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FACULDADE ANHANGUERA Curso de farmácia BÁRBARA RIBEIRO PORTO FERNANDA VALENTINA ROCHA GABRIELLA REGLY NOGUEIRA JULIANA LEANDRA MARTINS DA SILVA O USO INDISCRIMINADO DA PÍLULA DO DIA SEGUINTE NA JUVENTUDE MINAS GERAIS- MG 2022 BÁRBARA RIBEIRO PORTO FERNANDA VALENTINA ROCHA GABRIELLA REGLY JULIANA LEANDRA MARTINS DA SILVA O USO INDISCRIMINADO DA PÍLULA DO DIA SEGUINTE NA JUVENTUDE Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso de farmácia da faculdade Anhanguera como requisito parcial para aprovação na disciplina Pensamento Cientifico sob orientação da Prof°. Maristella Ayala Dias. MINAS GERAIS - MG 2022 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 1 2 OBJETIVOS 2 2.1 Objetivo geral 2 2.2 Objetivos específicos 2 3 JUSTIFICATIVA 3 4 REVISÃO DE LITERATURA 4 4.1 Implementação da pílula de emergência no Brasil 4 4.2 A falta de propagação de informação sobre a pílula 6 4.3 Risco para a saúde das jovens brasileiras 9 5 METODOLOGIA 11 6 CONCLUSÃO 12 CRONOGRAMA 13 REFERÊNCIAS 14 INTRODUÇÃO A anticoncepção de emergência (AE) mais conhecida como pílula do dia seguinte se baseia em sua forma farmacêutica no formato de comprimidos e tem como objetivo evitar a gravidez após o ato sexual, sendo um método contraceptivo, mas não de proteção contra doenças sexualmente transmissíveis. O método apesar de ser comprovado como altamente eficaz, deve ser como o próprio nome aborda utilizado somente em casos de urgência, isso devido em sua constituição possuir altas doses concentradas de hormônios que podem ocasionar uma série de efeitos adversos e ao longo do tempo com o uso frequente a pílula pode ter sua eficácia comprometida aumentando as chances de gravidez. No Brasil a disponibilização da CE é de fácil alcance, isso porque desde 2012 as unidades básicas de saúde oferecem de forma gratuita sem necessidade de consulta médica e prescrição, já nas farmácias e drogarias os valores se encontram entre R$15 e R$20 reais não sendo necessário nenhum tipo de exigência para a compra, apesar da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomendar a venda somente com a receita, essa norma não é respeita no país. Diante disso, o acesso facilitado a esse medicamento passou a ser uma escolha rápida e viável para muitas mulheres que não possuem vontade de engravidar naquele determinado momento, entretanto tão via acarreta preocupações uma vez que essas mulheres podem não possuir conhecimento adequado do medicamento e ingenuamente fazer sua substituição deixando de lado um método contraceptivo regular. Nesse sentido, é de suma importância explicar o impacto dessa medicação na saúde das jovens que não possuem conhecimento, bem como os efeito que serão ocasionados no corpo decorrente de um uso inadequado e irracional para evitar uma possível gravidez. https://www.gov.br/anvisa/pt-br https://www.gov.br/anvisa/pt-br 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral Compreender como o uso indiscriminado da pílula de emergência pode impactar na saúde das mulheres jovens. 2.2 Objetivos específicos • Relatar sobre o acesso a esse método de anticoncepção no Brasil. • Analisar como a falta de conhecimento leva a automedicação indevida. • Descrever o impacto do uso da contracepção no corpo das jovens. 3 JUSTIFICATIVA A necessidade de abordar sobre o uso indiscriminado da pílula do dia seguinte é de extrema necessidade no contexto de advertir a população, principalmente para as mulheres jovens e aquelas que não possuem o conhecimento acerca dos malefícios dessa automedicação frequente e ficam expostas aos efeitos adversos. Nesse contexto estudar como esse uso desenfreado causa danos à saúde da mulher faz compreender também as questões relacionadas ao agravamento da saúde pública, devido ao aumento no número de jovens em estado negligente e o agravamento no número de pacientes. Além de expor a necessidade de redes de ensino abordarem o assunto em salas de aulas, afim de informar os jovens e evitar problemas futuros. A motivação do tema do projeto surgiu diante de conversas cotidianas com amigos e pessoas próximas que já relataram ter feito o uso da CE alguma vez na vida ou de modo frequente, sem ter o mínimo entendimento a respeito dos riscos a qual estavam expostos. Diante dessas atribuições para o entendimento da relevância do assunto, o trabalho busca atrair atenção ao tema, contribuindo para novas pesquisas e projetos que visam abordar sobre a gravidade do uso desinformado por parte das mulheres jovens. 