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CADERNO-TEMATICO-lei-de-improbidade-administrativa-1

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Direito Administrativo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Administrativo 
Improbidade Administrativa (Lei 14.230/21) 
 
 
 
 
 
 
Inclui: 
• Gráficos Estatísticos: 
 1. Disciplinas + cobradas 
 2. Tópicos + cobrados 
 3. Subtópicos + cobrados 
 4. Bancas 
• Edital Bizurado 
• Conteúdos Esquematizados 
• QR Code (áudio e vídeo) 
• Questões Comentadas 
 
 
 
 
Direito Administrativo 
 
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finalmente chegar COMPETITIVO e SEGURO nos concursos nos quais almeja aprovação. 
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https://www.qsimulados.com/planos
 
 
Direito Administrativo 
NOVA LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (Lei 14.230/21) 
 
SUMÁRIO 
 
1. Direito Administrativo: tópicos mais cobrados .................................................................................... 5 
2. Improbidade Administrativa: subtópicos mais cobrados .................................................................... 6 
3. Improbidade Administrativa: cobrança por banca ............................................................................... 7 
4. Condutas dolosas x culposas ............................................................................................................. 10 
5. Novos atos caracterizadores de improbidade .................................................................................... 14 
6. Novas sanções ..................................................................................................................................... 19 
7. Prescrição e novos aspectos processuais e procedimentais ........................................................... 23 
8. Quando comparativo com as principais alterações ........................................................................... 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Administrativo 
Inicialmente, gostaríamos de apresentar um novo conceito de estudos para você que irá começar do zero 
ou já estuda, mas ainda não foi aprovado(a) no concurso dos seus sonhos. 
Nossa equipe é composta de professores(as) que também são concurseiros(as), profissionais super 
atualizados e comprometidos em compartilhar experiência e conteúdos diferenciados. 
Nossa missão será fornecer o melhor conjunto a você, trabalhando dentro da sua realidade, levando-se em 
consideração o pouco tempo que a maioria dos concurseiros(as) possuem para se sentar e estudar. 
Por este motivo, iremos compartilhar conteúdo direcionado, com abordagem dos assuntos relevantes para 
sua prova, em conjunto com a estratégia mais avançada para memorização da atualidade, na medida certa 
e suficiente. 
Grande guerreiro(a), a Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92) sofreu profundas alterações, com 
a sanção da Lei 14.230/21. 
Novidades afetas ao dolo, prescrição, sanções, procedimentos etc. mudaram por completo as disposições 
anteriores, sendo imprescindível que você, concurseiro(a), conheça as principais alterações. 
Preparamos com muito carinho um material objetivo e completo sobre as principais mudanças, com quadros 
comparativos, destacamento dos pontos, questões inéditas para você praticar etc. 
Trouxemos, ainda, alguns importantes entendimentos jurisprudenciais, relacionados aos atos de 
improbidade, tudo para o seu estudo ficar completo. 
 
Concurseiro(a), o PDF Fire foi formulado com base em nossa experiência de candidato(as) aprovados(as), 
bem como em anos de dedicação com análise e pesquisas de provas anteriores. 
Guerreiro(a), neste gráfico indicaremos como as disciplinas são cobradas para as provas de Concursos. No 
total, analisamos 82.746 questões. 
Vamos às disciplinas de direito mais cobradas para Concursos: 
 
Concurseiro(a), repare que a disciplina Direito Administrativo é a mais cobrada na maioria dos concursos. 
Seguida pela disciplina de Direito Constitucional. Somadas ambas ultrapassam 50% das cobranças em 
certames. Daí a importância de dar ênfase ao que será abordado na sua prova e com isso garantir sua 
aprovação! 
31%
22%8%
8%
7%
7%
5%
4%3%
5%
Concursos no Geral (todas as carreiras): 
Disciplinas mais cobradas
Direito Administrativo
Direito Constitucional
Direito Civil
Direito Penal
Legislação Extravagante
Direito Tributário
Direito Processual Penal
Direito Ambiental
Direito Processual Civil
Outros (Humanos, Empresarial, Internacional).
 
 
Direito Administrativo 
A representação gráfica objetiva evidenciar o que deve ser estudado com maior relevância. Mas isso não 
quer dizer deixar de estudar as demais disciplinas. Apenas aplicar atenção proporcionalmente à importância 
do assunto no contexto geral. 
Temos na ilustração grande parte das disciplinas com relevância mediana, mas que no somatório final 
representam metade do conteúdo cobrado em provas. 
Veja que a fatia “outros” do gráfico compõe 5% das questões de concursos. Quando você já tiver estudado 
e revisado os assuntos mais recorrentes, estude também Direitos Humanos, Empresarial e Internacional 
Público e Privado. 
 
1. Direito Administrativo: tópicos mais cobrados 
 
Candidato(a), o PDF Fire foi formulado com base em nossa experiência de concurseiros(as) aprovados(as), 
bem como em anos de dedicação com análise e pesquisas de provas anteriores. 
Nossa meta é abordar, de forma estratégica, os pontos mais incidentes nas provas, destacando o que 
você precisa realmente estudar para obter sua aprovação. 
Inicialmente, focaremos na disciplina de Direito Administrativo, conferindo os tópicos que mais caem. Não 
é segredo que esta disciplina é cobrada em toda prova. No total, analisamos 47.827 questões: 
 
Guerreiro(a), repare que o tópico Licitações é o que mais cai. Além disso, veja que a fatia “outros” do 
gráfico compõe 12% das questões de concursos. Quando você já tiver estudado e revisado os assuntos 
mais recorrentes, estude também PAD e Poderes Administrativos. 
 
 
 
 
 
 
24%
20%
11%
10%
8%
8%
7%
12%
Direito Administrativo: Tópicos mais cobrados
Licitações
Agentes Públicos
Organização da Administração Pública
Atos Administrativos
Improbidade Administrativa
Contratos Administrativos
Regime Jurídico Administrativo
Outros (PAD; Poderes Administrativos)
 
 
Direito Administrativo 
2. Improbidade Administrativa: subtópicos mais cobrados 
 
Guerreiro(a), neste gráfico indicaremos os principais subtópicos dentro do tópico Improbidade 
Administrativa. 
Os subtópicos Atos de Improbidade Administrativas e suas funções abarcam exatamente 59% das 
questões. Veja como seu estudo precisa ser estratégico! Não perca tempo estudando de forma passiva e 
catedrática, mas otimize ao aprofundar e revisar aquilo que mais cai! Neste material já mastigamos tudo 
para você! 
Todos os subtópicos mais cobrados são exaustivamente debatidos pela doutrina e compõem este 
material. 
Estudando por nossos quadros esquemáticos, bizus e questões selecionadas você vai arrematar esses 
temas “clássicos”, que não possuem muitas surpresas. Solidifique seu conhecimento e garanta pontos 
nessas questões que são basilares! 
 
Concurseiro(a), repare que a fatia Demais disposições da Lei 8.429/92 e Disposições gerais da 
Improbidade Administrativa do gráfico compõe 41% das questões de concursos. Quando você já tiver 
estudado e revisado os assuntos mais recorrentes, não deixe de estudar esses subtópicos. 
Na próxima página, já faremos uma breve explicitação dospontos expostos no gráfico acima no EDITAL 
BIZURADO. 
Como assim? 
Então, analisando centenas de editais e de provas, descobrimos que os editais dos concursos são 
extensos propositalmente. Isso mesmo! 
Observe que os editais são gigantes, cheio de informações de conteúdos ligados às respectivas 
disciplinas, mas, na verdade, as bancas de concurso concentram as cobranças nas provas em pontos 
específicos. Destarte, fica claro que é um artifício para confundir os(as) candidatos(as), para fazer com que 
ele sinta a necessidade de estudar tudo de tudo. 
Por este motivo, passamos a “bizurar o edital” para os(as) concurseiros(as), mapeando o que 
realmente será cobrado na prova, ajudando e direcionando seus estudos para que possa aprofundar 
e dominar os assuntos que sejam necessários e suficientes na sua aprovação. 
 
59%21%
20%
Improbidade Administrativa: Subtópicos mais 
cobrados
Atos de Improbidade Administrativa e suas
Sanções
Demais disposições da Lei 8.429/92
Disposições gerais da Improbidade
Administrativa
 
 
Direito Administrativo 
 
3. Improbidade Administrativa: cobrança por banca 
 
Concurseiro(a), para montar este material sobre Improbidade Administrativa, analisamos 4.002 provas de 
concursos e 3.340 questões. 
Boa parte dos estudantes, 87,9%, acertam questões sobre o tema, enquanto 12,1% erram. 
A CESPE/CEBRASPE é a banca que mais aborda o tema, seguida pela FCC, QUADRIX, VUNESP e 
FGV. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42%
26%
15%
10%
7%
Improbidade Administrativa: Cobrança por 
banca
CESPE/CEBRASPE
FCC
QUADRIX
VUNESP
FGV
 
