Buscar

Afecções do sistema digestório

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Afecções do sistema digestório 
Anatomia 
✓ Cavidade oral 
✓ Língua 
✓ Glândulas salivares 
✓ Faringe 
✓ Esôfago 
✓ Estomago 
✓ Intestino delgado 
✓ Intestino grosso 
✓ Reto e ânus 
✓ Fígado 
✓ Pâncreas 
Prefixos e sufixos 
 Tomia: significa incisão, abertura de parede ou órgão. 
 Stomia: significa fazer uma nova boca, comunicar um órgão tubular ou oco com o exterior. 
Cria uma comunicação com o meio externo e deixar aberto 
 Ectomia: significa retirar parcial ou totalmente um órgão 
• O esôfago transporta alimento, água e saliva da faringe ao estômago 
→ Esofagostomia: remoção de parte ou de todo o esôfago 
→ Esofagotomia: realizado em pequenos animais com fins diagnósticos e/ou terapêuticos 
→ Esofagostomia: é a confecção de uma comunicação do esôfago com a pele, formando um "estoma" 
• A cirurgia esofágica pode ser indicada caso a função seja interrompida 
• A cirurgia do esôfago é sempre contraindicada, se der para não fazer é a melhor escolha 
Diagnóstico 
• Histórico 
• É necessário distinguir vomito de regurgitação 
• Regurgitação: processo passivo, alimento não digerido e saliva, expulsão passiva do alimento, o 
reflexo central que causa expulsão do alimento 
• Vômito: processo ativo, precedido por salivação, espasmos de vomito 
vigoroso e contrações abdominais 
• Sinais clínicos: regurgitação, disfagia, tosse, dispneia, ptialismo, 
febre, apetite alterado e perda de peso 
• Se o animal apresentar pneumonia por aspiração deve ser tratada 
antes de qualquer cirurgia 
Radiografia 
• Não visível normalmente em cães e gatos normais 
• Corpo estranho, dilatação esofágica com gás ou líquido, fluido peri 
esofágico, opacidade por gás ou pneumonia aspirativa 
> Sulfato de bário em pasta – processos obstrutivos 
> Contraste iodado – se houver suspeita de perfuração esofágica 
Endoscopia 
• Massas ou corpos estranhos 
• Obstruções por neoplasia, hérnia de hiato ou inflamação 
• Lesões na mucosa do esôfago, biópsias e retirada de copos estranhos (não indica endoscopia com 
corpo estranho pontiagudo ou em caso de lesão) 
Anatomia cirúrgica 
• Esôfago começa na faringe 
• A faringe está localizada no meio - começa na linha média 
• Porção cervical e torácica 
proximal – esquerda 
• Após bifurcação traqueal 
ligeiramente para direita 
• Se lateraliza para o lado esquerdo e volta para linha média 
• Próximo ao coração ele é mais para o lado direito 
• Quando entra na cavidade abdominal ele entra mais esquerdo 
Camadas do esôfago 
→ Mucosa - submucosa- muscular - adventícia 
→ A camada submucosa da sustentação para o esôfago e deve estar em todas as suturas 
→ Estriações lineares na mucosa em toda extensão em cães 
Tratamento cirúrgico 
• Corpos estranhos, perfurações, neoplasias e obstruções 
• O acesso vai depender de acordo com a região do esôfago lesionada 
Anatomia cirúrgica 
• Esôfago cervical: abordado na linha média cervical ventral 
• Esôfago torácico na base do coração: abordador toracotomia lateral direita 
• Esôfago cranial ou caudal ao coração: toracotomia esquerda 
• Esôfago abdominal: celiotomia 
Esofagectomia parcial ou Esofagotomia 
• Deve-se evitar a dissecção extensiva para preservar a vasculatura 
• A tensão excessiva pode causar deiscência 
• Ressecção de mais 3 a 5 cm tem um maior risco de deiscência 
• Associar técnicas para liberação de tensão 
 Importante - remover segmentos desvitalizadas ou doentes do esôfago somente como última 
opção 
• Oclusão e estabilização do esôfago com os dedos médio e indicador ou pinça atraumática (pinça de 
Doyen) 
