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2021
Faculdade de Odontologia de Piracicaba 
UNICAMP
SUPORTE
BÁSICO DE
VIDA
MANUAL 
DIRECIONADO 
PARA A 
ODONTOLOGIA
Faculdade de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP
APOSTILA INTELIGENTE
Em algumas páginas onde se encontrarão vídeos constará um Código QR onde
apontando com a câmera do seu celular te direcionará para página que contém
vídeos de algumas técnicas expostas. Abaixo do código QR estará também o
link, caso não possua um aparelho celular ao alcance.
Sob a orientação de:
PROF. DR. FRANCISCO CARLOS GROPPO
PROF. DR. KLINGER DE SOUZA AMORIM
PRODUÇÃO FEITA PELA ALUNA DE 
DOUTORADO, BOLSISTA PED ÁREA DA 
FARMACOLOGIA, ANESTESIOLOGIA E 
TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA.
ANNE CAROLINE GERCINA 
CARVALHO DANTAS
Material didático sem uso ou interesse comercial – proibida a comercialização de
parte ou todo.
Colaboração audiovisual: 
THOMAS BARBIN
Formatação
RAÍ ESDRAS
Conteúdo
INTRODUÇÃO  Conceitos gerais em Suporte Básico
de Vida 1
 Principais componentes do Suporte
Básico de Vida 2-9
RCP  Sequência da ressuscitação
cardiopulmonar (RCP) 10-11
DEA  Características do DEA 12
 Cuidados durante o uso do DEA 13
 Sequência de uso do DEA 14-15 
MANOBRA DE 
HEIMLICH
 Técnica em adultos conscientes 16
 Técnica em crianças, bebês 16
 Técnica em adultos inconscientes 17
INTRODUÇÃO
PARADA RESPIRATÓRIA (PCR) OU
ATAQUE CARDÍACO?
PCR
O coração desenvolve
um ritmo anormal e não
consegue bombear
sangue. Com frequência
um problema de ritmo.
ATAQUE CARDÍACO
O fluxo sanguíneo para
parte do músculo
cardíaco é bloqueado.
Com frequência um
problema de coágulo.
As pessoas com frequência usam esses termos
alternadamente, mas eles não são sinônimos.
PRINCIPAIS COMPONENTES DE 
RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP)
1
CO
NC
EI
TO
S 
GE
RA
IS
 
ABERTURA DE 
VIA AÉREA
VENTILAÇÃOCOMPRESSÃO 
TORÁCICA
RESPIRAÇÃO E PULSO
A respiração e o pulso devem ser verificados ao mesmo
tempo.
Com a palma de uma mão sobre
a testa e a outra elevando o
queixo, incline a cabeça da
vítima para liberar a via aérea.
Para verificar a respiração
observe por no máximo 10
segundos, se o tórax da vítima
se eleva. Para sentir se há
respiração aproxime a orelha das
narinas da vítima.
Para verificar o pulso
carotídeo, localize a traqueia e
deslize os dedos indicador e
médio até o sulco entre a
traqueia e os músculos ao lado
do pescoço. Apoie o polegar no
queixo da vítima para manter a
abertura da via aérea.
GASPING
O gasping não é uma respiração adequada. 
Normalmente pode soar como um ronco ou 
gemido.
2
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E 
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SI
CO
 D
E 
VI
DA
INTRODUÇÃO
Verificando respiração e pulso em 
vítima inconsciente no chão.
Verificando respiração e pulso em 
vítima inconsciente na cadeira 
odontológica.
3
CO
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E 
VI
DA
LOCALIZANDO PULSO 
E RESPIRAÇÃO EM BEBÊS
INTRODUÇÃO
Passo Pulso arterial braquial em bebês
1 Coloque dois ou três dedos na parte interna do
braço, entre o cotovelo e o ombro do bebê.
2 Em seguida, para tentar sentir o pulso,
pressione levemente os dedos por no máximo
10 segundos.
Passo Pulso arterial femoral em bebês
1 Coloque dois ou três dedos na parte interna da 
coxa. Logo abaixo da dobra entre a perna e o 
tronco.
2 Em seguida, para tentar sentir o pulso, 
pressione levemente os dedos por no máximo 
10 segundos.
1. Verificando pulso arterial braquial 2. Verificando pulso arterial femoral 
SITUAÇÃO E AÇÃO
4
 Coloque a vítima em posição de recuperação até a
chegada do socorro e a monitore a cada minuto.
