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AULA – DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
TEMA I: TRATADOS INTERNACIONAIS
TEMA II: CONSTITUIÇÃO FEDERAL
TEMA III: DIREITOS EM ESPÉCIE
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO
Larga utilização de mão de obra infantil
Convenção 138 e Convenção 182
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS (1948)
Artigo XXV
Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência fora de seu controle.   
A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social.
DECLARAÇÃO DE GENEBRA (1924)
A primeira referência a “direitos da criança” num instrumento jurídico internacional data de 1924, quando a Assembleia da Sociedade das Nações adoptou uma resolução endossando a Declaração dos Direitos da Criança promulgada no ano anterior pelo Conselho da União Internacional de Protecção à Infância (Save the Children International Union), organização de carácter não-governamental. Nos termos da Declaração, os membros da Sociedade das Nações são chamados a guiar-se pelos princípios deste documento, o qual passou a ser conhecido por Declaração de Genebra.
A Declaração reconhece que a criança deve ser protegida independentemente de qualquer consideração de raça, nacionalidade ou crença, deve ser auxiliada, respeitando-se a integridade da família e deve ser colocada em condições de se desenvolver de maneira normal, quer material, quer moral, quer espiritualmente. Nos termos da Declaração, a criança deve ser alimentada, tratada, auxiliada e reeducada; o órfão e o abandonado devem ser recolhidos. Em tempos de infortúnio, a criança deve ser a primeira a receber socorros. A criança deve ser colocada em condições de, no momento oportuno, ganhar a sua vida, deve ser protegida contra qualquer exploração e deve ser educada no sentimento de que as suas melhores qualidades devem ser postas ao serviço do próximo.	
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA (1959)
Princípio I: Direito à igualdade, sem distinção de raça religião ou nacionalidade.
Princípio II: Direito a especial proteção para o seu desenvolvimento físico, mental e social – INTERESSE SUPERIOR DA CRIANÇA.
Princípio III: Direito a um nome e a uma nacionalidade, desde o nascimento.
Princípio IV: Direito à alimentação, moradia e assistência médica adequadas para a criança e a mãe – benefícios da previdência social.
Princípio V: Direito à educação e a cuidados especiais para a criança física ou mentalmente deficiente.
Princípio VI: Direito ao AMOR e à compreensão por parte dos pais e da sociedade.
Princípio VII: Direito á educação gratuita e ao lazer infantil. O interesse superior da criança deverá ser o interesse diretor daqueles que têm a responsabilidade por sua educação e orientação; tal responsabilidade incumbe, em primeira instância, a seus pais. Jogos e brincadeiras são direitos das crianças e deverão estar dirigidos para educação; a sociedade e as autoridades públicas se esforçarão para promover o exercício deste direito.
Princípio VIII: Direito a ser socorrido em primeiro lugar, em caso de catástrofes. A criança deve - em todas as circunstâncias - figurar entre os primeiros a receber proteção e auxílio. 
Princípio IX: Direito a ser protegido contra o abandono e a exploração no trabalho. Não será objeto de nenhum tipo de tráfico. Não se deverá permitir que a criança trabalhe antes de uma idade mínima adequada. 
Princípio X: Direito a crescer dentro de um espírito de solidariedade, compreensão, amizade e justiça entre os povos 
PACTO INTERNACIONAL DOS DIREITOS POLÍTICOS (1966)
 ARTIGO 24
1.Toda criança terá direito, sem discriminação alguma por motivo de cor, sexo, língua, religião, origem nacional ou social, situação econômica ou nascimento, às medidas de proteção que a sua condição de menor requerer por parte de sua família, da sociedade e do Estado.
2. Toda criança deverá ser registrada imediatamente após seu nascimento e deverá receber um nome.
3. Toda criança terá o direito de adquirir uma nacionalidade.
PACTO INTERNACIONAL DOS DIREITOS ECONOMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS (1966)
lógica da progressividade: DESC devem ser implementados progressivamente, utilizando o máximo de recursos disponíveis. Da ideia de progressividade se extrai a proibição do retrocesso. 
garantia do mínimo existencial
Art. 10 e art. 12: proteção à maternidade e à criança. 
Convenção sobre os direitos da Criança (1989) e protocolos facultativos 
Convenção com maior número de ratificações
Criança: todo indivíduo menor de 18 anos, a não ser que, em conformidade com a lei aplicável à criança, a maioridade seja alcançada antes.Não há diferenciação entre criança e adolescente.
