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01- Apostila - Lingua Brasileira de Sinais

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Prévia do material em texto

Fundamentos de Lingua Brasileira de Sinais - EAD
Eliel de Sousa Freitas
 
 
 
2 
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ 
 
Maria IZOLDA CELA de Arruda Coelho 
GOVERNADORA DO ESTADO DO CEARÁ 
 
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL - SSPDS 
 
SANDRO Luciano CARON de Moraes - DPF 
SECRETÁRIO DA SSPDS 
 
ACADEMIA ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA DO CEARÁ – AESP|CE 
 
Antônio CLAIRTON Alves de Abreu – CEL PM 
DIRETOR-GERAL DA AESP|CE 
 
NARTAN da Costa Andrade - DPC 
DIRETOR DE PLANEJAMENTO E GESTÃO INTERNA DA AESP|CE 
 
HUMBERTO Rodrigues Dias – CEL BM 
COORDENADOR DE ENSINO E INSTRUÇÃO DA AESP|CE 
 
José ROBERTO de Moura Correia – TC PM 
COORDENADOR ACADÊMICO PEDAGÓGICO DA AESP|CE 
 
Francisca ADEIRLA Freitas da Silva – CAP PM 
SECRETÁRIA ACADÊMICA DA AESP|CE 
 
Antônio Erivaldo Santos Araujo 
ORIENTADOR DA CÉLULA DE ENSINO A DISTÂNCIA DA AESP|CE 
 
 
CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS POLICIAIS MILITARES - CFSD PM 
 
 
DISCIPLINA 
Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais - EAD 
 
CONTEUDISTAS 
 Eliel de Sousa Freias
 
 
FORMATAÇÃO 
BRUNO CARLOS SILVA - CB PM 
 
• 2022 • 
 
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE 
Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais - EAD 
3 
 
SUMÁRIO 
 
 
SUMÁRIO 3 
 
APRESENTAÇÃO 7 
 
1. HISTÓRIA DOS SURDOS 8 
1.1 É BOM SABER.. 10 
1.1.1 Comunidade surda 10 
1.1.2 Povo surdo 11 
1.2 MÉTODOS TRADICIONAIS NA EDUCAÇÃO DOS SURDOS 11 
1.2.1 Oralismo 12 
1.2.2 Comunicação Total 12 
1.2.3 Bilinguismo 12 
1.3 CURIOSIDADES: SURDO-CEGUEIRA 13 
RECAPITULANDO 14 
ATIVIDADE 15 
 
2. LEGISLAÇÃO E ACESSIBILIDADE 15 
RECAPITULANDO 17 
ATIVIDADE 18 
 
3. LIBRAS - A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS 18 
LÍNGUA OU LINGUAGEM? 19 
3.1 MITOS: 19 
3.2 DATILOLOGIA 22 
3.2.1 - ALFABETO MANUAL: Erro! Indicador não definido. 
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE 
Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais - EAD 
4 
 
3.2.2 – NÚMEROS 23 
3.2.2.1: Cardinais 24 
3.2.2.2 Quantidade e Ordinais 25 
3.3. PRONOMES PESSOAIS, POSSESSIVOS, CUMPRIMENTOS E 
IDENTIFICAÇÃO. 26 
3.3.1 PRONOMES PESSOAIS 26 
3.3.2 PRONOMES POSSESSIVOS 27 
3.3.3 PRONOMES DEMONSTRATIVOS 28 
3.4 CUMPRIMENTOS 29 
RECAPITULANDO 31 
ATIVIDADE 31 
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO: 31 
 
4. ASPECTOS ESTRUTURAIS 32 
4.1 PARÂMETROS PRIMÁRIOS 32 
4.1.1 CM ou Configurações das mãos 32 
4.1.2 PA ou Ponto de Articulação 33 
4.1.3 Movimento 34 
4.2 PARÂMETROS SECUNDÁRIOS 35 
4.2.1 Disposição das mãos 35 
4.2.2 - Orientação da palma das mãos 35 
4.2.3 Região de contato 36 
4.2.4 Expressões faciais 37 
CURIOSIDADES 38 
4.3. LIBRAS E A LÍNGUA ESCRITA 39 
4.3.1 Posso escrever tudo que o surdo vai entender? 39 
4.3.2 SIGNWRITING – A ESCRITA DE SINAIS 40 
4.4. VERBOS 41 
4.4.1 Verbos simples 42 
4.4.2 Verbos com concordância 42 
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE 
Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais - EAD 
5 
 
4.4.3 Verbos espaciais (+loc) 43 
RECAPITULANDO 44 
ATIVIDADE 44 
 
5. SINAIS NO CONTEXTO POLICIAL 44 
5.1. ABORDAGEM POLICIAL 1 – NA RUA 47 
5.1.1 Abordagens não exitosas 48 
5.1.2 Garantindo acessibilidade 49 
5.2 TERMOS COMUNS NA ATIVIDADE POLICIAL 50 
5.2.1 DICAS PARA A COMUNICAÇÃO DURANTE A ABORDAGEM. 50 
5.3 ABORDAGEM POLICIAL 2 – DELEGACIAS 50 
5.3.1 DESPREPARO 51 
5.3.2 DELEGACIA E O ATENDIMENTO AO SURDO 52 
5.3.3 O SURDO DETIDO/PRESO 53 
5.3.4 GARANTINDO ACESSIBILIDADE 53 
RECAPITULANDO 55 
ATIVIDADE 55 
 
6.0 ESTUDO DA LÍNGUA 56 
6.1 CLASSIFICADORES 56 
6.2. ADVÉRBIOS DE TEMPO 61 
6.2.1 Advérbios de tempo 61 
6.3 SINAIS DE CALENDÁRIO 62 
RECAPITULANDO 64 
ATIVIDADE 65 
 
7. VOCABULÁRIO 65 
7.1 PARENTESCO/FAMÍLIA 66 
7.2 PROFISSÕES 67 
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE 
Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais - EAD 
6 
 
ATIVIDADE 68 
7.3. ESPAÇOS FÍSICOS 68 
7.3.1 ESTADOS BRASILEIROS 68 
7.3.2 PRAIAS DO CEARÁ 69 
7.3.3 CIDADES REGIÃO METROPOLITANA DE FORTALEZA 70 
ATIVIDADE 70 
RECAPITULANDO 71 
 
8. VOCABULÁRIO II 71 
8.1 - ANIMAIS E NATUREZA 71 
8.1.1 Animais 71 
8.1.2 Natureza 72 
8.1.3 Sinais natureza (intensificadores e classificadores) 72 
8.2 ÁREA DA SAÚDE 72 
8.2.1 PANDEMIA E OS SURDOS 73 
 
9. NO MUNDO DOS SURDOS 74 
9.1 ESPORTES 74 
9.2 GÍRIAS EM LIBRAS 75 
9.3 I LOVE YOU 76 
9.4 FILMES COM TEMA SURDEZ E LÍNGUAS DE SINAIS 76 
9.4.1 NO RITMO DO CORAÇÃO 76 
9.4.2 CRISÁLIDA 77 
9.5 REDES SOCIAIS 78 
RECAPITULANDO 79 
ATIVIDADE 79 
 
10. O INTÉRPRETE DE LIBRAS 80 
TODO INTÉRPRETE PODE ENSINAR LIBRAS? 81 
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE 
Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais - EAD 
7 
 
COMO O POLICIAL DEVE AGIR AO SE DEPARAR COM A SITUAÇÃO EM QUE 
TENHA UM INTÉRPRETE? 82 
ATIVIDADE 82 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 83 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 85 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
CTRL + clique para assistir ao vídeo 
 
Apresentamos nosso material de iniciação à Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, 
que é o meio de comunicação dos surdos no Brasil. A Libras, apesar de já utilizada 
há décadas pelos surdos brasileiros, foi reconhecida como meio legal de expressão 
https://drive.google.com/file/d/11KV3mE7trJ0Wvep980y57P0hBLWfaY0T/view
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE 
Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais - EAD 
8 
 
e comunicação já depois dos anos 2000, através da Lei nº 10.436/2002. A 
mencionada Lei diz seu Artigo 2º que “deve ser garantido, por parte do poder 
público em geral e empresas concessionárias de serviços públicos, formas 
institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais - Libras 
como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente das comunidades 
surdas do Brasil. 
O objetivo deste material é evidenciar a importância da Libras (Língua Brasileira de 
Sinais) no atendimento ao surdo e fornecer conhecimentos para uma comunicação 
básica entre o profissional da Segurança Pública e o sujeito surdo. 
Durante o curso, você terá acesso a vídeos contendo sinais em Libras, além da 
indicação de conteúdos na internet para um aprimoramento à familiarização com a 
Língua de Sinais. Indicamos, além de outros canais, as plataformas “Dicionário de 
Libras”, do Instituto Nacional de Educação dos Surdos, que pode ser acessada 
pelo link: https://www.ines.gov.br/dicionario-de-libras/, do Dicionário de Libras na 
plataforma da Universidade Federal de Viçosa - Campus Viçosa (MG), acessado 
pelo link: https://sistemas.cead.ufv.br/capes/dicionario/#, além da ferramenta 
WikiLibras, atualizada constantemente e pode ser acessada no endereço 
eletrônico https://wiki.vlibras.gov.br/. Ressaltamos que as ferramentas não 
substituem o professor/tutor. 
Vídeos com vocabulário em Libras serão disponibilizados na maior parte das 
unidades para que, além do conteúdo teórico, o discente passe a ter contato com 
os termos. A maior parte dos vídeos é de autoria do conteudista, mas foram 
indicados muitos links externos da maior plataforma de vídeos da internet, dos 
canais abertos por profissionais renomados que atuam na área da LIBRAS. Em 
plataforma própria, você também poderá acessar mais vídeos para enriquecer seu 
vocabulário. 
 
