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Ovolactovegetarianismo: uma dieta saudável

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
 
 
 
BRUNA MENDONÇA - C190ID-8 
MARIA DE TEREZA - D69338-7 
 
 
 
 
 
 
 
 
OVOLACTOVEGETARIANISMO 
 
 
 
 
NOTA: ______. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2019 
BRUNA MENDONÇA - C190ID-8 
MARIA TEREZA - D69338-7 
 
 
 
 
 
 
OVOLACTOVEGETARIANISMO 
 
 
 
 
Trabalho de Atividade Prática Supervisionada – 
APS com ênfase na disciplina de Planejamento de 
Cardápio nos Ciclos da vida, do curso de Nutrição, 
na Universidade Paulista – UNIP. 
Orientadora: Mariana Pantaleão Del Re. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2019 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3 
2. OBJETIVOS .......................................................................................................... 6 
2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................... 6 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................. 6 
3. MATÉRIAS E MÉTODOS ..................................................................................... 7 
4. OVOLACTOVEGETARIANISMO .......................................................................... 8 
4.1 RAZÕES PARA ADOTAR UMA DIETA OVOLACTOVEGETARIANA .................. 8 
4.2 O QUE É UMA DIETA OVOLACTOVEGETARIANA? ........................................... 9 
4.3 PIRÂMIDE ALIMENTAR VEGETARIANA ............................................................. 9 
4.4 O QUE SUBSTITUI A CARNE? .......................................................................... 11 
4.5 BENEFÍCIOS DA DIETA OVOLACTOVEGETARIANA ....................................... 11 
4.6 EXISTEM RISCO NA DIETA OVOLACTOVEGETARIANA? ............................... 12 
4.7 A IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL ............................ 12 
5. RESULTADOS ................................................................................................... 14 
6. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 16 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 17 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
 Vegetarianismo é o padrão alimentar segundo o qual nada que implique 
sacrifício de vidas animais deve servir à alimentação. Assim, os ovolactovegetarianos 
são aqueles que não consomem carnes e seus derivados, mas incluem em sua 
alimentação, laticínios e ovos. O termo utilizado vegetarianismo, não se origina de 
alimentação vegetal e, sim do latim vegetus que significa “forte”, “vigoroso”, saudável. 
(WINCKLER, 2004). 
 Há três tipos de dieta vegetariana: a pura, ou restrita, ou total, que não utiliza 
nenhum produto de origem animal como alimento (esse tipo é também denominado 
de vegan); a lactovegetariana, que tem como produtos de origem animal somente o 
leite e seus derivados; e a ovolactovegetariana, que permite também a ingestão de 
ovos (SOARES EDA et al.,1990). 
 As dietas vegetarianas têm classificações que incluem veganos, 
semivegetarianos, lactovegetarianos, ovovegetarianos, ovolactovegetarianos. Cada 
tipo exclui ou inclui certos alimentos (LI, 2014). 
 A prática do vegetarianismo é antiga e já era realizada há 5 milhões de anos. 
No passado a população se alimentava somente de frutas, folhas e sementes, vivendo 
em harmonia com os menores animais. Porém, essa realidade mudou a partir do 
momento em que o fogo e a evolução das armas começam a dominar. Em grupo, 
caçavam animais de grande e pequeno porte e aproveitavam cuidadosamente de 
cada parte do corpo desses animais. Com a evolução os humanos começaram a criar 
culturas de vegetais fixas, que atraiam animais como cães, ovelhas, cabras, ratos, 
felinos de porte pequeno, que foram sendo cuidados, educados e alguns deles eram 
mortos para o consumo (RODRIGUES, 2005). 
 Ao longo da história, vários foram os seguidores e/ou defensores desta dieta. 
Ilustres como Sócrates, Platão, Silvester Graham, John Harvey Kellogg, e Pitágoras 
que dizia se praticar uma dieta sem carne por três motivos: respeito religioso, saúde 
física e responsabilidade ecológica (SOUZA et al., 2010). 
 Benjamim Franklin, no século XVIII, foi entre os cientistas, médicos e filósofos, 
o mais famoso a apoiar as dietas vegetarianas. Porém, só no século XIX, com a 
formação de sociedades, centros de saúdes, publicação de livros e novos 
restaurantes, promovendo as dietas vegetarianas, o vegetarianismo se expandiu de 
4 
 
