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24/ SEÇÃO 1 - TEORIA Bienfait, em seu livro Os desequilíbrios estáticos, discorre longamen sobre como mudanças em um segmento levam a alterações dos segm te en. tos suprajacentes6. A orientação postural pode ser vista dessa forma estática, mas a po _ tura também está presente nas funções dinâmicas, ou seja, é precis: manter a posição de alinhamento entre os segmentos corporais tambe' . m durante os movimentos. Por exemplo: quando se passa de uma posição para outra, quando se pega um objeto no chão, quando se sobe em um , h b . a arvore, senta-se no c ão ou em um anco estreito, etc. B. Estabilidade A estabilidade corporal é um problema dinâmico, relacionado à ca. pacidade de manter a linha perpendicular ao sol~, que_ passa pelo centro de gravidade, dentro da base de suporte, e assim evitar a queda. Para manter a estabilidade, o corpo tem três estratégias básicas, chamadas de respostas ao desequilíbrio ou Modelo de Nashner. Ele responde com ajustes do tornozelo a pequenos desequilíbrios, com movimentos da articulação coxofemoral a desequilíbrios um pouco maiores, e, quando o desequilíbrio é grande o suficiente para não poder ser controlado apenas com reajustes dos segmentos corporais, usa um ajuste de todo 0 corpo, em forma de "reação de passo". A capacidade de controlar a posição do corpo no espaço, além da complexa interação entre os sistemas musculoesquelético e neural, de- pende também da interação entre o indivíduo, a tarefa e o ambiente. É necessária uma ativação muscular coordenada. A coordenação neuromuscular de manutenção da postura depende da inervação dos músculos mediante um complicado mecanismo reflexo e de processos neurais de nível superior que controlam os arranjos dos segmentos corporais baseados em informações sensoriais de diferen- tes fontes. Uma posrura correta apresenta equilíbrio dinâmico dos vários segmen- tos corporais nos planos sagital, longitudinal e axial, em várias posições, com eficiência fisiológica e biomecânica e um mínimo de esforço e tensão. Assim, quando ocorre um desequilíbrio, os segmentos corporais necessi- tam de trabalho muscular adicional. Ficar em pé ereto exige ajustes dos músculos posrurais do tronco e atividade muscular adequada dos membros inferiores para sustentar o peso do corpo. Apesar da atividade estabilizadora dos músculos em torno dos quadris e da pelve, estes devem manter-se móveis para permitir ati- vidades funcionais na posição em pé7. ""1111 _,,I 11 INTRODUÇÂO À CINESIOTERAP/A / 25 Compreendida a importância do equilíbrio para o ser humano e sua influência nas alividades da vida coLidiana , é possível cria r protocolos de intervenção cinesioterapêutica diante dos distúrbios de equilíbrio. Tal in- tervenção é de extrema importância, já que o controle do equilíbrio é considerado uma habil idade fundamental e prerrequisito para se iniciar qualquer movimento. O equilibrio é automático. A perda do equilíbrio pode trazer o medo ele cair e a atenção constante num movimento que deveria passa r despercebi- do, por ser automático. Para reabilitar essa função, usa-se a cinesioterapia para provocar a experiência do movimento, o que leva à reorganização dos sistemas internos e ao desenvolvimento ele estratégias adaptativas que irão ao encontro das demandas de um dado ambiente ou de uma deter- minada função. Como foi visto, a manutenção da postura é automática, por intermédio de reajustes musculares que buscam manter fixa a posição do CG denlro da