 
1. HISTÓRIA DOS SURDOS 
 
Strobel (2009) divide a história dos surdos em três grandes fases: 
a) Revelação cultural: Nesta fase os povos surdos não tinham problemas com a 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm
https://www.ines.gov.br/dicionario-de-libras/
https://sistemas.cead.ufv.br/capes/dicionario/
https://wiki.vlibras.gov.br/
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE 
Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais - EAD 
9 
 
educação. A maioria dos sujeitos surdos dominava a arte da escrita e há evidência 
de que antes do Congresso de Milão havia muitos escritores surdos, artistas surdos, 
professores surdos e outros sujeitos surdos bem-sucedidos. 
b) Isolamento cultural:ocorre uma fase de isolamento da comunidade surda em 
consequência do congresso de Milão de 1880 que proíbe o acesso da língua de 
sinais na educação dos surdos, nesta fase as comunidades surdas resistem à 
imposição da língua oral. 
 c) O despertar cultural: a partir dos anos 60 inicia uma nova fase para o 
renascimento na aceitação da língua de sinais e cultura surda após de muitos anos 
de opressão ouvintista para com os povos surdos. 
O abade Charles Michel de L’Epée (1712-1789) é um dos principais personagens 
na história de educação dos surdos. L’Epée conheceu duas irmãs gêmeas surdas 
que se comunicavam através de gestos e também passou a ter contato com os 
surdos de Paris (França), carentes e humildes que perambulavam pela cidade. 
Visando levar a efeito os primeiros estudos sérios sobre a língua de sinais, passou 
a instruir os surdos em sua própria casa, com as combinações de língua de sinais e 
gramática francesa sinalizada denominado de “Sinais metódicos”. Os educadores 
oralistas criticaram de maneira intensa o trabalho de L’Epée. 
 
Disponível em:http://tics.ifsul.edu.br/matriz/conteudo/disciplinas/libra/ub/1/ 
 
Abade Charles Michel de L’Epée fundou a primeira escola pública para os surdos: 
“Instituto para Jovens Surdos e Mudos de Paris”. Ali vários professores foram 
capacitados para o ensino de surdos. L’Epée publicou sobre o ensino dos surdos e 
mudos1 por meio de sinais metódicos: “A verdadeira maneira de instruir os surdos-
 
1 Embora ainda conste em Lei, como no Código de Processo Penal em vigor, o termo “mudo” hoje não é bem 
aceito pela comunidade surda no Brasil. 
https://www.libras.com.br/congresso-de-milao
http://tics.ifsul.edu.br/matriz/conteudo/disciplinas/libra/ub/1/
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE 
Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais - EAD 
10 
 
mudos”. Foram colocadas as regras sintáticas e também o alfabeto manual criado 
por Juan Pablo Bonet (padre espanhol), tendo sido esta obra mais tarde 
completada com a teoria pelo abade Roch-Ambroise Sicard. 
Em 1855, Eduardo Huet, professor surdo com experiência de mestrado e cursos 
em Paris, chega ao Brasil sob beneplácito do imperador D.Pedro II, com a intenção 
de abrir uma escola para pessoas surdas trazendo a Língua de Sinais Francesa. 
Em 1857, foi fundada a primeira escola para surdos no Rio de Janeiro – Brasil, o 
“Imperial Instituto dos Surdos-Mudos”, hoje, “Instituto Nacional de Educação de 
Surdos”– INES, vinculado ao Ministério da Educação. Foi nesta escola que surgiu, 
da mistura da língua de sinais francesa com os sistemas já usados pelos surdos de 
várias regiões do Brasil, a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais). Dezembro do 
mesmo ano, o Eduardo Huet apresentou ao grupo de pessoas na presença do 
imperador D.Pedro II os resultados de seu trabalho, causando boa impressão. 
Na década de 1960, nos EUA, com apoio de pesquisas realizadas na área da 
linguística, foi conferido status de língua à comunicação gestual entre surdos. No 
Brasil, no final dos anos 1980, os surdos lideraram o movimento de oficialização da 
Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS. Em 1993, um projeto de Lei deu início a uma 
longa batalha de legalização e regulamentação em âmbito federal, culminando com 
a criação da Lei nº 10.436 de 24 de abril de 2002, que reconhece a Língua 
Brasileira de Sinais, seguida pelo Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, 
que a regulamenta. Este Decreto contém nove capítulos dispondo sobre os 
seguintes temas: a LIBRAS como disciplina curricular; o ensino da língua 
portuguesa oferecida aos alunos surdos como segunda língua; a formação de 
profissionais bilíngues; e também a regulamentação do uso e difusão dessa língua 
em ambientes públicos e privados. 
 
 
1.1 É BOM SABER. 
 
1.1.1 Comunidade surda 
Para os autores americanos Padden e Humphries (2000), 
“Uma comunidade surda é um grupo de pessoas que vivem num determinado local, partilham os 
https://www.gov.br/ines/pt-br
https://www.gov.br/ines/pt-br
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE 
Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais - EAD 
11 
 
objetivos comuns dos seus membros, e que por diversos meios trabalham no sentido de alcançarem 
estes objetivos. Uma comunidade surda pode incluir pessoas que não são elas próprias surdas, 
mas que apoiam ativamente os objetivos da comunidade e trabalham em conjunto com as pessoas 
surdas para os alcançar”. (Padden e Humphries, 2000, p.5, apud STROBEL, 2008, p. 27). 
 
Com isso, entendemos que a comunidade surda de fato é feita, além dos sujeitos 
surdos, mas também de ouvintes, membros da família, intérpretes, professores, 
amigos e outras pessoas que compartilham os mesmos interesses em determinada 
localização. 
1.1.2 Povo surdo 
Para STROBEL (2008), 
“...quando pronunciamos “povo surdo”, estamos nos referindo aos sujeitos surdos que não habitam 
no mesmo local, mas que estão ligados por uma origem, por um código ético de formação visual, 
independente do grau de evolução linguística, tais como a língua de sinais, a cultura surda e 
quaisquer outros laços. Uma comunidade surda é um grupo de pessoas que vivem num 
determinado local, partilham os objetivos comuns dos seus membros, e que por diversos meios 
trabalham no sentido de alcançarem estes objetivos. (STROBEL, 2008, p. 31). 
 
Na forma da Lei, considera-se pessoa surda aquela que, por ter perda auditiva, 
compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, 
manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais 
(Decreto 5.626/2005, Art. 2º). 
 
 
1.2 MÉTODOS TRADICIONAIS NA EDUCAÇÃO DOS 
SURDOS 
 
Segundo PERLIN e STROBEL (2008), são cinco modelos educacionais na 
educação dos surdos: o Oralismo, a Comunicação Total, o Bilingüismo, a 
Pedagogia do Surdo e a Mediação Intercultural. Esses modelos se fazem ou 
fizeram presentes em maior ou menor intensidade nas escolas de surdos. 
Usaremos as definições das autoras para as metodologias tradicionais: Oralismo, 
Comunicação Total e Bilinguismo. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE 
Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais - EAD 
12 
 
1.2.1 Oralismo 
 
Para os defensores da modalidade oralista, a língua de sinais deve ser evitada a 
todo custo porque “atrapalha” o processo da oralização. Essa forma de educação 
se enquadra no modelo clínico, afirmando que o surdo deve ser integrado na 
comunidade de ouvintes, devendo oralizar bem, para ir em direção à “normalidade” 
exigida pela sociedade. Metodologia adotada no Congresso de Milão (1880), para 
Skliar (1997), o oralismo é considerado pelos estudiosos uma imposição social de 
uma maioria linguística sobre uma minoria linguística. 
 
1.2.2 Comunicação Total 
 
A Comunicação Total foi desenvolvida em meados de 1960, após o fracasso de 
Oralismo puro e muitos sujeitos surdos começaram a ponderar em juntar o 
oralismo com a língua de sinais simultaneamente como uma alternativa de 
comunicação. Essa modalidade trouxe o reconhecimento e a valorização de língua 
de sinais que foi muito oprimida e marginalizada por mais de 100 anos. 
A Comunicação Total defende a utilização de todos os recursos linguísticos para 
facilitar a comunicação com as pessoas, seja a língua oral, a língua de sinais ou 
códigos manuais. 
 
1.2.3 Bilinguismo 
 
PERLIN e STROBEL (2006) explicam que, a modalidade Bilíngüe é uma proposta 
de ensino usada por escolas que se sugerem acessar aos sujeitos surdos duas 
línguas no contexto escolar. Segundo as autoras, as pesquisas têm mostrado que 
essa proposta é a mais adequada para o ensino de crianças surdas, tendo em vista 
que considera a línguade sinais como primeira língua e a partir daí se passa para 
o ensino da segunda língua que é o português (no caso do Brasil) que pode ser na 
modalidade escrita ou oral. 
Isso significa, na visão das autoras, que a primeira modalidade de comunicação da 
criança surda deve ser em língua de sinais, sendo que esta aprende de forma 
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE 
Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais - EAD 
13 
 
natural. 
Nesta modalidade, em Fortaleza existem as escolas públicas de Educação Bilíngue 
Francisco Suderlan Bastos Mota e o Instituto Cearense de Educação de Surdos - 
ICES, além da instituição filantrópica Instituto Filippo Smaldone. 
 
 
1.3 CURIOSIDADES: SURDO-CEGUEIRA 
 
Uma das causas da surdo-cegueira é a Síndrome de Usher, que é uma doença 
hereditária caracterizada pela perda parcial ou total da audição e diminuição 
progressiva da visão. Nesta síndrome, os problemas auditivos são resultados de 
uma mutação genética que afeta as células nervosas da cóclea, órgão do ouvido 
interno que também é responsável pelo equilíbrio. 
Também existem casos que podem ocorrer por problemas ou doenças variadas. 
Um dos casos clássicos da literatura sobre surdos é o de Helen Keller, escritora e 
ativista norte-americana, surda e cega, que ganhou esta condição ainda na infância, 
acredita-se que por meningite. 
A história de Hellen Keller pode ser vista no filme “O Milagre de Anne Sullivan”. A 
história também ganhou uma versão em animação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem disponível em: https://www.medicina.ufmg.br/wp-
content/uploads/sites/7/2018/08/268x0w.jpg 
Veja uma entrevista com surdos-cegos e a explicação sobre as formas de 
comunicação: 
 
https://www.sindromedeusherbrasil.com.br/ouvidos
https://www.sindromedeusherbrasil.com.br/olhos
https://www.medicina.ufmg.br/wp-content/uploads/sites/7/2018/08/268x0w.jpg
https://www.medicina.ufmg.br/wp-content/uploads/sites/7/2018/08/268x0w.jpg
Academia Estadual de
Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais 
 
 
A vida da cearense da cidade de Maracanaú, Heldyene, nascida em 1981, foi 
relatada na obra “HELDY, MEU 
 
Disponível em: https://http2.mlstatic.com/D_NQ_NP_876938
O profissional que intermedia a comunicação e visão da pessoa com surdocegueira 
e o meio que ela interage é o GUIA
habilidades e formação necessária para transmitir todas as informações de forma 
fidedigna e compreensiva para a pessoa com surdocegueira
 
RECAPITULANDO 
 
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE
Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais - EAD
14 
Clique para assistir ao vídeo. 
A vida da cearense da cidade de Maracanaú, Heldyene, nascida em 1981, foi 
relatada na obra “HELDY, MEU NOME. Rompendo as barreiras da surdo
 
Disponível em: https://http2.mlstatic.com/D_NQ_NP_876938-MLB41594768897_042020
O profissional que intermedia a comunicação e visão da pessoa com surdocegueira 
e o meio que ela interage é o GUIA-INTÉRPRETE e ele deve apresentar 
habilidades e formação necessária para transmitir todas as informações de forma 
fidedigna e compreensiva para a pessoa com surdocegueira. 
 
