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Erupções papulonodulares e púrpuras

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Aula 4 – Dermatologia 
Isabelle L. 
Eritema multiforme 
 É uma síndrome de hipersensibilidade 
a agentes diversos, caracterizada pelo 
surgimento de lesões 
eritematopapulosas ou 
eritematovesicobolhosas na pele, 
geralmente recorrentes. 
Temos 2 formas: 
 Forma minor: comum, benigna, não 
atinge mucosas 
 Síndrome de Stevens Johnson 
(eritema polimorfo major): quadro 
grave, atinge pele e mucosas e pode ter 
evolução fatal. Maioria dos autores o 
consideram como uma entidade 
distinta. 
Patogenia 
 Viroses: herpes simples (causa mais 
comum), HIV, Epstein-Barr 
(mononucleose) 
 Drogas: analgésicos e AINE, 
penicilinas, sulfas, rifampicina, 
cefalosporinas, vancomicina, 
hidantoína, carbamazepina, lítio, 
quetiapina, ervas chinesas. 
 Infecções bacterianas (Mycoplasma 
pneumoniae, sífilis, hanseníase) e 
fúngicas. 
Manifestações clínicas 
 O quadro característico é a lesão em 
alvo ou em íris, com um eritema ou 
purpura central, circundado por uma 
área mais pálida e um anel externo 
eritematoso. 
 
 O quadro tem aparecimento súbito, 
evoluindo por surtos com duração de 
1 a 2 semanas. As áreas mais 
acometidas são as mãos, punhos, 
joelhos e cotovelos e não raramente 
são disseminadas. 
 As mucosas podem estar afetadas na 
Síndrome de Stevens-Johnson com 
enantema, erosões por ruptura de 
bolhas, dor importante e 
comprometimento do estado geral. 
 Diagnóstico diferencial: urticária, 
eczema numular, pênfigos, granuloma 
anular, eritema anular centrífugo, 
lúpus eritematoso. 
Aula 4 – Dermatologia 
Isabelle L. 
 
Stevens Johnson 
Diagnostico 
 Biopsia de pele 
 Investigar drogas 
 Investigar infecções → anamnese 
detalhada, sorologia para herpes I e II 
 Histórico de vacinas recentes 
 Investigar doenças auto-imunes e 
malignas 
Histopatologia 
 Há edema entre os queratinócitos, 
sendo a lesão característica a necrose 
dos queratinócitos por apoptose e 
infiltrado perivascular por 
polimorfonucleares, podendo haver 
depósito de eosinófilos e na Síndrome 
de Stevens-Johnson vesicobolhas 
intraepiteliais. 
 A imunofluorescência direta permite 
diferenciar das doenças bolhosas. 
Tratamento 
 Sintomáticos 
 Herpes: anti-herpético 
 Infecção bacteriana: antibióticos 
(EVITE USAR: penicilina a menos 
que a causa seja LUES; ampicilina ou 
sulfas). 
 Eliminar fármacos suspeitos: 
dipirona, indometacina, piroxicam, 
halopurinol, fenilbutazona sulfa, 
penicilina, mercúrio, iodo, 
diclofenaco, hidantoína, 
carbamazepina → guardar estes 
nomes 
 No Stevens-Johnson muito cuidado 
com as mucosas, o paciente deve ser 
tratado sob internação, com os 
mesmos cuidados dispensados aos 
grandes queimados 
 Corticoide é controverso 
Eritema nodoso 
 Também chamado eritema 
contusiforme é também uma 
síndrome de hipersensibilidade a 
agentes diversos, caracterizada por 
Aula 4 – Dermatologia 
Isabelle L. 
lesões nodulares nos membros 
inferiores 
Patogenia 
 O eritema nodoso é uma reação de 
hipersensibilidade tardia (tipo IV), 
cuja patogenia não está totalmente 
esclarecida, mas que pode ter diversos 
fatores causais: 
 Infecções estreptocócicas: causa 
infecciosa mais comum. 
 Tuberculose 
 Hanseníase: constitui o quadro 
reacional da forma lepromatosa. 
 Infecções: sífilis, HIV, hepatite B, 
micobacteriose atípica e infecções 
diversas. 
 Fármacos: sulfonamida, penicilina, 
minociclina, nitrofurantoína, D-
penicilamina, clortiazídicos, vacina da 
hepatite B, talidomida, isotretinoína, 
azatioprina, salicilatos. 
 Doença de Crohn e outras doenças 
auto-imunes. 
 Gravidez 
 Idiopático: MAIORIA 
Manifestações clínicas 
 O quadro se inicia com febre, dor 
articular e nas panturrilhas, com o 
aparecimento de nódulos 
eritematosos, duros e dolorosos. 
 O surto dura cerca de 3 a 6 semanas e 
não ulceram e não deixam atrofia no 
local. 
 Diagnóstico diferencial: eritema 
indurado, paniculite, lúpus 
eritematoso, picada de insetos. 
 