Mecanismos de monitoramento: apenas relatórios ao Comitê sobre os Direitos da Criança
Direitos previstos na Convenção:
direito à vida;
direito de que seja registrada imediatamente após seu nascimento;
direito de ter, desde o momento do nascimento, um nome, uma nacionalidade e, na medida do possível, de conhecer seus pais e a ser cuidada por eles;
direito de preservar sua identidade;
direito de que não seja separada dos pais contra a vontade destes, salvo se a separação atender ao melhor interesse da criança;
direito de manter regularmente relações pessoais e contato direito com ambos os pais, a menos que isso seja contrário ao melhor interesse da criança;
direito de expressar suas opiniões livremente sobre todos os assuntos com ela relacionados;
direito à liberdade de expressão;
direito à liberdade de pensamento, de consciência e de crença;
direitos à liberdade de associação e à liberdade de realizar reuniões pacíficas;
direito à proteção da lei contra interferências arbitrárias ou ilegais em sua vida particular, sua família, seu domicílio ou sua correspondência, e contra atentados ilegais a sua honra e a sua reputação;
direito de acesso à informação;
direito à proteção e assistência especiais do Estado para crianças privadas temporária ou permanentemente do seu meio familiar, ou cujo melhor interesse exija que não permaneçam nesse meio;
direito à proteção e à assistência humanitária para crianças refugiadas;
direitos específicos da criança com deficiência física ou mental;
direito de gozar do melhor padrão possível de saúde e dos serviços destinados ao tratamento das doenças e à recuperação da saúde;
direito a um exame periódico de avaliação do tratamento e de toso os demais aspectos relativos à sua internação;
Direito de usufruir da previdência social.
Direito a um nível de vida adequado ao seu desenvolvimento físico, mental, espiritual, moral e social.”
“Direito à educação.
• Direito de, em comunidade com os demais membros de seu grupo, ter sua própria cultura, professar e praticar sua própria religião ou utilizar seu próprio idioma (especialmente para crianças de Estados Partes onde existam minorias étnicas, religiosas ou linguísticas, ou pessoas de origem indígena).
Direito ao descanso e ao lazer, ao divertimento e às atividades recreativas próprias da idade, bem como à livre participação na vida cultural e artística.”
Direito de estar protegida contra a exploração econômica e contra o desempenho de qualquer trabalho que possa ser perigoso ou interferir em sua educação, ou que seja nocivo para sua saúde ou para seu desenvolvimento físico, mental, espiritual, moral ou social.
Direito à proteção contra todas as formas de exploração e abuso sexual.
Direito de não ser submetida a tortura ou a outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes, nem à pena de morte ou à prisão perpétua sem possibilidade de livramento por delitos cometidos por menores de dezoito anos de idade.
 Direito de não ser privada de sua liberdade de forma ilegal ou arbitrária.
Direito da criança privada da liberdade ser tratada com humanidadee respeito, e levando-se em consideração as necessidades de uma pessoa de sua idade; direito de manter contato com sua família por meio de correspondência ou de visitas; direito a assistência jurídica e a qualquer outra assistência adequada; direito a impugnar a legalidade da privação de sua liberdade perante autoridade competente, independente e imparcial e a uma rápida decisão a respeito de tal ação.
 Direitos processuais.
Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança relativo ao envolvimento de crianças em conflitos armados 
os Estados Partes devem adotar todas as medidas possíveis para assegurar que membros de suas forças armadas menores de 18 anos não participem diretamente de hostilidade
menores de 18 anos não serão recrutados de maneira compulsória em suas forças armadas,
idade mínima para o recrutamento voluntário: acima de 15 anos.
mecanismo: relatório para o Comitê
Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança relativo à venda de crianças, à prostituição infantil e à pornografia infantil (2000)
venda de crianças = qualquer ato ou transação pela qual uma criança é transferida por qualquer pessoa ou grupo de pessoas a outra pessoa ou grupo de pessoas, em troca de remuneração ou qualquer outra forma de compensação”;
prostituição infantil = o uso de uma criança em atividades sexuais em troca de remuneração ou qualquer outra forma de compensação”;
pornografia infantil = qualquer representação, por qualquer meio, de uma criança envolvida em atividades sexuais explícitas reais ou simuladas, ou qualquer representação dos órgãos sexuais de uma criança para fins primordialmente sexuais. 
