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Desenvolvimento do Capital Humano 02 1. Administração de Talentos Humanos 4 Administração de Talento Humano e Contextualização Histórica 5 O Recursos Humanos nas Empresas 8 2. Avaliação de Desempenho 10 Razoes da Avaliação de Desempenho 12 Críticas à Avaliação de Desempenho 13 3. Planos de Cargos e Salários 16 Etapas do Plano de Cargos e Salários 16 A Pesquisa Salarial 18 Política Salarial 18 4. Plano de Desenvolvimento 20 Ferramentas Usadas no Plano de Desenvolvimento 23 Treinamento e Desenvolvimento 23 Carreira 23 A Autogestão da Carreira 23 Papel do Estágio Profissional na Carreira do Administrador 24 5. Gestão de Carreiras 26 Cultura Organizacional 29 Características que Capturam a Essência da Cultura 30 Elementos que Compõem a Cultura Organizacional 31 6. Referências Bibliográficas 34 03 4 DESENVOLVIMENTO DO CAPITAL HUMANO 1. Administração de Talentos Humanos Fonte: Solver RH1 o sucesso empresarial e as es- tratégicas usadas para alcançá- lo, surgiu a preocupação de como traçar um caminho para chegar e como se manter em contínuo cresci- mento.Essa preocupação foi resul- tante das ofertas de mão de obra, que por meio delas surgiram oportu- nidades de emprego, com a finali- dade de acrescentar talentos qualifi- cados a corporação. A competitivi- dade de mercado está ditando novas regras e essas passam a ser mais exi- gentes conforme as mudanças ocor- ridas nele. Algumas atividades exercidas antes pelas empresas tornaram-se 1 Retirado em https://www.solver-rh.com.br/ obsoletas, o que precisou de inova- ções em todas as áreas empresariais, formatando a empresa em estrutu- ras menores, níveis hierárquicos re- duzidos, tecnologia avançada para disponibilizar informações e essa inovação também foi necessária no capital humano da empresa. Para que uma organização seja sustentada de maneira eficaz nesse século é preciso que seu capital hu- mano seja administrado de forma eficiente. A sociedade capitalista moderna aumentou a produção para manter o pessoal habilitado dentro da empresa, levando em considera- ção o setor de recursos humanos e D 5 DESENVOLVIMENTO DO CAPITAL HUMANO sua importância vital de condição para que uma empresa funcione. Para Dutra (2006), a adminis- tração de recursos humanos (ARH) é importantíssima para que a em- presa consiga se manter mesmo ao longo do tempo. De acordo com Chiavenato (2009): Há uma grande importância na presença dos profissionais, a questão da gestão mostra um canal de interpendência, ressal- tando como uma empresa abar- ca essa questão do ponto de vis- ta da administração. Há um sis- tema de parceria, uma maneira de agregar, humanizar os sujei- tos e suas potencialidades. A administração de recursos humanos para as empresas se des- taca nesse século, ressaltando sua importância para a transformação da sociedade, auxiliando a empresa, através da abordagem e gerencia- mento e os recursos humanos. Administração de Talento Humano e Contextualiza- ção Histórica Os recursos humanos passa- ram a ganhar mais espaço no âmbito empresarial, tendo em vista que não foi sempre assim, pois o departa- mento pessoal era visto como um lu- gar dentro das empresas onde as pessoas eram admitidas e demitidas frequentemente, o que ocasionava certos transtornos para os colabo- res. O setor de recursos humanos so- mente ganhou ampliação um tempo depois da necessidade de suprir e manter em constante desenvolvi- mento, todo o recurso humano de conhecimento para empresa. Com a função de atrair e de- senvolver pessoas dentro da em- presa, bem como investir em seu in- telecto para sua melhoria, os recur- sos humanos, criaram atividades que aprimoraram seu capital huma- no para que novas ideias pudessem ser complementadas na organiza- ção. CHIAVENATO, (2009, p.06). A Administração de Recursos Hu- manos (ARH) garante o uso de for- ma eficaz e eficiente do talento hu- mano, para a realização dos objeti- vos organizacionais. (SOBRAL, 2008) se refere a ARH como referência das políticas e práticas que conduzem os aspectos em relação às pessoas que traba- lham dentro das empresas, respon- sável por seu recrutamento, desen- volvimento, treinamento, e remune- ração ou demissão. Foi a partir do final do século XVIII que houve uma mudança sig- nificativa no trabalho industrial, on- 6 DESENVOLVIMENTO DO CAPITAL HUMANO de a relações entre trabalho e traba- lhador foi alterado em sua formar de como fazer. Dentro dessa alteração, ocor- reu uma mudança de conduta por parte dos trabalhadores, onde a pro- dução capitalista passou por trans- formações em suas relações sociais e na estruturação do processo de orga- nização das fábricas e consequente- mente nas indústrias. Foi a partir daí que as condu- tas dos funcionários passaram a ser avaliada, dando mais atenção em to- da sua dimensão, estabelecendo no- vos parâmetros para auxiliar na es- trutura da empresa e em que fazia parte do processo. O pessoal dentro da organiza- ção precisou ser estabelecido e suas funções antes limitantes e burocráti- cas, marcando a história da adminis- tração, pessoas antes direcionada ao departamento pessoal onde se admi- tia e demitia funcionários e a cargos específicos, nos dias atuais fazem parte da história da empresa com- posta pelo talento humano. Todo esse movimento contri- buir para administração científica, Taylor e de Fayol foram responsá- veis por contribuir para essa mudan- ça, consolidando a administração ci- entífica um passo importante para o capitalismo, usadas como instru- mento das empresas, até o dia de hoje. (GIL, 2009) declara que o mo- vimento que consolidou administra- ção científica, foi marcado pelos tra- balhos de Taylor e de Fayol e contri- buíram para essa mudança. A admi- nistração científica constitui, se tor- nou um passo importante para o ca- pitalismo, por meio de instrumentos utilizados até os dias de hoje. Trindade (2004, p.14) explica que Frederick W. Taylor, à época de 1883 a 1929, foi apresentada uma al- ternativa de controle dos tempos e movimentos exercidos pelo traba- lhador na fábrica denominada de “administração científica”. Que con- tribuiu para eliminar desperdício e perdas das indústrias por meio de ociosidade do trabalhador, elevando assim os níveis de produtividade al- cançados com a divisão manufatu- reira do trabalho. A administração científica pa- dronizou as atividades administrati- vas dando ideia de que o que antes era improvisado passou a ser alte- rado, fazendo com que movimentos dentro da organização fossem carac- terístizados