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GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – NEAD UNIVERSIDADE ABERTA DO PIAUÍ – UAPI Modelo de Projeto de Plano de Negócio para a disciplina Trabalho de Conclusão de Curso I – TCC I EMPREENDEDORISMO FEMININO: LEVANTAMENTO DO PERFIL E CARACTERÍSTICAS EMPREENDEDORAS DE MULHERES NA CIDADE DE PARNAGUÁ-PI BEATRIZ AGUIAR CLEBIANE CORADO DE SOUZA ELDIANE DO NASCIMENTO RIBEIRO NAILA MARIA LIMA PARNAGUÁ – PI DEZEMBRO/2022 GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – NEAD UNIVERSIDADE ABERTA DO PIAUÍ – UAPI 1 APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA Nos últimos anos o aumento do desemprego tem ocorrido de forma bastante elevada, e isso tem influenciado diretamente no aumento de serviços informais. Pois muitas pessoas em meio as dificuldades e até mesmo no intuito de aumentar sua renda, começaram a empreender em vários lugares do mundo. Dessa forma, o empreendedorismo tem ganhado muito espaço ao longo dos anos, dando lugar para o mercado de trabalho formal e informal, onde empreender é nada mais que a criação de um serviço que seja inovador e gere economia para o país e renda para quem o cria. Neste contexto, o empreendedorismo tem se destacado e ganhado bastante espaço, sendo considerado o motivo de muitas discussões e estudos, não apenas no ambiente empresarial, mas também nas comunidades acadêmicas, as quais buscam descobrir como o empreendedorismo acontece, quais são seus fatores de motivação, dificuldades, dentre vários outros aspectos (FRANCO, 2014; OLIVEIRA, 2021). Segundo Mesquita (2016) pesquisas relacionadas as características e definições de empreendedorismo tem crescido fortemente na área da gestão de empresas, uma vez que isto traz resultados positivos, pois proporciona aos pequenos e grandes empresários mais conhecimento em diferentes áreas do negócio. Assim, é relevante mencionar que tais estudos são de extrema importância, não apenas para inserir ou aprimorar conhecimento, mas também para mostrar as possibilidades de ideias para negócios que sejam inovadores, e de como estes devem ser conduzidos para conseguir chegar à excelência e sucesso empresarial. “No Brasil, os primeiros estudos acerca do tema surgiram na década de 1990, mas é a partir dos anos 2000 que o assunto vem sendo disseminado mais intensamente entre pesquisadores e estudiosos” (OLIVEIRA, 2021). Com isso, definir o termo empreendedorismo é de suma importância, pois para o sucesso de qualquer serviço é necessário conhecer o que é empreender e como tudo isso acontece. Nesse sentido, Oliveira (2021) ressalta que este termo possui distintas definições, visto que “o ato de empreender pode ser identificado através de diferentes aspectos determinantes”. O autor destaca ainda a importância do empreendedorismo o qual se dá em virtude de este ser visto como uma oportunidade de abrir um negócio, sendo essa uma fonte de renda permitindo ainda a sua contribuição para o desenvolvimento financeiro, uma vez que este proporciona economia por meio de novas atividades. Sendo assim, o empreendedorismo se caracteriza como sendo as ações executadas por pessoas que querem abrir seu próprio negócio. Onde isto traz muitos resultados positivos quando realizado de maneira adequada e bem planejada, podendo influenciar diretamente na geração de renda e emprego na sociedade, sem mencionar que auxilia no desenvolvimento econômico de um país (LEAL, 2018; SEBRAE, 2016). Schneider e Branco (2012) concordam com tal colocação ao dizer que o empreendedorismo é aquele em que pessoas promovem ações criativas e inovadoras, a fim de obter lucros financeiros, onde estes estão dispostos a assumir os riscos e desafios de enfrentar algo novo. Ressaltam ainda que estas pessoas conhecem suas limitações e que dessa forma devem agir com cautela ao empreender. Para o autor “aquele que se propõe a empreender é alguém que sonha e parte a concretização” (SCHNEIDER; BRANCO, 2012, p. 19). Contudo, o empreendedorismo pode ser considerado ainda como aquele que acontece por do uso da criatividade, talento e também da emoção. E além de oportunizar a criação de algo novo e com valor financeiro, também possibilita a isenção de conhecimento deste novo para quem não o tinha, trazendo desta maneira em muitos