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 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANA CLAUDIA SOARES DO NASCIMENTO 
Tema: A Importância do Brincar, com o Desenvolvimento Cognitivo e Sócio 
Afetivo na Educação Infantil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2022 
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
 
 
 
 
 ANA CLAUDIA SOARES DO NASCIMENTO 
Tema: A Importância do Brincar, com o Desenvolvimento Cognitivo e Sócio 
Afetivo na Educação Infantil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2022 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Universidade Estácio de Sá, como parte do requisito 
para obtenção do grau na Licenciatura Plena em 
Pedagogia. Orientadora Maria Alejandra Iturrieta 
Leal. 
 
 
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Dedico principalmente a Deus por todos os 
dias presentear-me com dádivas e graças 
e a minha família pela dedicação, apoio e 
compreensão ao longo do curso. 
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AGRADECIMENTOS 
 
Quero agradecer, em primeiro lugar, а Deus, por estar presente em todos os 
meus momentos, por abrir mais esta oportunidade e agora por estar junto a mim 
nesta conquista. 
 
Aos meus pais Maria da Conceição Soares do Nascimento (in memoriam) e 
Manoel Messias do Nascimento, por terem praticado em minha educação a 
busca por conhecimento, terem ensinado os princípios de educação e trato com 
o próximo, sou grata por todos os sacrifícios que fizeram. Sem este apoio não 
seria quem sou hoje. 
 
A meu marido Sergio Nunes de Almeida e aos meus filhos Leticia Nascimento 
de Almeida e Matheus do Nascimento de Almeida, por estarem sempre ao meu 
lado, incentivando e vibrando com minhas conquistas. 
 
 A todos os professores pela paciência, dedicação, companheirismo e incentivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para 
a sua produção ou sua construção. Quem ensina aprende ao ensinar e 
quem aprende ensina ao aprender. ” 
Paulo Freire 
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SUMÁRIO 
 
 
1- Introdução ......................................................................................................9 
2 – Se envolvendo historicamente no mundo da Educação Infantil...11 
2.1- Breve histórico no mundo............................................................................11 
2.2- Breve histórico no Brasil.............................................................................12 
3 – A inclusão do brincar na Educação Infantil é a solução .............................14 
4- Espaço organizado e acolhedor...................................................................17 
5 - Pesquisa de Campo....................................................................................21 
6 - Considerações Finais.................................................................................25 
7- Referênciais.................................................................................................27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RESUMO 
 
A Educação Infantil possui uma grande defasagem de um ensino com 
qualidade relata o processo da Educação Infantil desde o século XIX até a 
atualidade. É importante que as crianças sejam educadas dentro do mundo 
globalizado e altamente tecnológico dos dias atuais, é necessário treinar os 
educadores para continuar introduzindo valores éticos e morais afetivos, pois 
são mais que obrigatória é acima de tudo uma tomada de decisões. 
Desde a antiguidade a sociedade o lúdico é uma metodologia de ensino 
que faz com que a criança além de brincar expresse emoções, se localize, com 
o auxílio da ludicidade a criança obtém melhor desempenho no seu 
desenvolvimento escolar, sinta se aconchegante ao ambiente e que tudo ao 
seu redor lhe proporcione um aprendizado eficaz. A criança não nasce sabendo 
brincar, ela precisa aprender, por meios das interações com o todo, portanto, 
existem muitas vantagens para se trabalhar de forma lúdica, que contribuem 
para sucesso o aluno. 
 
Palavras-chave: Lúdico Aprendizagem, Educação Infantil, Qualidade no 
ensino e lucidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
ABSTRACT 
 
Early Childhood Education has a great lag of quality education reports the 
process of Early Childhood Education from the 19th century to the present. 
It is important that children are educated within the globalized and highly 
technological world of the present day, it is necessary to train educators to 
continue introducing affective ethical and moral values, as they are more than 
mandatory, it is above all decision-making. Since ancient times, playful society is 
a teaching methodology that makes the child, in addition to playing, express 
emotions, locate himself, with the help of playfulness, the child achieves better 
performance in his school development, feels cozy to the environment and that 
everything around you provide you with effective learning. Children are not born 
knowing how to play, they need to learn through interactions with the whole, so 
there are many advantages to working in a playful way, which contribute to 
student success. 
 