de outra forma. Para Chiavenato (2009), a ad- ministração científica herdeira do passado de Taylor tem uma ideia de análises quando se pensa em indus- trialização clássica, onde o capitalis- mo se organiza e as empresas passa- ram a ter importância na transfor- 7 DESENVOLVIMENTO DO CAPITAL HUMANO mação de como administrar recur- sos e pessoas, chamada Era da in- dustrialização neoclássica e a Era da informação onde o instrumentalizou a administração do pessoal, dos re- cursos materiais e dos recursos hu- manos. A Administração de Recursos Humanos (ARH) passou a ser am- pliada e precisa de cuidados e supri- mentos constantes para sua manu- tenção e seu desenvolvimento, crian-do atividades que envolva pes- soas dentro da empresa, de forma que sejam atraídos para se desenvol- ver. Segundo Saul (2004): O investimento em capital hu- mano devia ser considerado co- mo diferente de consumo, tanto pelas suas dimensões quantita- tivas quanto pelas dimensões qualitativas. Não obstante a di- ficuldade de medição desse tipo diferenciado de capital, algu- mas atividadespoderiam ser destacadas como promovendo as capacidades humanas. As- sim, por exemplo, os serviços de saúde, entendidos em senti- do amplo, envolvendo as despe- sas que afetem a expectativa de vida, o vigor e a vitalidade das pessoas. Outro ponto a conside- rar era o treinamento no em- prego, incluindo o velho estilo de aprendizagem organizado pelas empresas. Também deve- ria incluir-se a educação for- mal, em seus diferentes níveis. Também se incluíam aí os pro- gramas de educação de adultos, não organizados por empresas, incluindo os programas de ex- tensão, principalmente na agri- cultura. Por último, mas não menos importante, Schultz ci- tava o processo de migração de indivíduos e de famílias para ajustar-se às oportunidades de emprego, em constante trans- formação. Para Schultz, o equí- voco em desconsiderar os re- cursos humanos como uma for- ma de capital, ou seja, de vê-lo como um meio de produção, co- mo um produto de investimen- to, fomentou a sustentação de uma clássica e superada noção de trabalho, na economia em geral. Essa noção correspondia a entender o trabalho como a capacidade de realizar trabalho manual que exigisse escasso co- nhecimento e especialização. Para Sagioro et al (2017, p. 106), o declínio da era industrial que trouxeram muitas transformações na área do conhecimento humano, vindo da era das tecnologias da in- formação se unindo aos continentes e as culturas, para a construção de novos conhecimentos essa ferra- menta agrega. Contudo, as organiza- ções precisam também se moldar de forma que possam caminhar junto com as mudanças. Essas áreas liga- das a recursos humanos no passado tinham a preocupação de maximizar o lucro para uma concorrência quantitativa se limitando apenas aos controles das entradas dos funcio- nários na 13ª hora marcada, aten- tando somente para a quantidade da produção e cumprimento do horário 8 DESENVOLVIMENTO DO CAPITAL HUMANO da saída. No entanto, vantagens qualitativas considera as organiza- ções podem mudar o passado e bus- car resultados positivos mais rele- vante. Porém o ambiente atual co- loca em vantagem recíproca sobre as organizações, sociedade, tecnologia e conhecimento, dando a tecnologia antes idealizada como um luxo, sendo hoje uma necessidade indis- pensável. O Recursos Humanos nas Em- presas Os recursos humanos são res- ponsáveis pelo recrutamento de pes- soas dentro da empresa, esse recru- tamento se dá em processos. De acordo com Cruz e Santana (2015, p.37): Os ciclos de RH têm 5 processos básicos: o de provisão, aplica- ção, manutenção, desenvolvi- mento e controle de pessoas, que formam um processo glo- bal e dinâmico independente da sua sequência. Os subsistemas Recrutamento e Seleção, Trei- namento e Desenvolvimento, Planejamento Estratégico, Ad- ministração dos Cargos, Salá- rios e Benefícios, Plano de Car- reiras e Retenção de Talentos, Comunicação Interna, Endo- marketing e Avaliação de De- sempenho, providenciam de forma inesgotável valores e ta- lentos humanos capazes de for- mar o cérebro e o sistema ner- voso da empresa moderna. Cada etapa desse processo é aprimorada para a construção de ta- lentos, onde é analisada a ligação com a cultura organizacional, comu- nicação, serviços psicológicos para o melhor quadro profissional selecio- nado. A administração do talento humano feita por meio dos recursos humano, tem um impacto positivo em relação ao desempenho da orga- nização e desenvolvimento da com- petências e habilidades de seus fun- cionários, motivando os colaborado- res e os mantendo mais competentes em suas funções e empenhados com os valores das organizações, encora- jando-os a permanecerem dentro da empresa com seus talentos, favore- cendo a rentabilidade e a produtivi- dade de ambos. 10 DESENVOLVIMENTO DO CAPITAL HUMANO 2. Avaliação de Desempenho Fonte: Convenia2 Avaliação de Desempenho é resultante da análise do conhe- cimento onde contribui para a ges- tão uma melhoria de desempenho organizacional, através de um pro- cesso avaliativo válido e legítimo. Com a finalidade de responder perguntas e analisar as característi- cas que abordam avaliação de de- sempenho organizacional, gerando conhecimento, identificando as la- cunas para assim, apontar quais a melhores formais de contribuições futuras para essa área. Segundo Marras (2000) a ava- liação de desempenho é como um 2 Retirado em https://blog.convenia.com.br/tipos-de-avaliacao-de-desempenho/ instrumento gerencial capaz de me- dir o conhecimento, as metas e habi- lidades dos funcionários em período e área específicos. Para um modelo de avaliação de desempenho eficaz e bem-suce- dido, é necessário que seja respeita- do as características culturais da or- ganização e as práticas de avaliações devem ser adequadas a modelos efi- cazes. A avaliação de desempenho tem por objetivos avaliar a todos os colaboradores dentro de uma orga- nização, sem fazer distinção entre A 11 DESENVOLVIMENTO DO CAPITAL HUMANO eles, para que não haja desmotiva- ção por partes deles. Para Gil (2001) a avaliação de desempenho é um recurso usado para desenvolver os recursos huma- nos da organização, onde desenvol- vimento do empregado juntamente com o desenvolvimento da organiza- ção é visado, isto é, para desenvolvi- mento dos empregados, serviços efi- cientes, qualidade do serviço e clien- tes satisfeitos. Existem dentro das organizações diferentes tipos de funcionários, entre eles podemos ci- tar: o competitivo, indiferente, in- competente