base de suporte. O fisioterapeuta poderá , então, tentar alterar a situação, 0 que fará entrar em ação músculos equilibradores, numa série de reações previsíveis quanto à direção e à imensidade, trabalhando e ativando as respostas de equilíbrio corporal. Uma forma de fazer isso é alterar a base de suporte usando um plano móvel (podem ser superfícies com deslocamento horizontal, que giram, ou báscula com bolas, tábuas de equilíbrio, balancins, etc.). O objetivo é compensar os desequilíbrios do plano de apoio, adotando uma postura compatível com o equilíbrio perdido. Outra forma é tentar mudar a posição do CG dentro da base de su- porte; por exemplo, empurrando o paciente em diferentes direções ou então solicitando o deslocamento de segmentos corporais, para provocar desequilíbrio que ativará respostas de equilíbrio corporal. A manutenção do equilíbrio é conseguida pela prática de atividades físicas diárias, que podem incluir alongamento, relaxamento, fo rtaleci- mento, além de exercícios em diferentes posições e com variados tipos de solicitações. Essas atividades são importantes porque provocam a al- ternância de ativação de diferentes cadeias musculares. PROPRIOCEPÇÃO Costuma-se aprender, desde muito cedo, que existem cinco sentidos-visão, paladar, olfato, tato e audição. Todos os sentidos fazem leituras de diferenLes estímulos por intermédio de sensores que possuem células especializadas sensíveis a aspectos físicos do ambiente, como luz, temperatura, toxinas, 26 / SEÇÃO 1 - TEORIA nutrientes, hormônios, níveis de glicose ou oxigênio, neurotransmissores, criaturas estranhas. Eles também participam da manutenção do equilíbrio e da realização de diversas atividades e movimentos. Para relacionar-se com o meio ambiente, o corpo serve-se de vários sentidos chamados de exteroceptivos, ou seja, que recebem informações externas a ele. Não reconhecem, porém, a localização espacial do corpo, sua posição e orientação, a força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo em relação às demais. Esta é uma percepção ou um sentido específico, pois capta e leva ao SNC informações sobre o próprio corpo e não sobre o ambiente. Por isso recebe o nome de propriocepção, e os sensores proprioceptivos são sensíveis aos aspectos físicos do am- biente interno, como alongamento, movimento do organismo e posição dos membros. Existem dois níveis de propriocepção: consciente (voluntária), em que os estímulos advindos dos receptores sobem pelo corno posterior da me- dula até o SNC, permitindo, por exemplo, a capacitação da articulação em atividades esportivas; e inconsciente (reflexa), cujos estímulos chegam até a medula espinhal e fazem parte de um arco reflexo miotático que mo- dula a função do músculo e inicia a estabilização reflexa das articulações. Portanto, a percepção consciente e inconsciente da posição de um membro do corpo em relação ao espaço é definida como propriocepção. Essa percepção se dá por integração de estímulos provenientes das arti- culações, da pele, dos tendões, ligamentos e músculos, dos sistemas vest~bular e visual, e as funções de cada proprioceptor se complementam8. E a propriocepção que permite a modulação da ativação dos músculos agonistas e a coativação da musculatura antagonista, contribuindo para a estabilidade articular durante o movimento. A quebra desse mecanismo causa alterações no movimento como um todoª. Os receptores proprioceptivos são chamados de mecanoceptores, pois respondem a alterações físicas, mais especificamente a estímulos mecâni- com~ trações compressões, causadas por alterações angulares das rticula_çoes, rotaçoes, contrações e alongamentos musculares. O conjun- to das informações dadas por esses receptores permitem por exemplo tocar os d~dos do pé com os olhos vendados, além de andar falar segu~ rar e marnpular objetos mante - · · ' ' 1 . . , r-se em pe ou pos1c1onar-se para realizar a guma a[Jv1dade. Os mecanoceptores podem ser articulares ou musculares. • Articulares: encontrados nas estruturas art,·c 1 . . 