maneira considerável. E no século XX ocorreu uma expansão maior ainda com o 
interesse e o conhecimento sobre o assunto (JOHNSTON, 2003). 
 A adesão ao vegetarianismo tem se tornado crescente nos últimos tempos. 
Muitas são as razões que levam a essa prática, geralmente ligadas a filosofia de vida, 
preocupações com a degradação do meio ambiente, compaixão para com os seres 
animais, cuidados com a saúde ou motivos religiosos. A adesão ao vegetarianismo 
pode ser justificada por diversos fatores, sendo o principal deles a saúde. A dieta 
vegetariana relaciona-se com menores prevalências de diabetes, doenças 
cardiovasculares, hipertensão e cânceres como câncer de mama e de cólon 
(COURCEIRO et al., 2008). 
 A dieta vegetariana difere da dieta onívora em aspectos que vão além da 
simples supressão de produtos cárneos. Os vegetarianos fazem um consumo elevado 
de vegetais, frutas, cereais, legumes e nozes, além de sua dieta conter menor 
quantidade de gordura saturada e, relativamente, maior quantidade de gordura 
insaturada, carboidratos e fibras (COURCEIRO et al., 2008). 
 Por ser uma alimentação com alta ingestão de derivados de frutas, hortaliças, 
cereais integrais, leguminosas, nozes, soja e vários produtos, tem baixo teor de 
gorduras totais e ácidos graxos saturados; possui alto conteúdo de fibras alimentares, 
fitoquímicos incluindo fitoesteróis, compostos fenólicos, carotenóides, flavonóides e 
saponinas. Durante as últimas décadas, estudos epidemiológicos têm documentado 
importantes e significativos benefícios do vegetarianismo e de outras dietas baseadas 
em alimentos vegetais para a saúde humana. Atribuem o menor risco de surgimento 
ou a melhora das enfermidades crônicas entre os vegetarianos às propriedades das 
fibras alimentares, defendendo a ideia de que os vegetarianos, por ingerirem mais 
deste componente do que onívoros, são menos propensos à hiperlipidemia, doença 
arterial coronariana, diabetes mellitus, entre outras doenças. Obviamente, os autores 
não descartam a contribuição de outros fatores dietéticos, como o menor consumo 
energético e lipídico, e a maior ingestão glicídica, na promoção de um perfil de saúde 
geralmente privilegiado entre vegetarianos (SVB, 2019). 
 As dietas vegetarianas trazem resultados benéficos na prevenção e no 
tratamento de diversas doenças crônico-degenerativas não transmissíveis. Não há 
estudos demonstrando aumento de doenças em grupos vegetarianos. Populações 
vegetarianas têm risco reduzido de cardiopatias, câncer, diabetes, obesidade, 
5 
 
doenças da vesícula biliar e hipertensão. Estudos demonstram que as populações 
vegetarianas têm 31% a menos de cardiopatias, 50% a menos de diabetes, vários 
cânceres a menos, sendo 88% a menos de câncer de intestino grosso e 54% a menos 
de câncer de próstata (COURCEIRO et al., 2008). 
 Os vegetarianos adotam diferentes tipos de práticas dietéticas com implicações 
distintas para a saúde. Não são atípicos indivíduos que se dizem vegetarianos 
consumirem carne. As várias práticas dietéticas resultam em ingestões nutricionais 
diferentes, fazendo com que o profissional de saúde se torne necessário para verificar 
o que é ingerido e acompanhar a dieta (JOHNSTON, 2003). 
 
 
6 
 
2. OBJETIVOS 
2.1 OBJETIVO GERAL 
 Conhecer as características das dietas vegetarianas, principalmenteno que diz 
respeito a dieta ovolactovegetariana. 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
• Aprender os vários aspectos da dieta ovolactovegetariana; 
• Conhecer os benefícios e riscos de adesão a uma dieta vegetariana; 
• Aprender quais os alimentos são utilizados e como evitar a deficiência de 
micronutrientes. 
 
7 
 
3. MATÉRIAS E MÉTODOS 
 Para desenvolvimento teórico do presente trabalho, utilizou-se as Bases de 
Dados Scielo, Google Acadêmico e o site da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB). 
As pesquisas foram feitas dentre os meses de setembro e outubro de 2019. 
 Para a produção do cardápio utilizou-se dados presentes na Tabela Brasileira 
de Composição de Alimentos (TBCA) elaborada pela Faculdade de Ciências 
Farmacêuticas da Universidade de São Paulo em parceria com a BrasilFoods. 
 