• Na esofagectomia os pontos de fixação devem estar igualmente espaçados de cada extremidade do 
esôfago 
• Manter aposição e alinhar as extremidades transeccionadas 
• Esofagotomia realiza a incisão longitudinal 
• Suturar as extremidades entre si, com uma ou duas camadas de sutura 
→ Mucosa e submucosa e submucosa, muscular e adventícia 
• Verificar a integridade do fechamento pela oclusão do lúmen com injeção de solução salina, 
aplicada sob pressão e observação da presença de extravasamento 
Técnicas de suporte e tamponamento 
• Auxílio vascular e suporte mecânico que podem auxiliar o processo 
• Musculo esterno-hioideo, esternotereóideo, intercostal, diafragma ou epaxial 
• Omento pode ser trazido por uma abertura no diafragma 
Esofagostomia 
• Tubos de alimentação são colocados no esôfago médio cervical 
• A extremidade fica posicionados rostrais a junção 
gastresofágica para reduzir refluxo 
> Após retirado o tubo a incisão cicatriza por segunda intenção 
1. Faz a medição do comprimento da sonda 
2. Incisão esofágica 
3. Passagem da sonda até o esôfago (7º ao 9º espaço intercostal) 
4. Sutura na pele e da sonda com bailarina 
Cicatrização do esôfago 
• O esôfago está sempre em movimento devido deglutição e respiração 
• Não suporta distensão longitudinal excessiva 
• A maior complicação é a deiscência 
• Necessário o uso de pinças e tesouras delicadas 
• Fazer o uso de fios monofilamentares absorvíveis ou inabsorviveis 3-0 ou 4-0 
Cuidados pós cirúrgicos 
• Evitar alimentação por via oral de 24 a 48 horas 
• Iniciar ingestão hídrica e alimento líquido, deixando o alimento mais pastoso de maneira gradual, 
se não houver êmese e regurgitação 
• Usar sonda de gastrotomia se não for possível alimentação em 48 a 72 horas 
> Complicações: infecção, regurgitação, pneumonia, esofagite, deiscência, fistula, estenose, 
recidiva da doença 
→ Gastrotomia: 
→ Gastrectomia parcial: retirada parcial do estomago 
→ Gastrostomia: abertura no estômago que é exteriorizada na pele, realizada durante uma cirurgia, 
para administrar alimentos 
→ Gastropexia: é a fixação do estômago para prevenir deslocamentos viscerais 
→ Pilorectomia (gastroduodenostomia ou Gastrojejunostomia) 
Indicações 
• Remoção de corpos estranhos 
• Corrigir dilatação vólvulo-gástrica 
• Ulcerações gástricas ou erosões 
• Neoplasias 
• Obstruções benignas na saída gástrica 
Pontos relevantes 
• Doença gástrica pode causar vômito (intermitente, ou profuso e contínuo) 
• Anorexia 
• Hematêmese – erosões ou ulcerações gástricas 
• Peritonite com perfuração gástrica 
• Pneumonia aspirativa grave 
Anatomia cirúrgica 
• Cardia, fundo, corpo, antro pilórico, canal pilórico e ostio pilórico 
• Ostio cardíaco 
• O fundo está dorsal a cardia, facilmente identificado em radiografias 
por conter gás 
• Corpo: terço medial - dorsal aos lobos esquerdos do fígado 
• A mucosa gástrica é a maior parte do estomago, facilmente separável 
da submucosa 
• Camadas do estômago: Mucosa → Submucosa → Muscular → Serosa 
• Artéria gástrica – curvatura menor 
• Artéria gastroepiplóica – curvatura maior 
• Derivam da artéria esplênica e celíaca 
• Vasos gástricos menores – emergem da artéria esplênica – grande curvatura 
Tratamento cirúrgico 
• Frequentemente realizada, principalmente para retirada de corpos estranhos 
• Estenose e obstruções também são raras 
> Jejum pré cirúrgico é essencial para que o estomago esteja vazio 
Gastroscopia 
• É a remoção cirúrgica de corpos estranhos 
• Buscar úlceras e erosões 
• Biópsias da mucosa gástrica – normalmente suficiente 
1. Incisão pela linha média do processo xifoide até o púbis 
2. Inspecionar todos os componentes abdominais 