1 • u ares e penarticu- ares, informam sobre angulação e velo 'd d d . . . c1 a e os movimentos articulares e trazem informações essencia,·s . , . d para a consc1enc1a a 1 / INTRODUÇÃO A CINESIOTERAPIA 127 posição dos membros e seus movimentos, o que vem a ser o sentido cinestésico. Tipo I de Wyke ou receptores de Rufini (estatorreceptores), pre- sentes nas cápsulas articulares, em maior quantidade nas articulaçõesproximais. São receptores de adaptação lenta , ativados quando se mobiliza passivamente a articulação. Tipo II de Wyke ou corpúsculos de Pacini, presentes nas cápsu- las articulares, em maior quantidade nas articulações distais , são inativos em repouso e ativados em movimentos rápidos, sendo receptores de adaptação rápida. Tipo III de Wyke ou corpúscu los de Golgi-Mazzoni, ficam nos ligamentos, são mecanoceptores dinâmicos que assinalam a po- sição e a direção do movimento, principalmente nos graus extremos de ADM. Tipo IV de Wyke ou terminações nervosas livres, receptores de dor, localizados nas cápsulas articulares, ligamentos, periósteo, coxins adiposas e vasos das articulações, são ativados po r defor- mação mecânica e modificações do líquido sinovial. • Musculares - Órgãos tendinosos de Golgi (OTG), estruturas encapsuladas, si- tuadas em série ao longo das fáscias e junções musculotendinosas, que respondem à tensão muscular, ou seja, à tração exercida nos tendões indicando a força que está sendo exercida sobre a mus- culatura e impedindo lesões. Fusos musculares, estruturas encapsuladas em paralelo com as fi- bras musculares, são receptores de estiramento, monitoram o com- primento da fibra muscular em repouso e durante o movimento. ,e 00 "? Os proprioceptores detectam alterações da tensão e posição das es- truturas onde estão localizados e promovem estímulos para percepção ela posição e do movimento. Esses mecanoceptores articulares, musculares e da pele provêm um feedback aferente para a medula e o cérebro, uma parte importante do complexo sistema de controle motor. Tal feedback contribui para a programação motora do controle neuromuscular neces- sário para movimentos de precisão, além ele contribuir para os reflexos musculares, proporcionando estabilidade dinâmica à articulação. Por isso o sistema proprioceptivo está envolvido em toda e qualquer atividade terapêutica que se exerça, mas o trabalho proprioceptivo, ou simplesmente o trabalho terapêutico chamado de propriocepção, tem muitas facetas. 28 / SEÇÃO 1 - TEORIA Mesmo ao realizar um exercício passivo num paciente em coma, 0 movimento estará estimulando os proprioceptores articulares e musculares consequentemente estimulando também o cérebro quanto à localizaçã~ e ao movimento do membro trabalhado. Assim, embora didaticamente se costume dividir o tratamento em partes - ganho de ADM, de força, alon- gamento, reeducação proprioceptiva -, na prática isso é impossível. o controle motor é exercido a cada mínimo movimento e a propriocepção faz parte desse controle motor, portanto