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PROJETO DE PESQUISA- O USO DESENFREADO DA PÍLULA DO DIA SEGUINTE NA JUVENTURE

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FACULDADE ANHANGUERA 
Curso de farmácia 
 
 
 
 
 
BÁRBARA RIBEIRO PORTO 
FERNANDA VALENTINA ROCHA 
GABRIELLA REGLY NOGUEIRA 
JULIANA LEANDRA MARTINS DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
O USO INDISCRIMINADO DA PÍLULA DO DIA SEGUINTE NA JUVENTUDE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MINAS GERAIS- MG 
2022 
 
 
 
 
BÁRBARA RIBEIRO PORTO 
FERNANDA VALENTINA ROCHA 
GABRIELLA REGLY 
JULIANA LEANDRA MARTINS DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
O USO INDISCRIMINADO DA PÍLULA DO DIA SEGUINTE NA JUVENTUDE 
 
 
 
 
 
 
 
 
Projeto de Pesquisa apresentado ao 
Curso de farmácia da faculdade 
Anhanguera como requisito parcial para 
aprovação na disciplina Pensamento 
Cientifico sob orientação da Prof°. 
Maristella Ayala Dias. 
 
 
 
 
 
 
 
 MINAS GERAIS - MG 
2022 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO 1 
2 OBJETIVOS 2 
2.1 Objetivo geral 2 
2.2 Objetivos específicos 2 
3 JUSTIFICATIVA 3 
4 REVISÃO DE LITERATURA 4 
4.1 Implementação da pílula de emergência no Brasil 4 
4.2 A falta de propagação de informação sobre a pílula 6 
4.3 Risco para a saúde das jovens brasileiras 9 
5 METODOLOGIA 11 
6 CONCLUSÃO 12 
CRONOGRAMA 13 
REFERÊNCIAS 14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 A anticoncepção de emergência (AE) mais conhecida como pílula do dia 
seguinte se baseia em sua forma farmacêutica no formato de comprimidos e tem como 
objetivo evitar a gravidez após o ato sexual, sendo um método contraceptivo, mas não 
de proteção contra doenças sexualmente transmissíveis. 
 O método apesar de ser comprovado como altamente eficaz, deve ser 
como o próprio nome aborda utilizado somente em casos de urgência, isso devido em 
sua constituição possuir altas doses concentradas de hormônios que podem 
ocasionar uma série de efeitos adversos e ao longo do tempo com o uso frequente a 
pílula pode ter sua eficácia comprometida aumentando as chances de gravidez. 
 No Brasil a disponibilização da CE é de fácil alcance, isso porque desde 
2012 as unidades básicas de saúde oferecem de forma gratuita sem necessidade de 
consulta médica e prescrição, já nas farmácias e drogarias os valores se encontram 
entre R$15 e R$20 reais não sendo necessário nenhum tipo de exigência para a 
compra, apesar da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomendar a 
venda somente com a receita, essa norma não é respeita no país. 
 Diante disso, o acesso facilitado a esse medicamento passou a ser uma 
escolha rápida e viável para muitas mulheres que não possuem vontade de engravidar 
naquele determinado momento, entretanto tão via acarreta preocupações uma vez 
que essas mulheres podem não possuir conhecimento adequado do medicamento e 
ingenuamente fazer sua substituição deixando de lado um método contraceptivo 
regular. 
 Nesse sentido, é de suma importância explicar o impacto dessa 
medicação na saúde das jovens que não possuem conhecimento, bem como os efeito 
que serão ocasionados no corpo decorrente de um uso inadequado e irracional para 
evitar uma possível gravidez. 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.gov.br/anvisa/pt-br
https://www.gov.br/anvisa/pt-br
 
 
 
 
2 OBJETIVOS 
 
2.1 Objetivo geral 
 
Compreender como o uso indiscriminado da pílula de emergência pode 
impactar na saúde das mulheres jovens. 
 
