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Tratamento cosmeticos

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DESCRIÇÃO
Disfunções faciais, corporais e capilares. Tratamentos cosméticos faciais, corporais e capilares.
PROPÓSITO
Apresentar os principais tratamentos cosméticos para diferentes disfunções estéticas de ordem facial, corporal e capilar, empregando os ativos cosméticos mais utilizados na prática clínica, bem como as novidades do mercado.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Reconhecer os possíveis tratamentos cosméticos para acne, envelhecimento e hiperpigmentação
MÓDULO 2
Listar os possíveis tratamentos para a gordura localizada, fibroedema geloide (FEG), estrias e flacidez
MÓDULO 3
Identificar os possíveis danos à fibra capilar e as principais doenças do couro cabeludo bem como os tratamentos cosméticos para cada uma dessas disfunções
INTRODUÇÃO
Neste conteúdo, vamos rever alguns conceitos das principais disfunções faciais, corporais e capilares que são causas recorrentes de procura por tratamento em clínicas e centros de estética. Nesse sentido, cabe pontuar que cada profissional de estética deve estar atento à sua competência técnica de modo que não realize tratamento sem ter respaldo legal.
Em todos os módulos, serão abordados os aspectos, as causas e as consequências de cada disfunção e/ou doença apresentada, de maneira a possibilitar a elaboração de protocolos mais indicados para cada caso, entendendo sempre que o programa de tratamento deve ser individualizado, ou seja, personalizado.  
Em estética facial apresentaremos propostas de protocolos ou programas pontuando diferentes e inovadores ativos disponíveis no mercado cosmético. Assim como, em estética corporal e capilar, abordaremos as possibilidades disponíveis no mercado de modo que você, aluno, possa refletir sobre esses importantes conceitos e aplicá-los na sua prática profissional.
MÓDULO 1
Reconhecer os possíveis tratamentos cosméticos para acne, envelhecimento e hiperpigmentação.
ACNE
VAMOS REVER ALGUNS CONCEITOS RÁPIDOS?
A acne é uma doença multifatorial, que ocorre em peles oleosas, acometendo a unidade pilossebácea da pele.
Alguns fatores podem ser predisponentes à acne tais como hereditariedade, estresse emocional, hormônios androgênicos, pressão e/ou fricção excessiva da pele, exposição a certos produtos químicos industrializados, cosméticos comedogênicos (que obstruem os poros) ou medicamentos, como esteroides anabolizantes, corticoesteroides tópicos e sistêmicos, anticoncepcionais orais, entre outros (CROMACK, 2020).
Além do fator genético, o fator hormonal também é muito importante, pois induz a hipersecreção sebácea que leva à obstrução dos folículos pilosos e à proliferação dos microrganismos.
A Propionibacterium acnes é a bactéria mais comum encontrada na acne, mas podem ser encontradas também a P. granulosum e, mais raramente, a P. parvum.
Foto: AdobeStock.com
De modo resumido, podemos explicar a evolução do quadro da acne a partir do aumento de sebo presente na pele, o qual estimula o crescimento de determinados microrganismos, dentre eles o gênero Propionibacterium.
Esses microrganismos começam a se proliferar dentro do ducto sebáceo, e os produtos de metabolização desse sebo promovem irritação e estimulação da proliferação de queratinócitos, a chamada hiperqueratinização.
O excesso de sebo e a melanina dos queratinócitos mortos são oxidados formando um ponto preto aprisionado no ducto, conhecido com comedão.
O aumento da produção de sebo, além de promover a obstrução do folículo pilossebáceo, desencadeia um processo inflamatório local que pode levar à formação de pápulas, pústulas, nódulos e cistos. As lesões podem variar de muito leves até as mais graves. Vamos relembrar, os graus de acne são: Grau I, Grau II, Grau III, Grau IV ou Conglobata, Grau IV ou fulminante.
Agora que já fizemos uma breve revisão dos principais conceitos de acne, vamos aos tratamentos cosméticos?
TRATAMENTOS ANTIACNE
Apesar de sabermos que o tratamento deve escolher ativos que atuem nas diversas fases da acne, em geral eles objetivam:
1. Controlar a hiperqueratinização.
2. Diminuição do sebo.
3. Redução da flora microbiana e a inibição da inflamação.
Dependendo do caso, o tratamento pode ser estético, cosmético ou terapêutico, onde o profissional de estética deve saber as limitações da sua atuação, podendo manipular somente peles com grau 1, sendo os demais de âmbito do dermatologista, que pode prescrever antibióticos sistêmicos ou tópicos. No entanto, o profissional de estética pode trabalhar em parceria com o médico, acompanhando a evolução do quadro, aliando o tratamento à limpeza, higienização e ao afinamento da pele.
 SAIBA MAIS
Muita atenção, lembre-se de que nem todos os tipos de acne podem ser tratados pelo esteticista, devendo ser tratados por um médico. Exemplos: acne grau II, acne grau III, acne grau IV ou conglobata e acne grau 5 e fulminante. É importante não catucar acne com processo inflamatório. Oriente o cliente a realizar uma consulta com um dermatologista.
Assim, a avaliação clínica da pele torna-se indispensável para estabelecer um tratamento individualizado.
	1
	HIGIENIZAÇÃO
	
	Em geral, os tratamentos operam com a higienização da pele como primeira etapa, a qual consiste na utilização de tensoativos menos agressivos, como os anfóteros, os quais têm propriedades como solubilidade, detergência, bom poder espumante e umectância, como as betaínas de coco.
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Outra classe importante são os não iônicos, que apresentam compatibilidade com a maioria das matérias-primas utilizadas em cosméticos, como os alquil poliglicosídeos e os lauril poliglicosídeos. Nessa etapa ainda é necessário evitar sabonetes com pH mais alcalino, pois eles irritam a pele e excipientes contendo corpos graxos para impedir maior oleosidade da pele.
	2
	ESFOLIAÇÃO
	
	A próxima etapa do tratamento comumente é a esfoliação, que visa refinar a camada córnea e diminuir a hiperqueratinização, atuando em um dos importantes pontos críticos da acne. A esfoliação pode ser física, química ou enzimática (Tabela 1).
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	Classe de esfoliantes
	Ativo cosmético
	Químicos (queratolíticos)
	Alfa-hidroxiácidos (AHA): ácido glicólico, mandélico, láctico, málico
Beta-hidroxiácidos (BHA): ácido salicílico
Poli-hidroxiácidos (PHA): gluconolactona e ácido lactobiônico
	Físicos/mecânicos
	Origem vegetal: pó de sementes de frutas (damasco, framboesa, amêndoas, oliva, guaraná, uva)
Origem mineral: pedras pomes em pó, areia e argilas
Origem marinha: pó de ostras, algas diatomáceas
Derivados orgânicos sintéticos: esferas de polietileno
Formadores de filme: álcool polivinílico e polivinilpirrolidona (PVP)
Carboidratos: açúcar mascavo e açúcar cristal
	Enzimáticos
	Bromelina (abacaxi); papaína (mamão)
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Tabela 1: Classes de esfoliantes e exemplos de ativos cosméticos.
Adaptado de SIMÃO et al. Cosmetologia Aplicada I. Porto Alegre: Sagah Educação S.A., 2019, pag 116.
	3
	EMOLIÊNCIA
	
	A terceira etapa de um protocolo para tratamento da acne é a emoliência.
Sabemos que nossa pele tem o pH ligeiramente ácido, o que mantém a estabilidade da flora cutânea e o fechamento dos óstios (poros). Assim, quando elevamos o pH da pele, existe uma ligeira abertura desses óstios, o que favorece a limpeza e a retirada dos comedões. Para essa etapa, normalmente o ativo mais utilizado é a base trietanolamina, mas extratos de camomila, calêndula, macadâmia e Aloe vera também podem ser associados para diminuir a agressão à pele.
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Devemos lembrar que o processo de extração mecânica nem sempre é necessário e o estado da pele do paciente deve ser levado em consideração, não sendo, portanto, indicado para lesões inflamatórias.
	4
	TONIFICAÇÃO
	
	A etapa seguinte é a tonificação da pele, ou seja, o reequilíbrio do pH. Os tônicos são produtos que utilizam substâncias ácidas para regular o pH entre 4, 5-5, 5, no entanto,algumas linhas de profissionais dermatologistas acreditam que a pele reequilibra o pH naturalmente, não necessitando dessa etapa de tonificação.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Mas é importante ressaltar que esses produtos, além do efeito tonificante, costumam agregar ações dependendo dos ativos que contiver, tais como sensação de frescor, hidratação, ação calmante ou efeito adstringente.
Em geral, o efeito adstringente vem associado em alguns produtos tônicos, onde estão presentes substâncias que têm a capacidade de proporcionar a contração da pele por meio do processo bioquímico de precipitação proteica, o que favorece o fechamento dos óstios e a regulação da secreção sebácea. Esses produtos podem ou não conter álcool (no máximo a 20%), mas costumam ser soluções aquosas acrescidas de agentes umectantes como glicerina, propilenoglicol ou sorbitol.
O tratamento da acne pode ser complementado com substâncias incorporadas em bases não oleosas com diferentes ações tais como cicatrizantes, anti-inflamatórias, antimicrobianas e antissépticas, secantes, adstringentes e antiseborreicas.
 As máscaras são excelentes formas cosméticas para essa etapa, podendo ser à base de:
1. Ceras
2. Gomas
3. Resinas Vinílicas
4. Hidrocoloides
As máscaras de argilas devem adequar ao tipo de lesão; inflamatória ou não inflamatória. O tratamento à base de máscaras dura cerca de 20 minutos, tempo necessário para permitir a permeação dos ativos.
Foto: AdobeStock.com
Atualmente, algumas máscaras contam com a nanotecnologia e têm ativos sob a forma nanoestruturada, que permitem maior permeabilidade dos ativos e aumentam a eficácia do tratamento. Após o tempo determinado, a máscara deve ser retirada para a finalização do processo, que pode contar com produtos também não oleosos com ativos secantes, calmantes e posterior utilização de filtro solar sob a forma de gel, em caso de tratamento diurno. Essa etapa é de suma importância para pessoas acometidas de acne, pois a luz solar estimula o aumento da secreção sebácea e consequentemente agrava o caso, comprometendo o tratamento.
	Ação cosmética
	Exemplos de ativos cosméticos
	Adstringente
	Hortelã pimenta, alúmen, hamamelis (taninos), sulfato de zinco e óxido de zinco
	Anti-inflamatório
	Alfa-bisabolol, bardana e camomila
	Antisseborreicos, absorventes e adsorventes
	Silicato de alumínio, enxofre, caolim, argila e bentonita
	Antissépticos
	Chá verde, hortelã e própolis
	Calmante
	Camomila e óleo essencial de lavanda
	Cicatrizante
	Alantoína, própolis, calêndula e babosa (Aloe vera)
	Hidratante
	Amora, manteiga de karité, ureia, sorbitol, alantoína e lactato de sódio
	Refrescante
	Babosa, alecrim e extrato de mentol
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Tabela 2: Exemplos de ativos utilizados para tratamento da acne por sua ação cosmética.