sendo estimulada todo o tempo em que se estiver exercendo movimento, toque ou até posicionamento sobre um corpo. Todas as técnicas de tratamento em pacientes neuroló- gicos ou de terapia manual têm componentes proprioceptivos importantes. E a propriocepção é um dos motivos por que o fisioterapeuta utiliza tan- to as mãos para ensinar movimentos. O termo reeducação proprioceptiva, entretanto, é associado à recupe- ração da capacidade de respostas articulares e musculares rápidas e da estabilidade articular necessária para as atividades dinâmicas. Sendo assim, está muito ligado à reabilitação traumato-ortopédica. Lesões de ligamentos, tendões, cápsulas, etc., são acompanhadas de lesões de elementos sensitivos da articulação (que a cada instante emitem sinais aos centros superiores, transmitindo informações sobre a direção, a força e a velocidade dos movimentos). Com a deficiência no sistema de informação (déficit proprioceptivo), os receptores transmitem "falsas in- formações", o que pode ocasionar instabilidade mecânica e funcional, causando microtraumas e novas lesões e/ ou traumas. l A reabilitação proprioceptiva utiliza-se de estratégias de ativação dos mecanoceptores com objetivo o de aumentar os estímulos, buscando res- tabelecer o equilíbrio da articulação ou segmento afetado. Utilizam-se estímulos para obter, de maneira automática ou reflexa, micromovimentos articulares e contrações musculares que irão prover estímulos proprio- ceptivos que, por sua vez, propiciarão melhora do controle motor, da proteção e da aprendizagem do movimento. A reeducação proprioceptiva só é iniciada quando o paciente tem ADM, flexibilidade e força suficientes para que os estímulos propiciados não sejam causa de outras lesões. Empregam-se exercícios para ativar receptores arti- culares, como exercícios pendulares e em arco curto com velocidade, transferência de peso, equilíbrio unipodálico, exercícios de coordenação para membros superiores ou para marcha, mudança da base de apoio (es~um~s e bases_ instáveis, como as proporcionadas por pranchas de equilíbno e balancms), exercícios de coordenação com bola, entre outros. A progressão. dos e:er~ícios de propriocepção deve ser gradual, de ~enor~s pa~a ma1?res mve1s de dificuldade. Devem-se respeitar dor, afec- çao e c1rurg1a, assim como o nível de recuperação do paciente. _____,,.. 1 / INTRODUÇÃO À CIIIESIOTERAPIA 129 COORDENAÇÃO O movimento normal é fluente, fácil , econômico, orientado, acontece apoiado numa estrutura postural estável. Sempre é feito com um objetivo, para cumprir uma determinada função, dentro de um ambiente específico. Em outras palavras, existe coordenação do movimento. Coordenação motora é a capacidade de executar movimentos regulares, acurados e controlados; é a interação harmoniosa e econômica dos sistemas musculoesquelético, nervoso e sensorial. Ela permite, portanto, estabelecer a forma mais adequada de movimento em termos de velocidade, distância, ritmo, direção e tensão. Divide-se em dois tipos: coordenação motora grossa, que visa utilizar os grandes músculos esqueléticos; e coordenação motora fina, que utiliza os pequenos músculos. As áreas do sistema nervoso central que dão informação e atuam conjun- tamente com o córtex cerebral na produção de um movimento coordenado são o cerebelo, os gânglios da base e a região posterior da medula dorsal. O cerebelo atua na coordenação da atividade motora, na manutenção do equilíbrio e na regulação do tônus muscular. Os núcleos da base participam da