Terceiro protocolo facultativo à Convenção dos direitos da Criança 
Implementação do mecanismo de petição individual 
Necessidade de esgotamento dos recursos internos
prevê medidas provisórias para evitar danos
Brasil não ratificou
Convenção sobre os Aspectos Civis do Sequestro Internacional de Crianças – 1980 
objetivos são (i) assegurar o retorno imediato das crianças transferidas ilicitamente para qualquer Estado contratante ou nele retidas indevidamente; (ii) fazer respeitar de maneira efetiva os direitos de guarda e de visita. 
A Convenção aplica-se a qualquer criança que tenha residência habitual em Estado Contratante, até atingir 16 anos.
Estabelece cooperação jurídica internacional pode ser definida como a prestação de auxílio mútuo entre Estados ou entre Estados e tribunais internacionais para a adoção de medidas que contribuam para o exercício da jurisdição. se dá por meio das AUTORIDADES CENTRAIS
O conceito de guarda para a Convenção não necessariamente é compatível com a definição de guarda dada pelo ordenamento dos Estados signatários. Pela Convenção, direito de guarda “compreenderá os direitos relativos aos cuidados com a pessoa da criança, e, em particular, o direito de decidir sobre o lugar da sua residência”
Quando será considerada ilícita a transferência ou a retenção de uma criança? Transferencia ilícita ocorre quando há violação a direito de guarda pela lei do Estado onde a criança tivesse sua residência habitual imediatamente antes de sua transferência ou da sua retenção”. Ou seja, a violação do direito de guarda deve ser analisada tendo como parâmetro a lei do país de residência habitual da criança 
Requisitos para aplicação da Convenção: requisitos:1) os Estados envolvidos no pedido de retorno devem ser signatários; 2) a criança deve ter tido residência habitual no Estado requerente;3) essa residência habitual deve ter ocorrido imediatamente antes da violação do direito de guarda ou de visita;4) a criança não pode ter idade superior a 16 anos completos.
Caso a guarda tenha sido deferida antes do pedido de retorno, há óbice para aplicação da Convenção? Não, segundo o art. 17 da Convenção: “O simples fato de que uma decisão relativa à guarda tenha sido tomada ou seja passível de reconhecimento no Estado requerido não poderá servir de base para justificar a recusa de fazer retornar a criança nos termos desta Convenção, mas as autoridades judiciais ou administrativas do Estado requerido poderão levar em consideração os motivos dessa decisão na aplicação da presente Convenção”. 
O procedimento a ser adotado é: 
i. elaboração de um pedido pelo Estado para a Autoridade Central do outro Estado (no Brasil é a Secretaria Especial de Direitos Humanos; 
ii. tentativa de acordo; 
iii. se não houver o acordo, a Autoridade Central encaminha para a AGU (competencia é da Justiça Federal)
Não aplicação:
A Convenção não será aplicada em duas hipóteses: 
(a) quando a pessoa, instituição ou organismo que tinha a seu cuidado a criança não exercia efetivamente o direito de guarda na época da transferência ou da retenção, ou que havia consentido ou concordado posteriormente com esta transferência ou retenção 
(b) o retorno da criança também não será possível quando houver riscos à sua integridade física e psíquica ou quando se constatar que a criança tem maturidade suficiente para manifestar oposição, em atenção ao princípio da proteção integral 
De acordo com o parágrafo 1º do art. 12, se houver decorrido menos de um ano entre a data da transferência ilícita e o recebimento do pedido de cooperação jurídica internacional pela ACFC, o retorno da criança deve ser imediato, sem necessidade de oitiva da parte contrária. Ou seja, antes de um ano há uma presunção que milita em favor do requisitante, no sentido de que não houve tempo hábil para a adaptação da criança. Após esse tempo, abre-se a possibilidade de demonstrar que a criança já se encontra integrada e que seu retorno pode causar danos irreparáveis. 
Convenção de Haia - Adoção Internacional (1993)
São três objetivos: 
estabelecer garantias para que as adoções internacionais sejam feitas segundo o interesse superior da criança,
instaurar um sistema de cooperação entre os Estados contratantes que assegure o respeito às mencionadas garantias e, em consequência, previna o sequestro, a venda ou o tráfico de crianças; 
assegurar o reconhecimento nos Estados contratantes das adoções realizadas segundo a Convenção.
Quais são as diferenças entre a Convenção e o ECA?