Adaptado de SIMÃO, Daniele et al. Cosmetologia Aplicada I. Porto Alegre: Sagah Educação, 2019, p. 116-117.
A Tabela apresenta os principais ativos cosméticos utilizados em cada etapa do tratamento da acne pelas suas diferentes classes, podendo-se destacar ativos como o ácido glicólico, alfa-hidroxiácido muito utilizado pelo seu poder renovador da camada córnea, que apresenta papel importante em peles com manchas decorrentes da acne, exercendo efeito clareador (Figura 1).
Figura 1: Estrutura do ácido glicólico.
Outro ácido muito utilizado é o ácido salicílico, beta-hidroxiácido capaz de atuar como queratolítico e auxiliar na limpeza profunda de comedões, sendo um dos ativos mais utilizados em produtos como sabonetes em gel para o tratamento da acne.                   
Já o ácido lactobiônico, ou ácido 4-O-beta-D-galactopiranosil-D-gluconico, é um poli-hidroxiácido composto de uma molécula de açúcar D-galactose e uma molécula de ácido D-glucônico ligada por uma ligação éter (FERREIRA, 2019) que, além do efeito esfoliativo, apresenta ação umectante. O que ocorre pois trata-se de uma molécula com hidroxilas capazes de reter água e, consequentemente, hidratar a pele, assim como é um potente antioxidante.
Imagem: FERREIRA, L.A., 2019. Braz. J. Nat. Sci. V.2 - N.2, pág 76.Figura 2: Estrutura do ácido lactobiônico.
O enxofre tem ação antisséptica, antisseborreica e queratolítica e vem sendo usado no combate à acne, em formulações mais clássicas como sabonetes em barra, mas também sob a forma de suspensões ou em gel. Devido ao seu odor característico, não é o ativo mais utilizado atualmente apesar de sua eficácia.
PLANTAS MEDICINAIS
Entre o universo das plantas medicinais encontra-se a Babosa (Aloe vera), que devido às suas mucilagens tem caráter extremamente hidratante e protetor, além de apresentar ações anti-inflamatória, antisséptica e cicatrizante.
Foto: AdobeStock.comImagem Ilustrativa para Aloe Vera.
O óleo essencial de Alecrim (Rosmarinus officinalis) também vem sendo alvo de formulações cosméticas como sabonetes líquidos para pele acneica por causa de sua ação antisséptica e antimicrobiana (CROMACK, 2020).
Os extratos de camomila e calêndula também vêm sendo utilizados em produtos de finalização ao tratamento da acne devido às suas ações anti-inflamatórias, sendo o primeiro ainda recomendado pela ação calmante e o último pela sua ação cicatrizante.
Atualmente, muitos cosméticos vêm sendo apresentados sob a forma ozonizada. Nesses produtos, o ozônio é veiculado em óleos, como o de oliva que, por ser o óleo com maior semelhança com os ácidos graxos da pele, reage com eles e libera a molécula de oxigênio. Essa, por sua vez, é aprisionada sob a forma de peróxido, com atividade antimicrobiana.
O óleo ozonizado é o ativo e pode ser incorporado em fórmulas mais leves como séruns e vem sendo muito indicado para tratamento da acne.
ENVELHECIMENTO CUTÂNEO
VAMOS REVER ALGUNS CONCEITOS BREVEMENTE!
ENVELHECIMENTO CUTÂNEO
O envelhecimento cutâneo é um conjunto de modificações fisiológicas irreversíveis e inevitáveis decorrentes do processo da vida e do desenvolvimento biológico. Ele apresenta como principais características a perda da função de barreira, o ressecamento da pele, a perda do viço, a presença de rugas e flacidez, manchas e possibilidade de tumores. Consiste em dois processos: o envelhecimento intrínseco e o envelhecimento extrínseco.
ENVELHECIMENTO INTRÍNSECO
O envelhecimento intrínseco é aquele esperado, previsível, inevitável e progressivo, influenciado pela genética, no qual as alterações fisiológicas estão na dependência direta do tempo na vida. Ocorre também na pele e é evidenciado pela diminuição da síntese de colágeno, elastina e outras macromoléculas; menor regeneração celular; diminuição das defesas antioxidantes; espessamento dos vasos; fibras de colágeno quebradiças e fibras de elastina fragmentadas.
	Epiderme
	Derme
	Outras alterações
	· Redução nas células de Langerhans
· Redução no número de monócitos
· Diminuição da síntese de melanossomas
	· Diminuição do colágeno
· Diminuição das fibras elásticas
· Diminuição dos fibroblastos e macrófagos
· Dilatação dos canais linfáticos
· Decréscimo da densidade e vascularização (próximo aos folículos pilosos e glândulas)
	· Queda de cabelo ou aparecimento de pelo
· Dificuldade de cicatrização e de reação às variações de temperatura
· Redução na síntese de vitamina D
· Aumento na produção de radicais livres, fragilização da junção derme-epiderme
· Redução do número das células epiteliais
· Perda de gordura subcutânea
· Alteração na função das glândulas sebáceas
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Tabela 3: Alterações na pele devido ao envelhecimento intrínseco.
Adaptado de SCOTTI, L.; VELASCO, M.V.R. Envelhecimento cutâneo à Luz da Cosmetologia- Estudo das alterações da pele no decorrer do tempo e da eficácia das substâncias ativas empregadas na prevenção. São Paulo: Tecnopress, 2003. p. 38-39.
Outra característica importante do envelhecimento é o decréscimo da fibronectina, proteína responsável por contrair e organizar o tecido conjuntivo, promover adesãocelular em eventual processo de cicatrização, reepitelização e pela integridade da junção dermo-epidérmica, sendo tida como marcador do envelhecimento cutâneo.
ENVELHECIMENTO EXTRÍNSECO
O envelhecimento também pode ser ocasionado por agressões que o organismo sofre do meio ambiente, denominado envelhecimento extrínseco, tendo como principais causas os poluentes ambientais, o álcool, o tabaco e o sol. Quando o envelhecimento é causado pela luz solar, ele é chamado de fotoenvelhecimento ou envelhecimento actínico, sendo esse um dos maiores fatores do envelhecimento cutâneo extrínseco e que se superpõe ao envelhecimento intrínseco.
O fotoenvelhecimento é causado pela exposição aos raios ultravioleta (UV) e pode provocar danos estruturais à pele, alterações na pigmentação cutânea, enrugamento e formação de radicais livres.
Os raios ultravioleta se dividem em UVA, UVB e UVC, sendo que o último não atinge a superfície terrestre, pois fica retido na estratosfera. Já os raios UVA e UVB são os que mais contribuem para o fotoenvelhecimento. Os raios UVA (320-400nanômetros) são os mais penetrantes e atingem a derme, causando o envelhecimento cutâneo. Os raios UVB (290-320 nanômetros), apesar de apresentarem menor penetração, são os responsáveis pela queimadura solar, bronzeamento lesivo, edema da pele, câncer de pele e as mais variadas reações de fotossensibilização.
Resumidamente, podemos dizer que as alterações histológicas em uma pele fotoenvelhecida apresentam as seguintes características:
· displasia epidérmica (atipia citológica);
· perda de polaridade queratinocítica;
· infiltrado inflamatório;
· diminuição do colágeno;
· aumento da elastose (degradação de fibras elásticas e colágenas); e
· crescimento anormal de fibras.
TRATAMENTOS ANTI-AGING (ANTIENVELHECIMENTO)
Os tratamentos cosméticos atuam no antienvelhecimento das seguintes maneiras:
· reforçam a defesa antioxidante;
· estimulam a renovação celular da pele;
· promovem hidratação da epiderme;
· oferecem fotoproteção;
· atenuam rugas; e
· estimulam a síntese de colágeno.
Dentre os ativos mais utilizados encontram-se:
	Vitamina C* (ácido ascórbico)
	Extratos vegetais ricos em flavonoides e vitamina C
	Vitamina E (α-tocoferol)
	Ácido alfa-lipoico (coenzima antioxidante)
	Dimetilaminoetanol (dmae)
	Alfa-hidroxiácidos (aha)
	Beta-hidroxiácidos
	Poli-hidroxiácidos
	Retinol (derivado da vitamina a)
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VITAMINA C* (ÁCIDO ASCÓRBICO)
Substância hidrossolúvel e termolábil, que atua como cofator para duas enzimas essenciais na biossíntese do colágeno, prevenindo a oxidação do ferro e, portanto, protegendo as enzimas contra a autoinativação, regulando também a síntese de colágeno tipo I e III, pelos fibroblastos.
EXTRATOS VEGETAIS RICOS EM FLAVONOIDES E VITAMINA C
Os quais atuam como antioxidantes, tais como: chá verde, alecrim, Ginkgo biloba, cavalinha, rosa mosqueta, etc.; bem como a combinação de óleo essencial do chá verde e óleo de rosa mosqueta com argilas.
VITAMINA E (Α-TOCOFEROL)
Vitamina lipossolúvel que tem importante papel, impedindo a peroxidação dos fosfolipídeos de membrana que conduzem a processos de polimerização com alteração das propriedades bioquímicas e mecânicas das células e a morte celular.
ÁCIDO ALFA-LIPOICO (COENZIMA ANTIOXIDANTE)
ativo que renova a superfície da pele, aumentando sua elasticidade, tônus e textura. Diminui a aparência de linhas, rugas, poros dilatados e cicatrizes. Modula a ativação do fator de transcrição NF-KAPPA-B e, consequentemente, evita a produção de substâncias químicas pró-inflamatórias chamadas citocinas que danificam a célula e aceleram o envelhecimento, auxiliando na redução e prevenção da formação de rugas e linhas de expressão.
DIMETILAMINOETANOL (DMAE)
Derivado de origem animal (peixe), apresenta excelente ação firmadora e tensora, a curto e longo prazos. Estudos clínicos demonstram aumento da firmeza da pele, aumento da firmeza na área dos olhos, melhora do contorno facial e diminuição das rugas ao redor dos olhos e lábios.
ALFA-HIDROXIÁCIDOS (AHA)
São encontrados em comidas e frutas, como metabólitos da via dos carboidratos na pele, ou sintetizados (atualmente mais utilizados). Os alfa-hidroxiácidos mais conhecidos são o glicólico, láctico, málico, tartárico, cítrico e mandélico. A seguir destacamos os mais utilizados:
· Ácido glicólico: possui a menor cadeia carbônica de todos os alfa-hidroxiácidos; penetrando mais rapidamente na pele. Atua diminuindo a espessura da pele por dissolver os desmossomas (prolongamentos citoplasmáticos que mantêm a união entre os corneócitos). Apresenta efeito esfoliativo, propiciando clareamento e estimulando síntese de colágeno. Auxilia a permeação de ativos e pode ser usado em qualquer parte do corpo. Mas em áreas mais sensíveis, como pescoço e colo, a concentração deve ser menor (2 a 3%). Encontrado em dermocosméticos em concentrações de 2 a 10% (pH mínimo de 3,5), ou como hidratante simples (pH 5-6,5).
