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Esta disciplina abordará as relações entre os processos de desenvolvimento e a aprendizagem humana. Vamos refletir um pouco sobre a questão? O QUE FAZ UM BOM PROFESSOR? -CONHECIMENTO DO CONTEÚDO E HABILIDADES PEDAGÓGICAS; -DOMÍNIO DE HABILIDADES PEDAGÓGICAS; -O BOM ENSINO PODE SER ENSINADO? -O PROFESSOR INTENCIONAL VAMOS ANALISAR? QUAL É O PAPEL DA PESQUISA EM PSICOLOGIA EDUCACIONAL? Começando a conversa... Você já se questionou sobre como aprendemos? O que devemos aprender? O que ensinar? Como ensinar? Converse com seus alunos sobre isso... Ao conversar sobre o desfecho da dinâmica, provavelmente, você perceberá como cada um vê as coisas do seu jeito. De um mesmo objeto, virão várias percepções... Alguns acertarão, outros não. Assim também acontece com a aprendizagem. A mesma coisa, as pessoas aprendem de um jeito diferente. Assim como, também ensinam de outra forma. Ou seja, aprender ou ensinar é um processo bem pessoal. Este processo será o foco de nossa disciplina: a compreensão do processo ensino-aprendizagem. “Quem aprende modifica seu comportamento”. (CAMPOS, 1987, p. 36) A finalidade principal da Psicologia da Educação é utilizar e aplicar os conhecimentos, os princípios e os métodos da Psicologia para construir e intervir no estudo destes processos educativos. COMO PIAGET COMPREENDEU O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO? COMO OCORRE O DESENVOLVIMENTO: O que são ESQUEMAS? CONSTRUTIVISMO A Teoria Construtivista surgiu no século XX, a partir das experiências do biólogo, filósofo e epistemólogo suíço Jean Piaget (1896-1980), o qual observando crianças desde o nascimento até a adolescência percebeu que o conhecimento se constrói na interação do sujeito com o meio em que ele vive. Esquemas: é uma ação de categorizar. Ex: a criança pega uma bola e olha para ela. A criança está usando seu ‘esquema de olhar’, seu ‘esquema de pegar’ e seu ‘esquema de segurar’; Assimilação: Quando o bebê olha para um móbile acima de seu berço e depois estende a mão para ele. Para Piaget o bebê assimilou o móbile nos esquemas e olhar e alcançar; [...] a assimilação é um processo ativo; Acomodação: É quando o indivíduo tem o primeiro contato ou conhece algo novo. A acomodação se realiza quando esse novo conhecimento assimilado desestrutura e reorganiza nossos esquemas mentais já formulados ou cria novos esquemas. O processo de acomodação é a chave para o desenvolvimento. Ex: Quando aprendo novas palavras, eu gradualmente modifico (acomodo) meus conceitos e categorias..; Equilibração: refere-se ao processo de acomodar os novos conhecimentos aos antigos ou formular novos esquemas mentais. Ex: uma criança conhecendo os animais. Uma criança pequena vê um gato (animal de estimação da família), percebe que o animal tem quatro patas, anda de quatro, tem pêlos, bigodes e rabo. Ela brinca com o gato, toca nele, sente seus pelos e unhas. Cria um esquema para esse conhecimento – esquema “gato”. Mas, um dia, essa criança é levada ao zoológico e vê um cavalo. Ora, o cavalo tem quatro patas, anda de quatro, tem pelos, rabo etc. Mas o cavalo não é um gato. Esse novo conhecimento exige que a criança assimile a informação que nem todo animal de quatro patas é gato; Sensório-motor- Do nascimento até os 24 meses de vida. E a fase em que o bebê passa a conhecer o mundo que a cerca por meio de suas próprias ações que são controladas por informações sensoriais imediatas. Nessa fase uma criança enxerga a vida somente a partir de sua própria estrutura de referência, ou seja, é egocêntrica. O egocentrismo é diferente de egoísmo. O egocentrismo faz com que a criança pense que todos enxergam o mundo da sua maneira. Nesse estágio, a criança busca adquirir a habilidade verbal. Ela pode até nomear objetos, classificar e raciocinar figurativamente, mas ainda não consegue coordenar operações fundamentais. Nesse estágio, consegue lidar com coisas que experimentou, que conhece ou que pode ver e mexer, mas ainda não consegue manipular idéias abstratas ou possibilidades. Pré-operatório- Do 24º. mês de vida a seis anos de vida. Operatório concreto- Entre os seis e doze anos de vida. Operatório formal- Dos doze aos dezesseis anos. Nesse estágio, a criança tem capacidade de utilizar o raciocínio abstrato e sistemático. As deduções lógicas podem ser feitas sem o apoio de objetos concretos, significando que o pensamento dedutivo é muito presente na vida da criança nessa fase. O QUE É A CONSERVAÇÃO? A obra do psicólogo ressalta o papel da escola no desenvolvimento mental das crianças e é uma das mais estudadas pela pedagogia contemporânea. O psicólogo bielo-russo Lev Vygotsky (1896-1934) morreu há mais de 70 anos, mas sua obra ainda está em pleno processo de descoberta e debate em vários pontos do mundo, incluindo o Brasil. Aos professores interessa em particular os estudos sobre desenvolvimento intelectual. Vygotsky atribuía um papel preponderante às relações sociais nesse processo, tanto que a corrente pedagógica que se originou de seu pensamento é chamada de sociointeracionismo. Surge da ênfase no social uma oposição teórica em relação ao biólogo suíço Jean Piaget (1896-1980), que também se dedicou ao tema da evolução da capacidade de aquisição de conhecimento pelo ser humano e chegou a conclusões que atribuem bem mais importância aos processos internos do que aos interpessoais. Segundo a perspectiva histórico-cultural, a vivência em sociedade é essencial para a transformação do homem biológico em ser humano. Em outras palavras, para Vygotsky (2008), o ser humano só adquire as características humanas quando convive em sociedade. Vygostsky define a aprendizagem como um processo central no desenvolvimento humano, envolvendo a interação, em virtude de um processo de apropriação de conhecimentos, signos, valores, habilidades... COMO BRONFENBRENNER COMPREENDEU O DESENVOLVIMENTO? ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL DE ERIKSON Estágio I – Confiança versus Desconfiança (do nascimento aos 18 meses) Estágio II – Autonomia versus vergonha/dúvida (18 meses a 3 anos) Estágio III – Iniciativa versus culpa (3 a 6 anos) Estágio IV – Diligência versus inferioridade (6 a 12 anos) Estágio V – Identidade versus confusão de identidade/papel (12 a 18 anos) Estágio VI – Intimidade versus isolamento (19 a 40 anos) Estágio VII – Generatividade versus estagnação/ autoabsorção (meia-idade, 41 a 65 anos) Estágio VIII – Integridade versus desespero (velhice, após os 65 anos) TEORIA DO DESENVOLVIMENTO MORAL DE PIAGET ESTÁGIOS DE RACIOCÍNIO MORAL DE KOHLBERG DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL DURANTE OS ANOS PRÉ-ESCOLARES Os comportamentos pró-sociais são ações voluntárias para com os outros, como cuidar, compartilhar, confortar e cooperar. A pesquisa sobre as raízes do comportamento prosocial contribuiu para o nosso conhecimento sobre o desenvolvimento moral e social das crianças. Vários fatores parecem estar associados ao desenvolvimento de comportamentos pró-sociais (EISENBERG, 2001), incluindo os seguintes: • Técnicas disciplinares parentais que enfatizam as consequências do comportamento da criança para os outros e que são aplicadas dentro de uma relação pais-filhos afetuosa e responsiva. • Contato com adultos que indicam que esperam a preocupação com os outros, que informam às crianças que soluções agressivas para os problemas são inaceitáveis e que fornecem alternativas aceitáveis. DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL DURANTE OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Os anos iniciais do Ensino Fundamental dão a muitas crianças a primeira chance de se comparar com outras crianças e de trabalhar e brincar sob a orientação de adultos fora de sua família. Esses adultos devem proporcionar experiências que permitam às crianças ter sucesso, sentir-se bem consigo mesmas e manter seu entusiasmo e criatividade. A palavra-chave em relação ao desenvolvimento pessoal e social éaceitação. O fato é que as crianças diferem em suas habilidades; não importa o que os professores façam, e os alunos terão descoberto no final dos anos iniciais do Ensino Fundamental quem é mais capaz e quem é menos capaz. No entanto, você pode ter um impacto substancial na maneira como os alunos se sentem sobre essas diferenças e no valor que os alunos com baixo desempenho atribuem à aprendizagem, mesmo quando sabem que nunca serão as estrelas da classe. DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL DURANTE OS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Com base no trabalho de Erikson (1976), James Marcia (1991) identificou, a partir de entrevistas com adolescentes, os quatro estados de identidade que refletem o grau em que os adolescentes assumem compromissos firmes com valores religiosos e políticos, bem como com uma ocupação futura. 1. Pré-fechamento. Indivíduos em estado de pré-fechamento nunca experimentaram uma crise de identidade. Em vez disso, eles estabeleceram prematuramente uma identidade com base nas escolhas de seus pais, e não nas suas próprias. Eles assumiram compromissos ocupacionais e ideológicos, mas esses compromissos refletem uma avaliação por parte dos pais ou figuras de autoridade mais do que um processo autônomo de autoavaliação. O pré- fechamento indica um tipo de "pseudoidentidade" que geralmente é muito fixa e rígida para servir de base para enfrentar as crises futuras da vida. 2. Difusão de identidade. Os adolescentes que vivenciam a difusão de identidade não encontraram uma direção ocupacional nem um compromisso ideológico de qualquer tipo, e fizeram pouco progresso nessa direção. Eles podem ter passado por uma crise de identidade, mas não foram capazes de resolvê-la. 3. Moratória. Os adolescentes em estado de moratória começaram a experimentar escolhas ocupacionais e ideológicas, mas ainda não assumiram compromissos definitivos com nenhuma delas. Esses indivíduos estão diretamente no meio de uma crise de identidade e atualmente examinam opções alternativas de vida. 4. Identidade estabelecida. A identidade estabelecida significa um estado de consolidação da identidade no qual os adolescentes tomaram suas próprias decisões claras e conscientes sobre ocupação e ideologia. O indivíduo está convencido de que essas decisões foram tomadas de forma autônoma e livre e que refletem sua verdadeira natureza e seus profundos compromissos internos