Keywords: Playful Learning, Early Childhood Education, Quality in teaching and 
lucidity. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
1- INTRODUÇÃO: 
O presente artigo tem como tema: A Importância do Brincar, com o 
Desenvolvimento Cognitivo e Sócio Afetivo na Educação Infantil. Pretende levar 
aos Educadores da Educação Infantil uma ampla observação, de como utilizar 
diversos tipos de instrumentos para se trabalhar tanto quanto dentro ou fora de 
sala de aula. 
É de grande importância cada análise feita, podendo ser adaptado de 
acordo com a compreensão de cada um, bastando para isso que o professor 
utilize o seu bom senso e sua criatividade, assim, certamente será bem-sucedido 
em sua prática educativa. 
O estudo tem como base de explicações de como é importante o brincar 
para crianças, com proposta educacional mostra que os valores éticos, morais e 
afetivos, são mais do que obrigatórios. É acima de tudo uma tomada de 
decisões, que fazem com que uma sala de aula, seja um ambiente prazeroso 
em que o aluno se sinta aconchegante e que tudo ao seu redor lhe proporcione 
um aprendizado eficaz. Conforme Ayres (2007), o ato de brincar possibilita ao 
educando um processo de aprendizagem mais participativo, assim como, facilita 
a construção reflexiva e cognitiva, estabelecendo autonomia e criatividade no 
aprender. 
Não se brinca mais como antigamente, isso é uma verdade incontestável, 
porém, com o avanço da tecnologia, as crianças encontram formas de 
divertimento puramente virtuais dadas por pais que também não tem tempo de 
estar investindo em atividades com seus filhos. Nossa atualidade mostra a 
realidade das crianças em relação ao brincar, elas estão dispersas ao mundo da 
imaginação e bastante envolvidas no mundo tecnológico, por esse motivo, é 
extremamente importante que o professor ajude no desenvolvimento motor da 
criança em sala de aula, através de as aulas mais atraentes, em que o educando 
busque a troca com seus colegas de sala. 
Os objetivos deste estudo artigo propõem reflexões de qualidades, 
servindo como estimulação apropriando-se de elementos da realidade, 
elementos esses que usados pelo professor incentiva a criatividade e a 
imaginação, analisa a importância de se elaborar uma aula interessante, através 
da dinâmica do brincar; identifica como ocorre o gosto pelas brincadeiras e jogos, 
investiga se houve desenvolvimento da aprendizagem através do lúdico na 
10 
 
Educação Infantil. Mostra aos professores diversas formas de se trabalhar em 
sala de aula de maneira lúdica e prazerosa, no sentido de desperta-lospara 
novas técnicas em relação ao processo de desenvolvimento cognitivo e afetivo 
do educando, levando-os a uma prática produtiva para a vida cotidiana. 
A escolha do tema se deu devido à minha experiência com turmas de 
Educação Infantil em que pude observar que há uma grande necessidade de 
ensino com qualidade. Para que se tenha melhoria nas condições de ensino é 
necessário utilizar recursos acessíveis que contribuam, sobretudo, nos aspectos 
relacionados aos métodos tradicionais. 
 Encontram-se grandes dúvidas, nesse processo, para se avançar, como: 
Os profissionais da Educação Infantil estão preparados para saber utilizar o 
lúdico em sala de aula? Que contribuições o estudo sobre o lúdico traz para 
realidade educacional? O lúdico já está fazendo parte do plano de aula ou ainda 
consta apenas como atividades recreativas? Por onde andam os brinquedos que 
até uma década atrás divertiam de forma saudável milhões de crianças ao redor 
do mundo? Ao longo da leitura serão respondidas todas essas perguntas. 
 É importante ressaltar que, para que isso ocorra é preciso adotar 
meios e métodos que valorizem o aluno e seu contexto social, quando se 
encontra algum desafio é preciso preparar os profissionais da educação a 
buscarem novas metodologias para serem trabalhadas dentro de um conceito 
inovador e consciente. 
Esse trabalho de conclusão de curso tem como base, fonte de pesquisa 
bibliográfica: Didática de pré-escola: vida criança brincar e aprender. Pesquisas 
em campo, através de entrevistas feitas com os professores do Colégio Futuro 
Vip, como também, as observações, sendo verificados os métodos que utilizam 
e correspondem ao padrão da pesquisa, contendo um ambiente enriquecedor, 
se os cuidados referentes a proteção estão sendo exercidos incluindo as 
necessidades de afeto, interação, estimulação, seguranças e principalmente se 
as brincadeiras estão sendo envolvidas, para que possibilitem a exploração e a 
descoberta do novo. 
 O artigo está assim organizado: no capítulo 1 - Se envolvendo 
historicamente no mundo da educação infantil tendo um breve histórico no 
mundo e no Brasil; capítulo 2 - Engloba sobre a inclusão do brincar na educação 
infantil é a solução, relatando sobre como fazer do ambiente escolar um espaço 
11 
 
organizado e acolhedor; e no capítulo 3 - Relata sobre a importância de ser ter 
um espaço organizado e acolhedor. O fundamental é mudar a postura e 
transformar o erro e as dificuldades em situações de aprendizagem para que 
todos possam acertar juntos e alcançar os objetivos propostos. 
 
2- SE ENVOLVENDO HISTORICAMENTE NO MUNDO DA EDUCAÇÃO 
INFANTIL 
1.1-BREVE HISTÓRICO NO MUNDO 
De acordo com Oliveira (2002), A origem das instituições de atendimento 
à infância, na Europa, do início até a metade do século XIX, foi marcada por 
distintas ideias e opiniões sobre o que fazer com as crianças enquanto 
permanece envolvida na vida urbana e industrial e ao agravamento das 
condições de vida. 
Conforme Ayres (2007), os modos de lidar com as crianças na idade 
média eram baseados em alguns costumes herdados da antiguidade de forma 
rígida. O papel das crianças era definido pelo pai, no qual os direitos do pai no 
mundo grego, era de total controle sobre o filho, incluía também poder tirar-lhe a 
vida, caso o rejeitasse, além do poder do pai exercido no seio da família, existia 
o poder patriarcal, exercido pela dominação política e social. Nas sociedades 
antigas, o status da criança era nulo, sua existência naquela época não fazia a 
diferença no meio social, pois dependia totalmente da vontade do pai, podendo, 
no caso das deficientes e das meninas, serem mandadas para prostíbulos em 
lugar de serem mortas, em outros casos, (as pobres) eram abandonadas ou 
vendidas, o modo de lidar com as crianças mudou apesar de a mudança ter sido 
um processo lento. 
Segundo Oliveira, (2002), diz que no século XX a infância ganha novas 
concepções e preocupações com relação aos valores sociais produzidos 
referentes aos problemas políticos e econômicos. Houve nesta época diversa e 
valiosas contribuições para a educação infantil como as de Vygotsky, Piaget, 
Freinet, entre outros, os professores da educação infantil da atualidade ainda se 
baseiam nas concepções destes autores. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Antiguidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A9cia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Patriarca
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Social
12 
 