casos sucesso econômico, profissional e pessoal (BAGGIO; BAGGIO, 2015; HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2014). Assim, é importante também trazer aqui, o que define alguém como sendo empreendedor. No qual na visão de Arantes, Halicki e Seadler (2014) este se caracteriza por ser aquele visualiza a oportunidade de abrir um negócio visando os benefícios da inovação e satisfação. O autor GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – NEAD UNIVERSIDADE ABERTA DO PIAUÍ – UAPI menciona ainda que, o verdadeiro empreendedor é aquele ligado, antenado e que tem uma percepção que outros não possuem em relação a produzir algo diferenciado e que traga resultados positivos. De acordo Dolabela (2010) o fato de a pessoa ter um certo conhecimento sobre empreendedorismo, não é suficiente para denominá-lo como sendo empreendedor. Assim, é necessário muito mais que isso, como por exemplo, ter força de vontade, atitude e principalmente ver as oportunidades de forma diferente e saber aproveita-las. Sem mencionar que para ser um empreendedor de sucesso é essencial que se tenha planejamento de tudo aquilo que se pretende fazer, bem como dos desafios e riscos. “No entanto, estudos mostram que a maioria dos empreendedores iniciais ou nascentes não sabem como construir um plano de negócios e qual a utilidade dessa ferramenta” (PEREIRA; VASCONCELOS, 2021). Todavia, apesar dos desafios ao logo do processo, o empreendedorismo surgiu como um meio de contribuir com desenvolvimento das pessoas na sociedade, seja ele através da obtenção de renda, satisfação pessoal ou profissional. Diante isso, Schumpeter (2012) destaca que o termo empreendedorismo iniciou no século XVI em função das primeiras formas de negociar os produtos, que muitas vezes vinham de outras regiões. No Brasil o termo passou a ser conhecido apenas a partir de 1990 quando a economia no país começou a ganhar mais impulso com o surgimento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, em 2006, e também da Lei do Empreendedor Individual, em 2008, que foram fatores essenciais para apoio e avanço ao empreendedorismo no país (OLIVEIRA, 2021; GEM, 2010). De acordo os dados do relatório da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) o Brasil teve no ano de 2019 um aumento no empreendedorismo, onde atingiu um percentual de 38,7%, valor este que foi maior do que em 2018. Assim, o país passou a ter cerca de 53,5 milhões de pessoas gerando novos empreendimentos, no qual 38,7% deste possuem idade entre 18 e 64 anos. Vale ressaltar que, “o empreendedorismo é essencial para promover o crescimento econômico e melhorando as condições de vida da população em que está envolvido, além de ser um fator importantíssimo na geração de empregos e renda” (SANTOS et al, 2015). Diante isso e às diversas mudanças que tem ocorrido ao longo dos anos na sociedade moderna, dentre os empreendedores, um grupo que tem ganhado bastante destaque são as mulheres, onde estas tem sido de extrema importância na geração de novos empregos. Fato este que antigamente não acontecia devido a mulher ser considerada como aquela que só devia trabalhar dentro de casa cuidando do lar e das crianças, enquanto o homem era quem se responsabilizava pelo sustento da família e então podia ter um emprego. Conforme afirma Martins et al. (2002), por volta do século XVII grande parte das mulheres não podia trabalhar fora de casa, pois estas eram obrigadas a exercer apenas o papelde cuidar da casa e dos filhos, onde apenas mulheres pobres eram permitidas de trabalhar, isso em caso bem raros. Para Strobino e Teixeira (2015) as mulheres não podiam trabalhar porque eram tidas como frágeis e sem preparo para exercer um trabalho em que os homens eram maioria, e assim, acabavam tendo que executar apenas as tarefas de casa. Entretanto, as distinções não eram ligadas apenas a questões físicas, mas também devido ao que foi estabelecido pela sociedade a muitos anos, de que as mulheres eram inferiores aos homens (SANTOS et al. 2020). Por outro lado, a sociedade tem mudado bastante desde que as mulheres passaram a entrar no mercado de trabalho, onde muitas, já conseguiram atingir um patamar de igualdade em relação aos homens no ambiente de trabalho (FRANCO, 2014). Todavia, é importante lembrar que ainda