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MICROEMPREENDEDOR
INDIVIDUAL E SUA
FORMALIZAÇÃO
PROF. CARLOS HENRIQUE KNAAK
1
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1. MEI E SUAS ATIVIDADES ECONÔMICAS. 2
1. O QUE É O MEI? 2
1.1. Características de um empreendedor 2
1.2. A história do MEI 4
1.3. A evolução do MEI entre 2008 e 2020 4
1.4. Quem pode se tornar um microempreendedor individual? 5
1.4.1. O que precisa para abrir um MEI? 6
1.4.2 Quanto custa ser MEI? 6
ESTUDO DE CASO: AMAZON 7
2. ATIVIDADES ECONÔMICAS PERMITIDAS PARA O MEI 7
2.1. Atividade do MEI por setores 8
2.2.Posso mudar minhas atividades do MEI? 9
2.3. Como consultar atividade do MEI? 10
2.4. Quantas atividades podem ter o MEI? 11
2.5. Quais atividades não podem ser enquadradas como MEI? 11
2.6. O que é o CNAE de uma empresa? 12
CAPÍTULO 2. MEI E SUA FORMALIZAÇÃO 14
1. A IMPORTÂNCIA DE FORMALIZAR O SEU NEGÓCIO 14
1.2.Normatização e a formalização do MEI 14
1.2.1 Alvará de Funcionamento 15
1.2.2. Algumas dúvidas respondidas pelo site do Sebrae: 16
2. VANTAGENS E OBRIGAÇÕES DO MEI 17
2.1. Benefícios em ser MEI 17
2.2. Obrigações do MEI 17
2.2.1. Relatório mensal de receitas brutas 18
2.2.2. Simplificação da escrituração contábil e fiscal 18
CAPÍTULO 3. (IN)SUCESSO DO MEI 19
1. COMO INICIAR UM NEGÓCIO DO ZERO 20
2. COMO COMEÇAR UM NEGÓCIO HOME OFFICE 22
3. COMO ABRIR UM MEI: PASSO A PASSO 24
CAPÍTULO 4 - DESENQUADRAMENTO DO MEI 27
1. O QUE É E POR QUE ACONTECE O DESENQUADRAMENTO DO MEI 27
1.1. Desenquadramento automático 27
1.2. Desenquadramento por solicitação 28
1.3. Como é feito o desenquadramento 28
1.4. Prazo para comunicar o desenquadramento 28
1.3. O desenquadramento não é exclusão do Simples Nacional 29
2. COMO REVERTER O DESENQUADRAMENTO DO MEI 29
Organizado por: Professor Carlos Henrique Knaak - knaak@hotmail.com
mailto:knaak@hotmail.com
2
CAPÍTULO 1. MEI E SUAS ATIVIDADES
ECONÔMICAS.
1. O QUE É O MEI?
MEI significa Microempreendedor Individual, ou seja, um profissional autônomo. Quando
você se cadastra como um, você passa a ter CNPJ e facilidades com a abertura de conta
bancária, no pedido de empréstimos e na emissão de notas fiscais, além de ter obrigações e
direitos de uma pessoa jurídica.
O MEI foi criado em 2008 pelo Governo Federal objetivando beneficiar 3,6 milhões de
micronegócios, e também todos os profissionais que trabalhavam por conta própria, e
atuavam de maneira informal no Brasil.
Mas o que é ser empreendedor?
Para Chiavenato1 o empreendedor é a pessoa que inicia e/ou opera um negócio para
realizar uma ideia ou projeto pessoal assumindo riscos e responsabilidades e inovando
continuamente. Essa definição envolve não apenas os fundadores de empresas, mas os
membros da segunda ou terceira geração de empresas familiares e os
gerentes-proprietários, que compram empresas já existentes de seus fundadores.
Os empreendedores são heróis populares do mundo dos negócios. Fornecem empregos,
introduzem inovações e incentivam o crescimento econômico. Não são simplesmente
provedores de mercadorias ou de serviços, mas fontes de energia que assumem riscos em
uma economia em mudança, transformação e crescimento. Continuamente, milhares de
pessoas com esse perfil — desde jovens a pessoas adultas e de todas as classes sociais —
inauguram novos negócios por conta própria e agregam a liderança dinâmica que conduz ao
desenvolvimento econômico e ao progresso das nações. É essa força vital que faz pulsar o
coração da economia
Para ser bem-sucedido, o empreendedor não deve apenas saber criar seu próprio
empreendimento. Deve também saber gerir seu negócio para mantê-lo e sustentá-lo em um
ciclo de vida prolongado e obter retornos significativos de seus investimentos. Isso significa
administrar, planejar, organizar, dirigir e controlar todas as atividades relacionadas direta ou
indiretamente com o negócio.
1.1. Características de um empreendedor
1. Necessidade de realização: as pessoas apresentam diferenças individuais quanto à
necessidade de realização. Existem aquelas com pouca necessidade de realização e que se
contentam com o status que alcançaram. Contudo, as pessoas com alta necessidade de
1CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo : dando asas ao espírito empreendedor : empreendedorismo e
viabilidade de novas empresas : um guia eficiente para iniciar e tocar seu próprio negócio / Idalberto Chiavenato.
- 2.ed. rev. e atualizada. - São Paulo : Saraiva, 2007. p. 3 - 11.
Organizado por: Professor Carlos Henrique Knaak - knaak@hotmail.com
mailto:knaak@hotmail.com
3
realização gostam de competir com certo padrão de excelência e preferem ser
pessoalmente responsáveis por tarefas e objetivos que atribuíram a si próprias.
McClelland, psicólogo organizacional, descobriu em suas pesquisas uma correlação positiva
entre a necessidade de realização e a atividade empreendedora. Os empreendedores
apresentam elevada necessidade de realização em relação às pessoas da população em
geral.
A mesma característica foi encontrada em executivos que alcançaram sucesso nas
organizações e corporações. Em muitos casos, o impulso empreendedor torna-se evidente
desde cedo, até mesmo na infância.
2. Disposição para assumir riscos: o empreendedor assume variados riscos ao iniciar seu
próprio negócio:
● riscos financeiros decorrentes do investimento do próprio dinheiro e do abandono de
empregos seguros e de carreiras definidas;
● riscos familiares ao envolver a família no negócio;
● riscos psicológicos pela possibilidade de fracassar em negócios arriscados.
Contudo, McClelland verificou que as pessoas com alta necessidade de realização também
têm moderadas propensões para assumir riscos. Isso significa que elas preferem situações
arriscadas até o ponto em que podem exercer determinado controle pessoal sobre o
resultado, em contraste com situações de jogo em que o resultado depende apenas de
sorte. A preferência pelo risco moderado reflete a autoconfiança do empreendedor.
3. Autoconfiança: quem possui autoconfiança sente que pode enfrentar os desafios que
existem ao seu redor e tem domínio sobre os problemas que enfrenta. As pesquisas
mostram que os empreendedores de sucesso são pessoas independentes que enxergam os
problemas inerentes a um novo negócio, mas acreditam em suas habilidades pessoais para
superar tais problemas.
As pessoas que sentem que seu sucesso depende de seus próprios esforços e habilidades
têm um foco interno de controle. Em contrapartida, as pessoas que sentem ter a vida
controlada muito mais pela sorte ou pelo acaso têm um foco externo de controle.
As pesquisas revelam que os empreendedores têm um foco interno de controle mais
elevado que aquele que se verifica na população em geral.
Organizado por: Professor Carlos Henrique Knaak - knaak@hotmail.com
mailto:knaak@hotmail.com
4
1.2. A história do MEI2
O MEl foi criado pela Lei Complementar nº 128, de 19 de dezembro de 2008, que alterou a
Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas para criar a figura jurídica e empresarial do
Microempreendedor Individual – uma subcategoria de microempresa.