APRESENTA PULSO E RESPIRA
CO
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CO
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VI
DA
1 2 3
4 5 6
INTRODUÇÃO
SITUAÇÃO E AÇÃO
5
NÃO HÁ RESPIRAÇÃO, MAS HÁ PULSO
 Aplique 12 ventilações
por minuto, em um
total de dois minutos, ou
seja 24 ventilações.
 Monitore os sinais
vitais após cada ciclo de
2 minutos.
NÃO HÁ RESPIRAÇÃO, NEM PULSO
 Se a vítima não tiver
pulso, nem respiração,
inicie imediatamente a
ressuscitação
cardiopulmonar (RCP).
Ressuscitação 
cardiopulmonar (RCP)
https://youtu.be/U93z9QS2IPACO
M
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E 
VI
DA
INTRODUÇÃO
COMPRESSÕES 
TORÁCICAS
6
Toda vez que você
interrompe as
compressões torácicas o
fluxo sanguíneo para o
coração e cérebro diminui
significativamente.
Se o socorrista estiver
sozinho, deve-se utilizar
a relação 30:2, ou seja,
30 compressões para 2
ventilações em vítimas
de qualquer idade.
• Comprimir a uma velocidade de 100 a
120/min.
• Comprimir pelo menos 5 cm do tórax em
adultos e em torno de 4 cm em bebês.
• Permitir o retorno completo do tórax após cada
compressão.
• Não mover a vítima, a menos que o local
ofereça algum risco.
IMPORTANTE!
CO
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O 
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VI
DA
INTRODUÇÃO
7
CO
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NE
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SU
PO
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E 
BÁ
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CO
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VI
DA
COMPRESSÕES
TORÁCICAS EM BEBÊS
A frequência universal de
compressão torácica para
vítimas de PCR é de 100 a
120/min. A relação
compressão-ventilação
para um único socorrista é
igual (30:2) em adultos,
crianças e bebês.
Se houver dois
socorristas a relação
compressão-ventilação
pode ser alterada para
(15:2) somente para
crianças e bebês, porque
esses grupos apresentam
maior necessidade de
ventilação.
Para a maior parte das
crianças a técnica de
compressão será igual a do
adulto. Todavia, para
crianças pequenas, as
compressões utilizando
apenas uma das mãos
podem fornecer uma
profundidade mais adequada
Para compressão de
bebês, caso haja um
único socorrista, deve-se
usar a técnica de dois
dedos. Se houver vários
socorristas a técnica de
envolvimento do tórax
com as mãos e com os
polegares é preferível.
INTRODUÇÃO
Compressão com envolvimento do tórax 
com as mãos e polegares.
Compressão com dois dedos.
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CO
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VI
DA
ABERTURA DA VIA AÉREA
Para as ventilações resgate serem eficazes, é necessário 
abrir a via aérea através da inclinação da cabeça e 
elevação do queixo.
As compressões poderão
ser realizadas na própria
cadeira odontológica, caso
não seja possível colocar a
vítima em uma superfície
mais firme como o chão.
Deve-se ajustar o
encosto da cadeira para
permitir uma adequada
abertura da via aérea.
INTRODUÇÃO
1
23
Paciente deitado na cadeira odontológica.
Ajuste da cadeira odontológica para 
estender o pescoço do paciente.
Abertura da via aérea.
VENTILAÇÃO
9
CO
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NE
NT
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PO
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SI
CO
 D
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VI
DA
Como alternativa para
reduzir o contato com a
vítima é possível utilizar
dispositivos de barreira,
como máscara de bolso.
IMPORTANTE!
Para a técnica de
ventilação boca-a-boca
é necessário pressionar as
narinas para evitar a saída
de ar durante a ventilação.
Entretanto, a técnica de
ventilação boca-a-boca tem
sido desencorajada, devido
ao risco de contaminação,
principalmente durante a
pandemia.
Administre cada ventilação por 1
segundo, o suficiente para fazer o tórax da
vítima se elevar.
Aplicar ventilações com muita força pode
fazer com que o ar se dirija para o estômago
e provoque distensão gástrica
Durante a ventilação em
bebês, a boca do socorrista
deverá cobrir a boca e
também o nariz do
bebê.
INTRODUÇÃO
Ventilação boca-a-boca. Ventilação boca-a-boca em 
bebês.
Ventilação com máscara 
de bolso.