 
Direito Administrativo 
 
DISCIPLINA: DIREITO ADMINISTRATIVO 
TÓPICO NOVA LEI DE IMPROBIDADE (Lei 14.230/21) 
SUBTÓPICOS 
Condutas dolosas e culposas 
Novos atos caracterizadores de improbidade 
Novas sanções 
Prescrição e novos aspectos processuais e procedimentais 
MAPA 
Professor, a caracterização de improbidade prescinde do dolo? 
Se liga, combatente! Agora, de acordo com o art. 1º, §1º e o art. 17-C, §1º, Lei 
8.429/92, com a alteração promovida pela Lei 14.230/21, será ato de improbidade 
apenas a conduta dolosa. 
Assim, a resposta à pergunta é negativa, pois é imprescindível o dolo para que uma 
conduta seja considerada como improbidade administrativa. 
Mas o que é o dolo? 
Concursando(a), a própria lei responde essa pergunta no art. 1º, §2º: é a vontade livre 
e consciente de enriquecer ilicitamente, lesar o erário ou violar princípio administrativo, 
não bastando a voluntariedade do agente. 
Fique atento(a) pois, anteriormente, o ato de “lesão ao erário” poderia ser punido 
mediante mera culpa. Agora, todas as condutas (enriquecimento ilícito, lesão ao 
erário e violação de princípios administrativos) dependem de dolo do agente para 
que seja caracterizada a improbidade administrativa 
Professor, um particular pode praticar ato de improbidade? 
Se liga, guerreiro(a)! Caso um terceiro induza ou concorra dolosamente para a 
prática do ato ímprobo, a lei será aplicada em seu desfavor. 
Ademais, em regra, os sócios, cotistas etc. de uma pessoa jurídica de direito privado 
não respondem pelo ato de improbidade imputado à pessoa jurídica, salvo se, 
comprovadamente, participarem ou se beneficiarem diretamente. 
Professor, as alterações trouxeram novas condutas ímprobas? 
Combatente, dentre as novas hipóteses de improbidade, destaca-se o nepotismo, 
inclusive o chamado “nepotismo cruzado”, até o terceiro grau, para cargos de 
confiança e a promoção pessoal de agentes públicos em atos, programas, obras, 
serviços ou campanhas dos órgãos públicos. 
Ademais, deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade previstos 
na legislação, não é mais um ato de improbidade administrativa, pois o inciso IX do 
art. 11, Lei 8.429/92 foi revogado! 
O ato de “lesão ao erário” possui nova característica? 
Sim! Guerreiro(a), afirma o art. 10, §1º, Lei 8.429/92 que, a simples perda patrimonial 
decorrente da atividade econômica, não caracterizará o ato como ímprobo, salvo se 
comprovado ato doloso praticado com essa finalidade. 
Professor, todas as condutas ímprobas podem ensejar a perda do cargo público? 
Combatente, as sanções por atos de improbidade sofreram alterações profundas, com 
a edição da Lei 14.230/21. E agora, o ato de “atentar contra princípios da 
 
 
Direito Administrativo 
 
 
 
 
administração” não enseja perda do cargo ou suspensão dos direitos políticos, na 
forma da nova redação do art. 12, III, Lei 8.429/92. 
Aplica-se o princípio da bagatela para os atos de improbidade? 
Atenção, concurseiro(a)! O art. 12, §5º, Lei 8.429/92, agora prevê expressamente essa 
possibilidade! Quando o ato praticado for de menor ofensa aos bens jurídicos 
protegidos pela lei, a sanção vai se limitar à aplicação de multa, podendo o agente, 
ainda, ser compelido a ressarcir o prejuízo e perder eventuais valores obtidos com a 
conduta ímproba. 
Professor, qual o prazo prescricional da ação por ato de improbidade? 
Concurseiro(a), se ligue nesse tema quente! A Lei 14.230/21 trouxe um prazo 
prescricional único para as ações por atos de improbidade, a saber, 8 (oito) anos. E 
esse prazo é contado a partir da ocorrência do fato ou, no caso de infrações 
permanentes, do dia em que cessar a permanência. 
E quem é o titular para o ajuizamento de uma ação de improbidade? 
Combatente, anteriormente, qualquer pessoa jurídica poderia ajuizar uma ação. 
Todavia, o art. 7º, Lei 8.429/92, trazido pela Lei 14.230/21, afirma que, agora, o único 
titular das ações de improbidade é o Ministério Público. 
Mas não confunda bife à milanesa com bife ali na mesa, guerreiro(a)! Apesar de a 
atribuição para o ajuizamento da ação ser exclusiva do MP, a atribuição para investigar 
e apurar, administrativamente, a prática de um ato de improbidade, é de todas as 
pessoas jurídicas envolvidas. 
Inclusive, e na forma do art. 14, Lei 8.429/92, qualquer pessoa poderá representar à 
autoridade administrativa competente, com vistas à apuração da prática de ato de 
improbidade. 
 
 
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Direito Administrativo 
4. Condutas dolosas x culposas 
 
Guerreiro(a), na redação anterior, a Lei de Improbidade (Lei 8.429/92) afirmava que unicamente as 
condutas previstas no art. 9º (improbidade que gera enriquecimento ilícito) e art. 11 (improbidade que viola 
princípios administrativos) eram penalizadas se presente o elemento subjetivo (dolo). Essa era, inclusive, 
a orientação adotada pelo STJ1. 
Agora isso mudou! As alterações promovidas pela Lei 14.230/21, determinam que todas as condutas 
previstas na Lei 8.429/92 (art. 9º, art. 10 e art. 11) dependem, para a sua caracterização, da demonstração 
do dolo do agente. 
Assim, não se esqueça: a mera ilegalidade na conduta, isoladamente considerada, não tem o condão de 
caracterizar o ato como de improbidade administrativa, na forma do art. 17-C, §1º, Lei 8.429/92. 
 
 
 
Concursando(a), a Lei 14.230/21 trouxe também a necessidade de caracterização de um especial fim de 
agir, para que o agente possa ser punido por improbidade. 
Assim, além da comprovação do dolo (elemento subjetivo), haverá ato ímprobo apenas se ficar 
comprovado, na conduta funcional do agente público, o fim de obter proveito ou benefício indevido 
(especial fim de agir) para si ou para outra pessoa ou entidade, na forma do art. 11, §§1º e 2º, Lei 8.429/92. 
 
Mas professor, se o agente cometer uma irregularidade, mas não houver comprovação do dolo, ele 
ficará impune? 
Cuidado, combatente! Como você percebeu, a ação judicial que visa punir um agente em razão da prática 
de um ato de improbidade apenas terá êxito se ficar comprovado o dolo e o especial fim de agir na conduta 
do agente. 
Todavia, na forma do art. 17, §16, Lei 8.429/92, a qualquer momento, se o magistrado identificar a 
existência de ilegalidades ou de irregularidades administrativas a serem sanadas sem que estejam 
presentes todos os requisitos para a imposição das sanções aos agentes incluídos no polo passivoda 
demanda (por exemplo, quando não comprovado o dolo) ele poderá, em decisão motivada, converter a 
ação de improbidade administrativa em ação civil pública (Lei 7.347/85). 
 
Futuro(a) aprovado(a), confira essas importantes alterações na Lei de Improbidade: 
NOVIDADE LEGISLATIVA 
ANTES DA LEI 14.230/21 DEPOIS DA LEI 14.230/21 
Art. 1° Os atos de improbidade praticados por 
qualquer agente público, servidor ou não, contra a 
administração direta, indireta ou fundacional de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de 
empresa incorporada ao patrimônio público ou de 
entidade para cuja criação ou custeio o erário 
haja concorrido ou concorra com mais de 
cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita 
anual, serão punidos na forma desta lei. 
Art. 1º O sistema de responsabilização por atos de 
improbidade administrativa tutelará a probidade na 
organização do Estado e no exercício de suas 
funções, como forma de assegurar a integridade do 
patrimônio público e social, nos termos desta Lei 
 
Parágrafo único. Estão também sujeitos às 
penalidades desta lei os atos de improbidade 
praticados contra o patrimônio de entidade que 
receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal 
§1º Consideram-se atos de improbidade 
administrativa as condutas dolosas tipificadas nos 
arts. 9º, 10 e 11 desta Lei, ressalvados tipos previstos 
em leis especiais. 
 
1 STJ. REsp 875.163/RS. 1ª Turma. Rel. Min Denise Arruda, julgado em 19/05/ 2009. 
 
 
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Direito Administrativo 
ou creditício, de órgão público bem como daquelas 
para cuja criação ou custeio o erário haja 
concorrido ou concorra com menos de cinqüenta 
por cento do patrimônio ou da receita anual, 
limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à 
repercussão do ilícito sobre a contribuição dos 
cofres públicos. 
 
Sem correspondência §2º Considera-se dolo a vontade livre e consciente 
de alcançar o resultado ilícito tipificado nos arts. 9º, 
10 e 11 desta Lei, não bastando a voluntariedade do 
agente. 
Sem correspondência § 3º O mero exercício da função ou desempenho de 
competências públicas, sem comprovação de ato 
doloso com fim ilícito, afasta a responsabilidade 
por ato de improbidade administrativa. 
Sem correspondência § 4º Aplicam-se ao sistema da improbidade 
disciplinado nesta Lei os princípios constitucionais 
do direito administrativo sancionador. 
Sem correspondência § 5º Os atos de improbidade violam a probidade na 
organização do Estado e no exercício de suas 
funções e a integridade do patrimônio público e 
social dos Poderes Executivo, Legislativo e 
Judiciário, bem como da administração direta e 
indireta, no âmbito da União, dos Estados, dos 
Municípios e do Distrito Federal. 
Sem correspondência § 6º Estão sujeitos às sanções desta Lei os atos de 
improbidade praticados contra o patrimônio de 
entidade privada que receba subvenção, 
benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de 
entes públicos ou governamentais, previstos no §5º 
deste artigo. 
Sem correspondência §7º Independentemente de integrar a 
administração indireta, estão sujeitos às sanções 
desta Lei os atos de improbidade praticados contra 
o patrimônio de entidade privada para cuja criação ou 
custeio o erário haja concorrido ou concorra no 
seu patrimônio ou receita atual, limitado o 
ressarcimento de prejuízos, nesse caso, à 
repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres 
públicos. 
Sem correspondência §8º Não configura improbidade a ação ou omissão 
decorrente de divergência interpretativa da lei, 
baseada em jurisprudência, ainda que não 
pacificada, mesmo que não venha a ser 
posteriormente prevalecente nas decisões dos 
órgãos de controle ou dos tribunais do Poder 
Judiciário. 
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no 
que couber, àquele que, mesmo não sendo agente 
público, induza ou concorra para a prática do ato 
de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer 
forma direta ou indireta. 
Art. 3º As disposições desta Lei são aplicáveis, no 
que couber, àquele que, mesmo não sendo agente 
público, induza ou concorra dolosamente para a 
prática do ato de improbidade. 
§1º Os sócios, os cotistas, os diretores e os 
colaboradores de pessoa jurídica de direito privado 
não respondem pelo ato de improbidade que venha 
 
 
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Direito Administrativo 
a ser imputado à pessoa jurídica, salvo se, 
comprovadamente, houver participação e 
benefícios diretos, caso em que responderão nos 
limites da sua participação. 
§ 2º As sanções desta Lei não se aplicarão à pessoa 
jurídica, caso o ato de improbidade administrativa 
seja também sancionado como ato lesivo à 
administração pública de que trata a Lei nº 12.846, 
de 1º de agosto de 2013. 
 