Segundo a Lei Complementar, para ser MEI, a pessoa jurídica deveria ter faturamento bruto
de até R$ 36 mil por ano, desempenhar uma das atividades permitidas à categoria e pagar
um valor fixo mensal referente à Previdência Social e aos tributos do negócio.
O objetivo dessa medida era trazer para a formalidade milhões de trabalhadores autônomos
que, até então, desempenhavam suas atividades sem amparo da lei ou acesso à
Previdência Social. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esses
trabalhadores representavam quase 20% da força de trabalho brasileira em março de 2008
– somando 4,1 milhões de pessoas.
Com a entrada em vigor do MEI, em 1º de julho de 2009, os autônomos ganharam uma
opção relativamente barata e simples para formalizar seus negócios, receber uma inscrição
no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e conquistar o direito a benefícios
previdenciários – como aposentadoria por idade ou invalidez, salário-maternidade e
auxílio-doença.
Este pode parecer um detalhe pequeno, mas ter acesso à PrevidênciaSocial
é uma vantagem enorme para quem estava acostumado
a trabalhar na informalidade, sem nenhum suporte legal.
Tanto é que 25% dos MEIs se tornaram microempreendedores individuais para aproveitar os
benefícios do INSS, segundo uma pesquisa de 2019 do Sebrae.
1.3. A evolução do MEI entre 2008 e 2020
Em pouco mais de uma década, o MEI passou de uma Lei Complementar para o porte de
empresa mais comum no Brasil, acumulando mais de 11 milhões de empreendedores. Neste
meio tempo, entretanto, evoluções importantes aconteceram:
● 2008: É criada a Lei Complementar nº 128, de 19 de dezembro de 2008, que altera a
Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas para criar a figura jurídica e empresarial
do MEI;
● 2009: O MEI entra oficialmente em vigor no dia 1º de julho de 2009;
● 2010: O Portal do Empreendedor começa a funcionar para todo o Brasil no dia 9 de
fevereiro. Com isso, o processo de formalização do Microempreendedor Individual
passa a ser feito totalmente pela internet, garantindo mais agilidade e praticidade
para os empreendedores;
2 LEITE, Vitor.A década do Microempreendedor Individual: a evolução do MEI nos últimos 10 anos. NUBANK, 02
de ago. de 2021. Disponível em: <https://blog.nubank.com.br/a-decada-do-mei-evolucao-nos-ultimos-10-anos/>.
Acesso em: 14 de abr. de 2022.
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● 2011: O valor da contribuição previdenciária do MEI cai de 11% para 5% de um
salário mínimo por mês;
● 2012: O limite anual de faturamento do MEI é reajustado de R$36 mil para R$60 mil,
abrindo a possibilidade para mais trabalhadores autônomos se formalizarem;
● 2018: O faturamento máximo é reajustado novamente, passando de R$60 mil para
R$81 mil por ano;
● 2020: No começo do ano, o país atinge a marca de 10 milhões de
microempreendedores individuais – e chega em dezembro com mais de 11 milhões
de MEIs respondendo por 56,7% do total de negócios em funcionamento no país.
1.4. Quem pode se tornar um microempreendedor individual?3
MEI, o Microempreendedor Individual, é um modelo de empresa simplificado para quem
quer começar a empreender ou para autônomos que desejam formalizar seu negócio.
Com a formalização, a pessoa passa a atuar como pessoa jurídica – com Cadastro Nacional
de Pessoas Jurídicas (CNPJ) –, pode emitir notas fiscais e ter os direitos de qualquer
trabalhador. Além disso, o MEI é enquadrado no regime de tributação Simples Nacional, que
tem uma carga tributária reduzida e um sistema de recolhimento único muito mais simples.
Por outro lado, existem alguns profissionais que não podem se tornar microempreendedores
individuais. Assim, quem busca saber o que é MEI também deve se atentar a isso.
Geralmente, quem não pode ser MEI são pessoas que exercem atividades intelectuais,
como:
● advogados;
● médicos;
● dentistas;
● engenheiros;
● desenvolvedores de software;
● adminitradores;
● jornalistas.
Essas profissões costumam possuir um conselho Regional ou Federal próprio, que emite
licenças de atuação específicas para cada categoria.
Nesse caso, não existe a possibilidade de adquirir um CNPJ MEI para essas atividades.
No entanto, o profissional que possuir formação em uma dessas profissões, mas desejar
atuar em outra função, está apto a solicitar seu registro como microempreendedor, sem
impedimentos.
3 LEITE, Vitor.Como abrir MEI: passo a passo simples. NUBANK, 07 de mar. de 2022. Disponível em:
<https://blog.nubank.com.br/como-abrir-mei/>. Acesso em: 14 de abr. de 2022.
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1.4.1. O que precisa para abrir um MEI?
Uma dúvida constante entre potenciais microempreendedores são os requisitos mínimos de
como abrir um MEI. Dentro da legislação brasileira, toda pessoa física tem o direito de abrir
um MEI, desde que atenda alguns requisitos básicos.
Para se enquadrar como MEI, é preciso cumprir algumas condições:
● Ter faturamento de no máximo R$81 mil por ano;
● Não ser sócio, administrador ou titular de outro empreendimento;
● Não ter mais de 1 funcionário contratado;
● Exercer uma das mais de 400 atividades econômicas permitidas ao MEI.
Por outro lado, não podem ser MEI:
● Menores de 18 anos ou menores de 16 anos não emancipados;
● Estrangeiros sem visto permanente;
● Pensionistas e servidores públicos;
● Profissionais que possuem uma atividade regulamentada por um determinado órgão
de classe (como médicos, psicólogos, advogados, arquitetos, jornalistas e
economistas), pois são considerados profissionais liberais e não exercem uma
atividade empresarial.
É possível ser CLT e MEI ao mesmo tempo?
Muitos profissionais do regime CLT têm dúvidas se podem ou não realizar algumas
atividades de trabalho autônomo, como abrir MEI.
Segundo a lei, trabalhadores CLT podem sim abrir uma MEI para exercer atividade paralela,
mas existem alguns detalhes que devem ser analisados para decidir se vale a pena. É
importante ponderar que, caso sejam demitidos sem justa causa, profissionais em regime
CLT e que têm MEI não poderão receber benefícios como o seguro-desemprego.
1.4.2 Quanto custa ser MEI?
O microempreendedor individual terá como despesas apenas o pagamento mensal do
Simples Nacional.
Valores
Comércio ou Indústria
R$61,60
Prestação de Serviços
R$ 65,60
Comércio e Serviços juntos
R$ 66,60
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O pagamento pode ser feito por meio de débito automático, online ou emissão do
Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS).
ESTUDO DE CASO: AMAZON
Seu principal valor é conhecer as necessidades de seus consumidores.
Na década de 1990, o número de usuários de internet nos EUA crescia rapidamente, cerca
de 2,3% ao ano. Uma porcentagem bastante expressiva para a época. E Jeff Bezos viu que
ali havia uma mina de ouro ainda a ser explorada.
Bezos, que até então era um alto executivo em um banco de investimentos de Wall Street,
resolveu largar tudo para montar uma livraria virtual em seu quintal. O que pode parecer
loucura se tornou a fama e a fortuna do magnata americano.
Em 1995, ele lançou o e-commerce de livros Amazon, que foi para o ar com um milhão de
títulos disponíveis. O foco de Bezos era oferecer um serviço 24 horas com um catálogo
gigantesco e muitas opções de entrega. Em menos de três meses, o site já vendia 20 mil
dólares por semana. Quase um ano depois, a receita anual da Amazon era de 16 milhões de
dólares.
A Amazon começou a comercializar CDs, DVDs, fitas e videogames ainda nos anos 1990,
mas foi nos anos 2000 que Bezos deu seu outro grande passo. Com o lançamento e o
sucesso do iPod, Bezos percebeu que um “iPod de livros” poderia também dominar o
mercado. Por isso, ele investiu no Kindle e no comércio de livros eletrônicos. Em 2010, a
Amazon já era responsável por 59% do mercado de e-readers no mundo.
