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A formação dos Impérios Ibéricos A formação dos reinos de Portugal e Espanha ● Guerra de Reconquista: retomada da cristandade sobre a península Ibérica (confronto entre cristãos e islâmicos). Ocupação da península Ibérica ● Grupos autóctones (Idade do Ferro) e, posteriormente, os iberos, os lusos e os celtas. ● Séculos XII a.C. e III a.C.: contato entre fenícios e gregos e os povos nativos; ➔ Fundação de colônias na região; ➔ Trocas culturais; ➔ Envolvimento dos iberos nas Guerras Púnicas → conflito entre Roma e Cartago (colônia fenícia) fez com que os iberos fossem recrutados para lutar ao lado dos fenícios; ➔Vitória de Roma: invasão e dominação da península Ibérica por parte dos romanos; ● Domínio romano do século II a.C. até V d.C.: influência cultural e linguística, urbanização e consolidação da religião cristã. ➔Algumas áreas conseguiram manter suas características próprias e suas línguas nativas; ● Ampla heterogeneidade de povos e culturas desse período permite compreender a diversidade cultural presente até hoje na região. Crise do Império Romano e os povos “bárbaros” ● Fim da expansão territorial → escassez de mão de obra escravizada ● Disputas internas pelo poder político e expansão do cristianismo em Roma levaram ao enfraquecimento da figura do imperador ● Agravamento da crise → perda de seus territórios ● Povos “bárbaros” (alanos, odos, visigodos, vândalos, saxões, hunos, germanos, francos…) iniciaram um processo migratório em direção aos domínios romanos ➔A aproximação desses povos não pode ser resumida a invasões territoriais; muitos povos passaram a conviver de maneira harmoniosa. ● Visigodos se apossaram da maior parte da península Ibérica até o século VII ➔ Expressiva religiosidade católica; ➔Desenvolvimento de uma nobreza ligada à terra e à guerra; ➔Clero enriquecido e politicamente influente; Península Ibérica e o Islã ● A ocupação da península Ibérica passou por lusos, iberos, gregos, fenícios, romanos, vândalos, suevos e visigodos. A expansão islâmica ● Século VII: Muhammad fundou uma nova religião, o islamismo, na península Arábica. ● Muhammad foi consagrado como profeta e iniciou um intenso processo de expansão religiosa, a partir da unificação política e religiosa da península Arábica. ● Conquista da Síria, Mesopotâmia, Palestina, Pérsia, parte da Índia, costa oriental e o norte do continente africano e a península Ibérica. Ocupação islâmica da península Ibérica ● Derrota dos visigodos para os árabes na Batalha de Guadalete (711 d.C.) ● Formação de reinos mulçumanos na península Ibérica, como Valência e Granada ● Existência de reinos mouros¹ perdurou até o século XV *mouros¹: termo empregado pelos cristãos para designar as populações islâmicas que viviam no norte do continente africano, em Malta, na Sicília e na península Ibérica. ➔Garantia de tolerância religiosa nas áreas dos reinos islâmicos ➔ Judeus e cristãos pagavam mais impostos, mas não eram perseguidos ● Desenvolvimento técnico-científico na região ➔Agricultura ➔Catedrais (influência arquitetura árabe) ➔Avanços na Matemática ➔ Técnicas de navegação A Guerra de Reconquista Cristã ● Empreendimento de caráter político, religioso e militar ● Luta da cristandade pelo domínio da península Ibérica ● Formação de territórios cristãos: Leão, Navarra, Portugal, Aragão, Castela, Córdoba e Granada, sendo Leão e Castela os mais fortes. ● Entre os séculos XI e XIII, influenciados pelo movimento cruzadista, intensificaram-se os embates contra os mulçumanos. ● Espírito cruzadista: luta por Deus Reinos Ibéricos A formação de Portugal ● Em 1096, Henrique de Borgonha recebeu o senhorio de terras do Condado Portucalense como doação de Afonso VI, rei de Leão (por ter lutado contra os mouros pelo rei Afonso VI) ● Afonso Henriques (1º Rei de Portugal), herdeiro de D. Henrique, era aclamado como rei após ter vencido os mouros na Batalha de Ourique (1139) e foi reconhecido como rei de Portugal pelo reino de Leão. Dinastia de Borgonha (XII - XIV) ● Primeira família a governar Portugal ● Centralização do poder ● Igreja e nobreza influentes ● Comércio marítimo (Portugal estava cercado de inimigos) ➔ Portugal é ponto de parada no comércio marítimo ● Ascensão da burguesia ● Rivalidade entre nobreza (fidalguia) e burguesia (mercantil) A Revolução de Avis ● Morte do Rei D. Fernando: fim da Dinastia de Borgonha ● Não havia herdeiro legítimo, então o rei de Castela, D. João I (casado com a filha de D. Fernando) reclamou para si a coroa de Portugal, assim como a unificação dos reinos ● Baixa nobreza e camada mercantil, descontentes com a possibilidade da anexação por Castela, passaram a apoiar a coroação de D. João, mestre de Avis (irmão bastardo de D. Fernando) ● Centralização política do poder em Portugal ● Expansão do comércio para agradar a burguesia ● Burocracia para recolher tributos e impostos para tornar possível a expansão marítima ● Expansão marítima ➔Desenvolvimento de