Quando a vítima é
conhecida (seu paciente)
RCP
10S
EQ
UÊ
NC
IA
 D
A 
RE
SS
UC
IT
AÇ
ÃO
 C
AR
DI
OP
UL
M
ON
AR
Ação
1 Avalie a responsividade da vítima, pergunte
“você está bem?” em voz alta, enquanto toca nos
ombros.
2 Caso a vítima não responda, já chame por ajuda
no local.
3 Após ter chamado ajuda, verifique se há
respiração e pulso.
4 Se não houver respiração e pulso, peça para
quem está te ajudando que ligue para 192, avise
que tem um paciente sem pulso e sem respirar, e
que traga um desfibrilador.
5 Inicie imediatamente a RCP.
* Um revezamento entre
compressão e ventilação pode
ser feito a cada 2 minutos,
caso haja dois socorristas.
Seguindo a proporção 30:2
para adultos,e 15:2 caso a
vítima seja criança.
Caso não seja possível mover
a vítima para o chão, a RCP
poderá ser feita na própria
cadeira odontológica, se
esta estiver seguramente fixa.
Quando a vítima é 
desconhecida
(não é seu paciente)
RCP
11S
EQ
UÊ
NC
IA
 D
A 
RE
SS
UC
IT
AÇ
ÃO
 C
AR
DI
OP
UL
M
ON
AR
Ação
1 Chame por ajuda no local, e peça que liguem
para o 192 e avise que há uma pessoa
desconhecida aparentemente sem consciência, e
que tragam o desfibrilador.
2 Avaliar a responsividade da vítima, pergunte
“você está bem?” em voz alta, enquanto toca nos
ombros.
3 Verifique se há respiração e pulso
4 Se não houver respiração e pulso, inicie
imediatamente a RCP.
* Um revezamento entre compressão e
ventilação pode ser feito a cada 2 minutos,
caso haja dois socorristas. Seguindo a
proporção 30:2 para adultos, e 15:2 caso a
vítima seja criança.
DEA
É um dispositivo leve e portátil que pode identificar
um ritmo cardíaco anormal que necessite de choque.
O DEA pode fornecer um choque capaz de interromper
o ritmo anormal (fibrilação ventricular ou taquicardia
ventricular sem pulso) possibilitando que o coração
retorne ao ritmo normal.
DESFIBRILADOR 
EXTERNO AUTOMÁTICO
Cuidado ao instalar as pás sempre que:
 Houver pelos no tórax da vítima.
 A vítima estiver dentro da água com o tórax molhado.
 A vítima possuir um desfibrilador ou marca-passo
implantado.
 A vítima estiver utilizando um adesivo de medicação
transdérmica ou outro objeto na superfície da pele no
local em que as pás do DEA devem ser colocadas.
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CA
RA
CT
ER
ÍS
TI
CA
S 
DO
 D
EA
12
3
4
5
5. Disparo do choque
1. Botão liga/desliga
4. Pás para adulto
3. Pás pediátricas
2. Entrada do
conector das pás
Pelos no tórax
Água
Desfibrilador ou 
marca-passo
Adesivos de medicação 
transdérmica
Depilar a área em que aplicará as pás usando lâmina
de barbear ou outro par de pás utilizados
exclusivamente para isso.
Se a vítima estiver dentro da água retire-a; se houver
água sobre o tórax, enxugue-o.
Evite posicionar as pás diretamente sobre o dispositivo
implantado.
Remova o adesivo e limpe a região antes de
posicionar as pás
Pás pediátricas
IMPORTANTE!
13
DEA
Não utilizar pás pediátricas em adultos. 
A carga do choque fornecida por pás
pediátricas é muito pequena para um
adulto eprovavelmente não terá efeito.
CU
ID
AD
OS
 D
UR
AN
TE
 O
 U
SO
 D
O 
DE
A
Choque recomendado em adulto
Ação
1 Abra o estojo de transporte. Ligue o DEA, se necessário (alguns
aparelhos são automaticamente ligados quando a tampa é aberta).
2 Aplique as pás do DEA no tórax desnudo da vítima. Escolha as pás
para adulto para vítimas ≥ 8 anos de idade.
Remova o papel adesivo protetor das pás do DEA e aplique as pás
do DEA tórax desnudo da vítima. Siga as instruções de
posicionamento das pás.
Ligue os cabos de conexão das pás ao dispositivo (em alguns
aparelhos os cabos já vem conectados ao dispositivo).
3 Isole a vítima e permita que o DEA analise o ritmo .
Quando o DEA instruir, afaste-se da vítima durante a análise.
