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DETERMINAÇÃO DA VISCOSIDADE DE UM FLUIDO A PARTIR DA MOVIMENTAÇÃO DE ESFERAS O experimento realizado virtualmente, através de uma simulação online disponibilizada no e-disciplinas, é baseado na movimentação de queda uma esfera mergulhada em uma substância e na determinação de seu coeficiente de viscosidade absoluta através da velocidade limite. O principal intuito da análise é verificar a validade da Lei de Stokes, que se refere a força de fricção atuante em um objeto que se movimento no interior de um fluido, e a eficiência de aplicação da Correção de Ladenburg, fator utilizado para reduzir a influência do arranjo (como a proporção entre o dimensões da esfera e do recipiente) nos resultados experimentais de velocidade e viscosidade. Vários grupos de esferas com diversos diâmetros diferentes foram disponibilizados para cada aluno, juntamente com uma temperatura fixa do fluido, e medições de tempo foram realizadas com um cronômetro a fim de obter-se a velocidade limite que a esfera atinge. Destarte, a partir da lei empírica e representação gráfica, calculamos o parâmetro η em a partir da velocidade antes e após a correção. Por fim, comparamos os resultados obtidos com o esperado teoricamente para essa substância, e percebemos que o fator de Ladenburg não foi suficiente na correção da velocidade. Thais Ananda Brasil Gouvêa - 8568144, Victor Rocha Cardoso Cruz - 11223757 e Vitor Rodrigues da Silva - 11371774 Nemitala Caixa de texto poderia ser mais resumido... Nemitala Caixa de texto 9,4 Nemitala Caixa de texto muito longo.... INTRODUÇÃO 2 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 8 ARRANJO EXPERIMENTAL 8 FÓRMULAS GERAIS DE INCERTEZA 9 METODOLOGIA 10 DETERMINAÇÃO DE η ATRAVÉS DA LEI DE STOKES 10 DETERMINAÇÃO DE η POR MEIO DA ANÁLISE GRÁFICA 14 ANÁLISE DE DADOS E RESULTADOS 15 1) DETERMINAÇÃO DE η ATRAVÉS DA LEI DE STOKES 15 TABELA I 15 TABELA II 17 TABELA III 18 TABELA IV 20 TABELA V 21 TABELA VI 22 TABELA VII 23 TESTES Z’s 23 2) DETERMINAÇÃO DE η POR MEIO DA ANÁLISE GRÁFICA 27 MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS 27 AJUSTE MANUAL 30 COMPATIBILIDADE Z 37 DISCUSSÃO DE RESULTADOS 39 VELOCIDADE LIMITE 39 LEI DE STOKES E CORREÇÃO DE LADENBURG 40 ANÁLISE GRÁFICA DE RESULTADOS 42 CONCLUSÃO 43 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 43 1 INTRODUÇÃO Fluídos são entidades físicas, geralmente associados à líquidos e gases, que têm a propriedade de tomar a forma do recipiente o qual está inserido, podendo ser mais ou menos compreensíveis, ou seja, não possuem volume e densidade bem definidos. Diferentemente dos corpos rígidos, os fluidos ideais possuem a característica de escoar/fluir por menor que seja a força de cisalhamento a eles submetida (tensão aplicada tangencialmente à sua superfície). Sendo assim, há um deslocamento de uma camada mais superficial em relação a outra mais profunda, chamado de escoamento laminar. Uma das propriedades dos fluidos reais é a viscosidade, que mede a dificuldade de um fluido em escoar, ou seja, qual a pressão mínima necessária para causar um deslocamento de uma camada laminar em relação à outra paralela, além de mensurar a resistência do fluido à movimentação de um objeto em seu interior (como em um mergulho). Sendo assim, é mais fácil para um barco navegar em um oceano de água do que de óleo, por exemplo. Dessa maneira podemos traduzir a viscosidade como o atrito/fricção sob um corpo imerso devido a fluido em questão. Quando um paraquedista realiza um salto é incorreto dizer que ele está em queda livre, pois essa descrição obriga que a pessoa esteja submetido apenas à força gravitacional (Peso). Entretanto, o ar atmosférico também é um fluido real que possui viscosidade, ou seja, apresenta uma resistência contrária ao deslocamento do paraquedista sob o ar, atenuando assim a aceleração aplicada sobre o homem. Dessa maneira, quanto maior a velocidade de queda do corpo, maior a força vertical contrária a queda. A partir de certo momento, ambas as forças aproximam-se de um equilíbrio (resultante igual a zero) e a velocidade de queda permanece praticamente constante (chamada de velocidade terminal). 2 Nemitala Caixa de texto tem o empuxo também, embora seja da ordem de 1000 vezes menor.... Se quiser um resultado final com muita precisão, deve levar o empuxo em consideração... Nemitala Caixa de texto introdução pode ter teoria, mas deve ter justificativa e objetivos... Acima podemos observar o comportamento da velocidade de queda de um paraquedista em função do tempo. Notasse que a velocidade terminal (representada pela terceira unidade de escala no eixo vertical) jamais é atingida por ele, pois a curva descrita pela velocidade (em função do tempo) tem a reta v=vterminal como assíntota. Ou seja, matematicamente, é necessário que um tempo teórico infinito tenha transcorrido para que a velocidade do paraquedista atinja o resultado terminal. Entretanto, em termos físicos, a partir de certo tempo, que depende da massa e dimensões do paraquedista, pressão do ar e outros parâmetros, a curva v(t) e a reta constante da velocidade máxima será indistinguível graficamente. Nesse momento a diferença entre a velocidade real e a terminal é ìnfima quando comparada a magnitude e prováveis valores de incertezas dessas grandezas. Portanto, é razoável considerar velocidade limite atingida pelo do paraquedista à velocidade terminal. De maneira análoga, uma esfera imersa em um líquido (como na figura abaixo) está submetida à três forças: seu Peso (P), devido à atração gravitacional da Terra, a Força de Empuxo (Fe), que é uma força de reação do fluido pela presença do objeto, e a Força de Atrito (Fa), relacionada à dificuldade de movimentação desse objeto no interior do fluido viscoso. Após certo intervalo de tempo desde a submersão, a força resultante atuante no corpo (soma vetorial de P, Fe e Fa) torna-se nula, e sua velocidade de deslocamento aproximasse de uma constante (velocidade limite). A Força de Empuxo (Fe) pode ser deduzida a partir do Princípio de Arquimedes, que enuncia que a pressão exercida por um fluido num corpo sólido, de área de base A e altura h, totalmente imerso, é proporcional à profundidade do objeto. Sendo assim, a pressão aplicada na base inferior é p2 3 Nemitala Realce Nemitala Riscado Nemitala Realce menor que a pressão sobre a base superior. Logo a resultante das forças p1 superficiais exercidas sobre o corpo é vertical e para cima e tem módulo igual a expressão (1.1), onde ρ é a densidade do fluido V o volume submerso (no caso, todo o volume do corpo) e g a aceleração gravitacional. (1.1) A Força de Atrito (Fa) devido ao meio viscoso, que tem mesma direção e sentido que a Força de Empuxo, pode ser demonstrada através da Lei de Stokes [1]. Ela afirma que a força de fricção para um objeto esférico deslocando-se no interior de um fluido é igual a expressão abaixo (1.2), onde v é a velocidade da esfera, r seu raio e η o coeficiente de viscosidade dinâmico. Porém, a validade dessa Lei exige algumas condições: a esfera deve completamente coberta pelo fluido (não pode haver bolhas de ar entre ambos), seumovimento deve ser exclusivamente translacional vertical (não deve rotacionar) e as paredes do recipiente devem estar muito distante da esfera (volume de fluido infinito). (1.2) O sinal negativo indica que a força de fricção tem sentido contrário à velocidade da esfera. O coeficiente de viscosidade de um fluido varia com a temperatura, quanto maior o grau de agitação de sua moléculas menor é a viscosidade desse fluido. Entretanto, caso o experimento seja realizado em um fluido com temperatura constante, η não se altera, tornando todos os multiplicadores da velocidade constantes (6πη). Sendo assim, podemos substituí-los por uma constante b, representada na Fa da figura acima. Instantes após a total submersão da esfera no fluido, ela ainda apresenta uma velocidade de deslocamento vertical variável, pois, como no exemplo do paraquedista, as forças contrárias ao Peso do objeto ainda não possuem, juntas, módulo suficiente para equilibrá-lo. Sendo assim, a partir da Segunda Lei de Newton, pode-se deduzir a força resultante atuante na esfera como o somatório vetorial das forças sob ela (Fa, fe e P). Utilizando um sistema de coordenadas com o eixo vertical apontado para baixo, escreve-se (1.3): (1.3) 4 Nemitala Caixa de texto fluxo laminar... O Peso da esfera é fruto do produto de sua massa m pela aceleração da gravidade g, a massa, por sua vez, pode ser interpretada como a densidade do material ρe (que a compõe a esfera) multiplicado pelo seu volume próprio V. Analogamente, a Força de Empuxo é resultado do produto da densidade do fluido ρ, do volume V da esfera (já que ela está completamente imersa) e da gravidade. Dessa maneira, é possível fatorar a subtração entre os módulos de P e Fe e representar a massa aparente da esfera (m*) da forma abaixo (1.4). (1.04) Para encontrar um expressão para a velocidade de deslocamento da esfera no meio viscoso e, posteriormente, sua velocidade limite (terminal), é necessário resolver a equação diferencial linear de 1ª ordem (1.3). Primeiramente, divide-se toda a expressão pela massa da esfera, a fim de deixar a derivada da velocidade livre de multiplicadores, em seguida isola-se a velocidade e sua derivada de um lado da igualdade, pondo o termo com apenas constantes (m* g /m) do outro lado (1.5). (1.5) A solução de uma equação diferencial dessa natureza é a soma da solução da homogênea associada e da solução particular (v = vh + vp). A componente homogênea de (1.5) é representada pelo termo à esquerda igualado a zero. Nesse caso, é possível isolar a velocidade e sua derivada (dv/dt) de um lado da igualdade e a constante que multiplica v do outro (1.6). (1.6) Sendo assim, temos um termo da forma v’/v, que é igual a derivada do logaritmo do módulo de v em função da variável t (tempo), ou seja, basta integrar ambos os membros e isolar v através da exponenciação (1.7). Como a velocidade da esfera é sempre positiva, podemos remover o módulo do logaritmo. Por fim, substitui-se a exponencial com a constante C de integração por um termo β, que pode assumir qualquer valor real. 5 (1.7) Por outro lado, a solução particular pode ser obtida por meio dos princípios físicos antes expostos. A equação de movimento (1.5) tem como variável independente o tempo t, em que a velocidade v e aceleração dv/dt dependem. Uma vez que o tempo transcorrido é muito alto (t tende ao infinito), teremos um regime em que a somatória das forças será igual a zero, ou seja, o corpo deslocando-se pelo fluido terá velocidade terminal constante, análogo ao exemplo do paraquedista. Outra maneira de pensar é que, como a expressão (1.5) possui variáveis dependentes (v e dv/dt) iguais a uma constante (m*g/m), é razoável estimar que uma de suas soluções particulares seja também uma constante. Portanto, podemos fazer v= , implicando a aceleração (dv/dt) seja igual a zero, já que a v∞ derivada de uma constante é nula. Logo, ao substituir v= e dv/dt=0 em (1.5), v∞ podemos isolar essa constante e encontrar seu resultado (1.8), que equivale a velocidade limite da esfera no meio. (1.8) A expressão da velocidade de uma esfera nesse fluido (1.9) em função do tempo é representada pela soma entre a solução homogênea (1.7) e particular (1.8). Assumindo que a esfera parte do repouso antes de mergulhar, a velocidade inicial no tempo t=0 é zero (v(0)=0), podemos determinar o valor da constante β (1.10), que multiplica a solução homogênea, e obter, por fim a relação de dependência da velocidade em função do tempo e dos parâmetros dados a respeito do fluido e da esfera (1.11). (1.9) (1.10) 6 (1.11) Para obter o valor do coeficiente de atrito viscoso do fluido é preferível não trabalhar com valores variantes. Por esse motivo, utilizaremos a velocidade no infinito (ou velocidade infinita) para tecer essa relação encontrar a v∞ viscosidade, pois é mais fácil medi-la através de um experimento real. Posto isso, a expressão da velocidade fica igual à solução particular da equação de movimento (1.8). Em seguida, podemos substituir as constantes b (1.2), m* (1.4) e assumir o volume V da esfera como sendo .πr3 4 3 (1.12) O coeficiente viscoso determinado pela Lei de Stokes é a viscosidade dinâmica η, que tem como unidade, no SI, Pa.s (N.s/m²), mas é comumente usada no sistema CGS, que tem como unidade o Poise (g/cm.s). Porém, há também a chamada viscosidade cinemática ν, que é resultado na razão entre a viscosidade dinâmica e a densidade do fluido ρ, ela tem como unidade no SI m²/s, mas é muito usada também no sistema CGS, cuja unidade é o Stoke. Desta forma, deduzimos qual o valor do coeficiente de atrito viscoso dinâmico (1.13) o qual uma esfera de raio r e densidade ρe está submetida ao movimentar-se no interior de certo fluido. Porém, é importante atentar-se às limitações impostas pela Lei de Stokes, que exigem um arranjo experimental ideal (como volume de fluido infinito e esfera sem rotação) para sua completar validade. À vista disso, correções deverão ser feitas para o experimento (elas serão apresentadas no decorrer no relatório), já que o recipiente que contém o óleo é finito e demais complicações podem surgir. (1.13) 7 Nemitala Lápis Nemitala Caixa de texto como a correção de Ladenburg afeta o v lim.. Objetivos? PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS ARRANJO EXPERIMENTAL Todo o experimento foi realizado com a ajuda de um software [1] desenvolvido por alunos da POLI que simula a queda de uma esfera de alumínio em um recipiente contendo óleo. O arranjo utilizado é constituído de alguns elementos comuns a todas as simulações disponíveis, já contendo valores de incerteza, são eles: - Um cilindro de vidro de raio 2,516 ± 0,004 cm preenchido de óleo que apresenta dois níveis de referência em vermelho. O primeiro está há 10cm da superfície, e é utilizado para que a esfera já o atinja próximo da velocidade limite. O segundo tem 10cm de altura em relação ao fundo, e é usado para facilitar a visualização da bolinha. O espaçamentoentre os dois, ou seja, a distância total que a esfera percorre, é de 65,0 ± 0,2 cm; - Óleo de densidade 0,883 ± 0,001 g/cm³ preenchendo todo o recipiente; - Esferas de alumínio (densidade de 7,85 g/cm³ ± 0,01 g/cm³) de diversos diâmetros diferentes para cada aluno (apresentadas à seguir); - Cronômetros com incerteza instrumental de 0,01s. Porém, também foi considerado o tempo de médio resposta do cérebro humano, que é em torno de 0,1s. Resultando em uma incerteza final do tempo de 0,1s. 8 Nemitala