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Armazenamento e Gerenciamento de Informações Arm azenam ento e G erenciam ento de Inform ações Como armazenar, gerenciar e proteger informações digitais EMC Education ServicesEMC Education Services EM C Education Services Computação e Tecnologia da Informação/Fundamentos Brookshear, J. G. Ciência da Computação: Uma Visão Abrangente, 7.ed. Carter, N. Coleção Schaum: Arquitetura de Computadores Coulouris, G.; Dollimore, J.; Kindberg, T. Sistemas Distribuídos, 4.ed. Goodrich, M. T.; Tamassia, R. Estruturas de Dados e Algoritmos em Java, 4.ed. Goodrich, M. T.; Tamassia, R. Projeto de Algoritmos: Fundamentos, Análise e Exemplos da Internet Haykin, S. Redes Neurais: Princípios e Prática, 2.ed. Lewis, H. R.; Papadimitriou, C. H. Elementos da Teoria da Computação, 2.ed. Null, L.; Lobur, J. Princípios Básicos de Arquitetura e Organização de Computadores, 2.ed. Preece, J.; Rogers, Y.; Sharp, H. Design de Interação: Além da Interação Homem-Computador Ramos, M. V. M.; Neto, J. J.; Veja, I. S. Linguagens Formais: Teoria, Modelagem e Implementação Shaw, A. C. Sistemas e Software de Tempo Real Computação e Tecnologia da Informação/Redes e Internet Cheswick, W. R.; Bellovin, S. M.; Rubin, A. D. Firewalls e Segurança na Internet: Repelindo o Hacker Ardiloso, 2.ed. Comer, D. Redes de Computadores e Internet, 4.ed. Davidson, J. & Cols. Fundamentos de VoIP, 2.ed. Deitel, H. M.; Deitel, P. J.; Nieto, T. R. Internet e World Wide Web, Como Programar, 2.ed. Deitel, H. M. & Cols. XML: Como Programar Deitel, H. M. & Cols. Perl: Como Programar Forouzan, B. Comunicação de Dados e Redes de Computadores, 3.ed. Harold, E. R. Refatorando HTML Herrington, J. D. PHP Hacks Howard, M.; LeBlanc, D. Escrevendo Código Seguro, 2.ed. Roman, E.; Ambler, S. W.; Jewell, T. Dominando Enterprise JavaBeans, 2.ed. Stevens, W. R.; Fenner, B.; Rudoff, A. M. Programação de Rede UNIX: API para Soquetes de Rede, 3.ed. Tittel, E. Coleção Schaum: Rede de Computadores Armazenamento e Gerenciamento de Informações Como armazenar, gerenciar e proteger as informações digitais Gerenciar e proteger informações são atividades cruciais para o sucesso de uma empresa. Antigamente, tratava-se de um processo rotineiro e relativamente simples; hoje, no entanto, confi gurou-se em um procedimento maduro e sofi sticado da tecnologia da informação. As tecnologias de armazenamento e gerenciamento de dados oferecem diversas soluções para armazenar, gerenciar, acessar, proteger, compartilhar e otimizar as informações. Esta obra explica os conceitos, os princípios e os procedimentos de implementação de diferentes tecnologias utilizadas para armazenar e gerenciar informações. Entre os tópicos abordados estão: Desafi os e soluções para o armazenamento e gerenciamento de dados• Sistemas de armazenamento inteligentes• Redes de armazenamento (FC-SAN, IP-SAN, NAS)• Backup, recuperação e arquivamento (incluindo CAS)• Continuidade de negócios e recuperação de desastres• Segurança do armazenamento e virtualização• Gerenciamento e monitoramento da infraestrutura de armazenamento• Este livro serve de guia preparatório para o exame Information Storage and Management E20-001, necessário para a certifi cação EMC Proven Professional Associate. O EMC Proven Professional é o programa de certifi cação líder na área de armazenamento e gerenciamento de informações. A EMC Corporation é líder no desenvolvimento e fornecimento de tecnologias e soluções em infraestrutura de informações. Conheça os produtos e serviços no site www.emc2.com.br. COMPUTAÇÃO/REDES 84561_Capa_Armazenamento_e_Gerenciamento-de_Informacoes.indd 184561_Capa_Armazenamento_e_Gerenciamento-de_Informacoes.indd 1 21-07-2010 11:27:5721-07-2010 11:27:57 Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB-10/Prov-009/10 S693a Somasundaram, G. Armazenamento e gerenciamento de informações : como armazenar, gerenciar e proteger informações digitais / G. Somasundaram, Alok Shrivastava, EMC Education Services ; tradução: Acauan Pereira Fernandes ; revisão técnica: EMC Brasil. – Porto Alegre : Bookman, 2011. 