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Júlia Demuner - MED UVV XXIX Diuréticos - Riella, cap.49 e Guyton, cap.32 Os diuréticos aumentam o débito e o volume urinário . Na verdade, a maioria dos diuréticos atua diminuindo a reabsorção de sódio pelos túbulos , causando natriurese (maior débito de sódio) que, por sua vez, ocasiona diurese (maior débito de água). Ou seja, na maior parte dos casos, o aumento da excreção de água ocorre secundariamente à inibição da reabsorção tubular de sódio , já que o sódio remanescente nos túbulos age de forma osmótica, diminuindo a reabsorção de água. O uso clínico mais comum dos diuréticos é para reduzir o volume do líquido extracelular , especialmente em doenças associadas ao edema e à hipertensão . Diuréticos Osmóticos A injeção na corrente sanguínea de substâncias que não são facilmente reabsorvidas pelos túbulos renais, como o manitol , produz aumento acentuado da concentração de moléculas osmoticamente ativas nos túbulos. A pressão osmótica desses solutos, então, reduz, por muito, a reabsorção de água, eliminando grande quantidade de líquido tubular para a urina. Diuréticos de Alça Furosemida, ácido etacrínico e bumetanida são diuréticos potentes, que diminuem a reabsorção ativa no segmento ascendente espesso da alça de Henle ao bloquearem o cotransportador de 1-sódio, 2-cloreto, 1-potássio , localizado na membrana luminal das células epiteliais. Desse modo, esses diuréticos aumentam muito a quantidade de solutos liberados para as partes distais dos néfrons, e esses solutos atuam como agentes osmóticos , evitando a reabsorção de água, além disso, eles interrompem o sistema multiplicador por contracorrente , ao diminuir a absorção de íons da alça de Henle para o interstício medular, diminuindo, assim, a osmolaridade do líquido intersticial medular. ! Seu uso excessivo pode desencadear hipopotassemia, hipomagnesemia, hiperuricemia e ototoxicidade. Diuréticos Tiazídicos Os derivados tiazídicos, como a clorotiazida, atuam basicamente nos túbulos distais iniciais, bloqueando o cotransportador de sódio-cloreto da membrana luminal das células tubulares. Antagonistas dos Receptores Mineralocorticoides São antagonistas dos receptores de mineralocorticoides que competem com a aldosterona pelo sítio de ligação nas células epiteliais do tubo coletor e, assim, podem diminuir a reabsorção de sódio e a secreção de potássio nesse segmento tubular. Os antagonistas dos receptores de mineralocorticoides também causam movimento do potássio das células para o líquido extracelular e, por isso, são referidos como diuréticos poupadores de potássio.