 
a) Pela Convenção, o consentimento da criança é necessário, quando ela demonstrar grau de maturidade para tanto. Segundo o ECA, o menor de 12 anos terá sua opinião considerada, contudo o consentimento somente é obrigatório para pessoas com 12 anos completos. 
b) A Convenção admite que a adoção seja realizada no país de acolhida, o que não é admitido pelo ECA. A adoção internacional de criança brasileira deve ser realizada e processada no Brasil. 
 
c) A Convenção possibilita a saída para o país de acolhida antes do trânsito em julgado da sentença, o que é vedado pelo a art. 51, § 4º do ECA. 
 
d) A Convenção autoriza a manutenção do vínculo de filiação entre a criança e seus pais biológicos. A legislação brasileira determina que a adoção rompe com o vínculo entre o adotado e seus pais biológicos, mantendo-se apenas os impedimentos matrimoniais. 
e) A Convenção não prevê a obrigatoriedade do estágio de convivência. O art. 46, § 2º, do ECA determina que a adoção por estrangeiro residente ou domiciliado fora do País, o estágio de convivência, cumprido no território nacional, será de no mínimo 15 dias para crianças de até 2 anos de idade, e de mínimo 30 dias quando se tratar de adotando acima de 2 anos.
 
Normativas internacioanais na área infracional
Diretrizes de Riad: Prevenção da deliquencia infantil
Regras Mínimas da ONU para a Administração da Justiça, da Infância e da Juventude (Regras de Beijing ou Pequim) – 1985; 
Regras Mínimas da ONU para a proteção de jovens privados de liberdade (Regras de Tóquio) – 1990;
Convenção Interamericana de Direitos Humanos
Art: 4.1: “Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida.  Esse direito deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção.  Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente.	
	4.5 Não se deve impor apena de morte a pessoa que, no momento da perpetração do 	delito, for menor de dezoito anos, ou maior de setenta, nem aplicá-la a mulher em estado 	de gravidez.
Artigo 19: Toda criança tem direito às medidas de proteção que a sua condição de menor requer por parte da sua família, da sociedade e do Estado.
 	
Protocolo de San Salvador
Artigo 16 Direito da criança
 
Toda criança, seja qual for sua filiação, tem direito às medidas de proteção que sua condição de menor requer por parte da sua família, da sociedade e do Estado. Toda criança tem direito de crescer ao amparo e sob a responsabilidade de seus pais; salvo em circunstâncias excepcionais, reconhecidas judicialmente, a criança de tenra idade não deve ser separada de sua mãe.  Toda criança tem direito à educação gratuita e obrigatória, pelo menos no nível básico, e a continuar sua formação em níveis mais elevados do sistema educacional.
 	
Constituição Federal 
Transição da doutrina da situação irregular para proteção integral
Art. 6º: proteção à maternidade e infância é direito social
Art. 7º: XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
Art. 24, XV, CF: estabelece Competência legislativa concorrente sobre proteção à infância e juventude
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
 I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e 	à velhice;
	II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;
Princípio da prioridade absoluta: Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
direito à saúde: art. 227§ 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente e do jovem, admitida a participação de entidades não governamentais, mediante políticas específicas e obedecendo aos seguintes preceitos: (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
	I - aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à saúde na 	assistência materno-infantil;
	II - criação de programas de prevenção e atendimento especializado para as 	pessoas portadoras de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de 	integração social do adolescente e do jovem portador de deficiência, mediante o 	treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e 	serviços coletivos, com a eliminação de obstáculos arquitetônicos e de todas as 	formas de discriminação. 
		
disposições sobre adolescente em conflito com a lei
princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade;
programas de prevenção e atendimento especializado à criança, ao adolescente e ao jovem dependente de entorpecentes e drogas afins
A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do adolescente.
Questão da redução da maioridade penal
Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial
Argumentos da corrente favorável: não seria cláusula pétrea; voto aos 18 anos; necessidade de aumentar o rigor punitivo para prevenir envolvimento de adolescente com o crime.
Argumentos contrários: é sim cláusula pétrea (STF já entendeu que direitos individuais não se limitam ao artigo 5º da CF); adolescente como pessoa em condição de desenvolvimento; vedação do retrocesso; existência de medida socioeducativa como forma de punição; como regra jovens são vítimas de violência e não autores; 
Estatuto da Criança e do Adolescente 
Criança: até 12 anos incompletos
Adolescente: 12 anos até 18 incompletos
	aplicação excepcional do ECA, nos casos expressos, às pessoas entre 18 a 21 anos.