existem muitas discrepâncias, principalmente em relação aos salários. No entanto, a participação da mulher cresce cada vez na área do empreendedorismo, o que demostra que em breve estas poderão chegar a uma situação de equilíbrio em relação aos homens. Ainda conforme Franco (2014), ao ingressar no mercado de trabalho as mulheres enfrentam muitos desafios, onde dentre eles pode-se elencar: baixos salários e ausência de espaço para crescimento na empresa. Sem contar que as mulheres” sofrem com a dupla jornada, GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – NEAD UNIVERSIDADE ABERTA DO PIAUÍ – UAPI em razão disso encontram dificuldade para conciliar uma vida profissional e a familiar” (OLIVEIRA, 2021). Contudo, apesar das dificuldades encontradas pelo caminho, o número de mulheres que vem empreendendo nos últimos anos tem crescido consideravelmente, na qual muitas empreendem as vezes pela necessidade de ajudar o homem a manter a casa, o que tem sido observado em alguns estudos que por este motivo, as mulheres têm empreendido mais devido a própria necessidade, do que por oportunidade. Assim, atrelado ao fato de existir mulheres que empreendem por questões pessoais como satisfação profissional, oportunidade e etc., o aumento destas não só no mercado de trabalho, mas também na aquisição de negócios tem alcançado alto índices. Segundo SEBRAE (2020), o aumento das mulheres no mercado de trabalho e na administração de negócios empresariais além de ter crescido, vem contribuindo fortemente para a igualdade social no Brasil, isto no que diz respeito a ocupação de cargos entre homens e mulheres, onde estas tem ganhado bastante espaço. Conforme mostra os dados do SEBRAE entre os anos de 2017 e 2018 o número de mulheres que empreenderam passou de 38% a 45%. No qual atualmente as mulheres representam um percentual de 48% dos microempreendedores individuais (MEI), onde estas trabalham na área da moda, venda de cosmético e demais produtos que ajudem na beleza e ainda na alimentação, sendo que 55,4% das MEI localizam na própria residência destas mulheres (SEBRAE, 2019). Dados do relatório da GEM realizado em 49 países mostra que ao empreender o Brasil ocupa a 7º posição em relação ao número de mulheres que possuem seu próprio negócio (GEM, 2018). Assim, além dos motivos já mencionados acima, este aumento do número de mulheres que começaram a empreender ou que já possui seu próprio negócio encontra-se vinculado a diversos fatores, onde dentre eles merece destaque o fato de que atualmente as mulheres possuem maior grau de escolaridade, menor número de filhos, havendo assim mudanças nos meios sociais, culturais e familiares, favorecendo a complementação da renda (GEM, 2010). Neste sentido, mesmo com todos os desafios o crescimento no número de mulheres empreendedoras é essencial e tem fortalecido a economia em muitos lugares, sem mencionar que contribui para desenvolvimento pessoal e profissional destas, principalmente daquelas que buscam uma independência financeira. Por outro lado, ao empreender às mulheres buscam ainda quebrar os preconceitos por serem consideradas frágeis e dependentes dos homens. Entretanto, segundo Bomfim e Teixeira (2016, p. 48), “embora as estatísticas relacionadas ao empreendedorismo feminino pareçam encorajadoras, empreender não é uma tarefa fácil, são muitos os desafios encontrados pelas empreendedoras na gestão de seus negócios”. Onde muitas mulheres encontram dificuldades tanto para iniciar o empreendimento quanto para mantê-los ativo. Diante disto e de todos fatos aqui abordados esta pesquisa a ser realizada no município de Parnaguá – PI, possui a seguinte problemática: Qual é o perfil e características empreendedoras de mulheres que possuem seu próprio negócio? Bem como: Quais foram os fatores de motivação e desafios por elas enfrentados ao empreender? Todavia, mesmo as mulheres tendo ganhado bastante espaço tanto no mercado de trabalho, quanto na gestão de empreendimento, e ainda serem consideradas de suma importância para impulsionar a economia do país, ainda há uma carência no que diz respeito a pesquisas voltadas para esta temática tão importante, pois estudo nesta área possui grande relevância, uma vez que buscam investigar o perfil e como estas mulheres lidam com desafios de empreender (SILVA et al., 2021; OLIVEIRA, 2021). Neste contexto, ressalta-se aqui a necessidade de mais estudos voltados para esta questão, pois tais pesquisas favorecem tanto aos pesquisadores/leitores (as) quanto para a comunidade acadêmica que terá mais possibilidade de adquirir conhecimento sobre a temática. 