 
 
 
Eritema nodoso generalizado → hanseniase!!! 
Aula 4 – Dermatologia 
Isabelle L. 
Histopatológico 
 Há um processo inflamatório no 
subcutâneo e na derme profunda 
 A histopatologia é uma paniculite 
septal sem vasculite → paniculite 
(quadro inflamatório/traumático no 
tecido subcutâneo, repercute na pele 
como eritema nodoso) 
Diagnóstico 
 Biópsia de pele 
 Investigar drogas 
 Investigar infecções: PPD, ASLO, 
anamnese apurada. 
 Investigar doenças auto-imunes 
 Em eritema nodoso generalizado 
pensar em hanseníase 
Tratamento 
 Sintomáticos 
 Tratamento da causa responsável se 
esclarecida. 
 Corticóides tópicos e sistêmicos 
 Iodeto de potássio 
 Talidomina: eritema nodoso 
hansênico. 
Erupções purpúricas 
 Por alterações plaquetária: 
trombocitopênicas e por anomalias 
plaquetária, por distúrbios da 
coagulação (hematologia) 
 Por alterações vasculares (essas são as 
da dermatologia) 
Purpura simplex 
 Surgem mais nas pernas e nas coxas, 
podem estar relacionadas a fragilidade 
vascular, tosse, vômito, sucção. 
 Não há alterações plaquetárias, mais 
comum em mulheres e é auto-limitada 
 
Purpura hipostática 
 Também chamada de dermatite ocre 
ou angiodemite pigmentar e purpúrica 
(Favre-Chaix). 
 Quadro comum, ocorre em pernas e 
tornozelos, confluindo e deixando 
áreas de pigmentação acastanhada por 
depósito de hemossiderina, 
secundário ao extravasamento de 
hemácias do vaso para a derme. 
 Pode estar associada ao eczema de 
estase e o tratamento é elevação dos 
membros e uso de meias elásticas 
 Muito tempo sem andar, homens que 
dirigem muito 
Aula 4 – Dermatologia 
Isabelle L. 
 Pode ser por insuficiência venosa, mas 
não necessariamente 
 
Purpura de Henoch-
Schonlein 
 Também conhecida como púrpura 
anafilactóide ou púrpura reumática. 
 Frequentemente ocorre após infecções 
das vias aéreas por Streptococos. Na 
pele se observa petéquias, equimoses, 
urticas localizados em nádegas e 
membros inferiores. Pode haver dor 
abdominal, febre, artralgia, queda do 
estado geral, melena, hipertensão, 
hematúria. 
 Purpura de membros inferiores, 
infecção estreptocócica e dor 
abdominal → sugestivo de henoch 
schonlein 
 Prova do laço é positiva, pode haver 
leucocitose e no histopatológico o 
quadro é de uma vasculite 
leucocitoclástica. 
 O tratamento é com corticosteróides 
sistêmicos, repouso e sintomáticos. 
 
 
Purpura pigmentosa 
crônica 
 Importância estética, mais relacionado 
ao dermatologista 
 Benigna, mais comum em mulheres 
 Púrpura de Schamberg: surgimento de 
petéquias, entremeadas com áreas 
acastanhadas em tornezelos e porção 
distal da pernas. 
 Púrpura Anular telangiectásica de 
Majocchi: as lesões purpúricas 
confluem ganhando aspecto anular ou 
circinado. 
Aula 4 – Dermatologia 
Isabelle L. 
 Púpura eczematóide de Doucas- 
Kapetanakis: surgem petéquias e 
manchas acastanhadas com discreta 
descamação em tornozelo e porção 
distas das pernas. 
 Líquen Aureo ou Líquen Purpúrico: 
lesões liquenóides, purpúricas, 
acastanhadas e unilaterais, de causa 
desconhecida. 
 O tratamento é excluir possíveis 
drogas suspeitas, investigar infecções e 
doenças auto-imunes e pode-se fazer 
uso de corticoides tópicos, com 
respostas variáveis. As PPC são de 
importâncias mais estética. 
 
Forma clássica: várias petéquias acastanhadas 
(salpicado de pimenta cayena) 
 
 
 
Líquen auero 
Purpura senil 
 Também conhecida como púrpura de 
Bateman ou púrpura actínica. 
 Muito comum em idosos, devido a 
atrofia da pele ocorre uma diminuição 
do apoio conectivo perivascular que 
leva à ruptura dos vasos e 
extravasamento de sangue na derme 
→ só de fazer um apoio em cima da 
mesa ou esforço, já rompe os vasinhos 
 Uso de aspirina, corticóides e 
anticoagulantes pode agravar o 
quadro. 
 Tratamento:importância estética, 
aumentar a barreira da pele → com 
hidratantes potentes, vitamina C 
Aula 4 – Dermatologia 
Isabelle L. 
 
Púrpura psicogênica 
 Também conhecida com síndrome de 
sensibilização eritrocitária (Gardner-
Diamond), surge mais em mulheres 
com quadros depressivos, as lesões 
podem ser precedidas de fadiga e mal 
estar e surgem equimoses em 
membros superiores e inferiores, que 
são dolorosas e regridem 
espontaneamente. 
 Patogênese desconhecida, trata-se o 
quadro emocional.

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