2.2 Objetivos específicos 
 
• Relatar sobre o acesso a esse método de anticoncepção no Brasil. 
• Analisar como a falta de conhecimento leva a automedicação indevida. 
• Descrever o impacto do uso da contracepção no corpo das jovens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 JUSTIFICATIVA 
 
A necessidade de abordar sobre o uso indiscriminado da pílula do dia seguinte 
é de extrema necessidade no contexto de advertir a população, principalmente para 
as mulheres jovens e aquelas que não possuem o conhecimento acerca dos 
malefícios dessa automedicação frequente e ficam expostas aos efeitos adversos. 
Nesse contexto estudar como esse uso desenfreado causa danos à saúde da 
mulher faz compreender também as questões relacionadas ao agravamento da saúde 
pública, devido ao aumento no número de jovens em estado negligente e o 
agravamento no número de pacientes. Além de expor a necessidade de redes de 
ensino abordarem o assunto em salas de aulas, afim de informar os jovens e evitar 
problemas futuros. 
A motivação do tema do projeto surgiu diante de conversas cotidianas com 
amigos e pessoas próximas que já relataram ter feito o uso da CE alguma vez na vida 
ou de modo frequente, sem ter o mínimo entendimento a respeito dos riscos a qual 
estavam expostos. 
Diante dessas atribuições para o entendimento da relevância do assunto, o 
trabalho busca atrair atenção ao tema, contribuindo para novas pesquisas e projetos 
que visam abordar sobre a gravidade do uso desinformado por parte das mulheres 
jovens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 REVISÃO DA LITERATURA 
 
4.1 Implementação da pílula de emergência no Brasil 
 
No Brasil o uso da pílula do dia seguinte foi aprovado em meados 1996 nas 
normas técnicas de planejamento Familiar pelo Ministério da Saúde após ter sido 
aceito pelos órgãos de vigilância e muitos outros organismos nacionais, passando a 
ser possível também sua comercialização mediante receita médica (Brasil, 2005). 
Ademais dois anos após sua aprovação ela também foi incluída nas normas técnicas 
de Violência Sexual sendo imprescindível negar a prescrição sem justificativas 
plausíveis diante do caso, como é referido no caderno de ética do Conselho Regional 
de Medicina de São Paulo (Brasil, 2005). 
A disponibilização do anticoncepcional nas farmácias passou a ser fornecido 
em 1998 tendo seu reconhecimento e ampliação somente dois anos depois 
(Figueiredo, 2004), contudo seu lançamento discreto chegando a esses locais 
somente em uma única marca comercial pode ter colaborado pra certo 
desentendimento por parte das mulheres que não tinham informação a respeito do 
seu método e assim deduzissem que fosse abortivo gerando mais dificuldade para 
sua implantação (BASTO et. al., 2009). 
Já no ano 2000 o Ministério da saúde visava integrar a pílula do dia seguinte 
aos outros contraceptivos que são disponibilizados pelo SUS (Sistema Único de 
Saúde) com o objetivo de aumentar a utilização de métodos reversíveis e diminuir os 
irreversíveis, tais como laqueadura tubária e aborto, entretanto apenas em 2005 
houve uma expansão e reconhecimento desse método para a rede básica de saúde. 
Durante os anos 2005 e 2006 ocorreu uma atualização na Norma Técnica que 
estabeleceu várias informaçõesa respeito da AE, entre elas sua definição, mecanismo 
de ação, indicações de uso e prescrição (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006). Sendo este 
documento um dos fatores fundamentais para a CE ser gradativamente mais 
legalizada, visto que ainda se encontrava em um cenário recente e sem a quantidade 
de utilização esperada diante o tempo de sua aprovação. 
Nos dias atuais o SUS faz a distribuição desse método contraceptivo como 
forma de planejamento familiar sendo eles o Yuspe e o mais recomendado pela OMS 
 
 
 
 
(Organização Mundial da Saúde) o etinil-estradiol e levonorgestrel como é referido 
pela Ministério da saúde em BRASIL (2005), já a respeito do método Yuzpe: 
 
Método de Yuzpe, utiliza anticonceptivos hormonais orais combinados 
(AHOC) de uso rotineiro em planejamento familiar e conhecidos como 
“pílulas anticoncepcionais”. O método de Yuzpe consiste na 
administração combinada de um estrogênio e um progestágeno 
sintético, administrados até cinco dias após a relação sexual 
desprotegida. 
 