3. Isolar o estômago dos demais com compressas úmidas 
4. Pontos de fixação para auxiliar a manipulação e evitar extravasamento gástrico 
5. Incisão na área hipovascular, ventral do estômago, entre curvaturas maior e menor 
6. Incisão com bisturi e estender com tesoura 
7. Sucção do conteúdo gástrico 
• Sutura absorvível em padrão invaginante em duas camadas 
1ª Serosa, muscular e submucosa na primeiras pontos simples contínuos ou 
Cushing 
2ª Serosa e muscular na segunda Cushing ou Leimbert 
Considerações importantes 
• Sempre substituir o material cirúrgico contaminado para a manipulação de 
outrotecido ou sutura da parede abdominal 
• Deve-se checar todo sistema gastrointestinal devido risco de outros corpos 
estranhos ou alterações 
Gastrectomia Parcial ou Invaginação 
• Indicada quando há necrose, ulceração ou neoplasias 
• A necrose pode estar associada a dilatação vólvulo gástrica 
• Invaginação não requer abertura do lúmen gástrico 
• Extensão da necrose é avaliada: pela coloração da serosa, textura da parede gástrica, patência 
vascular, sangramento após incisão (sangue é vida) 
> Normalmente fino ao toque 
> Cinza-esverdeado a preto 
• Se houver dúvidas quanto a viabilidade tecidual, ele deve ser removido ou invaginado 
• Dano a mucosa pode predispor ulcerações 
• Complicações secundárias a falha podem resultar em perfuração, peritonite e morte 
> Melena é comum após a invaginação 
1. Para a remoção da curvatura maior do estômago: ligar vasos gastroepiploicos esquerdos ou vasos 
curtos 
2. Cortar o tecido necrótico deixando uma margem de tecido saudável com sangramento ativo para 
sutura 
3. Sutura com padrão invaginante em duas camadas sutura com fio absorvível 2-0 ou 3-0 
> Mesmo padrão que a gastrotomia 
Gastrostomia 
• Possibilita a manutenção de aporte nutricional por ingestão 
de alimento, em pacientes com impossibilidade por via oral 
• Ingestão diretamente no trato gastrintestinal 
• Longos períodos 
• Cirugicamente (linha média ou paracostal) ou via 
percutânea guiado por endoscopia 
• Sondas de látex são mais baratas, durabilidade de 8 a 12 
semanas -> Pezzer em forma de cogumelo 
• Sondas de silicone possuem um tempo de vida superior (6 a 
12 meses) 
• Cateter de Foley é contraindicado 
• Os tubos são colocados no meio do corpo do estômago entre 
as curvaturas maior e menor 
• Caudal à última costela na parede abdominal ventrolateral 
• Estômago deve descansar em uma posição natural quando o 
cão estiver esternal 
Gastropexia 
• É a fixação do estômago para prevenir deslocamentos viscerais 
• Indicações: DVG (antro pilórico à parede abdominal direita) e hérnia de hiato (fundo à parede 
abdominal esquerda) 
 
Pilorectomia com gastroduodenostomia – Billroth I 
• Tem indicação em casos de neoplasia, obstrução do fluxo de saída causada por hipertrofia 
muscular pilórica ou ulceração de mucosa local da via de saída gástrica 
• Objetivo: remover o tecido lesionado benigno, ou se for 
maligno remover o tecido envolvido no antro ou corpo do 
estômago, corrigir a piloroplastia (se for sido realizada 
anteriormente) e manter o fluxo luminal adequado 
• Se o ducto biliar comum estiver danificado faz-se 
colecistoduodenostomia ou colecistojejunostomia 
• Se os ductos pancreáticos forem ligados é necessário fazer a 
suplementação com enzimas pancreáticas 
• O fechamento pode ser feito em uma ou duas camadas 
• Indicado quando a anastomose do antro pilórico com o 
duodeno não for possível 
• É necessária colecistojejunostomia ou colecistoduodenostomia 
• Insuficiência exócrina pode ocorrer se os ductos pancreáticos estiverem danificados 
• Ressecção pancreática ou dano grave ao suprimento sanguíneo pancreático pode causar doenças 