Concurseiro(a), se ligue nas alterações promovidas nas três condutas ímprobas: 
NOVIDADE LEGISLATIVA 
ANTES DA LEI 14.230/21 DEPOIS DA LEI 14.230/21 
Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa 
importando enriquecimento ilícito auferir qualquer 
tipo de vantagem patrimonial indevida em razão 
do exercício de cargo, mandato, função, emprego 
ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° 
desta lei, e notadamente: 
Art. 9º Constitui ato de improbidade administrativa 
importando em enriquecimento ilícito auferir, 
mediante a prática de ato doloso, qualquer tipo de 
vantagem patrimonial indevida em razão do exercício 
de cargo, de mandato, de função, de emprego ou de 
atividade nas entidades referidas no art. 1º desta Lei, 
e notadamente 
Art. 10. Constitui ato de improbidade 
administrativa que causa lesão ao erário qualquer 
ação ou omissão, dolosa ou culposa, que 
enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, 
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou 
haveres das entidades referidas no art. 1º desta 
lei, e notadamente: 
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa 
que causa lesão ao erário qualquer ação ou 
omissão dolosa, que enseje, efetiva e 
comprovadamente, perda patrimonial, desvio, 
apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos 
bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º 
desta Lei, e notadamente: 
Art. 11. Constitui ato de improbidade 
administrativa que atenta contra os princípios da 
administração pública qualquer ação ou omissão 
que viole os deveres de honestidade, 
imparcialidade, legalidade, e lealdade às 
instituições, e notadamente: 
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa 
que atenta contra os princípios da administração 
pública a ação ou omissão dolosa que viole os 
deveres de honestidade, de imparcialidade e de 
legalidade, caracterizada por uma das seguintes 
condutas: 
Preciso que ouça a orientação do professor para não errar esse assunto na prova. 
Ele irá chamar sua atenção para as pegadinhas mais usuais utilizadas pelas bancas. 
 
Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92) 
Art. 1º O sistema de responsabilização por atos de improbidade administrativa tutelará a probidade na 
organização do Estado e no exercício de suas funções, como forma de assegurar a integridade do patrimônio 
público e social, nos termos desta Lei. 
§1º Consideram-se atos de improbidade administrativa as condutas dolosas tipificadas nos arts. 9º, 10 
e 11 desta Lei, ressalvados tipos previstos em leis especiais. 
(...) 
Art. 11. §1º Nos termos da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, promulgada pelo Decreto 
nº 5.687, de 31 de janeiro de 2006, somente haverá improbidade administrativa, na aplicação deste artigo, 
quando for comprovado na conduta funcional do agente público o fim de obter proveito ou benefício 
indevido para si ou para outra pessoa ou entidade. 
 
 
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Direito Administrativo 
§2º Aplica-se o disposto no §1º deste artigo a quaisquer atos de improbidade administrativa tipificados 
nesta Lei e em leis especiais e a quaisquer outros tipos especiais de improbidade administrativa instituídos 
por lei. 
(...) 
Art. 17-C. §1º A ilegalidadesem a presença de dolo que a qualifique não configura ato de improbidade. 
 
 
1. (QSimulados – 2021 – Questão Inédita) De acordo com a nova redação da Lei de Improbidade 
Administrativa, o rol das condutas que violam os princípios da Administração Pública pode ser considerado 
exemplificativo. 
Certo ou Errado 
 
2. (QSimulados – 2021 - Questão Inédita) Situação hipotética: Arnaldo, servidor público, foi acusado de 
ter praticado um ato de improbidade administrativa, na modalidade enriquecimento ilícito. Assertiva: Nessa 
situação, a condenação de Arnaldo dependerá, apenas, da comprovação do elemento subjetivo, a saber, o 
dolo, sendo prescindível qualquer comprovação quanto a um especial fim de agir. 
Certo ou Errado 
 
3. (QSimulados – 2021 – Questão Inédita) Na Lei de Improbidade Administrativa não está prevista, em 
qualquer hipótese, a pena de demissão do agente público. 
Certo ou Errado 
 
 
1. COMENTÁRIO: candidato(a), se ligue na “pegadinha”! Na redação anterior do art.11, Lei 8.429/92, que 
traz a conduta de “atentar contra os princípios da administração”, havia a expressão “e notadamente”, 
antes da apresentação do rol de condutas. Assim, entendia-se que se tratava de um rol meramente 
exemplificativo. 
Todavia, a nova redação do art. 11, Lei 8.429/92, trazida pela Lei 14.230/21, parece ter limitado o rol de 
condutas, tornando-o taxativo. Isso porque, agora, antes de apresentar os incisos, o art. 11, Lei 8.429/92, 
substituiu a expressão “e notadamente” pela frase “caracterizada por uma das seguintes condutas”. 
O item está errado. 
 
2. COMENTÁRIO: grande guerreiro(a), fique atento(a)! Além da comprovação do dolo (elemento 
subjetivo), haverá ato ímprobo apenas se ficar comprovado, na conduta do agente público, o fim de obter 
proveito ou benefício indevido (especial fim de agir) para si ou para outra pessoa ou entidade, na forma 
do art. 11, §§1º e 2º, Lei 8.429/92. 
Assim, para que Arnaldo seja punido por um ato de improbidade, será imprescindível a comprovação do 
especial fim de agir, além da comprovação do dolo na sua conduta. 
O item está errado. 
 
3. COMENTÁRIO: concursando(a), existe esta possibilidade na Lei de Improbidade! Trata-se da disposição 
do art. 13, §3º, Lei 8.429/92 pois, se o agente público se recusar a prestar declaração de bens dentro do 
prazo determinado, ou ainda, se prestar declaração falsa, ele será apenado com demissão, sem prejuízo 
de outras sanções cabíveis. 
O item está errado. 
 
 
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5. Novos atos caracterizadores de improbidade 
 
Professor, a concessão irregular de benefício tributário ainda é ato de improbidade? 
Concurseiro(a), se ligue nesse tema quente! Na redação anterior da Lei 8.429/92 (art. 10-A), considerava-
se como conduta ímproba própria, a ação ou omissão que objetivasse conceder, aplicar ou manter 
benefício afeto ao ISS (Imposto sobre Serviços), em desconformidade com os ditames da LC 116/03, 
legislação que cuida deste tributo municipal. 
Esse artigo foi revogado! 
Ah Professor, então não há mais improbidade referente a esta conduta? 
Cuidado, combatente! A concessão, manutenção ou aplicação de benefício tributário de maneira ilegal, afeto 
ao ISS, continua sendo ato de improbidade. Todavia, não será uma conduta ímproba isolada, ou seja, 
própria! Agora, essa conduta pode caracterizar um ato de lesão ao erário, conforme o rol do art. 10, XXII, 
Lei 8.429/92. 
Mas qual a diferença? 
Se liga no “pulo do gato”, guerreiro(a)! Em primeiro lugar, essa conduta apenas poderá ser caracterizada 
como ímproba se comprovado o dolo do agente que concedeu o benefício, bem como o especial fim de 
agir caracterizado no fim de obter proveito ou benefício indevido, tudo de acordo com o art. 1º, §1º, art. 
11, §§1º e 2º e art. 17-C, §1º, trazidos pela Lei 14.230/21. 
Ademais, é necessária a comprovação de que ocorreu perda patrimonial com a referida concessão, 
manutenção ou aplicação do benefício fiscal em contrariedade à LC 116/03, conforme a nova redação do 
art. 10, caput, Lei 8.429/92. 
 
Guerreiro(a), agora, para que um atentado contra os princípios da Administração Pública seja 
considerado improbidade (art. 11, Lei 8.429/92), exige-se a comprovação de que ocorreu um dano 
relevante. 
Isso porque, a Lei 14.230/21, acrescentou o §1º ao art. 11, afirmando que somente haverá improbidade 
administrativa, nas violações aos princípios administrativos, quando for comprovada uma lesividade 
relevante ao bem jurídico tutelado. 
Ademais, é imprescindível que haja indicação das normas constitucionais, legais ou infralegais violadas, 
tudo conforme o art. 11, §3º, Lei 8.429/92. 
 