Riscado Nemitala Riscado Nemitala Riscado Nemitala Caixa de texto aço inox... Densidade do alumínio é 2,7 g/cm3 Nemitala Caixa de texto instrumental... A partir de uma animação calibrada, escolhemos uma simulação dentre as nove opções disponíveis de acordo com o final do número USP de cada integrante, resultando nos grupo 3, 4 e 4. Cada um deles possuía 8 esferas de diâmetros distintos, que foram medidos com um micrômetro (incerteza instrumental 0,0005 cm). A temperatura a qual o óleo estava submetida também era distinta para cada grupo. Elas são: - ALUNO 1 (Grupo 7): T = 26,8 ± 0,1 ºC - ALUNO 2 e 3 (Grupo 4): T = 26,0 ± 0,1 ºC FÓRMULAS GERAIS DE INCERTEZA Algumas incertezas ao longo do experimento foram obtidas através das regras gerais de propagação de erros (elas serão indicadas quando surgirem): A) Para expressões em que as variáveis (grandezas que possuem incertezas) se somam e estão multiplicadas por constantes (que não têm erro), como f=ax+by, podemos escrever a incerteza de f da seguinte forma: (2.A) B) Para expressões em que as variáveis estão sendo multiplicadas entre si e apresentam expoentes constantes, como , podemos y /z )f = k.(x a b c escrever a incerteza de f: (2.B) METODOLOGIA Como já exposto na Introdução e resumo, o experimento realizado tem por objetivo de encontrar empiricamente a viscosidade de um fluido, deduzido a partir da Lei de Stokes. Como ela demanda algumas condições ideias que fogem ao nosso alcance, também realizaremos aproximações com o objetivo de corrigir os resultados e chegar o mais próximo do teórico. Por fim, confeccionamos curvas características de velocidade em função do tempo para obter η graficamente, via MMQ. Sendo assim, os procedimentos de obtenção e análise de dados foram dividido em 2 etapas: 9 Nemitala Riscado Nemitala Realce Nemitala Caixa de texto grupo Nemitala Lápis Nemitala Lápis 1) DETERMINAÇÃO DE η ATRAVÉS DA LEI DE STOKES Na primeira parte do experimento realizamos medições do tempo de queda de diversas esferas em fluido. Com os dados, calculamos a velocidade limite que cada bolinha atinge e, através dela, encontramos o coeficiente de viscosidade do óleo deduzida a partir da fórmula de Stokes (1.13). No entanto, como o arranjo utilizado é ideal e não satisfaz às condições de aplicabilidade dessa Lei, corrigimos os valores de velocidade e η para tentar chegar o mais próximo do teórico. Primeiramente cada integrante do grupo realizou 5 medições para o diâmetro (em mm) de cada uma das 8 esferas correspondentes a sua situação (grupo 7 e 4), a fim de reunir uma quantidade maior dados e reduzir as flutuações estatísticas. Logo após, cada esfera foi mergulhada no recipiente cilíndrico de óleo, com velocidade inicial igual a zero, e o tempo de percurso (em s) das esferas entres as duas linhas vermelhas foi aferido também cinco vezes, pelo mesmo motivo anterior. Com essas medições, cada aluno calculou o diâmetro médio (em mm) de suas esferas, considerando a incerteza final como sendo a composição da incerteza instrumental do micrômetro com a incerteza estatística (desvio padrão da distribuição). O mesmo foi realizado com o tempo de queda (em s), o tempo médio foi encontrado e a incerteza final usada como sendo a composição da incerteza do tempo (apresentada no Arranjo) e a incerteza estatística (desvio padrão de todos os valores de t medidos). Como apresentado na Introdução, a velocidade de um corpo em queda livre sob qualquer fluido jamais atingirá a “velocidade infinita”, ou seja, seria o teto de rapidez que o objeto de dimensões estabelecidas em um fluido com propriedades conhecidas poderia atingir após cair em um tempo que se aproxima do infinito. Sendo assim, consideramos que os 10cm postos entre a superfície do fluido e o posição em que começamos a cronometrar é suficiente para que a esfera alcance 99% da velocidade infinita (terminal). Essa aproximação será retomada e analisada na Discussão. Em seguida, tomando como base a fórmula para obtenção de viscosidade (1.13), que utiliza o quadrado do raio da esfera, dividimos o diâmetro por dois e elevamos ao quadrado, sua incerteza foi obtida pelas fórmulas gerais. Com os valores de tempo médio e distância total percorrida pelas esferas calculamos suas velocidades limites e respectivas incertezas. Por fim, utilizamos (1.13) para 10 Nemitala Realce Nemitala Realce Nemitala Realce Nemitala Caixa de texto não precisa ser tão detalhista... obter o valor experimental e real do coeficiente de viscosidade η, estimamos também o seu erro. Logo após, reunimos todos os resultados obtidos pelos alunos em um tabela, onde a o diâmetro e tempo média consiste na média simples entre as 15 medições de cada uma, sua incerteza foi estimada como sendo a composição da incerteza instrumental e a estatística (desvio padrão de todos os 15 dados). Assim, com os diâmetros e intervalos de tempo médio do grupo, calculamos cada uma das grandezas anteriores (raio ao quadrado, velocidade e η) novamente. Contudo, como supracitado, há algumas limitações ligadas à dedução realizada na Introdução. A expressão (1.13), que relaciona a viscosidade de um fluido com a velocidade de uma esfera movimentando-se em seu interior, parte da Lei de Stokes que, por sua vez, exige que o arranjo utilizado tenha características ideias. Dentre elas, que o volume de fluido seja infinito (ou muito maior que as dimensões da esfera) e as paredes do recipiente não influenciem em sua queda. Sendo assim, torna-se necessário realizar uma correção C na velocidade limite (obtida anteriormente) para que ela aproxime-se da velocidade infinita (alcançada pela esfera após um intervalo de tempo infinito). Esse ajuste é conhecido como Correção de Ladenburg, e leva em conta os raios da esfera r, do cilindro R (recipiente) e uma constante α, que é deduzida experimentalmente (tomando como base esferas e recipientes de diversos raios) e aparece na literatura com um valor de, aproximadamente, 2,4[3] (adimensional). (2.1) Para transformar velocidade limite encontrada experimentalmente em uma velocidade infinita aproximada, como demanda a Lei de Stokes, multiplica-se por 1+C, sendo C o fator de correção de Ladenburg. Com o resultado, usa-se novamente (1.13), mas agora com a velocidade corrigida, para calcular a viscosidade η esperada para condições ideais desse fluido. As incertezas dos novos dados foram obtidos com base nas fórmulas gerais de incerteza, apresentadas anteriormente. Dessa maneira, é esperado, após a devida correção, que a viscosidade do fluidonão mude mais com as dimensões da esfera e do recipiente que os 11 contém. Portanto, na formulação (1.13) teremos apenas duas variáveis, onde a velocidade depende do raio ao quadrado da esfera, e as demais grandezas permanecem constantes, resultando em um gráfico v x r² que apresenta uma reta inclinada. Além disso, também é esperável que todos os valores resultantes de η individuais dos aluno para cada esfera devam ser compatíveis entre si, por se tratar de um mesmo fluido. Como a viscosidade de um fluido tem forte dependência com sua temperatura, e cada integrante do grupo realizou medições e cálculos a partir de conjuntos cujas temperaturas eram diferentes, é preciso normalizar os η obtidos para uma mesma dada temperatura. Assim, utilizamos o gráfico abaixo, que contém a curva (em rosa) de viscosidade cinemática da substância utilizada em função da temperatura, e efetuamos a correção Ct (2.2) sob a velocidade, onde η é o coeficiente cinemático de cada aluno experimental de cada aluno em sua temperatura prevista pela curva característica e ηo o parâmetro do fluido à 25ºC. (2.2) 12 Sendo assim, multiplicamos, mais uma vez, a velocidade de cada esfera, já antes corrigida pelo fator de Ladenburg, pela normalização Ct (2.3) de temperatura a 25º C. Dessa maneira, foi possível por parte de todos os alunos utilizar uma última vez a expressão (1.13) e encontrar a mesma viscosidade experimental intrínseca da substância utilizada, com a minimização da influência da temperatura ou de precariedades do arranjo. Para o procedimento de análise, comparamos os valores de velocidade obtidos antes e após a correção de Ladenburg, para inferir os limites de aplicação da fórmula de Stokes e como a proporção entre o raio da esfera e do cilindro contribuem para a disparidade de resultados. Em seguida, utilizamos o gráfico acima para retirar a viscosidade absoluta do fluido a 25ºC e testar a compatibilidade com a encontrada por cada esfera. Por fim, realizamos testes de Z’s entre os valores de η encontrados depois da correção através de cada método, pela fórmula teórica e graficamente (a seguir). 2) DETERMINAÇÃO DE η POR MEIO DA ANÁLISE GRÁFICA A dedução realizada na Introdução (1.12) expõe a relação que existe entre a velocidade limite atingida por uma esfera em meio fluido e o seu raio ao quadrado, ou seja, o módulo de sua velocidade cresce com o quadrado do raio (considerando as demais grandezas constantes). Caso seja feito um gráfico de velocidade em função do raio da esfera teríamos uma parábola, o que dificultaria bastante a análise. No entanto, se for confeccionado um gráfico de v x r² (2.3) teríamos uma reta, cujo coeficiente angular é igual às constantes, possibilitando, assim, a obtenção da viscosidade η da substância. (2.3) Com base nisso, tomamos as velocidades obtidas no primeiro procedimento da etapa 1 e os raios ao quadrados calculados de cada esfera para confeccionar um gráfico v x r². Entretanto, ao plotar os pontos (r²,v) notamos que a dependência de v por r² não era linear ou seja, não seria possível ajustar uma reta inclinada aos dados e obter seu coeficiente. Os motivos dessa ocorrência são as limitações impostas por Stokes: não se tem todas as moléculas 13 Nemitala Caixa de texto na realidade deveria ser dividido, o que é multiplicado é o Eta... Ficou errado no slide que passei... Nemitala Realce do óleo livre, parte delas interagem com as paredes do recipiente e interferem na dependência linear da velocidade. Assim sendo, em seguida, realizamos a correção de Ladenburg a fim de aproximar a velocidade limite inferida à velocidade teórica infinita prevista pela Lei de Stokes. Confeccionamos o gráfico sobrepondo a curva anterior e pudemos notar que a disparidade entre as duas velocidades cresce à medida que o raio aumenta, possibilitando o ajuste mais preciso de uma reta inclinada. Calculamos seu coeficiente angular através de dois método: - Pelo Método dos Mínimos Quadrados, que foi realizado 3 vezes com o objetivo de obter uma convergência nos valores de coeficientes e incertezas. - Graficamente, confeccionamos à mão uma reta máxima e mínima, baseando-se na barra de erros da velocidade, e obtivemos o coeficiente angular e linear do ajuste com as respectivas incertezas. Por fim, a partir da função (2.3), é possível perceber que o coeficiente angular da reta apresenta constantes previamente estabelecidas (aceleração da gravidade, densidade do fluido e da esfera) e o parâmetro η, que queremos descobrir. Portanto, usamos os resultados obtidos pelos dois métodos gráficos para encontrar o valor da viscosidade desse fluido para o arranjo de cada integrante do grupo e testar a compatibilidade entre eles através do teste Z. 14 Nemitala Caixa de texto outras hipóteses assumidas para os cuidados? ANÁLISE DE DADOS E RESULTADOS 1) DETERMINAÇÃO DE η ATRAVÉS DA LEI DE STOKES - TABELA I Tabela com as cinco medições de diâmetro (em mm) das 8 esferas disponíveis para cada aluno, com incerteza instrumental de 0,005 mm (ou 0,0005 cm). Consta também o cálculo do diâmetro médio dmed de cada uma delas (em mm) por meio de (3.1.1), sua incerteza final σfinal (3.1.2) é a raiz da soma quadrática da incerteza estatística σest (desvio padrão dividido pela raiz do número total de medidas) (3.1.3) com a incerteza instrumental σinst. (3.1.1) (3.1.2) (3.1.3) Aluno 1 Grupo da esfera 1 esfera 2 esfera 3 esfera 4 esfera 5 esfera 6 esfera 7 esfera 8 diâmetro (mm) d1 1,506 1,981 2,489 3,179 3,962 4,758 5,492 6,346 d2 1,502 1,989 2,375 3,171 3,958 4,761 5,509 6,360 d3 1,511 2,007 2,492 3,159 3,946 4,773 5,489 6,350 d4 1,515 2,000 2,499 3,189 3,955 4,746 5,500 6,352 Diam médio 1,509 1,99 2,49 3,18 3,96 4,76 5,496 6,351 Desvio padrão 0,006 0,01 0,06 0,01 0,01 0,01 0,009 0,006 Incerteza final 0,003 0,006 0,03 0,006 0,003 0,006 0,005 0,003 15 Nemitala Lápis Aluno 2 esfera 1 esfera 2 esfera 3 esfera 4 esfera 5 esfera 6 esfera 7 esfera 8 diâmetro (mm) 1,502 1,982 2,490 3,179 3,985 4,754 5,499 6,343 1,515 2,080 2,494 3,192 3,952 4,759 5,503 6,339 1,485 1,970 2,495 3,113 3,969 4,769 5,490 6,352 1,500 1,989 2,510 3,165 3,959 4,749 5,509 6,360 1,50 1,99 2,49 3,17 3,96 4,757 5,501 6,348 0,01 0,05 0,01 0,03 0,01 0,009 0,008 0,009 0,01 0,05 0,01 0,03 0,01 0,009 0,008 0,009 Aluno 3 esfera 1 esfera 2 esfera 3 esfera 4 esfera 5 esfera 6 esfera 7 esfera 8 diâmetro (mm) 1,505 1,995 2,491 3,179 3,983 4,755 5,500 6,342 1,515 2,008 2,485 3,191 3,950 4,759 5,502 6,349 1,485 1,951 2,498 3,115 3,968 4,769 5,489 6,355 1,500 1,988 2,509 3,167 3,959 4,748 5,510 6,361 1,50 1,99 2,49 3,17 3,96 4,757 5,501 6,352 0,01 0,02 0,01 0,03 0,01 0,009 0,009 0,008 0,01 0,02 0,01 0,03 0,01 0,009 0,009 0,008 16 Nemitala Lápis Nemitala Lápis Nemitala Lápis Nemitala Caixa de texto fórmula diferente do aluno 1 - TABELA II A segunda tabela apresenta as cinco medições do tempo de queda (em s) de cada uma das esferas feito pelos alunos, com incerteza instrumental de 0,01s. O tempo médio de queda foi calculado analogamente aos diâmetros, sua incerteza final é a raiz da soma quadrática entre a incertezainstrumental, o tempo de resposta do cérebro humano (0,1s) e o desvio padrão dos dados (calculado como anteriormente). ALUNO 1 Tempo de queda (s) t1 18,85 11,34 7,74 4,92 3,57 2,68 2,35 1,82 t2 18,76 11,42 7,77 4,80 3,59 2,65 2,34 1,79 t3 18,97 11,14 7,79 4,87 3,55 2,62 2,39 1,75 t4 18,79 11,47 7,63 4,87 3,52 2,49 2,38 1,74 t5 18,78 11,31 7,92 5,00 3,57 2,65 2,40 1,82 t médio 18,8 11,3 7,8 4,9 3,6 2,7 2,4 1,8 Desvio 0,09 0,1 0,1 0,07 0,03 0,07 0,03 0,04 Inc final 0,1 0,2 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 ALUNO 2 Tempo de queda (s) 17,67 10,92 7,00 4,82 3,51 2,66 2,26 1,66 17,93 10,76 7,11 4,87 3,42 2,48 2,32 1,73 17,72 10,93 7,04 4,76 3,58 2,59 2,40 1,80 17,89 10,86 7,14 5,08 3,50 2,58 2,33 1,86 17,82 11,06 7,18 4,95 3,56 2,54 2,38 1,72 17,8 10,9 7,1 4,9 3,5 2,6 2,3 1,7 0,1 0,1 0,07 0,1 0,06 0,07 0,05 0,08 0,1 0,1 0,1 0,2 0,1 0,1 0,1 0,1 ALUNO 3 17,98 11,05 7,22 4,91 3,40 2,62 2,22 1,57 18,36 10,94 7,12 4,77 3,40 2,36 2,09 1,58 18,05 10,94 7,06 4,83 3,27 2,49 2,10 1,58 18,04 10,91 7,15 4,85 3,33 2,42 2,10 