2. A utilização de Bioindicadores são fatores bióticos utilizados para o reconhecimento de condições. Diante deste contexto, 
assinale a alternativa correta sobre quais organismos podem ser utilizados como Bioindicadores . 
a) Organismos que apenas conhecemos sua biologia. 
b) Organismos que apenas conhecemos sua taxonomia. 
c) Organismos que apenas conhecemos seu ciclo de vida. 
d) Organismos que conhecemos sua biologia, taxonomia, ciclo de vida e que são endêmicos de uma determinada área. 
e) Nenhuma das alternativas anteriores. 
3. Atualmente, temos muitos conceitos, como sustentabilidade, manejo, gestão e, hoje, o conceito de serviços naturais vem 
ganhando destaque e uso. Diante deste contexto, assinale a alternativa correta sobre serviços naturais . 
a) O único serviço natural é a purificação da água. 
b) São os bens essenciais ou úteis para o ser humano, como: água, vento, solo, ar e plantas. 
c) O único serviço natural é a renovação do solo. 
d) São todos processos que ocorrem na natureza fundamentais para o sustento da vida e a economia humana. 
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e) Nenhuma das alternativas anteriores. 
4. Para reduzir a pegada ecológica nos princípios da sustentabilidade derivam três estratégias. Diante deste contexto, assinale a 
alternativa correta sobre estas três estratégias . 
a) Primeiro, depender mais da energia renovável do sol, incluindo as formas indiretas de energia solar, como a eólica e de origem 
fósseis. 
b) Segundo, proteger a biodiversidade, degradar as áreas restauradas, evitar as espécies nos ecossistemas. 
c) Terceiro, descontinuar os ciclos químicos, reduzindo assim a contaminação do ambiente, fauna e flora por estes materiais 
tóxicos. 
d) Uma das estratégias consiste em proteger a biodiversidade, restaurar as áreas degradadas e evitar a degradação de espécies, 
dos ecossistemas e dos processos naturais da Terra. 
e) Nenhuma das alternativas anteriores. 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
Diante dos problemas ambientais e sem respostas frente às disciplinas existentes, surgiu a biologia da conservação, ciência que 
veio para entender e solucionar a crise ambiental. Ciência que abrange várias vertentes, com a finalidade de conservar as riquezas 
biológicas e os recursos naturais e compreender suas relações com o homem e como este o impacta e procurar medidas para 
solucionar ou mitigar esses impactos. 
Dentro deste aspecto e os impactos ambientais, o homem vem sentindo os efeitos de suas causas. A sustentabilidade é único 
caminho que o homem pode tomar para que a biodiversidade continue a existir. Para isso, precisa compreender o quanto a Terra 
pode lhe oferecer e, a partir desse capital natural, realizar suas economias da natureza. Não gastando mais do que é possível ser 
gerado. 
Hoje mais do que nunca, as extinções antropogênicas são as maiores causas das perdas da biodiversidade em todo o mundo. É fato 
que as emissões de poluentes atmosféricos vêm causando um aceleramento no aquecimento global, interferindo em vários 
ecossistemas. Por exemplo, com o lançamento de efluentes em rios e lagos são mais alguns exemplos, caça, derrubada de florestas 
e tantas outras ações. 
É comum encontrarmos em determinadas culturas, crenças religiosas ou filosóficas o valor à proteção das espécies e da vida 
natural e viver em harmonia com a natureza. Uma outra percepção sobre o assunto é a hipótese de Gaia, que entende a Terra como 
um único organismo, a qual os componentes biológicos, físicos e químicos interagem de forma a manter a característica da 
atmosfera e do clima. 
A degradação ambiental ocorre em toda parte do mundo, em alguns locais com maior intensidade em outros com menor 
intensidade. Existem vários prós do manejo de recursos naturais, porém a desvantagem é a falta de capacidade técnica e 
conhecimento científico para elaborar um plano de manejo de recursos naturais adequado. Com apoio dos governos, com a 
atuação da população e ações individuais, poderemos chegar a uma sociedade ambientalmente sustentável. 
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Material Complementar 
Filme 
O Extermínio do Marfim 
Ano: 2016 
Sinopse: no filme O Extermínio do Marfim, os realizadores se infiltram na 
rede mundial do tráfico de marfim,expondo caçadores furtivos e 
traficantes enquanto os elefantes africanos se aproxima da extinção. 
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REFERÊNCIAS 
BATISTA, E.; CAVALCANTI, R. B.; FUJIHARA, M. A. Caminhos da sustentabilidade no Brasil . São Paulo. Terra das Artes, 2005. 
CULLEN, L.; RUDRAN, R.; VALLADARES-PADUA, C. Métodos de estudos em biologia da conservação e manejo da vida silvestre . 
Curitiba: UFPR; Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, 2003. 
GOLDEMBERG, J. Energia e desenvolvimento sustentável . São Paulo: Blucher. 2010. 