Professor, o que é nepotismo? 
Concursando(a), trata-se da conduta do agente público que aloca “protegidos” sob sua tutela, através do 
preenchimento de cargos de confiança. Dentre os princípios que são violados por esta conduta, estão 
principalmente os da impessoalidade e da moralidade. 
Dada a importância do tema, o STF editou Súmula específica: 
Súmula Vinculante nº 13: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por 
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa 
jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão 
ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer 
dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante 
designações recíprocas, viola a Constituição Federal. 
E o nepotismo é um ato de improbidade? 
Grande guerreiro(a), a Lei 14.230/21 trouxe uma disposição expressa, no art. 11, XI, Lei 8.429/92, afirmando 
que o nepotismo caracteriza ato de improbidade que atenta contra os princípios da administração. 
Contudo, há uma importantíssima ressalva, pois, o art. 11, §5º, Lei 8.429/92, informa que não se configurará 
improbidade a mera nomeação ou indicação política por parte dos detentores de mandatos eletivos, 
sendo imprescindível a aferição de dolo com finalidade ilícita por parte do agente. 
 
 
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Concurseiro(a), não se esqueça que, a conduta de deixar de cumprir a exigência de requisitos de 
acessibilidade previstos na legislação, não é mais um ato de improbidade administrativa, pois o inciso 
IX do art. 11, Lei 8429/92 foi revogado! 
 
Querido(a) concurseiro(a), se ligue nas alterações referentes às condutas consideradas ímprobas: 
NOVIDADE LEGISLATIVA 
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO 
ANTES DA LEI 14.230/21 DEPOIS DA LEI 14.230/21 
Art. 9º, IV - utilizar, em obra ou serviço particular, 
veículos, máquinas, equipamentos ou material de 
qualquer natureza, de propriedade ou à disposição 
de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° 
desta lei, bem como o trabalho de servidores 
públicos, empregados ou terceiros contratados por 
essas entidades; 
Art. 9º, IV - utilizar, em obra ou serviço particular, 
qualquer bem móvel, de propriedade ou à 
disposição de qualquer das entidades referidas no 
art. 1º desta Lei, bem como o trabalho de servidores, 
de empregados ou de terceiros contratados por 
essas entidades; 
Art. 9º, VI - receber vantagem econômica de 
qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer 
declaração falsa sobre medição ou avaliação em 
obras públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre 
quantidade, peso, medida, qualidade ou 
característica de mercadorias ou bens fornecidos 
a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º 
desta lei; 
Art. 9º, VI - receber vantagem econômica de 
qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer 
declaração falsa sobre qualquer dado técnico que 
envolva obras públicas ou qualquer outro serviço ou 
sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou 
característica de mercadorias ou bens fornecidos a 
qualquer das entidades referidas no art. 1º desta Lei; 
Art. 9º, VII - adquirir, para si ou para outrem, no 
exercício de mandato, cargo, emprego ou função 
pública,bens de qualquer natureza cujo valor seja 
desproporcional à evolução do patrimônio ou à 
renda do agente público; 
Art. 9º, VII - adquirir, para si ou para outrem, no 
exercício de mandato, de cargo, de emprego ou de 
função pública, e em razão deles, bens de qualquer 
natureza, decorrentes dos atos descritos no caput 
deste artigo, cujo valor seja desproporcional à 
evolução do patrimônio ou à renda do agente público, 
assegurada a demonstração pelo agente da 
licitude da origem dessa evolução; 
LESÃO AO ERÁRIO 
ANTES DA LEI 14.230/21 DEPOIS DA LEI 14.230/21 
Art. 10-A. Constitui ato de improbidade 
administrativa qualquer ação ou omissão para 
conceder, aplicar ou manter benefício financeiro 
ou tributário contrário ao que dispõem o caput e o 
§ 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, 
de 31 de julho de 2003. 
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa 
que causa lesão ao erário qualquer ação ou 
omissão dolosa, que enseje, efetiva e 
comprovadamente, perda patrimonial, desvio, 
apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos 
bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º 
desta Lei, e notadamente: 
I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a 
incorporação ao patrimônio particular, de pessoa 
física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou 
valores integrantes do acervo patrimonial das 
entidades mencionadas no art. 1º desta lei; 
I - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a 
indevida incorporação ao patrimônio particular, de 
pessoa física ou jurídica, de bens, de rendas, de 
verbas ou de valores integrantes do acervo 
patrimonial das entidades referidas no art. 1º desta 
Lei; 
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de 
processo seletivo para celebração de parcerias 
com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los 
indevidamente; 
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de 
processo seletivo para celebração de parcerias com 
entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los 
indevidamente, acarretando perda patrimonial 
efetiva; 
 
 
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X - agir negligentemente na arrecadação de 
tributo ou renda, bem como no que diz respeito à 
conservação do patrimônio público; 
X - agir ilicitamente na arrecadação de tributo ou de 
renda, bem como no que diz respeito à conservação 
do patrimônio público; 
XIX - agir negligentemente na celebração, 
fiscalização e análise das prestações de contas de 
parcerias firmadas pela administração pública com 
entidades privadas; 
XIX - agir para a configuração de ilícito na 
celebração, na fiscalização e na análise das 
prestações de contas de parcerias firmadas pela 
administração pública com entidades privadas; 
XX - agir negligentemente na celebração, 
fiscalização e análise das prestações de contas de 
parcerias firmadas pela administração pública com 
entidades privadas; 
XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela 
administração pública com entidades privadas sem a 
estrita observância das normas pertinentes ou influir 
de qualquer forma para a sua aplicação irregular; 
Sem correspondência. XXII - conceder, aplicar ou manter benefício 
financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o 
caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 
116, de 31 de julho de 2003. 
VIOLAÇÃO A PRINCÍPIO ADMINISTRATIVO 
ANTES DA LEI 14.230/21 DEPOIS DA LEI 14.230/21 
Art. 11. Constitui ato de improbidade 
administrativa que atenta contra os princípios da 
administração pública qualquer ação ou omissão 
que viole os deveres de honestidade, 
imparcialidade, legalidade, e lealdade às 
instituições, e notadamente: 
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa 
que atenta contra os princípios da administração 
pública a ação ou omissão dolosa que viole os 
deveres de honestidade, de imparcialidade e de 
legalidade, caracterizada por uma das seguintes 
condutas: 
III - revelar fato ou circunstância de que tem 
ciência em razão das atribuições e que deva 
permanecer em segredo; 
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência 
em razão das atribuições e que deva permanecer em 
segredo, propiciando beneficiamento por 
informação privilegiada ou colocando em risco a 
segurança da sociedade e do Estado; 
IV - negar publicidade aos atos oficiais; IV - negar publicidade aos atos oficiais, exceto em 
razão de sua imprescindibilidade para a segurança 
da sociedade e do Estado ou de outras hipóteses 
instituídas em lei; 
V - frustrar a licitude de concurso público; 
 
 
V - frustrar, em ofensa à imparcialidade, o caráter 
concorrencial de concurso público, de 
chamamento ou de procedimento licitatório, com 
vistas à obtenção de benefício próprio, direto ou 
indireto, ou de terceiros; 
VI - deixar de prestar contas quando esteja 
obrigado a fazê-lo; 
 
 
VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado 
a fazê-lo, desde que disponha das condições para 
isso, com vistas a ocultar irregularidades; 
Sem correspondência. XI - nomear cônjuge, companheiro ou parente em 
linha reta, colateral ou por afinidade, até o 
terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante 
ou de servidor da mesma pessoa jurídica 
investido em cargo de direção, chefia ou 
assessoramento, para o exercício de cargo em 
comissão ou de confiança ou, ainda, de função 
gratificada na administração pública direta e 
indireta em qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
compreendido o ajuste mediante designações 
recíprocas; 
 
 
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Sem correspondência. XII - praticar, no âmbito da administração pública e 
com recursos do erário, ato de publicidade que 
contrarie o disposto no § 1º do art. 37 da Constituição 
Federal, de forma a promover inequívoco 
enaltecimento do agente público e 
personalização de atos, de programas, de obras, de 
serviços ou de campanhas dos órgãos públicos. 
 
Preciso que ouça a orientação do professor para não errar esse assunto na prova. 
Ele irá chamar sua atenção para as pegadinhas mais usuais utilizadas pelas 
bancas. 
 
Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92) 
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão 
dolosa, que enseje, efetiva e comprovadamente, perda patrimonial, desvio, apropriação, 
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta Lei, e 
notadamente: 
(...) 
XXII - conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o caput 
e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. 
(...) 
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração 
pública a ação ou omissão dolosa que viole os deveres de honestidade, de imparcialidade e de legalidade, 
caracterizada por uma das seguintes condutas: 
(...) 
V - frustrar, em ofensa à imparcialidade, o caráter concorrencial de concurso público, de chamamento 
ou de procedimento licitatório, com vistas à obtenção de benefício próprio, direto ou indireto, ou de 
terceiros; 
VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo, desde que disponha das condições para 
isso, com vistas a ocultar irregularidades 
VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, 
teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço. 
VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação de contas de parcerias firmadas 
pela administração pública com entidades privadas. 
§1º Nos termos da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, promulgada pelo Decreto nº 5.687, 
de 31 de janeiro de 2006, somente haverá improbidade administrativa, na aplicação deste artigo, quando 
for comprovado na conduta funcional do agente público o fim de obter proveito ou benefício indevido 
para si ou para outra pessoa ou entidade. 
§2º Aplica-se o dispostono §1º deste artigo a quaisquer atos de improbidade administrativa tipificados 
nesta Lei e em leis especiais e a quaisquer outros tipos especiais de improbidade administrativa instituídos 
por lei. 
§3º O enquadramento de conduta funcional na categoria de que trata este artigo pressupõe a 
demonstração objetiva da prática de ilegalidade no exercício da função pública, com a indicação das 
normas constitucionais, legais ou infralegais violadas. 
§4º Os atos de improbidade de que trata este artigo exigem lesividade relevante ao bem jurídico tutelado 
para serem passíveis de sancionamento e independem do reconhecimento da produção de danos ao 
erário e de enriquecimento ilícito dos agentes públicos. 
§5º Não se configurará improbidade a mera nomeação ou indicação política por parte dos detentores de 
 
