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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP CURSO SUPERIOR DE ARTES VISUAIS ROSANGELA MAIA RA: 2000939 PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR (PCC) SEGUNDO SEMESTRE SERRA NEGRA – SP 2020 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP CURSO SUPERIOR DE ARTES VISUAIS ROSANGELA MAIA - RA: 2000939 PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR (PCC) SEGUNDO SEMESTRE Prática como componente curricular (PCC) – Artes Visuais, computando 70 horas – Segundo Semestre, sendo um dos pré-requisitos para aprovação no Curso Superior de Artes Visuais. SERRA NEGRA – SP 2020 RESUMO Este trabalho de prática como componente curricular deste segundo semestre no curso de Artes Visuais traz os pontos principais de cada disciplina estudada no semestre e um plano de aula, interdisciplinar, tomando-se como base os conceitos estudados e outras referências bibliográficas no campo da Educação Básica. O PCC deste semestre objetivou o reforço didático e ampliou o aprendizado da metodologia de pesquisa que foi aplicada no plano de aula. Palavras chaves: arte visual; pesquisa; educação básica. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 04 2. CIÊNCIAS SOCIAIS .................................................................................... 05 2.1. Tipos de pensamentos ........................................................................... 05 2.2. A sociologia ............................................................................................ 06 2.3. Relação indivíduo e sociedade .............................................................. 06 3. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO .............................................................. 09 3.1. Contextualização na escrita .................................................................. 09 4. PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM ........... 10 4.1. Diferenças individuais ........................................................................... 10 4.2. Plano de aula .......................................................................................... 10 4.2.1. Tema................................................................................................ ..... 10 4.2.2. Objetivo.................................................................................................. 10 4.2.3. Resumo do plano de aula...................................................................... 10 4.2.4. Pesquisa................................................................................................ 11 4.2.5. Desenvolvimento................................................................................... 11 4.2.6. Atividade................................................................................................ 12 4.2.7. Avaliação ............................................................................................... 13 5. METODOLOGIA DE ARTE E MOVIMENTO: CORPOREIDADE .............. 14 6. PRÁTICA DE ENSINO: OBSERVAÇÃO E PROJETO .............................. 15 6.1. Elaboração de um projeto pedagógico ................................................ 15 7. FOTOGRAFIA – PRINCÍPIOS E TÉCNICAS .............................................. 16 7.1. Os princípios das artes na fotografia ................................................... 16 8. COMPOSIÇÃO E PROJETO GRÁFICO .................................................... 18 8.1. Etapas de um projeto gráfico ................................................................ 18 9. CONCLUSÃO............................................................................................... 19 10. REFERÊNCIAS ......................................................................................... 19 4 1. INTRODUÇÃO Neste semestre, a autora buscou colocar os capítulos na disposição conforme sequência do calendário escolar, o que facilitou muito no processo de estudar, resumir e estruturar o trabalho. O plano de aula foi desenvolvido utilizando-se diversas fontes bibliográficas e conhecimento que as disciplinas deste semestre e do semestre anterior trouxeram á autora, com maior embasamento teórico. 