iniciação e regulação dos movimentos grosseiros gerais e da capacidade de concretizar movimentos automáticos e ajustamentos posturais. Finalmen- te, a região posterior da medula dorsal é responsável pela medição das aferências proprioceptivas derivadas dos receptores musculares e articulares. O controle da coordenação motora pode se dar de duas formas: pelo sistema de alça aberta, por meio de um programa motor padrão ou pré- -programado, ou pelo sistema de alça fechada, que acontece nos movimentos não programados e é dependente de feedback muscular, visual, auditivo e proprioceptivo para que o movimento seja constan- temente corrigido. O corpo se move no espaço e sua forma se modifica incessantemente, através de movimentos que ocorrem nas três dimensões do espaço. Em- bora braços e pernas pareçam se estender e flexionar como dobradiças, o processo total do movimento apresenta muito mais complexidade. Da mesma forma , a cadência do andar, alternando fases de amortecimento e impulso, desenvolve sua amplitude muito mais complexamente do que o simples oscilar de um pêndulo. Portanto, a coordenação motora é a união e a síntese da anatomia e da fisiologia do movimento. Piret e Béziers explicam que os seres humanos fazem os mesmos gestos, mas cada um os realiza à sua maneira9. A boa coordenação mo- tora é a que garante as condições propícias às funções orgânicas de forma econômica utilizando um alinhamento tal que se aproveita das próprias leis da fí~ica e da gravidade para garantir economia energética 9 7 8-8 5 -7 2 4 1 -8 8 6 -7 1 u; o :.o :!!! <n o m Q . Q ) <n "' .s::: tJ Q) .s::: tJ o .o gJ m Q . "' ::, Cl ª m 1 ã 1 j ,,, 184/ SEÇÃO 2-PRATICA .. -.~· l L,1'.~ ... 'JJ ;;:' ~-.. _'i 'Y !11/11,, . . , . .,,.."..:; +. ;A_. li " 1] ~, _;-.. _- ~. f '. 1 • , ,, ' ' ' ' . ., , .. f!l!N;,; , ,..,._····~·; -.~. -.. , .... ·. ,# ... ;li'''··· .· ;:,t- :· -~ ... '"ló,, t1 •..•. ,, ., ~i . , • ~ ,-. - .-,- ' ~'# L:"J L~ Figura 9.17 - Resistir com as mãos o movimento de fazer um bico. Figura 9.19 - Resistir com as mãos a união das sobrancelhas. Figura 9.18- Resistir com as mãos o movimento de elevar as sobrancelhas. ....... """ ..._ r- 'C; ., "? ,, N r- J., ., 00 r- °' Figura 9.20 - Resistir com as mãos, impedindo o riso amarelo. Figura 9.21 - Com os dedos, resistir ao fecha- mento dos olhos. •~x 1 Figura 9.22- Com os dedos, resistir à abertura dos olhos. 9 / EXERCÍCIOS FACIAIS/ 185 • :·~ i, . _· ·. ~ · 186 / SEÇÃO 2 - PRATICA ..,,... , _.--,.,"" ' - ___ _ .-? -_ t ·-~ _) -. ........ " . --_ .. . i ;~=!,ií ' '! ,\ , ' • .,: 1 - ~ 1 , .. ,~q-.. i ,:i •' ~1 ' l Figura 9.23 - Puxar, corn os dedos canto externo dos olhos e forçá-lo~ 0 se manter fechados, ª Figura 9.24- Com as mãos, apertar os lábios, impedindo-os de abrir. Observação: pode-se também usar as mãos para a formação do bico de forma passiva ou assistida. Figura 9.25 - Puxar, com os dedos, as pálpebras inferiores e forçar para manter as pálpebras no lugar, resis· tindo à força dos dedos. < j • Figura 9.26- Com os dedos, segu· raras laterais do nariz, impedindo-o de enrugar. Figura 9.27 - Com os dedos, empurrar as laterais do nariz, ajudando-o a enrugar. Figura 9. 28 - Com os de• dos, ajudar o fechamento das pálpebras. 9 / EXERCICIOS FACIAIS/ 187 1l ---~-.... ~- ::, . . ~--~~. ~ . ""'':=-. ;,,-•~-- •.· ~· . . ,., •.·'· t · ....,.,,.