Verifique se ninguém esta tocando a vítima, nem mesmo o
socorrista responsável por administrar as ventilações.
Alguns DEA o instruirão a pressionar um botão para que o aparelho
comece a analisar o ritmo cardíaco; outros farão isso
automaticamente. O DEA pode levar alguns segundos para analisar
o ritmo cardíaco.
Ele o instruirá se um choque for necessário.
4 Se o DEA recomendar um choque, dará a instrução para afastar-
se da vítima e em seguida liberará o choque para ser aplicado ao
pressionar o botão piscante.
5 Caso não haja necessidade de choque, reinicie imediatamente a
RCP começando pelas compressões torácicas.
6 Após 5 ciclos ou 2 minutos de RCP, o DEA o instruirá a repetir os
passos 3 e 4.
14
SE
QU
ÊN
CI
A 
DO
 D
EA
Choque não recomendado em criança
https://youtu.be/pPfI4elNgcE
15
US
O 
DO
 D
EA
 E
M
 C
RI
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ÇA
S
Vítimas de 8 anos ou 
mais
Vítimas abaixo de 8 anos
Use o DEA assim que 
estiver disponível
Use o DEA assim que
estiver disponível.
Use pás para adulto. 
Não use pás 
pediátricas – é 
provável que elas 
administrem uma 
carga de choque 
muito baixa
Use pás pediátrica, se
disponíveis. Se você não as
tiver, poderá utilizar as de
adulto. Caso utilize as de
adulto, coloque as pás de
forma que não se toquem.
Coloque as pás como 
demonstrado nas 
próprias pás
Se o DEA tiver um botão para
administrar uma carga de
choque pediátrica, aperte o
botão.
Caso se trate de uma RCP,
pedir para a ajuda acionar
serviço médico de emergência,
e solicitar que tragam o DEA.
Coloque as pás como
demonstrado nas próprias
pás.
DEAEscolha/posicionamento das pás
MANOBRA DE 
HEIMLICH
15
É indicada para casos de obstrução total de vias aéreas
16
1. Posicione-se atrás da vítima.
2. Envolva os braços no entorno da vítima.
3. Localize a cicatriz umbilical e apêndice xifoide
com uma mão e posicione a outra mão fechada com
o polegar voltado para o abdome entre a cicatriz
umbilical e o apêndice xifoide.
4. Com a mão por cima da primeira comprima o
abdome para dentro e para cima.
1 2 3
4 5
https://youtu.be/Tyf4zIgaDvE
Manobra de Heimlich
OB
ST
RU
ÇÃ
O 
DE
 V
IA
 A
ÉR
EA
EM BEBÊS
HEIMLICH EM VÍTIMAS 
INCONSCIENTES
EM CRIANÇAS
1. Coloque a vítima deitada
de costas de preferência em
uma superfície rígida.
2. Proporcione abertura das
vias aéreas.
3. Posicione-se sentado sobre as
pernas ou coxas da vítima.
4. Comprima entre a cicatriz
umbilical e apêndice xifoide
em um movimento com
direção para dentro e para
cima de 6 a 10 vezes. Abra
a boca da vítima e inspecione.
17
MANOBRA DE 
HEIMLICH
OB
ST
RU
ÇÃ
O 
DE
 V
IA
 A
ÉR
EA
1. Posicione-se de joelhos atrás de criança.
2. Envolva os braços no entorno da vítima.
3. Localize a cicatriz umbilical e apêndice xifoide com
uma mão e posicione a outra mão fechada com o
polegar voltado para o abdome entre a cicatriz umbilical
e o apêndice xifoide (nunca no processo xifoide).
4. Com a mão por cima da primeira comprima o abdome 
para dentro e para cima.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Livros:
Artigos:
• Olasveengen TM, Semeraro F, Ristagno G, Castren M, Handley
A, Kuzovlev A, Monsieurs KG, Raffay V, Smyth M, Soar J,
Svavarsdottir H, Perkins GD. European Resuscitation Council
Guidelines 2021: Basic Life Support. Resuscitation. 2021
• Destaques das Diretrizes de RCP e ACE. AHA Guidelines
Science In-Service.2020
É permitida a reprodução e uso sem prévia autorização, apenas para 
fins didáticos, e sem fins lucrativos. 
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	Número do slide 10
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	Número do slide 14
	Número do slide 15
	Número do slide 16
	Número do slide 17
	Número do slide 18
	Número do slide 19
	Número do slide 20
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS