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1 RADIOLOGIA ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 RADIOGRAFIA • Bidimensional • Avaliação de tórax e sistema musculoesquelético • Densidades: ar, gordura, liquido, osso, metal • Contrate iodado (muito alérgeno, utilizado na histerossalpingografia e urografia excretora) • Contrate baritado (enema opaco e trânsito intestinal) HIPERTRANSPARENTE (+preto) Ex: pneumotórax, enfisema HIPOTRANSPARENTE (+branco) Ex: consolidação, nódulo) • VANTAGENS: -Ampla disponibilidade -Baixo custo -Fácil execução -Curto tempo de execução • DESVANTAGENS: -Uso de radiação ionizante -Método 2D (ocorre sobreposição de estruturas) -Baixa acurácia p/ avaliação de partes moles TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA • Tridimensional (3D) • Padrão-ouro p/ avaliação de toráx • Possui mais níveis de densidades HIPERDENSO (+branco) Ex: osso, calcificação, sangue HIPODENSO (+preto) Ex: ar • VANTAGENS -Método 3D (não ocorre sobreposição de estruturas) -Mais barato e mais disponível que a RM -Analisa diferentes densidades teciduais -Estudo de lesões de forma dinâmica (contraste iodado) • DESVANTAGENS -Uso de radiação ionizante -Aparelho fixo -Uso de contraste iodado (reações alérgicas) ULTRASSONOGRAFIA • Permite analisar estruturas vasculares e do coração de forma não invasiva ANECOICO (+ preto) Ex: líquido, cisto, urina HIPERECOICO (+branco) Ex: estrutura sólida • VANTAGENS: -Ampla disponibilidade -Baixo custo -Móvel -Permite análise de estruturas vasculares e do coração de forma não invasiva -Não utiliza radiação ionizante • DESVANTAGENS: -Operador dependente -Limitação técnica (impossibilidade de avaliação de ossos, pulmões e pacientes obesos) RESSONANCIA MAGNÉTICA • Não é possível reconstruir planos através do computador, sendo necessário realizar o exame em vários planos • T1: avalia anatomia (líquido preto) Obs: T1 com saturação de gordura (gordura fica preta) = utilizado na aplicação do contraste paramagnético (gadolínio) que fica na coloração branca • T2: avalia patologia (líquido branco) HIPOSINAL (+preto) HIPERSINAL (+branca) • VANTAGENS: -Não utiliza radiação ionizante -Contraste com poucas reações adversas (gadolínio) -Imagens adiquiridas em qualquer plano -Permite uma melhor diferenciação de partes moles e maior detalhamento dos tecidos • DESVANTÁGENS: -Alto custo 2 RADIOLOGIA ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 -Pouco acessível -Tempo prolongado de execução -Ambiente fechado -Dificuldade p/ realização em pacientes com marca passo -Contraindicado p/ pacientes com clipes ou mola aneurismática e fragmentos metálicos ROTINA: -PA: paciente em posição ortostática com tórax encostado no filme -Perfil: paciente encosta lado esquerdo no filme ADICIONAIS -AP: pacientes que não conseguem ficar de pé -Apicolordótica: avalia ápice pulmonar p/ evitar sobreposição da coluna vertebral -Decúbito Lateral: com raios horizontais p/ avaliar derrame pleural e pneumotoráx -Oblíqua: localizar lesões quando existe sobreposição de estruturas PENETRAÇÃO ADEQUADA: -Sombra da coluna por trás da área cardíaca, sem detalhamento -Visualização das marcas vasculares até 1cm da topografia pleural INADEQUADA -Hipopenetrada: aum. da opacidade -Hiperpenetrada: aum. da hipertransparência INSPIRAÇÃO ADEQUADA: 9 a 11 arcos costais posteriores ou 6 espaços intercostais anteriores ROTAÇÃO Rodado p/ direita: processo espinhoso mais próximo da borda medial da clavícula esquerda Rodado p/ esquerda: processo espinhoso mais próximo da borda medial da clavícula direita. ANGULAÇÃO Geralmente é perpendicular, mas pode haver alteração do ângulo do feixe (incidência apicolordótica) MAGNIFICAÇÃO Quanto mais aproxima a estrutura a ser estudada da fonte de raio-X e distância do filme, a estrutura se magnifica. ANÁLISE DE ESTRUTURAS OSSO -Cortical óssea (+ externa) = + branca -Medular óssea (+ interna) = - branca PULMÃO -Direito: 3 lobos e 2 fissuras (horizontal e obliqua) -Esquerdo: 2 lobos e 1 fissura (obliqua) Obs: Língula: segmento do lobo superior 3 RADIOLOGIA ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 OBSTRUÇÃO INTESTINAL • TC: padrão-ouro, permitindo a visualização de pequenas obstruções e estrangulamento de alças • RX: alternativo, útil em casos de grandes obstruções • DELGADO X COLÓN DELGADO COLÓN Central Periférico Válvulas coniventes que atravessam todo o lúmen Haustrações que não atravessam completamente o lúmen Valvúlas mais próximas Haustrações mais espassadas Dilatação normal: 2,5cm Dilata mais PRINCÍPIOS DA OBSTRUÇÃO -Alças proximais ao ponto de obstrução dilatam -Alças distais perdem ar e conteúdo -Peristaltismo de luta • DIÂMETRO DE POSSÍVEL OBSTRUÇÃO -Delgado: > 3cm -Colón: > 6cm -Ceco/sigmoide: > 9cm • PRINCIPAIS CAUSAS: aderências pós-cirúrgica (bridas), neoplasias, hérnias, íleo biliar, invaginação intestinal e DII. PADRÃO DE OBSTRUÇÃO DO INTESTINO DELGADO (ALTO). Raio-X de abdômen: Imagem da esquerda demonstra uma leve distensão do estômago e uma distensão do intestino delgado (normal é até 2 segmentos com ar e diâmetro <3cm), não sendo possível visualizar a moldura cólica e nem o reto. Além disso, não possui desnível hidroaéreo pois o paciente está em decúbito dorsal. Já na imagem da direita o paciente está em ortostatismo e é possível visualizar nível hidroaéreo na região gástrica e no intestino delgado (nível hidroaéreo em alças dilatadas no intestino delgado não é normal), caracterizando um padrão obstrutivo alto. ASPECTO MIOLO DE PÃO Conteúdo fecal no ceco (aspecto miolo de pão). Esse padrão em alças de delgado é chamado de fecalização de delgado e indica obstrução. OBSTRUÇÃO EM ALÇA FECHADA 4 RADIOLOGIA ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 Ocorre quando 2 pontos da mesma alça estão obstruídos ao longo do seu curso < aspecto em C ou em U (sinal do grão de café), tendo como exemplo principal o volvo. SINAL DE CORDÃO DE CONTAS OU SINAL DO COLAR DE PÉROLAS Pequenas bolsas de gás no intestino delgado decorrente de uma quantidade excessiva de líquido, sendo uma obstrução intestinal de alto grau. VOLVO DE CECO X VOLVO DE SIGMOIDE A 1º imagem representa um volvo do ceco, enquanto a 2º é um volvo do sigmoide. PNEUMOPERITÔNIO Está associado com a perfuração do TGI (úlcera gastroduodenal) e com intervenção cirúrgica abdominal. A TC é mais sensível do que o raio-X. Na radiografia é possível encontrar: ar debaixo do diafragma, visualização das paredes abdominais bilateralmente (porção interna e externa - rigler sign) e visualização do ligamento falciforme A imagem apresenta no hemitórax direito e esquerdo um acúmulo de ar (área hipertransparente) abaixo do diafragma (linha branca), ainda no lado esquerdo é visualizado a flexura esplênica, constituindo um achado normal. A seta contínua representa o ligamento falciforme, representado por uma fina linha hipotransparente no hipocôndrio direito. Já a seta tracejada indica a visualização das bordas das paredes abdominais. ASCITE 5 RADIOLOGIA ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 Na imagem da esquerda é possível visualizar a transição entre o M. psoas e a gordura intra- abdominal. Quando há o apagamento dessa linha deve-se pensar em ascite como na imagem a direita. • TC: padrão ouro • US: colecistite aguda, alterações ginecológicas e crianças • RX: Abdômen (ortostatismo e decúbito dorsal) e Toráx (ortostatismo) APENDICITE AGUDA US: crianças, pacientes jovens e macros TC: demais casose não visualização pelo US APÊNCIDE NORMAL NO US E NA TC Estrutura tubular de pequena espessura com fungo cego, compressível É possível visualizar a presença de ar no interior da estrutura sem presença de inflamação de gordura ao redor. APENDICE INFLAMADO: - Aum. do diâmetro -Edema de gordura periapendicular (hiperecogenicidade) -Aum. da espessura da parede -Não é compressível -Pode ter ausência de ar no interior (completamente preenchido por liquido) APENDICITE - TC 6 RADIOLOGIA ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 APENDICITE - TC DIVERTICULITE AGUDA TC: padrão-ouro DIVERTICULO INFLAMADO: -Estrutura sacular de parede espessada -Presença de edema de gordura ao redor DIVERTICULITE - US DIVERTICULITE X ADENOCARCINOMA DE COLÓN Na imagem a esquerda representa uma 7 RADIOLOGIA ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 diverticulite enquanto a imagem da direita representa um adenocarcinoma. COLECISTITE AGUDA US: padrão-ouro VESÍCULA INFLAMADA: -Distensão da vesícula biliar -Aum. da ecogenicidade da gordura -Aum. da espessura da parede É possível visualizar uma vesícula biliar com sinais de colecistite (aum. da espessura da parede, com edema de gordura ao redor) , preenchida por conteúdo hipoecoico (barro biliar) e microcálculos (hiperecogênicos). COLELITÍASE SEM COLECISTITE Cálculo biliar (hiperecogêncio) com sombra acústica posterior, sem sinais de inflamação. COLESCISTITE EM TC E RM PANCREATITE AGUDA US e Colangioressonância: define causa TC: avalia prognóstico (entre 48 e 72h) Dor abdominal + amilase/lipase 3x o valor de referência = define diagnostico INFLAMAÇÃO DO PÂNCREAS -Edema de gordura peripancreática -Aumento do diâmetro do pâncreas