· Ácido láctico (até 14%): Apresenta ação mais fraca como epidermolítico do que o ácido glicólico, mas provoca menos irritação e é muito utilizado nos processos xeróticos por sua ação queratolítica (2 a 5%). O lactato de amônio (sal correspondente) tem menor penetração, mas atua retendo água na superfície da pele (higroscópico). Proporciona renovação celular e aumenta a quantidade de glicosaminoglicanos.
· 
· Ácido mandélico: apresenta penetração mais lenta e um menor potencial de causar irritações na pele, sendo o ácido mais seguro para fototipos mais altos do que o ácido glicólico. Em virtude de suas propriedades antissépticas e anti-inflamatórias, ele é recomendado para o tratamento da acne. Além disso, o uso desse ácido em concentrações de 5 a 10% promove melhora significativa nas hiperpigmentações.
BETA-HIDROXIÁCIDOS
O representante mais conhecido e utilizado é o ácido salicílico, obtido da casca do salgueiro (Salix sp.) e sua ação é semelhante à dos alfa-hidroxiácidos, tendo ação esfoliante e queratolítica; atua melhorando a aparência da pele e estimulando a renovação celular.
POLI-HIDROXIÁCIDOS
Um dos representantes mais utilizados é o ácido lactobiônico, composto pela molécula de açúcar D-galactose e uma molécula de ácido D-glucônico ligadas por uma ligação éter. O mecanismo de ação do ácido lactobiônico é semelhante ao do alfa-hidroxiácidos, diminuindo a coesão entre os corneócitos, com descamação e afinamento da camada córnea. Por apresentar múltiplos grupos OH, é um potente hidratante. Além de apresentar ação antioxidante, o que combate os radicais livres gerados pela exposição UV, é um ativo que apresenta melhoria significativa de todos os parâmetros do fotoenvelhecimento.
RETINOL (DERIVADO DA VITAMINA A)
Utilizado na concentração máxima de 10 mil UI de vitamina A/g de produto acabado. Atua estimulando a proliferação e diferenciação dos queratinócitos da camada basal, promovendo a descamação do epitélio e a renovação celular, o que auxilia no tratamento de manchas decorrentes da exposição ao sol.
As se apresentam normalmente sob a forma de cremes, géis-creme, séruns, blends e boosters, podendo apresentar um ou mais ativos anteriormente representados ou novas propostas de ativos naturais, que vêm sendo muito pesquisados atualmente — tais como isoflavonas da soja, resveratrol da uva, polifenois de algas marinhas, dentre outros. Além disso, muitos desses produtos vêm utilizando a nanotecnologia como diferencial, cujos benefícios no antienvelhecimento são conhecidos, pois melhora a eficácia pelo aumento da permeação dos seus ativos.
                Outra novidade são os óleos ozonizados. Seus benefícios clínicos já são conhecidos há bastante tempo, no entanto, atualmente, começaram a ser utilizados e são muito recomendados na prática estética, por meio de cosméticos. Os óleos mais utilizados são os de girassol e de oliva e os produtos de oxidação que são gerados da reação do ozônio com os ácidos graxos dos óleos apresentam inúmeras atividades, tais como antimicrobiana, imunoestimulantee reparadora de tecidos. A ação antioxidante impede a degradação de fibras elásticas e ajuda a manter a tonicidade da pele, sendo uma ótima indicação para o tratamento anti-aging (MARTÍNEZ- SÁNCHEZ et al, 2012; GÓMEZ, 2010).
HIPERCROMIAS
As hipercromias são tipos de discromias, também denominadas hiperpigmentação ou hipermelanoses, e têm origem no aumento da produção de melanina pelos melanócitos, ocasionando o surgimento de regiões mais escuras do que a tonalidade natural da pele.
A busca pelo tratamento de hipercromias ou manchas de pele é uma das maiores queixas em clínicas de estética, onde o melasma e a hiperpigmentação pós-inflamatória ocupam lugar de destaque.
VOCÊ SABIA
As hipercromias têm causas diversas, tais como uso de determinados medicamentos (anticonceptivos, amiodarona e fluoxetina), alimentos (adoçantes-ciclamato e sacarina; oligoelementos-zinco e cobre), alterações hormonais (estrogênio, hormônios da tireoide ou da hipófise), cicatrizes, gestação ou acne. No entanto, a exposição ao sol é uma das principais causas, assim como é um fator de agravamento dos casos. A luz visível também é capaz de causar hipercromias, sobretudo em pacientes com predisposição genética. Portanto, o uso dos protetores solares, principalmente aqueles com tonalizantes, são ótimas indicações.
Para escolher o melhor tratamento, primeiramente, deve ser feita a avaliação correta do tipo do pigmento, da profundidade da mancha e do fototipo de pele a ser tratada. Somente dessa forma, e conhecendo o mecanismo de ação dos ativos despigmentantes no mercado, pode-se indicar o tratamento mais específico, seguro e eficaz. Essa etapa é realizada na anamnese do paciente.
 Para identificar o tipo de discromia e hipercromia e/ou a profundidade da mancha, o profissional pode lançar mão da lâmpada de Wood, a qual permite avaliar as características de extensão das lesões, de acordo com a fluorescência observada quando a lesão analisada é exposta à luz UV de baixo comprimento de onda (340-450nm).
 SAIBA MAIS
Discromias são alterações cutâneas provenientes da mudança na cor da pele, com menor pigmentação ou ausência parcial de pigmento, ou ainda, de um aumento na produção de pigmentação da pele.
VAMOS REVER ALGUNS CONCEITOS NECESSÁRIOS
SISTEMA MELANÓCITO-MELANINA
Antes de conhecermos os tratamentos despigmentantes, precisamos compreender como a melanina é sintetizada. Essa síntese ocorre dentro de organelas denominadas melanossomas, presentes nas células chamadas melanócitos.
Os melanócitos (Figura 3) encontram-se na camada basal da epiderme e, por meio dos seus prolongamentos dendríticos, penetram na camada Malpighiana, transferindo os melanossomas para os queratinócitos distribuídos nas camadas da epiderme dando coloração à pele.
Imagem: Shutterstocok.comFigura 3: Estrutura de um melanócito.
Para esse processo acontecer é necessária a presença de enzimas chamadas tirosinases.
O elemento inicial do processo biossintético da melanina é a tirosina, um aminoácido essencial. tirosina sofre atuação química da tirosinase, complexo enzimático cúprico-proteico sintetizado nos ribossomos, e é transferida por meio do retículo endoplasmático para o aparelho de Golgi, onde é aglomerada em unidades envoltas por membrana, formando os melanossomas. Na presença de oxigênio molecular, a tirosinase oxida a tirosina para DOPA (dioxifenilalanina), e essa para DOPAquinona.
 A partir desse momento, a presença ou a ausência de cisteína determina o rumo da reação para síntese de eumelanina ou feomelanina. Vejamos a imagem a seguir:
Imagem: Costa, Adilson. Tratado Internacional de Cosmecêuticos. Rio de Janeiro. Ed. Guanabara Koogan, 2012Figura 4: Atividade melanogênica normal e biossíntese da melanina.
Dessa forma, inibir a ação da tirosinase ou dificultar a migração da melanina formada para os queratinócitos faz parte do mecanismo da maior parte dos despigmentantes utilizados atualmente.
Outro mecanismo recentemente descoberto envolve a ação do mediador entotelina-1 (ET-1) na melanogênese.
Quando a pele sofre radiação UVB, uma reação inflamatória na pele é desencadeada, via mediadores químicos pró-inflamatórios como a ET-1, liberada pelos queratinócitos, a qual atua em diversos fatores, tais como a síntese da tirosinase, a proliferação, a migração e a formação de dendritos nos melanócitos.
Assim, um dos mecanismos propostos é a inibição da expressão de ET-1 para diminuição da síntese de tirosinase ou inibição da síntese ou atuação do melanócito.
Outro mecanismo de ação de alguns ativos despigmentantes é a diminuição da ligação da melanotropina ou α-MSH (hormônio melanócito estimulante) nos melanócitos.
Esse hormônio, quando se liga ao seu receptor, estimula a ação da tirosinase e consequentemente a produção de melanina.
Assim, quando se bloqueia a ligação do α-MSH, há uma diminuição na produção desse pigmento (VANZIN; CAMARGO, 2011).
O melanócito é uma célula de memória e, portanto, devido a mecanismos de gatilho, as manchas podem ser recidivantes e recorrentes.
Dessa forma, alguns tratamentos podem combinar ativos que atuem no clareamento da mancha, mas também há aqueles que tratam a causa do surgimento das manchas, se apresentando de forma mais eficiente, sobretudo nos casos de recidivas.
Dentre as hiperpigmentações, o melasma é a mais comum delas, bem como a hiperpigmentação pós-inflamatória. Além desses dois tipos, temos ainda a hiperpigmentação periorbital (HPO), conhecida popularmente como olheiras.
MELASMA
 É caracterizado por manchas hiperpigmentadas irregulares e simétricas localizadas nas regiões centro facial (63%), malar (21%), mandibular (16%) ou áreas próximas e pode ocorrer em 70% das mulheres na segunda metade da gestação.
Apesar de não ter uma origem determinada, pode estar relacionado à exposição à luz ultravioleta ou luz visível, hereditariedade, gravidez, uso de anticoncepcionais ou fatores hormonais.
O melasma pode ocorrer a nível epidérmico, dérmico ou ambos, adquirindo coloração marrom, cinza ou azulada. A forma dérmica ocorre devido à presença de melanófagos que fagocitam a melanina da epiderme e a levam para a derme, sendo mais difícil o tratamento.
COMENTÁRIO
Apesar de o melasma ser um problema de caráter predominantemente estético, é causa de transtornos psicossociais muito intensos ainda hoje, pois muitas pessoas desconhecem que essa disfunção tem tratamento (Figura 5). Assim, o profissional de estética apresenta um papel fundamental na sociedade, auxiliando no resgate da autoestima de seus pacientes.
 
Figura 5: Imagens antes e depois do tratamento do melasma.
HIPERPIGMENTAÇÃO PÓS-INFLAMATÓRIA
A hiperpigmentação pós-inflamatória ocorre após processos inflamatórios como picadas de inseto, pelos encravados, acne, cicatrizes, uso de ácidos sem proteção solar, ou reações alérgicas, surgindo com mais frequência em pessoas com fototipos mais escuros.