GUERRA, A. J. T.; DA CUNHA, S. B. Impactos ambientais urbanos no Brasil . 7. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006. 
MILLER, G. T.; SPOOLMAN, S. E. Ecologia e sustentabilidade . São Paulo: Cengage Learning, 2012. 
ODUM, E. P. Ecologia . Rio de Janeiro: Guanabara, 1986. 
PIMM, S. L. et al. A biodiversidade das espécies e suas taxas de extinção, distribuição e proteção. Science , v. 344, n. 6187, p. 987- 
1007, 2014. 
PRIMACK, R. B; RODRIGUES, E. Biologia da conservação . 13. ed. Londrina: E. Rodrigues, 2001. 
RICKLEFS, R. E. A Economia da Natureza . 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 
RODRIGUES, E. Biologia da Conservação : ciência da crise. Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 23, n. 2, p. 261-272, 2002. 
SANTOS, R. F. Planejamento ambiental : teoria e prática. São Paulo: Oficina de Textos. 2004. 
TOLMASQUIM, M. T. Estrutura conceitual para a elaboração de indicadores de sustentabilidade ambiental para o Brasil. In: 
GARAY, I.; DIAS, B. Conservação da Biodiversidade em Ecossistemas Tropicais . Petrópolis: Vozes, 2001. 
REFERÊNCIAS ON-LINE 
¹Em: < http://ambientes.ambientebrasil.com.br/fauna/artigos/manejo_de_fauna_em_cativeiro.html >. Acesso em: 07 ago. 2018. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 . Disponível em: 
< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm >. Acesso em: 03 fev. 2018. 
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APROFUNDANDO 
Gestão e Manejo de Recursos Naturais 
Atualmente, diversas ações são realizadas pela sociedade, a fim de minimizar os impactos ambientais promovendo medidas 
sustentáveis. Diante do tema, serão apresentadas algumas ações que tornam o ambiente sustentável. 
Vamos ver a matéria a seguir, que fala sobre as Ongs que constroem postes e lampiões que abastecem comunidades ribeirinhas. 
O mecânico brasileiro Alfredo Moser instalou a sua lâmpada artesanal em seu telhado, em 2002, durante um apagão e logo seus 
vizinhos adotaram a ideia. O filipino Illac Diaz, criador da My Shelter Foundation , que promove projetos sustentáveis de baixo custo, 
viu, na solução criada por Moser, a oportunidade de ajudar famílias carentes em seu país, criando projeto "Um Litro de Luz", em 
2012. Desde então, a ideia já foi aplicada em diversos países ao redor do mundo, como Quênia, Colômbia, Honduras e, agora, 
Brasil. 
São uma organização não governamental internacional operando em mais de 20 países. 
Levando luz até comunidades locais que não possuem acesso à energia elétrica ou que vivem sem luz em suas casas. É utilizada 
uma tecnologia simples, econômica e ecologicamente sustentável, composta por garrafas plásticas, painéis solares e lâmpadas de 
LED. 
Trabalham com iniciativas como workshops, voluntariado, ações específicas patrocinadas por parceiras. Tudo isso usando uma 
metodologia de Desenvolvimento Social que permite mapear comunidades, entender necessidades, capacitar moradores e 
mobilizar voluntários para as ações. 
Masdar é uma cidade que apresenta Carbono Zero. Masdar é uma cidade planejada que está sendo construída em Abu Dhabi, nos 
Emirados Árabes Unidos. Sua principal característica é a sustentabilidade, incluindo a meta de tornar-se neutra de CO2. 
Os edifícios serão construídos, a fim de aproveitar e obter máximo de eficiência das energias captadas por painéis solares e energia 
eólica. O sistema de transporte será em vias exclusivas para veículos particulares que funcionam com energia elétrica. A água pode 
ser reciclada e os resíduos serão utilizados como fertilizante e fontes de energia. 
Mesmo com tantos benefícios que a cidade oferece, ainda há críticos que duvidam do montante de benefícios que o projeto visa 
oferecer e seus impactos ambientais nulos, por apresentar algo muito concreto, existindo muito segredo em seus projetos. No 
entanto, para a ONU, a cidade de Masdar é tida como exemplo de investimento sustentável. 
A Växjö é uma cidade livre de combustíveis fósseis. 
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No sul da Suécia, uma cidade de 82 mil habitantes, Växjö, começou, em 1996, um programa livre de combustíveis fósseis, cujo 
objetivo é eliminar as emissões deste tipo de combustível até 2030, obtendo grande aceitação quanto ao uso em calefação das 
casas, que consumia grande quantia de combustíveis fosseis. 