 
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mandatos eletivos, sendo necessária a aferição de dolo com finalidade ilícita por parte do agente. 
(...) 
LC 116/03 (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) 
Art. 8º-A. A alíquota mínima do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza é de 2% (dois por cento). 
§1º O imposto não será objeto de concessão de isenções, incentivos ou benefícios tributários ou 
financeiros, inclusive de redução de base de cálculo ou de crédito presumido ou outorgado, ou sob 
qualquer outra forma que resulte, direta ou indiretamente, em carga tributária menor que a decorrente 
da aplicação da alíquota mínima estabelecida no caput, exceto para os serviços a que se referem os 
subitens 7.02, 7.05 e 16.01 da lista anexa a esta Lei Complementar. 
§2º É nula a lei ou o ato do Município ou do Distrito Federal que não respeite as disposições relativas à 
alíquota mínima previstas neste artigo no caso de serviço prestado a tomador ou intermediário localizado 
em Município diverso daquele onde está localizado o prestador do serviço. 
§3º A nulidade a que se refere o §2º deste artigo gera, para o prestador do serviço, perante o Município ou 
o Distrito Federal que não respeitar as disposições deste artigo, o direito à restituição do valor efetivamente 
pago do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza calculado sob a égide da lei nula. 
 
4. (QSimulados – 2021 – Questão Inédita) Na forma das alterações trazidas pela Lei 14.230/21 sobre a 
Lei de Improbidade Administrativa, é correto afirmar que, a sanção de suspensão de direitos políticos será 
aplicada até um limite de 15 anos. 
Certo ou errado 
 
5. (QSimulados – 2021 – Questão Inédita) Situação hipotética: Hudson praticou ato de improbidade 
administrativa que resultou em enriquecimento ilícito, no período em que era Deputado Estadual. Após os 
trâmites processuais, houve a efetiva condenação, com o trânsito em julgado. Ocorre que, no momento da 
sentença, Hudson não mais ocupava o cargo de Deputado, tendo em vista o encerramento do seu mandato. 
Agora, Hudson está ocupando o cargo público de Fiscal de Tributos, pois havia sido aprovado em um 
concurso municipal. Assertiva: Pelas regras da Lei de Improbidade, em regra, a condenação sofrida por 
Hudson irá resultar na perda do cargo que ocupa hoje, isto, de Fiscal de Tributos Municipal. 
Certo ou errado 
 
6. (QSimulados – 2021 – Questão Inédita) As sanções impostas quando alguém pratica um ato ímprobo, 
poderão ser revisadas pelo STJ, em sede de Recurso Especial. Todavia, essa revisão poderá operar-se 
unicamente quando violados os princípios da proporcionalidade e razoabilidade. 
Certo ou Errado 
 
 
4. COMENTÁRIO: concurseiro(a), se ligue na “pegadinha”! Na forma do art. 18-A, parágrafo único, Lei 
8.429/92, a suspensão de direitos políticos, bem como a proibição de contratar ou de receber incentivos 
fiscais ou creditícios do poder público, são sanções limitadas ao prazo de 20 (vinte) anos. 
O item está errado. 
 
5. COMENTÁRIO: olho aberto para esse tema quente, concurseiro(a)! Agora, há expressa disposição na 
Lei 8.429/92, em seu art. 12, §1º, no sentido de que a penalidade de perda da função pública atingirá 
apenas o vínculo de mesma qualidade e natureza que o agente detinha na época do cometimento da 
infração. 
Mas se liga na exceção, combatente! Pode o juiz, excepcionalmente, e quando o ato ímprobo praticado 
for o de enriquecimento ilícito, estender essa sanção a vínculo diverso, consideradas as circunstâncias 
 
 
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do caso e a gravidade da infração. 
O item está errado. 
 
6. COMENTÁRIO: guerreiro(a), é muito importante você conhecer este entendimento jurisprudencial! 
Conforme noticiado no Informativo nº 549, o STJ2 entende que a revisão das penalidades por ato de 
improbidade, quando da análise de um Recurso Especial, ocorre apenas quando violados os princípios da 
proporcionalidade e razoabilidade. 
O item está certo. 
 
6. Novas sanções 
 
Combatente, em todas as modalidades de improbidade, caso ocorra dano patrimonial, deverá haver o 
ressarcimento integral por parte do agente causador, na forma do caput do art. 12, Lei 8.4.29/92. 
Ademais, o responsável por um ato de improbidade estará sujeito às seguintes cominações: 
1) Enriquecimento ilícito: perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, perda da 
função pública, suspensão dos direitos políticos até 14 (catorze) anos, pagamento de multa civil 
equivalente ao valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o poder público ou de receber 
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa 
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 14 (catorze) anos. 
2) Lesão ao erário: perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta 
circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos até 12 (doze) anos, pagamento 
de multa civil equivalente ao valor do dano e proibição de contratar com o poder público ou de receber 
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa 
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 12 (doze) anos. 
3) Violação de princípios administrativos: pagamento de multa civil de até 24 (vinte e quatro) vezes o 
valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o poder público ou de receber 
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa 
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 4 (quatro) anos. 
 
Combatente, o STF3 decidiu, ainda no ano de 2021, mas em período anterior à publicação da nova lei de 
Improbidade, que a sanção de suspensão dos direitos políticos não se aplicaria aos atos culposos 
causadores de prejuízo aos cofres públicos. 
Ademais, afirmou que a mesma penalidade não seria aplicável aos atos de improbidade resultantes de 
violação a princípio administrativo, com o rol trazido pelo art. 11, Lei 8.429/92. 
Note-se, então, que as alterações promovidas pela Lei 14.230/21, e que retiraram essa sanção do rol de 
penalidades quanto ao ato supra mencionando, demonstra que a novidade legislativa andou no mesmo 
entendimento do Supremo. 
 
Concursando(a), na forma do art. 12, §1º, Lei 8.429/92, a perda da função pública (para atos de 
enriquecimento ilícito e lesão ao erário), envolverá apenas o vínculo de mesma qualidade e natureza que 
o agente público ou político detinha com o poder público quando do cometimento da infração. 
Todavia, quando houver enriquecimento ilícito, poderá o juiz estender para outros vínculos, consideradas 
as circunstâncias do caso e a gravidade da infração. 
 
2 STJ. EREsp nº 1.215.121/RS. 1ª Seção. Relatoria: Min. Napoleão Nunes Maia Filho. Info 549, julgado em 14/08/2014. 
3 STF. ADI nº 6678 MC/DF. Rel. Min Gilmar Mendes, julgado em 1º/10/2021. 
 
 
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Professor, quando as sanções por ato de improbidade poderão ser executadas? 
Se liga, concurseiro(a)! Agora, há disposiçãoexpressa, trazida pela Lei 14.230/21, no sentido de que as 
sanções somente poderão ser executadas após o trânsito em julgado da sentença condenatória. Trata-se 
da determinação do art. 12, §9º, Lei 8.429/92. 
Além disso, na contagem do prazo da sanção de suspensão dos direitos políticos, será considerado 
retroativamente o intervalo de tempo entre a eventual decisão colegiada e o trânsito em julgado da 
sentença, na forma do art. 12, §10, Lei 14.230/21. 
 
Grande guerreiro(a), confira em nosso quadro as principais informações sobre as penalidades: 
ATOS ENRIQUECIMENTO 
ILÍCITO 
LESÃO AO 
ERÁRIO 
ATENTAR CONTRA 
OS PRINCÍPIOS DA 
ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
 
 
 
SANÇÕES 
Perda de bens ou valores 
acrescidos ilicitamente ao 
patrimônio 
Sim Se houver, sim Não há previsão 
Perda da função Sim Sim Não há previsão 
Ressarcimento do dano Se houver, sim Sim Não há previsão 
Suspensão dos direitos 
políticos 
Até 14 anos Até 12 anos Não há previsão 
Proibição de contratar com 
o poder público ou receber 
benefícios fiscais ou 
creditícios 
Até 14 anos Até 12 anos Até 4 anos 
 
 
Multa 
Valor do acréscimo 
patrimonial 
Valor do dano Até 24 (vinte e 
quatro) vezes o valor 
da remuneração 
percebida pelo agente 
Atenção: as sanções serão executadas apenas após o trânsito em julgado da sentença. 
Atenção: no caso de atos de menor ofensa aos bens jurídicos tutelados por esta Lei, a sanção 
limitar-se-á à aplicação de multa, sem prejuízo do ressarcimento do dano e da perda dos valores 
obtidos, quando for o caso. 
Exemplos: frustrar licitude de licitação de forma a acarretar efetiva perda patrimonial é ato de lesão ao 
erário; perceber vantagem econômica para intermediar a liberação de verba pública é ato de 
enriquecimento ilícito; frustrar o caráter concorrencial de concurso público é ato que atenta contra os 
princípios administrativos. 
 
Preciso que ouça a orientação do professor para não errar esse assunto na prova. 
Ele irá chamar sua atenção para as pegadinhas mais usuais utilizadas pelas 
bancas. 
 