HIPERPIGMENTAÇÃO PERIORBITAL
A hiperpigmentação periorbital (HPO), conhecida popularmente como olheira, surge na região periocular, acomete as pálpebras e caracteriza uma disfunção do sistema vascular e da síntese de melanina. Pode atingir ambos os sexos e é uma alteração de grande incômodo, já que está na região de maior destaque da face, comprometendo a harmonia estética e o aspecto saudável da pele.
Alguns fatores podem estar envolvidos, como: genética, formação óssea, envelhecimento, estresse físico e emocional, exposição solar sem proteção, reações alérgicas (rinite e sinusite), ingestão de álcool e tabagismo.
Existem quatro tipos de olheiras:
Pigmentar (pelo aumento da produção de melanina)
Vascular (devido ao comprometimento na circulação sanguínea, que provoca a retenção de líquidos no local)
Pigmentar (pelo aumento da produção de melanina)
Mista (pigmentação associada à alteração vascular)
Ocasional (sombra provocada pela cavidade óssea ou associada ao cansaço)
Aliado à HPO, outro problema com causas bem parecidas com as das olheiras são as bolsas, que ocorrem devido à retenção de líquidos ou ao acúmulo de gordura nas pálpebras, sendo a genética o principal fator predisponente.Existem dois tipos de bolsas:
Por retenção hídrica (maleável)
Com gordura (compacta, dura e resistente)
Os tratamentos cosméticos atuam promovendo o estímulo do metabolismo cutâneo, por meio da síntese de proteínas de sustentação, e a drenagem local.
ATIVOS COSMÉTICOS DESPIGMENTANTES E PARA A ÁREA DOS OLHOS
Sabe-se que a hiperpigmentação é fruto de diferentes fatores, que vão desde a formação, passando pelo transporte até a deposição da melanina em diferentes camadas da pele. Portanto, o tratamento mais eficaz será aquele que combinar alvos distintos.
Alguns ativos são usados como despigmentantes para o tratamento do melasma, mas também nas hiperpigmentações periorbitais. A seguir, estão elencados alguns tratamentos despigmentantes e para a área dos olhos pelo seu modo de atuação.
DESPIGMENTANTES QUE ATUAM NA DEPOSIÇÃO DE MELANINA
O uso de alfa-hidroxiácidos, como os ácidos glicólico, láctico, mandélico, dentre outros, ou os poli-hidroxiácidos, como a gluconolactona e o ácido lactobiônico, são alternativas despigmentantes que atuam na retirada do pigmento já formado, pois são capazes de promover o peeling ou esfoliação superficial.
VOCÊ SABIA
O ácido mandélico (com cadeia de 8 carbonos) e os poli-hidroxiácidos são as melhores alternativas para fototipos mais altos, pois apresentam maior peso molecular e, portanto, uma penetração mais lenta e um menor potencial de causar irritações na pele.
Os alfa e os poli-hidroxiácidos não agem sozinhos nas manchas, porque não atuam na melanogênese, mas agem de forma coadjuvante aos despigmentantes que atuam sobre a formação e o transporte da melanina.
Os alfa-hidroxiácidos sob a forma de peelings químicos e os poli-hidroxiácidos vêm sendo utilizados para o tratamento de hiperpigmentações pós-inflamatórias decorrentes da acne.
DESPIGMENTANTES QUE ATUAM SOBRE A TIROSINASE E EM AÇÕES COMPETITIVAS
Entre os despigmentantes clássicos, temos a hidroquinona, que foi usada por mais de 50 anos em hiperpigmentações, como no melasma, e o ácido azelaico que, apesar de sua boa atuação sobre a tirosinase, atualmente tem seus usos restritos às indicações terapêuticas.
ARBUTIN
EXTRATO DA UVA-URSI
MELAWHITE
ALOENSINA
ARBUTIN
Outras opções semelhantes e com menos efeitos colaterais que a hidroquinona, por exemplo, são os seus derivados naturais que a substituem no mercado, como o arbutin, extraído das folhas da uva-ursi, precursor de hidroquinona para a pele. Age inibindo a tirosinase com reduzida irritabilidade e mínima possibilidade de hipopigmentação.
EXTRATO DA UVA-URSI
Além do arbutin e do extrato da uva-ursi, outros tratamentos cosméticos em que os ativos atuam sobre a tirosinase incluem o ácido kójico e o ácido fítico, sendo o primeiro uma excelente alternativa para o tratamento de fototipos mais elevados, especialmente quando associado com ácido fítico.
MELAWHITE
O Melawhite (extrato aquoso de leucócito) é uma solução de peptídeos que atua como inibidor competitivo específico da tirosinase, diminuindo a formação de melanina. Pode ser usado durante o dia, associado a filtros solares, em concentrações de 2 a 5%.
ALOENSINA
A aloensina, extrato derivado da Aloe vera, também atua como despigmentante por inibir competitivamente a oxidação da DOPA e não competitivamente a tirosina. Em associação com arbutin, inibe sinergisticamente a melanogênese induzida pela radiação UV, sendo normalmente utilizada na concentração de 1% (COSTA, 2012)
ATIVOS ANTIOXIDANTES
Os antioxidantes, como a vitamina C, ocupam um importante papel no tratamento despigmentante, pois além de impedirem a ação de radicais livres na pele, evitando danos a essa pele, estimulam a produção de colágeno pelos fibroblastos e inibem a melanogênese, causando clareamento da pele. Nesse aspecto, atuam especificamente na conversão da DOPA em DOPAquinona, por meio da interação com os íons de cobre no local ativo da tirosinase. Além disso, atuam reduzindo a velocidade das reações oxidativas envolvidas nessa e em outras etapas.
VITAMINA E
A vitamina E, potente agente antioxidante, também atua com ação antirradicais livres, além da ação hidratante. E é usada em emulsões cremosas e géis, em produtos para área dos olhos nas concentrações de 0,1 a 5%.
ÁCIDO FERÚLICO
O ácido ferúlico (nanoparticulado) encontrado em folhas e sementes de diversas plantas possui alta atividade antioxidante e anti-inflamatória. Ele age inibindo a oxidação, a qual conduz à melanogênese, sendo determinante no clareamento da pele e na uniformização da sua tonalidade, auxiliando em tratamentos despigmentantes, sobretudo na região periorbital, como no caso das olheiras.
ATIVOS REESTRUTURANTES E FIRMADORES DA PELE
RAFFERMINE
O Raffermine (extrato glicólico da soja) é muito utilizado em tratamentos de bolsas na região periocular, devido ao seu efeito firmador imediato e prolongado. É rico em polissacarídeos, os quais são metabolizados pelas células e mantêm a contração das fibras de colágeno, reestruturando a derme, além de proporcionar melhora da elasticidade cutânea por inibir a ação das elastases, e organizando as fibras colágenas.
HIDROXYPROLISILANE
O Hidroxyprolisilane (silício orgânico combinado com hidroxiprolina) estimula a biossíntese de colágeno e atua no processo de reorganização das fibras e na regeneração celular. O silício orgânico é fundamental na estrutura da pele, e a hidroxiprolina é um aminoácido abundante na proteína de colágeno, responsável por sua estabilidade e funcionalidade na sustentação dos tecidos (DE OLIVEIRA, 2018).
ARGILA AMARELA
A argila amarela também atua na elasticidade e flacidez cutâneas, pois é rica em silício (dióxido de silício), elemento estrutural das células, o qual catalisa a formação da base de colágeno da pele. Além desses, apresenta outros efeitos benéficos pela sua ação adstringente, remineralizante, hidratante, dentre outras, auxiliando no tratamento de bolsas e olheiras.
ATIVOS QUE ATUAM POR ABSORÇÃO E ADSORÇÃO DE PIGMENTOS
A argila branca ou caulim é basicamente composta de silicato de alumínio hidratado, resultante da alteração de rochas lavadas pela chuva. Atua como agente clareador por absorção e adsorção de pigmentos, sendo utilizada para o tratamento de manchas em peles sensíveis e delicadas. Além de ações cicatrizantes, remineralizantes e antissépticas, ela contribui para a eliminação de toxinas da superfície da pele e ativa a regeneração celular, pois possui nutrientes que combatem os radicais livres, ativam a regeneração celular e fortalecem o tônus da pele, agregando valor aos produtos que a contém.
Foto: AdobeStock.com
 SAIBA MAIS
Na adsorção, os pigmentos permeiam as partículas da argila; já na adsorção, esses pigmentos ficam na superfície das partículas
O tratamento de hiperpigmentações conta ainda com um novo ingrediente botânico (Belides®) obtido das flores de Bellis perennis (margarida comum), que atua praticamente em todas as etapas do processo de síntese da melanina, além de ter a capacidade de inibir ET-1 e reduzir a ligação do α-MSH aos seus receptores, diminuindo a produção de eumelanina. Belides também reduz a formação de radicais livres e exerce papel direto no clareamento de manchas pela redução da transferência dos melanossomas formados nos melanócitos para os queratinócitos, além de inibir a tirosinase.
TRATAMENTOS PARA HIPERPIGMENTAÇÃO
A especialista Cássia Batista vai exemplificar alguns tratamentos para hiperpigmentação. Vamos lá!
VERIFICANDO O APRENDIZADO
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1. (ENADE 2016 — TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMÉTICA)
GONCHOROSKI, D. D.; CÔRREA, G. M. TRATAMENTO DE HIPERCROMIA PÓS-INFLAMATÓRIA COM DIFERENTES FORMULAÇÕES CLAREADORAS. INFARMA: CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS, BRASÍLIA, V. 17, N. 3/4, P. 84-88, 2005 (ADAPTADO).
O MELASMA CONSISTE EM UMA DESORDEM PIGMENTAR DE ETIOLOGIA MULTIFATORIAL. A CONSULTA CLÍNICA PRÉVIA POSSIBILITA MELHOR DIRECIONAMENTO DOS PROTOCOLOS A SEREM DESENVOLVIDOS NOS CENTROS ESTÉTICOS OU CLÍNICAS DERMATOLÓGICAS, BEM COMO DOS COSMÉTICOS E MEDICAMENTOS A SEREM UTILIZADOS PELO PACIENTE. NESSE CONTEXTO, UM EXEMPLO DE PRINCÍPIO ATIVO CUJA AÇÃOÉ INIBIR AS TIROSINASES ENVOLVIDAS NO PROCESSO DE PIGMENTAÇÃO DA PELE É O ÁCIDO:
Glicólico
Ascórbico
Hialurônico
Salicílico
Kójico
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2. (ENADE 2016 — TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMÉTICA)
A ACNE REPRESENTA UMA CONDIÇÃO CLÍNICA QUE NÃO IMPLICA EM RISCO DE VIDA PARA A PESSOA, NO ENTANTO, O ASPECTO DA PELE E SEUS IMPACTOS NA IMAGEM PESSOAL PODEM CAUSAR UM INCÔMODO SIGNIFICATIVO. NA CONDUTA TERAPÊUTICA INICIAL PARA COMBATER A ACNE, DEVE-SE LEVAR EM CONTA A GRAVIDADE CLÍNICA DO TIPO DE LESÃO, E DEVE-SE VERIFICAR O PREDOMÍNIO DE LESÕES INFLAMATÓRIAS OU COMEDONIANAS. A CLASSIFICAÇÃO DA ACNE QUANTO À GRAVIDADE DAS LESÕES MOSTRA-SE ÚTIL PARA A DETERMINAÇÃO DA TERAPÊUTICA A SER ESCOLHIDA. APESAR DAS DIFICULDADES PARA O SUCESSO PLENO DO TRATAMENTO, VÁRIAS INTERVENÇÕES PROFILÁTICAS PODEM SER IMPLEMENTADAS A PARTIR DA IDENTIFICAÇÃO CORRETA DO GRAU DE LESÃO DA ACNE.