4 REVISÃO DA LITERATURA 4.1 Implementação da pílula de emergência no Brasil No Brasil o uso da pílula do dia seguinte foi aprovado em meados 1996 nas normas técnicas de planejamento Familiar pelo Ministério da Saúde após ter sido aceito pelos órgãos de vigilância e muitos outros organismos nacionais, passando a ser possível também sua comercialização mediante receita médica (Brasil, 2005). Ademais dois anos após sua aprovação ela também foi incluída nas normas técnicas de Violência Sexual sendo imprescindível negar a prescrição sem justificativas plausíveis diante do caso, como é referido no caderno de ética do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Brasil, 2005). A disponibilização do anticoncepcional nas farmácias passou a ser fornecido em 1998 tendo seu reconhecimento e ampliação somente dois anos depois (Figueiredo, 2004), contudo seu lançamento discreto chegando a esses locais somente em uma única marca comercial pode ter colaborado pra certo desentendimento por parte das mulheres que não tinham informação a respeito do seu método e assim deduzissem que fosse abortivo gerando mais dificuldade para sua implantação (BASTO et. al., 2009). Já no ano 2000 o Ministério da saúde visava integrar a pílula do dia seguinte aos outros contraceptivos que são disponibilizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) com o objetivo de aumentar a utilização de métodos reversíveis e diminuir os irreversíveis, tais como laqueadura tubária e aborto, entretanto apenas em 2005 houve uma expansão e reconhecimento desse método para a rede básica de saúde. Durante os anos 2005 e 2006 ocorreu uma atualização na Norma Técnica que estabeleceu várias informaçõesa respeito da AE, entre elas sua definição, mecanismo de ação, indicações de uso e prescrição (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006). Sendo este documento um dos fatores fundamentais para a CE ser gradativamente mais legalizada, visto que ainda se encontrava em um cenário recente e sem a quantidade de utilização esperada diante o tempo de sua aprovação. Nos dias atuais o SUS faz a distribuição desse método contraceptivo como forma de planejamento familiar sendo eles o Yuspe e o mais recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) o etinil-estradiol e levonorgestrel como é referido pela Ministério da saúde em BRASIL (2005), já a respeito do método Yuzpe: Método de Yuzpe, utiliza anticonceptivos hormonais orais combinados (AHOC) de uso rotineiro em planejamento familiar e conhecidos como “pílulas anticoncepcionais”. O método de Yuzpe consiste na administração combinada de um estrogênio e um progestágeno sintético, administrados até cinco dias após a relação sexual desprotegida. Se percebe que essa também é uma alternativa, no entanto a presença de etinil-estradio pode interagir com outros medicamentos, tais como anti-retrovirais e assim afetar sua eficácia, além de ter certas limitações clinicas em decorrência ao seu uso e serem classificados pela OMS como categoria dois, avante a isso percebe-se vantagens do Levonorgestrel a ele, são elas: Mas há evidentes vantagens do levonorgestrel sobre o método de Yuzpe. Como não contém estrogênios, o método do levonorgestrel está isento de efeitos colaterais e contra indicações. A frequência e a intensidade dos efeitos secundários da AE são também sensivelmente reduzidas45. Outra vantagem do levonorgestrel é não apresentar interação com medicamentos anti-retrovirais (BRASIL, 2005, p.9) Ademais sobre a implementação da CE no ano de 2012 o Ministério da Saúde fez um Protocolo de utilização do levonorgestrel na anticoncepção hormonal de emergência para que houvesse uma ampliação na dispensação desse método a partir da sua prescrição por médicos e enfermeiros nas UBS e outros centros de saúde. Apesar de toda delegação para melhorar o acesso, à alta demanda desse método se tornou insuficiente, fazendo com que muitas pessoas se dirigissem diretamente para farmácias comerciais privadas (BRANDÃO, 2017). Segundo a Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, a dispensação desse medicamento nas farmácias deve ser feita somente pelos farmacêuticos, a ANVISA (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária) também adverte sobre a venda somente com prescrição médica, todavia essa orientação não se prevalece atualmente o que causa agravamento da automedicação frequente. Campos et al. (1997) apresenta uma definição precisa sobre a consequência dessa ação: A automedicação inadequada, tal como a prescrição errônea, pode ter como consequência efeitos indesejáveis, enfermidades iatrogênicas e mascaramento de doenças evolutivas, representando, portanto, problema a ser prevenido. É evidente que o risco dessa prática está correlacionado com o grau de instrução e informação dos usuários sobre medicamentos, bem como com a acessibilidade dos mesmos ao sistema de saúde. 