endócrinas 
Pilorectomia com gastroduodenostomia – Billroth II 
• Se a extensão da lesão não possibilitar a anastomose do antro polirico com o duodeno será 
necessária a técnica de Billroth II 
• Semelhante ao Billroth I 
• Estômago distal e o duodeno proximal são fechados, e o jejuno é fixado com uma anastomose 
lateral no estomago 
• Primeiras ingestões devem ser pequenas e frequentes 
• Devem ser lavados com água e tampados após cada refeição 
• Período mínimo de 5 a 7 dias 
• Peritonite por extravasamento de conteúdo é a principal complicação 
• Remoção direta – retirada e curativo na ferida de um a dois dias 
Cicatrização do estômago 
• A extraordinária irrigação sanguínea 
• Número reduzido de bactérias (acidez do suco gástrico) 
• Rápida regeneração epitelial 
• Os mecanismos de defesa promovidos pelo omento permitem a rápida cicatrização gástrica 
Cuidados pós-cirúrgicos 
• Oferecer alimentação 12 horas após a cirurgia se não houver vomito 
• Pinças traumáticas e bisturi elétrico devem ser evitados 
• Sangramentos: pressão leve normalmente é suficiente 
• Fios de sutura absorvíveis monofilamentares (fortes, resistência tecidual mínima e força tênsil de 
10 dias) 
Complicações: vômito, anorexia, peritonite secundaria ao extravasamento intra-operatório ou pós-
operatório, ulcerações, obstrução da saída gástrica e pancreatite 
→ Enterotomia: incisão no intestino 
→ Enterostomia 
→ Enterectomia: é a remoção de um segmento do intestino 
→ Enteroanastomose: consiste em ligar um segmento do intestino a outro 
→ Enteropexia 
Indicações 
•Obstruções gastrointestinais (CE e massas) 
• Trauma (perfuração, isquemia) 
• Mau posicionamento 
• Infecções 
• Diagnóstico ou suporte (biópsias, cultura, citologia e tubos de alimentação) 
• Diagnóstico: histórico + sinais clínicos + exame físico + exames complementares 
• Os sinais clínicos variam de acordo com a localização e causa da afecção 
• Inespecíficos: perda de peso, diarreia, vômito, depressão, dor abdominal e choque 
• A mucosa é a camada de maior sustentação e é necessário sempre englobar ela nas suturas 
Exames complementares 
• Hematológico e bioquímico: desidratação, desiquilíbrio acido-base (secundário a vômito, 
diarreia, sequestro de fluidos) 
• Investigar doenças sistêmicas concomitante 
• Radiografia simples: padrões anormais de gás ou fluidos, massas, corpo estranhos, fluidos 
anormais ou vísceras deslocadas - Duas projeções (LL e VD) 
• Radiografia contrastada: corpo estranho, obstruções, deslocamentos anormais, espessamento 
anormal da parede, padrões irregulares da mucosa distorção da parede intestinal 
> Suspensão de bário micropulverizada 
> Contraste iodado ou ioexol quando houver suspeita de perfuração 
Ultrassonografia abdominal 
• Massas intestinais ou abdominais que estejam promovendo alteração intestinal 
• Espessamento da parede abdominal (normal 2-3 mm de espessura), aparência e simetria das 
camadas 
• Peristaltismo 
• Padrão do conteúdo intestinal (gás, muco e fluido) 
• Consegue avaliar as 5 camadas da parede intestinal 
• Auxilia na escolha de biopsia por endoscopia ou por cirurgia 
> Intestino com aparência uniforme – biopsia endoscópica 
> Alterações nas paredes que não estejam no alcance da endoscopia faz a cirurgia 
Endoscopia 
• Visualização e biopsia 
• Gastroduodenoscopia: duodeno e jejuno proximal 
• Colonoileoscopia: Ileo 
Anatomia cirúrgica 
• Intestino tem 5x o comprimento do corpo no cão 
• Duodeno mais fixo 
• Piloro à direita da linha média - 25 cm 
• Ducto biliar comum e ducto pancreático se abrem nos primeiros pouco centímetros 