COSTA, C. S.; BAGATIN, E. EVIDÊNCIAS SOBRE O TRATAMENTO DA ACNE. DIAGNÓSTICO & TRATAMENTO, SÃO PAULO, V. 18, N.1, P. 10-14, 2013 (ADAPTADO).
CONSIDERANDO A CLASSIFICAÇÃO DA ACNE, AVALIE AS AFIRMAÇÕES A SEGUIR:
I. A ACNE GRAU I APRESENTA COMEDÕES, CUJA INCIDÊNCIA PODE DIMINUIR COM A UTILIZAÇÃO DE PROTOCOLOS DE HIGIENIZAÇÃO E LIMPEZA ADEQUADA DA PELE.
II. A ACNE GRAU II APRESENTA COMEDÕES E PÁPULAS INDIVIDUAIS COM DIMENSÃO DE ATÉ 5MM, INDICANDO-SE A LAVAGEM DA ÁREA AFETADA VÁRIAS VEZES AO DIA COMO UMA PROFILAXIA BASTANTE EFETIVA.
III. A ACNE GRAU III APRESENTA CISTOS E NÓDULOS ASSOCIADOS À POLIARTRALGIA E À LEUCOCITOSE, SENDO RECOMENDADO USO DE ISOTRETINOÍNA COM ACOMPANHAMENTO MÉDICO.
IV. A ACNE GRAU IV APRESENTA-SE NA FORMA CONGLOBATA COM NÓDULOS PROFUNDOS, PODENDO SER TRATADA COM ANTIBIÓTICOS ORAIS PRESCRITOS POR DERMATOLOGISTA.
É CORRETO APENAS O QUE SE AFIRMA EM:
I e II
I e IV
II e III
I, III e IV
II, III e IV
Parte inferior do formulário
GABARITO
1. (ENADE 2016 — TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMÉTICA)
GONCHOROSKI, D. D.; CÔRREA, G. M. Tratamento de hipercromia pós-inflamatória com diferentes formulações clareadoras. Infarma: ciências farmacêuticas, Brasília, v. 17, n. 3/4, p. 84-88, 2005 (adaptado).
O melasma consiste em uma desordem pigmentar de etiologia multifatorial. A consulta clínica prévia possibilita melhor direcionamento dos protocolos a serem desenvolvidos nos centros estéticos ou clínicas dermatológicas, bem como dos cosméticos e medicamentos a serem utilizados pelo paciente. Nesse contexto, um exemplo de princípio ativo cuja ação é inibir as tirosinases envolvidas no processo de pigmentação da pele é o ácido:
A alternativa "E " está correta.
o ácido glicólico e o ácido salicílico atuam por descamação, ou seja, retirando a camada mais externa da pele, onde o pigmento já está depositado, não interferindo na síntese da melanina. O ácido ascórbico ou vitamina C é um antioxidante e interage com os íons de cobre no local ativo da tirosinase, mas não inibe especificamente a enzima. O ácido hialurônico é uma glicosaminnoglicana com ação hidratante, sem atuação direta sobre as discromias. O ácido kójico é o único ácido apresentado com ação direta sobre as tirosinases, impedindo assim a formação de DOPA e DOPAquinona e consequentemente inibindo a formação de melanina.
2. (ENADE 2016 — TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMÉTICA)
A acne representa uma condição clínica que não implica em risco de vida para a pessoa, no entanto, o aspecto da pele e seus impactos na imagem pessoal podem causar um incômodo significativo. Na conduta terapêutica inicial para combater a acne, deve-se levar em conta a gravidade clínica do tipo de lesão, e deve-se verificar o predomínio de lesões inflamatórias ou comedonianas. A classificação da acne quanto à gravidade das lesões mostra-se útil para a determinação da terapêutica a ser escolhida. Apesar das dificuldades para o sucesso pleno do tratamento, várias intervenções profiláticas podem ser implementadas a partir da identificação correta do grau de lesão da acne.
COSTA, C. S.; BAGATIN, E. Evidências sobre o tratamento da acne. Diagnóstico & Tratamento, São Paulo, v. 18, n.1, p. 10-14, 2013 (adaptado).
Considerando a classificação da acne, avalie as afirmações a seguir:
I. A acne grau I apresenta comedões, cuja incidência pode diminuir com a utilização de protocolos de higienização e limpeza adequada da pele.
II. A acne grau II apresenta comedões e pápulas individuais com dimensão de até 5mm, indicando-se a lavagem da área afetada várias vezes ao dia como uma profilaxia bastante efetiva.
III. A acne grau III apresenta cistos e nódulos associados à poliartralgia e à leucocitose, sendo recomendado uso de isotretinoína com acompanhamento médico.
IV. A acne grau IV apresenta-se na forma conglobata com nódulos profundos, podendo ser tratada com antibióticos orais prescritos por dermatologista.
É correto apenas o que se afirma em:
A alternativa "B " está correta.
II- A acne grau 2, chamada de acne pápulo-pustulosa, apresenta não só pápulas, mas também pústulas e somente a higienização três vezes ao dia não seria o suficiente para o tratamento.
III- A acne grau 3, apesar de ser nódulo-cística, não precisaria tratar com isotretinoína, podendo recorrer ainda a outros ativos como antimicrobianos e anti-inflamatórios tópicos.
MÓDULO 2
Listar os possíveis tratamentos para a gordura localizada, fibroedema geloide (FEG), estrias e flacidez
LIPODISTROFIA GINOIDE
A lipodistrofia ginoide (LDG), também conhecida fibroedema geloide (FEG) ou simplesmente como celulite, é uma alteração no tecido subcutâneo que ocorre, em geral, na região das nádegas e coxas, na maior parte das vezes em mulheres, sendo uma das principais causas de insatisfação corporal.
A LDG inicia-se com a presença de adipócitos maiores, o que compromete a circulação e o retorno venoso e linfático, o que a difere da gordura localizada, levando ao acúmulo de líquido e toxinas no interstício, dando à pele o aspecto irregular característico da celulite. Veja a imagem a seguir:
Figura 6: Veja a diferença da pele com celulite (à esquerda) e da pele sem celulite (à direita).
A LDG apresenta como principais condições predisponentes a genética, fatores psicológicos, obesidade e sobrepeso, distúrbios circulatórios, gestação, tabagismo e uso de determinados medicamentos.
Ela é classificada em diferentes graus de acordo com o nível de comprometimento e observação:
GRAU I
GRAU II
GRAU III
GRAU IV
GRAU I
Latente ou assintomática, apenas com alterações histopatológicas iniciais.
GRAU II
Irregularidade no relevo cutâneo visível à compressão ou contração muscular, diminuição da temperatura e elasticidade da pele.
GRAU III
Aspecto de casca de laranja, nódulos frios e redução da elasticidade.
GRAU IV
Nódulos maiores e dolorosos, visíveis e palpáveis, aderidos a planos profundos.
Na LDG, ocorre ainda infiltração edematosa do tecido conjuntivo seguida de polimerização da substância fundamental que, infiltrando nas tramas, produz uma reação fibrótica consecutiva. Essa polimerização é resultante de uma alteração do meio interno, onde os mucopolissacarídeos que a integram sofrem um processo de geleificação, causando espessamento não inflamatório das capas subdérmicas e por isso o termo fibroedema geloide (KRUPEK;COSTA, 2012).
Entre as alterações típicas da celulite observam-se depressões e abaulamentos no relevo cutâneo, o que confere à pele um aspecto de casca de laranja, queijo cottage ou padrão acolchoado. Parece estar relacionado aos depósitos localizados de tecido adiposo e edema no tecido subcutâneo, mas, recentemente, foi demonstrado que os septos fibrosos têm papel importante. Veja a seguir:
Figura 7: Depressões e abaulamentos no relevo cutâneo, como pode ser visto nesta imagem, são alterações típicas da celulite.
Conhecemos alguns conceitos, agora vamos aos possíveis tratamentos.
TRATAMENTO COSMÉTICO TÓPICO DA LIPODISTROFIA GINOIDE
O tratamento tópico da LDG utiliza formulações com ativos sintéticos e fitoterápicos, bem como a associação entre eles. No entanto, a eficácia do tratamento é influenciada por fatores tais como aconcentração e distribuição do ativo, o veículo e a interação entre eles (ativos e veículo), bem como a permeação na pele do paciente e o método com o qual o produto é aplicado.
COMENTÁRIO
Algumas técnicas estéticas, como a massagem, favorecem e melhoram a permeação e a eficácia do tratamento, assim como produtos utilizando vetores nanoestruturados que favorecem a penetração de ativos, como lipossomas e nanopartículas.
Ea laborum nulla sint quis non sint id veniam elit pariatur mollit. Commodo exercitation reprehenderit eu ut cupidatat cillum nisi fugiat sint est est esse voluptate magna. Magna officia dolore eu in fugiat. Ativos que atuam na microcirculação.
Ativos que reduzem a lipogênese e estimulam a lipólise.
Ativos que atuam na estrutura da derme e do subcutâneo.
Ativos antioxidantes.
ATIVOS QUE ATUAM NA MICROCIRCULAÇÃO
Os principais representantes cosméticos dessa categoria são: Ginko biloba, extrato de Centella asiática, Ruscus melilotus, Silício, Carica papaya e Ananas sativus.
GINKGO BILOBA (GINKGO)
Espécie rica em flavonoides, biflavonoides e terpenos, atua como antagonista do fator ativador antiplaquetário (PAF), reduzindo a viscosidade do sangue e consequentemente melhorando a perfusão sanguínea periférica nos capilares e arteríolas. O extrato de G. biloba apresenta ainda ação antiedematosa, melhorando o retorno venoso e a circulação arterial local. Além disso, atua como potente antioxidante e vem sendo usado na concentração recomendada varia de 1 a 3%.
Foto: Shutterstock.comFigura 8: Folhas de Ginkgo biloba.