1,64 18,20 10,98 7,17 4,77 3,34 2,55 2,02 1,56 18,1 10,9 7,2 4,8 3,3 2,5 2,1 1,6 0,2 0,05 0,06 0,06 0,05 0,1 0,07 0,03 0,2 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 17 Nemitala Lápis Nemitala Caixa de texto usaram fórmula errada na planilha... Nemitala Lápis - TABELA III A Tabela abaixo dispõe as grandezas utilizados no cálculo de η: Raio ao quadrado de cada esfera (em cm²), com incerteza (em cm²) (3.1.4) obtida por meio da fórmula de geral (2.B), considerando o erro de r o mesmo do diâmetro dmed. (3.1.4) Velocidade (cm/s) limite atingida pelas esferas, calculada pela razão entre a distância total (65,0 ± 0,2 cm) percorrida por ela e o intervalo de tempo transcorrido (3.1.5). A sua incerteza (em cm/s) (3.1.6) foi encontrada através de (2.B). (3.1.5) (3.1.6) Enfim, o cálculo de η (eta) no sistema cgs (em g/cm.s), calculado a partir da equação (1.13) deduzida na Introdução. Sua incerteza (em g/cm.s) (3.1.7) foi obtida por meio da fórmula geral (2.B), em que o termo relativo à subtração das densidades tem erro (3.1.8) encontrado por (2.A). A gravidade utilizada foi 978,64 ± 0,01 cm/s². (3.1.7) (3.1.8) 18 Nemitala Lápis ALUNO 1 raio^2 (cm²) 0,00569 0,00995 0,0155 0,0252 0,03913 0,0566 0,0755 0,1008 inc (cm²) 0,00002 0,00006 0,0004 0,0001 0,00007 0,0001 0,0001 0,00009 Veloc (cm/s) 3,46 5,7 8,4 13,3 18 25 27 36 inc (cm/s) 0,03 0,1 0,2 0,3 1 1 1 2 eta (cgs) 2,49 2,63 2,8 2,86 3,3 3,5 4,2 4,2 inc (cgs) 0,02 0,04 0,1 0,07 0,1 0,2 0,2 0,3 ALUNO 2 0,0056 0,0099 0,0156 0,0252 0,0393 0,0566 0,0757 0,1007 0,0001 0,0005 0,0001 0,0005 0,0003 0,0002 0,0002 0,0003 3,65 5,95 9,1 13,3 18,5 25 28 38 0,03 0,08 0,2 0,3 0,5 1 1 2 2,34 2,5 2,58 2,9 3,2 3,4 4,1 4,1 0,04 0,1 0,05 0,1 0,1 0,2 0,2 0,2 ALUNO 3 0,0056 0,0099 0,0156 0,0252 0,0393 0,0566 0,0757 0,1009 0,0001 0,0002 0,0001 0,0005 0,0003 0,0002 0,0002 0,0003 3,60 5,94 9,1 13,5 19,5 26 31 41 0,03 0,08 0,2 0,3 0,5 1 1 2 2,37 2,53 2,59 2,83 3,1 3,3 3,7 3,7 0,04 0,07 0,05 0,09 0,1 0,1 0,1 0,2 19 - TABELA IV A próxima tabela é dividida em duas partes: 1) A primeira aglutina todos os individuais de diâmetro médio (em cm) e tempo médio (em s) dos integrantes do grupo por meio de uma média simples (3.1.9). A incerteza final σfinal (3.1.2) é a raiz da soma quadrática entre a incerteza estatística σest (desvio padrão (3.1.3) sobre a raiz do número de dados (15)), e a incerteza instrumental σinst (do micrômetro e do cronômetro). (3.1.9) Grupo diam médio (cm) 0,1503 0,1995 0,2486 0,3167 0,3962 0,4758 0,5499 0,6351 Desvio padrão 0,0010 0,0031 0,0036 0,0027 0,0012 0,0009 0,0008 0,0007 Incerteza final 0,0005 0,0005 0,0006 0,0005 0,0005 0,0005 0,0005 0,0005 Tempo médio (s) 18,3 11,1 7,3 4,9 3,5 2,6 2,3 1,7 Desvio padrão 0,46 0,22 0,33 0,09 0,11 0,09 0,13 0,10 Incerteza final 0,2 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 2) A segunda usa esses dados médios entre 3 alunos para calcular os demais parâmetros, como raio ao quadrado (em cm²), velocidade limite (em cm/s) e viscosidade (em g.cm/s). Seus valores e incertezas foram obtidos como na Tabela III raio^2 (cm) 0,00566 0,00991 0,01554 0,02518 0,0392 0,0566 0,0756 0,1008 inc (cm) 0,00004 0,00005 0,00007 0,00008 0,0001 0,0001 0,0001 0,0002 Veloc (cm/s) 3,56 5,87 8,9 13,3 18,7 25 29 38 inc (cm/s) 0,03 0,06 0,2 0,3 0,6 1 1 2 eta (cgs) 2,41 2,56 2,66 2,86 3,2 3,4 4,0 4,0 inc (cgs) 0,03 0,03 0,05 0,06 0,1 0,1 0,2 0,2 20 Nemitala Lápis - TABELA V A tabela a seguir apresenta as dados de velocidade e viscosidade após a correção (2.1) de cada aluno para um recipiente cujo raio é muito maior que a esfera (volume relativo infinito). Obtivemos o Fator C (adimensional) através da equação (2.1) para cada esfera separadamente. Consideramos que sua incerteza é muito pequena quando comparada às demais e pode ser desprezada. Ele foi escrito com 4 algarismos significativos. Com ele, voltamos a calcular a velocidade corrigida (cm/s) da esfera, dessa vez corrigida multiplicando-a por 1+C. Sua incerteza foi obtida pela fórmula geral (2.A), como sendo o erro da velocidade anterior vezes a correção 1+C. Por último, com a velocidade e os dados anteriores, foi recalculado a viscosidade eta corrigida (em g.cm/s), agora com a influência do arranjo reduzida. A incerteza foi obtida da mesma maneira que a velocidade (multiplicando o valor antigo de eta por 1+C) Aluno 1 Fator C 0,0771 0,1042 0,1329 0,1744 0,2243 0,2785 0,3308 0,3947 Vel cor (cm/s) 3,73 6,3 9,5 15,7 22,3 31 36 51 inc (cm/s) 0,03 0,09 0,2 0,4 0,7 1 2 3 eta cor (cgs) 2,31 2,38 2,5 2,44 2,7 2,7 3,1 3,0 inc (cgs) 0,02 0,05 0,1 0,09 0,1 0,2 0,2 0,4 Aluno 2 0,0767 0,1037 0,1331 0,1742 0,2248 0,2783 0,3312 0,3944 3,93 6,6 10,4 15,7 22,7 32 37 52 0,03 0,1 0,2 0,4 0,7 1 2 3 2,17 2,27 2,3 2,4 2,6 2,7 3,1 2,9 0,02 0,05 0,1 0,1 0,1 0,2 0,2 0,4 Aluno 3 0,0768 0,1040 0,1331 0,1742 0,2248 0,2784 0,3312 0,3947 3,88 6,56 10,3 15,8 24 33 41 57 0,03 0,09 0,2 0,4 1 1 2 3 2,21 2,29 2,29 2,4 2,5 2,6 2,8 2,7 0,05 0,08 0,06 0,1 0,1 0,2 0,2 0,3 21 Nemitala Lápis Nemitala Lápis Nemitala Realce - TABELA VI Essa tabela, como a Tabela IV, interliga todos os dados obtidos após a correção por cada um dos alunos por meio das médias simples da distribuição. O primeiro valor é o Fator C médio (adimensional) entre os três obtidos para cada esfera dos alunos. Foi obtido por (3.1.9) e não possui incerteza atribuída. Em seguida está apresentado o cálculo da velocidade média corrigida (em cm/s), calculada pelo produto entre a velocidade média sem correção (Tabela IV) e o parâmetro 1+C, usando o Fator C médio. E por fim o valor da viscosidade eta médio (em g.cm/s), obtido por (1.13) e incerteza calculada como na Tabela V. Grupo Fator C 0,0768 0,1040 0,1331 0,1742 0,2248 0,2784 0,3312 0,3947 Vel cor (cm/s) 3,83 6,48 10,0 15,7 22,9 32 38 53 inc (cm/s) 0,03 0,07 0,2 0,3 0,7 1 2 3 eta cor (cgs) 2,23 2,31 2,35 2,43 2,6 2,6 3,0 2,9 inc (cgs) 0,03 0,03 0,06 0,07 0,1 0,2 0,2 0,3 - TABELA VII A última tabela apresenta os mesmos dados na Tabela V mas aplicando a normalização de temperatura Ct, expressa por (2.2), nas viscosidades de cada esfera dos alunos. Assim como na correção do volume infinito, esse Fator Ct (adimensional) não apresenta incertezas, é apenas escrito com 4 algarismo significativos. A nova viscosidade normalizada eta (em gcm/s) é resultado damultiplicação entre as viscosidades corrigidas da tabela anterior e o termo (1+Ct). A incerteza é obtida como anteriormente, pelo produto entre a incerteza de eta e esse termo. Aluno 1 Fator Ct 1,118 1,118 1,118 1,118 1,118 1,118 1,118 1,118 eta cor 2 (cgs) 2,59 2,66 2,8 2,7 3,0 3,1 3,5 3,4 inc (cgs) 0,03 0,05 0,1 0,1 0,1 0,2 0,3 0,4 22 Nemitala Caixa de texto quais valores usou para calcular ct? Aluno 2 1,075 1,075 1,075 1,075 1,075 1,075 1,075 1,075 2,34 2,44 2,4 2,62 2,8 2,9 3,3 3,1 0,03 0,05 0,1 0,09 0,1 0,2 0,3 0,4 Aluno 3 1,075 1,075 1,075 1,075 1,075 1,075 1,075 1,075 2,37 2,46 2,46 2,6 2,7 2,8 3,0 2,9 0,05 0,09 0,06 0,1 0,1 0,2 0,2 0,3 - TESTES Z’s Como última parte da análise das tabelas, realizamos testes de compatibilidade Z entre as velocidades e viscosidades obtidas: 1) Primeiramente os alunos fizeram um teste Z entre os de velocidades (eta) associada à cada esferas antes (Tabela III) depois da correção (Tabela V), a fim de mensurar como a proporção entre o raio da bolinha e o raio do recipiente contribui para imprecisão do resultado obtido pela fórmula de Stokes. Z (veloc e veloc cor) 6,9 4,8 4,7 4,4 4,8 3,6 4,5 3,8 Z (veloc e veloc cor) 7,2 5,0 5,1 4,4 4,9 3,7 4,6 4,0 Z (veloc e veloc cor) 7,1 5,0 5,1 4,4 5,2 3,9 5,2 4,3 Pode-se perceber que a disparidade entre as duas velocidades em termos das incertezas é maior em relação às esferas menores, mas isso só ocorre pois as incertezas associadas a elas são muito pequenas quando comparada às medidas. Enquanto as velocidades das esferas maiores têm uma absoluta maior entre a corrigida e sem correção mas as altas incertezas compensam e, por esse motivo, possuem teste Z menor. 