AESP|CE 
EAD 
 
A vida da cearense da cidade de Maracanaú, Heldyene, nascida em 1981, foi 
NOME. Rompendo as barreiras da surdo-cegueira”. 
MLB41594768897_042020-O.webp 
O profissional que intermedia a comunicação e visão da pessoa com surdocegueira 
RPRETE e ele deve apresentar 
habilidades e formação necessária para transmitir todas as informações de forma 
https://www.youtube.com/watch?v=jYSXJMyp-Tc
https://www.youtube.com/watch?v=jYSXJMyp-Tc
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE 
Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais - EAD 
15 
 
Nesta unidade você aprendeu sobre as três grandes fases da história dos surdos, a 
primeira escola para surdos no Brasil e os métodos tradicionais na educação de 
surdos, além de conhecer um pouco sobre a surdocegueira. É importante buscar 
literatura sobre os assuntos abordados para uma maior imersão no tema. 
 
ATIVIDADE 
 
Disserte sobre um dos métodos tradicionais de ensino de surdo, mostrando, na sua 
opinião, as características que considera positivas ou negativas. 
 
 
2. LEGISLAÇÃO E ACESSIBILIDADE 
Segundo a Convenção da ONU (Nova Iorque, em 30 de março de 2007) sobre 
pessoas com deficiência, garantir a acessibilidade é: “assegurar às pessoas com 
deficiência o acesso, em igualdade de oportunidade com as demais pessoas, ao 
meio físico, ao transporte, à informação e comunicação, inclusive aos sistemas e 
tecnologias da informação e comunicação. (o texto da Convenção foi ratificado pelo 
Decreto Legislativo nº 186/2008. 
No caso específico das pessoas com surdez, a acessibilidade à informação e 
a comunicação se dá quando é utilizada a Língua de Sinais. Em se tratando da 
realidade brasileira, nossa comunidade surda utiliza a LIBRAS - Língua Brasileira 
de Sinais. 
Como mencionado na apresentação deste material, a Libras, apesar de já utilizada 
há décadas pelos surdos brasileiros, foi reconhecida como meio legal de expressão 
e comunicação já depois dos anos 2000, através da Lei nº 10.436/2002, conhecida 
entre a comunidade surda como a Lei da Libras”. A mencionada Lei diz seu Artigo 
2º que “deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas 
concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e 
difusão da Língua Brasileira de Sinais - Libras como meio de comunicação objetiva 
e de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil.” 
Segundo a Lei da Libras, o sistema educacional federal e os sistemas educacionais 
estaduais, municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/congresso/dlg/dlg-186-2008.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm
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16 
 
formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus 
níveis médio e superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como 
parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme 
legislação vigente. 
A Lei acima citada foi regulamentada através do Decreto nº 5.626, de 22 de 
dezembro de 2005. Esta norma legal trata de garantias e direitos aos surdos, da 
formação dos profissionais para atuação na educação e no atendimento a esse 
público, além do papel do poder público e das empresas que detêm concessão ou 
permissão de serviços públicos, no apoio ao uso e difusão da Libras. 
A acessibilidade é apontada pela legislação atual como um dos meios de promoção 
da inclusão social. Isto remete a enorme complexidade que enfrentam os diferentes 
profissionais do serviço público em geral no que se refere às pessoas com 
deficiência, considerando o convívio, a interação e, no caso dos surdos, a própria 
comunicação, seja ela visual, gestual ou escrita. O atendimento a este público 
deixa a desejar na maioria dos órgãos públicos, fato este que contribui para não 
observância de um dos princípios da Administração Pública: o da eficiência. 
O Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, em seu artigo 26 e §1º vem com 
o seguinte texto: 
 
Art.26. A partir de um ano da publicação deste Decreto, o Poder Público, as empresas 
concessionárias de serviços públicos e os órgãos da administração pública federal, direta e indireta 
devem garantir às pessoas surdas o tratamento diferenciado, por meio do uso e difusão de Libras e 
da tradução e interpretação de Libras-Língua Portuguesa, realizados por servidores e empregados 
capacitados para essa função, bem como o acesso às tecnologias de informação, conforme prevê o 
Decreto no 5.296, de 2004. 
 § 1o As instituições de que trata o caput devem dispor de, pelo menos, cinco por cento de 
servidores, funcionários e empregados capacitados para o uso e interpretaçãoda Libras. 
 
A seguir uma relação de outras leis federais sobre surdez/Libras: 
 
Lei nº 10.845, de 2004 - Institui o Programa de Complementação ao Atendimento 
Educacional Especializado às Pessoas Portadoras de Deficiência, e dá outras 
providências. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/Decreto/D5296.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.845.htm
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17 
 
Lei nº 11.796, de 2008 - Lei que institui o Dia Nacional dos Surdos (o dia 26 de 
setembro de cada ano) 
Lei nº 12.319, de 2010 - Regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete da 
Língua Brasileira de Sinais - Libras. 
 
 Embora com todas as políticas atuais de inclusão e uma conscientização maior em 
relação à surdez e as línguas de sinais, ainda podemos nos deparar com situações 
desagradáveis como as “brincadeirinhas” e piadas preconceituosas em relação à 
forma de comunicação dos surdos. Até mesmo pessoas que deveriam apoiar a 
causa e a difusão da Língua de Sinais, cito aqui apresentadores e repórteres de TV, 
acabam por contribuir para que essa forma “engraçada” de ver o sujeito surdo seja 
vista como “normal” por parte da sociedade, sem se preocupar com o indivíduo. 
Em reportagens de TV, inclusive algumas feitas dentro de órgãos públicos, é 
comum observar repórteres tentando entrevistar surdos, levando o microfone ao 
mesmo, tentando fazer piada com a situação, utilizando palavras como “mudinho 
(a)”, termo que os surdos consideram pejorativo tendo em vista que lhes falta a 
audição e a fala não ocorre naturalmente porque não tem o feedback” da escuta. É 
comum neste tipo de situação, o telespectador escutar as “risadinhas” e o deboche. 
Muitas dessas matérias podem ser acessadas pela internet e trazem um 
desconforto aos membros da comunidade surda. 
 
Lei 13.146, de 06 de JULHO DE 2015: 
Art. 5º A pessoa com deficiência será protegida de toda forma de negligência, discriminação, 
exploração, violência, tortura, crueldade, opressão e tratamento desumano e degradante. 
 
 
Portanto, por mais que a situação pareça engraçada e divertida, não é! Você como 
profissional da Segurança Pública deve se atentar ao fato de não se colocar em 
situações que discriminem uma pessoa por conta de sua deficiência e mais: 
combater e não tolerar tais comportamentos! 
 
RECAPITULANDO 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11796.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12319.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm
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18 
 
Neste tópico você conheceu os principais dispositivos legais que tratam sobre a 
Libras e sua difusão. É de suma importância a leitura na íntegra das Leis e 
Decretos citados para uma melhor compreensão e conhecimento. Na sua atuação, 
deverá fazer o máximo para que os direitos sejam garantidos. 
 
ATIVIDADE 
 
Levando em consideração a legislação atual, o direito à comunicação em Libras é 
garantido ao surdo em todos os órgãos públicos? Qual é sua proposta para que 
este atendimento seja de excelência? Comente sobre o assunto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. LIBRAS - A LÍNGUA BRASILEIRA DE 
SINAIS 
 
Segundo o Parágrafo Único do Art. 1º da Lei 10.436; 2002 (grifo nosso): 
 
Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma de comunicação e expressão, em que 
o sistema lingüístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um 
sistema lingüístico de transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas 
do Brasil. 
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19 
 
 
LÍNGUA OU LINGUAGEM? 
 
A língua existe como um código linguístico usado por uma sociedade, assim ela é 
totalmente social. Fatores como idade, grau de instrução, profissão, moradia, 
dentre outros, podem influenciar diretamente a forma em que falamos. No caso das 
línguas de sinais, estas estão em todos os contextos, surgindo naturalmente os 
sinais. 
Segundo LAZZARETTI (2016), a linguagem pode ser verbal, não verbal e mista. A 
linguagem verbal utiliza-se da fala ou escrita; a linguagem não verbal é transmitida 
por imagens, gestos, sinais ou mímicas; a linguagem mista utiliza-se tanto da 
verbal quanto a não verbal. 
Sabermos diferenciar bem esses conceitos entre língua e linguagem nos ajuda a 
estabelecer a identificação correta de LIBRAS como uma língua e não linguagem. 
QUADROS (2004, p. 28): 
 
“Se não fosse a diferença na modalidade, todos teriam tranquilidade em reconhecer as pessoas 
surdas enquanto bilíngues. Elas nascem no Brasil e, portanto, falariam a Língua Portuguesa. 
Convivem com os surdos, portanto, usam a Língua de Sinais Brasileira [...]”. (QUADROS, 2004, p. 
28). 
3.1 MITOS: 
 
a) A Libras é mímica - A Libras não é mímica. Trata-se de uma língua natural, com 
gramática própria e léxico (conjunto de palavras que as pessoas de uma 
determinada língua têm à sua disposição para se expressar). 
b) A língua de sinais é universal - Cada país tem as Línguas de Sinais, podemos 
citar como exemplo 
: · 
Imagem disponível em: https://certificadocursosonline.com/cursos/curso-de-libras-online/ 
 
 
 
Veja o vídeo abaixo e entenda um pouco mais das características das línguas de 
sinais: 
https://certificadocursosonline.com/cursos/curso-de-libras-online/
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20 
 