• Papila duodenal maior e duodenal menor respectivamente em cães 
• Jejuno – maioria das espirais intestinais e inicia-se a esquerda da raiz mesentérica 
• Íleo – mede 15 cm e possui o vaso antimesenterico 
• Linfonodos mesentéricos 
• Artéria celíaca e mesentérica cranial 
• Camadas intestinais: Mucosa → submucosa → muscular → serosa 
• A mucosa é a camada de maior sustentação 
• Não faz a sutura em dois planos para não causar estenose que pode gerar uma diminuição do 
lúmen 
Princípios indicações da cirurgia intestinal 
• Correções de obstruções devem ocorrer após 12 horas do diagnostico, a fim de reestabelecer os 
desequilíbrios 
• Cuidado com risco de necrose isquêmica ao longo do tempo 
• Animais com processo obstrutivos apresentam sinais clínicos muito ruins, deve ser diagnostico o 
processo obstrutivo e é necessário que haja a melhora desses sinais para entrar em cirurgia 
• Porém em alguns casos (ex. obstrução por perfuração) não consegue fazer essa melhora e a 
cirurgia precisa ser feita com emergência 
1. O tecido sofre isquemia porque tem lesão da parede 
2. O alimento não consegue passar e começa a ter êmese e eruptação(arroto) 
3. Há perda de bactéria e líquido para cavidade abdominal 
• A incisão é feita pelo local com menos 
• Perfurações, vólvulos, peritonites devem ser submetidos a cirurgia tão logo seja estabelecido o 
diagnóstico 
Indicações cirúrgicas de urgência e emergência 
• Injuria penetrante (ex. perfuração por corpo estranho penetrante) 
• Identificados grandes números de neutrófilos 
• Bactérias na efusão abdominal 
• Bolhas de gás extra luminais nos exames de imagem 
• Dilatações e torções 
• Intussuscepção 
Princípios da cirurgia intestinal 
• A avaliação da parede intestinal após isquemia promovendo necrose: coloração (rósea a 
vermelha), textura da parede. Peristaltismo, pulsação das artérias e sangramento quando incisado 
> Realizar a ressecção quando a viabilidade for questionável 
Biópsias 
• Endoscópico flexível: menos invasiva, permite visualização e biopsia da mucosa e pequena 
porção da submucosa 
• Somente duodeno, jejuno muito limitado 
• Laparotomia exploratória: biopsias de espessura total 
• Permite avaliação completa do sistema 
gastrointestinal 
• Porém mais caras, mais invasivas e não 
identificam lesões multifocais de mucosa 
Enterotomia 
• É feita em casos de biopsias e retirada de corpo 
estranho 
1. Acesso pela linha média 
2. Exteriorizar e isolar o intestino desejado com colocação de compressas úmidas 
3. Ordenhar o conteúdo intestinal 
4. Auxiliar irá ocluir o lúmen com dedo médio e indicador ou pinça de Doyen 
5. Acesso na borda antimesenterica com bisturi - Metzenbaum 
6. Excisão de amostra de 4 a 5 mm ou incisão no tecido aparentemente saudável distal ao corpo 
estranho 
7. Sutura com pontos simples interrompidos 
8. Todas as camadas da parede intestinal 2 mm das 
margens e 2-3 mm entre si 
• Fio de sutura monofilamentar e absorvível 
• Se a albumina do paciente estiver menor < 2 d/dl – 
usar fios não absorvíveis, pois a cicatrização do animal 
estará mais lenta 
• Manter a oclusão luminal 
• Preencher e distender o lúmen com solução salina 
estéril 
• Aplicar leve pressão digital 
• Fazer mais pontos caso ocorra extravasamento 
• Omentalizar linha de sutura 
• Trocar instrumental e luvas para fechar o abdômen 
Enterectomia + Enteroanastomose 
• Exploração abdominal e identificação do intestino 
doente 
• Importante: outros procedimentos devem ser feitos 
anteriormente 
• Exteriorizar e isolar intestino com compressas 
cirúrgicas 
• Ligadura dupla na arcada de vasos mesentéricos 
• Ocluir o lúmen com dedos ou pinça de Doyen 