480 p. ; 25 cm. ISBN 978-85-7780-750-5 1. Computação. 2. Armazenamento e gerenciamento de informação digital. I. Shrivastava, Alok. II. EMC Education Services. III. Título. CDU 004.658 Somasundaram_Iniciais.indd iiSomasundaram_Iniciais.indd ii 19-07-2010 09:2819-07-2010 09:28 O NAS (Network-Attached Storage, armazenamento conectado à rede) é um dispositivo de compartilha- mento de arquivos baseado em IP e conectado a uma rede local. O NAS fornece as vantagens da consolidação de servidores com a eliminação da necessidade de múltiplos servidores de arquivo. Ele apresenta consolidação do armazenamento através de acesso e compartilhamento de dados em nível de arquivo. NAS é uma solução de ar- mazenamento preferida e permite aos clientes compartilhar arquivos de forma rápida e direta com um mínimo de despesas de gerenciamento de armazenamento. Também ajuda a eliminar gargalos com os quais os usuários se deparam ao acessar arqui- vos a partir de um servidor de propósito geral. O NAS usa protocolos de rede e de compartilhamento de arquivos para executar funções de arquivamento e armazenamento. Estes protocolos incluem TCP/IP para transferência de dados e CIFS e NFS para file serving remotos. NAS permite a usuários UNIX e Microsoft Windows compartilhar os mesmos dados sem problemas. Para possibilitar o compartilhamento de dados, o NAS utiliza geralmente NFS para UNIX, CIFS para Windows e o File Transfer Protocol (FTP) e outros protocolos para ambos os ambientes. Avanços recentes na tecnologia de redes possibilitaram a NAS crescer para atender a requisitos empresariais de melhor desempenho e confiabilidade no acesso aos dados. Um dispositivo NAS é um sistema de armazenamento e file serving dedica- do, de alto desempenho, alta velocidade e único propósito. O NAS serve a uma variedade de clientes e o faz sobre uma rede IP. A maioria dos dispositivos NAS suporta múltiplas interfaces e redes. Um dispositivo NAS emprega seu próprio sistema operacional e componen- tes de hardware e software integrados para satisfazer a necessidades específicas do serviço de arquivos. Seu sistema operacional é otimizado para I/O de arqui- vos e, portanto, desempenha I/O de arquivos melhor do que um servidor de propósito geral. Como consequência, um dispositivo NAS pode servir a mais Capítulo 7 Armazenamento Conectado à Rede CONCEITOS-CHAVE Dispositivo NAS Compartilhamento de arquivos remotos Conectividade e protocolos NAS Desempenho e disponibilidade NAS MTU e quadros jumbo Somasundaram_07.indd 171Somasundaram_07.indd 171 16-07-2010 15:0716-07-2010 15:07 172 Parte II Redes de Armazenamento: Tecnologias e Virtualização clientes do que servidores tradicionais de arquivos, fornecendo o benefício da consolidação de servidores. Este capítulo descreve os componentes do NAS, diferentes tipos de imple- mentações de NAS, os protocolos de compartilhamento de arquivos e os proto- colos de camada de transporte e de rede usados em implementações de NAS. O capítulo também explica considerações de projeto NAS e fatores que afetam seu desempenho. 