E Jeff é daqueles que estão constantemente mais “fora” do que “dentro” da caixa. É por isso
que, de tempos em tempos, a Amazon apresenta novidades, como entregas antecipadas e
uso de drones.
2. ATIVIDADES ECONÔMICAS PERMITIDAS PARA O MEI 4
Em 2022, a lista de atividades do MEI passou por nova atualização, trazendo mudanças nas
profissões que podem entrar na categoria. Dessa forma, profissionais autônomos que
estudam a possibilidade de se tornar empreendedores individuais precisam conhecer os
principais ofícios antes de seguir com a formalização.
4 CUNHA, Thainá. Saiba quais são as atividades do MEI e em quais setores e funções ele pode atuar!.
iDinheiro, 24 de fev. de 2022. Disponível em: <https://www.idinheiro.com.br/negocios/atividades-mei/>. Acesso
em: 14 de abr. de 2022.
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Embora o processo de se tornar MEI seja relativamente simples, caso a atividade do
trabalhador não se enquadre na lista oficial, não será possível prosseguir com o pedido.
Nesse caso, o profissional precisa se preparar para possíveis imprevistose outras
burocracias, se realmente desejar oficializar o seu negócio como empresa.
2.1. Atividade do MEI por setores
Abaixo segue uma lista resumida das atividades.
Prestação de Serviços
O setor de prestação de serviços compreende todas as profissões onde o trabalhador
oferece sua mão de obra física ou intelectual em troca de pagamento. Essa é uma das
categorias mais populares, pois pode abranger uma série de profissionais, permitindo que se
tornem microempreendedores individuais.
Além disso, o setor de prestação de serviços também costuma mesclar ambas as mãos de
obras, tanto física, quanto intelectual.
Isso acontece porque o profissional não apenas disponibiliza sua força, mas também seus
conhecimentos, técnicas e experiência para realizar o serviço. Por exemplo:
● cabeleireiros;
● cozinheiros;
● eletricistas;
● jardineiros;
● motoristas de aplicativo;
● caminhoneiro;
● mecânico;
● pedreiro;
Inclusive, existem algumas atividades do MEI menos populares, que muitas pessoas podem
não imaginar que se enquadram na lista, como:
● adestrador de animais;
● mágicos;
● editor de vídeos;
● dublador.
Se o profissional troca suas habilidades manuais ou intelectuais em troca de pagamento, ele
pode se encaixar nas atividades do MEI no setor de prestação de serviços.
Comércio
Enquanto isso, o setor de comércio é aquele que inclui as atividades do MEI, referente à
vendas em geral.
Os profissionais de venda mais comuns associados à esse setor são dos segmentos:
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● alimentos;
● roupas;
● acessórios;
● produtos de beleza;
● materiais de construção;
● materiais de decoração.
Nesse caso, qualquer comerciante que realize a venda de produtos em troca de
remuneração pode se enquadrar nessas atividades do MEI. Alguns exemplos são:
● baleiros;
● comerciante de animais;
● artigos de mesa e banho;
● vendedor de roupas;
● produtos de caça e pesca;
● comerciante de rações.
Indústria
Nela, como o nome indica, se enquadram os profissionais que atuam na produção,
fabricação ou artesanato dos produtos.
Não é necessário que eles também realizem a venda desses produtos, no caso, trabalhando
como profissionais do setor de Comércio. Basta o trabalhador realizar atividades de criação,
e ele já poderá se registrar como um microempreendedor individual.
Algumas das atividades do MEI que se encaixam nessa categoria incluem:
● produtos de bijuterias;
● artistas de metais;
● produção em madeira;
● projetos com bambu;
● atuação com cimento e gesso;
● artesãos em cerâmica.
Além disso, o mesmo profissional pode executar mais de uma função ao mesmo tempo.
Embora precise se registrar com apenas uma função oficial, também pode se enquadrar em
outros setores por conta da sua atuação.
Por exemplo, um artesão que produz suas próprias roupas e realiza a venda das mesmas,
opera no setor de Comércio e de Indústria.
2.2.Posso mudar minhas atividades do MEI?
Muitos microempreendedores podem se fazer essa pergunta, e terem dúvidas sobre a
mudança entre atividades do MEI.
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Além da grande variedade de setores e opções, o profissional também conta com a
flexibilidade de alterar suas funções quando desejar.
Nesse caso, é possível alterar as atividades selecionadas por meio da atualização cadastral
no site do Governo Federal. Basta entrar com os dados de registro, incluindo o CNPJ, e
entrar na alternativa de mudar os dados.
Não existem restrições quanto às atividades principais e secundárias, e o trabalhador pode
mudar completamente suas atividades do MEI, desde setor até as classes das suas
funções.
O número do CNPJ e do registro como microempreendedor permanecerão o mesmo, sendo
uma facilidade para o público que deseja se formalizar com essa modalidade.
2.3. Como consultar atividade do MEI?
Conhecer as atividades do MEI é essencial para novos profissionais que planejam formalizar
sua profissão por meio dessa modalidade, mas também é importante para quem já atua
oficialmente.
Microempreendedores individuais que já possuem seu registro também devem consultar
suas atividades do MEI periodicamente. Isso porque podem existir situações onde a
atividade deixa de ser considerada MEI, ou outras funções mais próximas passam a integrar
a lista.
Nesse caso, é importante consultar as suas atividades do MEI com frequência.
Além disso, essa prática também pode ser vantajosa para outros momentos. Por exemplo,
ao emitir notas fiscais e documentos oficiais, o microempreendedor deverá informar seu
cargo e função. Dessa forma, consultar as atividades do MEI é essencial para qualquer
profissional, já registrado ou não.
A maneira mais prática de fazer esta verificação é o Portal do Empreendedor.
O Portal do Empreendedor, agora um site oficial do Governo Federal, possui uma lista
completa e atualizada de todas as atividades do MEI permitidas.
Dessa forma, o profissional interessado em verificar sua situação, ou se suas atividades se
enquadram na modalidade, podem acessar o portal sem compromisso ou cadastro.
No entanto, é importante ressaltar que nem sempre o nome da função consta na lista, mas
existem termos relacionados que correspondem àquela atividade. Por isso, lembre-se de
buscar sinônimos e termos próximos, para encontrar o ofício que melhor se enquadra no seu
perfil.
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mailto:knaak@hotmail.com
11
2.4. Quantas atividades podem ter o MEI?
Muitas vezes, o empreendedor possui dúvidas sobre as atividades do MEI por conta do
número de funções autorizadas. Atualmente, são 466 ofícios devidamente cadastrados no
Governo Federal, que possuem permissão para trabalhar como microempreendedores
individuais.
Dentre as centenas de opções, o profissional tem a liberdade de escolher sua atividade
principal, e outras secundárias.
Isso é vantajoso para evitar problemas com os órgãos de fiscalização, por exemplo, para
evitar complicações com o governo caso exerça uma atividade não registrada no CNPJ.
Hoje, o microempreendedor pode escolher uma atividade principal, e até 15 outras
atividades secundárias.No entanto, elas precisam estar devidamente cadastradas como
similares, ou terem algum tipo de correlação.
Por exemplo, um profissional eletricista pode escolher outras atividades de serviços como
secundárias, como jardineiro e mecânico.
Nesse caso, ele poderá emitir notas fiscais para ambos os trabalhos, sem ter problemas
com a Receita Federal e outros órgãos no futuro.
Além disso, o profissional microempreendedor também pode escolher várias atividades do
MEI de diferentes setores.
Como mencionado, um trabalhador do setor de indústria também pode vender seus
produtos, o que o torna um profissional do setor de Comércio.
É importante destacar a flexibilidade do MEI nesse quesito, uma forma de permitir que o
profissional formalize seu negócio com mais autonomia, sem tantas restrições.