Há alguns anos, a cidade subsidiou a conversão dos edifícios antigos aquecidos com combustíveis de petróleo para o sistema que 
utiliza biomassa. Hoje em dia, cerca de 90% do combustível para calefação vem da combustão de madeira. As emissões do 
transporte foi o setor que mais apresentou dificuldades para a adesão e adequação, segundo o informe da ONU. A população é 
estimulada a adquirir carros de baixo consumo, recebendo subsídios na compra e estacionamento gratuito são alguns dos bônus, o 
objetivo é que os habitantes optem pelo transporte coletivo. 
São ações de vários portes que, no final, farão um ambiente sustentável. Uma vez que hoje não é possível reconstruir todas as 
cidades, visando emissões zero de CO2. 
A cidade de Curitiba possui um modelo de vias exclusivas para o transporte público, que serve de modelo para o país. No entanto, 
as medidas de sustentabilidade mais impressionantes foram originadas em programas de gerenciamento de resíduos. O êxito 
desse projeto se deve aos incentivos oferecidos à comunidade para participarem, em que a população recebe passagens de ônibus 
em troca de “bolsa de resíduos”, produtos de hortifrúti e materiais para reciclagem; mas a grande mudança que a cidade espera que 
aconteça se dá em longo prazo, uma que, ao centrar as campanhas de publicidade nas crianças, a cidade espera fomentar a 
conservação no futuro. 
Fontes: 
Adaptado de < http://www.acritica.com/channels/cotidiano/news/ong-constroi-postes-e-lampioes-que-abasteceraocomunidades- 
ribeirinhas >. Acesso em 08/05/2017 e < http://www.archdaily.com.br/br/01-115948/cinco-projetos-sustentaveisrecomendados- 
pela-onu >. Acesso em 29/06/2017. 
PARABÉNS! 
Você aprofundou ainda mais seus estudos! 
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EDITORIAL 
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Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação 
a Distância; XAVIER, Lucas Henrique. 
Gestão e Manejo de Recursos Naturais . 
Lucas Henrique Xavier. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
34 p. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Gestão. 2. Recursos Naturais. 3. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 333 
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BIODIVERSIDADE E 
UNIDADES DE 
CONSERVAÇÃO 
Professor : 
Me. Lucas Henrique Xavier 
Objetivos de aprendizagem 
• Compreender o que é biodiversidade, sua importância para o meio ambiente e atividades humanas, assim como conhecer a 
biodiversidade brasileira. 
• Definir as categorias e critérios de espécies ameaçadas de extinção. 
• Conceituar Unidades de Conservação e sua importância para a conservação da biodiversidade. 
• Apresentar as categorias e objetivos das unidades de proteção integral e uso sustentável. 
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Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Biodiversidade 
• Categorias e Critérios de Espécies Ameaçadas de Extinção 
• Unidades de Conservação 
• Categorias de Unidades de Conservação 
Introdução 
Estudaremos, agora, questões relacionadas à biodiversidade e unidades de conservação. Ressaltando sua importância para o 
equilíbrio dos ecossistemas, bem como para os seres vivos. A biodiversidade é uma fonte de benefícios econômicos, além do seu 
valor ecológico, genético, social, científico, educacional e cultural. 
O Brasil é um país detentor de uma megabiodiversidade, diante disso, as atividades humanas geram impactos com efeitos 
negativos sobre a diversidade das espécies e também dos recursos naturais disponíveis no meio ambiente. Dentre as ameaças, 
podemos citar a poluição, fragmentação de habitats, introdução de espécies exóticas e mudanças climáticas. Por isso, quando o 
homem as fazem de forma que não deixa tempo para a natureza se recuperar, coloca em perigo essa imensa riqueza de espécies. 
A fim de minimizar a perda da diversidade de espécies da fauna e da flora, órgãos criaram estratégias para avaliar e fornecer 
informações, que são bases para a conservação das espécies ameaçadas de extinção, com o objetivo de chamar a atenção do 
público para a magnitude e a importância da biodiversidade ameaçada, influenciar legislações e políticas nacionais e internacionais 
e fornecer informações para orientar as ações para conservar a diversidade biológica. 
Portanto, surge como alternativa a criação de unidades de conservação, que são divididas em dois grupos distintos e com 
características específicas, as unidades de proteção integral e as de uso sustentável. As unidades são destinadas a conservação da 
biodiversidade, preservação de paisagens naturais, uso sustentável dos recursos naturais e valorização da diversidade cultural 
brasileira. Além de atenuar os impactos e degradação de ecossistemas, visando direcionar estratégias de conservação, 
manutenção e desenvolvimento sustentável. 
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Biodiversidade 
O termo diversidade biológica apareceu, pela primeira vez, em 1968, citado no livro “A Different Kind of Country”, de autoria do 
cientista e conservacionista Raymond F. Dasmann. No entanto, foi só na década de 80 que biólogo Thomas Lovejoy resgatou o 
termo para a comunidade científica. Biodiversidade é a forma contraída de diversidade biológica e apareceu, pela primeira vez, em 
uma publicação em 1988, no livro organizado pelo prestigiado biólogo Edward O. Wilson (FRANCO, 2013). 