Emancipação: não afasta proteção do ECA
Estatuto da Juventude (Lei 12.852/16): jovem é pessoa de 15 aos 29 anos 
Estatuto da Primeira Infância (Lei 13.257/2016). : 6 anos completos ou 72 meses de vida 
Observação: Jamais usar o termo “menor”!!
Do direito à vida e à saúde
Normas de proteção à mulher (gestante/mãe):
Acesso aos programas de saúde e atendimento especializado e humanizado
O atendimento pré-natal será realizado por profissionais da atenção primária (”porta de entrada para sistema de saúde”).   
Assistência psicológica para evitar o estado puerperal, para mulheres que manifestem vontade de entregar para adoção e mulheres presas.
 Os profissionais de saúde de referência da gestante garantirão sua vinculação, no último trimestre da gestação, ao estabelecimento em que será realizado o parto, garantido o direito de opção da mulher.
Direito a um acompanhante no pré-natal, durante e após o parto
Preferência para o parto natural (cesariana em casos necessários)
Busca ativa em casos de não realização do pré-natal, abandono ou não comparecimento nas consultas pós-parto
Encaminhamento, sem constrangimentos, à Vara da Infância e Juventude quando manifestar interesse em entregar criança para adoção.
Aleitamento materno
OMS: amamentação exclusiva nos seis primeiros meses de vida até 2 anos
Direito da presa amamentar: art. 5º, L, e art. 82, § 2o LEP (período mínimo de 6 meses e berçário)
A gestante deverá receber orientação sobre aleitamento materno, alimentação complementar saudável e crescimento e desenvolvimento infantil, bem como sobre formas de favorecer a criação de vínculos afetivos e de estimular o desenvolvimento integral da criança.
atenção básica de saúde deverá promover ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno e à alimentação complementar saudável, de forma contínua
banco de leite nas unidades neonatais 
CLT: Art. 396 - Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais, de meia hora cada um.Parágrafo único - Quando o exigir a saúde do filho, o período de 6 (seis) meses poderá ser dilatado, a critério da autoridade competente. 
Normas voltadas à proteção da saúde da criança
Acesso integral ao SUS: prevenção e cura
Fornecimento gratuito de medicamentos, próteses e órteses
Permanência em tempo integral ao menos um dos pais em casos de internação
Saúde bucal     
Obrigatoriedade de vacinação
Acompanhamento pela rede de proteçao deverão conferir máxima prioridade ao atendimento das crianças na faixa etária da primeira infância com suspeita ou confirmação de violência de qualquer natureza, formulando projeto terapêutico singular que inclua intervenção em rede e, se necessário, acompanhamento domiciliar.   
SAÚDE MENTAL
Lei antimanicomial (Lei 10.216/01):superação do modelo de internação em manicômios. 
Os CAPS, Centros de Atenção Psicossocial, são serviços públicos vinculados ao SUS que objetivam dar atenção integral e continuada às pessoas com transtornos mentais em geral. Eles foram instituídos pela Portaria 224/1992/SNS, posteriormente atualizada pela Portaria 336/2002/MS. Objetivo de proporcionar tratamento médico ambulatorial, evitando internações. 
CAPS i: é serviço especializado no atendimento de crianças e adolescentes com transtornos mentais, sendo geralmente necessários para em municípios com mais de 200.000 habitantes. 
problemas de internação em caso de uso problemático de drogas.
Obrigações do estabelecimento e profissionais da saúde
 manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuáriosindividuais, pelo prazo de dezoito anos;
identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressão plantar e digital e da impressão digital da mãe, sem prejuízo de outras formas normatizadas pela autoridade administrativa competente;
proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades no metabolismo do recém-nascido, bem como prestar orientação aos pais;
fornecer declaração de nascimento onde constem necessariamente as intercorrências do parto e do desenvolvimento do neonato;
manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência junto à mãe.
Os serviços de unidades de terapia intensiva neonatal deverão dispor de banco de leite humano ou unidade de coleta de leite humano. 
Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade
a) I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais;
Toque de recolher: portarias judiciais proibindo a livre circulação em determinado horário. 
Art. 149. Compete à autoridad judiciária disciplinar, através de portaria, ou autorizar, mediante alvará:
I - a entrada e permanência de criança ou adolescente, desacompanhado dos pais ou responsável, em:
 a) estádio, ginásio e campo desportivo;
b) bailes ou promoções dançantes;
c) boate ou congêneres;
d) casa que explore comercialmente diversões eletrônicas;e) estúdios cinematográficos, de teatro, rádio e televisão.