Após a Segunda Guerra Mundial surgiram novos estudos abordando a 
preocupação com a situação social da infância e a ideia da criança como 
portadora de direitos. Surgem teorias que evidenciavam a necessidade da 
estimulação do desenvolvimento na criança desde o nascimento. 
As funções das instituições que cuidavam de crianças foram evidenciadas 
após a primeira guerra mundial com o aumento do número de órfãos e a 
deterioração ambiental. Surgiu nesta época um maior interesse na educação 
infantil principalmente por parte de médicos que começaram a utilizar materiais 
confeccionados por eles para desenvolver atividades educativas como, por 
exemplo, a médica Psiquiatra italiana Maria Montessori inclui se também na lista 
dos principais construtores de propostas sistematizadas para a educação infantil 
no século XX. Tendo sido encarregada da seção de crianças com deficiência 
mental em uma clínica psiquiátrica de Roma, produziu uma metodologia de 
ensino com base nos estudos médicos de Itard e Ségun, que haviam proposto o 
uso de materiais apropriados como recursos materiais. 
A expansão dos serviços de educação infantil na Europa e nos Estados 
Unidos foi sendo influenciada cada vez mais por teorias que apontavam o valor 
da estimulação precoce do desenvolvimento da criança já a partir do nascimento, 
mas, foi através do desenvolvimento tecnológico e a busca da mulher pelo 
mercado de trabalho que acarretaram maiores mudanças nas concepções sobre 
a criança e sua educação, a necessidade de encontrar novas alternativas para 
cuidar das crianças fez com que a atenção voltada para as mesmas fosse 
analisada. Assim a criança passa a ser vista como sujeito social, ativa, 
participante na construção do saber, esta visão provocou mudanças na prática 
pedagógica dos profissionais da área que buscavam a partir daí uma formação 
especializada. 
 
1.2- BREVE HISTÓRICO NO BRASIL 
O atendimento institucional a criança no Brasil, apresenta ao longo de sua 
história concepções bastante divergentes sobre sua finalidade social, grande 
parte dessas instituições nasceram para atender exclusivamente as crianças de 
baixa renda. 
 Por volta da década de 1970, com o aumento do número de fábricas, 
iniciaram-se os movimentos de mulheres pela luta por creche, resultando na 
http://pt.wikipedia.org/wiki/1970
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necessidade de criar um lugar para os filhos da massa operária, surgindo então 
às creches, com um foco totalmente assistencialista, visando apenas o “cuidar”. 
Foram, em geral, as feministas intelectualizadas de classe média, e que 
eram contra a ditadura, que passaram a pesquisar sobre a infância e assessorar 
os governos progressistas que, atendendo às reivindicações populares, 
prometeram creches nas suas campanhas eleitorais. 
 Só em 1988 a educação infantil teve início ao seu reconhecimento, 
quando pela primeira vez, foi colocada como parte integrante da Constituição, 
depois em 1990, com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei federal 
8069/90), entre os direitos estava o de atendimento em creches e pré-escolas 
para as crianças até os 6 anos de idade. 
Pela primeira vez na história, uma Constituição do Brasil faz referência a 
direitos específicos das crianças, que não sejam aqueles circunscritos ao âmbito 
do Direito da Família. Também pela primeira vez, um textoconstitucional define 
claramente como direito da criança de 0 a 6 anos de idade e dever do Estado, o 
atendimento em creche e pré-escola. 
 Posteriormente, entramos em um período de debate em torno da Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), período que se estendeu até 
meados da década de 90. Nesse período, sem a aprovação da LDB, a lei maior, 
o Ministério da Educação em conjunto com outros segmentos define uma política 
nacional para educação infantil, propondo a criação de uma Comissão Nacional 
de Educação Infantil (CNEI), que a visão de formular e programar políticas na 
área, atuando de 1993 a 1996. Após a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (LDB, 9394/96) as políticas e as discussões relacionadas à Educação 
ganharam força, culminando com as propostas dos PCN’s. 
 Em 1994, aconteceu a Conferência Nacional de Educação para Todos, e 
um dos eventos preparatórios à conferência foi o I Simpósio Nacional de 
Educação Infantil, que aprovou a Política Nacional de educação Infantil, com o 
apoio da CNEI. A partir da Constituição de 1988, do Estatuto da Criança e do 
Adolescente em 1990 (ECA, Lei Federal 8069/90) e da Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação Nacional em 1996, lei 9394/96 (BRASIL, 1996), a Educação 
Infantil foi colocada como a primeira etapa da Educação Básica no Brasil, 
abrangendo as crianças de 0 a 6 anos, concedendo-lhes um olhar completo, 
http://pt.wikipedia.org/wiki/1988
http://pt.wikipedia.org/wiki/1990
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estatuto_da_Crian%C3%A7a_e_do_Adolescente
http://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_do_Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/LDB
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Comiss%C3%A3o_Nacional_de_Educa%C3%A7%C3%A3o_Infantil&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Comiss%C3%A3o_Nacional_de_Educa%C3%A7%C3%A3o_Infantil&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/1993
http://pt.wikipedia.org/wiki/1996
http://pt.wikipedia.org/wiki/1994
http://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_de_1988
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estatuto_da_Crian%C3%A7a_e_do_Adolescente
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estatuto_da_Crian%C3%A7a_e_do_Adolescente
http://pt.wikipedia.org/wiki/1990
http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_Infantil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_Infantil
14 
 