De acordo com o Artigo 2 da Convenção sobre Diversidade Biológica (BRASIL, 2000a), o termo biodiversidade ou diversidade 
biológica é definido como a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas 
terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte, englobando, ainda, a 
diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas. 
A biodiversidade se refere, portanto, à variedade de vida no planeta Terra, incluindo a variedade genética dentro das populações, a 
variedade de espécies da flora, da fauna, de fungos macroscópicos e de microrganismos, as diferenças morfológicas e funcionais 
entre espécies e a variação na estrutura do bioma desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas e a variedade de 
comunidades e habitats (BARBIERI, 2010). 
O conceito de biodiversidade, como podemos averiguar, é abrangente para a variedade natural, inclui o número e a frequência de 
espécies ou genes, além dos respectivos ecossistemas. Consideram-se três níveis distintos para expressá-la: em um nível mais 
microscópico, pode-se falar em diversidade genética, que é a totalidade de diferentes genes presentes em um determinado 
universo. 
Em escala intermediária, tem-se a diversidade de espécies ou organismos, que é a totalidade os quais vivem em um determinado 
universo; na escala mais macroscópica, a diversidade ecológica ou de ecossistemas, é a totalidade de ecossistemas existentes em 
um determinado universo, ou seja, as populações da mesma espécie e de espécies diferentes interagem entre si, formando 
comunidades, as quais interagem com o ambiente formando ecossistemas, que interagem entre si formando paisagens, que 
formam os biomas (ODUM; GARY, 2007). 
A Importância da Biodiversidade 
A importância da biodiversidade está na relação direta da influência que exerce no planeta, como: regular o clima, importante para 
avaliar o impacto das mudanças globais, proteger e manter os solos, fazer a fotossíntese, disponibilizando o oxigênio necessário à 
respiração e amatéria básica para os alimentos, roupas e medicamentos. O grande valor da biodiversidade justifica investimentos 
visando sua conservação, sobretudo em razão do seu potencial para a biotecnologia atual, especialmente na engenharia genética e 
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para a geração de novas culturas alimentícias e industriais (BARBIERI, 2010). 
A biodiversidade também traz benefícios econômicos, o que representa mais um incentivo para sua conservação. Dependemos da 
diversidade de plantas e animais para fibras industriais, gomas, temperos, tinturas, resinas, óleos, celulose e biomassa de madeira 
(NATIONS, 1997). Além disso, muitas plantas possuem princípios ativos que podem ser utilizados na elaboração de medicamentos 
(FARNSWORTH, 1997). 
As plantas das florestas tropicais podem ser úteis para a agricultura de três maneiras diferentes, como fonte de novas plantações 
que podem ser cultivadas, como fonte para a reprodução de variedades melhoradas de plantas e como fonte de novos pesticidas 
biodegradáveis (PLOTKIN, 1997). 
O homem utiliza plantas e animais para se alimentar, vestir, construir casas, elaborar medicamentos e perfumes. Além disso, a 
biodiversidade é fonte de benefícios e renda econômica por meio de atividades, como o extrativismo vegetal e animal, produção 
agrícola, pecuária, pesqueira, florestais e o ecoturismo. Portanto, a biodiversidade possui, além do seu valor intrínseco, valor 
ecológico, genético, social, econômico, científico, educacional e cultural. Quando as fazem de forma que não deixa tempo para a 
natureza se recuperar, coloca em perigo essa imensa riqueza de espécies (BARBIERI, 2010). 
Ameaças à Biodiversidade 
A extinção é uma grande preocupação dos conservacionistas porque representa o desaparecimento de linhagens evolutivas que 
não podem ser recuperadas. 
Naturalmente, os sistemas ecológicos continuam a funcionar após a perda de espécies, à medida que retroalimentações ecológicas 
compensam as mudanças na produção e nas interações das espécies. Contudo, a atual taxa de declínio e perda das espécies, local 
ou globalmente, é um indicador de que muitos sistemas ecológicos estão se deteriorando (RICKLEFS, 2010). 
De acordo com Rocha et al. (2006), os processos ambientais que afetam uma comunidade são: processos fisiográficos incluem 
erosão por água, movimentos do solo ou rocha por gravidade, meandro dos rios, assoreamento de lagos, lagoas e estuários, 
deposição de material pelas geleiras, erupções vulcânicas, enchentes e inundações, erosão e deposição de solos pelo vento. 
Processos climáticos são: seca, incêndios iniciados por relâmpagos, vento causador de quedas de árvores e de outras plantas ou de 
dessecação e temperaturas excessivas. Processos biológicos são efeitos de competição, modificação do sítio por outros 
organismos, herbivoria, epidemia de doenças, efeitos do homem tanto diretos (criação de lavouras, uso de herbicidas, 
desmatamento, sobrepesca) quanto indiretos (incêndios, eutrofização da água, poluição do solo, água ou ar, influencia na pressão 
de herbivoria ou predação). 