7.1 Servidores de propósito geral versus dispositivos NAS Um dispositivo NAS é otimizado para funções de file serving como armaze- namento, recuperação e acesso de aplicativos e clientes a arquivos. Conforme mostrado na Figura 7-1, um servidor de propósito geral pode ser usado para hospedar qualquer aplicativo, já que executa um sistema operacional genérico. Diferentemente de um servidor de propósito geral, um dispositivo NAS é dedi- cado ao file serving. Ele tem um sistema operacional de tempo real dedicado ao file serving que utiliza protocolos padrão abertos. Alguns fornecedores de NAS suportam recursos como clusterização nativa para obter alta disponibilidade. Aplicativos Drivers de Impressora Sistema de Arquivos Sistema OperacionalRede Sistema de Arquivos Sistema Operacional Rede Dispositivo NAS de Função Única Servidores de Propósito Geral (Windows ou UNIX) Figura 7-1 Servidor de propósito geral versus Dispositivo NAS. 7.2 Benefícios do NAS O NAS oferece os seguintes benefícios: ■ Suporta acesso abrangente às informações: Permite o compartilha- mento eficiente de arquivos e suporta configurações muitos-para-um e Somasundaram_07.indd 172Somasundaram_07.indd 172 16-07-2010 15:0716-07-2010 15:07 Capítulo 7 Armazenamento Conectado à Rede 173 um-para-muitos. A configuração muitos-para-um permite que um dis- positivo NAS sirva a muitos clientes simultaneamente. A configuração um-para-muitos permite que um cliente se conecte a muitos dispositivos NAS simultaneamente. ■ Eficiência aprimorada: Elimina gargalos que ocorrem durante o acesso a arquivos a partir de um servidor de propósito geral, porque o NAS usa um sistema operacional especializado para o file serving. Isso melhora a utilização de servidores de propósito geral aliviando-os de operações de serviço de arquivos. ■ Flexibilidade melhorada: Compatível para clientes tanto de plataformas UNIX quanto de Windows a partir de protocolos padrão do setor. NAS é flexível e pode atender a solicitações de diferentes tipos de cliente a partir da mesma origem. ■ Armazenamento centralizado: Concentra o armazenamento de dados para minimizar sua duplicação em estações de trabalho de clientes, sim- plificar o gerenciamento de dados e assegurar maior proteção a eles. ■ Gerenciamento simplificado: Fornece um console centralizado que pos- sibilita gerenciar sistemas de arquivos de forma eficiente. ■ Capacidade de expansão: Amplia-se facilmente, de acordo com diferentes perfis de utilização e tipos de aplicativos comerciais, por causa do alto desempenho e do projeto de baixa latência. ■ Alta disponibilidade: Oferece opções eficientes de replicação e recupe- ração, permitindo alta disponibilidade de dados. NAS usa componen- tes de rede redundantes que fornecem opções de conectividade máxi- ma. Um dispositivo NAS pode utilizar tecnologia de clusterização para failover. ■ Segurança: Garante a segurança, autenticação de usuário e bloqueio de arquivos junto com os esquemas de segurança padrão do setor. 7.3 I/O de arquivos no NAS NAS usa acesso em nível de arquivo para todas as suas operações de I/O. O I/O de arquivos é uma solicitação de alto nível que especifica o arquivo a ser acessado, mas não determina seu endereço de bloco lógico. Por exemplo, uma solicitação de I/O de arquivo proveniente de um cliente pode especificar a leitu- ra de 256 bytes a partir de um byte número 1152 em determinado arquivo. Dife- rentemente do I/O de bloco, não há informações em uma solicitação de I/O de arquivo sobre o setor ou o volume do disco. O sistema operacional NAS registra a localização dos arquivos no volume do disco e converte o I/O de arquivo do cliente em I/O em nível de bloco para recuperar dados. O sistema operacional NAS emite uma solicitação de I/O de bloco para sa- tisfazer às solicitações de leitura e gravação dos arquivos que recebe. Os dados recuperados são convertidos novamente em I/O em nível de arquivo para apli- cativos e clientes. Somasundaram_07.indd 173Somasundaram_07.indd 173 16-07-2010 15:0716-07-2010 15:07 174 Parte II Redes de Armazenamento: Tecnologias e Virtualização 7.3.1 Sistemas de arquivos e compartilhamento de arquivos remotos Um sistema de arquivos é uma forma estruturada de armazenar e organizar ar- quivos de dados. Muitos sistemas de arquivos mantêm uma tabela