2.5. Quais atividades não podem ser enquadradas como MEI?
Embora existam quase 500 atividades do MEI certificadas e autorizadas pelo Governo
Federal, algumas funções não podem ser registradas como microempreendedores
individuais.
Esses impedimentos são específicos de algumas profissões, mas é fundamental conhecer
quais são essas categorias, para realizar um planejamento adequado antes de seguir com o
cadastro.
Basicamente, qualquer profissão considerada como atividade intelectual não pode se
cadastrar como MEI.
Essas profissões incluem algumas atividades populares, como:
● médicos;
● nutricionistas;
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● psicólogos;
● advogados;
● engenheiros;
● contadores;
● dentistas;
● jornalistas;
● administradores;
● consultores.
Nesse caso, profissionais dessas áreas que desejam se formalizar individualmente devem
procurar outras alternativas, como abrir uma microempresa.
No contexto das leis que regem as modalidades denegócio no Brasil, as atividades
intelectuais são aquelas que possuem natureza científica, literária ou artística.
Por exemplo, médicos e psicólogos pertencem a uma categoria da ciência, e, por esse
motivo, não podem atuar como MEI. O mesmo vale para profissões envolvidas com
literatura, como jornalismo e publicidade.
Por esse motivo, profissionais como esses não estão autorizados a constituir uma sociedade
empresária, apenas uma sociedade simples.
2.6. O que é o CNAE de uma empresa?
Outra sigla importante para conhecer melhor as atividades do MEI é o CNAE.
Trata-se da Classificação Nacional de Atividades Econômicas, que fornece o código
utilizado para identificar todas as atividades de uma empresa.
Basicamente, todas as atividades do MEI e de outros modelos de sociedade precisam ter
um código CNAE. Além disso, os ofícios não registrados na lista CNAE também não estão
autorizados a atuar legalmente.
Por esse motivo, toda empresa deve se preocupar com os códigos das suas atividades.
Geralmente, o número é composto por 7 números, que identificam não apenas a função,
como também as seções, divisões, grupos e classes de cada atividade.
Em resumo, o CNAE é uma descrição detalhada da atividade, de modo que os órgãos
fiscalizadores e responsáveis possam acompanhar as empresas e sua devida atuação.
Escolher corretamente o CNAE garante que a empresa pague apenas os impostos devidos,
eliminando despesas tributárias desnecessárias e possíveis multas por atuação indevida.
Por exemplo, se uma empresa se registrar com códigos CNAE para fabricação de
determinado produto, ela deve ter todos os alvarás relacionados à essa atividade.Inclusive,
o mesmo é válido para as atividades do MEI, de acordo com a classificação escolhida.
Organizado por: Professor Carlos Henrique Knaak - knaak@hotmail.com
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Enquanto isso, para o Governo Federal, o código CNAE das empresas permite uma
fiscalização mais padronizada, eficiente e completa, podendo estabelecer normas
econômicas que sejam mais fáceis de serem seguidas.
No tocante às atividades de microempreendedor individual, é possível escolher as atividades
do MEI e, em seguida, registrar o CNAE nos órgãos municipais adequados.
Assim, é mais simples e garantido escolher os códigos corretos para registro.
Conclusão
Embora não pareça, é de extrema importância conhecer mais sobre as atividades do MEI e
como elas funcionam, efetivamente.
Antes de mais nada, profissionais autônomos que estão planejando formalizar seu negócio
precisam se inteirar sobre a lista de ofícios autorizados pelo Governo para participar dessa
modalidade. Dessa forma, será possível evitar processos burocráticos e erros no registro,
além de não perder tempo cumprindo todas as etapas sem saber se a atividade está
cadastrada.
Além disso, a flexibilidade de ser microempreendedor individual também permite que o
trabalhador possa escolher entre um leque de possibilidades.
Assim, conhecer mais sobre as atividades do MEI também ajuda a pensar nas
oportunidades profissionais que surgem com esse registro.
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CAPÍTULO 2. MEI E SUA FORMALIZAÇÃO
1. A IMPORTÂNCIA DE FORMALIZAR O SEU NEGÓCIO 5
A formalização e o registro da empresa geram oportunidades e ganhos para o negócio.
Além disso, seu empreendimento tem mais chances de fechar parcerias, acessar linhas de
crédito, exportar e receber subsídios do governo.
Vantagens:
★ Segurança
★ Fechar parcerias
★ Acesso à linhas de crédito
★ Exportar e receber subsídios do governo
É mais segurança para os investimentos feitos na empreitada, que viverá em conformidade
com as leis federais e estaduais. A informalidade é um risco para o empreendedor. Por
exemplo: as mercadorias podem ser apreendidas pelo poder público, ficando limitada a
possibilidade de crescimento e de divulgação do seu negócio.
A legalização de empresas depende da legislação de cada estado. Neste tópico, você
encontrará informações que são comuns às leis das unidades federativas.
1.2.Normatização e a formalização do MEI6
O Microempreendedor Individual (MEI) foi instituído pela Lei Geral das Micro e Pequenas
Empresas, a LC (Lei Complementar) 123/2006, alterada pela Lei 128/2008, com o objetivo
de retirar os potenciais empresários da informalidade.
Com a formalização, o empresário passa a ter registro no Cadastro Nacional de Pessoas
Jurídicas (CNPJ) e se enquadra no Simples Nacional, adquirindo condições especiais, a
exemplo da isenção de impostos federais, da possibilidade de emissão de notas fiscais e
recolhimento ao INSS, assegurando todos os direitos previstos na legislação previdenciária.
O conhecimento do conteúdo legal da norma é de extrema importância para os empresários,
pois lá estão elencados todos os direitos e obrigações para o funcionamento do negócio.
Como exemplo disso, citamos o artigo 4º, §3º da Lei Geral, que estabelece o seguinte:
O procedimento de formalização, isto é, a abertura da empresa de fato, pode ser realizado
pelo potencial empresário no Portal do Empreendedor, que é um site administrado pela
Receita Federal e criado especialmente para o MEI.
6 RODRIGUES, Thais. Artigo: MEI - Formalização x Legalização. SEBRAE, 04 de dez. de 2018. Disponível em:
<https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/se/artigos/artigo-mei-formalizacao-x-legalizacao,7f6a99e5eda
16610VgnVCM1000004c00210aRCRD>. Acesso em: 14 de abr. de 2022.
5 Entenda a importância de formalizar e registrar o seu negócio. SEBRAE, 14 de mar. de 2019. Disponível em:
<https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/legalize-e-proteja-seu-negocio-como-registrar-uma-emp
resa,e47817e688095410VgnVCM2000003c74010aRCRD>. Acesso em: 14 de abr. de 2022.
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No Portal, basta informar o CPF, a data de nascimento, o número do título de eleitor ou
número do recibo de IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física), caso haja. Após o sistema
verificar a existência de outras empresas vinculadas ao CPF informado (tendo em vista a
inexistência de atividade empresarial ser um dos requisitos para o MEI) haverá o
direcionamento para a página de complemento de dados que originará o seu CNPJ.
Em seguida, será possível escolher o nome fantasia da empresa. Porém, o registro deste
nome no cartão do CNPJ não permitirá o direito de uso exclusivo, pois antes será
necessário seu registro no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Havendo
empresa vinculada ao CPF do potencial empresário, o Portal emitirá uma legenda
informando da impossibilidade de formalização.
Concluída a fase de inserção dos dados pessoais, de localização da empresa e das suas
atividades, o empresário obterá o Certificado de Microempreendedor Individual e estará
formalizado.
Como já vimos, nem todas as atividades profissionais são contempladas com a formalização
através do MEI. Para tanto, a Resolução Nº 111, do Comitê Gestor do Simples Nacional
(CGSN), alterada pela Resolução CGSN Nº 137, de 04 de dezembro de 2017, traz um rol de
atividades permitidas em seu Anexo XI.