 
A instituição de Educação Infantil deve tornar acessível 
a todas as crianças que frequentam indiscriminadamente 
elementos da cultura que enriquecem o seu 
desenvolvimento e inserção social. (RECNEI) 
 
 
perdendo seu aspecto assistencialista e assumindo uma visão e um caráter 
pedagógico. 
 Nesse momento acontece a Municipalização, a Educação Infantil passa 
a ser responsabilidade dos Municípios, com certo vínculo de verba com o Estado. 
De acordo com Faria (1999) Dez anos depois de promulgada a primeira 
Constituição que garante o direito à educação das crianças de 0 a 6 anos em 
creches e pré-escolas tentando regulamentar as instituições de educação 
infantil. A partir da LDB a Educação Infantil passou a ser o início da Educação 
Básica, buscando abolir a visão assistencialista e com o olhar na formação dos 
profissionais que atuam nessa área. 
Recentes medidas legais modificaram o atendimento das crianças pré-
escola, pois alunos com seis anos de idade devem obrigatoriamente estar 
matriculados no primeiro ano do Ensino Fundamental. 
O Brasil sempre sofreu a influência de métodos de ensino de outros 
países. Essa influência se nota na grande quantidade de colégios particulares 
estrangeiros no país, principalmente os colégios de ensino bilíngue, no qual as 
crianças desde cedo tem o contato com uma língua estrangeira, além da língua 
pátria. 
 No começo do século XX muitas escolas, hoje ditas tradicionais, se 
estabeleceram pelo país. 
A instituição de educação infantil deve tronar acessível a todas as 
crianças que frequentam, indiscriminadamente elemento da cultura que 
enriquecem seu desenvolvimento e inserção social. 
 
3- A INCLUSÃO DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL É A SOLUÇÃO 
Conforme Rossetti (2003), ao longo das últimas décadas, tem 
presenciado rápidas e intensas transformações, em nossa sociedade, com 
importantes mudanças nas funções e relações dentro da família, à saída da 
mulher, mãe para trabalhar fora de casa, associada a uma menor rede de apoio 
tem impedido a família a procurar soluções alternativas e complementares ao 
cuidado e educação dos filhos, tanto no ambiente doméstico (avós, empregadas, 
babás), como em instituições (escolinhas, berçários e creches). 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_Infantil
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 Como resultado, temos visto o crescente ingresso da mulher junto ao 
mercado de trabalho e sua consequente necessidade de compartilhar a 
educação dos filhos. Na atualidade não se encontra crianças que brinquem com 
antigamente e a partir da brincadeira, a criança constrói sua experiência de se 
relacionar com o mundo de maneira ativa, vivencia experiências de tomadas de 
decisões. O brincar apresenta por meio de várias categorias de experiências que 
são diferenciadas pelo uso de material ou dos recursos predominantes 
implicados, que podem ser agrupadas em três modalidades básicas, brincar de 
faz de conta, brincar com materiais de construção e brincar com regras. 
Segundo Ayres (2007), a proposta do lúdico é promover uma 
alfabetização significativa na prática educacional, é incorporar o conhecimento 
através das características do conhecimento do mundo. O lúdico promove o 
rendimento escolar além do conhecimento, oralidade, pensamento e o 
sentido. Como a criança é um ser em desenvolvimento, sua brincadeira vai se 
estruturando com base no que é capaz de fazer em cada momento. Isto é, ela 
tem possibilidades diferentes de expressão, comunicação e relacionamento com 
o ambiente, sócio cultural no qual se encontra inserida, as crianças vão 
construindo novas e diferentes competências, no contexto das práticas sociais, 
que irão lhes permitir compreender e atuar de forma mais ampla no mundo. 
De acordo com o debate de Aroeira (1996) a infância é marcada pelo 
brincar, que faz parte de práticas culturais típicas, mesmo que esteja muito 
reduzida à demanda do trabalho infantil que ainda se insere no cotidiano dos 
segmentos sociais de baixa renda. 
Tal necessidade surge e se modifica historicamente de acordo com as 
transformações das condições sócias. Para a maioria dos grupos sociais, a 
brincadeira é consagrada como atividade essencial ao desenvolvimento infantil. 
Historicamente, ela como lúdico sempre esteve presente na educação infantil, 
único nível de ensino que a escola deu passaporte livre, aberto à iniciativa, 
criatividade, inovação por parte dos seus protagonistas. 
A brincadeira permite à criança vivenciar o lúdico e descobrir-se a si 
mesma, apreender a realidade, tornando-se capaz de desenvolver seu potencial 
criativo, é uma atividade que a criança começa desde seu nascimento no âmbito 
familiar. 
16 
 