___ ~ - 188 / SEÇÃO 2- PRATICA Figura 9.29 - Sequência de coordenação: (A) fechar os olhos com força, (8) passar pa levemente fechado, (C) abrir e, então, (O) arregalar. Recomeçar. ra Figura 9.30 - Sequência de coordenação 2: (A e 8) vocalizar as vogais exag~rando O for: mato da boca (nas fotos, exemplificando as letras "a" e "u"). Pode ser feito de varias formas. com pausa entre cada som (a, e, i, o, u); ligando os sons (aeiou) ; ligando uma vogal com todas as outras (ae, ai, ao, au/ua, ue, ui, uo, uu, etc.). ...... ,_.. .... 9 / EXERCICIOS FACIAIS/ 189 Figura 9.31 - Sequência de coordenação 3: (A) cerrar os lábios, (8') ir abrindo devagar até (C) formar um sorriso e, então, (O) fazer um bico. A ordem pode ser invertida (começar do bico para o sorriso, até levar os lábios à posição cerrada). ~·-4J Figura 9.32 - Sequência de coordenação 4: (A) formar um bico mais aberto e, então, (B) fechá-lo e abri-lo novamente (imitar o movimento da boca de um peixinho) . Capítulo 1 o Sugestões para Aplicação INTRODUÇÃO Como este livro foi dedicado a um tema muito abrangente e com amplas possibilidades de trabalho, a cinesioterapia, é praticamente impossível esgotar o assunto. Normalmente, as propostas cinesioterapêuticas são expostas juntamente com assuntos específicos - em obras de fisioterapia respiratória exploram-se exercícios respiratórios; em cardiologia, expõe-se a fisiologia do exercício e do treinamento; na área da postura, existem várias técnicas específicas, cada uma detalhada por seus criadores em escritos variados, e assim por diante. Diante disso, a disciplina de cinesioterapia acaba não contando com mui- tas obras genéricas em que se apoiar, dificultando seu estudo. Esta proposta de visão global da cinesioterapia teve como objetivo apresentar conceitos básicos e dar sugestões e exemplos de exercícios. Assim, este último capí- tulo visa apresentar algumas ideias de tratamento, de forma a auxiliar no entendimento da aplicação da cinesioterapia em diferentes situações. Longe fique a noção de que estão sendo apresentadas receitas ou protocolos fechados de tratamento. Qualquer proposta de tratamento deve ser muito bem embasada no conhecimento do movimento normal e da fisiopatologia do paciente, lembrando que cada indivíduo costuma apre- sentar peculiaridades que devem ser muito bem consideradas ao se propor uma cinesioterapia. Procure observar como diferentes exercícios podem ser utilizados para atingir um mesmo objetivo ou como um mesmo exercício pode, no contex- to de cada paciente e/ou situação, ser empregado com diferentes objetivos. A seguir, estão algumas sugestões para uso dos exercícios exemplifica- dos ao longo dos capítulos anteriores. Fique, então, muito claro que este capítulo não se propõe a oferecer receitas de tratamento, mas sim ajudar 0 leitor a utilizar, na prática, o que foi apresentado como sugestão. Estimul~-~e também o emprego da criatividade de cada um para aumentar o repertono de exercícios com as variações que possam surgir. r· 192/ SEÇÃ02-PRÁTICA LESÕES TRAUMÁTICAS DO JOEIJIO Tratamento não Cirúrgico • Para manter mobilidade, controlar dor e edema· F' 6 • Para manter o trofis~10 muscular (isométricos): Fi~:\ .4 ª 6.7. • Para ganhar força: F1gs. 6.48 a 6.61. · 11 a 6.19, • Para propriocepçào: Figs. 6.62 a 6.67. Pós-cirúrgico Seguir protocolo para cirurgias específicas, evoluindo de acordo com cad caso. De forma geral: a • Para ganho de mobilidade: Figs. 6.1 a 6.3; 6.9 a 6.11; 6.29 a 6 32 • Para fortalecimento: Figs. 6.11 a 6.19. · · • Para treino de marcha: Figs. 4.36 a 4.55. • Para propriocepçào: Figs. 4.24 a 4.26; 6.62 a 6.67. PÉS PLANOS • Para ganho de mobilidade de tornozelo: Figs. 6.32 e 6.33; 