2 OBJETIVOS E METAS GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – NEAD UNIVERSIDADE ABERTA DO PIAUÍ – UAPI 2.1. Objetivo geral • Identificar o perfil e as características empreendedoras de mulheres que possuem seus próprios negócios no município de Parnaguá-PI. 2.2. Objetivos específicos • Descobrir quais são os fatores de motivação enfrentados pelas mulheres ao empreender; • Conhecer os principais desafios no momento de empreender; • Identificar os ramos de atuação e como as mulheres administram seus empreendimentos; • Investigar o que esperam do futuro como empreendedoras. 2.3. Metas • Coletar informações e gerar dados a partir do levantamento feito com as mulheres empreendedoras da cidade; • Elaborar um questionário bem estruturado e que contemple todas as informações necessárias para o levantamento dos dados. GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – NEAD UNIVERSIDADE ABERTA DO PIAUÍ – UAPI 3 METODOLOGIA 3.1. Caracterização da área de estudo O estudo em questão será realizado no município de Parnaguá no estado do Piauí, situado no Extremo Sul piauiense (Figura 1). Que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010), o município possui coordenadas de latitude 10º 13´ 47´´ e longitude 44º 38´ 22´´, estando localizado no bioma Cerrado. Este possui ainda uma população estimada pelo IBGE para o ano de 2021 de 10.846 habitantes, e compreende uma área de 3.429, 223 km2 (IBGE, 2021). É importante salientar que a pesquisa será realizada em especifico na zona urbana da cidade em virtude da maior facilidade de acesso as empreendedoras e em função de que nesta zona, há mais acesso as informações devido ao maior número de meios de comunicação, o que favorece ao empreendedorismo por conter mais possibilidades e oportunidades quando comparado com a zona rural. E ainda pelo fato de que na zona urbana possui mais pessoas para a compra de produtos proveniente dos empreendimentos. Figura 1- Localização do município com destaque ao perímetro urbano de Parnaguá-PI Fonte: Sobrinho (2018); IBGE (2010). O município de Parnaguá – PI é bastante conhecido por possuir a maior lagoa do Estado, sendo esta a terceira maior do Brasil e quinta do mundo. Onde essa possui em suas extensões 12km de comprimento e 6km de largura, eque há alguns anos já teve grande potencial para a atividade pesqueira gerando renda para a população. Entretanto, atualmente a cidade conta com a presença de outros serviços que são essenciais para geração de empregos, renda e manter a economia ativa, no qual dentre estes merece desta as atividades comercias, da agricultura, pecuária, lojas de confecções e cosméticos, dentre vários GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – NEAD UNIVERSIDADE ABERTA DO PIAUÍ – UAPI outros. Atividades estas que em sua maioria eram executadas por homens. Porém, nos últimos anos houve um aumento no empreendedorismo na cidade, sendo que as mulheres ganharam bastante destaque por abrirem seus próprios negócios, influenciando assim no avanço do empreendedorismo feminino e contribuindo para o desenvolvimento econômico em Parnaguá – PI. 3.2. Tipo de pesquisa Esta pesquisa se caracteriza por ser de cunho exploratório e descritivo de natureza qualitativa. Que segundo Oliveira (2021, p.22) “busca promover um conhecimento mais aprofundado sobre o assunto e explorar o máximo de informações sobre o tema e o objeto estudado”. Sendo este “descritivo pois busca analisar o perfil das mulheres empreendedoras, e principalmente identificar o motivo pelas quais se tornaram empreendedoras”. Além disto, Gil (2007) ressalta que a pesquisa exploratória ainda oportunizar estudar um tema que é novo e carente de mais informações. Segundo Malhotra (2012, p. 59), “o objetivo da pesquisa exploratória é explorar ou fazer uma busca em um problema ou em uma situação a fim de oferecer informações e maior compreensão”. Neste sentido, Campos Coltei, Silva e Moaris (2021) destacam que ao fazer uma pesquisa de quantificação das informações, isto contribuirá para engrandecer os argumentos da pesquisa, onde a quantificação se torna um essencial atributo na avaliação de dados. 