O ato de brincar é uma importante forma de comunicação, é por meio 
deste ato que a criança pode reproduzir o seu cotidiano. Através da pratica do 
brincar o processo de aprendizagem da criança, facilita a construção da reflexão, 
da autonomia e da criatividade, estabelecendo, desta forma, uma relação 
estreita entre jogo e aprendizagem. 
É necessário interpretar a brincadeira levando em consideração os 
contextos sociais específicos em que ela ocorre, não sendo possível separá-la 
artificialmente deles; e, para compreendê-la, deve-se relacionar o valor e o lugar 
que lhe são determinados pela cultura específica, porque só levando está em 
consideração é que será possível derivar o significado do brincar infantil em cada 
uma. Em um jogo qualquer, ela pode optar por brincar ou não, o que é 
característica importante da brincadeira, pois oportuniza o desenvolvimento da 
autonomia, criatividade e responsabilidade quanto a suas própriasações. 
 A criança pode dar outros sentidos aos objetos e jogos, seja a partir de 
sua própria ação ou imaginação, seja na trama de relações que estabelece com 
os amigos com os quais produz novos sentidos e os compartilha, sendo de 
fundamental importância para o desenvolvimento infantil na medida em que a 
criança pode transformar e produzir novos significados. 
As crianças usam objetos para representar coisas diferentes do que 
realmente são: pedrinhas de vários tamanhos podem ser alimentos diversos na 
brincadeira de casinha, pedaços de Madeira de tamanhos variados podem 
representar diferentes veículos na estrada. Na brincadeira, os significados e as 
ações relacionadas aos objetos convencionalmente podem ser libertados. 
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidado, brincadeiras e 
aprendizagem orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o 
desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal de ser e estar 
com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o 
acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e 
cultural. 
São necessários os cuidados, referente à saúde, a proteção e 
alimentação, incluindo as necessidades de afeto, interação, estimulação, 
segurança, fazendo com que a brincadeira seja algo que possibilite a exploração 
e a descoberta. 
17 
 
É importante preparar a criança para vida, através da brincadeira, pois 
sua atividade lúdica que ela vai tendo contato com o mundo físico e social, bem 
como vai compreendendo como são e como funcionam as coisas. Quando a 
criança brinca, parece mais madura, pois entra, mesmo que de forma simbólica, 
no mundo adulto que cada vez se abre para que ela lide com as diversas 
situações. 
Conhecer essas virtudes é necessário para que o educador da Educação 
infantil seja capaz de descobrir que o brincar é uma ação livre, que surge a 
qualquer hora iniciada e conduzida pela criança. 
 
4 - ESPAÇO ORGANIZADO E ACOLHEDOR 
Reconhecer que as palavras de Kishimoto (2009) para educação infantil 
é de grande importância e meio caminho andado para educação, pois mostra 
que a criança, mesmo pequena sabe muitas coisas, toma decisões, escolhe o 
que quer fazer, interage com as pessoas, mostra em seus gestos, em um olhar, 
uma palavra, como é capaz de compreender o mundo, entre as coisas que a 
criança gosta está o brincar, que é um de seus direitos. 
A utilização de atividades lúdicas no ambiente escolar representa um 
fator importante para que se alcance uma melhor aprendizagem (KISHIMOTO, 
2009). O espaço físico é o lugar do desenvolvimento de múltiplas habilidades e 
sensações, a partir da sua riqueza e diversidade, ele desafia permanentemente 
aqueles que ocupam, o ambiente é fundamental na constituição dos sujeitos. 
Brincar não é apenas ter um momento reservado para deixar a criança 
à vontade em um espaço com ou sem brinquedos e sim um momento que se 
pode ensinar e aprender, permitindo que a criança se prepare para a vida, 
entre o mundo físico e social. Os jogos pela sua estrutura representam 
situações em que a criança tem de enfrentar limites, ou seja, o respeito ao 
outro. De modo a organização do ambiente traduz uma maneira de 
compreender a infância, de entender seu desenvolvimento e o papel da 
educação e do educador. Quanto mais o espaço estiver organizado, 
estruturado adequadamente, mais ele será desafiador e auxiliará na 
autonomia das crianças. 
18 
 
Mas o brincar na rua envolve outros questionamentos. Entre eles a 
preocupação com a segurança, imediatamente um dos principais prazeres da 
infância pode ser negado. 
O brincar não significa apenas recrear, pois é muito que isso, caracteriza-
se como uma das formas mais complexas que a criança tem de comunicar-se 
com ela mesma e com o mundo, ou seja, o desenvolvimento acontece através 
de trocas recíprocas que se estabelecem durante toda sua vida. 
 Assim, através do brincar a criança pode desenvolver capacidades 
importantes como a atenção, a memória, a imitação, a imaginação, ainda 
propiciando à criança o desenvolvimento de áreas da personalidade como 
afetividade, motricidade, inteligência, sociabilidade e criatividade. No fantástico 
mundo dos brinquedos a criança brinca sozinha e individual, mas ao brincar em 
grupo desenvolve-se aprendizagem em diferentes aspectos, como a construção 
das relações sociais, cognitivas e afetivas. Cabe ao professor, como adulto mais 
experiente, estimular brincadeiras, ordenar o espaço interno e externo da escola, 
facilitar a disposição dos brinquedos, mobiliário, e os demais elementos da sala 
de aula. É necessário criar um ambiente, no qual meninas e meninos tenham 
acesso a todos os brinquedos sem distinção de sexo, classe social ou etnia, 
propondo uma forma passiva diante dos preconceitos. 
Outras formas de intervenção podem ser propostas visando incitar as 
crianças a desenvolver em brincadeira nesta ou naquela direção, mas só como 
incitações, nunca obrigação, deixando-as tomarem a decisão de querer ou não 
participar das atividades, dando assim, a livre espontânea vontade. Propor 
atividades que incentivem a curiosidade das crianças; por exemplo, a troca de 
cartas e bilhetes com os parceiros, leva à escrita e comunicação, sendo 
experiências que poderão ajudar a criança, mais adiante, a investir nestas 
habilidades no faz de conta. 
Outro aspecto importante é estimular as crianças a proporem 
brincadeiras que realizam em sua comunidade, trazendo sua realidade cultural 
para sala de aula, assim, permitindo ao professor melhor conhecer diversas 
histórias, cabendo a ele enriquecer as experiências lúdicas das crianças, pois 
a escola tem um grande número de crianças da mesma faixa etária, adultos 
mais experientes, materiais e espaços pensados para permitir atividades de 
natureza lúdica. 
19 
 