§ 2º As medidas adotadas na conformidade deste artigo deverão ser fundamentadas, caso a caso, vedadas as determinações de caráter geral.
Argumentos contrários ao toque de recolher: 
reflexo da ótica menorista
violação do direito de ir e vir
O ECA restringiu expressamente o poder do juiz de editar normas de caráter geral e abstrato, não contemplando a possibilidade de proibição de permanência em locais públicos abertos; 
interferência do Estado na entidade familiar (princípio da responsabilidade parental).
HC coletivo é o instrumento processual utilizado para contestar as portarias.
2. ROLEZINHO: 
São encontros organizados por jovens pobres em shoppings
Judicialização por meio de Interdito proibitório 
nestes processos, não havia pedido de indenização por danos, apenas a proibição de entrada dos jovens
Inexistência de contraditório nesses processos
Proibição por meio de portarias – de réus, os jovens passaram para “vítimas”
segregação dos maus consumidores e caráter segragacionista da juventude pobre
shoppings como espaço de lazer. 
direitos violados: liberdade, direito de reunião, lazer, proteção integral
Ilegalidade das portarias
http://www.direitorp.usp.br/wp-content/uploads/2015/05/Dossie_rolezinho_isbn.pdf
 II - opinião e expressão
Legislação internacional:
a) Convenção sobre os Direitos da Criança: criança tem direito de ser ouvida em todos assuntos que lhe dizem respeito, o que inclui processos judiciais e administrativos, e de participar da vida cultural, artística e comunitária (art. 12 e art. 31)
b) Convenção de Haia relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em matéria de Adoção Internacional: adotando deve ser ouvido no processo internacional de adoção (art. 4o) 
c) Convenção Internacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência: direito da criança deficiente ser ouvida em condições de igualdade (art. 7.3) 
d) Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança: sistema de petição – assinada, mas não ratificada pelo Brasil. 
Legislação nacional:
b.1) CONADA: Sistema de Garantia Sistema procurará assegurar que as opiniões das crianças e dos adolescentes sejam levadas em devida consideração, em todos os processos que lhes digam respeito (art. 2o, § 4) 
b. 2) ECA: direito à liberdade (que abrange o direito de opinião e expressão e participação na vida política); oitiva da criança e consentimento do adolescente para colocação em família substituta; oitiva para aplicação de medida protetiva como um principio. Artigos citados: 3o, 15, 16, art. 28 e art. 100, p. único, inc. XII. 
b.3) SINASE: estabeceu a “participação proativa”: adolescente deve participar ativamente do processo ressocializador: participa da elaboração do PIA; pode requerer, qualquer tempo, a revisão, substituição ou suspensão da MSE e do respectivo plano; pode peticionar diretamente a qualquer autoridade, pode requerer a revisão de sanção disciplinar). Citou: arts: 43, 48, 49, 52 e 53 do Sinase. 
b.4) Res.109doCNS(tipificaçãodaassistênciasocial:qualificaçãotécnicaparaquesejaenaltecidoo respeito do direito de opinião da criança e adolescente) 
b.5) No tocante à representação processual das crianças e dos adolescentes nos atos judicias e procedimentos administrativos, importante destacar a tese aprovada no 1° Congresso Nacional de Defensores Públicos da Infância e Juventude: 
SÚMULA O Defensor Público deverá exercer o múnus de Curador Especial na defesa dos interesses individuais e coletivos de crianças e adolescentes, mormente nas hipóteses previstas no parágrafo único do art. 142 e letra “f”, do parágrafo único, do art. 148, c/c art. 98, todos da Lei 80.69/90, atuando como representante processual do infante nos autos dos processos em trâmite, bem como na qualidade de legitimado extraordinário para deflagrar qualquer ação que assegure os interesses destes sujeitos de direitos, garantindo-lhes o pleno acesso à justiça e igualdade na relação processual. 
b.6) Participação política: 
É salutar destacar ainda a participação política de adolescentes em grêmios, conselhos consultivos de adolescentes e jovens, conferências dos direitos das crianças e dos adolescentes, entre outros espaços estimulados pelo ECA, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e Resoluções dos Conselhos dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes. Como exemplo, no Brasil já existe a experiência positiva da participação de adolescentes em conselhos dos direitos. 