CENTELLA ASIÁTICA (CENTELHA ASIÁTICA)
O extrato de C. asiática estimula a drenagem linfática, bem como a atividade dos fibroblastos e a síntese de colágeno na matriz extracelular. Apresenta como principais componentes o asiaticosídeo, o ácido madecássico e o ácido asiático. O ácido madecássico, além dos efeitos circulatórios e na derme, apresenta ainda atividade anti-inflamatória.
Esse ativo vem sendo recomendado sob a forma de creme ou gel de 2 a 5%.
Foto: Shutterstock.comFigura 9: Folhas de Centella asiática.
RUSCUS MELILOTUS
Espécie rica em flavonoides e ácido hidroxicumarínico. O ativo possui princípios ativos que promovem o aumento da resistência dos capilares, diminuindo a permeabilidade vascular, auxiliando na redução do edema e melhorando a drenagem linfática. Seu extrato vem sendo utilizado de 1 a 3%.
SILÍCIO
É um componente estrutural dos tecidos conectivos que regula o metabolismo e a divisão celular. Age na capilaridade venosa e influencia na permeabilidade linfática, promovendo a melhora da microcirculação. Atualmente, vem sendo utilizado sob a forma nanovetorizada, como os silanois que promovem um aumento da permeabilidade. Como exemplo podemos citar o silanol (metilsilanol) reagido com hidroxiprolina de origem biossintética, o qual estimula a biossíntese do colágeno, colaborando com o aumento da sustentação e firmeza da pele.
CARICA PAPAYA (PAPAIA) E ANANAS SATIVUS (ABACAXI)
A fruta e as folhas dessas duas espécies apresentam efeito anti-inflamatório e antiedematoso e vêm sendo utilizadas na concentração de 2 a 5%.
LOREM IPSUM
Pertencente à família Compositae, que é rica em espécies com atividade anti-inflamatória. A Cynara scolymus atua na lipodistrofia devido à sua ação diurética e consequentemente contribui para a redução do edema, além da atuação na microcirculação.
Foto: Shutterstock.comFigura 10: Alcachofras frescas (Cynara scolymus).
MELILOTUS OFFICINALIS (TREVO AMARELO)
Essa espécie geralmente é recomendada no tratamento de pacientes com insuficiência venosa crônica e congestão linfática, devido à sua ação na redução da permeabilidade capilar e melhora da drenagem linfática.
VITIS VINIFERA (UVA ROSA)
Essa espécie tem ativos como leucocianidina e procianidinas, os quais melhoram a drenagem linfática e a microcirculação. Possui ainda ação antioxidante, além de auxiliar no tônus da pele, pois inibe a ação das elastases e das colagenases. Apresenta efeito protetor nos capilares e melhora a oxigenação dos tecidos.
HEDERA HELIX (HERA COMUM)
Essa espécie contém flavonoides e saponinas e atua na LDG pela redução do edema, da permeabilidade capilar e consequente melhora da drenagem venosa e linfática.
ATIVOS QUE REDUZEM A LIPOGÊNESE E ESTIMULAM A LIPÓLISE
As metilxantinas (cafeína, aminofilina e teofilina) são as maiores representantes desse grupo, sendo a cafeína a mais segura e a mais utilizada, em geral na concentração de 1 a 2%. Atua diretamente no adipócito, promovendo lipólise por meio da inibição da fosfodiesterase (capaz de converter AMPc em AMP, o que inibiria a lipólise). Apresenta ainda ação estimulante na microcirculação.
LIPOGÊNESE
LIPÓLISE
LIPOGÊNESE
Síntese de ácidos graxos e triglicérides, que serão armazenados subsequentemente no fígado e no tecido adiposo.
LIPÓLISE
Quebra das células de gordura.
 SAIBA MAIS
Os efeitos das metilxantinas podem ser aumentados pela associação com coenzima-A e o aminoácido L-carnitina, os quais induzem o transporte dos ácidos graxos por meio da membrana mitocondrial favorecendo a lipólise.
O extrato do fruto seco de Citrus aurantium também vem sendo usado por seu efeito lipolítico por meio da sua ação frente aos receptores β3-adrenérgicos e α2-adrenérgicos.
ATIVOS QUE ATUAM NA ESTRUTURA NORMAL DA DERME E DO SUBCUTÂNEO
Entre os ativos mais utilizados dessa classe encontra-se o retinol, o qual melhora a circulação, reduz o tamanho dos adipócitos e aumenta a deposição de colágeno na derme. Atua ainda estimulando a síntese de glicosaminoglicanos e colágeno, aumentando a espessura e a firmeza da derme.
COMENTÁRIO
O retinol também pode agir por meio da inibição da diferenciação de células precursoras de adipócitos, e assim reduzir a adipogênese.
ATIVOS ANTIOXIDANTES
Dentro dessa categoria, temos algumas vitaminas, como as C e E, que protegem as membranas da derme e do tecido subcutâneo contra a ação danosa dos radicais livres.
Os flavonoides e os taninos são outras categorias de antioxidantes muito utilizadas no tratamento da LDG. Eles também estão presentes no G. biloba e na V. vinifera, respectivamente.
O chá verde, rico em flavonoides, também começou a ser muito utilizado no tratamento da LDG, graças aos polifenóis presentes, em geral em associação a outros ativos.
 SAIBA MAIS
Muitos tratamentos combinam ativos que atuam de forma sinérgica, o que faz com que aumente a eficácia do tratamento, como por exemplo o creme à base de cafeína, chá verde, extrato de semente de pimenta preta, extrato cítrico, extrato de gengibre, extrato de casca de canela e Capsicum annum. Estudos mostraram eficácia superior do produto quando testado em pacientes frente ao placebo (COSTA, 2012).
ESTRIAS
As estrias são lesões visíveis na pele apresentando linhas de diferentes espessuras, normalmente causadas por danos à derme devido à intensa e/ou rápida distensão. Apresentam-se como estado de atrofia, devido à redução da atividade dos fibroblastos na matriz celular, com ruptura das fibras já existentes, e à desidratação cutânea. Assim, as peles mais secas e/ou com pouca nutrição têm maior predisposição para formação de estrias.
Em geral, as estrias se apresentam de forma simétrica e bilateral, com extensão de até 30cm e largura de 2 a 6cm.
Os fatores que podem influenciar o aparecimento de estrias são: o estiramento mecânico da pele; a hereditariedade; influências hormonais, como na puberdade e em fases de crescimento; gestação; obesidade; rápido ganho de peso ou massa muscular; doenças relacionadas a alterações hormonais, como na síndrome de Cushing; diabetes; lúpus; uso de determinados medicamentos, como os corticosteroides, dentre outros; sendo a desidratação cutânea também um fator predisponente.
FASES DAS ESTRIAS
A figura a seguir ilustra a sequência de aparecimento das estrias, onde o um estiramento, por exemplo, conduz à deposição de fibras elásticas e colágenas, de forma paralela na superfície, e inicia-se um processo inflamatório, que culmina com a epiderme se apresentando de forma atrófica e aplanada e a derme com fibras elásticas fragmentadase colágenas espessas, ambas dispostas longitudinalmente na pele.
Figura 11: Fases das estrias.
CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRIAS
Na fase inicial (com até um ano), as estrias se apresentam com coloração que variam do vermelho ao violáceo, sendo chamadas de rubras ou recentes, com linhas elevadas e alterações inflamatórias visíveis.
Com o passar do tempo, tornam-se branco-nacaradas, com superfícies atróficas, levemente enrugadas, como cicatrizes, sendo chamadas de albas ou antigas (com mais de um ano). As estrias mistas se apresentam como estrias antigas, com bordas eritematosas ou violáceas, por agravamento recente.
TAMANHO
RELEVO
TAMANHO
Segundo o tamanho, podem ser classificadas em finas ou estreitas, quando medem até 5mm de largura; e largas, quando se apresentam com mais de 5mm de largura.
RELEVO
De acordo com o relevo, se dividem em atróficas, quando se apresentam com relevo deprimido em relação à superfície cutânea; hipertróficas, com estrias em relevo elevado em relação à superfície cutânea; e planas, quando se apresentam sem alterações de relevo (Figura 12).
As estrias podem ocorrer de forma isolada, mas em geral estão associadas à flacidez acentuada, potencializando a aparência dessas alterações. Portanto, um tratamento combinado para estrias e flacidez pode proporcionar um resultado mais eficaz (SIMÃO et al., 2019).
Foto: CARVALHO, F.C.F. <em>Cosmetologia</em>. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017, pág 117.Figura 12: Estrias recentes, antigas e mistas.
TRATAMENTOS COSMÉTICOS ANTIESTRIAS
Os tratamentos cosméticos utilizados para as estrias visam à reestruturação da epiderme, no entanto exigem muita determinação e persistência do paciente. Além disso, as estrias mais recentes são aquelas que apresentam mais chance de sucesso.
ATIVOS HIDRATANTES E EMOLIENTES
Os ativos emolientes atuam na recuperação da hidratação da pele, pelo mecanismo de oclusão, impedindo a perda transepidérmica de água, além de contribuírem para a regeneração cutânea. São exemplos dessa classe, os óleos de amêndoas, sendo alguns dos mais conhecidos, principalmente entre as gestantes, os óleos de oliva, de abacate e de rosa mosqueta (rico em vitamina C).
ATIVOS ESTIMULANTES DA ATIVIDADE DOS FIBROBLASTOS
Entre os ativos mais indicados como estimulantes da atividade dos fibroblastos, e consequente da produção de colágeno, encontra-se o ácido hialurônico, um componente natural da derme, bem como a espécie Centella asiática, a qual apresenta ainda efeito antagônico aos glicocorticoides.
ATIVOS QUE MELHORAM A TEXTURA DA PELE
Os alfa-hidroxiácidos são os principais componentes dessa classe de ativos, sendo o ácido glicólico um dos mais utilizados para tratamento de estrias. Em geral associado à vitamina C, nas proporções de 20% e 5-15%, respectivamente, esses ácidos têm a capacidade de melhorar a aparência e a textura da pele. A vitamina C possui, ainda, atividade antioxidante.
ATIVOS ANTIOXIDANTES
O extrato de trigo apresenta propriedades antioxidantes, além de atuar na reepitelização da pele, ativando a síntese e a movimentação dos fibroblastos.
FLACIDEZ
A flacidez cutânea é resultado de alterações na estrutura do tecido conjuntivo de sustentação, representado pela matriz extracelular (fibras colágenas, elásticas e reticulares), que são responsáveis pelo tônus e elasticidade da pele.
O colágeno é a proteína mais abundante do organismo e um dos responsáveis pela formação de fibras de sustentação da pele. Divide-se em tipos, de acordo com sua morfologia e função (COSTA, 2012):
· Colágenos tipos I, II, III, V e XI: conferem resistência ao tecido e formam fibrilas.
· Colágenos tipos IX e XII: se associam às fibrilas e as ligam entre si e a outros componentes da matriz extracelular.
· Colágenos tipos IV: formam rede e conferem aderência.