Quando a criança brinca, além de conjugar materiais heterogêneos 
(pedra, areia, madeira e papel), ela faz construções sofisticadas da realidade e 
desenvolve seu potencial criativo, transforma a função dos objetos para atender 
seus desejos Assim, um pedaço de madeira pode virar um cavalo; com areia, 
ela faz bolos, doces para sua festa de aniversário imaginária; e, ainda, cadeiras 
se transformam em trem, em que ela tem a função de conduto, imitando o 
adulto, ela consegue fazer de um ambiente simples em um mundo fantástico 
utilizando apenas a imaginação. 
Proporcionar o brincar no âmbito escolar se torna importante no 
desenvolvimento da criança de maneira que as brincadeiras e jogos que vão 
surgindo gradativamente na vida da criança desde os mais funcionais até os 
de regras, estes são elementos elaborados que podem possibilitar a conquista 
e a formação da sua identidade. 
Cabe ressaltar que brincar na rua pode ser bem diversificado do brincar 
na escola. Entretanto conteúdos pedagógicos podem ser articulados as 
brincadeiras, porque aprender brincando é mais prazeroso. Pode ser que as 
crianças desenvolvam paixão em aprender. Porque quando fazemos algo por 
paixão o resultado pode ser mais eficaz e significativo. 
Este enriquecimento pode ser desenvolvido por meio de: intervenções, 
ordenamento do espaço, atividades dirigidas que possibilitem o surgimento de 
novos elementos culturais, que permitirão às crianças integrá-los às suas 
brincadeiras. Para uma aprendizagem eficaz para o aluno é preciso construir o 
conhecimento, assimilar os conteúdos. 
Não se pode planejar Práticas Pedagógicas sem conhecer a criança, pois 
cada uma é diferente da outra, vêm de famílias e grupos étnicos diferentes e tem 
preferências conforme sua singularidade, mesmo que apresentem algumas 
características, que são comuns nos grupos sócias, é importante a observação 
de cada criança. 
Faz parte do educar respeitar a diversidade, atendendo os diferentes 
ritmos das crianças umas possuem rapidez outras precisam de mais atenção 
paraseu desenvolvimento com o brincar. 
A criança não possui apenas a linguagem verbal para se comunicar, 
seu linguajar é contemplado pelo desenho, a pintura, o gesto, a imitação, a 
música e todas elas favorecem oportunidade para expressão lúdica, mesmo 
20 
 
sendo muito pequenas não tendo a linguagem oral muito elaborada, 
conseguem contar e ouvir experiências dos coleguinhas e vão percebendo as 
diferenças existentes entre elas e as demais pessoas. 
Deixar que a brincadeira faça parte do trabalho de aquisição da 
linguagem escrita não é só um ingrediente saboroso, como também 
necessário na literatura infantil. 
É necessário investir em conversas de rodas na rotina da Educação 
Infantil, pois é um jeito de persistir na luta pela cidadania. Através do conto de 
uma história é possível perceber os diferentes níveis de emoções e 
participação, de acordo com a idade das crianças, ela é capaz de educar, 
socializar, informar, aquietar e prende a atenção. 
No parque, no pátio, na praça, em qualquer espaço da instituição 
escolar, não é preciso de palco ou cenário, apenas um acento onde possam 
viajar em “Era uma vez”. As crianças se identificam com a poesia, pois ela dá 
a oportunidade de brincar com o jeito formal de escrever e falar. 
A poesia vem aproximando de uma linguagem afetiva, rítmica, e têm 
despertado o lúdico, a imaginação e a fantasia, elementos importantes para o 
desenvolvimento. Hoje se encontra uma serie de produções poéticas que 
valoriza estética da língua. Isso possibilita a exploração da palavra em 
diversos sentidos escritos de trás para frente, na vertical, na diagonal e em 
forma de desenhos etc. Essa exploração lúdica leva a criança a experimentar 
regras formais sem medo e novas formas de expressão. 
A poesia também representa valores sociais, históricos e culturais, 
contextualizando as experiências de um determinado momento de vida. 
 As leituras e escritas de textos poéticos busca oferecer às crianças, 
experiências afetivas e cognitivas, a sensibilidade, fazer descobertas, 
perceber o mundo através da relação do imaginário e do real selecionar 
significações e assim adequa os conhecimentos da linguagem escrita do 
mundo. 
O professor também pode brincar com as crianças, principalmente se 
elas o convidarem, solicitando sua participação ou intervenção. Mas deve 
procurar ter o máximo de cuidado respeitando sua brincadeira e ritmo; sem 
dúvida, esta forma de intervenção é delicada, por ser difícil o adulto participar 
21 
 
da brincadeira sem destruí-la; é preciso muita sensibilidade, habilidade e bom 
nível de observação para participar de forma positiva. 
Para que isso ocorra, é necessário que o educador também aprecie o 
poema, selecione textos de qualidade adequados à idade da criança, planeje 
e organize espaços e situações que favoreçam as ações. 
 