Caso a atividade realizada não esteja contemplada no Simples Nacional, restará
impossibilitada a formalização como MEI, sendo necessário procurar um contador de sua
confiança para ajustar a atividade pretendida à uma das naturezas jurídicas, a exemplo da
Microempresa (ME), Empresa de Pequena Porte (EPP), dentre outras.
Essa é uma grande dúvida da maioria dos MEIs formalizados e alguns sequer tomam a
iniciativa de procurar a liberação através dos órgãos competentes, permanecendo na
ilegalidade. Uma empresa formalizada, não significa que ela esteja legalizada.
Em grande parte dos municípios, as atividades empresariais são categorizadas em baixo,
médio ou alto risco. O fato de ser MEI não isentará o empresário de cumprir as exigências
mínimas de funcionamento para liberação municipal do exercício da atividade.
1.2.1 Alvará de Funcionamento7
Desde o dia 1º de setembrode 2020, todos os Microempreendedores Individuais (MEIs)
estão dispensados da emissão do alvará e licenças de funcionamento para o início de suas
atividades. Esta conquista foi alcançada no esteio da Lei da Liberdade Econômica e
regulamentada pela Resolução nº 59/2020, do Comitê para Gestão da Rede Nacional para
Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas (CGSIM). A alteração tem o
objetivo de fomentar o empreendedorismo com a desburocratização de processos para o
exercício de atividades econômicas, e facilitação para abertura e funcionamento de
7 Entenda as novas resoluções Federais que dispensam o MEI da obrigatoriedade de Licenças e Alvarás. .
SEBRAE, 21 de set. de 2021. Disponível em:
<https://www.sebrae-sc.com.br/blog/tire-suas-duvidas-sobre-as-novas-resolucoes-do-mei#:~:text=2021-,Entenda
%20as%20novas%20resolu%C3%A7%C3%B5es%20Federais%20que%20dispensam%20o%20MEI%20da,o%2
0in%C3%ADcio%20de%20suas%20atividades>. Acesso em: 14 de abr. de 2022.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13874.htm
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-cgsim-n-59-de-12-de-agosto-de-2020-271970589
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empresas., Além de autorizar o MEI a iniciar de forma imediata as atividades após a
conclusão do registro.
Se a atividade empresarial for do ramo de serviços, após a emissão do alvará de
funcionamento a empresa MEI já estará legalizada. Se a atividade for de comércio ou
contemple como atividade Secundária CNAE (Classificação Nacional de Atividades
Econômicas) de venda, você também precisará da inscrição estadual que é solicitado junto
a Secretaria da Fazenda do Estado.
1.2.2. Algumas dúvidas respondidas pelo site do Sebrae:
Como comprovo que sou MEI e dispensado do alvará de funcionamento e de
licenças?
Após formalização ou alteração cadastral, o MEI receberá ao final do processo o Certificado
da Condição do Microempreendedor Individual (CCMEI). Este é o documento que certifica
que sua empresa está aberta, regular e que vale como termo de dispensa de alvará e
licença de funcionamento.
A dispensa do alvará me desobriga do cumprimento de demais legislações sanitárias,
ambientais, dos bombeiros e de outros órgãos?
Não! Você deve regularizar seu MEI e cumprir com todas as Leis Federais, Estaduais e
Municipais, bem como seguir as demais regras requeridas pelos órgãos reguladores para
suas atividades. A dispensa de alvará não retira a obrigação de cumprir com as
regulamentações necessárias para exercer suas atividades com segurança para você, seus
clientes e para o ambiente.
Como sei quais legislações devo cumprir para exercer minha atividade?
Se você não conhece as leis e regulamentos que precisa cumprir para exercer sua atividade
com segurança, é recomendável que você faça contato com a prefeitura e/ou órgãos
reguladores (exemplos: Vigilância Sanitária, Secretaria do Meio Ambiente, Bombeiros, etc.).
Estes órgãos, além de fiscalizadores, também possuem a função de orientar e poderão
esclarecer quais diretrizes devem ser cumpridas para exercer sua atividade com total
segurança e de acordo com a lei.
Como a prefeitura e órgãos fiscalizadores vão saber que meu MEI está aberto?
Após a inscrição do MEI ou alteração dos dados (para os já formalizados), as informações
cadastrais serão disponibilizadas para os órgãos e entidades responsáveis pela sua
legalização, inscrição fiscal e pela dispensa do alvará e licenças de funcionamento.
Ainda posso passar por alguma fiscalização?
Sim! O MEI deve atender a todos os requisitos legais necessários para sua atividade e pode
passar por fiscalização que verificará o cumprimento ou não dos requisitos previstos na
legislação. A depender da situação do MEI, há possibilidade de ser autuado e ter seu Termo
de Ciência e Dispensa cancelado, não podendo exercer as atividades até regularizar sua
situação frente aos órgãos reguladores.
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É importante lembrar que a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, em seu art 3º,
estipula a presunção de conhecimento da lei quando diz que: "Ninguém se escusa de
cumprir a lei, alegando que não a conhece".
2. VANTAGENS E OBRIGAÇÕES DO MEI
2.1. Benefícios em ser MEI
Você tem direito a auxílio-maternidade;
Direito a afastamento remunerado por problemas de saúde;
Aposentadoria;
Sendo MEI, você é enquadrado no Simples Nacional e ficará isento dos tributos
federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL), tributos como INSS, ISS e
ICMS são valores fixos;
CNPJ, dispensa de alvará e licenças e ainda pode abrir conta em banco e tem
acesso a crédito com juros mais baratos. Pode ter endereço fixo para facilitar a
conquista de novos clientes e emitir notas, permitindo vender para empresas e
Governo;
Conta com cobertura da Previdência Social para você e sua família. Conta também
com o apoio técnico do Sebrae para aprender a negociar e obter preços e
condições nas compras de mercadorias para revenda, obter melhor prazo junto aos
atacadistas e melhor margem de lucro.
2.2. Obrigações do MEI
Um MEI precisa:
● Pagar seu valor fixo até o dia 20 de cada mês através do Documento de
Arrecadação Simplificada do MEI (DAS-MEI);
● Preencher até o dia 20 um relatório mensal com todas as receitas obtidas do
período;
● Entregar a Declaração Anual do Simples Nacional do MEI (DASN-SIMEI), com a
receita bruta total obtida ao longo do ano-exercício anterior, até o dia 31 de maio de
cada ano;
● Se tiver um empregado (que é o limite para o MEI), deve prever o pagamento mensal
de um salário mínimo ou em valor relativo ao piso de sua categoria profissional. Além
disso, até o dia 7 de cada mês, deve entregar a Guia do FGTS e Informações à
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Previdência Social (GFIP), depositar o FGTS (com base em 8% dos vencimentos) e
recolher 3% do salário para a Previdência.
2.2.1. Relatório mensal de receitas brutas
Ao contrário do que muita gente pensa, o Relatório Mensal de Receitas Brutas é uma
obrigação prevista em lei, que você passa a ter após a formalização.
Apesar de não precisar ser entregue em nenhum órgão, ele deve ser preenchido até o dia
20 do mês seguinte às vendas ou prestações de serviços. Ele deve ser arquivado, junto com
as Notas fiscais de compras e vendas, por um período mínimo de 5 anos.
Este relatório, além de te ajudar a controlar a média de faturamento mensal, também
facilitará o envio da sua Declaração Anual de Faturamento (DASN), pois ela é o somatório
de todos os relatórios preenchidos durante o ano.
Se a sua ocupação for de ‘Comércio’ preencha os campos indicados como revenda de
mercadorias. Caso a sua ocupação seja de ‘Indústria’ preencha os campos indicados como
venda dos produtos industrializados.
Se a ocupação for de ‘Prestação de Serviços em geral ou Serviço de transporte municipal’
preencha os campos indicados como prestações de serviço. Se a ocupação for de ‘Serviço
de transporte intermunicipal ou interestadual’ escolha o campo de venda ou revenda de
mercadorias.