• Colocar pinças (traumáticas) na porção intestinal que será excisada 
1. Transecção intestinal com lâmina de bisturi ou tesoura Metzenbaun 
2. Fio de sutura monofilamentar absorvível ou não absorvíveis (nas peritonites) 
3. Pontos simples descontínuos 
4. Iniciar pela face mesentérica (espaçar 2-3 mm distantes entre si) 
• Manter a oclusão luminal 
• Preencher e distender o lúmen com solução salina estéril 
• Aplicar leve pressão digital 
• Fazer mais pontos caso ocorra extravasamento 
• Omentalizar linha de sutura 
• Trocar instrumental e luvas para fechar o abdômen 
Cicatrização 
• Depende de boa irrigação sanguínea 
• Aproximação facilitam a rápida cicatrização 
• Suturas invaginantes e evaginantes retardam a cicatrização intestinal e podem causar estenose 
maior 
• Tensão, hipovolemia, uso de corticosteroides podem prejudicar o processo cicatricial 
Cuidados pós cirúrgicos 
• Individualizados de acordo com a necessidade de cada indivíduo 
• Analgésicos 
• Cuidados para que não haja vomito 
• Oferecer água de 8 a 12 horas da cirurgia 
• Se não houver vômito deve iniciar ingesta de alimentação liquida, alternando para pastosa com o 
passar dos dias 
• Antibioticorerapia profilática 
• Monitoração constante dos sinais clínicos 
• Complicações: Choque, extravasamento, deiscência, perfuração, peritonite, estenose, recidiva e 
morte 
Prognóstico 
• Depende da extensão e local da ressecção 
• Evitar excisões mais extensas – revisão 2-3 dias de IC 
• Preservar ileocecolica, evita que bactérias colônicas acessem o intestino delgado 
→ Colopexia: adesão permanente entre as superfícies serosa do cólon e da parede abdominal 
→ Colectomia: remoção parcial ou total do colón 
→ Tiflectomia 
→ Colostomia 
Indicações 
• Obstrução (tumores, intussuscepções e massas granulomatosas) 
• Perfuração (corpo estranho com pontas afiladas) 
• Inércia colônica 
• Inflamação crônica 
Diagnóstico 
• Exame físico 
• Colón é normalmente palpável no abdômen dorsocaudal 
• Massas podem ser diferente de fezes 
• Forma e simetria da pelve 
• Espessura da mucosa 
• Massas no canal pélvico 
• Massas intraluminais 
• Estenoses distais 
• Aspecto das fezes 
• Sinais clínicos: tenesmo, disquesia, sangue fresco nas fezes e muco nas fezes 
Exames complementares 
• Exames hematológicos e séricos sem alterações 
• Radiografia simples 
• Evacuação do cólon melhoram a visualização 
• Megacólon 
• Enemas contrastados com bário (dilatações constrições, espessamentos, defeitos de 
preenchimento, doenças infiltrativas, compressão extraluminal, massas intraluminais, 
intussuscepções e vólvulos) – muito trabalhoso 
• Ultrassonografia abdominal 
> Espessura da parede do intestino grosso 
> Camadas da parede 
> Simetria da parede 
> Peristaltismo 
> Ecogenicidade da parede intestinal 
• Colonoscopia 
> Segura e mais sensível que outros exames 
> Biopsia da mucosa 
Anatomia cirúrgica 
• Ceco - cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente e reto 
• Camadas intestinais: Mucosa → submucosa → muscular → serosa 
Irrigação sanguínea 
• Arteria ileocólica (ramo da artéria mesentérica cranial e caudal) 
• Ramos maiores cursam paralelos ao intestino 
Inervação 
• Nervos vago e pélvico suprem colón – parassimpático 
Princípios da cirurgia intestinal 
• Semelhantes ao intestino delgado 
• Avaliação da parede semelhante ao intestino delgado 
• Porém deiscência das incisões são mais prováveis 
Biópsias 
• Celiotomia 
> Biópsias de espessura total devem ser evitadas a não ser que 
sejam absolutamente necessárias 
• Coloscopia 
> Biópsia da mucosa e quantidade generosa da submucosa – 
método de escolha 
Colectomia – ressecção e anastomose 
