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Gerenciamento de residuos de saude - atividade 3 - Thalita Pereira

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UnB 
FACULDADE DE CEILÂNDIA – FCE 
 
Curso: Saúde Coletiva Disciplina:Tecnologias de Gerenciamento e Gestão em Saúde 
Docente: Carla Pintas Marques 
Discente: Thalita Pereira de Araujo Matrícula: 180109723 
 
Atividade 3 - Módulo 1 
 
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE 
 
1. Qual a definição de resíduo de serviço de saúde (RSS). 
 
São resíduos decorrentes da ação de agentes físicos, químicos ou biológicos, cria 
condições ambientais potencialmente perigosas que modificam esses agentes e propiciam 
sua disseminação no ambiente, o que afeta, conseqüentemente, a saúde humana. São as 
“iatrogenias” do progresso humano. 
 
2. Como se dá a classificação da Anvisa, segundo RDC nº 222/18 dos RSS. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE 
GRUPO A 
Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características, 
podem apresentar risco de infecção. 
Subgrupo A1 
- Culturas e estoques de micro-organismos; resíduos de fabricação de produtos 
biológicos, exceto os medicamentos hemoderivados; descarte de vacinas de 
microrganismos vivos, atenuados ou inativados; meios de cultura e instrumentais 
utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios 
de manipulação genética. 
- Resíduos resultantes da atividade de ensino e pesquisa ou atenção à saúde de indivíduos 
ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação biológica por agentes classe de risco 
4, microrganismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou causador 
de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo 
de transmissão seja desconhecido. 
- Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por 
contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade vencido, e aquelas 
oriundas de coleta incompleta. 
 
- Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e 
materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos 
corpóreos na forma livre. 
Subgrupo A2 
- Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais 
submetidos a processos de experimentação com inoculação de microrganismos, bem 
como suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de 
microrganismos de relevância epidemiológica e com risco de disseminação, que foram 
submetidos ou não a estudo anatomopatológico ou confirmação diagnóstica. 
Subgrupo A3 
- Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, 
com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade 
gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal e não tenha 
havido requisição pelo paciente ou seus familiares. 
Subgrupo A4 
- Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados. 
- Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de equipamento 
médico-hospitalar e de pesquisa, entre outros similares. 
- Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções, 
provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes 
classe de risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica e risco de disseminação, 
ou microrganismo causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente 
importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido ou com suspeita de 
contaminação com príons. 
- Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro 
procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo. 
- Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenha 
sangue ou líquidos corpóreos na forma livre. 
- Peças anatômicas (órgãos e tecidos), incluindo a placenta, e outros resíduos provenientes 
de procedimentos cirúrgicos ou de estudos anatomopatológicos ou de confirmação 
diagnóstica. 
- Cadáveres, carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de 
animais não submetidos a processos de experimentação com inoculação de 
microrganismos. 
- Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão. 
Subgrupo A5 
Órgãos, tecidos e fluidos orgânicos de alta infectividade para príons, de casos suspeitos 
ou confirmados, bem como quaisquer materiais resultantes da atenção à saúde de 
indivíduos ou animais, suspeitos ou confirmados, e que tiveram contato com órgãos, 
tecidos e fluidos de alta infectividade para príons. 
 
- Tecidos de alta infectividade para príons são aqueles assim definidos em documentos 
oficiais pelos órgãos sanitários competentes. 
Referência: World Health Organization, 2010. WHO Tables on Tissue Infectivity 
Distribution in Transmissible Spongiform Encephalopathies. 
GRUPO B 
Resíduos contendo produtos químicos que apresentam periculosidade à saúde pública ou 
ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, 
reatividade, toxicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade, mutagenicidade e 
quantidade. 
- Produtos farmacêuticos 
- Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resíduos contendo metais pesados; 
reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes. 
- Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores). 
- Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas. 
- Demais produtos considerados perigosos: tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos. 
GRUPO C 
Qualquer material que contenha radionuclídeo em quantidade superior aos níveis de 
dispensa especificados em norma da CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou 
não prevista. 
- Enquadra-se neste grupo o rejeito radioativo, proveniente de laboratório de pesquisa e 
ensino na área da saúde, laboratório de análise clínica, serviço de medicina nuclear e 
radioterapia, segundo Resolução da CNEN e Plano de Proteção Radiológica aprovado 
para a instalação radiativa. 
GRUPO D 
Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio 
ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. 
- Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário, 
gorros e máscaras descartáveis, resto alimentar de paciente, material utilizado em 
antissepsia e hemostasia de venóclises, luvas de procedimentos que não entraram em 
contato com sangue ou líquidos corpóreos, equipo de soro, abaixadores de língua e outros 
similares não classificados como A1. 
- Sobras de alimentos e do preparo de alimentos. 
- Resto alimentar de refeitório. 
- Resíduos provenientes das áreas administrativas. 
- Resíduos de varrição, flores, podas e jardins. 
- Resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde. 
- Forrações de animais de biotérios sem risco biológico associado. 
 
- Resíduos recicláveis sem contaminação biológica, química e radiológica associada. - 
Pelos de animais. 
GRUPO E 
Materiais perfuro cortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas, 
escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de 
bisturi, lancetas; tubos capilares; ponteiras de micropipetas; lâminas e lamínulas; 
espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta 
sanguínea e placas de Petri) e outros similares. 
 