Clique aqui e acesse o modelo do relatório!
2.2.2. Simplificação da escrituração contábil e fiscal
O MEI precisa comprovar anualmente que seu faturamento não ultrapassou R$ 60 mil. Para
isso, o empreendedor deve fazer a Declaração Anual do Simples Nacional -
Microempreendedor Individual (DASN-SIMEI). Esta declaração é feita de forma simplificada
e rápida, bastando o empreendedor informar seu rendimento anual no Portal do Simples
Nacional.
A cobrança de tributos em relação ao MEI é mais barata e feita de forma unificada, ou seja,
esta cobrança é efetuada mensalmente, sendo um valor fixo no qual estão inclusas as taxas
destinadas para o INSS, arrecadação estadual (ICMS) e arrecadação municipal para
prestadores de serviços (ISS).
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CAPÍTULO 3. (IN)SUCESSO DO MEI
A decisão de tocar seu próprio negócio deve ser muito clara. De início, é a sua decisão
principal. Você deve estar profundamente comprometido com ela, para ir em frente,
enfrentar todas as dificuldades que normalmente aparecem e derrubar os obstáculos que
certamente não faltarão. Se o negócio falhar — e esse é um risco que realmente existe —,
isso não deve derrubar seu orgulho pessoal nem sacrificar seus bens pessoais. Tudo deve
ser bem pensado e ponderado para garantir o máximo de sucesso e o mínimo de dores de
cabeça. Pelo lado negativo, vejamos o que pode acontecer.
Fazendo uma engenharia reversa, o primeiro passo é saber quais são as possíveis causas
de insucesso nos novos negócios, para que você possa evitá-las ou neutralizá-las e impedir
que venham prejudicá-lo no futuro. Nos novos negócios, a mortalidade prematura é
elevadíssima, pois os riscos são inúmeros e os perigos não faltam. Assim, precisa-se de
cautela e jogo de cintura.
Os perigos mais comuns nos novos negócios são:
❖ não identificar adequadamente qual será o novo negócio;
❖ não reconhecer apropriadamente qual será o tipo de cliente a ser atendido;
❖ não saber escolher a forma legal de sociedade mais adequada;
❖ não planejar sufi cientemente bem as necessidades financeiras do novo negócio;
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❖ errar na escolha do local adequado para o novo negócio;
❖ não saber administrar o andamento das operações do novo negócio;
❖ não ter conhecimento sobre a produção de bens ou serviços com padrão de
qualidade e de custo;
❖ desconhecer o mercado e, principalmente, a concorrência;
❖ ter pouco domínio sobre o mercado fornecedor;
❖ não saber vender e promover os produtos/serviços;
❖ não saber tratar adequadamente o cliente.
Os perigos anteriormente listados constituem os fatores críticos do novo negócio. Um fator
crítico é aquele que — se não for muito bem cuidado — poderá colocar em risco o seu
negócio. Assim, cada fator crítico deve ser visualizado de maneira correta para evitar o
reverso da moeda.
Agora, dentro uma perspectiva positiva, os fatores críticos de um negócio bem-sucedido
envolvem as seguintes questões:
❖ qual será o novo negócio:
❖ produto/serviço/mercado;
❖ qual será o tipo de cliente a ser atendido;
❖ qual será a forma legal de sociedade mais adequada;
❖ quais serão as necessidades financeiras do novo negócio;
❖ qual será o local adequado para o novo negócio;
❖ como administrar as operações cotidianas do novo negócio;
❖ como produzir os bens ou serviços dentro de um padrão de qualidade e de custo;
❖ como obter conhecimentos profundos sobre mercado e, principalmente, sobre
concorrência;
❖ como dominar o mercado fornecedor; como vender e promover os produtos/serviços;
❖ como encantar os clientes.
Saber evitar ou neutralizar as ameaças e saber navegar pelas oportunidades que ocorrem
nesse ambiente. Em outras palavras, saber escolher o negócio mais oportuno e mais
suscetível de êxito. Isso envolve forte dose de análise e intuição.
1. COMO INICIAR UM NEGÓCIO DO ZERO
1º passo: pense em como fazer a diferença na vida das pessoas!
Você já tem o seu negócio em mente? O nicho no qual quer atuar? Então agora é
necessário pensar em como ele poderá fazer a diferença na vida das pessoas.
Isso porque quando você vai vender uma mercadoria ou efetuando um serviço, não está
vendendo somente um produto. Mas sim uma experiência, um prazer, uma conveniência e
até mesmo um pertencimento a um determinado grupo.
Além de vender praticidade e conforto, status, conhecimento ou autoestima.
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Para isso, é recomendado pensar primeiro no que está por trás do produto, para somente
depois começar a pensar no produto em si.
Por exemplo, se o seu negócio é uma empresa de depilação a laser você estará vendendo a
praticidade, beleza, conforto e até mesmo comodidade.
Sendo assim, o que está por trás da mercadoria é o mais importante para o seu cliente.
2º passo: tenha um planejamento
Você pode não ter reparado, mas a palavra planejamento está em quase todos os artigos de
dicas para montar um negócio que você já deve ter lido!. E não é nada curioso ou fora do
comum, é porque ele é fundamental.
Não apenas para quem quer montar um negócio, planejar faz parte de todas as ações da
nossa vida. Quando você acorda já planeja como será o seu dia, por exemplo.
Por isso, é muito importante que você trace um plano estratégico para o seu negócio, seja
ele do mais simples ao mais sofisticado. O nome “plano estratégico” parece bonito e cheio
de segredos, mas não é.
Estratégico simplesmente pelo fato de que precisa ter em mente as ações que serão
tomadas por você mesmo para colocar as ideias, recursos e pessoas para funcionar em
sincronia.
Com esse planejamento, você consegue sempre ter noção do que está em mente para ser
feito, o andamento do seu processo e o mais importante: os resultados.
Se você for mais tradicional, monte o seu planejamento no papel mesmo. Caso tenha
habilidades mais avançadas e tecnológicas, faça uso das ferramentas digitais. São vários os
aplicativos que ajudam nesse caso.
3º passo: busque entender a necessidade das pessoas
Além de pensar em como fazer a diferença na vida das pessoas, quem quer começar um
negócio do zero precisa saber de fato o que essas pessoas desejam. Qual é a real
necessidade delas? O produto que você deseja oferecer está adequado para o tipo de
produto que as pessoas procuram e desejam?
Você já chegou a analisar como os seus concorrentes oferecem esse mesmo produto? Faz
sucesso e tem características que podem ser aperfeiçoadas, talvez por você mesmo?
Você já tem algum produto definido, que perceba que atenderá as necessidades dessas
pessoas? Você já chegou a fazer o famoso ‘test-drive’ do seu próprio produto? Já pediu o
feedback de outras pessoas? Esse é o momento!
Saiba que todo esse trabalho de pesquisa já não precisa mais ser feito boca a boca, indo de
casa em casa ou ligando de pessoa a pessoa. Você consegue fazer esse trabalho analítico
pela internet mesmo, com toda a comodidade que precisa.
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Não ignore esse passo, pois será fundamental para o andamento do seu negócio do zero. É
importantíssimo saber o que as outras pessoas querem e como oferecê-las da melhor
forma, evitando que você as frustre e, no futuro, seja frustrado com o resultado.
4º passo: se espelhe em algo ou alguém
No mundo dos negócios é muito difícil você não ter uma pessoa ou algo que te inspire. Ou,
não necessariamente uma inspiração, mas talvez um ponto de referência.
Para começar o seu negócio, busque referências para se guiar e ter uma primeira direção.
Isso porque em um primeiro momento você não costuma ter muita ideia do que fazer, como
fazer, porque fazer e os resultados que irá obter.
Sua referência não precisa ser direta, ela pode ser indireta também. Você pode ter como
espelho apenas uma característica de alguém ou o modo como essa pessoa ou marca lida
com o negócio dela, não necessariamente sendo do mesmo ramo que o seu.