e aqueles que não se comprometem, por isso há uma ne- cessidade de avaliação máxima en- tre eles, para que seu desempenho seja avaliado de forma justa. De acordo com Pontes (2005, p. 26): A avaliação ou administração de desempenho é um método que visa, continuamente, esta- belecer um contrato com os funcionários referente aos re- sultados desejados pela organi- zação, acompanhar os desafios propostos, corrigindo os rumos quando necessário e avaliar os resultados conseguidos. Uma avaliação máxima tende a motivar os colaborares, incenti- vando-os a produzirem mais, quan- do isso não acontece, causa desmoti- vação e a produtividade da empresa tende a diminuir, comprometendo principalmente o rendimento dos colaboradores eficientes e compro- metidos. Para Saleme (2008) a avalia- ção de desempenho promove uma análise sistemática e processual do desempenho do profissional e suas atividades realizadas, e os resulta- dos alcançados a partir das metas estabelecidas e seu potencial de de- senvolvimento. A avaliação máxima elimina e minimiza as influências negativas sobre a organização, facilitando o di- agnóstico eficaz da produtividade de cada colaborador e seu empenho dento da empresa. Para que o sis- tema de avalição de desempenho te- nha sucesso, necessita da qualidade das estratégias que serão implemen- tadas. Para Cocheau (1986), o su- cesso desse depende da sua forma de implantação e sugere técnicas em re- cursos humanos, como um procedi- mento inicial, analisando as práticas de avaliação em outras organizações e conhecendo a opinião sobre esse sistema. Essa investigação empírica tem o intuito de fornecer informa- ções importantes, da cultura organi- zacional estudada, para facilitar o planejamento de ações para mudan- ças em atitudes relacionadas à avali- ação de desempenho. Implementando esse sistema de avaliação, é necessário que todos 12 DESENVOLVIMENTO DO CAPITAL HUMANO estejam envolvidos com a mesma, incluindo chefias e demais trabalha- dores as novas práticas de avaliação, divulgando o novo modelo, através de treinamento cuidadoso e avalia- ções que aumenta a participação dos atores, tanto avaliadores, quantoavaliados em todas as fases e as eta- pas do processo implementativo da avaliação. O processo da avaliação de de- sempenho é lento e envolve mudan- ças constantes dos hábitos culturais da empresa. Para que seja eficaz, precisa ter ética e permitir aos traba- lhadores desempenho em suas ativi- dades, proporcionando-lhe um am- biente favorável a isso. O bom desempenho precisa ser recompensado, reconhecido e valorizado. A avaliação não pode atrapalhar o andamento do trabalho dentro da empresa, ela precisa ser um instrumento de utilidade que es- timule os usuários e que transforme seu desenvolvimento e os motivem a se empenhar dentro da organização, identificando os problemas e a me- lhor forma de sua resolução. Razoes da Avaliação de De- sempenho Existem razões pelas quais as avaliações de desempenho devem acontecer, através delas é possível diagnosticar a real situação da em- presa e como deve ser melhorado a busca por avanços. Para Chiavenato (2005) as principais razões pelas quais as or- ganizações avaliam o desempenho de seus funcionários são: I. Sistematizar um julgamento para fundamentar aumentos salari- ais, promoções, transferências e muitas vezes demissões de funcio- nários. II. Comunicação com os funcio- nários de como eles estão desempe- nhando sua função, e fazendo suges- tões de mudanças de comportamen- to, atitudes e habilidades que se fa- zem necessárias. III. Saber aquilo que o chefe pensa a seu respeito a respeito do seu fun- cionário para conduzir e acompa- nhar os subordinados acerca de seu desempenho. Já Silva (2011), destaca que os motivos que leva uma organização a fazer a avaliação de desempenho de seus funcionários podem ser elenca- dos a seguir: I. Facilitar informações que fun- damentam aumentos salariais, transferências, promoções, necessi- dade de treinamento e algumas ve- zes demissões; II. Retroagir os colaboradores a respeito de suas atividades; III. Ter conhecimento do colabo- rador sobre que o líder da sua equipe 13 DESENVOLVIMENTO DO CAPITAL HUMANO de trabalho pensa a seu respeito, pa- ra assim facilitar o aconselhamento e condução dos membros da equipe; IV. Conhecimento das potenciali- dades de seus colaboradores e suas deficiências para que possa trazer benefícios para ambas as partes. Críticas à Avaliação de De- sempenho Alguns autores criticam a ava- liação de desempenho, algumas são descritas por Gil (2001) a serem consideradas: I. Objetivos inadequados e sem definição; II. Nível de envolvimento da alta administração baixo; III. Pessoas despreparadas para administrar; IV. Avaliação limitada há um dia; V. Nível baixo da participação das chefias; VI. Empregados excluídos do pro- cesso de planejamento. As críticas a avaliação de de- sempenho muitas vezes estão rela- cionadas a forma de sua implemen- tação e aos erros de metodologias inadequadas que diferem do cenário empresarial. É de responsabilidade do setor de gestão de pessoas supervisionar e coordenar o programa de avaliação de desempenho, no entanto, sua ela- boração precisa ser participativa, pois mais de um funcionário pode aceitar e ficar satisfeito com o pro- grama de avaliação de desempenho quando participa de sua elaboração Situações que comprometem o sistema de avaliação de desempe- nho, ocasionando críticas ao mês- mo: Algumas dessas avaliações po- dem afetar de forma significativa se não forem planejadas de forma coe- rente ou se estiverem fora do con- texto econômico da empresa. I. Falta de treinamento adequa- do para implementação da avaliação pode comprometer sua eficácia, pois é necessário que se tenha entendi- mento da avaliação e qual o fim que essa deve estabelecer; II. A ausência da liderança du- rante a avaliação tende a comprome- ter os resultados, causando desmoti- vação e interesse dos funcionários em se empenhar na sua participa- ção; III. Processo como forma de puni- ção, a avaliação de desempenho de- ve avaliar o empenho e não promo- ver dentro da empresa um constran- gimento em seus funcionários, ge- rando desmotivação ou medo, seu intuito é avaliar e promover um em- penho maior por parte de todos em desempenhar suas funções de forma eficaz; 14 DESENVOLVIMENTO DO CAPITAL HUMANO A avaliação de desempenho é um processo que auxilia a gestão efetivando o que é necessário dentro da organização e caracterizando as reais necessidades de empenho dela. Ela precisa ser feita de forma