3.2. Procedimentos metodológicos Para melhor organização da pesquisa, esta será dívida em 04 (quatro) etapas. No qual na primeira etapa pretende-se realizar uma revisão de literatura para construir a parte teórica do trabalho (referencial teórico) e ainda para nortear a pesquisa tanto na coleta das informações como na discussão dos dados que forem encontrados. Onde para isto buscará por todos os trabalhos possíveis que abordam a temática nos últimos anos. Já na segunda etapa será feito um levantamento quanto ao número de mulheres que possuem seus próprios empreendimentos, onde estes contemplarão desde os mais antigos até os criados recentemente, onde dentre estes estarão aqueles que possuem lojas físicas e virtuais de qualquer ramo de atuação. Tal coleta é grande valia para o desenvolvimento da pesquisa, já que com base em informações previamente coletadas, na cidade não possuem órgãos/setores que cadastrem estes dados, o que facilitaria a pesquisa. Vale ressaltar que este levantamento acontecerá por meio do diálogo com os moradores e também com os empreendedores que já são conhecidos da cidade Posteriormente, o estudo seguirá para a terceira etapa, no qual será elaborado um questionário para coletar as informações junto as mulheres empreendedoras. O questionário será baseado no utilizado por Oliveira (2021) em sua pesquisa sobre empreendedorismo feminino na cidade de Cachoeira – BA. Assim, o questionário vai ser adaptado, a fim de contemplar todas as informações necessárias e ainda para conseguir atender a realidade do local. Assim, este possuirá questões abertas e fechadas, que tem como finalidade buscar informações como o perfil socioeconômico, questões sobre o empreendimento, tais como ramo de atuação, planejamento, bem como as características empreendedoras, fatores de motivação e dificuldades das mulheres ao empreender. Dessa forma, após o levantamento do número de mulheres empreendedoras e elaboração do questionário, a pesquisa passará para quarta e última etapa. Nesta etapa serão feitas visitas in loco para identificar as empreendedoras, onde será realizada a aplicação do questionário para aquelas manifestaram interesse em participar do estudo. Na oportunidade, e se permitido, serão feitos registros fotográficos para evidencia a pesquisa. Todavia, ressalta-se que por ser uma pesquisa que envolve pessoas este projeto será submetido ao Comitê de Ética de Pesquisa (CEP). E por fim, destaca-se aqui que para a confecção do mapa presente no trabalho fez-se a coleta de coordenadas geográficas, onde o mesmo foi elaborado no Qgis, programa de Sistema de Informação Geográfica (SIG), fazendo o uso da base cartográfica digital continua do IBGE versão GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – NEAD UNIVERSIDADE ABERTA DO PIAUÍ – UAPI 2010 em escala 1/250.000-BC250. Ressalta-se se ainda que após a coleta dos dados estes serão tabulados e utilizados para construir os resultados e discussão, bem como a conclusão do trabalho. 4 RESULTADOS ESPERADOS Como já mencionado, em pesquisas nas últimas décadas houve um aumento significativo no número de mulheres que passaram a empreender. No qual estas têm sido essenciais na geração GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – NEAD UNIVERSIDADE ABERTA DO PIAUÍ – UAPI de novos empregos e renda, sem mencionar que elas contribuem fortemente para o desenvolvimento econômico de um país. Diante disto, espera-se com este estudo gerar dados do perfil e das características empreendedoras das mulheres do município de Parnaguá – PI. Espera-se ainda compreender quais são os desafios das mulheres ao abrirem seus próprios negócios e com isso propor medidas para estas enfrentarem seus desafios ao longo do processo. Pretende-se também que o estudo sirva de base de referência para outras pesquisas acadêmicas nesta mesma temática e que este auxilie também aquelas que querem abrir seus empreendimentos, mas que antes disso buscam conhecer como estes acontecem. 6 REFERÊNCIAS ARANTES, E. C; HALICKI, Z; SEADLER, A. Empreendedorismo e responsabilidade social. 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