Por exemplo, você quer abrir alguma doceria, mas não sabe como fazer o marketing dela.
Porém, conhece um amigo que também tem uma loja de um produto completamente
diferente. Será que não vale a pena pegar dicas de como ele investiu nesse tipo de serviço?
Ele aprendeu e gerenciou por conta própria?
É com essas referências e trocas de experiências que você abre o seu leque de
oportunidades e conhece novos caminhos para o seu negócio.
5º passo: tenha criatividade na divulgação do seu negócio!
É importante você ter em mente que ao começar um negócio do zero e sem dinheiro terá
que fazer tudo sozinho. E até mesmo ter criatividade para divulgá-lo. Além disso, em tempos
de crises a criatividade se torna ainda mais importante.
Caso você não saiba como divulgar o seuproduto, será necessário pesquisar e até mesmo
perguntar a outras pessoas como pode fazer isso. Você pode fazer cursos de como as redes
sociais são eficazes na divulgação do seu negócio.
Além disso, fique atento às novas tendências que sempre surgem nas mídias sociais. Isso
porque ao usá-las da forma correta, você pode divulgar o seu negócio e até mesmo faturar
mais com a nova tendência.
2. COMO COMEÇAR UM NEGÓCIO HOME OFFICE
Por conta da crise econômica causada pelo Covid-19, muitas pessoas passaram a
empreender por meio do home office. Isso porque você acaba eliminando um dos principais
custos que é o aluguel do local da sua empresa.
Ao trabalhar em casa você também consegue economizar com outras contas, como por
exemplo, luz, transporte, alimentação e internet. Mas vale ressaltar que isso não impede que
você cresça e adote um novo local de trabalho.
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Para começar a colocar em prática, tudo dependerá do tipo de negócio que você planeja
montar. Caso seja um serviço que envolva a internet, você pode estruturar um espaço de
trabalho no escritório. Instale um computador, tenha acesso à internet e luz, coloque uma
mesa e uma cadeira. Quer um negócio mais em conta que esse?
Isso também vale para quem pretende abrir uma empresa que venda ou produza um
determinado tipo de produto. Em ambos os casos, o espaço não precisa ser grande.
E lembre-se de usar a internet como a sua maior ferramenta de divulgação.
Caso você não queira começar o seu negócio do zero, vale a pena considerar a
possibilidade de investir em uma franquia home office. Esse tipo de trabalho costuma vir
com um plano de negócios estruturado e tende a oferecer uma menor margem de erro para
quem tem pouca experiência com gestão e administração de empresas.
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3. COMO ABRIR UM MEI: PASSO A PASSO
Anteriormente, o processo necessário para abrir um MEI dependia de contadores, que
auxiliavam tanto no processo de abertura, quanto no processo de emissão da nota fiscal.
Hoje em dia, o processo para se tornar um MEI se tornou mais fácil e rápido, podendo ser
feito de forma 100% online dentro do Portal do Empreendedor, desde que esteja dentro dos
requisitos obrigatórios.
Se você se encaixa nas regras acima e quer entender como abrir MEI, confira este passo a
passo:
1- Pesquise a viabilidade do negócio
O primeiro passo de como abrir MEI é verificar a viabilidade da atividade em seu município
ou bairro, garantindo a permissão desse ramo de atuação dentro da região.
Na cidade de São Paulo, por exemplo, algumas atividades são proibidas – como fabricação
de fogos de artifício e serviço de moto-táxi – e, outras, não podem ser realizadas em
determinadas regiões.
Por isso, consulte na prefeitura se a atividade que você quer exercer é permitida na cidade e
no bairro onde ela será realizada.
2- Cadastre-se no portal de serviços do governo
Depois de verificar a viabilidade da atividade, o próximo passo é criar uma conta de acesso
no portal de serviços do governo. Quem já tem cadastro pode pular para o passo 3.
O cadastro no portal do governo pode ser feito de forma rápida e fácil. Para criar a conta,
basta escolher uma das opções disponíveis no portal – como pelo app Meu gov.br ou
usando os dados pessoais e realizar a confirmação de cadastro. Confira o passo a passo
para cada opção.
3- Faça o cadastro do MEI no Portal do Empreendedor
Com a conta criada, o passo seguinte é abrir um MEI no Portal do Empreendedor. Nessa
etapa, você deve informar os dados da sua conta Gov.br e autorizar o acesso pelo Portal do
Empreendedor.
Assim, você preenche seus dados referentes ao imposto de renda e título de eleitor, além de
cadastrar seu número de telefone celular para receber um código via SMS. Tudo isso é
fundamental para certificar que você está dentro das exigências de abertura do MEI.
Todo esse processo é totalmente gratuito, online e leva poucos minutos para ser finalizado
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4- Escolha o nome fantasia e o ramo das atividades
Na quarta etapa, o futuro MEI deve informar o nome fantasia de sua empresa e selecionar o
ramo das atividades que irá realizar, estando dentro das exigências do município e
garantindo a regularidade das atividades.
Vale dizer que não existem regras específicas para a escolha do nome fantasia. O
empreendedor pode escolher o nome fantasia que achar mais adequado ao seu negócio. É
importante destacar que o cadastro não será validado caso o nome fantasia já tenha sido
utilizado por outra empresa, sendo de responsabilidade do MEI escolher um nome que seja
exclusivo da sua empresa através de registro em cartório.
Posso usar meu nome próprio como nome fantasia? Perante a lei, não existe nada que
impeça o uso do próprio nome como nome fantasia de um empreendimento.
Muitos profissionais autônomos se inserem no mercado em torno do próprio nome e
reputação, dando o próprio nome para o negócio e vinculando a identidade da empresa a
ele, carregando para si toda a credibilidade da empresa.
Porém, vale analisar se essa é, de fato, uma boa estratégia para seu negócio. Criar um
nome fantasia a parte afastaria o vínculo da empresa com a vida pessoal, além de facilitar
em caso de uma futura venda do negócio.
5- Defina o endereço do MEI
Para complementar, a quinta etapa de como abrir MEI consiste em informar o local de
atuação do serviço, seja ele na própria residência, em um endereço comercial ou de porta a
porta.
É fundamental que o empreendedor concorde e assine o Termo de Ciência e
Responsabilidade com Efeito de Alvará de Licença de Funcionamento, se declarando
responsável por atender todos os requisitos legais de funcionamento sem a necessidade de
inspeção de órgãos públicos.
6- Emita o Certificado de Condição de Microempreendedor Individual (CCMEI)
Após realizar o preenchimento de todos os dados e informações, será solicitada a assinatura
das declarações obrigatórias para se tornar um MEI. Assim, será emitido o Certificado de
Condição de Microempreendedor Individual (CCMEI), comprovando a inscrição como MEI e
fornecendo o CNPJ e número de registro na Junta Comercial.
Qual o custa para abrir um MEI?
Todo o processo de abertura do MEI é realizado de forma 100% gratuita e segura, sem
custos para abertura. Por isso, é importante se certificar de que você está no site do Portal
do Empreendedor, que será responsável por sua segurança e não vai cobrar taxas
adicionais.
Porém, para se manter regularizado, o MEI deve pagar um valor fixo mensal de acordo com
a atividade (chamado de Documento de Arrecadação do Simples Nacional, ou DAS MEI).
Esses valores variam de acordo com o tipo de atividade comercial.
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É importante destacar que esses valores são destinados à Previdência Social e aos tributos
específicos de cada atividade, e que o ajuste é feito de forma anual de acordo com o
reajuste do salário mínimo.
Quanto tempo leva para abrir um MEI?
Com o cadastro finalizado, as inscrições no CNPJ, na Junta Comercial e no INSS são
realizadas imediatamente. A formalização pode ser comprovada por meio de um documento
único, o Certificado da Condição de Microempreendedor Individual (CCMEI) – emitido ao
final do processo de inscrição, na seção Próximos Passos.