3. De que trata o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. 
 
O Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) é o documento 
que aponta e descreve as ações relativas ao manejo de resíduos sólidos, que corresponde 
às etapas de: segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, 
tratamento e disposição final. Deve considerar as características e riscos dos resíduos, as 
ações de proteção à saúde e ao meio ambiente e os princípios da biossegurança de 
empregar medidas técnicas administrativase normativas para prevenir acidentes. 
O PGRSS deve contemplar medidas de envolvimento coletivo. O planejamento do 
programa deve ser feito em conjunto com todos os setores definindo-se responsabilidades 
e obrigações de cada um em relação aos riscos. 
A elaboração, implantação e desenvolvimento do PGRSS devem envolver os setores de 
higienização e limpeza, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar - CCIH ou 
Comissões de Biosegurança e os Serviços de Engenharia de Segurança e Medicina no 
Trabalho - SESMT, onde houver obrigatoriedade de existência desses serviços, através 
de seus responsáveis, abrangendo toda a comunidade do estabelecimento, em 
consonância com as legislações de saúde, ambiental e de energia nuclear vigentes. 
Devem fazer parte do plano ações para emergências e acidentes, ações de controle 
integrado de pragas e de controle químico, compreendendo medidas preventivas e 
corretivas assim como de prevenção de saúde ocupacional. 
As operações de venda ou de doação dos resíduos destinados à reciclagem ou 
compostagem devem ser registradas. 
 
4. Descreva as etapas para o correto descarte dos RSS. 
 
Geração de resíduos dos serviços de saúde → segregação/acondicionamento → 
Transporte → Coleta → Tratamento → Destino Final 
 
5. Trazer um paper/artigo mais atualizado possível sobre o tema, e fazer 
resenha. 
Cafure, Vera Araujo e Patriarcha-Graciolli, Suelen ReginaOs resíduos de serviço de 
saúde e seus impactos ambientais: uma revisão bibliográfica. Interações (Campo Grande) 
[online]. 2015, v. 16, n. 2 [Acessado 10 Fevereiro 2022] , pp. 301-314. Disponível em: 
<https://doi.org/10.1590/151870122015206>. ISSN 1984-042X. 
https://doi.org/10.1590/151870122015206. 
 
 Este artigo é uma revisão bibliográfica sobre o risco ambiental é o risco que ocorre 
no meio ambiente e pode ser submetido à classificação de acordo com o tipo de atividade; 
exposição instantânea, crônica; probabilidade de ocorrência; severidade; reversibilidade; 
visibilidade; duração e possibilidade de ocorrência de seus efeitos em vários locais ao 
mesmo tempo. No contexto da gestão governamental, o risco ambiental pode ser 
classificado como de saúde pública, recursos naturais, desastre natural e introdução de 
novos produtos. Os RSS representam uma fonte de risco à saúde e ao meio ambiente 
principalmente pela falta de adoção de procedimentos técnicos adequados no manejo dos 
diferentes resíduos, como material biológico contaminado, objetos perfurocortantes, 
peças anatômicas, substâncias tóxicas, inflamáveis e radiativas. O manejo inadequado dos 
RSS pode causar risco ambiental, que ultrapassam limites do estabelecimento, podendo 
gerar doenças e ainda perda da qualidade de vida da população que, direta ou 
indiretamente, venha ter contato com o material descartado, no momento do seu 
transporte para fora do estabelecimento e seu tratamento e destinação. 
 De acordo com o artigo, os autores Corrêa, Lunardi e Conto (2007) assim como 
Corrêa, Lunardi e Santos (2008), enfatizaram a necessidade de formação dos profissionais 
da área da saúde menos fragmentada quando se trata de RSS, já que realizaram pesquisas 
em instituições de ensino superior e puderam concluir que grande parte dos profissionais, 
apesar de conhecerem, não realiza procedimentos adequados quanto ao condicionamento, 
armazenamento e também o descarte de RSS. Doi e Moura (2011) investigaram a 
percepção de profissionais da área da saúde quanto aos RSS. As autoras encontraram uma 
maioria de profissionais dizendo que realizam a separação dos RSS. Os profissionais que 
relataram não realizar tal procedimento justificaram suas ações; alegaram falta de tempo, 
já que o número de profissionais da unidade é inadequado e a prioridade é o cuidado com 
o paciente. 
 Nesse contexto, observou-se a importância de desenvolver instruções de trabalho 
para suprir a falta de informação, orientar e padronizar as operações que envolvem os 
RSS. Há uma necessidade de se estabelecer uma nova cultura de responsabilidade dos 
funcionários dos hospitais quanto a sua participação nos procedimentos sobre geração e 
manuseio de resíduos. O grande impacto que todos esse resíduo no meio ambiente e 
bastante impactante devido ao alto risco, portanto as leis, portarias é todo o planejamento 
para as RSS deve ser efetivamente colocado em prática, numa tentativa de diminuir os 
impactos que todo esse resíduo ocasiona na vida a sua volta, podendo ser plantas, animais 
e principalmente as pessoas. 
 
https://doi.org/10.1590/151870122015206