Hoje, sem dúvida, é grande o impacto causado pela população humana sobre a natureza, proporcionando drástica perda da 
biodiversidade (SALA et al ., 2000; BRASIL, 2008; ALHO, 2012). Essa degradação biótica, especialmente nas regiões tropicais, 
preocupa autoridades e ambientalistas no mundo inteiro. São, em geral, os grandes impactos negativos da ação do homem no 
ambiente natural: 
1. Perda e alteração de habitats e da biodiversidade. 
2. Exploração predatória de recursos. 
3. Introdução de espécies exóticas nos ecossistemas. 
4. Aumento de patógenos. 
5. Aumento de tóxicos ambientais. 
6. Mudanças climáticas. 
Tudo isso envolve problemas importantes sobre a degradação da biodiversidade pela ação do homem, pela poluição, pela explosão 
demográfica humana associada ao uso múltiplo dos recursos naturais (CHIVIAN; BERNSTEIN, 2008; ALHO, 2012). 
Biodiversidade Brasileira 
O Brasil possui a maior cobertura de florestas tropicais do mundo, concentrada, especialmente, na região Amazônica (BRASIL, 
2002). Diante disso e junto ao fato de sua extensão territorial, diversidade geográfica e climática, nosso país é detentor de uma 
megadiversidade (LEWINSOHN; PRADO, 2000), é considerado, de acordo com dados científicos, o país com a maior 
biodiversidade do mundo, abrigando 43.893 espécies de plantas e pelo menos 104.546 espécies de animais vertebrados e 
invertebrados atualmente conhecidos (BRASIL, 2016), conforme Tabela 1, a seguir. 
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Tabela 1 - Número de espécies atualmente conhecidas no Brasil 
Fonte: adaptado de Brasil (2016). 
O capital natural e os serviços ecossistêmicos brasileiros são importantes para a resiliência de setores da economia nacional, tais 
como agricultura, energia, pesca, silvicultura e extrativismo vegetal e animal. Conforme cresce o conhecimento sobre a grande 
biodiversidade brasileira, assim também cresce a variedade conhecida de espécies para alimentação e novas fontes de fibras, 
remédios, óleos essenciais e uma diversidade de outros produtos (BRASIL, 2016). 
É relevante também mencionar que o potencial brasileiro para o ecoturismo é imenso, nos vários tipos de florestas, savanas, 
campos e pantanais, e que a viabilidade do setor exige a conservação ambiental. Apesar da enorme contribuição da biodiversidade 
e do equilíbrio dos ecossistemas para o desenvolvimento socioeconômico do país e para o bem-estar humano, a consciência dessa 
dependência ainda não está suficientemente impregnada na cultura específica dos diversos setores econômicos, a fim de 
aumentar a importância da conservação da biodiversidade ao grau devido nos programas e políticas setoriais (BRASIL, 2016). 
Em pesquisa realizada pelo Ministério do Meio Ambiente, no ano de 2012, com o objetivo de avaliar a conscientização dos 
brasileiros sobre as questões ambientais, o consumo sustentável e a biodiversidade, a principal preocupação da população foi o 
desmatamento, representado por 67% dos entrevistados; as outras preocupações ambientais foram: poluição da água (47%), 
poluição do ar (36%), aumento na geração de resíduos sólidos (28%), desperdício de água (10%), camada de ozônio (9%) e mudança 
climática (6%). 
O aumento da conscientização e do conhecimento sobre biodiversidade e temas relacionados não depende apenas da ação 
governamental, e a série de pesquisas de opinião revela um papel importante e das escolas na construção dessa conscientização 
para as gerações atuais e futuras. 
O papel da Biodiversidade é ser um espelho das relações dos seres humanos com as outras espécies de 
seres vivos, uma visão ética dos direitos, deveres e educação. 
(Edilson Barbieri) 
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Categorias e Critérios de Espécies 
Ameaçadas de Extinção 
Em 1964, a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) criou o que veio a se tornar o 
maior catálogo sobre o estado de conservação de espécie de plantas, animais, fungos e protozoários de todo o planeta: a Lista 
Vermelha de Espécies Ameaçadas (em inglês: IUCN Red List ou Red Data List). Segundo a própria organização, esta compilação 
tem como objetivos: fornecer informações com base científica sobre o estado das espécies e subespécies em um nível global; 
chamar a atenção do público para a magnitude e a importância da biodiversidade ameaçada; influenciar legislações e políticas 
nacionais e internacionais; e fornecer informações para orientar as ações para conservar a diversidade biológica (OECO, 2014). 
