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APOSTILA A INSPEÇÃO E O INSPETOR DE ALUNOS

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- ESCON - 
ESCOLA DE CURSOS ONLINE 
CNPJ: 11.362.429/0001-45 
Av. Antônio Junqueira de Souza, 260 - Centro 
São Lourenço - MG - CEP: 37470-000 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MATERIAL DO CURSO 
 
INSPEÇÃO DE ALUNOS 
 
 
 
APOSTILA 
 
A INSPEÇÃO E O INSPETOR DE ALUNOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A INSPEÇÃO E O INSPETOR DE ALUNOS 
 
O papel do inspetor escolar tem apresentado mudanças significativas no 
decorrer dos anos. Este estudo tem por objetivo analisar a trajetória da inspeção 
no cenário educacional brasileiro. Busca-se compreender quem é esse 
profissional, qual a sua importância para a educação, como surgiu essa 
profissão, quais as transformações ocorridas em relação às suas funções, bem 
como mostrar a evolução do seu papel, tendo em vista a democratização do 
ensino. Percebe-se que os inspetores deixaram de exercer a função 
fiscalizadora e burocrática do passado, quando atendiam aos interesses de 
governos autoritários, preocupados em padronizar e controlar as práticas 
escolares, e passaram a ter uma atuação mais democrática e participativa no 
cotidiano das escolas. No entanto, as mudanças ocorreram entre tensões e 
conflitos, devido às especificidades e complexidades do cargo. 
O ato de inspeção, desde o período do Brasil Colônia, nos remete à 
fiscalização, observação, análise, verificação, controle e vistoria. Neste período 
as escolas já estavam sujeitas à fiscalização. Em 1854, Luis Pedreira do Couto 
Ferraz estabeleceu como missão do inspetor geral supervisionar todas as 
escolas, colégios, casas de educação, estabelecimentos de instrução primária e 
secundária públicos e particulares. Além disso, “cabia ao inspetor presidir os 
exames dos professores e lhes conferir o diploma, autorizar a abertura de 
escolas particulares e até mesmo rever os livros, corrigi-los ou substituí-los por 
outros” (SAVIANI, 2002, p. 23). 
O objetivo geral é mostrar a evolução do papel do inspetor escolar com a 
democratização do ensino. Especificamente, apresentar o papel do inspetor 
escolar, observando sua importância, origem, transposições e contradições no 
contexto social, político e econômico brasileiro; discutir a atuação do inspetor no 
passado e na atualidade e sua importância na qualidade do ensino; repensar o 
perfil necessário a esse profissional sob a perspectiva de uma gestão 
democrática e participativa. 
De acordo com Augusto (2010), em Minas Gerais, o parecer nº 794/83, publicado 
em 29/12/1983, apresenta a inspeção como uma maneira de prevenir e corrigir 
desvios e disfunções no sistema. Ela pode também colaborar na revisão crítica 
das normas e práticas institucionalizadas. A inspeção é uma prática educativa 
que se reveste de forte cunho político e acentuado caráter pedagógico. Segundo 
o parecer, a inspeção cuida da organização e funcionamento das escolas em 
 