23 Nemitala Caixa de texto discussão Nemitala Caixa de texto não pode comparar se estão em temperaturas diferentes... Nemitala Lápis 2) Em seguida, realizamos um teste Z entre o maior e menor valor de viscosidade (eta) associada às esferas (Tabela V) depois da correção (2.1). Esse procedimento tem como objetivo aferir a efetividade da Correção de Ladenburg utilizada, pois, após aplicá-la, a viscosidade não deveria mais variar com as dimensões da esfera. Z (maior e menor eta corrigido) 3,4 3,7 2,9 Na tabela é visível que os testes Z feitos resultaram em incompatibilidade para o aluno 1 e 2 e compatibilidade de 3 sigmas para o aluno 3. Comprovando que, apesar de Z ser muito próximo da compatibilidade (resultados em 4 sigmas), a correção não foi suficiente e as viscosidades para cada esfera continuam destoantes. 3) O mesmo foi feito para as viscosidades eta normalizadas pela temperatura (2.2) que, mais uma vez, deveriam ser iguais entre as esferas de cada aluno (pois a dependência com suas dimensões já teria sido, em teoria, atenuada) mas resultaram em incompatibilidade de mesmo grau (já que fator de correção é o igual para cada aluno) para todos eles. 4) Logo após, as viscosidades eta normalizadas à temperatura de 25ºC de cada esfera foram comparada com o esperada de 2,85 stokes pela curva característica rosa (que se adequa mais aos resultados obtidos pelos 3 alunos). Porém, esse gráfico (Metodologia) apresenta as viscosidades cinemáticas ν, então foi preciso transformá-la na viscosidade absoluta por meio da expressão abaixo (3.1.10), com ρ sendo a densidade do fluido. Não foi considerado incerteza para o valor esperado. (3.1.10) Aluno 1 esperado 2,517 Z 2,65 52,04 25,61 27,72 22,72 12,90 12,90 8,56 24 Nemitala Lápis Aluno 2 2,517 7,2 49,7 23,5 27,7 22,4 12,5 12,6 8,3 Aluno 3 2,517 2,9 29,0 40,4 21,8 23,5 13,7 14,6 9,7 Isso demonstra que a viscosidade é mais compatível com a teórica para as esferas pequenas, pois a proporção entre o seu diâmetro e o diâmetro do recipiente cilíndrico é menor, reduzindo a influência das paredes do recipiente no experimento. Portanto, pode-se perceber que a correção de Ladenburg, mais uma vez, não foi eficiente em adequar as viscosidades e livrá-las das precariedades do arranjo. 5) Por último, cada aluno realizou um média ponderada (3.1.10) de seus resultados finais de viscosidade eta normalizada e os comparou com as demais médias do grupo. Isso foi feito com o propósito de verificar se os óleos utilizados por cada um são os mesmos, já que, ao normalizar-se a temperatura, os valores de viscosidade deveriam ser compatíveis entre si para que substância utilizada seja a mesma. (3.1.8) Aluno 1 pi 1475 382 85 104 58 18 13 6 eta*pi 3814 1018 237 282 174 54 47 22 eta media 2,6357 inc eta media 0,0005 25 Nemitala Lápis Nemitala Lápis Aluno 2 1593 413 92 112 63 19 15 7 3723 1010 226 293 178 55 48 22 2,4002 0,0004 Aluno 3 397 138 269 71 77 25 24 11 941 340 662 184 206 68 71 33 2,477 0,001 Alunos Z 1 e 2 370 1 e 3 145 2 e 3 71 É possível verificar que, pelo teste Z entre as médias dos alunos, nenhuma das viscosidades é compatíveis com outra, tratando-se de uma incongruência experimental, já que o aluno 2 e 3 analisaram a mesma situação. Porém, é também notório que a disparidade é bem maior da viscosidade da aluno 1 em relação às demais, pois ele realizou a experiência em um arranjo diferente dos outros que, possivelmente, possui um óleo com η diferente. 26 Nemitala Lápis 2) DETERMINAÇÃO DE η POR MEIO DA ANÁLISE GRÁFICA - MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS Aberta a possibilidade de que cada conjunto de dados possa ter sido realizado com óleos diferentes (apesar da densidade ser igual), foi confeccionado um gráfico para cada viscosidade escolhida pelos componentes (o aluno 1 com a viscosidade 7 e os alunos 2 e 3 com a viscosidade 5). Sendo assim, o aluno 1 realizou um gráfico e o aluno 3 outro, já que ele possui o mesmo arranjo que o aluno 2 mas desvios padrões associados às medidas menores (Tabela I). Ao representar os dados de velocidades em função do raio ao quadrado, expressada por (2.3), obtidas antes da correção (em azul), foi possível notar (os dois gráficos do aluno 1 abaixo exemplificam isso) que a distribuição não apresenta um comportamento linear, ou seja, muitos pontos não são contemplados por essa reta. Dessa maneira, realizamos a correção de Ladenburg, com o propósito de tornar essa dependência linear, e voltamos a representar os pontos de velocidade corrigida (em laranja) e percebemos que era possível ajustar com maior precisão uma reta aos pontos. Exemplificação feita pelo Aluno 1: 27 Nemitala Lápis Nemitala Caixa de texto linhas auxiliares ajudam a fazer leitura dos pontos... Portanto, utilizamos esses dados de cada aluno e utilizamos o Método dos Mínimos Quadrados com o objetivo de ajustar uma reta inclinada de equação (2.3), de velocidade (eixo das ordenadas) em função do raio ao quadrado de cada esfera (eixo das ordenas) e encontrar seu coeficiente angular (a) e linear (b). Partimos dos raios quadrados médio, calculados Tabela III, e as velocidades limite corrigidas da Tabela V do aluno 1 e 3, e cada um realizou o seu MMQ três vezes, a fim de obter uma convergência de resultados. Aluno 1 - Viscosidade 7: a = 602 ± 9 b = 0,45 ± 0,07 Aluno 3 - Viscosidade 5: a = 612 ± 9b = 0,45 ± 0,07 28 Nemitala Lápis Nemitala Caixa de texto outros gráficos? A expressão (2.3) tem como variáveis a velocidade e o raio ao quadrado, portanto, os demais parâmetros são constantes e equivalem ao coeficiente angular a dessa função afim (3.2.1) Sendo assim, a partir dos valores encontrados à pouco, é possível determinar a viscosidade média associada ao fluido de movimentação da esfera. A incerteza dessa grandeza (3.2.2) foi obtida pelas fórmula de incerteza geral aplicadas sob a expressão abaixo. (3.2.1) (3.2.2) Aluno 1 - Viscosidade 7: MMQ η = 2,52 ± 0,04 Aluno 3 - Viscosidade 5: MMQ η = 2,47 ± 0,04 A função (2.3) não possui coeficientes lineares, apenas angular. Sendo assim, é necessário fazer um teste Z de compatibilidade entre o coeficiente linear b encontrado pelos alunos e o valor real da função (zero). Aluno 1 - Viscosidade 7: Z = 1,70 Aluno 3 - Viscosidade 5: Z = 1,70 29 Nemitala Lápis - AJUSTE MANUAL Como segunda técnica de obtenção dos coeficientes angulares e lineares da função v(r²) utilizamos o ajuste de reta manual para os conjuntos de dados do aluno 1 e 3. Com base nas barras de erro associadas a cada medida de velocidade, foi feito um retângulo guia, cujas diagonais correspondem a reta máxima e mínima dessa distribuição e delas foi retirado os coeficientes máximos e mínimos, cujas incertezas consiste na metade