 
CTRL + clique para assistir ao vídeo 
Em 2013, a Ethnologue2 (organização fundada nos Estados Unidos para estudo, 
desenvolvimento e a documentação de línguas) listou 136 línguas de sinais 
diferentes em todo o mundo. Nessas línguas, há imensa diversidade, assim como 
nas línguas faladas. 
Almir Cristiano (2020) traz um artigo com outros mitos relacionados a Língua de 
Sinais: 
c) Libras é limitada - As línguas de sinais podem expressar ideias, emoções, 
opiniões, pensamentos, contar histórias, piadas, fazer apresentações científicas, 
dentre os mais diversos assuntos e conteúdos possíveis pela comunicação oral. 
Pessoas alheias à comunidade surda geralmente tendem a pensar que as línguas 
de sinais são utilizadas apenas em conversas simples. 
d) Libras é português sinalizado - É comum pensar que a Libras é o português 
sinalizado (português feito com as mãos) e os sinais substituem cada palavra 
falada, seguindo sempre a mesma estrutura da frase em português. Isto não 
ocorre porque a Libras possui uma estrutura gramatical própria, muitas vezes 
diferente da língua portuguesa. 
e) Todo surdo sabe língua de sinais - A verdade é que nem todos os surdos se 
comunicam através da língua de sinais. Muitas pessoas surdas optam por não 
utilizar a língua de sinais por vários motivos. Por exemplo, algumas pessoas 
perdem a audição depois de aprenderem a língua falada. Eles podem preferir ler 
os lábios. Outros decidem usar implante coclear, um dispositivo implantado 
cirurgicamente que fornece a percepção do som. Alguns surdos não conhecem a 
língua de sinais, pois não tiveram a oportunidade de aprender. 
f) Todo surdo compreende e participa da cultura surda - Nem todas as pessoas 
 
2 THNOLOGUE (estilizado como Ethnologue) é uma publicação anual de referência. 
https://www.youtube.com/watch?v=RIfF_ZxtxJk
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21 
 
surdas optam por participar da cultura surda. A cultura requer uma língua comum, 
valores, crenças, normas, comportamentos, etc... Nem todas as pessoas surdas 
usama língua de sinais. Algumas pessoas surdas preferem assimilar o máximo 
possível do mundo auditivo e não se associar com outras pessoas surdas. 
g) Todos os surdos fazem leitura labial - A maioria das pessoas acredita que 
todos os surdos são capazes de fazer leitura labial, ou seja, ler os lábios das 
pessoas enquanto falam. A verdade é que nem todos os surdos conseguem. É 
necessário muito esforço para o surdo fazer a leitura labial, é difícil entender o que 
as pessoas dizem, especialmente quando não articulam bem as palavras, usam 
bigodes, estão longe, ficam de lado, etc... 
h) Língua de sinais é somente o Alfabeto Manual - O Alfabeto Manual é uma 
forma de representação da ortografia da língua oral, utilizado somente em 
situações específicas, como por exemplo, para soletrar o nome de pessoas, 
lugares ou palavras que ainda não têm um sinal conhecido. No geral, cada palavra 
possui seu próprio sinal em Libras, isso significa que a Libras vai muito além do 
alfabeto manual. 
i) Basta saber Libras para ser intérprete profissional - Interpretar é uma 
profissão, e fazê-lo bem envolve mais do que simplesmente conhecer o idioma. 
Um intérprete não qualificado pode levar a erros e a responsabilidade é muito 
grande, por exemplo, em um ambiente médico. 
j) Todo surdo é mudo - Não é correto dizer que todo surdo é surdo-mudo. A 
maioria dos surdos têm as cordas vocais em perfeito funcionamento, portanto, são 
minorias os surdos que também são mudos. Muitas pessoas surdas não falam 
porque não aprenderam a falar. Alguns surdos falam, são os surdos oralizados, 
que desenvolveram a fala através de um trabalho com fonoaudiologia. Desta 
forma, o termo surdo-mudo tem sido encarado pela cultura surda como um erro 
social, devido à falta de conhecimento do real significado das duas palavras. 
 
https://www.libras.com.br/alfabeto-manual
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22 
 
3.2 DATILOLOGIA 
Na datilologia utiliza-se as configurações de mão do alfabeto manual. Tem a função 
de soletrar nomes próprios ou palavras que não tenham sinais, por exemplo. Ela 
adquire uma função primária e emergencial nos primeiros momentos da interação 
surdo-ouvinte. Quando não se sabe um sinal, é comum a utilização da datilologia 
para tentar explorar algo ou para perguntar o sinal daquela palavra. 
Não há de se falar em mão correta (esquerda ou direita) para sinalizar a datilologia. 
Normalmente você o fará com sua mão dominante, mas nada o impede de fazer 
com a outra mão. 
 Seguem as configurações de mão do alfabeto manual e dos numerais: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.2.1 - ALFABETO MANUAL: 
 
 
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Vídeo 2 
Disponível em: https://essaseoutras.com.br/alfabeto
 
 
 
 
 
3.2.2 – NÚMEROS 
 
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23 
 
Vídeo 2 - CTRL + clique para assistir ao vídeo 
Disponível em: https://essaseoutras.com.br/alfabeto-manual-de-libras-site
deficiente-auditivo/ 
 
AESP|CE 
EAD 
site-de-informacao-do-
https://drive.google.com/file/d/1IKklWWPnRsIfZkmlIj5PypFo-wfAGkc7/view?usp=sharing
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24 
 
3.2.2.1: Cardinais 
 
Vídeo 3 - CTRL + clique para assistir ao vídeo 
 
 
 
Imagem disponível em: 
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/MAT52_lingua_brasileira_de_sinais_libras/data/img/uni2/top2/a5
5.jpg 
 
https://drive.google.com/file/d/14R8oaQirawdcylNfQKss_g6AXRpfzq0p/view?usp=sharing
Academia Estadual de
Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais 
 
3.2.2.2 Quantidade e Ordinais
Disponível em: <
 
Veja os números ordinais em vídeo:
Vídeo 50 
 
CURIOSIDADE: Observe que as letras “h”, “k” e “p” possuem a mesma 
configuração de mão. 
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25 
3.2.2.2 Quantidade e Ordinais 
Disponível em: <http://bit.ly/2wnX1LB>. Acesso em: 20 nov. 2021.
Veja os números ordinais em vídeo: 
 
Vídeo 50 - Ctrl + Clique para assistir ao vídeo 
 
Observe que as letras “h”, “k” e “p” possuem a mesma 
configuração de mão. A direção, localização e o tipo de movimento diferenciam
AESP|CE 
EAD 
 
>. Acesso em: 20 nov. 2021. 
Observe que as letras “h”, “k” e “p” possuem a mesma 
A direção, localização e o tipo de movimento diferenciam. 
http://bit.ly/2wnX1LB
https://drive.google.com/file/d/1QcJYQIFJRNUj6_72Lt8o6GWjWqvne_Dw/view?usp=sharing
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Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais 
 
Outros exemplos: 
 
-Letras “m”, “w”, e o número 
-Letra “Q” e o número “7”;
-Letra “s” e o número “8”;
-Letras “n” e “u”. 
- 
Vídeo 5 
 
3.3. PRONOMES PESSOAIS, POSSESSIVOS, 
CUMPRIMENTOS E IDENTIFICAÇÃO.
3.3.1 PRONOMES PESSOAIS 
representar as pessoas do discurso: primeira pessoa (singular, dual, trial, quatrial e 
plural): EU; NÓS-2, NÓS
 
Primeira Pessoa do Singular:
que fala). 
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26 
e o número “3”; 
” e o número “7”; 
“8”; 
 
Vídeo 5 - CTRL + clique para assistir ao vídeo 
.3. PRONOMES PESSOAIS, POSSESSIVOS, 
CUMPRIMENTOS E IDENTIFICAÇÃO. 
 
Vídeo 7 - CTRL + Clique para ver o vídeo 
 
3.3.1 PRONOMES PESSOAIS - A Libras possui um sistema pronominal para 
representar as pessoas do discurso: primeira pessoa (singular, dual, trial, quatrial e 
2, NÓS-3, NÓS-4, NÓS- GRUPO, NÓS/NÓS-TOD@S;
Primeira Pessoa do Singular: EU - Apontar para o peito do enunciador (a pessoa 
AESP|CE 
EAD 
.3. PRONOMES PESSOAIS, POSSESSIVOS, 
istema pronominal para 
representar as pessoas do discurso: primeira pessoa (singular, dual, trial, quatrial e 
TOD@S; 
Apontar para o peito do enunciador (a pessoa 
https://drive.google.com/file/d/1ZJQitnap0dd-xOZ5Zee0_adFXDoKNpo-/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1cHIEz5dVrtJ_MEtJvI30LcqBBQNmohT2/view?usp=sharing
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27 
 
No singular, o sinal para todas as pessoas é o mesmo, o que difere uma das outras 
é a orientação da mão: o sinal para "eu" é um apontar para o peito do emissor (a 
pessoa que está falando), o sinal para "você" é um apontar para o receptor (a 
pessoa com quem se fala) e o sinal para "ele/ela" é um apontar para uma pessoa 
que não está na conversa ou para um lugar convencionado para uma terceira 
pessoa que está sendo mencionada. No dual, a mão ficará com o formato do 
numeral dois (quantidade), no trial o formato será do numeral três (quantidade), no 
quatrial, o formato será do numeral quatro (quantidade). 
No vídeo a seguir a intérprete Rebeca Nemer explica, em seu canal aberto ao 
público, o uso dos pronomes pessoais: 
 
 
CTRL + clique para assistir ao vídeo 
 
3.3.2 PRONOMES POSSESSIVOS 
 
Da mesma forma dos pronomes pessoais, os pronomes possessivos não marcam o 
gênero e sua relação é direta com o discurso e não com a coisa possuída, como 
acontece em português: Para a primeira pessoa: ME@, pode haver duas 
configurações de mão: uma é a mão aberta com os dedos juntos, que bate 
levemente no peito do emissor; a outra é a configuração da mão em P com o dedo 
médio batendo no peito - MEU-PRÓPRIO. Para as segunda e terceira pessoas, a 
mão tem esta segunda configuração em P, mas o movimento é em direção à 
pessoa com que se fala (segunda pessoa) ou está sendo mencionada (terceira 
pessoa). Não há sinal específico para os pronomes possessivo no dual, trial, 
quadrial e plural (grupo), nestas situações são usados os pronomes pessoais 
correspondentes. Exemplo: NÓS FILH@ "nosso (a) filho (a). 
 
https://www.letras.com.br/rebeca-nemer/biografia
https://www.youtube.com/watch?v=3I0uPsPGQWYAcademia Estadual de
Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais 
 
3.3.3 PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Imagem disponível em: htt
lingua-brasileira
Os pronomes demonstrativos estão relacionados às pessoas do discurso, tal qual 
acontece na língua portuguesa. O sina
longe ou distante. O uso do sinal “AQUELE” ou “ESTE”, por exemplo, vai depender 
da distância em que estão as referências.
 