participativa, onde todos são condu- zidos a se envolver e entender quais são seus pontos positivos e negati- vos, assim como toda situação exis- tem dois lados e esses podem ser ne- gativos ou positivos, com a avaliação de desempenho não é diferente. A compreensão dos efeitos ocasionados pela avaliação de de- sempenho facilita sua elaboração e aplicação, porque o sucesso dela de- pende de como esse instrumento é utilizado e a forma que irá envolver todos dentro da organização. Para Chiavenato (2010) para evitar problemas como as chamadas na avaliação de desempenho é trei- nar os avaliadores, explicando-lhes os critérios do processo de avaliação e mostrando-lhes as distorções mais comuns. É responsabilidade do ór- gão a implantação do processo para diminuir problemas de monitora- mento constante dos especialistas em recursos humanos e a troca de experiências entre os avaliadores. As avaliações precisam ser compatíveis com a realidade da or- ganização e suas expectativas, não dependendo apenas competência técnica e do instrumento em si, mas a forma com que é aplicado para mensurar os resultados obtidos por meio dela. O processo de avaliação de de- sempenho é amplo e sua real neces- sidade é medir conhecimento, com- petências em relação a diversos fato- res e as metas organizações. Portanto deve gerar melho- rias, tanto para o funcionário, quan- to para instituição e público em ge- ral, capacitando todos os envolvidos para avalição e ter ciência do que re- almente se quer avaliar e qual a me- lhor maneira de fazê-la. 16 DESENVOLVIMENTO DO CAPITAL HUMANO 3. Planos de Cargos e Salários Fonte: Bozza Consultores3 valorização dos recursos hu- manos ganhou forma no de- correr dos últimos anos, sendo in- dispensável a sua valorização dentro do âmbito organizacional. Se impor- tar com os funcionários como agen- tes principais para o desenvolvimen- to da empresa é uma forma conside- rada justa. O plano de carreira e re- muneração é uma ferramenta ado- tada para que o desenho organizaci- onal e todos os cargos e salários de- vidamente distribuído tenha seu re- conhecimento, baseado em merito- cracia de acordo com os níveis de hi- erarquia. Essa ferramenta tem o intuito de elaborar planos de carreira den- tro de uma organização, por meios de etapas, afim de beneficiar todos 3 Retirado em http://www.bozzaconsultores.com.br/ dentro da organização, tantos funci- onários, quanto empresa. A ferra- menta de cargos e salários traz para o mercado uma visão sistêmica e contingencial, fazendo a organiza- ção se Preocuparem integrar os car- gos, ao invés de separar (LIMONGI, 2008). Etapas do Plano de Cargos e Salários Os planos de cargos e salários envolvem a organização, análise e descrição de cargos, a necessidade de levantar de maneira organizada dentro da empresa uma metodolo- gia para estabelecer cargos e salários causando um efeito seguro. Levantamento das necessida- des da organização: o motivo pe- A 17 DESENVOLVIMENTO DO CAPITAL HUMANO lo qual esta ferramenta deve ser ado- tada e quais benefícios trarão para empresa e seus colaboradores. Qual a forma de aplicação, focando nos resultadose porquê de estruturar es- sa ferramenta. É também de extre- ma importância coletar informações de alguns fatores organizacionais que permitam um conhecimento como um todo da organização, são elas: níveis hierárquicos; cultura or- ganizacional, processos e o quadro de salários e remunerações atual da empresa; aspectos estratégicos, ad- ministrativos, mercado concorrente, sindical, etc. (CHIAVENATO, 2015). Descrições de Cargos: relaciona a atividades que cada cargo possui e as devidas condições de desenvolvi- mento e as reponsabilidades que traz consigo. Essa descrição, tende a simplificar o entendimento e regis- tra as informações sobre o cargo, seu funcionamento, ocupante e as ativi- dades que esse desempenha. O ges- tor terá em mãos um retrato de cada cargo na empresa, uma forma breve do conjunto de especificações do cargo para consultas relacionadas à ferramenta de carreiras e remunera- ções, seja para promoções verticais ou horizontais e, até mesmo, para prestar contas ao Ministério do Tra- balho (OLIVEIRA, 2017). Análises de Cargo: se torna uma ferramenta base onde é registrado todas as funções necessárias para o desenvolvimento de cargo organiza- cional, evitando erros na contrata- ção e no processo seletivo por co- nhecer bem as diversas atividades da empresa. Para OLIVEIRA (2017), as análises de cargos traçam fatores es- senciais para que o ocupante do car- go desenvolva com eficiência as ati- vidades propostas. Começando pela avaliação dos fatores mentais que o ocupante precisa possuir, isto é, quais qualificações e conhecimentos serão necessários para tal cargo. Traçados todos os fatores mentais passa a ser avaliados fatores físicos, responsabilidades e quais condições de trabalho as atividades vão ser de- senvolvidas (OLIVEIRA, 2017). Planejamento e Divulgação do Plano de Cargos e Salários: é a forma usada para alcançar o maior número do pessoal possível, a comu- nicação e a implementação do plano de carreiras para cada nível hierár- quico e forma de que como será re- cebida a notícia por cada um deles. De acordo com MACEDO et al, 2012: O cuidado gestor é de extrema importância para evitar radio peão dentro dos corredores da empresa, pois isso pode gerar conflitos e fazer com que a fer- ramenta tenha efeito controver- so no clima da empresa. Outro cuidado essencial, é a forma que vai comunicar a implemen- tação do plano de carreiras para 18 DESENVOLVIMENTO DO CAPITAL HUMANO cada nível hierárquico, é neces- sárias estratégias diferentes para cada patamar organizaci- onal, já que a notícia será rece- bida de diferentes formas, por exemplo, para o nível operacio- nal/tático um quadro de carrei- ras e remuneração pode ser vis- to como desenvolvimento de carreira, mas, já para o nível es- tratégico, pode ser visto como corte de pessoal mesmo se o ob- jetivo da organização seja fazer um quadro de remunerações mais enxuto A Pesquisa Salarial Tem o objetivo de comparar os níveis hierárquicos e suas remune- rações, levando em conta os cargos e suas referências, a companhia parti- cipante, a época da realização de ca- da pesquisa semelhante em empre- sas que adotaram essa ferramenta. Segundo CHIAVENATO (2015), a promoção de quadro de sa- lários, entre o salário mais alto e o mais baixo é feito por meio da média entre as organizações e essas remu- nerações são de acordo com estraté- gias traçadas antes de desenvolver o quadro de carreiras e