Se percebe que essa também é uma alternativa, no entanto a presença de 
etinil-estradio pode interagir com outros medicamentos, tais como anti-retrovirais e 
assim afetar sua eficácia, além de ter certas limitações clinicas em decorrência ao seu 
uso e serem classificados pela OMS como categoria dois, avante a isso percebe-se 
vantagens do Levonorgestrel a ele, são elas: 
 
Mas há evidentes vantagens do levonorgestrel sobre o método de 
Yuzpe. Como não contém estrogênios, o método do levonorgestrel 
está isento de efeitos colaterais e contra indicações. A frequência e a 
intensidade dos efeitos secundários da AE são também sensivelmente 
reduzidas45. Outra vantagem do levonorgestrel é não apresentar 
interação com medicamentos anti-retrovirais (BRASIL, 2005, p.9) 
 
Ademais sobre a implementação da CE no ano de 2012 o Ministério da Saúde 
fez um Protocolo de utilização do levonorgestrel na anticoncepção hormonal de 
emergência para que houvesse uma ampliação na dispensação desse método a partir 
da sua prescrição por médicos e enfermeiros nas UBS e outros centros de saúde. 
 Apesar de toda delegação para melhorar o acesso, à alta demanda desse 
método se tornou insuficiente, fazendo com que muitas pessoas se dirigissem 
diretamente para farmácias comerciais privadas (BRANDÃO, 2017). Segundo a Lei nº 
5.991, de 17 de dezembro de 1973, a dispensação desse medicamento nas farmácias 
deve ser feita somente pelos farmacêuticos, a ANVISA (Agencia Nacional de 
Vigilância Sanitária) também adverte sobre a venda somente com prescrição médica, 
todavia essa orientação não se prevalece atualmente o que causa agravamento da 
 
 
 
 
automedicação frequente. Campos et al. (1997) apresenta uma definição precisa 
sobre a consequência dessa ação: 
 
A automedicação inadequada, tal como a prescrição errônea, pode ter 
como consequência efeitos indesejáveis, enfermidades iatrogênicas e 
mascaramento de doenças evolutivas, representando, portanto, 
problema a ser prevenido. É evidente que o risco dessa prática está 
correlacionado com o grau de instrução e informação dos usuários 
sobre medicamentos, bem como com a acessibilidade dos mesmos ao 
sistema de saúde. 
 
 
4.2 A falta de propagação de informação sobre a pílula 
 
O contraceptivo de emergência ou também reputado popularmente como pílula 
do dia seguinte é um medicamento muito utilizado, principalmente entre mulheres 
jovens como é relatado em uma pesquisa feita em uma universidade no Rio de Janeiro 
no qual 18,5% das jovens universitárias entre 20 a 24 anos relataram já ter feito o uso 
desse método (BORGES et al., 2010). 
O maior percentual de queixas à cerca da busca pelo uso da PE vem de 
mulheres jovens e solteiras o que se torna preocupante diante do gradual aumento no 
número de adolescentes que dão início a vida sexual precocemente e assim fazem o 
uso de uma medicação vista como eficaz, mas que pode se tornar como uma prática 
imatura e como se diz ALANO, Graziela et al (2011) uma procura irracional pelo 
medicamento. 
No Brasil outro ponto que interfere na propagação de esclarecimento assertivos 
da contracepção ocorre na distribuição, tal fato está relacionado ao SUS não 
conseguir atender a demanda que é gerada e assim grande parte da população opta 
por fazer a compra nas farmácias que de acordo com a política pública de acesso ao 
método pode ser feira diretamente no balcão, sem aconselhamento dos farmacêuticos 
como aborda BRANDÃO (2016): 
 
No entanto, tal distribuição não consegue atender as necessidades da 
população, com provisão irregular, havendo dificuldades para se obter 
gratuitamente o medicamento. Assim, grande parte da população 
brasileira adquire esse medicamento comprando-o nas farmácias, 
diretamente no balcão (behind-the-counter), com o balconista, sem 
 
 
 
 
orientação ou aconselhamento do farmacêutico, pois as políticas 
públicas de distribuição da contracepção de emergência no Brasil não 
incluem as farmácias como local de dispensação do método. 
(BRANDÃO, Elaine Reis et al. p. 6) 
 
Conforme explicado acima pode-se perceber o grande papel dos profissionais 
da saúde na hora de difundir conhecimento e sua importância diante do papel de 
orientar, isso pode ser averiguado na pesquisa realizada com 383 farmacêuticos, 
esses relataram que o maior número de consumidores da pílula eram mulheres jovens 
e mais de 50% ficavam constrangidas na hora de fazer a compra, todavia 78,1% dos 
profissionais afirmaram que os consumidores os procuravam para tirar dúvidas sobre 
a contracepção de emergência BRANDÃO, Elaine Reis et al. (2017) , demonstrando 
sua responsabilidade no caráter ético profissional. 
 
