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AULA 1 - 01/08/2022
Persecução criminal - é dividida em duas fases, a judicial e inquisitorial. A fase inquisitiva é feita a investigação do ocorrido e levantado o máximo de informação para que seja apresentada a denúncia. Já a fase judicial é onde ocorre todo o andamento do processo com todas suas fases.
Procedimento especial - é aqueles que apresenta um método diferente do tradicional para lidar com determinadas questões específicas, o tribunal do júri popular por exemplo.
Tribunal do júri - responsável pelo julgamento de crimes dolosos contra a vida
Os juízes gozam de algumas prerrogativas com o intuito de proteger a eles e a sociedade, como exemplo temos o fato deles serem julgados sempre no tribunal de justiça do estado que ele exerce a função, mesmo cometendo o crime em outro estado e sem está atuando no momento da infração com exceção dos crimes eleitorais. Além desde temos os listado e previsto na constituição federal 
 Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.         (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
O procedimento a ser usado em cada crime vai variar de acordo com cada tipo de infração. Crimes de estupro, crimes doloso contra a vida, contravenções penais, crimes de menor potencial ofensivo, são exemplos de crimes que vão ser tratados através de procedimento especial.
JECRIM - justiça especial criminal 
As pessoas que são indiciadas por crimes de menor potencial ofensivo e contravenções penais dificilmente cumprem a pena restritiva de liberdade, geralmente é aplicado uma pena alternativa. Já os crimes de bagatela, por entender que não ouve lesividade o juiz pode usar o princípio da insignificância e recusar a denúncia.
Os procedimentos precisam ser cumpridos a risca, de acordo com o que a lei determina, seguindo suas ordens e comandos e para quais crimes ele deve ser aplicado. Não sendo possível o juiz escolher o procedimento que será usada nem mesmo a ordem que vai aplica-lo.
Processo x procedimento 
Procedimento é o conjunto de atos dinâmicos no tempo em conformidade com a lei.
Não existe contraditória nem decisão nessa fase. Ela apenas vai mostrar como vai seguir o andamento do processo, os passos que devem ser seguido e as regras que devem ser respeitadas entre outros.
Espécie de procedimento
1. Comum - vai ser determinado de acordo com a pena máxima estabelecida no código.
A) Ordinário - para penas igual ou superior a 4 anos 
B) Sumário - penas inferior a 4 anos
C) Sumaríssimo - penas igual ou inferior a 2 anos e todas as contravenções penais.
2. Especial 
Como exemplo temos os crimes dolosos contra a vida e lei de drogas.
Erro em procedendo - quando ocorre erro no procedimento do processo, isso pode gerar nulidade absoluta ou relativo, vai depender do grau do erro ocasionado.
Correição parcial - usadas pelos advogados pedindo ao juiz que siga a ordem do processo quando o mesmo não faz isso por erro, abuso de poder ou qualquer outro fator que ocasione esse problema.
Todas as partes do processo apresenta ônus, deveres, direitos e cargos
Art. 394.  O procedimento será comum ou especial.           (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei.           (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 2o  Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em contrário deste Código ou de lei especial.           (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 3o  Nos processos de competência do Tribunal do Júri, o procedimento observará as disposições estabelecidas nos arts. 406 a 497 deste Código.           (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 5o  Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário e sumaríssimo as disposições do procedimento ordinário.           (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Existe crimes que se enquadraria em comum ordinário, porém eles apresenta algumas características e elementos específicos que o tornam especial, de tal forma que é regulado por uma lei específica que determina todo o passo a passo que é preciso ser feito até a sentença do trânsito em julgado.
AULA 2 - 08/08/2022
Natureza do crime = gravidade objetiva
Procedimento comum - dividido em 3 partes, o tipo a ser usado vai variar de acordo com a gravidade de cada crime, a pena máxima estabelecida em lei.
Art. 394.  O procedimento será comum ou especial.           (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
1. Ordinário - mais de 4 anos
2. Sumário - menos de 4 anos 
3. Sumaríssimo - inferior a 2 anos 
O procedimento ordinário é o mais utilizado atualmente
Decisão de pronúncia - exclusiva no tribunal do júri popular, é uma decisão interlocutória feita pelo juiz que não coloca fim no processo, ele modifica o status do réu no processo.
Comum ordinário - nesse procedimento geralmente é utilizado o inquérito policial para investigar o crime e apresentar elementos suficientes para a propositura da ação penal.