• Excisão de massas colônias ou para o tratamento de megacólon 
• 70% do colón pode ser ressecado em animais (mais tolerável em 
gatos) 
• Fezes pastosas é a principal complicação da colectomia subtotal (90 a 95%) 
• Evitar em cães 
1. Explorar todo o abdômen através da celiotomia 
2. Isolar cuidadosamente o intestino doente com compressas 
3. Avaliar região que será excisada 
4. Ligadura dupla de todos os vasos dos vasa reta 
5. Não ligar os vasos cólicos maiores que cursam paralelos a borda mesentérica do intestino 
6. Colectomia subtotal – ligar vasos cólicos 
7. Ocluir lúmen com dedos indicados e médio ou pinças de Doyen para reduzir a contaminação 
• Sutura semelhante ao intestino delgado 
• Se houver tensão no local da anastomose: duas camadas 
1ª mucosa e submucosa 
2º Submucosa, muscular e serosa 
Colopexia 
• “Adesão permanente entre as superfícies serosa do cólon e da parede 
abdominal” 
• Utilizada para evitar a recidiva do prolapso de reto 
• Não se faz necessária a penetração da sutura no lúmen colônico 
1. Localizar colón descente e tracionar cranialmente para reduzir 
prolapso de reto 
2. Incisão longitudinal de 3 a 5 cm ao longo da borda antimesentérica do 
colón descendente distal (serosa e muscular) 
3. Mesma incisão na parede abdominal esquerda 2,5cm lateral à linha 
alba (peritônio e musculatura abdominal) 
4. Sutura das bordas com duas fileiras de pontos simples contínuos ou 
interrompidos – incluir submucosa na sutura 
• Fio monofilamentar absorvível ou inabsorvível 2-0 a 3-0 
Cicatrização 
• Semelhante ao intestino delgado, porém mais lenta 
• Força tênsil também émaior 
• Mais provável ocorrer deiscência 
Fatores que influenciam a cicatrização 
• Boa irrigação sanguínea 
• Aposição da mucosa precisa 
• Trauma cirúrgico mínimo 
• Fechamento livre de tensão 
• Circulação colateral é ruim comparada ao intestino delgado 
• Grande número de bactérias intraluminais é ruim 
Cuidados pós cirúrgicos 
• Individualizados 
• Antibioticoterapia devido risco alto de infecção pós cirúrgica 
• Antibióticos efetivos contra anaeróbios e aeróbios gram-negativos 
• Analgésicos 
• Monitoração de vomito e regurgitação 
• Jejum alimentar e hídrico semelhante ao intestino delgado 
• Complicações: hemorragia, contaminação fecal, choque, extravasamento de conteúdo, 
deiscência, perfuração, peritonite, estenose, incontinência e morte 
 
• Sialocele, cisto salivar, higroma cístico 
• Definição: Coleção de saliva secretada por uma glândula ou ducto 
lesionado 
• Saliva provoca inflamação e forma tecido de granulação que evita a 
expansão 
• Não são cistos (revestimento epitelial) e possuem o aspecto firme e 
dolorido no início da inflamação 
• Causas: Traumas bruscos, corpos estranhos e sialólito 
Diagnóstico 
• Cães mais acometidos do que gatos 
• Poodles, Pastores alemães, Teckels, entre outros e os machos apresentam maior predisposição 
• Histórico: Desenvolvimento gradual de massa flutuante e indolor, que varia de acordo com a 
localização, aparenta uma inflamação 
• Sinais clínicos: angústia respiratória, disfagia, sangramento oral por 
trauma durante a mastigação, enoftalmia, exofalmia e estrabismo 
Exame físico 
• Aumento de volume macio e flutuante 
• Palpação das glândulas parótidas e mandibulares sem desconforto 
• Normalmente mucocele está localizada no lado que a glândula foi 
acometida *decúbito dorsal* 
Exames laboratoriais 
• Paracentese por aspiração 
• Fluido mucoide claro 
• Amarelado 
• Sanguinolento 
• Viscoso 
• Baixa celularidade 
• Diagnóstico diferencial: sialoadenite, sialadenose, neoplasia salivar, 
sialólito, abcesso cervical, corpo estranho, hematoma, linfonodos 