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28 
 
CTRL + clique para assistir ao vídeo 
 
3.3.3 PRONOMES DEMONSTRATIVOS 
http://www.cidadaopg.sp.gov.br/cursonline/files/material_apoio/2
brasileira-de-sinais/Apostila_Libras_Curso_Online_Seduc_PG.pdf
Os pronomes demonstrativos estão relacionados às pessoas do discurso, tal qual 
acontece na língua portuguesa. O sinal representa o que está perto, bem próximo, 
longe ou distante. O uso do sinal “AQUELE” ou “ESTE”, por exemplo, vai depender 
da distância em que estão as referências. 
 
CTRL + clique para assistir ao vídeo 
AESP|CE 
EAD 
 
p://www.cidadaopg.sp.gov.br/cursonline/files/material_apoio/2-libras-
sinais/Apostila_Libras_Curso_Online_Seduc_PG.pdf 
Os pronomes demonstrativos estão relacionados às pessoas do discurso, tal qual 
l representa o que está perto, bem próximo, 
longe ou distante. O uso do sinal “AQUELE” ou “ESTE”, por exemplo, vai depender 
https://www.youtube.com/watch?v=6OfXielcQCQ
http://www.cidadaopg.sp.gov.br/cursonline/files/material_apoio/2-libras-lingua-brasileira-de-sinais/Apostila_Libras_Curso_Online_Seduc_PG.pdf
http://www.cidadaopg.sp.gov.br/cursonline/files/material_apoio/2-libras-lingua-brasileira-de-sinais/Apostila_Libras_Curso_Online_Seduc_PG.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=ABT3n7Cl_U0
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29 
 
3.4 CUMPRIMENTOS 
 
Vídeo 6 - CTRL + clique para assistir ao vídeo 
 
Assim como na comunidade ouvinte, o cumprimento inicial ao abordar ao surdo é 
“BOM DIA!”, “BOA TARDE!” ou “BOA NOITE!”. Existem variações, conforme cada 
estado, mas neste caso são raras. No vídeo acima, você encontra as três formas 
de cumprimento mencionadas, além de outros, da forma utilizada pela maioria dos 
surdos. 
 
Disponível em: https://cursos.escolaeducacao.com.br/artigo/vocabul-rio-da-libras-iii 
 
DICA: Utilize as ferramentas indicadas na apresentação do seu material, pesquise 
e treine outras formas de cumprimento. 
https://drive.google.com/file/d/12T8z6qQpoFKyqKy156m7EEnrd2RGqYN6/view?usp=sharing
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30 
 
 
Desenhos de Claudia Nagura – Fonte: ces.org.br 
 
Vídeo 4 - CTRL + clique para assistir ao vídeo 
 
É comum nos identificarmos pelo nome de registro. No caso dos surdos, a 
identificação é feita com um sinal. Este sinal irá identificá-lo na comunidade surda. 
De início, na apresentação, o nome do participante de um diálogo é feito através de 
datilologia e logo após é apresentado o sinal. Tradicionalmente, esse “batismo” é 
feito por uma pessoa surda e é escolhido com base em características físicas. 
Para lugares e conceitos se utiliza a mesma técnica. 
O sinal para a palavra “NOME” pode sofrer variações, conforme região ou 
interlocutor. Ela é feita em configuração “u” ou “n”, movimentando horizontalmente 
com início do lado oposto da mão sinalizante até o lado desta. É possível ver a 
diferença entre as sinalizações entre o último vídeo e o seguinte. 
O Professor Uéslei Paterno, em canal aberto, informa não concordar com o 
movimento das mãos na utilização da datilologia. No entanto, até mesmo alguns 
surdos têm essa prática em comum e não pode ser considerada como uma falha e 
sim, no nosso entendimento, como uma característica da sinalização do indivíduo. 
https://ces.org.br/site/default.aspx
https://drive.google.com/file/d/12RS6eoK9e4YsumBD0zR8q40wZn1YVGTk/view?usp=sharing
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31 
 
 
 
CTRL + clique para assistir ao vídeo 
Uma pessoa com surdez utilizará os sinais de “você” + “nome”, com expressão 
facial de interrogação. Você responde com o pronome “meu” + “nome” + a 
datilologia + o seu sinal, caso tenha. 
 
RECAPITULANDO 
 
Você aprendeu o que é Datilologia e é de grande importância praticá-la antes de 
seguirmos para a próxima etapa. Há uma gama de vídeos nos links indicados com 
a prática da datilologia que podem subsidiar a você discente. Treine o alfabeto 
manual, observando as curiosidades acima expostas, para melhor fixação. 
 
ATIVIDADE 
Faça um vídeo com sua apresentação. Utilize a datilologia para informar seu nome 
completo (caso já tenha um sinal, o identifique). Informe em qual instituição 
trabalha e a sua idade. Envie para o ambiente disponibilizado. 
 
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO: 
 
Treine em Datilologia as palavras a seguir: 
A) AESP 
B) POLÍCIA MILITAR 
C) POLÍCIA CIVIL 
D) CORPO DE BOMBEIROS 
E) SEGURANÇA PÚBLICA 
F) ESTADO DO CEARÁ 
https://www.youtube.com/watch?v=rUxd2TwcBX4
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Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais 
 
G) SEU NOME COMPLETO
 
4. ASPECTOS ESTRUT
 
As línguas de sinais se diferenciam das línguas orais por sua forma de transmissão, 
sendo aquelas de modalidade gestual
modalidade oral-auditiva por utilizarem sons articulados que são percebidos pela 
audição. As estruturas gramaticais também possuem suas diferenças, assim 
acontecem entre as línguas orais. O que é denominado de palavra ou item lexical, 
nas línguas orais- auditivas, é denominado 
Combinados de forma sequencial ou simul
secundários que constituem a Língua Brasileira de Sinais. Segundo Brito (1995, p. 
36 – 41) os parâmetros primários
articulação e movimento
das mãos, Orientação da palma das mãos, região de contato e expressões faciais
 
4.1 PARÂMETROS PRIMÁRIOS 
 
4.1.1 CM ou Configurações das mãos 
formas na realização de sinais. Ex: os sinais “Arrependido”, 
“Associação” e “Sa
(letra A) 
 
 
Imagens: (http://www.acessibilidadebrasil.org.br/libras_3/)
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32 
SEU NOME COMPLETO 
4. ASPECTOS ESTRUTURAIS 
As línguas de sinais se diferenciam das línguas orais por sua forma de transmissão, 
sendo aquelas de modalidade gestual-visual enquanto as línguas orais são de 
auditiva por utilizarem sons articulados que são percebidos pela 
As estruturas gramaticais também possuem suas diferenças, assim 
acontecem entre as línguas orais. O que é denominado de palavra ou item lexical, 
auditivas, é denominado sinal nas línguas de sinais
Combinados de forma sequencial ou simultânea, os parâmetros primários e 
constituem a Língua Brasileira de Sinais. Segundo Brito (1995, p. 
) os parâmetros primários são: configurações das mãos, ponto de 
articulação e movimento, enquanto os parâmetros secundários
das mãos, Orientação da palma das mãos, região de contato e expressões faciais
4.1 PARÂMETROS PRIMÁRIOS 
4.1.1 CM ou Configurações das mãos - As mãos tomam as diversas 
formas na realização de sinais. Ex: os sinais “Arrependido”, 
“Associação” e “Saudade” possuem a mesma configuração de mãos 
Imagens: (http://www.acessibilidadebrasil.org.br/libras_3/)
AESP|CE 
EAD 
 
As línguas de sinais se diferenciam das línguas orais por sua forma de transmissão, 
visual enquanto as línguas orais são de 
auditiva por utilizarem sons articulados que são percebidos pela 
As estruturas gramaticais também possuem suas diferenças, assim 
acontecem entre as línguas orais. O que é denominado de palavra ou item lexical, 
nas línguas de sinais 
os parâmetros primários e 
constituem a Língua Brasileira de Sinais. Segundo Brito (1995, p. 
configurações das mãos, ponto de 
parâmetros secundários são: .disposição 
das mãos, Orientação da palmadas mãos, região de contato e expressões faciais 
As mãos tomam as diversas 
formas na realização de sinais. Ex: os sinais “Arrependido”, 
udade” possuem a mesma configuração de mãos 
Imagens: (http://www.acessibilidadebrasil.org.br/libras_3/) 
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE 
Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais - EAD 
33 
 
Boa parte das configurações de mão segue as formas representativas das letras no 
alfabeto manual e alguns algarismos: 0, 1, 2, 3, 5, 6, 8, 9. Ferreira-Brito (1995) 
registra 46 configurações de mão agrupadas em 19 categorias, enquanto outros 
estudos em Libras apresentam até 64 configurações. Adotaremos aqui uma tabela 
com 60 configurações: 
 
Fonte/ Imagens: (FELIPE; MONTEIRO, 2001, p.28) 
 4.1.2 PA ou Ponto de Articulação – É o local onde é feito o sinal, que pode 
ser no estado neutro ou tocar alguma parte do corpo. A execução dos sinais 
acontece no espaço que se situa diante do emissor, desde a linha da cintura até o 
Academia Estadual de
Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais 
 
alto da cabeça. 
 
Ex: O sinal “Polícia” é realizado no peito.
 
Ex2: O sinal “Língua de Sinais” é feito no espaço neutro.
 
 
 
 
 
 
 
 
 4.1.3 Movimento – 
 
Ex: os sinais “rir”, “chorar” e “conhecer” tem movimen
“ajoelhar”, “em pé” e “sentar”, não tem.
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34 
sinal “Polícia” é realizado no peito. 
Imagem: o autor 
Ex2: O sinal “Língua de Sinais” é feito no espaço neutro. 
Imagem: o autor 
 os sinais podem ou não ter um movimento.
Ex: os sinais “rir”, “chorar” e “conhecer” tem movimento, enquanto os sinais 
“ajoelhar”, “em pé” e “sentar”, não tem. 
AESP|CE 
EAD 
os sinais podem ou não ter um movimento. 
to, enquanto os sinais 
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35 
 
 
Exemplos de sinais com movimento e sem movimento. Fonte: Felipe, Tanya A., Monteiro, Myrna 
Salerno S. - Libras em Contexto - Livro do Professor pg. 22. 
 