A ação penal significa o pedido para que o crime seja analisado e julgado pelo juiz, essa ação só pode ser proposta por quem tem direito, o MP nos crimes de ação penal pública incondicionada através da denúncia e da vítima representada pelo advogado nos crimes de ação penal privada através da queixa crime
Para propor a ação penal o MP ou vítima precisa da existência do crime e de um autor em potencial.
Art. 41.  A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.
Art. 44.  A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo criminal.
Rejeição da ação penal 
Art. 395.  A denúncia ou queixa será rejeitada quando:            (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
I - for manifestamente inepta;           (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou            (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal.   
Obs: é obrigatório a assinatura do MP em todas as denúncias, podendo está ser anulada se não cumprir este requisito
Na denúncia é possível apresentar até 8 testemunha para cada réu e para cada fato criminoso que ele esteja sendo acusado. Ainda é possível a presença das testemunhas referida, que são aquelas citadas por uma das testemunhas que estão citadas no processo (testemunhas numéricas).
Quando uma testemunha numérica afirma que outra pessoa presenciou o fato típico ou tem conhecimento de informações que podem ser essenciais para o processo, essa nova testemunha, chamada de referida é chamada para o processo mesmo que já tenha as 8 testemunhas permitidas em lei.
Art. 209.  O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras testemunhas, além das indicadas pelas partes.
Testemunhas não compromissadas 
Art. 206.  A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.
Art. 207.  São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ouprofissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.
Art. 208.  Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a que se refere o art. 206.
Contradita de testemunha - quando o advogado suspeita que uma das testemunhas tenha interesse específico no processo e é feito o pedido para que ela seja retirada do rol de testemunhas e desconsiderar seu depoimento se já tiver feito.
Juízo de prelibação - antes de ser apresentado para o juiz a denúncia ou queixa crime, o mesmo toma conhecimento do fato, não havendo aprofundação do fato nesta etapa, vai ocorrer um toque no que está acontecendo para seguir as etapas seguintes.
Juízo prevento - as decisões interlocutória do juiz (prisão preventiva, medica cautelar, etc)
Peça vestibular/exordial = denúncia
· Requisitos para propor ação penal 
Juízo competente - Ao ser realizado a propositura da ação penal é preciso respeitar todos requisitos previsto em lei, entre eles os pressupostos processuais relativos ao juiz, que leva em consideração a investidura (se alcançou o cargo de forma válida, concurso ou indicação), competência material e territorial (atuação na material que lhe é atribuída como civil, constitucional, penal e julgando crimes que tenham sido cometido no território da comarca ou que tenham sido legalmente transferidos)
“todo juiz deve ser competente suficiente para decretar a sua própria incompetência”
Ou seja, todo juiz deve ser a sua área de atuação e especificação, devendo declarar quando for apresentados casos que ele não tenha capacidade legal para julgar.
Ausência de suspeição - o juiz precisa julgar os processos sem nenhuma suspeita ou interesse, não pode existir vínculos subjetivos como proximidade com uma das partes, parentesco, vínculo religioso e etc. Ele precisa ser imparcial.
Quanto as partes - necessário apresentar elementos essenciais para propor ação, capacidade de ser parte, postulatória, existência de justa causa
Legitimidade e interesse de agir - necessidade, utilidade e adequação. Preciso a existência do dano ou prejuízo de alguma forma, o processo ter benefício para uma das partes e ter a previsão legal que permita o ajuizamento da ação.
Elementos da ação
1. Natio - conhecimento, saber sobre a relação jurídica que está sendo discutida
2. Vocatio - convocação, citação. Chamar e informar ao réu que existe processo em seu desfavor
3. Coetio - coerção, condução coercitiva. Sempre que necessário e permitido será usado a força judicial para dar prosseguimento no processo.
4. Jurisdictio - decisão. A sentença imposta pelo juiz, as obrigações que foram imposta para as partes de acordo com o que foi posto em todo o processo
5. Executio - execução, o cumprimento da sentença que foi imposta.
Ao receber a denúncia o juiz acusa o recebimento e cita o réu para apresentar defesa no prazo de 15 dias, defesa está que só pode ser realizada por advogado pois se trata de uma defesa técnica e já que a acusação foi feita por um especialista da área através da petição inicial, a resposta precisa ser no mesmo nível através da contestação.