5 2. CIÊNCIAS SOCIAIS Dentre as disciplinas deste semestre, acredito que Ciências Sociais é uma das mais importantes, pois à luz da ciência, da análise e do pensamento crítico embasado nas pesquisas da sociologia, é que realmente conheceremos a sociedade atual, seus parâmetros e desmembramentos, que tanto influenciarão na nossa vida como educadores. Antes de adentrarmos tanto no conceito de sociologia como na relação sociedade x indivíduo, é necessário falar sobre os tipos de pensamentos ao longo da história da humanidade e também sobre o surgimento da sociologia enquanto ciência, para dar maior embasamento ao item principal do trabalho. 2.1. Tipos de pensamentos Acredita-se que o primeiro tipo de pensamento humano, nos primórdios, foi o pensamento mítico, onde o homem, buscando explicar aquilo que tentava entender, deu às manifestações da natureza, uma conotação mística, ligada aos sentimentos. Conforme o homem evoluía, evoluía também sua forma de analisar os acontecimentos que vivenciava. Surgia, então, o pensamento filosófico, onde a explicação dos fenômenos se baseava em analisar e conjecturar de forma racional, entretanto sem experimentações amparadas pela ciência. Aqui, o pensamento filosófico é questionado, mutável, enquanto que, o pensamento religioso, que ainda permeia na sociedade atual, é indiscutível em seus dogmas. Nossos pensamentos práticos, a que chamamos de senso comum, oriundos das tradições, aprendidas na educação não formal, também não busca explicações fundamentadas. E, é no final do feudalismo, que a mente humana se abre para questionar com fundamento cientifico todas as ditas verdades impostas. Esta forma de pensar necessita de razão, experimentação, funcionalidade, em contraposição aos dogmas da Igreja e, buscando explicações lógicas e coerentes. E, é justamente este pensamento, o cientifico, que nos possibilita o real conhecimento e que estabelece os parâmetros para que conheçamos o comportamento social, ao realizarmos pesquisas, observações, elaboração de 6 formulações e experimentações até atingir as respostas, que por sua vez, não são imutáveis, porque o comportamento humano e social não é fixo. É na universidade que se vivencia este pensamento, justamente por ser o local de busca, criação e difusão do conhecimento cientifico. 2.2. A sociologia A sociologia, surgiu ainda não como uma ciência propriamente dita, no início do Renascimento, quando houve o desenvolvimento do conhecimento e os pensadores se voltaram a entender formas de resolver questões como utilizar melhor os recursos naturais, a sociedade, rompendo com o que a Igreja Católica impunha enquanto saber. Grandes pensadores no âmbito das ciências naturais iniciaram observações e experimentações e, grandes filósofos começaram a estudar a sociedade em que viviam, suas relações sociais e do trabalho. É o final do feudalismo, a consolidação do poder monárquico, o crescimento da burguesia, a sociedade se transformando e criando novos valores voltados à expansão territorial e ao aumento do consumo. Esses novos valores sociais: o antropocentrismo, a laicidade, o individualismo, o racionalismo e o hedonismo – eram um reflexo do anseio por mais lucro comercial e poder político de uma burguesia em ascensão. Foi com o intuito de aumentar a lucratividade que o olhar se voltou ao desenvolvimento tecnológico e racionalidade. Somente no séc. XIX é que a sociologia se torna uma ciência realmente, com o advento do sistema capitalista e já combase em uma sociedade moderna e industrializada. Auguste Comte é considerado o pai da Sociologia, ao desenvolver estudos científicos no âmbito social, enxergando a sociedade como “um grande organismo no qual cada parte possuía uma função específica, assim, o bom funcionamento do corpo social dependia da atuação de cada órgão”. (Silva, 2020). Estudando este “organismo”, Comte acreditava que se podia compreender os problemas sociais com o intuito de buscar soluções, acreditando no progresso desta sociedade. 