 
 
 
 
 
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Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92) 
Art. 12. Independentemente do ressarcimento integral do dano patrimonial, se efetivo, e das sanções penais 
comuns e de responsabilidade, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável 
pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou 
cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: 
I - na hipótese do art. 9º desta Lei, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, perda 
da função pública, suspensão dos direitos políticos até 14 (catorze) anos, pagamento de multa civil 
equivalente ao valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o poder público ou de receber 
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa 
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 14 (catorze) anos 
II - na hipótese do art. 10 desta Lei, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se 
concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos até 12 (doze) anos, 
pagamento de multa civil equivalente ao valor do dano e proibição de contratar com o poder público ou 
de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio 
de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 12 (doze) anos 
III - na hipótese do art. 11 desta Lei, pagamento de multa civil de até 24 (vinte e quatro) vezes o valor da 
remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios 
ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da 
qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 4 (quatro) anos; 
§ 1º A sanção de perda da função pública, nas hipóteses dos incisos I e II do caput deste artigo, atinge 
apenas o vínculo de mesma qualidade e natureza que o agente público ou político detinha com o 
poder público na época do cometimento da infração, podendo o magistrado, na hipótese do inciso I do 
caput deste artigo, e em caráter excepcional, estendê-la aos demais vínculos, consideradas as 
circunstâncias do caso e a gravidade da infração. 
§ 2º A multa pode ser aumentada até o dobro, se o juiz considerar que, em virtude da situação econômica 
do réu, o valor calculado na forma dos incisos I, II e III do caput deste artigo é ineficaz para reprovação e 
prevenção do ato de improbidade. 
§ 3º Na responsabilização da pessoa jurídica, deverão ser considerados os efeitos econômicos e sociais 
das sanções, de modo a viabilizar a manutenção de suas atividades. 
§ 4º Em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a sanção de proibição de 
contratação com o poder público pode extrapolar o ente público lesado pelo ato de improbidade, 
observados os impactos econômicos e sociais das sanções, de forma a preservar a função social da pessoa 
jurídica, conforme disposto no § 3º deste artigo 
§ 5º No caso de atos de menor ofensa aos bens jurídicos tutelados por esta Lei, a sanção limitar-se-á à 
aplicação de multa, sem prejuízo do ressarcimento do dano e da perda dos valores obtidos, quando for o 
caso, nos termos do caput deste artigo 
§ 6º Se ocorrer lesão ao patrimônio público, a reparação do dano a que se refere esta Lei deverá deduzir 
o ressarcimento ocorrido nas instâncias criminal, civil e administrativa que tiver por objeto os mesmos 
fatos. 
§ 7º As sanções aplicadas a pessoas jurídicas com base nesta Lei e na Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 
2013, deverão observar o princípio constitucional do non bis in idem 
§ 8º A sanção de proibição de contratação com o poder público deverá constar do Cadastro Nacional de 
Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS) de que trata a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013, observadas 
as limitações territoriais contidas em decisão judicial, conforme disposto no § 4º deste artigo 
§ 9º As sanções previstas neste artigo somente poderão ser executadas após o trânsito em julgado da 
sentença condenatória. 
 
 
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Direito Administrativo 
§ 10. Para efeitos de contagem do prazo da sanção de suspensão dos direitos políticos, computar-se-
á retroativamente o intervalo de tempo entre a decisão colegiada e o trânsito em julgado da sentença 
condenatória. 
(...) 
Art. 17-C. A sentença proferida nos processos a que se refere esta Lei deverá, além de observar o disposto 
no art. 489 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil): 
(...) 
IV - considerar, para a aplicação das sanções, de forma isolada ou cumulativa: 
a) os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade; 
b) a natureza, a gravidade e o impacto da infração cometida; 
c) a extensão do dano causado; 
d) o proveito patrimonial obtido pelo agente; 
e) as circunstâncias agravantes ou atenuantes; 
f) a atuação do agente em minorar os prejuízos e as consequências advindas de sua conduta omissiva ou 
comissiva; 
g) os antecedentes do agente; 
V - considerar na aplicação das sanções a dosimetria das sanções relativas ao mesmo fato já aplicadas 
ao agente; 
VI - considerar, na fixação das penas relativamente ao terceiro, quando for o caso, a sua atuação 
específica, não admitida a sua responsabilização por ações ou omissões para as quais não tiver 
concorrido ou das quais não tiver obtido vantagens patrimoniais indevidas; 
VII - indicar, na apuração da ofensa a princípios, critérios objetivos que justifiquem a imposição da 
sanção. 
 
 
7. (QSimulados – 2021 – Questão Inédita) Quanto às penalidades por ato de improbidade, o agente público 
que violar um princípio administrativo (art. 11, Lei 8.429/92) estará sujeito, entre outras sanções, à pena de:a) Suspensão dos seus direitos políticos e perda do seu cargo público por até 5 anos. 
b) Pagamento de multa civil de até 24 (vinte e quatro) vezes o valor da remuneração percebida. 
c) Proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, 
direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo 
prazo não superior a 12 (doze) anos. 
d) Pagamento de multa civil de até 100 (cem) vezes o valor da remuneração percebida. 
e) Perda da função pública e suspensão dos direitos políticos por até 14 (catorze) anos. 
 
 
7. COMENTÁRIOS: 
a) A alternativa está incorreta. Atenção, guerreiro(a). Na forma do art. 12, III, Lei 8.429/92, o ato de “atentar 
contra os princípios da administração pública”, com as hipóteses trazidas pelo art. 11 da Lei, não tem como 
uma das suas sanções a perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos. 
b) A alternativa está correta. Combatente, essa é a nova disposição do art. 12, III, Lei 8.429/92. 
c) A alternativa está incorreta. Concursando(a), o art. 12, III, Lei 8.429/92 afirma que a citada proibição, 
agora, é de 4 (quatro) anos. 
 
 
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Direito Administrativo 
d) A alternativa está incorreta. Grande guerreiro(a), a multa civil é de até 24 (vinte e quatro) vezes o valor 
da remuneração percebida, na forma do art. 12, III, Lei 8.429/92. 
e) A alternativa está incorreta. Concurseiro(a), da leitura do art. 12, III, Lei 8.429/92 depreende-se que, 
“atentar contra os princípios da administração pública” (art. 11) não traz como penalidade a perda da função 
pública ou a suspensão dos direitos políticos. 
A alternativa “b” é a correta. 
 
7. Prescrição e novos aspectos processuais e procedimentais 
 
Professor, qual o prazo prescricional para a ação por ato de improbidade? 
Concursando(a), olho vivo nesse tema quente! Anteriormente, o prazo prescricional variava de acordo com 
o agente público que tinha praticado o ato. Todavia, a Lei 14.230/21 alterou essa lógica, trazendo um prazo 
único: a ação para a aplicação das sanções prescreverá em 8 (oito) anos. 
E quando se inicia a contagem deste prazo? 
Concursando(a), o prazo é contado a partir da ocorrência do fato ou, no caso de infrações permanentes, 
do dia em que cessou a permanência. 
 
Professor, aplica-se a prescrição intercorrente nas ações judiciais por ato de improbidade? 
Concurseiro(a), a prescrição intercorrente ocorre após o início de uma ação judicial, isto é, no seu curso. 
Trata-se do "vencimento" do prazo, quanto à possibilidade de se condenar um agente por um ato de 
improbidade. Se o prazo for ultrapassado, o processo é arquivado. 
Exemplo: depois de ajuizada a ação, a sentença demora mais do que oito anos para ser prolatada. Nesse 
caso, aplicando-se a prescrição intercorrente, a pretensão sancionatória estaria fulminada pela prescrição. 
Combatente, o novo art. 23, §8º, Lei 8.429/92, afirma que deverá ser reconhecida a prescrição 
intercorrente da pretensão sancionadora (de ofício ou a requerimento da parte interessada) quando, entre 
os marcos interruptivos da prescrição, venha a transcorrer o prazo de 4 anos. 
Exemplo: Marcos cometeu ato de improbidade em 01/01/2022, e a ação judicial referente foi ajuizada em 
01/01/2023. Até 02/01/2027, ainda não havia sido prolatada a sentença. Nesse caso, ocorreu a prescrição 
intercorrente, pois, de acordo com o art. 23, §5º, Lei 8.429/92, uma vez interrompido, o prazo prescricional 
recomeçará a correr do dia da interrupção pela metade do prazo previsto (8 anos). 
 
Professor, como o STF se posiciona quanto à prescrição nos atos de improbidade? 
Concursando(a), apesar da determinação legal de que a ação por ato de improbidade irá prescrever em 8 
(oito) anos, o STF4, conforme noticiado no Informativo nº 910, afirma que, em casos de atos dolosos de 
improbidade administrativa causadores de prejuízo aos cofres públicos, não haverá a aplicação do lapso 
temporal, isto é, os atos serão imprescritíveis. 
Ademais, o STJ editou enunciado em sua Súmula afirmando que são imprescritíveis as ações 
indenizatórias por danos morais e materiais decorrentes de atos de perseguição política, com violação 
de direitos fundamentais ocorridos durante o regime militar. Trata-se do Enunciado nº 647, da Súmula do 
STJ. 
Mas há hipótese de prescrição nas ações de ressarcimento de danos provocados à Administração? 
Grande guerreiro(a), afirma o STF que será prescritível a ação de reparação de danos em prejuízo do 
Poder Público, quando estes danos forem oriundos de um ilícito civil, a exemplo de um acidente de trânsito. 
 
4 STF. RE nº 852.475/SP. Plenário. Rel. Min. Alexandre de Moraes. Info 910. Tema 897, julgado em 08/08/2018. 
 
 
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Direito Administrativo 
Ademais, o STF5, conforme noticiado no Informativo nº 983, afirmou que é prescritível a pretensão de 
ressarcimento ao erário, fundada em decisão do Tribunal de Contas. Isso porque, a análise feita pela Corte 
de Contas não é subjetiva, ou seja, não se verifica se ocorreu ato doloso de improbidade, havendo, 
apenas, análise da regularidade na aplicação de valores. 
 