4.2 A falta de propagação de informação sobre a pílula O contraceptivo de emergência ou também reputado popularmente como pílula do dia seguinte é um medicamento muito utilizado, principalmente entre mulheres jovens como é relatado em uma pesquisa feita em uma universidade no Rio de Janeiro no qual 18,5% das jovens universitárias entre 20 a 24 anos relataram já ter feito o uso desse método (BORGES et al., 2010). O maior percentual de queixas à cerca da busca pelo uso da PE vem de mulheres jovens e solteiras o que se torna preocupante diante do gradual aumento no número de adolescentes que dão início a vida sexual precocemente e assim fazem o uso de uma medicação vista como eficaz, mas que pode se tornar como uma prática imatura e como se diz ALANO, Graziela et al (2011) uma procura irracional pelo medicamento. No Brasil outro ponto que interfere na propagação de esclarecimento assertivos da contracepção ocorre na distribuição, tal fato está relacionado ao SUS não conseguir atender a demanda que é gerada e assim grande parte da população opta por fazer a compra nas farmácias que de acordo com a política pública de acesso ao método pode ser feira diretamente no balcão, sem aconselhamento dos farmacêuticos como aborda BRANDÃO (2016): No entanto, tal distribuição não consegue atender as necessidades da população, com provisão irregular, havendo dificuldades para se obter gratuitamente o medicamento. Assim, grande parte da população brasileira adquire esse medicamento comprando-o nas farmácias, diretamente no balcão (behind-the-counter), com o balconista, sem orientação ou aconselhamento do farmacêutico, pois as políticas públicas de distribuição da contracepção de emergência no Brasil não incluem as farmácias como local de dispensação do método. (BRANDÃO, Elaine Reis et al. p. 6) Conforme explicado acima pode-se perceber o grande papel dos profissionais da saúde na hora de difundir conhecimento e sua importância diante do papel de orientar, isso pode ser averiguado na pesquisa realizada com 383 farmacêuticos, esses relataram que o maior número de consumidores da pílula eram mulheres jovens e mais de 50% ficavam constrangidas na hora de fazer a compra, todavia 78,1% dos profissionais afirmaram que os consumidores os procuravam para tirar dúvidas sobre a contracepção de emergência BRANDÃO, Elaine Reis et al. (2017) , demonstrando sua responsabilidade no caráter ético profissional. A Atenção Farmacêutica constitui uma prática profissional centrada no paciente, que encontra-se em fase de implantação em algumas farmácias de diversas regiões do Brasil, enfrentando porém muitos empecilhos, os quais devem ser superados em prol do resgate da profissão perante a sociedade. (OLIVEIRA, Andrezza Beatriz et al, 2005) Diante dessa perspectiva de diversos recursos que facilitam a obtenção do medicamento pode-se notar altos números de usuários da pílula que possuem conhecimento superficial do assunto e conhecem mais outros métodos de uso regular como o contraceptivo oral e o preservativo, demonstrando insuficiência de propagação do tema para a população ocasionando um uso irracional. Conforme Da Silva p. 383 (2019) em uma revisão realizada em oito artigos para analisar o perfil das mulheres que fazem o uso da CE, uma das variáveis apontadas foi o grau de escolaridade das usuárias, segundo a conclusão do autor e seus colaborados ainda há um tabu nas redes de ensino para abordarem a pílula de emergência e tal barreira prejudicaria ainda mais o conhecimento em consideração aos danos do uso irregular, a possível gravidez indesejada e prevalência de infecções sexualmente transmissíveis (IST). À vista disso é valido frisar a seriedade de realizar programas, projetos e recursos educacionais que atendam de forma didática o entendimento dos jovens a respeito dos assuntos quanto aos meios de prevenção da gravidez e também da anticoncepção de urgência. Dessa forma, sugere-se o aumento de incentivos que envolvam programas de educação sexual e reprodutiva, a começar pelas escolas, numa