novas rotas (Atlântico e Índico) ➔ Interesse no comércio de especiarias ➔ Pioneirismo portugûes ➔Centralização precoce do poder/Estado ➔ Feitorias na costa africana (colonização mais “comercial”) ➔ Todos os setores da sociedade portuguesa têm interesse nesse processo ● Vasco da Gama ➔Chegou a Índia ➔ 6000% de lucro ➔ Portugal começa a dominar o comércio de especiarias ➔Voltou em 1499 com 3 embarcações ➔ 1 de janeiro de 1500: Pedro Álvares Cabral parte para a Índia com 15 barcos (lucro obtido por Vasco da Gama na viagem para as Índias) A formação da Espanha ● Final do século XV: tomada de Granada, fim da “Reconquista” cristã ● Haviam 4 reinos na península Ibérica: Portugal, Navarra, Castela e Aragão ● Casamento de Fernando de Aragão e Isabel de Castela em 1496: unificação dos reinos sob a égide do cristianismo ● Unificação da Espanha não a transformou em um reino ➔Confederação de reinos chefiados por um único rei ➔Autonomia variada, mas submetidos ao poder central ● Tanto em Portugal quanto na Espanha houve uma centralização precoce do poder político Diáspora sefardita ● Ao final do século XV, os judeus (que viviam desde o século VIII em meio aos reinos islâmicos) foram expulsos da Espanha ● Ao buscar refúgio em Portugal, também foram expulsos pelo rei D. Manuel ● As famílias que permaneciam na Espanha e em Portugal eram obrigadas a se converter ao cristianismo, dando origem aos chamados cristãos-novos ● Em 2015 os governos da Espanha e de Portugal concederam cidadania àqueles que comprovassem descendência judaica sefardita ● Sefardita: termo usado para se referir aos descendentes de judeus originários na Espanha ou em Portugal A transição para a Idade Moderna A Baixa Idade Média ● Economia de subsistência dá lugar a um modelo econômico pautado a produção de excedentes ● Ampliação das relações comerciais ● Inovações técnicas e tecnológicas → ampliação da produção agrícola ● Importância dos espaços urbanos ● Enfraquecimento dos senhores feudais ● Fortalecimento da centralização política do poder Expansão e crise do mundo feudal ● Século IX: Tratado de Verdun dividiu o vasto território de Carlos Magno entre seus três descendentes; com a nova leva de invasões “bárbaras”, houve um processo de fragmentação política e fortalecimento dos senhores feudais ● Apogeu do mundo feudal ➔ Economia de subsistência ➔ Sociedade estamental ➔Descentralização do poder político ● Três séculos depois, as invasões cessaram, iniciando um período de estabilidade ➔Acomodação populacional e territorial ➔ Sem grandes epidemias e guerras ➔Crescimento demográfico ➔Maior segurança nas rotas comerciais Início da Baixa Idade Média ● Crescimento populacional ● Aumento da produção agrícola ● Renascimento urbano-comercial ● Ampliação do comércio ● Formação das cidades medievais ● Cruzadas: inicialmente tinham caráter estritamente religioso, mas a partir da quarta incursão (financiada pelos comerciantes de Veneza) passou a ter um interesse comercial ● Séculos XIV e XV: período marcado pela fome, doenças (como a peste negra) e revoltas camponesas ● Enfraquecimentodos senhores feudais ● Reis recuperam sua importância, em um processo de centralização do poder político Mercantilismo ● Mercantilismo é um conjunto de práticas econômicas na Europa Ocidental, principalmente entre os séculos XV e XVIII ● Metalismo: Ideia de que a riqueza de um reino é definida pelo acúmulo de metais preciosos ● Protecionismo alfandegário: uma série de medidas que esse governo toma para dificultar ao máximo a importação de produtos e a concorrência estrangeira ● Balança comercial favorável: mais exportações do que importações ● Colonialismo Expansão marítima ● Lento processo de transformação da posição econômica da Europa no mundo ● Alteração do eixo de poder internacional ● Mediterrâneo deu lugar ao Atlântico ● Dominação cultural por meio da ocidentalização ➔Valores, mentalidade e religião europeia implementados como forma de consolidar a conquista ➔Contatos interculturais (muitas vezes por meio da violência) ampliou os territórios conhecidos e favoreceu novos arranjos geopolíticos. Interesses políticos e econômicos ● Desenvolvimento comercial na Europa (economia de excedentes) → busca por produtos de alto valor comercial ● Especiarias orientais chegavam à Europa por intermédio dos italianos ● Navegações atlânticas seriam uma alternativa para o monopólio italiano do comércio de especiarias, visando negociações diretas entre o Ocidente e o Oriente ● Escassez de metais preciosos → navegações atlânticas seriam um mecanismo para a obtenção de novas fontes de metais como ouro e prata Renascimento Cultural ● Importante transformação na mentalidade europeia ● Transição do pensamento teocêntrico para o antropocentrismo ➔Não houve abalo na fé ou na crença em Deus, mas favoreceu o desenvolvimento de uma cultura terrena ● O Antropocentrismo favoreceu a expansão ultramarina à medida que incitava um gosto pelo mistério, pelo desconhecido e pela aventura.