6.36 a 6.39; 6.47 a 6.49. • Para fortalecimento da musculatura que sustenta o arco: Figs. 6.26 a 6.28; 6.56 a 6.61. FRATURA DE TORNOZELO OU ENTORSE GRAVE • Para ganho de mobilidade de tornozelo: Figs. 6.32 e 6.33; 6.36 a 6.39; 6.47 a 6.49. • Para fortalecimento da musculatura que sustenta o arco: Figs. 6.26 a 6.28; 6.56 a 6.61. • Para propriocepçào: Figs. 6.62 a 6.67. • Para treino de marcha: Figs. 4.36 a 4.55. CIRURGIA DE PRÓTESE DE QUADRIL Seguir protocolo específico para cada técnica cirúrgica. De forma geral: • Para ganho de mobilidade: Figs. 6.1 a 6.3; 6.9 a 6.11; 6.20 a 6.ZS; 6.29 a 6.32. __.....,___ "" 1 O/ SUGESTÕES PARA APLICAÇÃO J 193 • Para fortalecimento: Figs. 6.11 a 6.19; 6.40 a 6.55 . • Para treino de marcha: Figs. 4.34 a 4.55. LfSÕES DE OMBRO • Para controle da dor: Fig. 5.23. • Para ganho de mobilidade: Figs. 5.24 a 5.34; 5.44 a 5.47; 5.53 a 5.64 . • Para fortalecimento: Figs. 5.70 a 5.82. • Para propriocepção: Figs. 5.84 a 5.88 . PÓS-FRATURA DE OLÉCRANO • Para ganho de mobilidade: Figs. 5.67 e 5.69. • Para fortalecimento: Figs. 5.70 a 5.82. • Para propriocepção: Figs. 5.84 a 5.88. PÓS-FRATURA DE PUNHO • Para ganho de mobilidade: Figs. 5.1 a 5.4; 5.12 a 5.17. • Para fortalecimento: Figs. 5.18 a 5.20; 5.56 e 5.57; 5.70 a 5.84. • Para propriocepção: Figs. 5.21 e 5.22; 5.84 a 5.88. PARA CERVICALGWCERVICOBRAQUIALGIA • Para relaxamento da musculatura cervical e propriocepção: Figs. 2.1 a 2.4; 2.11 a 2.14. • Para ganho de mobilidade gravitacional: Figs. 2.5 a 2.10. • Para alongar: Figs. 2.15 a 2.19. • Para fortalecer: Figs. 2.20 a 2.23. LOMBALGWLOMBOCIATALGIA CRÔNICA • Para controlar dor e mobilidade da cintura pélvica e da coluna lombar: Figs. 3.23 e 3.24. • Para alongar paravertebrais e cadeia posterior: Figs. 3.47 a 3.50. • Para fortalecimento excêntrico dos paravertebrais (descompressão)? -- ,,, 'I 1 194/ SEÇÃ02-PRATICA PARA BRONQUITE • Na fase aguda, após higiene brônquica: Figs. 8.1 a 8.6· 8 10 e 8.20. ' · ª 8.13 • Em fase tardia: acrescentar as Figs. 8.8, 8.9 8.14 a 8 19 e ' · exe - • de condicionamento físico. rc1c10s PARA MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO • Para mobilidade da pelve: Figs. 3.23 e 3.24; 7.4 a 7.6; 7.11 a 7_13 • Para conscientização e treinamento do períneo: Figs. 7.4 a 7.10; 7_i4 a 7.16. PARA PARALISIA FACIAL • Sequência de mobilidade. • Passiva ou assistida: Figs. 9.24 (como descrito na observação), 9.27 e 9.28. • Ativa: Figs. 9.2 a 9.16 e sequências de coordenação 9.29 a 9.32. • Fortalecimento: Figs. 9.18 a 9.26. EXERCÍCIOS PARA GESTANTES • Figs. 5.48 a 5.52; 5.60 a 5.68; 5.75 a 5.83. • Figs. 2.1 a 2.4; 2.8 a 2.10. • Figs. 6.1 a 6.8; 6.13 a 6.19; 6.20 a 6.27; 6.41 a 6.50. • Figs. 7.4 a 7.16. • Figs. 8.1 a 8.12 (exceção da Fig. 8.3) • Figs. 3.9 a 3.13; 3.22 a 3.31; 3.45 a 3.50. EXERCÍCIOS PARA IDOSOS COMTENDÊNCIAA QUEDAS • Em supino: Figs. 3.22, 3.25 a 3.30, 3.41 e 3.42; 4.1 a 4.15. • Posição de gato: Figs. 3.10 a 3.13. • De joelhos: Figs. 3.15 a 3.20. • Sentado: Figs. 4.16 a 4.22; 6.29 a 6.61. • Em pé: Figs. 4.26 a 4.36; 4.56 a 4.68. • Treino de marcha: Figs. 4.37 a 4.55. 10/ SUGESTÕES PARAAPL/CAÇÁ0/195 fREINO DE EQUILÍBRIO DETRONCO PARA PACIENTES NEUROLÓGICOS • Trabalho para cervical: Figs. 2.1 a 2.4; 2.11 a 2.14 e 2.22. • Em prono: Figs. 3.1 a 3.4, 3.7 a 3.10. • Em supino: Figs. 3.22; 4.1 a 4.14. • Sentado: Figs. 4.16 a 4.18; 4.21 e 4.22. • Sentado para em pé: Figs. 4.32 e 4.33. Observação-. se houver paresia ou plegia, fazer o movimento daquele membro de forma assistida ou passiva.