5 - Pesquisa de Campo 
Foi realizada uma pesquisa de campo com os professores do Colégio 
Futuro VIP, com objetivo de verificar se estão preparados para lidar com o tema 
central: A Importância do Brincar, com o Desenvolvimento Cognitivo e Sócio 
Afetivo na Educação Infantil. 
 
1) - É importante trabalhar com o lúdico na escola? 
 
Todas responderam que SIM. 
 
Justificativa: 
 É por meio do lúdico que a criança é estimulada a novas descobertas e 
ajuda na flexibilidade fazendo com que ela aprenda de forma significativa e 
agradável. 
É extremamente importante trabalhar com o lúdico na escola, pois os pais 
os educadores a sociedade em geral, têm que se conscientizar, sobre a 
necessidade da ludicidade e que ela deve ser vivenciada na infância, analisando 
a importância do brincar na educação infantil, numa visão pedagógica. 
 
2) - Foi solicitado que mencionassem 3 dificuldades que os professores 
encontram para se trabalhar com o lúdico: 
 
 
ESPAÇO 
 
6 
 
FALTA DE CRIATIVIDADE 
 
4 
DESPREPARO 
 
 
3 
22 
 
 
Conforme as respostas, o espaço consta como um dos principais motivos 
de dificuldade, para se trabalhar com o lúdico. 
O espaço físico é o lugar do desenvolvimento de múltiplas habilidades e 
sensações e a partir da riqueza e diversidade, ele desafia permanentemente 
aqueles que o ocupam, o ambiente é fundamental na constituição dos sujeitos. 
 
3) - Que contribuições o lúdico trás para realidade educacional? 
 
 
O lúdico contribui de forma comunicativa, onde possibilita a criança se 
envolver no mundo da descoberta sendo curiosa e que utilize sua criatividade, 
havendo interação, estimulação. 
 
4) - O que interfere na utilização do lúdico no ambiente escolar? 
ESPAÇO 9 
PROFESSORES 2 
GESTÃO ESCOLAR 0 
ALUNOS 0 
OUTROS 
 
0 
MATERIAIS ADEQUADOS 
 
 
2 
DESINTERESSE 
 
 
2 
FALTA DE FORMAÇÃO 
CONTINUADA 
1 
 
COMUNICAÇÃO 
10 REFLEXÃO 8 
CRIATIVIDADE 10 ESTIMULAÇÃO 7 
INTERAÇÃO 10 RELACIONAMENTO 6 
DESCOBERTA 10 SEGURANÇA 0 
CURIOSIDADE 9 OUTROS 0 
23 
 
 
Houve uma voluntária que justificou sua resposta, dizendo que a falta do 
espaço impede maiores oportunidades para desenvolver diferentes atividades 
lúdicas. 
 O espaço para profissionais consta como alvo que interfere na utilização 
do lúdico, sendo assim é importante ressaltar que o brincar não se baseia em 
deixar a criança a vontade no espaço e sim fazer desse espaço um ambiente 
organizado e enriquecedor com significados, pois para criança existe o espaço 
alegria, o espaço medo, o espaço proteção, o espaço mistério, o espaço 
descoberto, enfim espaço de liberdade e opressão e é necessário fazer desse 
espaço. 
5) - Conforme seu entendimento: o lúdico faz parte do plano de aula ou 
consta apenas como atividades recreativas? Justifique: 
 
SIM 7 
NÃO 3 
 
 Conforme as respostas referentes ao SIM, o Lúdico faz parte do plano de 
aula, pois contribui para o desenvolvimento e compreensão da aula, o mesmo 
como facilitador da aprendizagem e pode se trabalhar dentro e fora de sala de 
aula. Segundo as respostas referentes ao NÃO, deveria constar, pois é muito 
importante se trabalhar com o lúdico, mas ainda só consta como atividades 
recreativas. É necessário mostrar a sociedade que o papel do professor não é 
apenas cuidar e tomar conta das crianças , pois para que seja um bom educador 
é de grande importância realizar um planejamento no qual o lúdico esteja 
incluído, que saiba organizar situações diversificadas, para possibilitar o 
descobrimento, verificando sempre os erros cometidos e qual é a melhor maneira 
de agir corretamente diante de uma turma de Educação Infantil, proporcionando 
uma educação adequada no qual elas se sintam seguras e principalmente 
protegidas. Diante da proposta da LDB para a Educação Infantil, temos que 
reformular a prática pedagógica, transformando o cotidiano escolar num 
momento prazeroso e, ao mesmo tempo, desenvolver os aspectos físico, 
psicológico, intelectual e social da criança, e isto só acontece quando a criança 
24 
 
se depara com brincadeiras e jogos que vão levar ao desequilíbrio e, 
automaticamente, a uma reconstrução do conhecimento. 
6) - Relate 2 atividades lúdicas que você realizaria em sala de aula? 
 