de acesso a arquivos para simplificar o processo de encontrá-los e acessá-los. 7.3.2 Acessando um sistema de arquivos Um sistema de arquivos tem de ser montado antes de poder ser usado. Na maio- ria dos casos, o sistema operacional estabelece um sistema de arquivos local du- rante o processo de inicialização do sistema. A execução da montagem cria uma conexão entre o sistema de arquivos e o sistema operacional. Ao estruturar um sistema de arquivos, o sistema operacional organiza os arquivos e diretórios em uma estrutura na forma de árvore e concede ao usuário o privilégio de acessar esta estrutura. A árvore tem sua raiz em um ponto de montagem nomeado a partir das convenções do sistema operacional. Os usuários e aplicativos podem atravessar a árvore inteira da raiz até os nós folha. Os arquivos ficam localiza- dos em nós folha, e os diretórios e subdiretórios são localizados em raízes inter- mediárias. O relacionamento entre o usuário e o sistema de arquivos termina quando este é desmontado. A Figura 7-2 apresenta um exemplo da estrutura de diretórios UNIX sob ambientes operacionais UNIX. / (root) etc bin usr tmp dev ls csh ucb lib ... ...... Figura 7-2 Estrutura de diretórios UNIX. 7.3.3 Compartilhamento de arquivos O compartilhamento de arquivos se refere ao armazenamento e ao acesso de arquivos de dados em uma rede. Em um ambiente de compartilhamento de ar- Somasundaram_07.indd 174Somasundaram_07.indd 174 16-07-2010 15:0716-07-2010 15:07 Capítulo 7 Armazenamento Conectado à Rede 175 quivos, um usuário que cria o arquivo (seu criador ou proprietário) determina o tipo de acesso a ser dado aos outros usuários (leitura, gravação, execução, in- serção, exclusão e listagem) e controla as alterações no arquivo. Quando vários usuários tentam acessar um arquivo compartilhado ao mesmo tempo, um esque- ma de proteção é necessário para manter a integridade dos dados e, ao mesmo tempo, possibilitar o compartilhamento. O File Transfer Protocol (FTP), sistemas de arquivos distribuídos e um modelo cliente/servidor que use um protocolo de compartilhamento de arquivos são al- guns exemplos de implementações de ambientes de compartilhamento de arquivos. FTP é um protocolo cliente/servidor que permite a transferência de dados em uma rede. Um servidor de FTP e um cliente FTP se comunicam por meio de TCP como protocolo de transporte. FTP, como definido pelo padrão, não é um método seguro de transferência de dados, pois emprega transferência de dados não criptografados em uma rede. FTP sobre Secure Shell (SSH) adiciona segu- rança à especificação FTP original. Um DFS (Distributed File System, sistema de arquivos distribuídos) é um sistema de arquivos distribuídos por diversos hosts. Um DFS pode fornecer aos hosts acesso direto a todo o sistema de arquivos, ao mesmo tempo em que assegura eficiente gerenciamento e segurança de dados. O tradicional modelo cliente/servidor, que é implementado com protocolos de compartilhamento de arquivos, é outro mecanismo para compartilhamento de arquivos remotos. Neste modelo, os clientes montam sistemas de arquivos re- motos que ficam disponíveis em servidores de arquivo dedicados. Os protocolos de compartilhamento de arquivos cliente/servidor padrão são NFS para UNIX e CIFS para Windows. NFS e CIFS permitem ao proprietário de um arquivo es- tabelecer o tipo de acesso necessário, como somente leitura ou leitura/gravação, para determinado usuário ou grupo de usuários. Em ambas as implementações, os usuários não ficam cientes da localiza- ção do sistema de arquivos. Além disso, um serviço de nomes, como DNS, LDAP (Lightweight Directory Access Protocol) e NIS (Network Information Services, ser- viços de informação em rede), ajuda os usuários a identificar e acessar um recurso único na rede. Um protocolo de serviço de nomes cria um