 
 
 
 
8 
 
4. OVOLACTOVEGETARIANISMO 
4.1 RAZÕES PARA ADOTAR UMA DIETA OVOLACTOVEGETARIANA 
 De acordo com Couceiro et al. (2008), existem inúmeros motivos para se aderir 
à dieta vegetariana. As razões para essa adoção de dieta incluem fatores racionais e 
emocionais. Muitos acreditam que uma dieta vegetariana seja mais saudável, outros 
alegam que há uma conexão entre a alimentação que se escolhe e o estado do meio 
ambiente, da fome no mundo e da economia. 
 A saúde é a principal razão, fora do Brasil, pela qual as pessoas se tornam 
vegetarianas. Há um forte consenso de que a dieta vegetariana é mais saudável do 
que a dieta que inclui alimentos de origem animal. Durante os últimos 20 anos, estudos 
epidemiológicos têm documentado importantes e significativos benefícios do 
vegetarianismo, e outras dietas baseadas em alimentos vegetais, reduzindo o risco 
para muitas doenças crônicas não-transmissíveis, como também para o risco de 
mortalidade total (TEIXEIRA, 2007). 
 Enquanto a ingestão de carne tem sido relacionada ao aumento do risco de 
uma gama de doenças crônicas não-transmissíveis, como doença isquêmica do 
coração e alguns cânceres, o abundante consumo de alimentos essenciais da dieta 
vegetariana, como frutas e hortaliças, leguminosas, alimentos não-refinados e nozes, 
tem sido consistentemente associado a um menor risco de contração dessas doenças 
e, em alguns casos, a um aumento da expectativa de vida. Para muitas pessoas, o 
vegetarianismo é uma declaração contra violência e a crueldade. Essas pessoas 
afirmam que tirar a vida de outra criatura é fundamentalmente errado. Todos os anos, 
nos Estados Unidos, mais de sete bilhões de animais (com exceção dos peixes) são 
abatidos para serem usados na alimentação. No Brasil, segundo a Sociedade 
Vegetariana Brasileira, cerca de 50% das pessoas se tornam vegetarianas por esse 
motivo (COURCEIRO et al., 2008). 
 Há uma reação sem precedentes de nossa sociedade com relação ao estado 
do meio ambiente. Para muitas pessoas, a decisão de tornar-se vegetariano é uma 
forma de reduzir ainda mais a destruição ao meio ambiente, já que a criação industrial 
de animais traz profundos impactos ambientais principalmente ligados ao 
desmatamento e à contaminação de mananciais aquíferos, dentre outros; 
(COURCEIRO et al., 2008). 
 A fome mundial é um problema de proporções gigantescas. Quase um quarto 
da população do mundo não dispõe do suficiente para comer. Dentre esse número, 
9 
 
de 40 a 60 milhões de pessoas morrem de fome ou de doenças relacionadas todos 
os anos. Muitos dos que optam por uma dieta vegetariana o fazem para contribuir de 
alguma forma com a redução da fome mundial, já que para cada quilograma de carne 
produzida são necessários cinco de grãos (COURCEIRO et al., 2008). 
 Boa parte da população mundial subsiste com dietas vegetarianas, ou quase 
vegetarianas, simplesmente porque não pode comprar carne. A economia pode 
moldar as decisões políticas e ditar a escolha dos alimentos. Para alguns, a economia 
é outra força que os compele a adotar uma dieta vegetariana (COURCEIRO et al., 
2008). 
 Embora seja importante mencionar a religião como uma razão pela qual as 
pessoas se tornam vegetarianas, na maioria dos casos, os motivos que levam uma 
instituição religiosa a recomendar esse regime alimentar baseiam-se em questões de 
Saúde ou na crença de que matar é estritamente errado (COURCEIRO et al., 2008), 
4.2 O QUE É UMA DIETA OVOLACTOVEGETARIANA? 
 Segundo Couceiro et al. (2008), os padrões alimentares dos vegetarianos 
variam de maneira considerável. A alimentação dos ovolactovegetariana é baseada 
em cereais, leguminosas, hortaliças, frutas, amêndoas e castanhas, laticínios e ovos 
e exclui carne, peixe e aves. No cardápio da dieta ovolactovegetariana estão 
permitidos todos os alimentos de origem vegetal, como os cereais, farelos, flocos, 
grãos, legumes e frutas, e alimentos com ovos, leites e derivados. No entanto, esse 
tipo de vegetariano consome diversos outros alimentos, incluindo ovos, laticínios 
(leite, queijos, iogurte e outros) e mel, além de produtos que não são de origem animal, 
como todos os vegetais, algas e fungos. 
4.3 PIRÂMIDE ALIMENTAR VEGETARIANA 
 A primeira pirâmide alimentar foi elaborada pelo Departamento de Agricultura 
Norte-americano em 1916 e tinha como objetivo orientar sobre uma alimentação 
equilibrada e saudável. No entanto, esta não apresentava informações suficientes 
para o planejamento de dietas vegetarianas. Com o passar dos anos, foram 
desenvolvidos instrumentos para o planejamento de refeições para os vegetarianos e 
um desses instrumentos é o guia vegetariano (figura 1) que foi criado pela 
Universidade de Loma Linda, na Califórnia (COURCEIRO et al., 2008). 
10 
 