O CCMEI também tem valor de Termo de Ciência e Responsabilidade com Efeito de
Dispensa de Alvará e Licença de Funcionamento e autoriza o funcionamento imediato da
atividade que será exercida pelo MEI.
Justamente por isso, não é necessário assinar nenhum papel nem enviar documentos e
cópias. Tudo é feito pela internet mesmo.
O que fazer depois de abrir um MEI?
Uma dúvida que pode surgir depois de abrir um MEI é quanto à necessidade de emitir nota
fiscal. Basicamente, ela só é obrigatória quando o microempreendedorindividual vende
produtos ou serviços para uma empresa.Para produtos ou serviços vendidos a pessoas
físicas, portanto, não é necessário emitir nota fiscal.
Mas, caso você precise emitir o documento, é importante verificar com a Secretaria da
Fazenda do Estado ou do Município os procedimentos necessários para isso.
Além disso, mesmo dispensado de alvará ou licença de funcionamento para iniciar suas
atividades, o MEI é obrigado a cumprir todos os requisitos legais para o exercício de suas
funções.
Por isso, o empreendedor está sujeito a fiscalizações relacionadas a questões trabalhistas,
sanitárias, ambientais, metrológicas, de segurança contra incêndio e quanto ao uso e
ocupação do solo.
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CAPÍTULO 4 - DESENQUADRAMENTO DO MEI
1. O QUE É E POR QUE ACONTECE O DESENQUADRAMENTO DO
MEI
O desenquadramento é quando o MEI deixa de atender quaisquer das condições exigidas e
impostas para optar como Microempreendedor Individual. O desenquadramento pode
acontecer de forma automática, obrigatória ou por vontade do empreendedor, caso deseje
se enquadrar em um outro regime.
Em todo caso, existem algumas condições que tornam o desenquadramento obrigatório:
● faturamento anual igual ou superior a R$81 mil;
● prática de atividades não permitidas ao Microempreendedor Individual;
● contratação de mais de um funcionário;
● inclusão de sócios na empresa atual ou se tornar sócio de outra empresa.
Quando qualquer uma dessas condições acontecem, o empreendedor já não possui mais o
direito de atuar sob o regime de Microempreendedor Individual.
E, assim, precisa optar por outro porte para o seu negócio. Em geral, uma empresa MEI
desenquadrada se torna uma microempresa (ME) ou uma empresa de pequeno porte (EPP).
No caso do desenquadramento obrigatório e automático, caso seja por questões de
faturamento, isso é um ótimo indício de que a empresa está dando certo, e faturando
bastante.
No entanto, em alguns casos, o pedido para desenquadradas do MEI parte do próprio
empreendedor. Pode ser, por exemplo, que o dono deseje investir no negócio e expandir,
contratar mais de um funcionário, ter um sócio ou até abrir filiais.
Assim, não é necessário esperar até atingir o limite de faturamento, ele pode solicitar a
mudança em qualquer momento.
1.1. Desenquadramento automático
Em alguns casos, alguns fatores podem motivar o desenquadramento automaticamente,
sem que seja necessário que o empreendedor solicite ou nem seja motivado por um desejo
pessoal.
Esse processo acontece quando:
1) a natureza jurídica da empresa é alterada para outro tipo de empresário individual;
2) uma atividade econômica não permitida pelo Comitê Gestor do Simples Nacional é
incluída no CNPJ;
3) uma ou mais filiais são abertas.
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Se um MEI passa por alguma dessas situações, o desenquadramento acontece de forma
automática, e a empresa passa a atuar sob outro regime.
É importante saber que, caso sua empresa seja desenquadrada automaticamente, a
mudança passará a valer a partir do mês seguinte. Por exemplo, se você abriu uma filial do
seu negócio no início do mês de agosto, o desenquadrado automático acontecerá no dia 1°
de setembro.
1.2. Desenquadramento por solicitação
Além das situações de obrigatoriedade ou em que o desenquadro acontece
automaticamente, também é possível fazer a mudança de regime por solicitação.
Algumas causas que podem motivar esse pedido por um empreendedor são:
● vontade de expandir a empresa;
● faturamento próximo do limite permitido;
● necessidade de contratar mais de um funcionário;
● um ou mais pessoas entrando como parte da empresa (sócios);
● abertura de filiais.
1.3. Como é feito o desenquadramento
O desenquadramento poderá ser realizado por meio do serviço "Desenquadramento do
SIMEI” disponibilizado no Portal do Simples Nacional.
O MEI deverá, antes de efetuar a solicitação de desenquadramento, gerar um código de
acesso, conforme instruções disponíveis no Portal do Simples Nacional. Após digitar o
código de acesso, o contribuinte deverá selecionar o motivo e a data em que ocorreu o fato
motivador do desenquadramento.
1.4. Prazo para comunicar o desenquadramento
O MEI deverá comunicar seu desenquadramento obrigatório quando:
● Exceder no ano o limite de faturamento bruto de R$ 81.000,00, devendo a
comunicação ser efetuada até o último dia útil do mês posterior àquele em que tenha
ocorrido o excesso, produzindo efeitos:
a) A partir de 1º de janeiro do ano-calendário subsequente ao da ocorrência do excesso,
na hipótese de não ter ultrapassado o referido limite em mais de 20%;
b) retroativamente a 1º de janeiro do ano-calendário da ocorrência do excesso, na
hipótese de ter ultrapassado o referido limite em mais de 20%.
● Deixar de atender qualquer das condições previstas nos incisos de I a IV do caput do
art. 100, da Resolução CGSN nº 140/2018, para condição de MEI, devendo a comunicação
ser efetuada até o último dia útil do mês posterior àquele em que ocorrida situação de
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vedação, produzindo efeitos a partir do mês subsequente ao da ocorrência da situação
impeditiva.
● Incorrer em alguma das situações previstas para a exclusão do Simples Nacional,
ficando o desenquadramento sujeito às regras do art. 81 da Resolução CGSN nº 140, de
2018.
Nota: No caso de início de atividade, deverá ser observado o limite proporcional ao limite de
faturamento anual (R$ 81.000,00), multiplicados pelo número de meses compreendido entre
o início da atividade e o final do respectivo ano, consideradas as frações de meses como um
mês inteiro.
Exemplo: Para o MEI que efetuou o registro em Julho/2018, o seu limite de faturamento para
o ano será R$ 40.500,00 (R$ 6.750,00 x 6 meses = R$ 40.500,000). (Resolução CGSN nº
140/2018,art. 100, §1º ).
1.3. O desenquadramento não é exclusão do Simples Nacional
O contribuinte desenquadrado como MEI passará, a partir da data de início dos efeitos do
desenquadramento, a recolher os tributos devidos pela regra geral do Simples Nacional,
como Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte, exceto se incorrer em alguma das
situações previstas para exclusão do Simples Nacional.
Para recolher os tributos pela regra do Simples Nacional, o contribuinte deverá utilizar o
aplicativo PGDAS, disponível no Portal do Simples Nacional, para cálculo do valor devido e
geração da guia de recolhimento (DAS).
2. COMO REVERTER O DESENQUADRAMENTO DO MEI
Caso o MEI seja desenquadrado do SIMEI sem sua solicitação espontânea, por não ter
excedido o limite de faturamento ou outro motivo previsto em Lei, até mesmo por ter se
arrependido de uma sociedade, o empreendedor deverá procurar um posto de atendimento
da Receita Federal do Brasil, em seu município ou região e verificar o(s) motivo(s) pelo
desenquadramento de ofício.
Após informar o desejo do cancelamento, é necessário aguardar, pois a análise de cada
solicitação é feita de forma individual.
Além disso, a resposta pode ser diferente para cada empreendedor, a depender do motivo
alegado no momento da solicitação e da situação atual do CNPJ.
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http://www8.receita.fazenda.gov.br/simplesnacional/servicos/grupo.aspx?grp=5
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