namespace, o qual guarda o nome único de cada recurso da rede e ajuda a reconhecer os recursos na rede. 7.4 Componentes do NAS Um dispositivo NAS apresenta os seguintes componentes (veja a Figura 7-3): ■ NAS head (CPU e Memória) ■ Uma ou mais placas de interface de rede (NICs), que fornecem conectivi- dade com a rede. Exemplos de NICs incluem Gigabit Ethernet, Fast Ether- net, ATM e Fiber Distributed Data Interface (FDDI). ■ Um sistema operacional otimizado para gerenciar a funcionalidade NAS ■ Protocolos NFS e CIFS para compartilhamentode arquivos ■ Protocolos de armazenamento padrão do setor para conectar e gerenciar recursos de discos físicos, como ATA, SCSI ou FC Somasundaram_07.indd 175Somasundaram_07.indd 175 16-07-2010 15:0716-07-2010 15:07 176 Parte II Redes de Armazenamento: Tecnologias e Virtualização O ambiente NAS inclui clientes por meio do acesso a um dispositivo NAS por uma rede IP que utiliza protocolos padrão. Interface de Rede NFS CIFS SO de Dispositivos NAS Interface de Armazenamento NAS Head NFS CIFS UNIX Windows IP Storage Array Figura 7-3 Componentes do NAS. 7.5 Implementações de NAS Conforme mencionado anteriormente, há dois tipos de implementações de NAS: integrado e gateway. O dispositivo NAS integrado tem todos os seus componentes e sistema de armazenamento em um único compartimento. Na implementação gateway, NAS head compartilha seu armazenamento com o ambiente NAS. 7.5.1 NAS integrado Um dispositivo NAS integrado tem todos os componentes de NAS, como o head e o armazenamento NAS, em um único compartimento, ou quadro. Isso torna o NAS integrado um ambiente autocontido. O NAS head se conecta com a rede IP para fornecer conectividade aos clientes e servir as solicitações de I/O de arquivos. O armazenamento consiste em um número de discos que pode variar de ATA de baixo custo a drives de disco FC de alto throughput. O software de gerenciamento gerencia o NAS head e as configurações de armazenamento. Uma solução NAS integrada varia de um dispositivo low-end, que é um compartimento único, a uma solução high-end, que pode ter um storage array conectado externamente. Somasundaram_07.indd 176Somasundaram_07.indd 176 16-07-2010 15:0716-07-2010 15:07 Capítulo 7 Armazenamento Conectado à Rede 177 Uma solução NAS do tipo aparelho low-end é apropriada para aplicativos que um departamento pequeno pode usar, no qual a necessidade primária é a consolidação do armazenamento, em vez de alto desempenho ou recursos avan- çados como recuperação de desastre ou continuidade do negócio. Esta solução é fixa em termos de capacidade e talvez não seja passível fazer upgrade além da configuração original. Para expandir a capacidade, a solução deve ser através da implantação de unidades adicionais, uma tarefa que aumenta a sobrecarga do gerenciamento porque múltiplos dispositivos têm de ser administrados. Em uma solução NAS high-end, pode ser usado armazenamento externo e dedicado. Isso permite o redimensionamento independente da capacidade em termos de armazenamento ou NAS head. Entretanto, há um limite para a capaci- dade de expandir esta solução. 7.5.2 Gateway NAS Um dispositivo de gateway NAS consiste em um NAS head independente e um ou mais storage arrays. O NAS head executa as mesmas funções que na solução integrada, embora o armazenamento seja compartilhado com outros aplicativos que requerem I/O em nível de bloco. Funções de gerenciamento neste tipo de solução são mais complexas do que as de um ambiente integrado, pois há tare- fas administrativas separadas para o NAS head e o armazenamento. Além dos componentes que são conectados explicitamente à solução NAS, uma solução de gateway também pode utilizar a infraestrutura FC, como switches, directors ou storage arrays de conexão direta. O gateway NAS é o mais redimensionável porque NAS heads e