As categorias e critériosIUCN foram inicialmente desenvolvidos para aplicação em nível global, porém a metodologia pode ser 
utilizada para avaliação regional de um táxon, a qual se refere a uma parte da população global. O termo regional é utilizado para 
indicar qualquer zona geográfica em nível sub mundial, seja continente, país, estado ou uma região biogeográfica (MMA, 2013). 
Categorias 
As espécies são classificadas em categorias, baseadas em diferentes critérios. Para a avaliação global são nove categorias 
possíveis, e para a regional uma espécie pode ser enquadrada em onze categorias distintas de acordo com o grau do risco de 
extinção em que se encontra. Por convenção, sempre que houver referência à determinada categoria, utiliza-se o nome em 
português e a sigla original em inglês, entre parênteses. Conforme a IUCN Red List Categories and Criteria Version 3.1 (2001), 
uma espécie pode ser considerada: 
Extinto (EX) - Extinct 
Um táxon é considerado Extinto quando não restam quaisquer dúvidas de que o último indivíduo tenha morrido. Um táxon está 
Extinto quando exaustivos levantamentos no habitat conhecido e/ou potencial, em períodos apropriados (do dia, estação e ano), 
realizados em toda a sua área de distribuição histórica, falharam em registrar a espécie. As prospecções devem ser feitas durante 
um período de tempo adequado ao ciclo de vida e forma biológica da espécie em questão. 
Extinto na Natureza (EW) - Extinct in the Wild 
Um táxon está extinto na natureza quando sua sobrevivência é conhecida apenas em cultivo, cativeiro ou como uma população (ou 
populações) naturalizada fora da sua área de distribuição natural. Um táxon está Extinto na Natureza quando exaustivos 
levantamentos no habitat conhecido e/ou potencial, em períodos apropriados (do dia, estação e ano), realizados em toda a sua área 
de distribuição histórica, falharam em registrar a espécie. As prospecções devem ser feitas durante um período de tempo 
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adequado ao ciclo de vida e forma biológica da espécie em questão. 
Regionalmente Extinto (RE) - Regionally Extinct 
Equivale a extinto no Brasil. Categoria para um táxon quando não há dúvida de que o último indivíduo potencialmente capaz de se 
reproduzir na região tenha morrido ou desaparecido da natureza, ou no caso de ser um táxon visitante, o último indivíduo tenha 
morrido ou desaparecido da natureza, na região. Táxon extinto há mais de 500 anos não precisa mais ser avaliado. 
Criticamente em Perigo (CR) - Critically 
Um táxon é considerado Criticamente em Perigo quando as melhores evidências disponíveis indicam que se cumpre qualquer um 
dos critérios A à E (explicados adiante) para Criticamente em Perigo e, por isso, considera-se que está enfrentando um risco 
extremamente alto de extinção na natureza. 
Em Perigo (EN) - Endangered 
Um táxon é considerado Em Perigo quando as melhores evidências disponíveis indicam que se cumpre qualquer um dos critérios A 
à E para Em Perigo e, por isso, considera-se que está enfrentando um risco muito alto de extinção na natureza. 
Vulnerável (VU) - Vulnerable 
Um táxon está Vulnerável quando as melhores evidências disponíveis indicam que se cumpre qualquer um dos critérios A à E para 
Vulnerável, e por isso considera-se que está enfrentando um risco alto de extinção na natureza. 
Quase Ameaçado (NT) - Near Threatened 
Um táxon é considerado Quase Ameaçado quando, ao ser avaliado pelos critérios, não se qualifica atualmente como Criticamente 
em Perigo, Em Perigo ou Vulnerável, mas está perto da qualificação (aproxima-se dos limiares quantitativos dos critérios) ou é 
provável que venha a se enquadrar em uma categoria de ameaça num futuro próximo. 
Menos Preocupante (LC) - Least Concern 
Um táxon é considerado Menos Preocupante quando é avaliado pelos critérios e não se qualifica como Criticamente em Perigo, 
Em Perigo, Vulnerável ou Quase Ameaçado. Táxons de distribuição ampla e táxons abundantes normalmente são incluídos nesta 
categoria. Táxons raros e de distribuição restrita também podem ser classificados como LC, desde que não haja ameaças 
significativas. 
Dados Insuficientes (DD) - Data Deficient 
Um táxon é considerado com Dados Insuficientes quando não há informação adequada para fazer uma avaliação direta ou indireta 
do seu risco de extinção, com base na sua distribuição e/ou estado populacional. Um táxon nesta categoria pode estar bem 
estudado e a sua biologia ser bem conhecida, mas faltam dados adequados sobre a sua distribuição e/ou abundância. Classificar 
um táxon nesta categoria indica que é necessário obter mais informações, mas que se reconhece a possibilidade de que ele pode 
estar ameaçado, e que pesquisas futuras poderão indicar uma categoria de ameaça. É importante que toda informação disponível 
seja usada. Uma espécie categorizada como DD não deve ser tratada como não ameaçada. 