remunerações, ou seja, se a empresa pretende redu- zir ou pretende pagar o máximo para seu funcionário. Essa é metodologia do plano e cargos e salários que de- vem ser sempre atualizadas. Política Salarial Tudo que está relacionado a remuneração dos funcionários den- tro de uma empresa, e as decisões sobre cada caso e critério a respeito, ou seja, a política salarial e um con- junto de diretrizes e princípios usa- dos dentro da organização visando assuntos relacionados aos salários de seus empregados. Política salarial envolve cargo e salários, previsão de reajuste salarial legal ou espontâ- neo, salários de admissão para as di- versas classes salariais. Para CHIVENATO (2015), a política salarial envolve aspectos que variam de empresa para empre- sa e é extremamente particular da organização, isto é, umas abraçam mais seu colaborador e pagam o teto e outras a empresa escolhem o que pagar legalmente para aquele cargo. Assim sendo, o plano de cargos e sa- lários quando implantado correta- mente, se torna uma ferramenta de muitos benefícios, como uma ima- gem vantajosa e competitiva do mer- cado. O plano de carreira visa o re- conhecimento dos funcionários den- tro da sua produtividade e desenvol- vimento colaborando para a autor- realização dos mesmos e sua jornada de crescimento, ou seja, seu objetivo é buscar o incentivo de todos em sua dedicação, de modo que todos sejam engajados na produtividade e se de- senvolvem no profissional dentro da empresa. 19 20 DESENVOLVIMENTO DO CAPITAL HUMANO 4. Plano de Desenvolvimento Fonte: Pexels4 m plano de desenvolvimento, é construído por meio de um modelo de desenvolvimento e deve estar baseado e sua elaboração deve estar baseada na realidade e atender a necessidade do processo em de- senvolvimento. O plano de desen- volvimento precisa incluir as tarefas de trabalho para gerir habilidades de liderança, e estar relacionado a fisio- logia da empresa e receber o apoio necessário para que a jornada do desenvolvimento aconteça. Esse método busca conhecer as habilidades e comportamentos de todos os colaboradores e a forma de ampliar esses potenciais. Para obter 4 Retirado em https://www.pexels.com resultados satisfatórios, o uso dessa ferramenta é indispensável para o sucesso da empresa e seus profis- sionais. Segundo a da Lei de Dire- trizes e Bases - LDB da Educação Nacional. O PDI estabelece que a instituição de ensino superior deve demonstrar sua missão, visão de futuro e valores, aspectos conjuga- dos a sua orientação pedagógica, es- trutura organizacional e atividades acadêmicas. Mais do que uma exi- gência legal, o PDI é uma ferramen- ta para o planejamento de diretri- zes e avaliação das atividades da ins- tituição. I 21 DESENVOLVIMENTO DO CAPITAL HUMANO O cenário empresarial e suas transformações políticas e econômi- cas atingem diretamente organiza- ções e com de novos padrões de comportamento abrindo um futuro de incertezas. A competição desse ambiente faz com que melhorias continuam sejam demandadas de seus clientes, fornecedores, funcio- nários, acionistas e sociedade. O desenvolvimento de práticas profissionais e pessoais , onde objetivo é estabelecer um com- promisso com metas empresa- riais e propósitos individuais de cada profissional, atuam em dois níveis: oferecendo aos pro- fissionais informações sobre os critérios de progressão na em- presa, baseados no desempe- nho e na competência; e ofere- cendo oportunidades de cresci- mento e possibilidade de desen- volvimento através da aplicação de programas que ajudariam o profissional a se conhecer me- lhor e a montar seu roteiro de carreira construindo uma visão mais clara de onde quer chegar, corrigindo a rota de crescimen- to profissional e traçando ou identificando objetivos novos (FONTENELLE, 2005, p. 4 - 5). Para sustentar sua posição de liderança, estratégias inovadoras precisam ser criadas, empregando esforços e investimentos na capaci- tação do seu capital humano. A com- petência permite que seja provido de forma criativa e inovadora a neces- sidade dos clientes, para isso é ne- cessário um plano de desenvolvi- mento por competências individuais e que esteja alinhada com as estraté- giasda organização. RUAS, 2001, p.274 relata que capacidade de inovação não estrita detidamente ao potencial industrial ou em despesas de pesquisa-desen- volvimento, mas estão no investi- mento de recursos raros que são as competências. Já LE BOTERF, 2003, p.17 e Drejer 2000, considera as pessoas como elementos centrais no desen- volvimento de competências. Segundo Drejer (2000, p. 208), a competência é como um sistema de tecnologia de pessoas da organização formal, da cultura e das interações entre esses elementos. Através da tecnologia nos sistemas físicos ou ferramentais (maquiná- rios, softwares, bancos de dados, en- tre outros); as pessoas desenvolvem suas competências; envolvendo os sistemas gerenciais (sistemas de planejamento e controle, recompen- sa, canais de comunicação, hierar- quia, tarefas) para que ações das pessoas sejam influenciadas; inte- grando a cultura que é a organização informal e influenciando as pessoas à medida que normas e visões são compartilhadas e orientam as ativi- dades. A competência coloca as pes- soas dentro da organização como elementos importantes para que através dela as coisas funcionem 22 DESENVOLVIMENTO DO CAPITAL HUMANO dentro da empresa, o dinamismo das pessoas que promovem o fun- cionamento adequado da mesma. Lê Boterf (2003, p. 12-13) afir- ma que existe uma ‘assinatura frac- tal’ da competência, que está intima- mente ligada à combinação: Recursos combinados a com- petência entre eles estão o saber-fazer, aptidões, expe- riências, etc.; O profissionalismo reconheci- do por competências singula- res; A competência coletiva surge de combinações das compe- tências e do profissionalismo de seus membros; A competência-chave resulta- do da combinação de compe- tências dos indivíduos, em seu profissionalismo e suas com- petências coletivas das unida- des e das equipes. Segundo Durand (2000), o conhecimento está ligado a uma sé- rie de informações que assimiladas e estruturadas pelo indivíduo, permi- te entendimento de mundo, referin- do ao saber que a pessoa acumulou ao longo da vida. Para Sveiby (1998) a habilida- de é o saber fazer e envolve uma pro- ficiência prática, física e mental e é adquirida por treinamento e prática, incluindo o conhecimento de regras, procedimentos e habilidades de co- municação. A autogestão da carreira e a forma em o profissional, inserido no cenário