A Atenção Farmacêutica constitui uma prática profissional centrada no 
paciente, que encontra-se em fase de implantação em algumas 
farmácias de diversas regiões do Brasil, enfrentando porém muitos 
empecilhos, os quais devem ser superados em prol do resgate da 
profissão perante a sociedade. (OLIVEIRA, Andrezza Beatriz et al, 
2005) 
 
Diante dessa perspectiva de diversos recursos que facilitam a obtenção do 
medicamento pode-se notar altos números de usuários da pílula que possuem 
conhecimento superficial do assunto e conhecem mais outros métodos de uso regular 
como o contraceptivo oral e o preservativo, demonstrando insuficiência de propagação 
do tema para a população ocasionando um uso irracional. 
Conforme Da Silva p. 383 (2019) em uma revisão realizada em oito artigos para 
analisar o perfil das mulheres que fazem o uso da CE, uma das variáveis apontadas 
foi o grau de escolaridade das usuárias, segundo a conclusão do autor e seus 
colaborados ainda há um tabu nas redes de ensino para abordarem a pílula de 
emergência e tal barreira prejudicaria ainda mais o conhecimento em consideração 
aos danos do uso irregular, a possível gravidez indesejada e prevalência de infecções 
sexualmente transmissíveis (IST). À vista disso é valido frisar a seriedade de realizar 
programas, projetos e recursos educacionais que atendam de forma didática o 
entendimento dos jovens a respeito dos assuntos quanto aos meios de prevenção da 
gravidez e também da anticoncepção de urgência. 
 
 
 
 
Dessa forma, sugere-se o aumento de incentivos que envolvam 
programas de educação sexual e reprodutiva, a começar pelas 
escolas, numa linguagem mais próxima a realidade dos adolescentes 
inseridos neste meio. DA SILVA (2019, p.384) 
 
Sob a perspectiva educacional é de suma necessidade que quanto mais cedo 
as crianças e adolescentes tenham acesso à educação sexual, melhor se tornará sua 
preocupação com a saúde e uma vida sexual segura, tal assunto deve ser abordado 
mais exclusivamente nesse local, uma vez que muitas famílias possuem preconceitos 
ou não conseguem explicar de forma pedagógica. Saito; Leal (2003 apud DA SILVA, 
2019) além de estabelecer essa necessidade de enfatizar a conscientização em 
relação a AE, também realça queseja transmitido para ambos os públicos, a fim de 
não causar distanciamento do tema para algum dos sexos. 
Portanto, apesar dos diversos meios de acesso à informação muitas mulheres 
jovens por possuírem ou não escolaridade, não detém de informações adequadas e 
bem formuladas quanto a real indicação do CE, seu objetivo e seu tempo de máximo 
de eficácia DE SOUZA (2019). Conjuntamente a esse ponto deve ser de sabedoria 
aos usuários do método que este não fornece proteção contra infecções sexualmente 
transmissíveis (FERREIRA et al. 2018), visto que é um cuidado que pode se passar 
despercebido diante da principal queixa do uso que é evitar gravidez. 
Logo o MS estabelece que todas as mulheres em idade reprodutiva e com risco 
de gravidez indesejada deve ter informação sobre AE, os serviços de saúde devem 
estar preparados a demanda, além de colocarem como papel dos serviços de saúde 
melhor capacitação dos profissionais e programas educativos. Já sobre o acesso de 
dados para adolescentes e casos de violência sexual eles expressam: 
 
No caso dos adolescentes, o conhecimento da AE deveria chegar 
antes que iniciassem a primeira relação sexual41. Nos casos de 
violência sexual, é fundamental que a informação sobre a AE não fique 
restrita aos serviços de saúde. Os setores da polícia e os 
departamentos de medicina legal, geralmente envolvidos nas 
situações de emergência, deveriam informar as mulheres sobre os 
impactos da violência e referenciá-las para serviços especializados. 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005). 
 