da diferença entre eles. Os gráficos, dessa vez para todos os alunos, também foram feitos em Excel com o objetivo de comparar visualmente a diferença entre as velocidades medidas (em azul) e corrigidas pelo fator Ladenburg (em laranja) para cada esfera. Uma reta inclinada foi adequada aos pontos laranjas e sua equação determinada pelo Excel. Os coeficientes do aluno 1 e 3 também serão usados na análise de compatibilidade final. Aluno 1 - Viscosidade 7: 30 Nemitala Lápis Aluno 2 - Viscosidade 5: Aluno 3 - Viscosidade 5: 31 Nemitala Lápis Nemitala Lápis Aluno 1 - Viscosidade 7: 32 a = (49 ± 4)·10 b = 2 ± 2 33 Nemitala Lápis Aluno 3 - Viscosidade 5: 34 a = (60 ± 7)·10 b = 1 ± 4 35 Da mesma maneira que o feito com o MMQ, utilizamos a expressão (2.3) para extrair o coeficiente angular da reta feita manualmente e, com ele, obter a viscosidade associada ao fluido (3.2.1). A incerteza foi obtida analogamente, usando a fórmula (3.2.2). Aluno 1 - Viscosidade 7: resultado manual η = 3,1 ± 0,2 Aluno 3 - Viscosidade 5: resultado manual η = 2,5 ± 0,3 Fizemos o mesmo com o coeficiente angular calculado pelo ajuste do Excel e obtivemos a viscosidade. Como a ferramento não nos fornece valores de incerteza, consideramos o erro de a sendo 1 na última casa decimal Aluno 1 - Viscosidade 7: via Excel η = 3,153 ± 0,005 Aluno 3 - Viscosidade 5: via Excel η = 2,761 ± 0,004 O coeficiente linear b encontrado graficamente (com o ajuste a mão) também sofreu um teste de compatibilidade com valor de zero, uma vez que a expressão (2.3) não tem termos independentes das variáveis. Aluno 1 - Viscosidade 7: Z = 1,00 Aluno 3 - Viscosidade 5: Z = 0,25 36 Nemitala Lápis - COMPATIBILIDADE Z Como última etapa da nossa análise de dados, iremos comparar as viscosidades encontradas pelos métodos gráficos, através do coeficiente angular da reta, pelo ajuste a mão e MMQ. 1) Primeiramente, fizemos um teste Z entre os diversos valores de viscosidade obtidas pelos métodos: MMQ, manualmente e pelo Excel Aluno 1 - Viscosidade 7: Z(mmq e manual) = 5,38 Z(mmq e excel) = 15,7 Z(manual e excel) = 0,26 Aluno 3 - Viscosidade 5: Z(mmq e manual) = 0,099 Z(mmq e excel) = 7,23 Z(manual e excel) = 0,86 Podemos perceber que os únicos valores de viscosidade compatíveis foram os obtidos manualmente e pelo excel. Isso pode ter ocorrido pois o MMQ funciona como um média ponderada, favorecendo os valores com menos incerteza em seu ajuste, enquanto o método manual e pelo excel trata cada dado da mesma maneira, buscando ajustá-los do modo mais adequado visualmente. 2) Logo após, um teste de compatibilidade foi feito entre as viscosidades encontradas com os métodos gráficos (MMQ e manual) com o valor esperado de 2,517 g/cm.s (obtida pela gráfico e equação (3.1.10) para a viscosidade dinâmica dessa substância. Aluno 1 - Viscosidade 7: Z(esperado e manual) = 2,92 Z(esperado e mmq) = 0,075 Aluno 3 - Viscosidade 5: Z(esperado e manual) = 0,056 Z(esperado e mmq) = 1,18 37 Nemitala Lápis Nemitala Lápis Com esses resultados, é notável que as viscosidades obtidas por esses métodos se mostraram mais compatíveis com o valor esperado do que a viscosidade obtida pela média ponderada na análise das tabelas. 3) Em seguida, fizemos o teste com a viscosidade obtidas pelo MMQ e pela ajuste a mão entre o aluno 1 e 3, com o objetivo de verificar se os óleos usados são iguais. Viscosidade MMQ: Z(1 e 3) = 0,89 Viscosidade gráfico a mão: Z(1 e 3) = 1,66 Por meio desse teste Z, é possível comprovar que os óleos utilizados pelo aluno 1 e 3 são os mesmos e, consequentemente, o mesmo do aluno 2 (haja visto que o aluno 2 e 3 realizaram a análise sob o mesmo conjunto de dados) 4) Por último realizamos um teste Z de compatibilidade entre o coeficiente de viscosidade obtido pela média ponderada, pelo MMQ e pelo gráfico feito à mão Aluno 1 - Viscosidade 7: Z(média ponderada e manual) = 2,32 Z(média ponderada e mmq) = 2,89 Aluno 3 - Viscosidade 5: Z(média ponderada e manual) = 0,56 Z(média ponderada e mmq) = 0,17 Dessa maneira, podemos ver que há compatibilidade a nível máximo de 3 sigmas entre os resultados obtidos pelos diversos métodos e que a coleta de dados e estimativa de incertezas do aluno 3 foi mais precisa, considerando que trata-se do mesmo óleo. 38 Nemitala Lápis Nemitala Lápis Nemitala Caixa de texto todas essas comparações de compatibilidade deveriam só estar no item de discussão DISCUSSÃO DE RESULTADOS 1) VELOCIDADE LIMITE Como primeiro passo do processo, iremos retomar uma aproximação feita na Metodologia, de que a esfera, ao percorrer os primeiros 10 cm da camada de fluido, atingiria 99% da velocidade “infinita” prevista. Primeiramente aplicamos expressão (1.12) para cada esfera utilizada pelo aluno 1 (tomamos ele como exemplo pois o desvio padrão é o menor) e calculamos qual seria velocidade máxima que a bolinha poderia atingir. Substituímos as constantes pelos dados apresentados no Arranjo Experimental e consideramos a viscosidade dinâmica como sendo a obtida para cada esfera separadamente na Tabela III. Dessa maneira, calculamos as velocidades infinitas teóricas para as esferas 1 à 8 do aluno 1 e obtivemos os resultados na primeira linha da tabela abaixo (todos em cm/s). Com base nas velocidades teóricas obtidas, foi feito a razão com a velocidade real, já corrigida pela Fator de Ladenburg calculada na Tabela V. É possível observar de modo geral que a consideração de 10 centímetros como suficiente para a esfera atingir uma velocidade próxima da infinita é corroborada, uma vez que, em todos os casos, a velocidadereal gira em torno de 99% e chega e, dentro do arredondamento, atinge até 100%. veloc real cor 3,6 6,3 9,5 15,7 22,3 31,4 36,3 50,6 veloc infinita 3,73 6,33 9,48 15,67 22,29 31,36 36,35 50,64 % 96 100 100 100 100 100 100 100 39 Nemitala Caixa de texto qual eta usou? Nemitala Realce Nemitala Realce Nemitala Realce 2) LEI DE STOKES E CORREÇÃO DE LADENBURG Como apresentado na Introdução a Lei de Stokes consiste na definição da força de fricção que uma esfera sofre em um quedra livre dentro de um fluido viscoso. No entanto, ela tem alguns limites de aplicação para sistemas reais, entre eles está a proporção entre o tamanho da esfera e do recipiente utilizado, se essa relação for muito próxima, as moléculas do vão interagir relativamente bastante com as paredes do tubo, fazendo com que o coeficiente de viscosidade seja superior ao esperado para aquela substância. Assim, com o objetivo de amenizar essa influência que foi nos propusemos a utilizar a Correção de Ladenburg (2.1). Com isso em mente, os alunos realizaram suas medições para o diâmetro e tempo de percurso de cada uma das oito esferas disponibilizadas (Tabela I). Inicialmente, nada indicava que os óleos utilizados poderiam ser diferentes e, por esse motivo, aglutinamos os resultados em tabelas com a média do grupo (Tabela II). Sendo assim, cada um de nós obtivemos valores de viscosidades que variam: quanto maior o diâmetro da esfera, maior o parâmetro η encontrado. Esse resultado era esperado já que, como supracitado, é essencial considerar as restrições impostas pela Lei de Stokes. Dessa maneira, calculamos o fator de correção para cada uma das esferas e o multiplicamos pelas velocidades antes obtidas, com o objetivo de atenuar a influência do arranjo no resultado de viscosidade. Isso ficou bastante visível pelo 1º teste Z, que nos demonstrou como velocidade, em números de incerteza, se alterou com a correção. No entanto, após os cálculos da Tabela V, notamos que, mesmo depois do fator de Ladenburg, as viscosidades de cada esfera permaneciam muito díspares. A fim de mensurar essa diferença, realizamos o 2º teste Z entre o maior e menor valor de viscosidade, e atestamos que elas eram incompatíveis. Esse resultado não corrobora as leis físicas, pois a viscosidade é, como dito na Introdução, uma propriedade intrínseca do fluido. Sendo assim, não há sentido, após corrigirmos as velocidades e, em teoria, adequá-las a um arranjo ideal, que a viscosidade de um mesmo aluno varie com o tamanho da esfera. Um comportamento interessante percebido durante o tratamento de dados é que, caso fosse aplicado duas vezes, a Correção de Ladenburg seria suficiente para tornar os valores de η compatíveis. 