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1 STF ADI 4424/DF Decisão Final: “O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, julgou procedente a ação direta para, dando interpretação conforme aos artigos 12, inciso I, e 2 dando interpretação conforme aos artigos 12, inciso I, e 16, ambos da Lei no 11.340/2006, assentar a natureza incondicionada da ac ̧ão penal em caso de crime de lesão, pouco importando a extensão desta, praticado contra a mulher no ambiente doméstico (...)”. TEMPO DO CRIMETEMPO DO CRIME �Art. 4°. Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. �É importante a fixação do tempo em que o delito se considera praticado para sabermos a lei que deve ser aplicada; para estabelecer a imputabilidade do sujeito ou mesmo para fixar o marco prescricional. 3 � São três as teorias acerca do tempo do crime: a) Teoria da atividade: considera o momento da conduta (ação ou omissão), ainda que outro seja o momento do resultado. O CP adotou esta teoria (art.4°). Funda-se no argumento de que o tempo do crime deve ser o tempo do ato de vontade do agente, tempo do crime deve ser o tempo do ato de vontade do agente, uma vez que a lei penal é destinada a agir sobre a vontade. b) Teoria do resultado: considera o momento da produção do resultado; c) Teoria mista: considera tanto o momento da conduta como o do resultado. 4 LUGAR DO CRIMELUGAR DO CRIME �Três teorias procuram solucionar o problema: a) Teoria da atividade - segundo a qual o local do crime é aquele onde é praticada a conduta criminosa (ação ou omissão); �Teoria do resultado - segundo a qual o local do crime é aquele onde ocorre o resultado; c) Teoria mista ou da ubiqüidade – o local do crime é aquele onde ocorreu tanto a conduta quanto o resultado; esta teoria é a adotada no Brasil, segundo o art. 6° do C.P. 5 O CÓDIGO PENALO CÓDIGO PENAL �Nosso Código Penal é o Decreto Lei 2848 de 07 de dezembro de 1940. �O Código Penal Brasileiro encontra-se dividido em uma Parte e uma Parte Especial. 6 PARTE GERALPARTE GERAL "A missão da Parte Geral é estabelecer as regras jurídicas referentes à lei penal, ao crime, ao criminoso e às sanções penais, formando umacriminoso e às sanções penais, formando uma estrutura científico - jurídica a regular a incidência legal dos tipos penais. �A parte geral vai do artigo 1º. Até o art. 120. 7 PARTE ESPECIALPARTE ESPECIAL �A Parte Especial compõe-se basicamente dos "tipos penais" que constituem, em suma, descrições de condutas puníveis e ainda com estabelecimento da sanção aplicável em suasestabelecimento da sanção aplicável em suas balizas mínima e máxima. �A parte especial vai do artigo 121 ao artigo 359. 8 � O tipo penal surge como uma garantia do indivíduo, consubstanciada no Princípio da legalidade ou anterioridade (art. 1º CP) ("Nullum crimen nulla poena sine praevia lege"). Assim, só pode haver crime, existente a previsão legal anterior dessa conduta como lesiva e ainda estabelecendo-se pena.conduta como lesiva e ainda estabelecendo-se pena. � Em tese, a Parte Especial inicia-se com a defesa dos bens jurídicos mais relevantes, caminhando em sentido decrescente de importância (Ex. Art. 121, bem jurídico tutelado - Vida ; Art. 129, bem jurídico tutelado - integridade física). 9 QUESTOESQUESTOES 1. Analise o caso abaixo em relação à lei penal no tempo. Determinado agente comete um crime e é condenado a uma certa pena. Após algum tempo, uma nova lei deixa de considerar a conduta praticada por aquele agente como criminosa. Quais os desdobramentos de tal acontecimento?Quais os desdobramentos de tal acontecimento? a) O agente será colocado em liberdade. b) O condenado deverá ser julgado novamente. c) Deverá ser apurada a conduta do agente para verificar se não é caso de outra infração penal. d) A Lei não será aplicada aos casos julgados antes da sua vigência. e) O condenado terá sua pena reduzida pela metade. 10 2. Prova: IOBV - 2013 - PM-SC - Soldado da Polícia Militar De acordo com as disposições do Código Penal vigente, assinale a alternativa correta: a) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença a) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. b) Considera-se praticado o crime no momento do resultado da ação ou omissão. c) Considera-se praticado o crime no lugar de residência do autor da ação ou omissão, bem como onde mora a vítima em que se produziu ou deveria produzir-se o resultado . 11