4.2 PARÂMETROS SECUNDÁRIOS 
 
4.2.1 Disposição das mãos 
 
As articulações dos sinais podem ser feitas pelas duas mãos ou apenas pela mão 
dominante. Neste último caso, as duas mãos podem se movimentar para formar o 
sinal, ou então, apenas a mão dominante se movimenta e a outra funciona como 
um ponto de articulação (BRITO, 1995). Podemos citar o exemplo “TRABALHO” e 
“ESPERAR”, em que o sinal para trabalho utiliza as duas mãos, enquanto 
ESPERAR se faz apenas com uma das mãos. 
 
4.2.2 - Orientação da palma das mãos 
 
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36 
 
“É a direção da palma da mão durante o sinal: voltada para cima, para baixo, para 
o corpo, para frente, para a esquerda ou para a direita. Pode haver mudança na 
orientação durante a execução do movimento”; (BRITO, 1995). 
 
 
Imagens: Quadros e Karnopp (2007, p. 59-60) 
 
4.2.3 Região de contato 
 
 “Refere-se à parte da mão que entra em contato com o corpo. Esse contato pode-
se dar de maneiras diferentes: através de um toque, de um risco, de um 
deslizamento etc.” (BRITO, 1995). 
 
Academia Estadual de
Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais 
 
4.2.4 Expressões faciais 
 
 
As expressões faciais dos intérpretes têm servido, para alguns desinformados,
“memes” nos dias atuais, com a presença destes profissionais de
constante nas mídias. Com Elizângela Castelo Branco (imagem seguinte),
intérprete contratada pelo governo federal, não foi diferente. As brincadeiras de 
mau gosto ganharam força após a moça traduzir os pronunciamentos de membros 
do governo na televisão. O que a maioria não sabe é a importância que as “caras e 
bocas” de um intérprete tem para as pessoas com surdez. 
Disponível em: https://www.librasol.com.br/a
 
As expressões são características
“muitos sinais, além dos parâmetros mencionados acima, têm como elemento 
diferenciador também a expressão facial e/ou corporal, traduzindo sentimentos e 
dando mais sentido ao enunciado e em muitos casos determina o
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Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais - EAD
37 
Expressões faciais 
 
Vídeo 20 -Ctrl + Clique para assistir ao vídeo 
As expressões faciais dos intérpretes têm servido, para alguns desinformados,
“memes” nos dias atuais, com a presença destes profissionais de
constante nas mídias. Com Elizângela Castelo Branco (imagem seguinte),
intérprete contratada pelo governo federal, não foi diferente. As brincadeiras de 
mau gosto ganharam força após a moça traduzir os pronunciamentos de membros 
elevisão. O que a maioria não sabe é a importância que as “caras e 
bocas” de um intérprete tem para as pessoas com surdez. 
Disponível em: https://www.librasol.com.br/a-importancia-das-expressoes-faciais
As expressões são características importantes porque marcam a comunicação, 
“muitos sinais, além dos parâmetros mencionados acima, têm como elemento 
diferenciador também a expressão facial e/ou corporal, traduzindo sentimentos e 
dando mais sentido ao enunciado e em muitos casos determina o
AESP|CE 
EAD 
As expressões faciais dos intérpretes têm servido, para alguns desinformados, de 
“memes” nos dias atuais, com a presença destes profissionais de forma mais 
constante nas mídias. Com Elizângela Castelo Branco (imagem seguinte), 
intérprete contratada pelo governo federal, não foi diferente. As brincadeiras de 
mau gosto ganharam força após a moça traduzir os pronunciamentos de membros 
elevisão. O que a maioria não sabe é a importância que as “caras e 
 
faciais-para-os-surdos/ 
importantes porque marcam a comunicação, 
“muitos sinais, além dos parâmetros mencionados acima, têm como elemento 
diferenciador também a expressão facial e/ou corporal, traduzindo sentimentos e 
dando mais sentido ao enunciado e em muitos casos determina o significado do 
https://drive.google.com/file/d/1JerCQ90igIITPBNpwJgvV1QkP3hFm2BR/view?usp=sharing
Academia Estadual de
Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais 
 
sinal” (SILVA, p. 55, 2002). Ou seja, podem expressar as diferenças entre 
sentenças afirmativas, interrogativas, exclamativas e negativas.
As expressões faciais fazem toda a diferença no sentido do sinal. Não tem como 
expressar o sinal de tristeza e fazer expressão de feliz. 
Fonte: Dicionário de Libras Online do INES, disponível em
CURIOSIDADES 
 
Assim como na língua portuguesa alguns sinais po
depender do contexto, na Libras alguns sinais também podem ter significados 
diferentes. As “Meninas da Libras”, que são as intérpretes cearenses Izabel Cristina 
e Rafaielle Nogueira, em seu canal aberto ao público, dão al
sinal de “mais”: 
 
 
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38 
sinal” (SILVA, p. 55, 2002). Ou seja, podem expressar as diferenças entre 
sentenças afirmativas, interrogativas, exclamativas e negativas.
As expressões faciais fazem toda a diferença no sentido do sinal. Não tem como 
risteza e fazer expressão de feliz. 
Fonte: Dicionário de Libras Online do INES, disponível em http://www.acessobrasil.org.br/libras/
Assim como na língua portuguesa alguns sinais podem ter significados 
depender do contexto, na Libras alguns sinais também podem ter significados 
diferentes. As “Meninas da Libras”, que são as intérpretes cearenses Izabel Cristina 
e Rafaielle Nogueira, em seu canal aberto ao público, dão algumas dicas sobre o 
 
Ctrl + Clique para assistir ao vídeo 
AESP|CE 
EAD 
sinal” (SILVA, p. 55, 2002). Ou seja, podem expressar as diferenças entre 
sentenças afirmativas, interrogativas, exclamativas e negativas. 
As expressões faciais fazem toda a diferença no sentido do sinal. Não tem como 
 
http://www.acessobrasil.org.br/libras/ 
dem ter significados diferentes,a 
depender do contexto, na Libras alguns sinais também podem ter significados 
diferentes. As “Meninas da Libras”, que são as intérpretes cearenses Izabel Cristina 
gumas dicas sobre o 
 
http://www.acessobrasil.org.br/libras/
https://www.youtube.com/watch?v=1Fdp1J0C00k
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39 
 
 
4.3. LIBRAS E A LÍNGUA ESCRITA 
 
Existe um erro comum, entre aquelas pessoas que desconhecem as 
particularidades dos surdos, em pensar que a escrita em português é suficiente 
para o entendimento por parte do surdo. O que deve ser lembrado é que, a 
modalidade escrita do português, no caso do Brasil, é a reprodução desta mesma 
língua na modalidade oral. A língua de sinais tem estrutura diferenciada e a 
modalidade é visual-espacial. 
Segundo STROBEL (2008, p.46), a língua de sinais no Brasil não pode ser 
estudada tendo como base a língua portuguesa, porque ela tem uma gramática 
diferenciada, independente da língua oral. 
 
4.3.1 Posso escrever tudo que o surdo vai entender? 
 
No atendimento em geral, um servidor ouvinte poderá tentar, por desconhecimento 
da forma de aquisição de linguagem por parte do surdo, se comunicar com um 
surdo através da língua escrita. Isso pode até funcionar, quando se pergunta um 
endereço ou informações mais simples. No entanto, para informações mais 
aprofundadas a respeito de qualquer tema, essa forma não funciona, tendo em 
vista que a Língua de Sinais possui estrutura diferenciada do Português escrito, 
sendo este a representação da língua oral, que é desconhecida pelos surdos. 
A fonoaudióloga Erika Longone, em sua coluna, “O surdo e a língua escrita”, traz o 
seguinte exemplo: “Em português, na sua forma oral ou escrita, a frase: “O meu 
sobrinho vai se formar como jornalista em dezembro” seria a mesma, 
entretanto, em Libras, essa mesma frase seria: “Dezembro agora sobrinho meu 
formatura jornalista”. Pois é, bem diferente. 
Ouvintes usam quase a mesma estrutura morfo-sintatico-semântica para o 
português falado e para o escrito. Relação essa não estabelecida entre a Libras e a 
língua escrita. Outro fator que deve ser considerado é o fato da língua de sinais as 
palavras não se construírem a partir de sons que se combinam, mas sim de mãos 
que se movimentam no espaço e se organizam de forma simultânea e não linear. 
Academia Estadual de
Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais 
 
Exemplos de frase em Português
PORTUGUÊS
Onde você mora*? 
Eu não sei/sabia 
Ele/a trabalha na POLÍCIA
Vi um homem em pé com u
no bolso. 
Qual é o seu nome? 
Trabalhei no banco/Antes eu 
trabalhava no banco 
Na casa dele (a) não tem garagem. Na 
sua também? 
*O sinal de morar e suas variações é o mesmo sinal de “casa”.
 
Assista aos vídeos a estrutura gramatical da frase em Libras, produzidos pelas 
intérpretes de Libras de Maracanaú/CE, Izabel e Rafaielle, em canal aberto ao 
público. 
CTRL + clique em cada imagem para assistir aos vídeos 
4.3.2 SIGNWRITING 
 
A SignWriting foi desenvolvida em 1974 por
havia, dois anos antes, desenvolvido a DanceWriting, um sistema escrito de 
danças. 
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Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais - EAD
40 
Exemplos de frase em Português em Libras:
PORTUGUÊS LIBRAS
VOCÊ MORA* ONDE?
EU SABER-NÃO. 
Ele/a trabalha na POLÍCIA EL@ TRABALHAR POLÍCIA
Vi um homem em pé com uma caneta VER HOMEM EM
PENDURAR-BOLSO É
VOCÊ NOME? 
Trabalhei no banco/Antes eu PASSADO EU TRABALHAR BANCO
Na casa dele (a) não tem garagem. Na CASA DEL@ NÃO
TAMBÉM VOCÊ? 
*O sinal de morar e suas variações é o mesmo sinal de “casa”.
Assista aos vídeos a estrutura gramatical da frase em Libras, produzidos pelas 
intérpretes de Libras de Maracanaú/CE, Izabel e Rafaielle, em canal aberto ao 
CTRL + clique em cada imagem para assistir aos vídeos 
 
 
4.3.2 SIGNWRITING – A ESCRITA DE SINAIS 
A SignWriting foi desenvolvida em 1974 por Valerie Sutton, uma dançarina, que 
havia, dois anos antes, desenvolvido a DanceWriting, um sistema escrito de 
AESP|CE 
EAD 
em Libras: 
LIBRAS 
VOCÊ MORA* ONDE? 
EL@ TRABALHAR POLÍCIA 
VER HOMEM EM-PÉ CANETA 
BOLSO É 
PASSADO EU TRABALHAR BANCO 
CASA DEL@ NÃO TER GARAGEM. 
*O sinal de morar e suas variações é o mesmo sinal de “casa”. 
Assista aos vídeos a estrutura gramatical da frase em Libras, produzidos pelas 
intérpretes de Libras de Maracanaú/CE, Izabel e Rafaielle, em canal aberto ao 
 
CTRL + clique em cada imagem para assistir aos vídeos 
, uma dançarina, que 
havia, dois anos antes, desenvolvido a DanceWriting, um sistema escrito de 
https://www.youtube.com/watch?v=j7K2uXCIc8g
https://www.youtube.com/watch?v=kCidgGj6NVY
https://www.libras.com.br/valerie-sutton
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Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais - EAD 
41 
 
Como funciona o SignWriting? 
 