40 Nemitala Lápis Desse modo modo, como não foi passada nenhuma restrição associada à correção de Ladenburg e há uma escassez de fontes que a abordam, tornar-se possível indagar que, para as condições experimentais submetidas à correção de Ladenburg nesse arranjo, vão além dos seus limites de aplicação. Portanto, a fim de obter resultados compatíveis que reforçam os princípios físicos, seria necessário dispor de uma correção diferente da utilizada, ou ainda aplicar o quadrado do fator Ladenburg, algo que não estava previsto na descrição teórica do experimento. Por conta da insuficiência do fator de Ladenburg, o erro foi cumulado quando se realizou a normalização de temperatura das viscosidades para 25ºC. Entretanto, permanecemos com o método experimental e fizemos a média ponderada para todos valores de viscosidade relativos às esferas. Com eles, primeiramente comparamos com o obtido pelos demais colegas do grupo e verificamos, pelo 5º teste Z, que as viscosidades são incompatíveis, apesar do aluno 2 e 3 terem realizado a análise sob a mesma base de dados. Isso pode ter ocorrido pois as incertezas das esferas menores são muito baixas, promovendo uma erro muito reduzido para a média ponderada. Analisando as viscosidades médias percebemos que, apesar deles serem incompatíveis entre si, a única curva característica (gráfico da Metodologia) que melhor adequa todos eles é a azul, sendo, portanto, outro forte indício de que as incertezas foram subestimadas e/ou os dados coletados incorretamente. Ao realizar o teste Z entre as viscosidades médias e valor nominal esperado pela curva azul, de 2,517 g/cm.s (viscosidade dinâmica) obtivemos, mais uma vez, incompatibilidade (Z’s de, respectivamentes, 255, 269 e 40). Portanto, podemos concluir que houveram diversos problemas com a análise de dados desse experimento através da Lei de Stokes: A correção proposta não foi suficiente em adequar os resultados ao previsto pelas leis físicas; As viscosidades médias não atingiram compatibilidade satisfatória com o esperada para substância utilizada; e não foi possível determinar com precisão a viscosidade do óleo, já que os alunos 2 e 3, que analisaram o mesmo conjunto, não obtiveram resultados compatíveis entre si. 41 Nemitala Realce Nemitala Lápis Nemitala Caixa de texto Na realidade faltou checar a hipótese de que o fluxo é laminar para todas as esferas... 3) ANÁLISE GRÁFICA DE RESULTADOS Apesar das dificuldades encontradas na primeira parte de análise do experimento, quando o conjunto de dados foi representada graficamente, por meio dos pontos (r²,v), ficou bem nítido a dependência da velocidade com o quadrado do raio da esfera. O gráfico do aluno 1 utilizado de exemplo na seção do MMQ demonstra que, sem a correção, os pontos experimentais não podem ser aproximados à uma reta, comportamento que ocorre com a velocidade corrigida, onde é possível ajustar uma linha de tendência e obter seu coeficiente. Contudo, ao obter os coeficientes de viscosidade pelos dois métodos diferentes e realizar o teste Z entre eles (1º compatibilidade Z) percebemos que os resultados encontrados pelo gráfico à mão e pelo ajuste do Excel não são compatíveis com o obtido pelo MMQ. Uma das hipótese possíveis para esse comportamento é que o MMQ, assim como a média ponderada, favorece os dados com menor incerteza agregada em detrimento dos outros. E, como já dito, as incertezas pode ter sido subestimadas, proporcionando esse desempenho. Diferentemente da análise das tabelas, sustentada pela fórmula de Stokes, o ajuste gráfico pelos diversos métodos propiciou coeficientes mais precisos e compatíveis com o esperado pela curva característica azul, como mostra 2ª compatibilidade Z. Sendo assim, essa conclusão fortalece a indagação de que a correção de Ladenburg foi insuficiente no propósito de adequar as condições experimentais reais às limitações impostas pela Lei de Stokes, necessitando, portanto, de um novo fator para exercer esse papel. Outro quesito que não pôde ser corroborado pela análise das tabelas mas foi visivelmente comprovado pela análise gráfica é a respeito da natureza dos óleos utilizados por cada um dos aluno. Havia ficado em dúvida, pelas incompatibilidades apresentadas anteriormente, se as substâncias usados pelo aluno 1 e 3 era iguais ou não. Porém, por meioda 3ª compatibilidade Z pode-se notar que as viscosidades encontradas pelo MMQ e pela ajuste à mão são compatíveis em nível de 1 a 2 sigmas, atestando que o óleo utilizado é igual. 42 Nemitala Riscado Nemitala Realce Nemitala Caixa de texto a diferença entre o mmq e o excel é que o segundo não leva em consideração as incertezas dos pontos... CONCLUSÃO Através da coleta e análise de dados relativos a queda de esferas de diferentes tamanhos em óleo, pudemos, por meio da fórmula de Stokes e do ajuste gráfico, obter a viscosidade dinâmica da substância. Pudemos perceber que o Fator de Ladenburg utilizada não foi suficiente nem eficaz na correção das velocidades reais às ideais exigidas por Stokes, fazendo com que a viscosidade final atribuída ao fluido fosse variável. Comportamento esse que contraria os princípios físicos e químicos, uma vez que a viscosidade é uma característica inerente à substância. Apesar disso, a representação gráfica da dependência linear da velocidade máxima da bolinha com o quadrado do seu raio nos permitiu observar que a Lei de Stokes é descreve bem o comportamento de uma esfera em meio viscoso, ainda que alguns pontos não se acomodam sob a reta, por conta da ineficiência da correção feita e prováveis erros sistemáticos na coleta de dados. Contudo, com o coeficiente angular dessa reta inclinada, ainda foi possível obter uma viscosidade compatível com a esperada pela curva de viscosidade do óleo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] H. A. Radi and J. O. Rasmussen, Principles of Physics (Springer, New York, 2013) p. 342 [2] https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?id=2976032 [3]https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5040044/mod_resource/conte nt/6/Experimento6-2020.pdf 43 https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?id=2976032 https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5040044/mod_resource/content/6/Experimento6-2020.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5040044/mod_resource/content/6/Experimento6-2020.pdf Nemitala Lápis