2.3. Relação indivíduo e sociedade 7 Diversos filósofos buscaram estudar e entender a relação do social com o indivíduo, entre eles, Émile Durkheim, Karl Marx, Max Weber e outros. Para Durkheim, a sociedade é o fator principal em detrimento ao indivíduo. Ela existe antes, durante e existirá depois do nascimento, vida e morte do indivíduo, com suas normas de conduta e comportamento já arraigadas, pré-estabelecidas através das leis impostas por um poder maior (família, trabalho, governo) e cabe ao individuo seguir essa normatização para conviver melhor na sociedade em que vive. A sociologia, como ciência, não deve estar associada à política, devendo ser uma ciência neutra, baseada em conhecimento prévio e estudos da sociedade. Para o positivista, o indivíduo é um ser passivo, não um agente de transformação da sociedade. Para Karl Marx, as desigualdades sociais estão associadas na base econômica de uma sociedade e como tal, é quem exerce poder sobre os fatores de relação entre o social e o individual. Marx criou o conceito de classe social, que é o que determina essa desigualdade social e a exploração do proletariado em benefício dos capitalistas burgueses, alienando o trabalhador que não se vê como o real produtor de bens econômicos da sociedade em que vive, nem como indivíduo político efetivo. Quem determina a sociedade, economicamente, politicamente e culturalmente é a classe burguesa, os capitalistas. Marx e sua ideologia social e política teve forte influência na Revolução Russa, em 1917. Weber, ao contrário de Durkheim, estudou a sociedade a partir do indivíduo como ser ativo, com suas motivações e intenções na ação social, baseado em suas tradições, nos sentimentos, na sua racionalidade que possui e nas ações do grupo em que está inserido. Ao estudar a sociedade moderna, Weber classifica as ações sociais tomando como base este ser ativo. No Brasil, sociólogos como Fernando Henrique Cardoso, Gilberto Freyre, Florestan Fernandes e outros, buscaram compreender a sociedade atual, no que se refere à miscigenação racial, preconceitos, desigualdades econômicas e sociais e a globalização econômica e cultural. A sociedade brasileira possui um preconceito velado oriundo do período colonial, onde os dominantes – senhores brancos – impunham leis e regras e exploravam os dominados – negros e índios. Gilberto 8 Freyre defendia que a miscigenação racial brasileira era o que nos fazia um povo mais forte, mais inteligente em detrimento da raça pura branca. Em sua obra, Casa Grande e Senzala, estudou a sociedade colonial para entender a sociedade do século XX e defendeu a teoria de uma democracia racial. Apesar desta obra ter uma importância do ponto de vista histórico, há a contradição de acreditar que a dominância racial branca com a convivência com os escravos negros e mestiços era pacífica e democrática, quando na verdade foi este formato de sociedade social que influencia até hoje o preconceito racial, econômico e social que vivemos na atualidade. 9 3. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO 3.1. Contextualização na escrita A oralidade, fator importante no desenvolvimento humano, continua sendo importante no repasse das tradições e culturas em muitos povos. Entretanto, a escrita, desde a sua criação tem tido uma importância ainda maior nas relações entre os indivíduos, tanto do ponto de vista profissional, social como no educacional. Dominar a escrita, entender seus códigos e símbolos, saber interpreta-los com precisão é o que aprimora o ser humano e a sua sociedade. O ato de escrever não é algo simples, em sua essência. É necessário que ao escrever, normas sejam seguidas para entendimento do leitor. Uma mensagem mal escrita cria ruídos que podem interferir na interpretação de seu conteúdo e assim, interferir na comunicação entre emissor e receptor. Diferentemente da fala, em que os fatores regionais interferem no discurso, a escrita tem que seguir as características e normatizações necessárias em cada campo de atuação a que ela está inserida. Independentemente do campo de atuação, ela deve ser clara, com uma estrutura sintática adequada, objetiva, coesa e coerente. No âmbito acadêmico, o estilo de linguagem é formal, conciso e objetivo, impessoal, com bases fundamentadas e normatizado pela ABNT – Associação Brasileira de Normas e Técnicas. Este estilo de linguagem é fundamental para a elaboração de pesquisas e teses acadêmicas. Um texto acadêmico sem essas regras importantes perde seu valor cientifico. 10 4. PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM 4.1. Diferenças individuais O ser humano, desde o seu nascimento, está sempre em desenvolvimento de suas características físicas, comportamentais e mentais. É neste contexto que a aprendizagem entra, ao ser um processo evolutivo que acompanha este desenvolvimento até a vida adulta, de forma continuada, conforme a evolução do indivíduo. Muitos pensadores definiram os fatores que influenciam o aprendizado. No entanto, todos deixam claro que, independentemente das influencias, cada criança aprende de forma individual, dentro das suas habilidades e capacidades adquiridas pelo meio ambiente, pela sua fisiologia e pelos estímulos recebidos nos diversos ambientes em que vive. O educador deve estar apto a compreender essas diferenças e saber trabalhar a criança de forma a estimular, individualmente e coletivamente, no seu aprendizado escolar. 