empresarial, satisfaz seus objetivos, de forma flexível, controla sua trajetória, desvinculando mode- lo de carreira tradicional. Através das experiências pessoais de carrei- ra e possibilidades a autogestão tem a capacidade de auto interpretação, contribuindo para a valorização da carreira. A autogestão de carreira refe-re-se à pro-atividade dos cola- boradores na gestão das suas car- reiras, visível na busca de informa- ção sobre oportunidades de carreira, procura de feedback sobre o desem- penho e competências pessoais, uti- lização do networking para criar oportunidades de carreira e nas ações para aumentar a visibilidade do indivíduo (MATIAS, 2013). Para WILKOSZYNSK; VIEI- RA, 2013, a gestão de carreira orga- nizacional além de contribuir para o desenvolvimento das competências e aptidões individuais, também per- mite alinhar as necessidades dos colaboradores com o funcionamento da organização. Este alinhamento é realizado a partir de uma grande variedade de programas e interven- ções, que podem assumir a forma de sessões de formação e assessment centres ou programas de mentora e aconselhamento de carreira. Abor- dar os dilemas resultantes dos as- pectos objetivos e subjetivos da 23 DESENVOLVIMENTO DO CAPITAL HUMANO construção das carreiras, bem como os eventuais conflitos entre os inte- resses individuais e organizacionais, contribui para elucidação de contra- dições implícitas aos processos de gestão das carreiras (WILKOS- ZYNSK; VIEIRA, 2013). Ferramentas Usadas no Plano de Desenvolvimento Treinamento e Desenvolvi- mento O treinamento é um ferra- mental que tem por finalidade capa- citar os funcionários alinhando com os objetivos estratégicos da empre- sa. De acordo com MARRAS, 2011, p. 133, o treinamento é um processo de assimilação cultural à curto prazo que objetiva repassar ou reciclar conhecimentos, habilidades ou ati- tudes relacionadas diretamente à execução de tarefas ou à otimização no trabalho. Carreira A Carreira foi muitas vezes relacionada cargos e funções, onde funcionários eram formados e tinha suas vidas controladas em função deles, na atualidade o funcionário de tornou o principal responsável pelo seu destino e as decisões a serem tomadas sobre ele. Historicamente, o conceito de carreira relacionado à trajetória profissional surgiu no século XIX com a ideia de uma profissão que apresenta etapas (CHANLAT, 1995, p. 69). Dutra (1996) traz dois mode- los de carreira: o tradicional e o moderno. Na visão do autor, o mo- delo tradicional tem por caracterís- tica a progressão linear e vertical além da estabilidade na função. Já o modelo moderno é dotado de certa instabilidade sem uma sequência contínua. Essa diferença conceitual advém das transformações que se apresentam no atual cenário das organizações. Não predominante, mas ainda existente, a forma tradi- cional de carreira é dotada de certa estabilidade desenhada para percor- rer uma ascensão linear vertical, como trazido por Chanlat (1995) em similaridade a Dutra (1996). A Autogestão da Carreira A autogestão da carreira está relacionada com o processo estraté- gico nas organizações, para que isso aconteça, as empresam precisam encorajar seus funcionários e admi- nistrarem suas carreiras de maneira coerente, sempre conciliando seus desejos e objetivos e encorajando a sempre a mudança e crescimento constante. Para FONTENELLE, 2005, p. 01, a ideia da “autogestão da carrei- 24 DESENVOLVIMENTO DO CAPITAL HUMANO ra” surge como reflexo dos fatos con- cretos que a geraram - flexibilidade do emprego, nova forma de trabalho baseada na gestão do conhecimento, perspectiva de curto prazo; bem co- mo de toda uma “retórica” assentada nas ideias de autonomia, de auto- conhecimento e de “sucesso psico- lógico”. Papel do Estágio Profissional na Carreira do Administrador As exigências do mercado re- querem dos profissionais experiên- cias para atuarem dento das organi- zações, porém muitos recém ingres- sados na faculdade não possuem a experiência exigida pelo mercado, a oportunidade de estágio é uma por- ta, onde muitos investem sua car- reira.Um ensaio, um momento de ascensão na preparação do aluno para sua vida profissional. É por meio do estágio que o aluno, enfren- tando os desafios do mundo moder- no, tem a possibilidade de aprender fazendo, transformar o saber ao aliar a teoria aprendida na academia com prática utilizada nas organiza- ções. Desta forma, o estágio pode ser considerado um campo de treina- mento, um espaço prático de apren- dizagem onde o estagiário terá con- tato com situações e atividades de aprendizagem que visam à formação profissional do mesmo. É um perío- do que possibilita a formação de uma espécie de identidade profissio- nal do estagiário, umas 25 vezes que todas as experiências que este viven- ciará gerarão nele um senso crítico sobre sua profissão e seu futuro profissional (TEIXEIRA et al., 2011, p. 02). PARA HALASI, 2002, apud BARROS; LIMONGI-FRANÇA, 2004, o estágio quando adequada- mente concebido, orientado, e ava- liado, cria e aprimora benefícios tan- gíveis e intangíveis para o aluno: melhora a qualificação acadêmica; evidencia e aprimora qualidades pessoais; estimula a transição da adolescência à vida adulta; facilita a transição da vida acadêmica à vida profissional;provoca o exercício da orientação vocacional; rompe a dicotomia do saber e fazer; rompe o cordão umbilical com a escola e pro- porciona uma insubstituível expe- riência de vida. O plano de desen- volvimento tem grande importância para o mercado corporativo, visando iniciar um contato do indivíduo com o mercado, onde o conhecimento é colocado em pratica, bem como suas habilidades e competências. O de- senvolvimento de pessoas é um que- sito apoiador onde o diferencial está no desenvolvimento do capital inte- lectual, onde os objetivos são alcan- çados. 25 26 DESENVOLVIMENTO DO CAPITAL HUMANO 5. Gestão de Carreiras Fonte: Absoluto Soluções5 egundo ADAMSON; DOHER- TY; VINEY, 1998; COLLIN, 2007, o termo “carreira” é usado pa- ra descrever as experiências de tra- balho que uma pessoa desenvolve ao longo da sua vida profissional. Para atender as necessidades das empresas em um mundo globa- lizado, muitas empresas têm optado por competências individuais, onde a carreira do indivíduo dentro da mesma é composta por trajetórias, conforme a posição ocupada nos ní- veis hierárquicos e as responsabili- dades que o corresponde. 