A SignWriting usa um grande conjunto de símbolos. Cada símbolo representa uma 
concepção visual: mãos, movimento, dinâmica, tempo, cabeça, rosto, tronco ou 
membro. Os símbolos são combinados para formar um sinal específico. 
 
 
Exemplos da escrita em SignWriting com base em padrões da palma de mão e dedos. Créditos: 
Adam Frost / Signwriting.org 
 
A SignWriting não tem, no Brasil, status de escrita oficial, embora tenha disponível 
ampla literatura e softwares. Conheça algumas destas obras no link: 
https://www.signwriting.org/brazil/ 
 
 
4.4. VERBOS 
 
Vídeo 10 - CTRL + clique para assistir ao vídeo 
 
https://www.signwriting.org/brazil/
https://drive.google.com/file/d/17tn1kZutXngYSGl-R6Qp4j0d4dFeZt1r/view?usp=sharing
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Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais 
 
4.4.1 Verbos simples
 
São verbos que não se flexionam em pessoa e número e n
locativos. Alguns desses verbos apresentam flexão de aspecto. Todos os verbos 
ancorados no corpo são verbos simples. Há também alguns que são feitos no 
espaço neutro. Exemplos dessa categoria são CONHECER, AMAR, APRENDER, 
SABER, INVENTAR, GOSTAR.
Os verbos simples podem incorporar pontos espaciais em determinadas situações, 
como na glosa do exemplo abaixo:
IX<1> CASAd PAGARd
 
Dê um Crtl + clique nos termos sublinhados e veja alguns exemplos de VERBOS 
SIMPLES. 
4.4.2 Verbos com concordância
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Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais - EAD
42 
4.4.1 Verbos simples 
São verbos que não se flexionam em pessoa e número e não incorporam afixos 
locativos. Alguns desses verbos apresentam flexão de aspecto. Todos os verbos 
ancorados no corpo são verbos simples. Há também alguns que são feitos no 
espaço neutro. Exemplos dessa categoria são CONHECER, AMAR, APRENDER, 
AR, GOSTAR. 
Os verbos simples podem incorporar pontos espaciais em determinadas situações, 
como na glosa do exemplo abaixo: 
IX<1> CASAd PAGARd 
Dê um Crtl + clique nos termos sublinhados e veja alguns exemplos de VERBOS 
 
Ctrl + Clique para assistir ao vídeo 
 
4.4.2 Verbos com concordância 
Imagens: Libras em Contexto 
 
AESP|CE 
EAD 
ão incorporam afixos 
locativos. Alguns desses verbos apresentam flexão de aspecto. Todos os verbos 
ancorados no corpo são verbos simples. Há também alguns que são feitos no 
espaço neutro. Exemplos dessa categoria são CONHECER, AMAR, APRENDER, 
Os verbos simples podem incorporar pontos espaciais em determinadas situações, 
Dê um Crtl + clique nos termos sublinhados e veja alguns exemplos de VERBOS 
https://www.youtube.com/watch?v=OH2ZpGMYG14
Academia Estadual de
Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais 
 
São verbos que se flexionam em pessoa, número e aspecto, mas não incorporam 
afixos locativos. Exemplos dessa categoria são
PERGUNTAR, DIZER, PROVOCAR, que são subdivididos em concordância pura e 
reversa (backwards). Os verbos com concordância apresentam a direcionalidade e 
a orientação. A direcionalidadeestá associada às relações semânticas 
(source/goal). A orientação da mão voltada para o objeto da sentença está 
associada à sintaxe. 
Dê um Crtl + clique nos termos sublinhados e veja alguns exemplos de VERBOS 
COM CONCORDÂNCIA:
 
 
4.4.3 Verbos espaciais (+loc) 
 
São verbos que têm afixos locativos. Exemplos dessa classe são COLOCAR, IR, 
CHEGAR. Dê um Crtl + clique nos termos sublinhados e veja alguns exemplos de 
VERBOS ESPACIAIS: 
 
Existem ainda os verbos classificadores, os quais você verá na próxima unidade.
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43 
São verbos que se flexionam em pessoa, número e aspecto, mas não incorporam 
afixos locativos. Exemplos dessa categoria são DAR, ENVIAR, RESPONDER, 
PERGUNTAR, DIZER, PROVOCAR, que são subdivididos em concordância pura e 
reversa (backwards). Os verbos com concordância apresentam a direcionalidade e 
a orientação. A direcionalidade está associada às relações semânticas 
al). A orientação da mão voltada para o objeto da sentença está 
Dê um Crtl + clique nos termos sublinhados e veja alguns exemplos de VERBOS 
COM CONCORDÂNCIA: 
 
Ctrl + Clique para assistir ao vídeo 
4.4.3 Verbos espaciais (+loc) 
São verbos que têm afixos locativos. Exemplos dessa classe são COLOCAR, IR, 
Dê um Crtl + clique nos termos sublinhados e veja alguns exemplos de 
 
 
Ctrl + Clique para assistir ao vídeo 
 
Existem ainda os verbos classificadores, os quais você verá na próxima unidade.
AESP|CE 
EAD 
São verbos que se flexionam em pessoa, número e aspecto, mas não incorporam 
DAR, ENVIAR, RESPONDER, 
PERGUNTAR, DIZER, PROVOCAR, que são subdivididos em concordância pura e 
reversa (backwards). Os verbos com concordância apresentam a direcionalidade e 
a orientação. A direcionalidade está associada às relações semânticas 
al). A orientação da mão voltada para o objeto da sentença está 
Dê um Crtl + clique nos termos sublinhados e veja alguns exemplos de VERBOS 
São verbos que têm afixos locativos. Exemplos dessa classe são COLOCAR, IR, 
Dê um Crtl + clique nos termos sublinhados e veja alguns exemplos de 
Existem ainda os verbos classificadores, os quais você verá na próxima unidade. 
https://www.youtube.com/watch?v=VwKuL6o7O3k
https://www.youtube.com/watch?v=ye5RydiZWww
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Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais - EAD 
44 
 
 
 
RECAPITULANDO 
 
Nesta unidade você aprendeu sobre a estrutura da LIBRAS e seus parâmetros, 
além dos tipos de verbos fundamentais para uma comunicação satisfatória com os 
surdos. 
 
ATIVIDADE 
 
Elabore três frases utilizando em cada uma delas um verbo que se encaixe com as 
definições aqui estudadas. 
 
5. SINAIS NO CONTEXTO POLICIAL 
 
CTRL + clique para assistir ao vídeo 
 
A importância de o policial saber se comunicar com o surdo é essencial no decorrer 
de um atendimento, de uma ocorrência. Apresentamos a seguir, alguns sinais 
relacionados a termos comuns no âmbito policial. Para aumentar seu vocabulário, 
acesse um dos dicionários de Libras disponíveis nos links 
https://www.ines.gov.br/dicionario-de-libras/ e 
https://www.youtube.com/watch?v=CBEA0At0KcA
https://www.ines.gov.br/dicionario-de-libras/
Academia Estadual de
Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais 
 
https://sistemas.cead.ufv.br/capes/dicionario/
para melhor compreensão do movimento e configuração de mãos. 
Por conta do regionalismo, é possível encontrar sinais diferentes dos que são 
utilizados no Ceará. Tire as dúvidas sobre as questões de regionalismo com seu 
tutor/professor. 
 
 
Vídeos 9 e 49 
 
Cargos da Polícia Civil
 
Em alguns estados, a palavra delegad@ é utilizada com os sinais de “diretor” + 
“polícia”. Também há surdos que sinalizam 
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45 
https://sistemas.cead.ufv.br/capes/dicionario/ e pesquise em vídeo alguns sinais, 
para melhor compreensão do movimento e configuração de mãos. 
Por conta do regionalismo, é possível encontrar sinais diferentes dos que são 
utilizados no Ceará. Tire as dúvidas sobre as questões de regionalismo com seu 
 
Imagens: o autor 
 
Vídeos 9 e 49 - CTRL + clique em cada imagem para assistir aos vídeos
Cargos da Polícia Civil 
Em alguns estados, a palavra delegad@ é utilizada com os sinais de “diretor” + 
mbém há surdos que sinalizam “pessoa” + “delegacia”
AESP|CE 
EAD 
e pesquise em vídeo alguns sinais, 
para melhor compreensão do movimento e configuração de mãos. 
Por conta do regionalismo, é possível encontrar sinais diferentes dos que são 
utilizados no Ceará. Tire as dúvidas sobre as questões de regionalismo com seu 
 
CTRL + clique em cada imagem para assistir aos vídeos 
Em alguns estados, a palavra delegad@ é utilizada com os sinais de “diretor” + 
“pessoa” + “delegacia”. Para explicar 
https://sistemas.cead.ufv.br/capes/dicionario/
https://drive.google.com/file/d/1WQOkRsuI2lKyFrXHT18ddyfeZEAKYcKj/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1xXHAd8XQ89PjL5AE1JkPV8T2z-RhXgJP/view?usp=sharing
Academia Estadual de
Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais 
 
numa conversa fora do contexto policial, o profissional agente/inspetor de polícia 
civil é identificado com o sinal de
sinaliza “polícia” + “digitar”
sem o sinal “polícia”, tendo em vista que o contexto já citava profissionais da 
Polícia Civil. Importante que quando se fala de um policial específico, a indicação 
do gênero (homem ou mulher)
Patentes militares 
 