 
4.3 Risco para a saúde das jovens brasileiras 
 
 
 
 
 
 
Longe de ser um método regular de prevenção contra a gravidez devido suas 
altas doses de hormônios ele se trata de um comprimido que deve ser administrado 
de forma consciente entre os jovens, uma vez que o auge da fertilidade feminina e o 
ápice hormonal ocorre durante os vinte anos. Diante desse cenário seu uso frequente 
pode vir a desencadear uma sobrecarga hormonal, devido o medicamento tratar-se 
de uma “bomba hormonal” que pode causar sérios danos, podendo levar à 
esterilização de mulheres jovens, ao câncer e outras doenças graves como aborda 
Wong LLR (2006): 
 
Segundos balconistas de farmácia entrevistados em pesquisa 
realizada por Brandão e seus colaboradores (2006) a ação de tais 
hormônios no corpo são destruidores, podendo provocar desequilíbrio 
orgânico, afetando não apenas os órgãos reprodutivos e sexuais, mas 
também ossos, dores de cabeça e distúrbios comportamentais, assim 
se não forem administrados corretamente e houver um uso banalizado 
como afirmam, as mulheres podem ter seus efeitos multiplicados pelo 
uso incorreto. 
 
 
Por ser considerada uma bomba hormonal e ser utilizada após o ato sexual, há 
muitos debates complexos que discutem a probabilidade de ser um método abortivo, 
isso com base em possíveis efeitos que pode ocasionar ao feto em virtude do 
mecanismo de ação da pílula em caso de uma efetiva fecundação (BRANDÃO, 2017). 
Todavia apesar de ainda ocorrer discursão na população e entre profissionais da 
saúde, nos últimos anos ocorre uma redução de tal hipótese isso por conta de 
ampliação de debate acerca do tema por diversas vias de comunicação, levando a 
aceitação social do contraceptivo. 
No que diz respeito as características farmacológicas, a Organização Mundial 
da Saúde (OMS) recomenda: 
 
A associação mais recomendada pela Organização Mundial da Saúde 
(OMS) para finalidade de CE é a que contém dose total de 0,2 mg de 
etinilestradiol e 1 mg de levonorgestrel, em duas doses iguais, em 
intervalo de 12 horas ou administradas em dose única. (PAIVA, 
Dâmaris Araújo, et al. 2019) 
 
 
 
 
 
Oliveira; et al. (2015) aborda que o levonorgestrel pode causar muitos efeitos 
adversos e prejuízos no organismo das mulheres, sendo elas hemoptise, cefaleias, 
dores no peito, pernas e virilha, perdas repentinas da coordenação, inchaço ou dores 
nos braços e pernas, sensação de falta de ar repentina, distúrbios da fala, mudanças 
repentinas na visão ou visão e outros. Além de tais efeitos Oliveira enfatiza que o uso 
prolongado pode afetar o fígado, vagina, colo do útero e desenvolver possível câncer 
de mama. 
Os efeitos secundários mais frequentes para as mulheres que usam a AE são 
náuseas, em mais de 40% e entre 50% dos casos, e vômito, entre 15 a 20%. Pode vir 
a ocorrer cefaleia, dor mamária e vertigens, entretanto esses efeitos adversos 
possuem curta duração alivio dos sintomas de forma espontânea dentro das 24h após 
o uso da pílula (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011). 
É demonstrado que quanto a menstruação a pílula pode afetar na quantidade 
de sangramento vaginal no próximo período menstrual (RABELO, Giovanna, et al. 
2021). Quanto ao seu efeito no período menstrual é evidente que em torno de 57% 
das mulheres que usam a AE terão a menstruação seguinte ocorrendo dentro do 
período aguardado. Em 15% pode vir a atrasar 7 dias e em 13% mais de sete dias, já 
em casos de antecipação apenas em 15% pode ocorrer dentre 7 dias (MINISTÉRIO 
DA SAÚDE, 2011). 
Todavia apesar dos efeitos adversos que podem vir a causar, o MS (2011) 
aborda ser um método seguro quando utilizado de forma responsável mesmo 
possuindo altas taxas de hormônios: 
 
 Além disso, a concentração da dose de levonorgestrel na AE não 
excede 30 a 40% da dose geralmente encontrada em cartelas de 
pílulas anticoncepcionais usadas rotineiramente para o planejamento 
familiar. O mesmo ocorre com o método de Yuzpe quando comparado 
com a dose total de uma caixa de qualquer anticoncepcional de baixa 
dosagem disponível no mercado. Em acréscimo, diversos estudos 
clínicos e epidemiológicos têm verificado raros efeitos adversos 
severos, atestando a segurança da AE. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 METODOLOGIA 
 
