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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO SÃO PAULO. Rael, brasileiro, médico, casado, residente e domiciliado na capital de São Paulo, portador do RG nº xxxxxxxxx e do CPF nº xxxxxxxxxxx, atualmente recolhido ao sistema prisional, por intermédio de sua advogada, que esta subscreve recalcitrante com a significativa sentença transitada em julgado do processo penal nº xxxxxxxxx. Que o responsabilizou pelo crime de feminicídio (artigo 121, § 2º, inciso I do CP), vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor REVISÃO CRIMINAL, nos termos do artigo 621, inciso III do Código de Processo Penal, pelas alegações de fato e de direito a seguir descritas: I. SÍNTESE DOS FATOS: Permanece sentenciado definitivamente, com trânsito em julgado pela prática do crime de feminicídio contra sua esposa. Decorre que agora, transcorrido dois anos do trânsito em julgado, com o réu cumprindo pena privativa de liberdade, conheceu no presídio o verdadeiro responsável pela morte de sua esposa, Fábio, o qual confessou todo o crime para o condenado e se disponibilizou a ser ouvido e auxiliar na produção de provas necessárias para comprovação da inocência do requerente. Ademais, Fábio possui semelhança física impressionante com Rael, podendo assim, justificar o depoimento da testemunha que descreveu o assassino com características semelhantes ao requerente. II. FUNDAMENTOS JURÍDICOS: Tendo em vista a narrativa, injustiça legítima é o que sucede com o autor. Considerando que este jamais cometeu o crime de feminicídio, mas sim, foi sentenciado indevidamente por ter sido confundido com o verdadeiro assassino de sua esposa, mesmo tendo afirmado que encontrava-se viajando e que ao chegar em casa sua esposa já encontrava-se morta. Por conseguinte, em razão da ação penal nº xxxxxxxxxx já ter transitado em julgado, o artigo 621, inciso III, do Código de Processo Penal corrobora a revisão de processo findo, em que após sentença, se descobrirem novas evidências de inocência do réu, como ocorrido no presente caso, dado que agora há prova testemunhal do verdadeiro autor do crime que confessou ao requerente. Inexistindo o fato criminoso, é de rigor a absolvição do acusado, nos termos do artigo 386, inciso I, combinado com o artigo 626, ambos do Código de Processo Penal. III. PEDIDOS: Em face do exposto, postula que seja julgada procedente a vigente ação revisional, a fim de que se absolva o revisionado, nos termos do artigo 386, inciso I, combinado com o artigo 626, ambos do Código de Processo Penal. Outrossim, diligencia a expedição do respectivo alvará de soltura em seu benefício, bem como seja caracterizado o seu direito à indenização, a ser liquidada posteriormente, nos termos do artigo 630, §1º do Código de Processo Penal. Nestes termos, pede deferimento. São Paulo, 23, de novembro, de 2021. Advogada, Thauane Mayer dos Santos OAB/SP nº ******