storage ar- rays podem ser expandidos independentemente quando necessário. Adicionar capacidade de processamento ao gateway NAS é um exemplo de redimensiona- mento. Quando o limite de armazenamento é atingido, pode ser redimensiona- do, adicionando-se capacidade na SAN independentemente do NAS head. Os administradores podem melhorar o desempenho e as capacidades de processa- mento de I/O de seus ambientes sem comprar dispositivos adicionais de inter- conexão e armazenamento. O gateway NAS permite a alta utilização da capaci- dade de armazenamento compartilhando-o com o ambiente SAN. 7.5.3 Conectividade NAS integrada Uma solução integrada é autocontida e pode se conectar a uma rede IP padrão. As especificidades de como os dispositivos são conectados dentro de uma im- plantação NAS, porém, variam de acordo com o modelo e o fornecedor. Em al- guns casos, o armazenamento é interno ao dispositivo NAS e está conectado ao NAS head através de conexões internas, como os controladores ATA e SCSI. Em um modelo NAS integrado high-end, o armazenamento externo pode ser conec- tado diretamente por HBAs FC ou por FC switches dedicados. No caso de um modelo NAS integrado low-end, o tráfego de backup é compartilhado na mesma rede IP pública junto com o tráfego normal de acesso dos clientes. No caso de um Somasundaram_07.indd 177Somasundaram_07.indd 177 16-07-2010 15:0716-07-2010 15:07 178 Parte II Redes de Armazenamento: Tecnologias e Virtualização modelo NAS integrado high-end, uma rede de backup isolada pode ser usada para separar o tráfego do acesso dos clientes. Soluções mais complexas podem incluir um subsistema de armazenamento inteligente, permitindo backups mais rápidos e capacidades maiores ao mesmo tempo em que melhora o desempenho. A Figura 7-4 ilustra um exemplo de conectividade NAS integrada. IPServidor UNIX Servidor Windows Sistema NAS Integrado Clientes Figura 7-4 Conectividade NAS integrada. 7.5.4 Gateway de conectividade NAS Em uma solução de gateway, a conectividade de front-end é semelhante à de uma solução integrada. Um ambiente integrado tem um número fixo de NAS heads, tornando relativamente fácil determinar os requisitos de rede IP. Em comparação, é complexo determinar os requisitos de rede em um ambiente de gateway, devido às opções de redimensionamento. Adicionar mais NAS heads pode requerer conectividade de rede e largura de banda adicionais. A comunicação entre o gateway NAS e o sistema de armazenamento em uma solução de gateway é feita através de uma FC SAN tradicional. Para implantar uma solução NAS estável, fatores como caminhos múltiplos para os dados, fa- brics redundantes e distribuição de carga devem ser considerados. A Figura 7-5 apresenta um exemplo de conectividade de gateway NAS. Somasundaram_07.indd 178Somasundaram_07.indd 178 16-07-2010 15:0716-07-2010 15:07 Capítulo 7 Armazenamento Conectado à Rede 179 A implementação de uma solução de gateway NAS requer a análise do am- biente NAS atual. Essa verificação é necessária para especificar a viabilidade da introdução de uma carga de trabalho NAS na SAN existente. Avalie a SAN para determinar se a carga de trabalho é primariamente de leitura ou gravação, ou aleatória ou sequencial. Examine o tamanho predominante do I/O em uso. De modo geral, cargas de trabalho sequenciais têm I/O grandes. Tipicamente, car- gas de trabalho NAS são aleatórias com tamanhos pequenos de I/O. Introdu- zir carga de trabalho sequencial com cargas de trabalho aleatórias pode causar interrupções na carga de trabalho sequencial. Portanto, é recomendado que se separem os discos NAS e SAN. Além disso, verifique se a carga de trabalho NAS é executada adequadamente com o cache configurado no subsistema de arma- zenamento. 