Não Avaliado (NE) - Not Evaluated 
Táxon não avaliado sob os critérios UICN. 
Critérios 
Os critérios usados para determinar em qual das três categorias de ameaça um táxon se enquadra (criticamente em perigo, em 
perigo, vulnerável) são baseados em limites quantitativos de parâmetros, como redução populacional, distribuição geográfica e 
tamanho populacional. Alguns critérios usam combinações desses parâmetros. A maioria dos critérios inclui subcritérios, que são 
usados para justificar com mais detalhe a classificação de um táxon em determinada categoria. Os critérios são: 
1. Redução da população (passada, presente e/ou projetada para o futuro). 
2. Distribuição geográfica restrita e apresentando fragmentação, declínio ou flutuações da população. 
3. População pequena e com fragmentação, declínio ou flutuações. 
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4. População muito pequena ou distribuição muito restrita. 
5. Análise quantitativa de risco de extinção. 
Os critérios detectam os sintomas da ameaça e não suas causas, de modo que podem ser aplicados a qualquer processo de ameaça 
que resulte em consequências, como o declínio populacional passado ou futuro, população pequena ou distribuição geográfica 
restrita. Assim, mesmo que a ameaça não seja identificada em um primeiro momento, um táxon pode ser classificado como 
ameaçado. Os limiares quantitativos de cada critério que definem o status de ameaça foram elaborados com ampla consulta à 
comunidade científica e têm como base as teorias de extinção (BRASIL, 2013). 
Espécies Ameaçadas no Brasil 
As avaliações do estado de conservação das espécies da flora brasileiras são realizadas pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro 
(JBRJ), e as espécies da fauna são de responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), 
segundo a Portaria n. 443/2014. 
O Ministério do Meio Ambiente publicou, em 2014, as portarias que instituem as novas listas nacionais de espécies ameaçadas de 
extinção, os resultados apontam 3.286 táxons ameaçados no Brasil, conforme apresentados na Tabela 2: 
Tabela 2 - Quantidade de táxons de flora, fauna e suas respectivas categorias de ameaça no Brasil 
Fonte: adaptado de Brasil (2014). 
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Os resultados apontam 1.173 táxons ameaçados no Brasil, que estão listados em duas portarias publicadas 
pelo Ministério do Meio Ambiente. Para saber mais, acesse os links: 
http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp? 
data=18/12/2014&jornal=1&pagina=110&totalArquivos=144 . 
http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=121&data=18/12/2014 . 
Fonte: o autor. 
O ICMBio prioriza, agora, as estratégias de conservação, com o intuito de acabar com as ameaças e diminuir o risco de extinção das 
espécies com o objetivo de retirá-las da lista vermelha e impedir que as espécies QuaseAmeaçadas (NT) entrem na lista, 
procurando avaliar a situação das espécies consideradas com Dados Insuficientes (DD). 
Unidades de Conservação 
O Brasil, como a maioria dos países em desenvolvimento, vem perdendo sua biodiversidade em função do crescimento 
populacional, das falhas na agricultura sustentável, da pobreza em forma geral, da demanda crescente por recursos naturais e por 
falta de incentivos financeiros. Portanto, surge como alternativa a criação de unidades de conservação na tentativa de minimizar 
impactos e degradação de ecossistemas, visando direcionar estratégias de conservação e de desenvolvimento sustentável 
(HENRY-SILVA, 2005). 
As unidades de conservação são espaços com características naturais relevantes, que têm a função de proteger a 
representatividade de amostras significativas e ecologicamente viáveis das diferentes populações, fauna, flora, habitats, solo, 
clima, paisagens e ecossistemas do território nacional, preservando o patrimônio biológico existente. As UC asseguram o uso 
sustentável dos recursos naturais e, ainda, propiciam às comunidades envolvidas o desenvolvimento de atividades econômicas 
sustentáveis em seu interior ou entorno (SIMÕES, 2008; BRASIL, 2011). 
No Brasil, a lei n. 9.985, de 18 de julho de 2000, institui a aprovação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC, que 
estabelece critérios e normas para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação. 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fpesquisa.in.gov.br%2Fimprensa%2Fjsp%2Fvisualiza%2Findex.jsp%3Fdata%3D18%2F12%2F2014%26jornal%3D1%26pagina%3D110%26totalArquivos%3D144&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEwjtS0M9gZ876rm1KT03dlHX497g
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SNUC - Sistema Nacional de Unidades de Conservação 
O SNUC é o conjunto das unidades de conservação federais, estaduais e municipais, conforme o disposto pela lei n. 9.985/2000. 