4.2. Plano de aula 4.2.1. Tema • Danças circulares – ritmo e tempo 4.2.2. Objetivo • Permitir que o aluno identifique como seu corpo atua de forma individual e coletiva, através da interdisciplinaridade – Ciências, Educação Física e Dança, respeitando seu ritmo e tempo, assim como o do colega através da dança circular, observando como seu corpo reage aos movimentos propostos e ao ritmo da música. 4.2.3. Resumo do plano de aula • A proposta tem como base a interdisciplinaridade entre Ciências, Educação Física e Artes (música e dança), utilizando-se da técnica de dança circular, 11 para alunos do 3º ano do Ensino Fundamental I, em dois ambientes: sala de aula e quadra esportiva. 4.2.4. Pesquisa • Para elaborar este plano de aula, a autora buscou informações bibliográficas no que se refere a dança circular recreativa e utilizou-se do LABE Arte, conforme abaixo: a. O corpo humano como manifestação artística, incluído no item O corpo. b. Movimento: estático e dinâmico c. Movimento: fluxos. d. Ritmo e. Tempo 4.2.5. Desenvolvimento A dança sempre esteve presente desde a origem do homem, seja imitando a natureza, nos primórdios, assim também nas artes clássicas e contemporâneas. A origem da dança circular está associada as danças ritualísticas, como podemos observar entre os povos indígenas. Tem um foco no sagrado, nas tradições e costumes de cada povo. Bernhard Wosien criou o termo danças circulares sagradas após uma pesquisa pela Europa, quando buscava “uma dança mais orgânica e encontrou danças que se assemelhavam entre si pelas suas características ritualísticas, pelos passos e formações, a maioria em círculos.” (PINI; DALANO, 2016, pág.127). As danças circulares estão frequentes, na atualidade, em diversos locais. Sua importância encontra-se no fato de que, permite quea criança se perceba como ser individual, ao mesmo tempo, que parte de um coletivo, percebendo o seu limite, sua capacidade motora, assim também como a dos colegas na roda. Os passos são pré-determinados para justamente trabalhar de forma lúdica o conhecimento do seu corpo, do seu ritmo, tempo, espaço e perceber esses três 12 pontos também no outro. Permite um processo de socialização importante na infância. Ao escolher a interdisciplinaridade com a ciência e a educação física, o professor permite que o aluno perceba como o próprio corpo funciona organicamente, conforme os movimentos executados por ele e pelos colegas. Através do manuseio de objetos (a bola) junto com a dança, em diversos ritmos, e de forma espontânea, o discente toma consciência de seu equilíbrio corporal e emocional. 4.2.6. Atividade • Em sala de aula, o educador fará uma explanação sobre o corpo humano, suas diferenças fisiológicas, de forma inclusiva, demonstrando que cada aluno tem habilidades e tempo próprio. Também comparará as batidas cardíacas com o ritmo das músicas, comparando diferentes músicas (lentas e rápidas) ao batimento cardíaco quando da criança em estado estático e em movimento. • Durante a aula de educação física, o professor orientará que cada criança tome seu pulso para sentir as batidas do coração, contando sua pulsação, em movimento estático. A criança também será convidada a contar a pulsação do colega ao lado. • Em uma segunda etapa, colocará músicas de ritmos diferentes e cada criança, com uma bola, andará ao ritmo da música, jogando para o alto a bola a cada tempo determinado. Após esta etapa, uma nova contagem da pulsação será efetuada, onde perceberão o aumento da velocidade da pulsação. • Em uma terceira etapa, as crianças formarão um círculo e de mãos dadas, seguirão o ritmo das músicas, seguindo os passos orientados pelo professor e respeitando o tempo dos colegas ao lado, sem que o círculo se quebre ou pare. 13 4.2.7. Avaliação A avaliação deverá ser feita através da participação do aluno, onde o professor, após a atividade desenvolvida, abrirá uma roda de conversa sobre como os alunos se sentiram, quando atuando isoladamente como quando no coletivo, em relação ao que aprenderam sobre o corpo, coração, movimento, ritmo e as emoções trazidas na atividade. 