Professor, quais são as medidas cautelares previstas na Lei de Improbidade? 
Se ligue, combatente! A redação anterior da Lei 8.429/92 previa três medidas de natureza cautelar: 
indisponibilidade dos bens; sequestro; afastamento do agente público. 
Mas o artigo que tratava do sequestro foi revogado, subsistindo a indisponibilidade de bens (art. 16, Lei 
8.429/92) e o afastamento do agente público pelo prazo de 90 dias6, prorrogáveis uma vez (art. 20, §2º, Lei 
8.429/92). 
Mas o que precisa ser observado na indisponibilidade de bens? 
Guerreiro(a), se ligue nesses requisitos específicos: 
1) Pode ser formulada em caráter antecedente ou incidente. 
2) Limita-se aos atos de enriquecimento ilícito (art. 9º, lei 8.429/92). 
3) É imprescindível a demonstração de perigo de dano irreparável ou de risco ao resultado útil do 
processo, sendo necessário, ainda, que o julgador se convença da probabilidade da ocorrência dos atos 
4) Em regra, o réu deve ser previamente ouvido, no prazo de 5 dias. Todavia, a indisponibilidade de bens 
poderá ser decretada sem a oitiva prévia do réu, sempre que o contraditório prévio puder 
comprovadamente frustrar a efetividade da medida, não podendo haver mera presunção de urgência. 
5) Se houver mais de um réu na ação, a soma dos valores indisponíveis não poderá superar o montante 
indicado como causador do dano ao erário ou enriquecimento ilícito. 
6) A indisponibilidade de bens de pessoa jurídica, depende da instauração de incidente de 
desconsideração da personalidade jurídica. 
7) Da decisão cabe agravo de instrumento. 
8) O bloqueio de conta bancária é a ultima ratio. Antes, o juiz deve priorizar veículos de via terrestre, 
bens imóveis, bens móveis em geral, semoventes, navios e aeronaves, ações e quotas de sociedades 
simples e empresárias, pedras e metais preciosos. 
9) É vedada a decretação de indisponibilidade da quantia de até 40 (quarenta) salários-mínimos em 
caderneta de poupança, aplicações financeiras ou conta corrente. 
 
Professor, é correto afirmar que a ação judicial por ato de improbidade é uma ação civil? 
Não! Concursando, a Lei 14.230/21 afirmou expressamente no art. 17-D (acrescentado à Lei 8.429/92) que 
a ação que apura um ato de improbidade não é uma ação civil. Trata-se de ação repressiva, de caráter 
sancionatório, destinada à aplicação de sanções de caráter pessoal. 
Mas professor, qual a importância dessa afirmação? 
Guerreiro(a), o legislador quis separar as hipóteses de utilização da ação por ato de improbidade, das 
hipóteses de utilização da ação civil pública (ACP), prevista na Lei 7.347/85. Assim, é proibida a utilização 
da ação de improbidade para controle de legalidade de políticas públicas, proteção do patrimônio público e 
social, do meio ambiente, de bens e direitos de valor artístico etc. 
A ACP tem característicasespecíficas, e a doutrina7 aponta que ela “destina-se, precipuamente, à tutela 
de interesses difusos e coletivos, categorias jurídicas novas, concebidas pela dogmática jurídica de modo a 
permitir a defesa coletiva, em juízo, de certos direitos, de contornos até então imprecisos, a que a doutrina 
 
5 STF. RE nº 636.886. Plenário. Rel. Min. Alexandre de Moraes. Info 983. Tema 899, julgado em 20/04/2020. 
6 O STJ possui jurisprudência pacífica, que ratifica esse prazo máximo: Jurisprudência em Teses. Direito Administrativo. Edição n° 
40. Improbidade Administrativa II. Tese nº 6: “O afastamento cautelar do agente público de seu cargo, previsto no parágrafo único, 
do art. 20, da Lei n. 8.429/92, é medida excepcional que pode perdurar por até 180 dias”. 
7 MEDINA, Paulo Roberto de Gouveia. Direito Processual Constitucional. Rio de Janeiro: Forense, 2003, p. 117. 
 
 
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Direito Administrativo 
italiana costuma atribuir a qualificação de interesses acidentalmente protegidos ou direitos reflexos. 
Referem-se tais interesses a pretensões comuns de grupos sociais complexos, cujos protagonistas ligam-
se entre si por circunstâncias de fato”. 
 
 
 
Concursando(a), anote os aspectos processuais que não são aplicáveis às ações judiciais de improbidade, 
na forma do art. 17, §19, Lei 8.429/92: 
1) Presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor em caso de revelia. 
2) Ônus da prova ao réu (art. 373, §§ 1º e 2º, CPC). 
3) Ajuizamento de mais de uma ação de improbidade pelo mesmo fato 
4) Reexame obrigatório da sentença de improcedência ou de extinção sem resolução de mérito. 
 
Qual o local competente para o julgamento da ação por ato de improbidade? 
Atenção, futuro(a) aprovado(a)! A jurisprudência do STJ8 determinou que o local para o ajuizamento da 
ação civil por ato de improbidade administrativa, deve ser o local do dano provocado pelo agente. Não 
se esqueça que não há foro por prerrogativa de função nas hipóteses de ação por ato de improbidade. E 
o STF9 ratifica o posicionamento quanto à impossibilidade de aplicação do foro por prerrogativa de 
função. 
Ademais, a Lei 14.230/21 acrescentou o art. 17, §4º-A à Lei 8.429/92, informando sobre a possibilidade de 
a ação ser ajuizada, ainda, no foro da pessoa jurídica prejudicada. 
 
Professor, a absolvição do acusado na esfera penal repercute na ação de improbidade? 
Concurseiro(a), atenção para este tema quente! A lei 14.230/21 trouxe a improcedibilidade da ação de 
improbidade, quando o agente acusado tiver sido absolvido na esfera criminal por decisão colegiada pelos 
mesmos fatos, como se depreende do art. 21, §4º, Lei 8.429/92. 
Isso significa dizer que, agora, não há que se aplicar o entendimento de que a eventual absolvição criminal 
fundada em ausência de material probatório, não repercute na instância administrativa sancionadora. 
Professor, quando as esferas criminal e administrativa estarão vinculadas? 
Grande guerreiro(a), a absolvição criminal junto na ação judicial penal que discuta os mesmos fatos, 
quando confirmada por decisão colegiada, vai obstar (impedir) o trâmite da ação judicial de improbidade, 
comunicando-se todos os fundamentos da absolvição, que podem ser: 
1) Inexistência do fato. 
2) Não há prova da existência do fato. 
3) O fato não é infração penal. 
4) Comprovação de que o réu não concorreu para a infração penal. 
5) Não há prova de que o réu não concorreu para a infração penal. 
6) Há circunstância que exclua o crime ou isente o réu de pena. 
7) Não há prova suficiente para a condenação do agente. 
 
 
 
 
 
8 STJ. Resp nº 1.447.388/SP. 2ª Turma. Relatoria: Min. Herman Benjamin, julgado em 12/02/2015. 
9 STF. Pet nº 3240/DF. Plenário. Rel Min. Luis Roberto Barroso, julgado em 10/05/2018. 
 
 
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Direito Administrativo 
 
Combatente, veja em nosso quadro um importante instrumento da lei de improbidade: 
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO CÍVEL 
CELEBRADO PELO MP 
RESULTADOS REQUISITOS OBSERVAÇÕES 
Integral ressarcimento do 
dano. 
 
Oitiva do ente federativo lesado, em 
momento anterior ou posterior à 
propositura da ação. 
Considera-se a personalidade 
do agente, a natureza, as 
circunstâncias, a gravidade e a 
repercussão social do ato, bem 
como as vantagens da rápida 
solução do caso. 
 
 
Reversão, à pessoa jurídica 
lesada, da vantagem indevida 
obtida. 
Aprovação, em até 60 (sessenta) 
dias, do órgão do MP competente 
para apreciar as promoções de 
arquivamento de inquéritos civis, se 
anterior ao ajuizamento da ação. 
Para a apuração do valor a ser 
ressarcido, deverá ser realizada 
a oitiva do Tribunal de Contas 
competente (em 90 dias). 
Homologação judicial, 
independentemente de o acordo 
ocorrer antes ou depois do 
ajuizamento da ação. 
O acordo pode ocorrer na 
investigação do ilícito, no curso 
da ação de improbidade ou na 
execução da sentença. 
Em caso de descumprimento do acordo, o agente fica proibido de celebrar novo acordo pelo prazo de 
5 (cinco) anos, contados do conhecimento pelo MP do efetivo descumprimento. 
 
Concursando(a), confira a alteração do prazo prescricional: 
NOVIDADE LEGISLATIVA 
PRESCRIÇÃO 
ANTES DA LEI 14.230/21 DEPOIS DA LEI 14.230/21 
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as 
sanções previstas nesta lei podem ser propostas: 
I - até cinco anos após o término do exercício 
de mandato, de cargo em comissão ou de 
função de confiança; 
II - dentro do prazo prescricional previsto em 
lei específica para faltas disciplinares puníveis 
com demissão a bem do serviço público, nos 
casos de exercício de cargo efetivo ou emprego. 
III - até cinco anos da data da apresentação à 
administração pública da prestação de contas final 
pelas entidades referidas no parágrafo único do 
art. 1o desta Lei. 
Art. 23. A ação para a aplicação das sanções 
previstas nesta Lei prescreve em 8 (oito) anos, 
contados a partir da ocorrência do fato ou, no 
caso de infrações permanentes, do dia em que 
cessou a permanência. 
 