7.6 Protocolos de compartilhamento de arquivos NAS A maioria dos dispositivos NAS suporta múltiplos protocolos de serviços de ar- quivos para lidar com solicitações de I/O de arquivos para um sistema de arqui- vos remotos. Conforme mencionado, NFS e CFIS são os protocolos comuns para compartilhamento de arquivos. NFS é usado predominantemente em ambientes operacionais baseados em UNIX; CIFS é empregado em ambientes operacionais baseados no Microsoft Windows. Estes protocolos de compartilhamento de arquivos permitem aos usuários compartilhar dados em arquivos em diferentes ambientes operacionais e forne- cem um meio para os usuários migrarem de um sistema operacional para outro de forma transparente. IP FC SAN Servidor de Aplicativos Gateway NAS Cliente Storage Array Servidor de Aplicativos Cliente Cliente Figura 7-5 Conectividade de gateway NAS. Somasundaram_07.indd 179Somasundaram_07.indd179 16-07-2010 15:0716-07-2010 15:07 180 Parte II Redes de Armazenamento: Tecnologias e Virtualização 7.6.1 NFS O NFS é um protocolo cliente/servidor para compartilhamento de arquivos mui- to usado em sistemas UNIX. O NFS foi baseado originalmente no User Datagram Protocol (UDP) sem conexão. Ele utiliza um modelo independente de máquina para representar os dados do usuário. Também dispõe de Remote Procedure Call (RPC) como método de comunicação interprocessos entre dois computadores. O protocolo NFS fornece um conjunto de RPCs a fim se acessar um sistema de arquivos remoto a fim de executar as seguintes operações: ■ Pesquisar arquivos e diretórios ■ Abrir, ler, gravar e fechar um arquivo ■ Alterar atributos de arquivos ■ Modificar conexões de arquivos e diretórios NFS usa o protocolo de montagem para criar uma conexão entre o cliente e o sistema remoto a fim de transferir dados. NFS (NFSv3 e anteriores) é um proto- colo sem estados, ou seja, não mantém qualquer tipo de tabela para armazenar in- formações sobre arquivos abertos e os ponteiros associados a eles. Portanto, cada chamada fornece um conjunto completo de argumentos para acessar arquivos no servidor. Estes argumentos incluem um nome de arquivo e uma localização, uma posição específica para ler ou gravar e as versões do NFS. Atualmente, há três versões de NFS em uso: ■ NFS versão 2 (NFSv2): Usa UDP para fornecer uma conexão de rede sem estados entre um cliente e um servidor. Recursos como bloqueio são ma- nipulados fora do protocolo. ■ NFS versão 3 (NFSv3): Mais usada, emprega UDP ou TCP e é baseada em um projeto de protocolo sem estados. Inclui alguns recursos novos, como tamanho de arquivos de 64 bits, gravações assíncronas e atributos de ar- quivo adicionais para reduzir outras buscas. ■ NFS versão 4 (NFSv4): Esta versão utiliza TCP e é baseada em um projeto de protocolo com estados. Oferece mais segurança. 7.6.2 CIFS CIFS é um protocolo de aplicativos cliente/servidor que permite que os progra- mas cliente façam solicitações de arquivos e serviços em computadores remotos sobre TCP/IP. É uma variação pública, ou aberta, do protocolo Server Message Block (SMB). O protocolo CIFS permite a clientes remotos obter acesso a arquivos que es- tejam em um servidor. CIFS permite o compartilhamento de arquivos com ou- Somasundaram_07.indd 180Somasundaram_07.indd 180 16-07-2010 15:0716-07-2010 15:07 Capítulo 7 Armazenamento Conectado à Rede 181 tros clientes por meio de bloqueios especiais. Nomes de arquivos em CIFS são codificados a partir de caracteres Unicode. CIFS fornece os seguintes recursos para garantir integridade de dados: ■ Usa bloqueio de arquivos e registros para evitar que usuários sobrescre- vam o trabalho de outros em um arquivo ou registro. ■ É executado sobre TCP. ■ Suporta tolerância a falhas e pode restaurar automaticamente conexões e reabrir arquivos que estavam abertos antes da interrupção. Os recursos de tolerância a falhas do CIFS dependem de o aplicativo ser escrito para