14 5. METODOLOGIA DE ARTE E MOVIMENTO: CORPOREIDADE Para que possamos ensinar arte na educação básica, precisamos conhecer não apenas a história da arte, mas também metodologias que serão aplicadas em sala de aula, integrando a arte dentro do contexto histórico, econômico, cultural e social de cada época da sociedade. É preciso ter o entendimento fundamentado nas diversas linguagens que compõe a disciplina e como trabalhar o individuo e o coletivo dentro destas linguagens, não só na teoria, mas no que cada linguagem carrega de emoção e sentimento ao ser expressada pelos alunos. Desta forma também, é importante compreender os benefícios de se trabalhar a corporeidade com as crianças, nas aulas de Artes e Educação Física, pois permite o autoconhecimento e o conhecimento do outro, a socialização, criatividade e aquisição de bons costumes no que se refere à qualidade de vida. 15 6. PRÁTICA DE ENSINO: OBSERVAÇÃO E PROJETO 6.1. Elaboração de um projeto pedagógico Para a elaboração de um projeto pedagógico é necessário uma observação precisa e com fundamentos científicos para a coleta de dados, seja do ponto de vista de pesquisa bibliográfica, seja através de uma pesquisa de campo. As anotações desta observação deverão ser arquivadas, para posterior leitura, quando do levantamento de hipóteses, articulação com outros elementos pesquisados e ficar atento as circunstâncias e acontecimentos nos ambientes de pesquisa. A observação é a experiência adquirida durante o processo de pesquisa e, o observador deve ter um olhar atento aos detalhes, com rigor cientifico. A reflexão desta observação, aliada a documentação, é o embasamento para o projeto pedagógico. O projeto pedagógico é o planejamento de ações voltadas ao ensino, seja na Educação Básica ou Universitária. Este planejamento deve seguir critérios: delimitar o tema, a metodologia de pesquisa e elaboração, objetivos gerais e específicos direcionados ao publico alvo, de forma clara, formulação de problemas e soluções, como se pretende desenvolver o projeto, suas etapas e cronograma, assim também como um avaliativo para perceber se os objetivos foram atingidos. O projeto pedagógico pode ser elaborado conjuntamente com a escola em que será aplicado, assim também com outros docentes, na pretensão de um projeto pedagógico multi e interdisciplinar. 16 7. FOTOGRAFIA – PRINCÍPIOS E TÉCNICAS 7.1. Os princípios das artes na fotografia Esta disciplina mostra desde a história da fotografia até as técnicas utilizadas de formas analógica e digital. No entanto, quando do seu surgimento, a fotografia não foi vista como processo artístico. Relegada à segundo plano, era vista como um processo em que qualquer pessoa, de posse de uma máquina fotográfica, podia retratar cenas cotidianas, sem nenhuma técnica ou estilo. Demorou décadas até que a fotografia fosse reconhecida como arte, onde o olhar atento e subjetivo do fotografo, assim como sua experiência e o aprendizado das técnicas necessárias são ingredientes para a construção de uma obra de arte. Entretanto, assim como a pintura é subjetiva, agradando uns e outros não, o mesmo ocorre com a fotografia enquanto arte. O jogo de luzes, o cenário, a situação que ocorre no momento do clique, o ângulo usado, o jogo de profundidade, luzes e sombras faz com que a fotografia seja esteticamente tão bela quanto uma pintura. Muitas fotografias no âmbito do jornalismo foram premiadas e tiveram sua valorização enquanto arte fotográfica. Da mesma forma que a Arte Contemporânea se aproveita da fotografia como expressão de sua arte, seja a foto pura ou anexada às outras linguagens artísticas. Atualmente, com a tecnologia digital, a fotografia enquanto arte, ganha requintes tecnológicos que aprimoram o trabalho final do artista. Porém, até chegarmos aos resultados tecnológicos atuais, a fotografia passou por processos de experimentações e descobertas químicas, desde a criação das câmeras obscuras portáteis, baseadas nos princípios das câmeras escuras utilizadas pelos pintores, os elementos químicos sensíveis a luz, os fixadores. Pesquisas, observações e experimentações foram feitas por diversos pintores, que já se interessavam pela fotografia – forma de reprodução mais rápida e mais barata que a pintura – e, entre eles, vale ressaltar o nome de Louis Jacques Mandé Daguerre e a daquerreotipia, em 1829. Os primeiros ateliês de fotografia surgiram em 1841, na Europa, mas a fotografia