linguagem mais próxima a realidade dos adolescentes inseridos neste meio. DA SILVA (2019, p.384) Sob a perspectiva educacional é de suma necessidade que quanto mais cedo as crianças e adolescentes tenham acesso à educação sexual, melhor se tornará sua preocupação com a saúde e uma vida sexual segura, tal assunto deve ser abordado mais exclusivamente nesse local, uma vez que muitas famílias possuem preconceitos ou não conseguem explicar de forma pedagógica. Saito; Leal (2003 apud DA SILVA, 2019) além de estabelecer essa necessidade de enfatizar a conscientização em relação a AE, também realça queseja transmitido para ambos os públicos, a fim de não causar distanciamento do tema para algum dos sexos. Portanto, apesar dos diversos meios de acesso à informação muitas mulheres jovens por possuírem ou não escolaridade, não detém de informações adequadas e bem formuladas quanto a real indicação do CE, seu objetivo e seu tempo de máximo de eficácia DE SOUZA (2019). Conjuntamente a esse ponto deve ser de sabedoria aos usuários do método que este não fornece proteção contra infecções sexualmente transmissíveis (FERREIRA et al. 2018), visto que é um cuidado que pode se passar despercebido diante da principal queixa do uso que é evitar gravidez. Logo o MS estabelece que todas as mulheres em idade reprodutiva e com risco de gravidez indesejada deve ter informação sobre AE, os serviços de saúde devem estar preparados a demanda, além de colocarem como papel dos serviços de saúde melhor capacitação dos profissionais e programas educativos. Já sobre o acesso de dados para adolescentes e casos de violência sexual eles expressam: No caso dos adolescentes, o conhecimento da AE deveria chegar antes que iniciassem a primeira relação sexual41. Nos casos de violência sexual, é fundamental que a informação sobre a AE não fique restrita aos serviços de saúde. Os setores da polícia e os departamentos de medicina legal, geralmente envolvidos nas situações de emergência, deveriam informar as mulheres sobre os impactos da violência e referenciá-las para serviços especializados. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005). 4.3 Risco para a saúde das jovens brasileiras Longe de ser um método regular de prevenção contra a gravidez devido suas altas doses de hormônios ele se trata de um comprimido que deve ser administrado de forma consciente entre os jovens, uma vez que o auge da fertilidade feminina e o ápice hormonal ocorre durante os vinte anos. Diante desse cenário seu uso frequente pode vir a desencadear uma sobrecarga hormonal, devido o medicamento tratar-se de uma “bomba hormonal” que pode causar sérios danos, podendo levar à esterilização de mulheres jovens, ao câncer e outras doenças graves como aborda Wong LLR (2006): Segundos balconistas de farmácia entrevistados em pesquisa realizada por Brandão e seus colaboradores (2006) a ação de tais hormônios no corpo são destruidores, podendo provocar desequilíbrio orgânico, afetando não apenas os órgãos reprodutivos e sexuais, mas também ossos, dores de cabeça e distúrbios comportamentais, assim se não forem administrados corretamente e houver um uso banalizado como afirmam, as mulheres podem ter seus efeitos multiplicados pelo uso incorreto. Por ser considerada uma bomba hormonal e ser utilizada após o ato sexual, há muitos debates complexos que discutem a probabilidade de ser um método abortivo, isso com base em possíveis efeitos que pode ocasionar ao feto em virtude do mecanismo de ação da pílula em caso de uma efetiva fecundação (BRANDÃO, 2017). Todavia apesar de ainda ocorrer discursão na população e entre profissionais da saúde, nos últimos anos ocorre uma redução de tal hipótese isso por conta de ampliação de debate acerca do tema por diversas vias de comunicação, levando a aceitação social do contraceptivo. No que diz respeito as características farmacológicas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda: A associação mais recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para finalidade de CE é a que contém dose total de 0,2 mg de etinilestradiol e 1 mg de levonorgestrel, em duas doses iguais, em intervalo de 12 horas ou administradas em dose única. (PAIVA, Dâmaris Araújo, et al. 2019) Oliveira; et al. (2015) aborda que o levonorgestrel pode causar muitos efeitos adversos e prejuízos no organismo das mulheres, sendo elas hemoptise, cefaleias, dores no peito, pernas e virilha, perdas repentinas da coordenação, inchaço ou dores nos braços e