BRINCADEIRAS 4 
TEATRO 4 
MUSICA 3 
JOGOS 3 
DANÇA 2 
 
 A brincadeira permite que a criança vivenciar o lúdico e descobrir a si 
mesma, aprende sobre a realidade tornando-se capaz de desenvolver seu 
potencial criativo. Brincar é uma ação livre que surge a qualquer hora iniciada e 
conduzida pela criança. É importante preparar a criança para vida, através da 
brincadeira, pois sua atividade lúdica que ela vai tendo contato com o mundo 
físico e social, bem como vai compreendendo como são e como funcionam as 
coisas. A ação do brincar envolve múltiplos elementos do imaginário, podendo 
combinar situações do dia a dia, permitindo que ali o lúdico entre em ação. 
 Em suma, a Criança que brinca é mais feliz participativa e se interage com 
facilidade no meio social. Quando a criança brinca, parece mais madura,pois 
entra, mesmo que de forma simbólica, no mundo adulto que cada vez se abre 
para que ela lide com as diversas situações. Portanto, na educação infantil a 
criança necessita brincar, pois o brincar é um estímulo ao desenvolvimento 
cognitivo e lúdico, gerando sentimento, assim como, essa ação permeara 
durante todo o processo de construção do conhecimento e sua percepção de 
mundo. 
 
 
 
 
 
 
25 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS: 
 
Para que se tenha melhoria nas condições de ensino é necessário utilizar 
recursos acessíveis que contribuam, sobretudo nos aspectos relacionados aos 
métodos tradicionais. É importante ser levado em consideração a necessidade 
de práticas lúdicas na vida da criança, mas, para que isso ocorra é preciso adotar 
meios e métodos que valorizem o educando, quando se encontra algum desafio 
é preciso preparar os profissionais da educação a buscarem novas metodologias 
para serem trabalhadas dentro de um conceito inovador e consciente. 
Conforme Ayres (2007) A escola que consegue inserir no processo de 
ensino e aprendizagem o ato de brincar para aprender apresenta a construção 
de um homem bem formado, pois consegue inserir na cultura da criança a 
importância da vida social, a criatividade, a autonomia e a prática da cidadania. 
Logo, é fundamental que o professor mude sua postura e transformar os 
erros e as dificuldades em situações de aprendizagens para que todos possam 
alcançar os objetivos propostos, em concomitância com as Diretrizes e Bases da 
Educação, assim como, o aluno precisa ser estimulado a ser o 0protagonista do 
seu desenvolvimento em sala de aula, o brincar é um mecanismo que possibilita 
ao educador desenvolver no aluno habilidades socioeducativas, como também, 
proporciona o conviver de modo harmonioso com os colegas desenvolvendo o 
modo de lidar com situações adversas, respeitando o espaço do outro e as 
diferentes opiniões e pontos de vista. 
Concluindo, o presente estudo teve como objetivo subsidiar reflexões e 
assim contribuir para que educadores, como também, mães, pais, comunidade 
educativa significativos que cuidam e educam crianças, a fim de usar o brincar 
como uma forma de ser e estar no mundo. Desse modo, os jogos e brincadeiras 
são recursos metodológicos que propicia para as crianças uma aprendizagem 
espontânea, e diagnostica, estimulando-as a serem sujeitas de seu próprio 
desenvolvimento cujo ensino e aprendizagem é por meio de trocas, e 
consequentemente compreender como o lúdico é significativo para a criança, 
porque através dele, o aluno pode conhecer e construir conhecimentos que 
serão levados para suas demais fases na vida, portanto, cabe destacar que as 
crianças aprendem muito ao brincar, como também, adquirem não só 
conhecimentos escolares, mas compartilhar experiências vividas no seu dia a 
26 
 
dia fora da sala de aula. Portanto, O lúdico dos jogos é muito bom para observar 
e estimular as várias inteligências dos educandos, favorecendo a interação entre 
os educandos e o professor, com muita criatividade. A LDB 9394/96 propõe um 
novo olhar para a Educação com objetivo de refinar os sentidos, levando o 
educando a uma formação mais completa, respeitando o indivíduo e as suas 
possibilidades. 
Em suma, é importante que os educadores não vejam os jogos e 
brincadeiras como mero passatempo em sala de aula, e sim como instrumentos 
enriquecedores de sua prática pedagógica, tendo como público alvo os seus 
alunos e suas experiências fora do contexto escolar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
 
AROEIRA, M. L.C.Didática de Pré-escola: vida criança e aprender. São Paulo. 
FTP, 1996 
AYRES, A.T.Pratica Pedagogia Competente: Ampliando os saberes do 
professor. Rio de Janeiro: vozes, 2007 
BRASIL. Ministério da Educação do deposto Secretaria de Educação. RECNEI, 
Brasília, 1998 
BRASIL. Lei de Diretrizes e Base da Educação. Lei n° 9394/96 
KISHIMOTO, T. (Org.). O brincar e suas teorias. São Paulo: Cengage learning, 2009. 
OLIVEIRA, Z, M. Creches: criança faz de conta e cia: Rio de Janeiro: vozes, 
1992 
PIAGET, Jean. O Nascimento da Inteligência na criança. Rio de Janeiro: 
Zahar, 1982 
ROSETTI Ferreira, Maria Clotilde, Os Fazeres na Educação Infantil. São 
Paulo: Cortez, 2003. 199 p.

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