A metodologia adotada foi à revisão bibliográfica de artigos científicos 
publicados e a análise dos textos, contendo opiniões de vários autores para 
considerações de estudos relacionados à pílula do dia seguinte, seu uso inadequado 
e o impacto desse uso no corpo de mulheres jovens na faixa etária de 22 à 25 anos. 
Foram utilizadas as bases de dados online os sites: Scielo (Scientific Electronic 
Library Online) e Google Acadêmico, encontramos artigos publicados no período entre 
2008 à 2021, que possuíam informações relevantes para a pesquisa. Os artigos 
encontrados estavam em português e inglês, porém o foco é direcionado ao Brasil. As 
palavras-chaves utilizadas foram: pílula do dia seguinte, uso indiscriminado da pílula 
do dia seguinte, impacto do uso irracional da pílula do dia seguinte. 
Os critérios de inclusão adotados foi a seleção de artigos que descrevem o uso 
irracional, as complicações que seu uso inadequado pode trazer para o corpo das 
mulheres jovens e a desinformação sobre o método entre as mulheres jovens com 
faixa etária de 22 à 25 anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 CONCLUSÃO 
 
Com a realização da pesquisa, conclui-se que a pílula de emergência é 
conhecida por grande parte das mulheres jovens com vida sexual ativa, contudo as 
informações que essas mulheres possuem ainda são insuficientes para o uso seguro 
do medicamento. A facilidade de compra da medicação também se demonstra como 
um fator que ocasiona o uso incorreto e excessivo da pílula. 
Já a forma de utilização da pílula de emergência também se revela de extrema 
importância, já que a medicação acaba atingindo o organismo feminino, trazendo 
riscos e consequências. Além da importância do farmacêutico afim de orientar e 
esclarecer dúvidas sobre o uso apropriado e seguro, evitando assim possíveis uso 
corriqueiros e com contraindicações. 
Dessa forma diante do que foi analisado é de fundamental relevância a 
propagação de informação sobre o uso correto da contracepção de emergência, visto 
que o maior número de usuários são mulheres jovens que tem como objetivo principal 
somente evitar a gravidez e acabamignorando outros riscos no qual a saúde pode 
estar sendo exposta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 CRONOGRAMA 
 
 
ATIVIDADE DATA 
Introdução, objetivo e justificativa 11/10 
Discussão dos artigos/ revisão literária 20/10 e 25/10 
Montagem de acordo com as normas da ABNT 28/10 
Montagem 01/10 
Montagem final do trabalho 08/11 
Apresentação 22/11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ALANO, Graziela et al. Conhecimento, consumo e acesso à contracepção de 
emergência entre mulheres universitárias no sul do Estado de Santa Catarina. 
Scientific Electronic Library Online 2011. Disponível em: 
http://www.scielo.br/pdf/csc/v17n9/a20v17n9. Acesso em: 25 nov. 2022 
 
BASTOS, Silvia et al. Prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis e 
Procura da Contracepção de Emergência em Farmácias e Drogarias do 
Município de São Paulo. Scientific Electronic Library Online, 2009. Disponível em: 
https://www.scielo.br/j/sausoc/a/X54nZZ66Vj7T7pFWDh9NGBd/?format=pdf&lang=pt
. Acesso em: 25 de out. 2022. 
 
BORGES, Ana Luiza Vilela; FUJIMORI, Elizabeth; HOGA, Luiza Akiko Komura; 
CONTIN, Marcelo Vieira. Práticas contraceptivas entre jovens universitários: o 
uso da anticoncepção de emergência. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 26, 
n. 4, p. 817-823, 2010. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0102-
311X2010000400023 Acesso em: 25 de nov. 2022 
 
BRANDÃO, Elaine Reis et al. “Bomba hormonal”: os riscos da contracepção de 
emergência na perspectiva dos balconistas de farmácias no Rio de Janeiro, 
Brasil. Cadernos de saúde pública, v. 32, n. 9, p. - , 2016. DOI: 10.1590/0102-
311x00136615. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/csp/v32n9/1678-4464-csp-
32-09-e00136615.pdf. Acesso em 25 out 2022. 
 
BRANDÃO, Elaine Reis et al. Os perigos subsumidos na contracepção de 
emergência moralidades e saberes em jogo. Horizontes Antropológicos, v. 23, n. 
47, p. 131-161, 2017. DOI: 10.1590/s0104-71832017000100005. Disponível em: 
https://www.scielo.br/scielo.php?=sci_attext&pid=S0104-
71832017000100131&Ing=pt&nrm=iso>. Acesso em 25 out. 2022 
 
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