pernas, sensação de falta de ar repentina, distúrbios da fala, mudanças repentinas na visão ou visão e outros. Além de tais efeitos Oliveira enfatiza que o uso prolongado pode afetar o fígado, vagina, colo do útero e desenvolver possível câncer de mama. Os efeitos secundários mais frequentes para as mulheres que usam a AE são náuseas, em mais de 40% e entre 50% dos casos, e vômito, entre 15 a 20%. Pode vir a ocorrer cefaleia, dor mamária e vertigens, entretanto esses efeitos adversos possuem curta duração alivio dos sintomas de forma espontânea dentro das 24h após o uso da pílula (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011). É demonstrado que quanto a menstruação a pílula pode afetar na quantidade de sangramento vaginal no próximo período menstrual (RABELO, Giovanna, et al. 2021). Quanto ao seu efeito no período menstrual é evidente que em torno de 57% das mulheres que usam a AE terão a menstruação seguinte ocorrendo dentro do período aguardado. Em 15% pode vir a atrasar 7 dias e em 13% mais de sete dias, já em casos de antecipação apenas em 15% pode ocorrer dentre 7 dias (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011). Todavia apesar dos efeitos adversos que podem vir a causar, o MS (2011) aborda ser um método seguro quando utilizado de forma responsável mesmo possuindo altas taxas de hormônios: Além disso, a concentração da dose de levonorgestrel na AE não excede 30 a 40% da dose geralmente encontrada em cartelas de pílulas anticoncepcionais usadas rotineiramente para o planejamento familiar. O mesmo ocorre com o método de Yuzpe quando comparado com a dose total de uma caixa de qualquer anticoncepcional de baixa dosagem disponível no mercado. Em acréscimo, diversos estudos clínicos e epidemiológicos têm verificado raros efeitos adversos severos, atestando a segurança da AE. 5 METODOLOGIA A metodologia adotada foi à revisão bibliográfica de artigos científicos publicados e a análise dos textos, contendo opiniões de vários autores para considerações de estudos relacionados à pílula do dia seguinte, seu uso inadequado e o impacto desse uso no corpo de mulheres jovens na faixa etária de 22 à 25 anos. Foram utilizadas as bases de dados online os sites: Scielo (Scientific Electronic Library Online) e Google Acadêmico, encontramos artigos publicados no período entre 2008 à 2021, que possuíam informações relevantes para a pesquisa. Os artigos encontrados estavam em português e inglês, porém o foco é direcionado ao Brasil. As palavras-chaves utilizadas foram: pílula do dia seguinte, uso indiscriminado da pílula do dia seguinte, impacto do uso irracional da pílula do dia seguinte. Os critérios de inclusão adotados foi a seleção de artigos que descrevem o uso irracional, as complicações que seu uso inadequado pode trazer para o corpo das mulheres jovens e a desinformação sobre o método entre as mulheres jovens com faixa etária de 22 à 25 anos. 6 CONCLUSÃO Com a realização da pesquisa, conclui-se que a pílula de emergência é conhecida por grande parte das mulheres jovens com vida sexual ativa, contudo as informações que essas mulheres possuem ainda são insuficientes para o uso seguro do medicamento. A facilidade de compra da medicação também se demonstra como um fator que ocasiona o uso incorreto e excessivo da pílula. Já a forma de utilização da pílula de emergência também se revela de extrema importância, já que a medicação acaba atingindo o organismo feminino, trazendo riscos e consequências. Além da importância do farmacêutico afim de orientar e esclarecer dúvidas sobre o uso apropriado e seguro, evitando assim possíveis uso corriqueiros e com contraindicações. Dessa forma diante do que foi analisado é de fundamental relevância a propagação de informação sobre o uso correto da contracepção de emergência, visto que o maior número de usuários são mulheres jovens que tem como objetivo principal somente evitar a gravidez e acabamignorando outros riscos no qual a saúde pode estar sendo exposta. 7 CRONOGRAMA ATIVIDADE DATA Introdução, objetivo e justificativa 11/10 Discussão dos artigos/ revisão literária 20/10 e 25/10 Montagem de acordo com as normas da ABNT 28/10 Montagem 01/10 Montagem final do trabalho 08/11 Apresentação 22/11 REFERÊNCIAS ALANO, Graziela et al. Conhecimento, consumo e acesso à contracepção de emergência entre mulheres universitárias no sul do Estado de Santa Catarina. Scientific Electronic Library Online 2011. 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