ainda era vista com certa resignação, com um certo misticismo. Com o 17 advento da Revolução Industrial, a fotografia ganhou forças no sentido do seu desenvolvimento enquanto função cultural e de suas técnicas e equipamentos. No início do século XX, Marcel Duchamp, questionador e provocar, aproxima-se da fotografia, cataloga suas obras com o uso dessa então nova técnica e aproxima a fotografia finalmente da arte. 18 8. COMPOSIÇÃO E PROJETO GRÁFICO 8.1. Etapas de um projeto gráfico Antes de adentrarmos nas etapas de um projeto gráfico, é importante que o artista tenha um conhecimento prévio sobre a história da arte em suas diversas épocas e que conheça as linguagens para ter um embasamento teórico no planejamento de sua obra, mesmo que seja utilizada para fins comerciais. Estas referências acadêmicas fortalecem a criatividade do criador,auxiliando, inclusive na intertextualidade, se assim desejar ou se fizer necessária. O planejamento de um projeto gráfico inicia-se com um briefing, ou seja, um levantamento das características da peça a ser produzida, seja por ele próprio ou para um contratante. É onde será determinado, de forma sucinta, a ideia principal do projeto, os objetivos a serem alcançados, o desenvolvimento do trabalho a ser executado, os custos e uma visão do público alvo e do mercado onde será oferecido o produto. Parte-se então para uma pesquisa investigatória, utilizando-se referências sólidas e confiáveis. É necessário que se haja um orçamento e um cronograma, que deverá ser cumprido, independentemente do tipo de projeto, seja artístico, anúncio publicitário, editorial, por exemplo. A criação do brainstorm – chuva de ideias – é importante para que seja analisada as possibilidades, técnicas a serem empregadas, cores, entre outras. A partir do brainstorm, cria-se o layout, um rascunho do que se pretende criar, de forma a adequar e avaliar se os objetivos serão alcançados, o que será necessário aprimorar ou corrigir. É neste processo que as cores definitivas são escolhidas, contrastes, profundidade e iluminação são adequadas para que se crie uma peça harmoniosa, equilibrada. Somente após todas essas etapas é que o projeto parte para a parte de diagramação, se for um produto editorial, produção gráfica para imagens artísticas ou comerciais. 19 9. CONCLUSÃO Este PCC – Prática como Componente Complementar e o resumo dessas disciplinas foi objetivado a partir dos pontos fortes observadas pela autora. O plano de aula, buscou não apenas contemplar a matéria de Psicologia do Desenvolvimento e do Aprendizado, como também outras disciplinas estudadas neste semestre e bibliografias disponíveis no Polo Serra Negra, mesmo não estando relacionadas diretamente ao curso de graduação em Artes Visuais, mas que acrescentaram um conhecimento mais aprofundado para a elaboração do plano de aula. 20 10. REFERÊNCIAS ARNAIS, Ma. Magali Aparecida de Oliveira. Jogos e brinquedos na infância. Editora Sol, São Paulo, 2012. GILBERTO Freyre. Brasil Escola. Disponível em : https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/gilberto-freyre.htm. Acesso em: 19 nov 2020. LUIZ, Ercília Maria de Moura Garcia. Escrita acadêmica: Princípios básicos. Universidade Federal de Santa Maria, RS, 2019. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/16143/NTE_Licen_Ciencia_Religi% C3%A3o_Escrita_Academica_Principios_Basicos.pdf?sequence=6&isAllowed=y. Acesso em 19 nov 2020. MONTEIRO, Mário Destro. Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem. Editora Sol, São Paulo, 2012. MOREIRA, Tércia de Tasso. Metodologia de arte e movimento: corporeidade. Editora Sol, 2020. PINI, Adriana Morbin; DALANO, Carmen Lúcia. Recreação. Editora Sol, São Paulo, 2016. SANDRONI, Tânia. Comunicação e expressão. Editora Sol, São Paulo, 2020. SETE sociólogos brasileiros que influenciaram a história do país. Época, 26 abr 2019. Disponível em: https://epoca.globo.com/sete-sociologos-brasileiros-que- influenciaram-historia-do-pais-23624884. Acesso em: 19 nov 2020. SILVA, Josefa Alexandrina da. Ciências sociais. Editora Sol, São Paulo, 2020. SILVA, Wanderlei Sérgio da; BOKUMS, Raquel Maia. Prática de ensino: observação e projeto. UNIP – Universidade Paulista. TODA, Egídio Shizuo. Composição de projeto gráfico. Editora Sol, São Paulo, 2014. VIEIRA, Nancely Huminhick; ATUM, Maria Aparecida. Fotografia – Princípios e técnicas. 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