5 Retirado em http://absolutosolucoes.com.br/ Como refere Granadeiro (apud Camara, Guerra, e Rodrigues, 2013), todas essas mudanças forçam os gestores a reestruturarem como conduzem os negócios e em especí- fico, cada pilar estratégico da gestão. Devem assim adaptar-se às transfor- mações tecnológicas, ajustar as suas estruturas e a sua organização às ne- cessidades do momento (Peretti, 2001) Essas trajetórias de carreira, está relacionada aos processos da empresa e seu desenho organizacio- nal e sempre existirão dentro dela, e S 27 DESENVOLVIMENTO DO CAPITAL HUMANO as competências definidas dentro delas, para atribuir as responsabili- dades e funções conforme a compe- tência exigente. Para Chiavenato, 1994, p. 22). As organizações, além de satisfaze- rem as necessidades dos indivíduos que as formam, contribuem para sua própria evolução da sociedade, for- necendo produtos e serviços de que a mesma necessita. Dentro de cada competência as atividades são efetuadas confor- me o que é proposto, portanto deve se ter muita atenção ao mudar essa trajetória, pois muitas vezes pode estra relacionada a identidade da pessoa. A competência é forma como uma pessoa se entrega dentro da or- ganização e a forma com que é agru- pada as competências que lhe são exigidas, consolidando as suas ex- pectativas individuais com as neces- sidades das organizações. De acordo com Chiavenato (1994), as organizações são estabele- cidas por pessoas, sendo que elas “...passam a maior parte de seu tem- po vivendo ou trabalhando dentro de organizações” (p. 15). Na sua es- sência, as organizações são um meio para atingir interesses pessoais, “...para cumprir objetivos que os in- divíduos isoladamente não podem alcançar” Ao analisar as carreiras e suas trajetórias podemos perceber que existem referenciais estáveis de co- mo as pessoas são geridas e se as es- tratégicas das empresas mudarem, o desenvolvimento das pessoas não pode ser comprometido, pois, quan- do essas mudanças acontecem é que ocorre a mudança na trajetória de carreira. Muitos estudos foram feitos para a análise de carreiras e sua composição dentro da organização por meio dos objetivos individuais e organizacionais. A análise de carrei- ra envolve teorias, dimensões dife- rentes e diversos aspectos discuti- dos, entre as tais: 1. As carreiras tradicionais, que relacionam a trajetória profissional à ascensão hierárquica em uma or- ganização (ALVES, 2012); 2. As carreiras sem fronteiras, caracterizadas pelo Pol. Cult. Rev., Salvador, v. 13, n. 1, p. 113-134, jan. /jun. 2020 118. Controles do indiví- duo sobre os aspectos de sua carrei- ra, que é dinâmica e flexível (BEN- DASSOLLI; WOOD JR., 2010); 3. As carreiras proteínas, que en- fatizam a satisfação pessoal do indi- víduo (HALL, 2002); e as carreiras multidirecionais, nas quais ser bem- sucedido não significa crescer hie- rarquicamente, mas trilhar diferen- 28 DESENVOLVIMENTO DO CAPITAL HUMANO tes caminhos ao longo da vida pro- fissional (ROSA; ZAMPLER; STE- FANO, 2017). Os cenários futuros de uma or- ganização precisam estar à frente de suas complexidades, para isso é im- portante que as pessoas estejam pre- paradas em suas trajetórias para atender as demandas desse merca- do. Para que isso aconteça é neces- sário que essas trajetórias sejam analisadas e seus momentos sejam bem definidos. Existem três mo- mentos da trajetória de carreira. Momentos da trajetória de carreira: I. Início: Onde acontece o pri- meiro contato e estabelecidos as condições, os requisitos profissio- nais e precisão para ter acesso a car- reira proposta. II. Crescimento: onde é monito- rado o processo de crescimento das pessoas dentro da carreira, estabele- cendo os recursos que estruturam o crescimento e qual o percurso a ser percorrido dentro dessa carreira. III. Momento final: Onde precisa ter a clareza por parte das organiza- ções e as pessoas envolvidas, avali- ando se o desenvolvimento está sen- do continuo. Esse terceiro momento é crítico pois, podem haver pessoas dentro da empresa exercendo a ati- vidade máxima de sua carreira, po- rém não tendo perspectiva nenhuma de desenvolvimento e impendem o crescimento de novas pessoas che- garem. É necessário que haja uma transparência por parte da empresa, quanto ao final, permitindo o pre- paro da pessoa para outra carreira, se preciso até outro lugar. Existem três tipos de catego- rias principais de trajetórias em ní- veis distintos de dificuldades de transição. Níveis de transição: I. Trajetórias operacionais: Na sua maioria não possui evolução hi- erárquica, estão relacionadas às ati- vidades-fim da empresa. Nessa tra- jetória o corpo é usado em um alto grau de estruturação, seu nível de mobilidade e aproveitamento in- terno é baixo. II. Trajetórias ligadas a ativida- des específicas: Exigem formação no ensino médio ou técnica, dando acesso e condições a essas pessoas de atuarem em sua carreira. Não possui definição dentro estrutura organizacional da empresa, mas po- dem atuar nos processos fundamen- tais dentro dela, finanças e recursos humanos e outros. III. Trajetórias gerenciais: São ocupadas por pessoas que já estão de dentro da empresa, que passaram pelos níveis anteriores e conhecem melhor a organização e em sua mai- 29 DESENVOLVIMENTO DO CAPITAL HUMANO oria demonstram interesse e voca- ção para aturarem na carreira geren- cial. As carreiras se adaptam con- forme a demanda e necessitam de auxilio profissional para geri-las de forma adequada, através de ferra- mentas e instrumentos corretos que auxiliam no desenvolvimento e au- toconhecimento de seus indivíduos que promovam um plano de carreira de forma autônoma e que forneçam qualidade de vida, tanto para a orga- nização, quanto para seus colabora- dores. Cultura Organizacional Cultura organizacional defi- nem por meio de normas, valores, expectativas, hábitos e crenças com- partilhados por todos os integrantes de dentro de uma empresa, a pre- sentando a forma de pensar dentro da organização e o que predomina dentro dela, quais são as percepções de seus colaboradores e liderança. Fonte: https://blog.wagglbrasil.com/ A cultura que predomina den- tro da organização representa a for- ma de pensar de seus funcionários, orientando os comportamento e postura que deve ser estabelecida e que seja refletida de maneira posi- tiva na vida de todos, A Cultura or- ganizacional são normas existente dentro de uma empresa que não são escritase formais, mas que tem por objetivo orientar seus colaborados sobre a maneira de se portar dentro da empresa. Ela é responsável por definir a missão, os valores, objetivos da em- presa, para isso é necessário que es- teja alinhada com o planejamento, a direção, organização e controle e tudo que envolve a organização para que isso aconteça. Para Moura (2009), a cultura deve ser compreendida como um fe- nômeno ativo, vivo, por meio do qual as pessoas criam e recriam os mundos dentro dos quais vivem. Ela sofre influência das pessoas, por- tanto não é estática. Dessa forma, a cultura de uma empresa está sempre em constante mudança. O alinhamento da cultura com a organização e seus colaboradores é importante para todas a decisões re- correntes a ela, bem como os objeti- vos e as estratégias que precisam ser traçadas e maneira como ela precisa ser vista por todos. 