· Colágenos tipo VII: ditos de ancoragem, prendem as fibras colágenas à lâmina basal.
Assim, a flacidez é resultado dos danos causados ao tecido conjuntivo, bem como dos efeitos gravitacionais e de mobilização do tecido subcutâneo, contrações musculares e demais processos decorrentes do envelhecimento, além de alterações metabólicas e hormonais, hereditariedade e obesidade.
Figura 13: Exemplo de flacidez no braço de uma mulher adulta.
A flacidez pode atingir todas as regiões do corpo, mas, em geral, as que apresentam maior impacto acometem a região dos glúteos e coxas, olhos e colo.
Para minimizar esses efeitos, alguns tratamentos cosméticos podem ser utilizados, no home care ou em associados a técnicas estéticas.
POSSÍVEIS TRATAMENTOS COSMÉTICOS PARA FLACIDEZ
	1
	Protocolos de tratamento preveem primeiramente a higienização da área a ser tratada.
	
	
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	2
	Posteriormente, indica-se uma esfoliação física e, na sequência, o uso de um agente firmador como o Raffermine à base de extrato hidrolisado de soja.
	
	
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COMENTÁRIO
O Raffermine atua como agente fortalecedor das estruturas moleculares da derme, firmador e tonificador da pele, aumentando a elasticidade dos tecidos, estimulando a retração dos fibroblastos para organizar as fibras de colágeno e proteger as fibras de elastina das enzimas que causam a flacidez.
	3
	Como etapa de finalização pode ser aplicado o filtro solar (COSTA, 2012).
	
	
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Outros agentes tensores derivados do trigo, como o Tensine, proveniente de proteínas de semente do trigo, e Liftline, obtido de frações especiais de proteínas do trigo, apresentam bons resultados no combate à flacidez e diminuição das rugas de expressão.
As argilas, por serem adsorventes, atuam com ação descongestionante, auxiliando na eliminação de líquidos e toxinas, além de apresentar propriedades hidratantes e tensoras. Dentre elas, a argila amarela tem grande importância na reconstrução dos tecidos cutâneos e conectivos. Apresenta efeito tensor, agindo na elasticidade da pele, além dos seus efeitos adstringente, remineralizante e de melhoria da circulação. Associada aos oligoelementos zinco, cobre e silício, auxilia na minimização dos efeitos de rugas e flacidez.
Os silanois, como o Cafeisilane C e o Hidroxyprolisilane, C  vêm sendo bastante utilizados no combate à flacidez cutânea, pois estimulam a produção de macromoléculas e recuperam a espessura e a densidade da pele, respectivamente.
Entre as opções mais clássicas, encontra-se o Dimetilaminoetanol (DMAE) ou, mais recentemente, o DMAE pidolato, ativo derivado do DMAE, em cuja estrutura encontra-se incluso o PCA (ácido carboxipirrolidônico). Esse produto apresenta propriedade de hidratar peles secas e flácidas, além de aumentar a firmeza da pele e diminuir linhas de expressão. Usado em cremes, loções e géis não iônicos, apresenta compatibilidade com outros agentes tensores tais como Tensine®, Liftiline®, Raffermine® (ITANO et al., 2015).
Outro aliado no combate à flacidez são os ativos antioxidantes, que protegem as membranas celulares e fortalecem a pele contra danos causados pelos radicais livres. Óleos vegetais ricos em vitamina E e ácidos graxos essenciais apresentam efeitos preventivos em relação à flacidez, assim como ativos hidratantes como o óleo de macadâmia (TANIKAWA, 2015).
Os óleos ozonizados de girassol e o azeite de oliva têm sido ótimas alternativas para os tratamentos de lipodistrofia, estrias e flacidez da pele, pois melhoram o aspecto da pele, auxiliam na cicatrização e têm ativos hidratantes e antioxidantes capazes de combater os radicais livres que causam a flacidez (OZONIOLINE, 2021).
VEM QUE EU TE EXPLICO!
PROTOCOLO DE TRATAMENTO PARA A LIPODISTROFIA GINOIDE
A especialista Cássia Batista apresenta um protocolo de tratamento cosmético para Lipodistrofia ginoide, associando produtos com diferentes mecanismos de ação e técnicas estéticas, como massagem modeladora, dentre outras e explica cada etapa.
Vamos lá!
VERIFICANDO O APRENDIZADO
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1. O TRATAMENTOTÓPICO DA LIPODISTROFIA GINOIDE (LDG) DIVIDE-SE EM QUATRO MECANISMOS, SENDO ELES: AGENTES QUE ATUAM NA MICROCIRCULAÇÃO; AGENTES QUE REDUZEM A LIPOGÊNESE E ESTIMULAM A LIPÓLISE; AGENTES QUE ATUAM NA ESTRUTURA DA DERME E DO SUBCUTÂNEO; E AGENTES ANTIOXIDANTES.
CONSIDERANDO OS MECANISMOS DE ATUAÇÃO DOS COSMÉTICOS PARA O TRATAMENTO DA LDG, AVALIE AS AFIRMATIVAS A SEGUIR:
I-A ESPÉCIE GINKGO BILOBA É RICA EM FLAVONOIDES, BIFLAVONOIDES E TERPENOS, ATUANDO APENAS COMO MECANISMO ANTIOXIDANTE.
II-O SILÍCIO É UM COMPONENTE ESTRUTURAL DOS TECIDOS CONECTIVOS, QUE ATUA NA MICROCIRCULAÇÃO PODENDO APRESENTAR MELHOR EFICÁCIA SOB A FORMA NANOVETORIZADA.
III-ENTRE OS AGENTES QUE ATUAM NA ESTRUTURA DA DERME E DO SUBCUTÂNEO, UM DOS MAIORES REPRESENTANTES É O ÁCIDO RETINOICO.
IV-MUITOS TRATAMENTOS COMBINAM ATIVOS QUE AGEM DE FORMA SINÉRGICA, MELHORANDO A EFICÁCIA DO TRATAMENTO, POIS PODEM ATUAR POR DIFERENTES MECANISMOS.
I e II
I e IV
II e IV
I, III e IV
II, III e IV
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2. AS ESTRIAS SÃO LESÕES VISÍVEIS SOB A FORMA DE LINHAS NA PELE, ONDE A DESIDRATAÇÃO CUTÂNEA PARECE SER UM FATOR PREDISPONENTE.
ANALISE ESTAS ASSERTIVAS E MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA:
I- OS ATIVOS EMOLIENTES ATUAM NA RECUPERAÇÃO DA HIDRATAÇÃO DA PELE, PELO MECANISMO DE OCLUSÃO, IMPEDINDO A PERDA TRANSEPIDÉRMICA DE ÁGUA, ALÉM DE CONTRIBUÍREM PARA A REGENERAÇÃO CUTÂNEA.
PORQUE
II- O ÓLEO DE AMÊNDOAS, APESAR DE SER MUITO CONHECIDO E UTILIZADO ENTRE AS GESTANTES, NÃO APRESENTA NENHUMA EFICÁCIA PARA A PREVENÇÃO DE ESTRIAS.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira.
As asserções I e II são proposições falsas.
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GABARITO
1. O tratamento tópico da lipodistrofia ginoide (LDG) divide-se em quatro mecanismos, sendo eles: agentes que atuam na microcirculação; agentes que reduzem a lipogênese e estimulam a lipólise; agentes que atuam na estrutura da derme e do subcutâneo; e agentes antioxidantes.
Considerando os mecanismos de atuação dos cosméticos para o tratamento da LDG, avalie as afirmativas a seguir:
I-A espécie Ginkgo biloba é rica em flavonoides, biflavonoides e terpenos, atuando apenas como mecanismo antioxidante.
II-O silício é um componente estrutural dos tecidos conectivos, que atua na microcirculação podendo apresentar melhor eficácia sob a forma nanovetorizada.
III-Entre os agentes que atuam na estrutura da derme e do subcutâneo, um dos maiores representantes é o ácido retinoico.
IV-Muitos tratamentos combinam ativos que agem de forma sinérgica, melhorando a eficácia do tratamento, pois podem atuar por diferentes mecanismos.
A alternativa "C " está correta.
I- A espécie G. biloba, além de atuar como agente antioxidante, atua também na microcirculação, pois age como antagonista do fator ativador antiplaquetário (PAF), reduzindo a viscosidade do sangue e consequentemente melhorando a perfusão sanguínea periférica nos capilares e arteríolas.
III- Dentre os agentes cosméticos que atuam na estrutura da derme e no subcutâneo, o retinol é um dos maiores representantes. Sua forma ácida (ácido retinoico) não é permitida em produtos cosméticos.
2. As estrias são lesões visíveis sob a forma de linhas na pele, onde a desidratação cutânea parece ser um fator predisponente.
Analise estas assertivas e marque a alternativa correta:
I- Os ativos emolientes atuam na recuperação da hidratação da pele, pelo mecanismo de oclusão, impedindo a perda transepidérmica de água, além de contribuírem para a regeneração cutânea.
PORQUE
II- O óleo de amêndoas, apesar de ser muito conhecido e utilizado entre as gestantes, não apresenta nenhuma eficácia para a prevenção de estrias.
A alternativa "C " está correta.
O óleo de amêndoas, assim como os óleos de oliva, de abacate, e de rosa mosqueta, são ativos emolientes e hidratantes, atuando pelo mecanismo de oclusão, impedindo a perda de água transepidermal e auxiliando na prevenção de estrias.
MÓDULO 3
 Identificar os possíveis danos à fibra capilar e as principais doenças do couro cabeludo bem como os tratamentos cosméticos para cada uma dessas disfunções
COURO CABELUDO E HASTE CAPILAR: CARACTERÍSTICAS E FUNÇÕES
O couro cabeludo é a pele que reveste o crânio humano e vai desde a linha nucal posterior (região posterior da cabeça) até as margens supraorbitárias (os supercílios). Lateralmente, se estende desde as fossas temporais até os arcos zigomáticos.
 SAIBA MAIS
Um couro cabeludo normal é aquele que tem uma produção de sebo adequada, bem como a lubrificação do escalpo e a porção proximal da haste sem deixá-lo com aspecto brilhoso e pesado.
A haste capilar é o cabelo propriamente dito e divide-se em três camadas queratinizadas: cutícula, a camada mais externa e delgada, que confere proteção; córtex, que é a estrutura intermediária mais grossa do pelo, que confere elasticidade e resistência; e medula, que é a estrutura mais interna, e que não apresenta função definida.
Foto: Shutterstock.com
O fio de cabelo se origina de uma estrutura denominada folículo piloso, a qual é formada por invaginações da epiderme em direção ao interior da derme, podendo se estender até a hipoderme.
Foto: Shutterstock.com
O couro cabeludo contém aproximadamente 100 mil folículos pilosos, sendo que cada fio de cabelo é gerado por um folículo diferente e possui três fases no ciclo de crescimento:
FASE 1
 Anágena, na qual o pelo se alonga sem parar e dura cerca de 3 anos.