III - crença e culto religioso
SINASE, ART. VIII - não discriminação do adolescente, notadamente em razão de etnia, gênero, nacionalidade, classe social, orientação religiosa, política ou sexual, ou associação ou pertencimento a qualquer minoria ou status; 
III - ser respeitado em sua personalidade, intimidade, liberdade de pensamento e religião e em todos os direitos não expressamente limitados na sentença; 
Convenção dos Direitos da Criança: art. 14.3; art. 20.3 e art. 30.
IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;
Princípio VII da Declaração Universal dos Direitos da Criança: “a criança deve desfrutar plenamente de jogos e brincadeiras, os quais deverão estar dirigidos para a educação; a sociedade e as autoridades pública se esforçarão para promover o exercício desse direito”.
Importância da brincadeira para o desenvolvimento sadio
V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação
Declaração dos Direitos da Criança
Convenção sobre os Direitos da Criança
Protocolo de San Salvador
  VI - participar da vida política, na forma da lei
voto facultativo os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos (art. 14, § 1º, c)
Adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de internação: possibilidade de votação. DPSP já ajuizou ACP para garantia desse direito. Fundamento: não há vedação pela CF (restrição apenas para adultos com condenação criminal transitada em julgado) e reinserção social
Direito ao respeito 
art. 17 ECA: “O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais”.
Preservação da imagem em caso de adolescente em conflito com a lei   
ECA, Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, sem autorização devida, por qualquer meio de comunicação, nome, ato ou documento de procedimento policial, administrativo ou judicial relativo a criança ou adolescente a que se atribua ato infracional:
Pena - multa de três a vinte salários de referência,aplicando-se o dobro em caso de reincidência.
§ 1º Incorre na mesma pena quem exibe, total ou parcialmente, fotografia de criança ou adolescente envolvido em ato infracional, ou qualquer ilustração que lhe diga respeito ou se refira a atos que lhe sejam atribuídos, de forma a permitir sua identificação, direta ou indiretamente.
§ 2º Se o fato for praticado por órgão de imprensa ou emissora de rádio ou televisão, além da pena prevista neste artigo, a autoridade judiciária poderá determinar a apreensão da publicação ou a suspensão da programação da emissora até por dois dias, bem como da publicação do periódico até por dois números.           (Expressão declara inconstitucional pela ADIN 869-2).
Da dignidade
‘lei da palmada’: Lei n.° 13.010/2014. Estabelece que as crianças e os adolescentes têm o direito de serem educados e cuidados sem o uso de castigos físicos ou de tratamento cruel ou degradante. 
Castigo físico é a ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física que cause na criança ou adolescente: a) sofrimento físico; ou b) lesão. 
Tratamento cruel ou degradante é aquele que humilha, ameaça gravemente ou ridiculariza a criança ou o adolescente. 
MEDIDAS
encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família; 
encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; 
encaminhamento a cursos ou programas de orientação; 
obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado; 
advertência. 
caráter pedagógico
As medidas acima previstas serão aplicadas pelo Conselho Tutelar
Do Direito à Educação
Ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. Não oferecimento ou oferecimento irregular é crime de responsabilidade
Direitos assegurados pelo ECA:
I- igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - direito de ser respeitado por seus educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores;
IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;
V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.(princípio do georreferenciamento)
Obrigatoriedade dos pais de matricular seus filhos na rede de ensino. Crime de abandono intelectual.
ECA garante a participação dos pais de ter ciência e participar do processo pedagógico 
 Não se admite o chamado ensino domiciliar
Dirigentes de escolas devem comunicar ao Conselho Tutelar suspeitas de maus tratos, evasão escolar e elevado nível de repetência.
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO 
Princípios
igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
 liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
 pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
respeito à liberdade e apreço à tolerância;
coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
valorização do profissional da educação escolar;
gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;
garantia de padrão de qualidade;
valorização da experiência extra-escolar;
vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
 consideração com a diversidade étnico-racial.  
Competência de entes federativos
União: Caberá à União a coordenação da política nacional de educação, articulando os diferentes níveis e sistemas e exercendo função normativa, redistributiva e supletiva em relação às demais instâncias educacionais.
Estado: Os Estados, por sua vez, incumbem-se de assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino médio a todos que o demandarem (art. 10, VI da LDB e art. 211, §3o da CF). 