 
 A pirâmide é composta por nove grupos alimentares. Os cinco maiores grupos 
que são os cereais integrais, leguminosas, hortaliças, frutas e oleaginosas, formam a 
base da pirâmide e são característicos da alimentação vegana. No topo, os quatro 
últimos grupos que são opcionais para o consumo, são óleos vegetais, laticínios, ovos 
e doces, além de recomendar atividade física, ingestão de água, exposição ao sol e 
suplementação de vitaminas B12 (COURCEIRO et al., 2008). 
 Tanto vegetarianos quanto não vegetarianos devem conhecer os grupos de 
alimentos e aprender a combiná-los para a melhor obtenção de nutrientes. Os grupos 
alimentares podem ser divididos em: 
• CEREAIS - arroz, trigo, centeio, milho, aveia, quinua, amaranto e produtos 
feitos com eles, como pães, massas de tortas, macarrão etc. 
• LEGUMINOSAS - todas as variedades de feijões, grão-de-bico, soja (de 
preferência, na forma de tofu), lentilhas, ervilhas, favas e assemelhados. 
• OLEAGINOSAS - nozes, amêndoas, castanhas, pistache, macadâmia e 
sementes (girassol, abóbora, gergelim, linhaça etc). 
• AMILÁCEOS - inhame, batata, cará, mandioca, batata doce e outros. 
• LEGUMES - abobrinha, chuchu, pimentão, berinjela, cogumelos etc. 
Figura 1: Pirâmide para vegetarianos do guia alimentar elaborado 
pela Universidade de Loma Linda. 
FONTE: COUCEIRO, 2008. 
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• VERDURAS - couve, rúcula, agrião, brócolis, mostarda, escarola, alface, 
taioba, algas e muitas outras. 
• FRUTAS - caqui, banana, manga, maçã, pera, figo, uva, melancia etc. 
• ÓLEOS - azeite de oliva e óleos de soja, girassol, linhaça, entre outros. Na dieta 
equilibrada deve haver consumo diário de todos os grupos citados acima, 
sendo opcional o consumo de oleaginosas e amiláceos. 
4.4 O QUE SUBSTITUI A CARNE? 
 As leguminosas são ideias para se fazer a troca pela carne, isso inclui grão- 
de-bico, ervilhas, lentilhas, favas, soja e todos os tipos de feijão. Por serem mais 
nutritivas e ricas em proteínas, são escolhas mais adequadas do que a PVT (proteína 
vegetal texturizada, conhecida como “carne de soja”). Não é obrigatório o consumo 
da soja como muitos acreditam. Qualquer feijão é um substituto para o consumo das 
carnes. O tofu entra como parte do grupo dos feijões, por ser derivado da soja. Ele é 
uma boa opção, pelo seu alto teor de proteínas e por conter cálcio (SOARESEDA et 
al.,1990). 
4.5 BENEFÍCIOS DA DIETA OVOLACTOVEGETARIANA 
 Durante as últimas décadas, estudos epidemiológicos têm documentado 
importantes e significativos benefícios do vegetarianismo e de outras dietas baseadas 
em alimentos vegetais para a saúde humana (RODRIGUES, 2005). 
 A principal vantagem são as vitaminas, fibras e outros nutrientes que uma dieta 
baseada em alimentos de origem vegetal pode oferecer. Tudo isso faz bem para a 
saúde e favorece não somente a perda de peso, como também previne o 
desenvolvimento de doenças cardiovasculares já que mantêm os níveis de gorduras 
sanguíneas baixos. O risco elevado de câncer e doenças cardiovasculares em 
populações onívoras, em comparação aos vegetarianos, pode ser devido não só a um 
excesso de energia, ao total de gordura saturada e a outros nutrientes, mas também 
a uma deficiência ou ao consumo escasso de fitoquímicos e outros nutrientes 
encontrado nos vegetais (COURCEIRO et al.,2008). 
 Observou-se que os valores de Índice de Massa Corporal (IMC) em 
vegetarianos foram mais baixos que em onívoros. Duas meta-análises mostraram os 
grupos que adotaram a dieta vegetariana teve uma perda de peso maior que os grupos 
que foram submetidos às dietas controles. O alto consumo de vegetais, frutas e uma 
dieta pobre em gorduras saturadas podem contribuir para o controle do peso corporal 
12 
 