Considerado um dos modelos de conservação mais elaborados do mundo. Sua concepção vai além da manutenção da 
biodiversidade, pois possibilita vários usos do solo e dos recursos naturais. Desta forma, o SNUC se torna uma ferramenta para 
potencializar atividades que colaboram para a geração de emprego e renda, o aumento da qualidade de vida das pessoas e o 
desenvolvimento do país, sem prejuízo para a conservação ambiental (BRASIL, 2011). De acordo com o capítulo II Art. 4º, o SNUC 
tem os seguintes objetivos: 
I. contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos genéticos no território nacional e nas águas 
jurisdicionais; 
II. proteger as espécies ameaçadas de extinção no âmbito regional e nacional; 
III. contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas naturais; 
IV. promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais; 
V. promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da natureza no processo de desenvolvimento; 
VI. proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica; 
VII. proteger as características relevantes de natureza geológica, geomorfológica, espeleológica, arqueológica, 
paleontológica e cultural; 
VIII. proteger e recuperar recursos hídricos e edáficos; 
IX. recuperar ou restaurar ecossistemas degradados; 
X. proporcionar meios e incentivos para atividades de pesquisa científica, estudos e monitoramento ambiental; 
XI. valorizar econômica e socialmente a diversidade biológica; 
XII. favorecer condições e promover a educação e interpretação ambiental, a recreação em contato com a natureza e o 
turismo ecológico; 
XIII. proteger os recursos naturais necessários à subsistência de populações tradicionais, respeitando e valorizando seu 
conhecimento e sua cultura e promovendo-as social e economicamente. 
Ainda sobre o SNUC, Art. n. 5 (capítulo II), este é regido pelas diretrizes que: 
I. assegurem que no conjunto das unidades de conservação estejam representadas amostras significativas e ecologicamente 
viáveis das diferentes populações, habitats e ecossistemas do território nacional e das águas jurisdicionais, salvaguardando 
o patrimônio biológico existente; 
II. assegurem os mecanismos e procedimentos necessários ao envolvimento da sociedade no estabelecimento e na revisão 
da política nacional de unidades de conservação; 
III. assegurem a participação efetiva das populações locais na criação, implantação e gestão das unidades de conservação; 
IV. busquem o apoio e a cooperação de organizações não governamentais, de organizações privadas e pessoas físicas para o 
desenvolvimento de estudos, pesquisas científicas, práticas de educação ambiental, atividades de lazer e de turismo 
ecológico, monitoramento, manutenção e outras atividades de gestão das unidades de conservação; 
V. incentivem as populações locais e as organizações privadas a estabelecerem e administrarem unidades de conservação 
dentro do sistema nacional; 
VI. assegurem, nos casos possíveis, a sustentabilidade econômica das unidades de conservação; 
VII. permitam o uso das unidades de conservação para a conservação in situ de populações das variantes genéticas 
selvagens dos animais e plantas domesticados e recursos genéticos silvestres; 
VIII. assegurem que o processo de criação e a gestão das unidades de conservação sejam feitos de forma integrada com as 
políticas de administração das terras e águas circundantes, considerando as condições e necessidades sociais e econômicas 
locais; 
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IX. considerem as condições e necessidades das populações locais no desenvolvimento e adaptação de métodos e técnicas 
de uso sustentável dos recursos naturais; 
X. garantam às populações tradicionais, cuja subsistência dependa da utilização de recursos naturais existentes no interior 
das unidades de conservação, meios de subsistência alternativos ou a justa indenização pelos recursos perdidos; 
XI. garantam uma alocação adequada dos recursos financeiros necessários para que, uma vez criadas, as unidades de 
conservação possam ser geridas de forma eficaz e atender aos seus objetivos; 
XII. busquem conferir às unidades de conservação, nos casos possíveis e respeitadas as conveniências da administração, 
autonomia administrativa e financeira; 
XIII. busquem proteger grandes áreas por meio de um conjunto integrado de unidades de conservação de diferentes 
categorias, próximas ou contíguas, e suas respectivas zonas de amortecimento e corredores ecológicos, integrando as 
diferentes atividades de preservação da natureza, uso sustentável dos recursos naturais e restauração e recuperação dos 
ecossistemas. 
Categorias de Unidades de Conservação 
As unidades de conservação têm protegido o patrimônio ambiental do Brasil desde 1934, com a criação da Floresta Nacional de 
Lorena (SP). Desde então, a área abrangida por UC tem aumentado, especialmente nos últimos anos, resultando em quase 1,5 
milhões de km², ou 16,6% do território continental brasileiro e 1,5% do território marinho, destinados para a conservação da 
biodiversidade, preservação de paisagens naturais com notável beleza cênica, uso sustentável dos recursos naturais e valorização 
da diversidade cultural brasileira. Toda essa área está protegida por um total de 310 unidades federais, 503 estaduais, 81 
municipais e 973 RPPN, dados consolidados até 10 de maio de 2011 (BRASIL, 2011). 
Em virtude da grande diversidade de situações presentes na realidade brasileira, o SNUC

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