císticos ou neoplásicos, cisto tonsilar, cisto tireogloso e cistos braquiais 
• Neoplasias – realizar o histopatológico 
Tratamento 
• Aspiração emergencial em animais com angústia respiratória 
• Cirúrgico: 
• Excisão completa do complexo glândula-ducto envolvidos 
• Marsupialização: incisão da mucocele e sutura das bordas - o interior da mucocele supura 
Anatomia cirúrgica 
• Glândulas parótideas 
> Serosa em formato de triangulo 
> Ventral ao conduto horizontal da orelha 
> Ducto parotídeo até superfície mucosa do quarto pré-molar 
• Glândulas mandibulares - ovóides 
> Caudal e ventral a glândula parotidea 
> Entre a veias linguifacial e maxilar - jugular externa 
> Ducto mandibular: correm com a glândula sublingual em 
direção ao assoalho da boca 
> Abrem rostral ao frênulo 
• Glândulas sublinguais - 2 porções 
> Monostomática: borda rostral da mandibular e os ductos 
cursam junto com o ducto mandibular 
> Abrem-se em papilas separadas 
> Polistomática: diversos lóbulos ligados frouxamente 
> Circundam o ducto mandibular 
• Glândulas zigomáticas 
> Ovoide irregular 
> No assoalho da órbita, ventrocaudal ao olho e medial ao arco zigomático 
> Diversos ductos que que correm ventralmente e se abrem sobre uma dobra da mucosa, lateral ao 
último dente molar superior 
Excisão das glândulas salivares mandibulares e sublinguais monostomatica 
• As glândulas são excisadas juntas (remoção de uma traumatiza a outra) 
• Decúbito lateral ou dorsal 
• Apoio sob o pescoço para mantê-lo estendido 
• Localizar pela palpação entre as veias lingufacil e maxilar – veia jugular externa 
1. Incisar a pele, tecido subcutâneo e musculo platisma no ângulo da mandibular 
2. Dissecar a capsula da glândula evitando o ramo do segundo nervo cervical 
3. Dissecar glândula mandibular e sublingual monostomática 
4. Ligar artérias e vasos 
5. Expor todo o complexo por retração do musculo digástrico 
6. Dissecar rostralmente até o ramo lingual do nervo trigêmeo 
7. Ligar e transeccionar o complexo glândula-ducto mandibular sublingual logo caudal ao nervo 
lingual 
8. Lavar a área cirúrgica antes do fechamento 
9. Posicionar musculo digástrico 
10. Reduzir espaço morto e suturar demais estruturas 
• Uso de dreno de sucção ativa ou Penrose (1-5 dias) 
• Proteger dreno com bandagem 
• Importante: submeter glândula e ducto ao exame histopatológico 
Excisão da glândula zigomática 
• Decúbito lateral ou ventral 
• Proteger a superfície ocular 
1. Incisar a pele sobre a rima dorsal do arco zigomático 
2. Incisar fáscia palpebral e musculo retrator do ângulo lateral do olho, com ligamento orbital e 
elevá-los dorsalmente com o olho 
3. Remover a glândula por divulsão digital e lavar a área 
5. Posicionar fáscia palpebral ao periósteo zigomático com suturas 
Excisão da glândula parótida 
• Decúbito lateral 
1. Incisão de 1 a 2 cm do meato acústico externo, a um ponto médio entre ramo 
da mandibular e bifurcação da veia jugular 
2. Incisar platisma e músculo parotideoauricular 
3. Liga veia auricular caudal 
4. Dissecar glândula parótida da glândula mandibular 
• Cuidado com nervo facial 
5. Ligar veia temporal superficial 
6. Ligar e transeccionar o ducto parotídeo onde este deixa a glândula 
7. Posicionar musculo parotidoauricular 
8. Completar o fechamento pela aposição dos tecidos subcutâneo e pele 
Marsupialização 
• Processo de incisão e sutura das bordas da mucosa – criando janela cirúrgica 
• Esvaziamento progressivo do conteúdo interno 
• O interior tende a supurar e cicatrizar gradualmente por segunda intenção 
• Complicações: são incomuns, mas pode ocorrer formação de seroma, infecções, recidiva e tem um 
prognóstico excelente