e do perfil metabólico. Assim, as dietas ricas em vegetais estão relacionadas a uma 
redução de 35% nos níveis de colesterol LDL sérico. Os benefícios da dieta 
vegetariana nas doenças crônicas estão associados ao tempo de adesão dessa dieta. 
Em longo prazo, vegetarianos apresentam menor índice de obesidade e doenças 
crônicas quando comparados aos onívoros e também apresentam um risco menor de 
desenvolver diabetes tipo 2. É observado que o consumo de carne vermelha 
processada é associado ao câncer colorretal. Houve uma redução de 25% no risco de 
câncer colorretal em vegetarianos devido a maior ingestão de fibras alimentares 
(RODRIGUES, 2005). 
 Outro estudo aponta que mulheres vegetarianas apresentam um menor risco 
de câncer de mama. Dietas que tem como base o consumo de vegetais, frutas, grãos 
integrais e outras plantas, atuam na prevenção e controle do câncer mamário, 
reduzindo o impacto dessa patologia, em virtude dos compostos fitoquímicos que são 
excelentes agentes quimiopreventivos, e são encontrados frequentemente nesses 
alimentos (RODRIGUES, 2005). 
 Frutas e vegetais ricos em vitamina C e fibras exercem papel protetor contra o 
câncer de pulmão e no trato gastrointestinal, já frutas ricas em licopeno, agem contra 
o câncer de próstata. As fibras estimulam o trânsito intestinal fazendo com que as 
paredes do cólon não fiquem por muito tempo expostas às substâncias causadoras 
de câncer (SVB, 2019). 
4.6 EXISTEM RISCO NA DIETA OVOLACTOVEGETARIANA? 
 Couceiro, Slywitch & Lenz demonstraram em artigos que os vegetarianos que 
ingerem ovos e/ou laticínios regularmente podem atingir os valores de referência de 
vitamina B12. Portanto uma dieta ovolactovegetariana não é, necessariamente, 
deficiente em nutrientes. Contudo é necessário atenção especial em micronutrientes 
no planejamento da alimentação dos adeptos ao vegetarianismo. 
4.7 A IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL 
 O profissional nutricionista tem papel fundamental no apoio aos pacientes: para 
controle do planejamento de dietas vegetarianas, para auxiliar aqueles que desejam 
adotar tal prática dietética; para algum caso clínico específico, além da possibilidade 
doa indivíduos procurarem o profissional devido a problemas ligados a más opções 
alimentares (WINCKLER,2004). 
13 
 
 As diversas razões para a adesão ao vegetarianismo e a variação do padrão 
alimentar entre os vegetarianos configuram-se como alguns dos aspectos importantes 
a serem considerados por um profissional da Saúde quando responsável pela 
orientação dietética do indivíduo. Isso aponta para a necessidade de uma abordagem 
criteriosa e individual a fim de direcionar o indivíduo a um consumo dietético 
equilibrado e saudável (COUCEIRO et al, 2008). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
5. RESULTADOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2: Cálculos para início do planejamento dietético. 
Figura 3: Elaboração de cardápio de um dia. 
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Figura 4: Resultados obtidos a partir da elaboração do cardápio. 
16 
 
6. CONCLUSÃO 
 Conclui-se que a dieta ovolactovegetariana traz grandes benefícios nutricionais 
a saúde do indivíduo tais como a baixa ingestão de gorduras saturadas, colesterol e 
a alta ingestão de carboidratos complexos, fibras dietéticas e antioxidantes. Essa dieta 
está associada a diminuição no risco de doenças cardiovasculares, diabetes entre 
outros. Contudo, se faz necessária variações dos alimentos, para se evitar 
deficiências de vitamina B12, cálcio, ferro e zinco. 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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188p. 
Soares EDA, et al. Dietas vegetarianas: tipos, origens e implicações nutricionais. 
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RODRIGUES, C. Introdução ao vegetarianismo, 2 ed, São Paulo: Galaxia Alfa, 
2005. Cap. 1-8, p.2-53. 
SOUZA, AC, et al. Alimentação vegetariana. 2010. 4-5p. Departamento de Nutrição 
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JOHNSTON, PK. Implicações nutricionais das dietas vegetarianas. Tratado de 
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COUCEIRO, P., SLYWITCH, E., LENZ, F. Padrão Alimentar da dieta Vegetariana. 
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TEIXEIRA, MA. et al; Risco cardiovascular em vegetarianos e onívoros: um 
estudo comparativo. Arq. Bras. Cardiol. vol. 89 no. 4 São Paulo Oct. 2007. Disponível 
em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066782X200700160 
0005&lang=pt>. Acesso em: 03 out. 2019.