Grande guerreiro(a), nosso quadro vai te ajudar a entender as mais relevantes mudanças: 
NOVIDADE LEGISLATIVA 
PROCEDIMENTO E PROCESSO 
ANTES DA LEI 14.230/21 DEPOIS DA LEI 14.230/21 
Art. 14, § 3º Atendidos os requisitos da 
representação, a autoridade determinará a 
imediata apuração dos fatos que, em se tratando 
de servidores federais, será processada na forma 
prevista nos arts. 148 a 182 da Lei nº 8.112, de 11 
de dezembro de 1990 e, em se tratando de 
servidor militar, de acordo com os respectivos 
regulamentos disciplinares. 
Art. 14, § 3º Atendidos os requisitos da 
representação, a autoridade determinará a imediata 
apuração dos fatos, observada a legislação que 
regula o processo administrativo disciplinar 
aplicável ao agente. 
 
 
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Direito Administrativo 
Art. 16. Havendo fundados indícios de 
responsabilidade, a comissão representará ao 
Ministério Público ou à procuradoria do órgão 
para que requeira ao juízo competente a 
decretação do seqüestro dos bens do agente ou 
terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou 
causado dano ao patrimônio público. 
Art. 16. Na ação por improbidade administrativa 
poderá ser formulado, em caráter antecedente ou 
incidente, pedido de indisponibilidade de bens dos 
réus, a fim de garantir a integral recomposição do 
erário ou do acréscimo patrimonial resultante de 
enriquecimento ilícito. 
Art. 16, § 1º O pedido de seqüestro será 
processado de acordo com o disposto nos arts. 
822 e 825 do Código de Processo Civil. 
Art. 16, § 1º-A O pedido de indisponibilidade de 
bens a que se refere o caput deste artigo poderá ser 
formulado independentemente da representação de 
que trata o art. 7º desta Lei. 
Art. 16, § 2° Quando for o caso, o pedido incluirá 
a investigação, o exame e o bloqueio de bens, 
contas bancárias e aplicações financeiras 
mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos da 
lei e dos tratados internacionais. 
§2º Quando for o caso, o pedido de 
indisponibilidade de bens a que serefere o caput 
deste artigo incluirá a investigação, o exame e o 
bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações 
financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos 
termos da lei e dos tratados internacionais. 
Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, 
será proposta pelo Ministério Público ou pela 
pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias 
da efetivação da medida cautelar. 
Art. 17. A ação para a aplicação das sanções de que 
trata esta Lei será proposta pelo Ministério 
Público e seguirá o procedimento comum previsto 
na Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de 
Processo Civil), salvo o disposto nesta Lei. 
§ 4º O Ministério Público, se não intervir no 
processo como parte, atuará obrigatoriamente, 
como fiscal da lei, sob pena de nulidade. 
§ 4º-A A ação a que se refere o caput deste artigo 
deverá ser proposta perante o foro do local onde 
ocorrer o dano ou da pessoa jurídica prejudicada. 
§ 5º A propositura da ação prevenirá a jurisdição 
do juízo para todas as ações posteriormente 
intentadas que possuam a mesma causa de pedir 
ou o mesmo objeto. 
§ 5º A propositura da ação a que se refere o caput 
deste artigo prevenirá a competência do juízo para 
todas as ações posteriormente intentadas que 
possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo 
objeto. 
§ 6º A ação será instruída com documentos ou 
justificação que contenham indícios suficientes da 
existência do ato de improbidade ou com razões 
fundamentadas da impossibilidade de 
apresentação de qualquer dessas provas, 
observada a legislação vigente, inclusive as 
disposições inscritas nos arts. 16 a 18 do Código 
de Processo Civil. 
§ 6º A petição inicial observará o seguinte: 
I - deverá individualizar a conduta do réu e apontar 
os elementos probatórios mínimos que demonstrem 
a ocorrência das hipóteses dos arts. 9º, 10 e 11 desta 
Lei e de sua autoria, salvo impossibilidade 
devidamente fundamentada 
II - será instruída com documentos ou justificação 
que contenham indícios suficientes da 
veracidade dos fatos e do dolo imputado ou com 
razões fundamentadas da impossibilidade de 
apresentação de qualquer dessas provas, observada 
a legislação vigente, inclusive as disposições 
constantes dos arts. 77 e 80 da Lei nº 13.105, de 16 
de março de 2015 (Código de Processo Civil). 
§ 7º Estando a inicial em devida forma, o juiz 
mandará autuá-la e ordenará a notificação do 
requerido, para oferecer manifestação por 
escrito, que poderá ser instruída com documentos 
e justificações, dentro do prazo de quinze dias. 
§ 7º Se a petição inicial estiver em devida forma, o 
juiz mandará autuá-la e ordenará a citação dos 
requeridos para que a contestem no prazo comum 
de 30 (trinta) dias, iniciado o prazo na forma do art. 
231 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 
(Código de Processo Civil). 
§11 Em qualquer fase do processo, reconhecida a 
inadequação da ação de improbidade, o juiz 
extinguirá o processo sem julgamento do mérito. 
§ 11 Em qualquer momento do processo, verificada 
a inexistência do ato de improbidade, o juiz 
julgará a demanda improcedente. 
 
 
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Direito Administrativo 
Art. 18. A sentença que julgar procedente ação 
civil de reparação de dano ou decretar a perda dos 
bens havidos ilicitamente determinará o 
pagamento ou a reversão dos bens, conforme o 
caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada pelo 
ilícito. 
Art. 18. A sentença que julgar procedente a ação 
fundada nos arts. 9º e 10 desta Lei condenará ao 
ressarcimento dos danos e à perda ou à reversão dos 
bens e valores ilicitamente adquiridos, conforme o 
caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada pelo 
ilícito. 
Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta 
lei, o Ministério Público, de ofício, a requerimento 
de autoridade administrativa ou mediante 
representação formulada de acordo com o 
disposto no art. 14, poderá requisitar a instauração 
de inquérito policial ou procedimento 
administrativo. 
Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta 
Lei, o Ministério Público, de ofício, a requerimento de 
autoridade administrativa ou mediante representação 
formulada de acordo com o disposto no art. 14 desta 
Lei, poderá instaurar inquérito civil ou 
procedimento investigativo assemelhado e 
requisitar a instauração de inquérito policial. 
 
 
Preciso que ouça a orientação do professor para não errar esse assunto na 
prova. 
Ele irá chamar sua atenção para as pegadinhas mais usuais utilizadas pelas 
bancas. 
 
 
Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92) 
Art. 16. Na ação por improbidade administrativa poderá ser formulado, em caráter antecedente ou incidente, 
pedido de indisponibilidade de bens dos réus, a fim de garantir a integral recomposição do erário ou do 
acréscimo patrimonial resultante de enriquecimento ilícito 
§ 1º-A O pedido de indisponibilidade de bens a que se refere o caput deste artigo poderá ser formulado 
independentemente da representação de que trata o art. 7º desta Lei 
§ 2º Quando for o caso, o pedido de indisponibilidade de bens a que se refere o caput deste artigo incluirá 
a investigação, o exame e o bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações financeiras mantidas 
pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dos tratados internacionais 
§ 3º O pedido de indisponibilidade de bens a que se refere o caput deste artigo apenas será deferido 
mediante a demonstração no caso concreto de perigo de dano irreparável ou de risco ao resultado útil 
do processo, desde que o juiz se convença da probabilidade da ocorrência dos atos descritos na petição 
inicial com fundamento nos respectivos elementos de instrução, após a oitiva do réu em 5 (cinco) dias 
§ 4º A indisponibilidade de bens poderá ser decretada sem a oitiva prévia do réu, sempre que o 
contraditório prévio puder comprovadamente frustrar a efetividade da medida ou houver outras 
circunstâncias que recomendem a proteção liminar, não podendo a urgência ser presumida. 
§ 5º Se houver mais de um réu na ação, a somatória dos valores declarados indisponíveis não poderá 
superar o montante indicado na petição inicial como dano ao erário ou como enriquecimento ilícito. 
§ 6º O valor da indisponibilidade considerará a estimativa de dano indicada na petição inicial, permitida a 
sua substituição por caução idônea, por fiança bancária ou por seguro-garantia judicial, a requerimento do 
réu, bem como a sua readequação durante a instrução do processo. 
§ 7º A indisponibilidade de bens de terceiro dependerá da demonstração da sua efetiva concorrência 
para os atos ilícitos apurados ou, quando se tratar de pessoa jurídica, da instauração de incidente de 
desconsideração da personalidade jurídica, a ser processado na forma da lei processual. 
§ 8º Aplica-se à indisponibilidade de bens regida por esta Lei, no que for cabível, o regime da tutela provisória 
de urgência da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil) 
§ 9º Da decisão que deferir ou indeferir a medida relativa à indisponibilidade de bens caberá agravo de 
instrumento, nos termos da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil) 
§ 10. A indisponibilidade recairá sobre bens que assegurem exclusivamente o integral ressarcimento do 
 
 
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Direito Administrativo 
dano ao erário, sem incidir sobre os valores a serem eventualmente aplicados a título de multa civil 
ou sobre acréscimo patrimonial decorrente de atividade lícita 
§ 11. A ordem de indisponibilidade de bens deverá priorizar veículos de via terrestre, bens imóveis, bens 
móveis em geral, semoventes, navios e aeronaves, ações e quotas de sociedades simples e empresárias, 
pedras e metais preciosos e, apenas na inexistência desses, o bloqueio de contas bancárias, de forma 
a garantir a subsistência do acusado e a manutenção da atividade empresária ao longo do processo. 
§ 12. O juiz, ao apreciar o pedido de indisponibilidade de bens do réu a que se refere o caput deste artigo,

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