FASE 2
Catágena, em que a formação do pelo e a melanogênese são interrompidas, e dura cerca de 3 semanas.
FASE 3
Telógena, na qual o pelo morto é eliminado e um novo pelo é formado, entrando na fase anágena. Essa última fase dura cerca de 3 meses.
O crescimento dos fios é de aproximadamente 1cm/mês, e pode-se perder até 150 fios por dia, sendo considerada uma queda normal. Além disso, o couro cabeludo sadio não apresenta nenhuma descamação aparente nem prurido (coceira) ou sensibilidade. No entanto, alguns fatores podem influenciar disfunções no couro cabeludo, tais como hormônios, predisposição genética, nutrição e estado emocional, que podem causar a queda capilar, descamações, oleosidade excessiva, dentre outros (KUPLICH et al., 2018).
VOCÊ SABIA
O couro cabeludo apresenta como principais funções secretar oleosidade por meio das glândulas sebáceas e transpirar a partir das glândulas sudoríparas, além da função queratógena.
A oleosidade e o suor produzidos guardam estreita relação com a saúde capilar, pois tanto o excesso de oleosidade pode resultar em queda do cabelo quanto o ressecamento pode tornar os cabelos quebradiços e sem resistência. Falhas no processo de queratinização também podem tornar os cabelos oleosos e frágeis.
A renovação celular no couro cabeludo dura cerca de 14 dias, mas esse tempo pode ser diferente em função de alterações como inflamações. Nesses casos, as células mortas podem se acumular e a descamação passa a ser visível.
Essa e outras situações que alteram a fisiologia do cabelo e do couro cabeludo, bem como o crescimento dos fios, constituem algumas das disfunções capilares.
PRINCIPAIS DOENÇAS DO COURO CABELUDO E DANOS NA FIBRA CAPILAR
Apesar das mudanças de paradigma em termos de estética capilar na atualidade, sabe-se que os cabelos ainda apresentam uma importância significativa na aparência, na imagem pessoal e na autoestima das pessoas, sendo, para algumas, uma questão de extrema importância. Portanto, as disfunções do couro cabeludo constituem queixas frequentes em pacientes que buscam tratamentos estéticos.
Imagem: Shutterstock.comFigura 14: Diferentes problemas relacionados ao cabelo e ao couro cabeludo e ilustrações de tratamento.
DERMATITE SEBORREICA
Popularmente conhecida como caspa, é a doença mais comum do couro cabeludo, geralmente associada ao estresse emocional eà presença de fungos, como Malassezia sp. É caracterizada pela excessiva oleosidade no couro cabeludo, associada à inflamação, que causa vermelhidão e sensibilidade no couro cabeludo, e descamação, que forma crostas que podem gerar ferimentos.  Pode ocorrer de forma aguda ou subaguda, assim como pode se tornar uma afecção crônica.
TRATAMENTOS COSMÉTICOS
Os tratamentos cosméticos para a dermatite seborreica baseiam-se no controle da oleosidade, atividades anti-inflamatória e antimicrobiana. Entre os ativos mais conhecidos e utilizados podemos citar os seguintes:
BIOEX CAPILAR
Complexo vegetal enriquecido com aminoácidos e mucopolissacarídeos, que atua intensificando a biossíntese dos queratinócitos, regulando assim a secreção sebácea, além da ação antisséptica e antiqueda.
BIOTINAB8
Composto por aminoácidos e peptídeos sulfurados, e pelo complexo vitamínico do grupo B, atua regulando a secreção sebácea, com ação suavizante, além de adstringente natural. Possui ação antipruriginosa, devendo ser usado com massagens e sem enxague. Utilizado sob a forma de xampus, loções hidroalcóolicas, cremes e loções cremosas.
ARGILAS
Que são uma mistura de diferentes elementos originários do alumínio, silicatos e hidróxidos coloidais, além de ferro, potássio, enxofre e cálcio, dentre outros, que são importantes para a saúde do couro cabeludo e dos cabelos. Possuem atividade absorvente, cicatrizante, purificante, anti-inflamatória e antisséptica e atuam mecanicamente promovendo esfoliação do couro cabeludo.
Entre as argilas, a mais utilizada em estética capilar é a argila verde, que no tratamento da dermatite seborreica atua normalizando a produção excessiva da oleosidade, além de contribuir para a redução da proliferação de microrganismos pela sua ação antimicrobiana. 
A argiloterapia, muitas vezes, é associada à aromaterapia e, nessa disfunção, a mistura de argila verde com óleo essencial de melaleuca ocupa lugar de destaque, e apresenta atividades cicatrizantes, anti-inflamatórias e antifúngicas (JUSTINA; LOEFF, 2018).
As argilas também frequentemente são associadas a outros óleos essenciais, como: alecrim, que auxilia na limpeza do couro cabeludo, além de estimular a circulação e atuar no combate a infecções; bergamota, que possui atividades antisséptica e adstringente; lavanda, que tem atividade adstringente e cicatrizante e atua equilibrando a oleosidade e estimulando renovação celular; sálvia, que estimula o crescimento capilar, atuando como agente antisséptico, sendo muito indicada também nos casos de alopecia.
ÁCIDO SALICÍLICO
ÁGUAS TERMAIS
ÁCIDO SALICÍLICO
O ácido salicílico, um beta-hidroxiácido com propriedades queratolíticas, antifúngica e bactericida, que auxilia na desobstrução dos folículos capilares e promove uma leve esfoliação no couro cabeludo. Vem sendo utilizado sob a forma de xampus, favorecendo a penetração e auxiliando na remoção das sujidades dos cabelos e couro cabeludo (CAVALETTI; PATIAS, 2020).
ÁGUAS TERMAIS
As águas termais também vêm sendo muito utilizadas sob a forma de máscaras e hidratantes, xampus e mousses, devido ao seu alto conteúdo de enxofre, o qual possui atividade antiseborreica. Aliado a isso, essa fonte de oligoelementos apresenta ação nutritiva, melhorando as defesas do couro cabeludo e protegendo-o contra agressões do ambiente, ajudando na hidratação e revitalização celular.
Alguns protocolos de tratamento de dermatite seborreica preveem o uso da associação da argila verde com água termal, formando uma pasta cremosa que pode ser aplicada nos fios e no couro cabeludo, devendo permanecer até secagem, sendo removida com auxílio de xampu neutro. Esse tratamento inclui massagem no couro cabeludo, estimulando a circulação local e potencializando os efeitos dos cosméticos aplicados.
Outras propostas sugerem a associação de técnicas estéticas como alta frequência, que atua no lugar da massagem, também estimulando a circulação, juntamente com esfoliação física e óleo de melaleuca, que devem ser retirados com auxílio de xampu neutro. Sugere-se ainda a lavagem dos cabelos com xampu de ácido salicílico e a finalização com condicionador contendo ativo Bioex® para cabelos oleosos (MATIELLO et al., 2019).
Os protocolos variam de acordo com a gravidade do caso, podendo-se lançar mão de uma diversidade de ativos e técnicas associadas. Esses devem ser realizados por profissionais habilitados, e o paciente deve ser orientado a evitar outros produtos que possam interferir no tratamento, mas deve ser incentivado a fazer uso home care de ativos cosméticos destinados ao manejo da dermatite seborreica capilar, de modo a potencializar os resultados dos protocolos.
ALOPECIA
A alopecia é uma disfunção caracterizada pele perda temporária ou permanente dos cabelos, em consequência de alterações no folículo piloso. Possui diferentes causas e denominações, cujas mais conhecidas são:
ALOPECIA AREATA
Uma doença inflamatória crônica do folículo piloso, com causas multifatoriais, na qual fatores genéticos e autoimunes estão envolvidos. Nessa disfunção, os fios começam a cair, e pode ser total, onde todos os cabelos caem, ou universal onde todos os pelos do corpo caem.
Imagem: shutterstock.comFigura 15: Imagem de homem com alopecia areata.
ALOPECIA ANDROGENÉTICA (AAG)
Pode afetar homens e mulheres, mas é mais comum nos homens. É definida pela diminuição da densidade dos cabelos pela ação da diidrotestosterona (DHT), resultado da transformação do hormônio testosterona pela enzima 5α-redutase, alterando o ciclo capilar do indivíduo predisposto geneticamente a ter alopecia androgenética (Figura 16).
Imagem: Adaptado de Cavalcanti, C.P. 2015Figura 16: Mecanismo da alopecia androgenética.
Nas mulheres, a região mais acometida é a central, podendo estar associada ao período menstrual, à acne, à obesidade, dentre outros fatores, enquanto nos homens as regiões mais afetadas são a coroa e a região frontal.
Alguns fatores justificam a AAG acometer mais homens que mulheres:
· A enzima 5α-redutase existe em quantidade três vezes maior em homens.
· A enzima aromatase existe em quantidade maior nas mulheres. Essa enzima é responsável por converter testosterona em estrona e estradiol, e consequentemente havendo menor quantidade de DHT.
EFLÚVIO TELÓGENO
É uma condição que se caracteriza pelo aumento da queda diária de cabelo, principalmente após penteá-los. O tratamento visa aumentar o período da fase anágena, visto que essa disfunção ocorre na fase telógena.
ALOPECIA CICATRICIAL
É um tipo de alopecia que não responde a tratamentos estéticos, pois é causada por uma fibrose no couro cabeludo, atingindo o folículo piloso.
TRATAMENTOS COSMÉTICOS PARA ALOPECIA
Os objetivos dos tratamentos das alopecias que podem ser tratadas com cosméticos visam favorecer a microcirculação local, aumentar a taxa de crescimento celular, bem como fortalecer os fios e aumentar o período da fase anágena. Entre os ativos que atuam por esses mecanismos e são utilizados, podemos citar:
	Auxina Tricógena®
	Biominerals Coper
	Vitamina B6
	Argilas
	Outros Ativos
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AUXINA TRICÓGENA®
A Auxina tricógena® é um extrato de tussilagem (Tussilago farfara), milefolio (Achillea millefolium) e quina (Cinchona officinalis), com ação tônica e nutriente para o bulbo capilar. Vem sendo utilizada em uma concentração de 8 a 10% em xampus e loções capilares.
BIOMINERALS COPER
O Biominerals coper é um complexo com peptídeos e cobre orgânico, que estimula o bulbo capilar, sendo indicado na prevenção da queda de cabelos. É encontrado em tônicos, xampus e condicionadores, em concentrações de 2 a 10%.
VITAMINA B6
A Vitamina B6, também conhecida como piridoxina, é uma coenzima que interfere no metabolismo das proteínas, gorduras e triptofano, auxiliando no crescimento de cabelos.
ARGILAS
As argilas também possuem papel fundamental nos protocolos de tratamento para as alopecias, pois são ricas em elementos minerais, repondo substâncias necessárias aos fios e estimulando o seu crescimento. Para