aproveitá-los. Além disso, CIFS é um protocolo com estado, pois o servi- dor CIFS mantém informações de conexão sobre cada cliente conectado. No caso de uma falha na rede ou no servidor CIFS, o cliente recebe uma notificação de desconexão. A interrupção do usuário será minimizada se o aplicativo tiver embutida inteligência para restaurar a conexão. Entretan- to, se ela não existir, o usuário terá que dar uns passos para restabelecer a conexão CIFS. Usuários se referem aos sistemas de arquivos remotos com um esquema de nomenclatura de arquivos fácil de usar: \\servidor\share ou \\nomedoservidor.domínio.sufixo\share 7.7 Operações de I/O em NAS Os protocolos NFS e CIFS lidam com solicitações de I/O de arquivos para um sistema de arquivos remotos, o qual é gerenciado pelo dispositivo NAS. O pro- cesso do I/O em NAS é o seguinte: 1. O solicitante empacota uma solicitação de I/O em TCP/IP e a envia através da pilha da rede. O dispositivo NAS recebe a solicitação da rede. 2. O dispositivo NAS converte a solicitação de I/O em uma solicitação de armazenamento físico apropriada, a qual é um I/O em nível de bloco, e a seguir executa a operação no pool de armazenamento físico. 3. Quando os dados retornam do pool de armazenamento físico, o disposi- tivo NAS os processa e os reempacota em uma resposta de protocolo de arquivos apropriada. 4. O dispositivo NAS empacota esta resposta em TCP/IP novamente e a envia ao cliente através da rede. A Figura 7-6 ilustra este processo. Somasundaram_07.indd 181Somasundaram_07.indd 181 16-07-2010 15:0716-07-2010 15:07 182 Parte II Redes de Armazenamento: Tecnologias e Virtualização 7.7.1 Hospedando e acessando arquivos em NAS A seguir estão os passos necessários para hospedar arquivos e permitir aos usuá- rios acessar os arquivos hospedados em um dispositivo NAS: 1. Criar volumes de storage array: Estabelecer volumes no storage array e atribuir Logical Unit Numbers (LUN) a eles. Apresentar os volumes recém-criados ao dispositivo NAS. 2. Criar Volumes NAS: Executar uma operação de detecção no dispositivo NAS, para reconhecer os volumes de array recém-criados e gerar Volu- mes NAS (volumes lógicos). Vários volumes do storage array podem ser combinados para formar grandes volumes NAS. 3. Criar sistemas de arquivo NAS: Estabelecer sistemas de arquivo NAS nos volumes NAS. 4. Montar sistemas de arquivo: Estruturar o sistema de arquivos NAS no dispositivo NAS. 5. Acessar os sistemas de arquivos: Publicar os sistemas de arquivos mon- tados na rede a partir de NFS o CIFS para acesso dos clientes. 7.8 Fatores que afetam o desempenho e a disponibilidade do NAS Já que NAS usa rede IP, a largura da banda e questões de latência associadas ao IP afetam seu desempenho. O congestionamento da rede é uma das fontes mais significativas de latência (Figura 7-7) em um ambiente NAS. Outros fatores que afetam o desempenho do NAS em diferentes níveis são: Rede IP Dispositivo NASCliente Interface de Armazenamento Protocolo de Rede Sistema Operacional NAS NFS/CIFS Pilha TCP/IP Interface de Rede Aplicativo Sistema Operacional Redirecionamento de I/O NFS/CIFS Pilha TCP/IP Interface de Rede 1 3 2 4 Bloquear I/O para o dispositivo de armazenamento Storage Array Figura 7-6 Operação de I/O em NAS. Somasundaram_07.indd 182Somasundaram_07.indd 182 16-07-2010 15:0716-07-2010 15:07 Armazenamento conectado à rede Servidores de propósito geral versus dispositivos NAS Benefícios do NAS I/O de arquivos no NAS Sistemas de arquivos e compartilhamento de arquivos remotos Acessando um sistema de arquivos Compartilhamento de arquivos Componentes do NAS Implementações de NAS NAS integrado Gateway NAS Conectividade NAS integrada Gateway de conectividade NAS Protocolos de compartilhamento de arquivos NAS NFS CIFS Operações de i/O em NAS Hospedando e acessando arquivos em NAS