 
todos os seus aspectos. Assim, cabe à inspeção vigiar e controlar, bem como, 
avaliar, orientar, corrigir, contribuindo para a melhoria da qualidade do ensino. O 
parecer deu origem à resolução 305/83, definida como um processo pelo qual a 
administração do sistema de ensino assegura a comunicação entre os órgãos 
centrais, os regionais e as unidades de ensino, por meio da verificação, 
avaliação, orientação, correção e realimentação das ações escolares. O Inspetor 
exerce as suas funções no estabelecimento de ensino sem estar vinculado a ele, 
atualmente, é um profissional lotado nas Superintendências regionais de ensino. 
A inspeção escolar é uma profissão antiga e a sua história acompanha a 
evolução da educação no país. De acordo com Saviani (2002), o inspetor era 
nomeado de diferentes modos ao longo da história de acordo com sua situação 
hierárquica e função. Esse profissional era denominado Inspetor Geral ou 
Paroquial no período imperial; Inspetor de Distrito ou Supervisor na era 
republicana. Em determinados momentos os serviços de inspetoria foram 
denominados de Diretoria de Instrução. 
De acordo com Senore (apud Augusto, 2010), a inspeção precisa ser vista como 
um processo de mediação e suas ações devem estar fundamentadas em uma 
conduta ética, diontológica, para evitar assim, as decisões arbitrárias dos 
inspetores. Esta conduta contribuiria para uma nova definição das ações do 
inspetor, que estaria orientado para exercer a função de acompanhador e 
formador, diferente daquela de controlador e vigilante. 
A atuação dos inspetores escolares sobre a educação no Brasil remonta há mais 
de cento e cinquenta anos, no exercício de um papel legitimador da estrutura 
burocrática do estado, preocupado em manter o controle das escolas. 
Segundo Botelho apud Augusto (2010), em 1799 iniciou-se a fiscalização das 
aulas régias, serviço de inspeção realizado por um professor de confiança do 
vice-rei. 
O trabalho do inspetor nessa época era de fiscalizar o funcionamento das 
escolas, os métodos de ensino, o comportamento dos professores e o 
aproveitamento dos alunos. 
 Segundo Finoto (2010) apud Educação, antes da Reforma Universitária de 
1968, Lei de nº 5.540 de 28/11/1968, a inspeção em Minas Gerais era efetuada 
por pessoas sem habilitação. Assim, professores de ensino médio e portadores 
de diploma de curso superior, muitas vezes sem qualquer ligação direta com os 
problemas educacionais podiam exercer o cargo de inspetor. 
 
 
Segundo Ferreira (s.n.), a questão educacional tornou-se uma estratégia 
importante para o governo viabilizar o seu projeto nacionalista, a partir de 1937. 
Esse projeto teve grande impacto nas escolas do sul, principalmente nas 
chamadas “escolas alemãs”, situadas em colônias rurais de origem alemã. A 
educação escolar foi utilizada pelo governo durante o período de 1937 a 1945, 
com a finalidade de eliminar focos de resistência à ideologia nacionalista de 
Getúlio. 
As práticas pedagógicas das escolas alemãs contrariavam os ideais 
nacionalistas, pois não utilizavam a língua portuguesa e ignoravam os valores 
nacionais. O inspetor tinha a incumbência de buscar uma reformulação dessas 
instituições de ensino e enquadrá-las à ideologia educacional difundida pelo 
governo. 
O controle da qualidade do ensino era exercido com rigidez e de forma 
burocrática, pela inspeção escolar que controlava questões pontuais das 
escolas. Esse controle atendia os interesses do governo, que possuía moldes de 
educação e formação a serem implantados e rigorosamente controlados. 
O projeto de nacionalização do Estado Novo alcançou as unidades de ensino 
dos colonos estrangeiros e as antigas escolas das comunidades rurais de origem 
italiana e alemã, gerando conflitos e incertezas. Assim, entre 1937 e 1945, as 
comunidades escolares foram marcadas pela imposição por parte do governo de 
conteúdos patrióticos e atitudes nacionalistas. Foi exigido o uso de símbolos 
nacionais e comemorações de datas consideradas importantes para o cultivo do 
espírito patriótico. 
A inspeção escolar foi utilizada pelo governo como forma de controle das 
instituições de ensino. É importante lembrar que nesse período, ocorreu a 
obrigatoriedade da adoção nas escolas, de livros de autores brasileiros, bem 
como a obrigatoriedade do ensino de geografia e história do Brasil, com ênfase 
na educação moral e cívica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Produção, Edição, Elaboração e Revisão de Texto: 
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Proibida a reprodução total ou parcial sem permissão expressa da ESCON. (Lei 9.610/98)

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