Ainda não há sinal comum para as patentes militares. Alguns surdos demonstram 
com um sinal idêntico à “continência”
e o próprio militarismo. O contexto que leva a compreensão do significado. O sinal 
de “general” (imagem ao lado) já é bastante conhecido, além de outras patentes 
oficiais. Alguns surdos 
Nos casos dos policiais militares, indicamos que a patente seja precedida do sinal 
de “polícia”. 
Assim como acontece com muitos ouvintes, alguns surdos também não sabem a 
diferença entre as patentes e definem o militar com
(configuração em “r” saindo da testa para a lateral) costuma ser acrescentado em 
geral para cargos de chefia.
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE
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46 
numa conversa fora do contexto policial, o profissional agente/inspetor de polícia 
civil é identificado com o sinal de “polícia” + “investigar” e o cargo de escrivão 
igitar”. Na primeira parte do vídeo a seguir se vê
sem o sinal “polícia”, tendo em vista que o contexto já citava profissionais da 
Polícia Civil. Importante que quando se fala de um policial específico, a indicação 
do gênero (homem ou mulher) é acrescentada. 
Ctrl + Clique para assistir ao vídeo 
 
 
Ainda não há sinal comum para as patentes militares. Alguns surdos demonstram 
com um sinal idêntico à “continência”, para indicar palavras como exército, soldado 
e o próprio militarismo. O contexto que leva a compreensão do significado. O sinal 
de “general” (imagem ao lado) já é bastante conhecido, além de outras patentes 
 enumeram com a mão a quantidade de estrelas da patente. 
Nos casos dos policiais militares, indicamos que a patente seja precedida do sinal 
Assim como acontece com muitos ouvintes, alguns surdos também não sabem a 
diferença entre as patentes e definem o militar como um todo. O sinal de “diretor” 
(configuração em “r” saindo da testa para a lateral) costuma ser acrescentado em 
geral para cargos de chefia. 
AESP|CE 
EAD 
numa conversa fora do contexto policial, o profissional agente/inspetor de polícia 
e o cargo de escrivão 
. Na primeira parte do vídeo a seguir se vê a sinalização 
sem o sinal “polícia”, tendo em vista que o contexto já citava profissionais da 
Polícia Civil. Importante que quando se fala de um policial específico, a indicação 
 
Ainda não há sinal comum para as patentesmilitares. Alguns surdos demonstram 
, para indicar palavras como exército, soldado 
e o próprio militarismo. O contexto que leva a compreensão do significado. O sinal 
de “general” (imagem ao lado) já é bastante conhecido, além de outras patentes 
antidade de estrelas da patente. 
Nos casos dos policiais militares, indicamos que a patente seja precedida do sinal 
Assim como acontece com muitos ouvintes, alguns surdos também não sabem a 
o um todo. O sinal de “diretor” 
(configuração em “r” saindo da testa para a lateral) costuma ser acrescentado em 
https://www.youtube.com/watch?v=yceR663x44k
Academia Estadual de
Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais 
 
Sinal de “GENERAL”. Disponível em: 
5.1. ABORDAGEM POLICIAL 1 
 
 
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47 
 
Sinal de “GENERAL”. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ip5XJY8f4cw
 
5.1. ABORDAGEM POLICIAL 1 – NA RUA
 
CTRL + clique para assistir ao vídeo 
 
Imagem: Ascom PM/AL 
AESP|CE 
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be.com/watch?v=ip5XJY8f4cw 
NA RUA 
 
https://www.youtube.com/watch?v=ip5XJY8f4cw
https://www.youtube.com/watch?v=FEB0UusjT5s
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48 
 
 
O dinamismo da atividade policial traz inúmeras situações na rua. É possível que 
em algum momento, você se depare com uma abordagem a uma pessoa surda. O 
que você faria? 
“Acreditamos fielmente em poucos sinais básicos de abordagem, pois na vida profissional, como 
policial militar, conhecedor e estudante da língua brasileira de sinais, o primeiro momento ao contato 
com a pessoa surda é puramente visual, em seguida com uma das mãos, o profissional de 
segurança, utiliza-se das configurações de mão como: Pare, Polícia, Mãos na cabeça, Vire-se, abra 
as pernas. É realizada a busca pessoal por outro policial, e nada encontrado, a pessoa surda irá 
virar-se novamente para o policial em Libras, e mais uma vez é utilizado as configurações de: 
Identidade, ok e obrigado”. (Sousa e Lima Cardoso, 2017, p.10 e 11). 
 
Veja um vídeo da Polícia Militar do Amapá mostrando modelo de abordagem a 
surdo: 
 
 
CTRL + clique para assistir ao vídeo 
 
5.1.1 Abordagens não exitosas 
 
O grande desconhecimento em relação às particularidades do povo surdo e da 
língua de sinais também tem seus reflexos no campo policial. Tanto no 
patrulhamento quanto em delegacias de polícia, equívocos já foram cometidos, 
sendo estes causados muitas vezes pelo despreparo dos agentes públicos em lidar 
com a situação. Vejamos duas situações a seguir, clicando nos quadros + Ctrl.: 
https://www.youtube.com/watch?v=20_fnmo0_H8
Academia Estadual de
Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais 
 
 
Como foi observado, o despreparo e desconhecimento podem levar a situações 
extremas e desagradáveis
 
5.1.2 Garantindo acessibilidade 
 
Como foi aprendido no primeiro capítulo, o direito à 
concretiza pela comunicação. Sem esta, o surdo não entenderá o que o policial 
quer comunicar. O profissional de segurança deve procurar a capacitação ou o 
conhecimento mínimo que permita ao menos um início de conversa, um diálogo
abordagem. 
Um integrante da Polícia Militar do Ceará tem chamado a atenção pelo atendimento 
a pessoas surdas em serviço. A atuação do Sub
destaque em matérias de jornais e nas mídias institucionais pelo seu atendimento 
ao público surdo. 
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE
Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais - EAD
49 
 
Ctrl + Clique para assistir ao vídeo 
 
 
Ctrl + Clique para acessar a matéria 
Como foi observado, o despreparo e desconhecimento podem levar a situações 
extremas e desagradáveis. 
5.1.2 Garantindo acessibilidade 
Como foi aprendido no primeiro capítulo, o direito à acessibilidade ao surdo se 
concretiza pela comunicação. Sem esta, o surdo não entenderá o que o policial 
quer comunicar. O profissional de segurança deve procurar a capacitação ou o 
conhecimento mínimo que permita ao menos um início de conversa, um diálogo
Um integrante da Polícia Militar do Ceará tem chamado a atenção pelo atendimento 
a pessoas surdas em serviço. A atuação do Sub-Tenente Tupinambá já ganhou 
destaque em matérias de jornais e nas mídias institucionais pelo seu atendimento 
AESP|CE 
EAD 
Como foi observado, o despreparo e desconhecimento podem levar a situações 
acessibilidade ao surdo se 
concretiza pela comunicação. Sem esta, o surdo não entenderá o que o policial 
quer comunicar. O profissional de segurança deve procurar a capacitação ou o 
conhecimento mínimo que permita ao menos um início de conversa, um diálogo na 
Um integrante da Polícia Militar do Ceará tem chamado a atenção pelo atendimento 
Tenente Tupinambá já ganhou 
destaque em matérias de jornais e nas mídias institucionais pelo seu atendimento 
https://www.youtube.com/watch?v=x9AcyqmFqfg
https://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL9184-5598,00-SURDO+PRESO+POR+ENGANO+E+SOLTO+APOS+DIAS.html
Academia Estadual de
Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais 
 
5.2 TERMOS COMUNS NA ATIVIDADE POLICIAL
 
Treine mais alguns sinais comuns no contexto policial.
 
Vídeo 48 
 
5.2.1 DICAS PARA A COMUNICAÇÃO DURANTE A ABORDAGEM.
Clique separadamente em cada imagem + CTRL para assistir aos vídeos 29 e 30.
5.3 ABORDAGEM POLICIAL 2 
 
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE
Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais - EAD
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CTRL + clique para assistir ao vídeo 
5.2 TERMOS COMUNS NA ATIVIDADE POLICIAL
Treine mais alguns sinais comuns no contexto policial. 
 
Vídeo 48 - CTRL + clique para assistir ao vídeo 
5.2.1 DICAS PARA A COMUNICAÇÃO DURANTE A ABORDAGEM.
Clique separadamente em cada imagem + CTRL para assistir aos vídeos 29 e 30.
 
 
5.3 ABORDAGEM POLICIAL 2 – DELEGACIAS
AESP|CE 
EAD 
5.2 TERMOS COMUNS NA ATIVIDADE POLICIAL 
5.2.1 DICAS PARA A COMUNICAÇÃO DURANTE A ABORDAGEM. 
 
Clique separadamente em cada imagem + CTRL para assistir aos vídeos 29 e 30. 
DELEGACIAS 
https://twitter.com/sspdsce/status/1253417237597220866
https://drive.google.com/file/d/1n5fnoXQzh3qTrzZLHyLAcdkEtYqNib4b/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1jiZV_T93GoMQm7mJ5XQbb90XgvPWOaEa/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1pRBU7QTf_jfCAJwV4Y9k6U1iWuVWbOWW/view?usp=sharing
Academia Estadual de
Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais 
 
5.3.1 DESPREPARO
 
Uma situação absurda aconteceu em julho de 2016, na cidade de Gravataí, no Rio 
Grande do Sul, onde um idoso surdo com problemas mentais foi preso. Uma 
delegada de Gravataí mandou o homem para a prisão, em flagrante. O motivo foi 
porque ele, que acompanhava um
engano e acabou entrando na sala da Autoridade Policial. Detalhe: o idoso é surdo, 
portador de autismo e sofre de Alzheimer. Segundo a filha que o acompanhava, os 
policiais ficaram debochando das condições de seu p
Corregedoria da Polícia Civil abriu investigação para apurar a conduta da delegada, 
que não teve o nome revelado.
 
Vimos na matéria acima e não é preciso comentar que o atendimento prestado na 
ocasião não foi o adequado. 
estiver (como vítima, noticiante ou infrator), devem ser oferecidas condições de 
tratamento igual aos ouvintes
declarações, além de fazer entender ao surdo a acusação de que lhe é feita.
 
 
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE
Fundamentos da Lingua Brasileira de Sinais - EAD
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5.3.1 DESPREPARO 
situação absurda aconteceu em julho de 2016, na cidade de Gravataí, no Rio 
Grande do Sul, onde um idoso surdo com problemas mentais foi preso. Uma 
delegada de Gravataí mandou o homem para a prisão, em flagrante. O motivo foi 
porque ele, que acompanhava um parente, errou o caminho do banheiro
engano e acabou entrando na sala da Autoridade Policial. Detalhe: o idoso é surdo, 
portador de autismo e sofre de Alzheimer. Segundo a filha que o acompanhava,

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