30 DESENVOLVIMENTO DO CAPITAL HUMANO De acordo Martins (2007), pode servir como base para iniciar- mos nossa conversa sobre cultura: “A sociedade humana somente está apta a lidar com o elemento humano de comunidade na medida em que concebe cultura simultaneamente como algo intrinsecamente particu- lar e necessariamente coletivo. ” O autor supracitado acrescen- ta a essa visão de cultura a um mo- saico: cada componente tem identi- dade própria e irredutível. E tam- bém cada identidade tem compo- nentes análogos e comparáveis com os das demais identidades, compon- do um mosaico. Para Robbins (2012, p. 501) conceitua cultura como “um sistema de valores compartilhado pelos membros de uma organização que a diferencia das demais.” Características que Capturam a Essência da Cultura O mesmo autor apresenta sete características que capturam a es- sência da cultura de uma organiza- ção, entre elas: 1. Inovação – até que ponto os funcionários são incentivados a ino- var e assumir riscos. 2. Atenção a detalhes – o grau em que se espera precisão, análise e atenção aos detalhes por parte dos funcionários. 3. Orientação para resultados – nível exigido de foco em resultados, dando a eles maior importância do que a técnicas e processos para atin- gimento destes. 4. Foco na pessoa – grau em que se considera o efeito dos resultados sobre as pessoas da organização. 5. Foco na equipe – atividades de trabalho são mais organizadas em torno de equipes do que de indiví- duos. 6. Agressividade – grau em que as pessoas são competitivas e agres- sivas (ao invés de tranquilas). 7. Estabilidade – atividades prio- rizam a manutenção do status quo ao invés do crescimento. De acordo com Wagner e Hol- lenbeck (2012), uma organização in- formal é uma organização de regras, procedimentos e interligações não oficiais, ou seja, a maneira informal e compartilhada de perceber a vida e a participação na organização man- tém seus membros unidos e influen- cia o que pensam sobre si mesmos e o trabalho. Algumas maneiras de conhe- cer a cultura de uma empresa, entre as tais: Cultura Dominante: Expressa os valores essenciais compar- tilhados pela maioria dos membros da organização. 31 DESENVOLVIMENTO DO CAPITAL HUMANO Subculturas Culturas: existen- tes dentro da organização, que expressam valores comparti- lhados por alguns grupos. Valores essenciais: Valores bá- sicos ou dominantes comparti- lhados por toda a organização. Elementos que Compõem a Cultura Organizacional Esses elementos demonstram a forma de realização dos negócios, os níveis de autonomia que possui e a liberdade existente entre seus de- partamentos, refletindo também na maneira como seus clientes e funci- onários são tratados. 1. Valores: trata de questões li- gadas a preconceitos (explícitos ou não) e ideologias e as crenças exis- tentes na organização. 2. História: Relacionadas a pes- soas e mitos que fizeram ou fazem parte da empresa, a importância da- da ao seu fundador e a pessoas que mudaram a história da organização em seu momento dentro da organi- zação e serve de referência para to- dos. 3. Artefatos: relacionado a vesti- mentas, como o ambiente da empre- sa é divido e se proporciona a execu- ção das atividades, salas, cadeiras, moveis e etc. 4. Linguagem: forma usada da linguagem dentro da empresa, po- dendo ser, formal ou informal. For- mal: é a forma de como as normas e regras são conduzidas dentro da em- presa. O código de ética do ramo de trabalho, organização hierárquica e as normas de conduta da adotadas pela empresa. Informal: e a forma de relação social existente entre os próprios colaboradores. 5. Hábitos: Os horários estabele- cidos dentro da empresa, como ho- rário de almoço entre setores, for- mas de trabalho se trabalham ou não em feriados e etc. 6. Rituais: Festa de aniversário, comemorações, prêmios, os rituais revelam como funciona a cultura da empresa e tem o intuito de promo- ver interação por parte de seus cola- boradores. O conceito de cultura organi- zacional e sua essência é composta por inovação constante, dar atenção devida a detalhes é se orientar para resultados. Focar nas pessoa e equipe produz estabilidade para a cultura e auxilia em sua forma de gestão. A socialização se faz necessá- ria para o conhecimento dos funcio- nários da cultura organizacional e comecem a sentir pertencentes a ela, aprendendo aceitar e buscar solu- ções de problemas advindos do am- biente na organização. 32 DESENVOLVIMENTO DO CAPITAL HUMANO A cultura de uma organização precisa estar atenta a inovação e dar atenção aos detalhes, buscando re- sultados para sua estabilidade e de toda equipe, Os valores da organização pre- cisam intensamente ser acatados e compartilhados, os elementos que a compõe precisam receber a devida importância. Conhecer a cultura é a forma de saber como lidar dentro dela e se sentir parte pertencente da mesma. Fonte: https://neilpatel.com/ Material complementar: Links “gratuitos” a serem consultados pa- ra um acrescentamento no estudo do aluno acerca do tema estudado: Capital Humano: o que é e como de- senvolvê-lo Link: https://blog.solides.com.br/capital- humano/ Fonte: Blog solides Definição de Capital Humano nas empresas e sua importância Link: https://kenoby.com/blog/capital- humano/ Fonte: kenoby https://blog.solides.com.br/capital-humano/ https://blog.solides.com.br/capital-humano/ https://kenoby.com/blog/capital-humano/ https://kenoby.com/blog/capital-humano/ 33 34 DESENVOLVIMENTO DO CAPITAL HUMANO 6. Referências Bibliográficas ADAMSON, S. J.; DOHERTY, N.; VINEY, C. The meanings of career revisited: impli- cations for theory and practice. British Journal of Management, London, v. 9, n. 4, p. 251-259, dez. 1998. ALVES, A. B. Um estudo sobre a jornada profissional do artista e as teorias de car- reira. Pensamento & Realidade, São Paulo, v. 27, n. 4, p. 71-90, 2012. BENDASSOLLI, P. 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