Município: oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade, o ensino fundamental
Estruturação do ensino
I - educação básica: formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio;
Educação Infantil: creche (0-3 anos ) e pré-escola ( 4 – 5 anos de idade)
Ensino fundamental: O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade
Ensino médio: O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos
II - educação superior.
Obs: A educação básica obrigatória e gratuita é garantida dos 4 aos 17 anos de idade, compreendendo pré-escola, ensino fundamental e ensino médio (art. 4o, I da LDB). 
Ações de vaga em creche
Possibilidade de ajuizar ACP
Direito subjetivo da criança que também é um direito da mulher trabalhadora (Art. 7º, XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas)
Ações individuais: ação de obrigação de fazer
educação especial: a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades o superdotação.           
Necessidade de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial.
O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular.
Do Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho
art 7º XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
	IDADE	TRABALHO
	MAIOR DE 14 ANOS	NÃO PODE TRABALHAR
	DE 14 A 16 ANOS INCOMPLETOS	SÓ PODE TRABALHAR COMO APRENDIZ
	DE 16 COMPLETOS A 18 INCOMPLETOS	PODE TRABALHAR NORMALMENTE, VEDADO TRABALHO NOTURNO E INSALUBRE 
	18 ANOS	QUALQUER TIPO DE TRABALHO
DA PREVEÇÃO – DISPOSIÇÕES GERAIS
dever de todos previnir a ameaça ou violação de direitos
Art. 70-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão atuar de forma articulada na elaboração de políticas públicas e na execução de ações destinadas a coibir o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante e difundir formas não violentas de educação de crianças e de adolescentes, tendo como principais ações:    II - a integração com os órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, com o Conselho Tutelar, com os Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente e com as entidades não governamentais que atuam na promoção, proteção e defesa dos direitos da criança e do adolescente;    
  As famílias com crianças e adolescentes com deficiência terão prioridade de atendimento nas ações e políticas públicas de prevenção e proteção
garantia do acesso ao lazer, cultura, informação, cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos e produtos e serviços que respeitem sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
DA PREVENÇÃO ESPECIAL
Da informação, Cultura, Lazer, Esportes, Diversões e Espetáculos
Faixa etária de diversões e espetáculos públicos: fixados pelo órgão competente
Toda criança e adolescente terá acesso à diversões e espetáculos adequados para sua faixa etária 
crianças menores de 10 anos não poderão ingressar em locais de exibição sem estarem acompanhadas 
revistas e publicações com conteúdo impróprio devem ser comercializadas em embalagens lacradas e capas que contenham imagens obscenas devem ter embalagem opaca 
revistas direcionadas para o público infantil não podem conter imagens ou anúncios de bebida, tabaco, armas e munições
bilhar, sinuca e casa de jogos: proibida a entrada 
Dos Produtos e Serviços proibidos
 É proibida a venda à criança ou ao adolescente de:
armas, munições e explosivos;
 bebidas alcoólicas;
produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica ainda que por utilização indevida;
fogos de estampido e de artifício, exceto aqueles que pelo seu reduzido potencial sejam incapazes de provocarqualquer dano físico em caso de utilização indevida;
revistas e publicações a que alude o art. 78;
 bilhetes lotéricos e equivalentes.
 É proibida a hospedagem de criança ou adolescente em hotel, motel, pensão ou estabelecimento congênere, salvo se autorizado ou acompanhado pelos pais ou responsável.
Autorização de viagem
Viagem internacional:
A autorização judicial é dispensada quando a criança ou adolescente:
 I - estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável;
II - viajar na companhia de um dos pais, autorizado expressamente pelo outro através de documento com firma reconhecida.
recusa injustificada de um dos pais: pode ser suprida por autorização judicial
Sem prévia e expressa autorização judicial, nenhuma criança ou adolescente nascido em território nacional poderá sair do País em companhia de estrangeiro residente ou domiciliado no exterior.
Viagem nacional
adolescente: não necessita de autorização e pode viajar desacompanhado
Criança: Nenhuma criança pode viajar fora da Comarca desacompahada dos pais ou responsável, sendo que a autorização não será exigida quando:
(i) comarca contígua à da sua residência ou mesma região metropolitana
(ii) criança estiver acompanhada: ascendente ou colateral maior, até 3º grau OU por pessoa maior expressamente autorizada pelo pai, mãe ou responsável
obs: juiz pode conceder autorização válida por dois anos

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