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Cronotanatognose e Necropsia Forense - Medicina Veterinária Legal

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● Introdução: A cronotanatognose é a técnica 
responsável por estimar o tempo da morte, sendo 
um ramo da tanatologia forense que estuda os 
meios de determinação do tempo transcorrido 
entre a morte e o exame necroscópico. 
● Finalidade: Investigar mortes em animais e 
humanos. Determinar o intervalo post-mortem 
(IPM). Excluir ou incluir possíveis suspeitos. 
● Intervalo Post-Mortem: É a janela de tempo 
determinado por vários métodos: 
 ➤ Histórico: Hábitos, movimentos e atividades 
da rotina. 
 ➤ Ambiental: Nas cercanias do corpo e o local 
da morte. 
 ➤ Evidência Corporal: No exame do cadáver. 
 ☞ Fenômenos Abióticos: São aqueles que se 
tornam evidentes logo após a morte do indivíduo, 
ainda antes da proliferação bacteriana. Apresenta 
uma curta duração. 
Algor Mortis: É o esfriamento cadavérico 
devido a ausência de reações bioquímicas ter-
mogênicas. É um fator influenciado pela espécie, 
temperatura do ambiente, idade, presença de 
coberturas ou roupas. Costuma variar de 15-20 
horas. 
Livor Mortis: São manchas cadavéricas ver-
melho escuras resultantes da ação da gravidade 
sobre o corpo. Aqui, há acúmulo de material em 
áreas de decúbito, sendo bem observado em peles 
claras e sem pelo e mucosas. 
Hipostase Cadavérica: Acúmulo de sangue nos 
órgãos e tecidos também por ação da gravidade. 
Atinge principalmente órgãos pares, cérebro e 
mucosas. 
 
Rigor Mortis: É a rigidez cadavérica onde o-
corre intensa contração muscular pelo aumento 
da concentração de cálcio intracelular na 
musculatura, impedindo o relaxamento. Costuma 
aparecer cerca de 2-6 horas após a morte. 
Desaparece em 36-48 horas devido à redução do 
pH pela formação de ácido láctico resultante da 
glicólise anaeróbica. 
 
Dessecação: É a desidratação cadavérica 
resultante de condições ambientais. Gera opaci-
dade de córnea com bordas marrons, retração 
ocular, e coloração vermelha escuro em lábios e 
genitais. 
 
 
Autólise Inicial: É o colapso celular por falha 
na integridade das membranas, com liberação 
enzimática e consequente dissolução tecidual. 
 ☞ Fenômenos Bióticos/Transformativos: Sinais 
de alterações corporais tardias acentuadas, as 
quais torna-se impossível a presença de vida. 
 Putrefação: É a invasão e proliferação nos 
tecidos por bactérias. Gera um odor nauseabundo 
e pseudo-melanose, que são manchas teciduais de 
coloração azulada/esverdeada resultantes da pro-
dução de sulfeto de hidrogênio, responsável pela 
quebra da hemoglobina. Se divide em 5 fases: Fase 
fresca, onde ainda não há características visíveis; 
Fase de coloração, onde há pseudo-melanose; 
Fase gasosa, onde há timpanismo por produção de 
gás pelas bactérias; Fase coliquativa, onde há 
desintegração tecidual e liquidez; e Fase esque-
lética, onde a perda tecidual progride até sobrar 
os ossos. 
 
● Estimativa do Intervalo Post-Mortem: É rea-
lizada a partir dos fenômenos post-mortem. 
 
 
 ➤ Temperatura: É estimado que o corpo reduz 
a sua temperatura em 1°C por hora após a morte, 
aumentando um fator de 3 horas pelo efeito platô 
da temperatura. 
 ➤ Insetos: O ciclo de vida da principal mosca 
presente leva em torno de 345 horas a 70°F. Cada 
fase apresenta uma duração média de: 23 horas 
de ovo para 1º estágio larval; 27 horas para o 2º 
estágio; 22 horas para o 3º estágio; 130 horas para 
pupa; e 143 horas para adultos. 
 ➤ Pressão Intraocular: Se altera da seguinte 
forma: ≥ 25mmHg em < 30min; 20-25 mmHg em 
30-120min; 15-20mmHG em 120-240min; 10-15 
mmHg em 240-360min; 5-10mmHg em 360-
480min; e < 5mmHg em > 480min. 
● Necropsia Forense: É o exame minucioso do 
corpo e documentação com o objetivo de descre-
ver a causa e as circunstâncias da morte. 
 ➤ Exame Externo: Avalia-se o estado geral, 
tira-se fotos, guarda o invólucro que acompanha o 
cadáver e inspeciona e documenta as lesões. 
 ➤ Exame Interno: Avalia-se os órgãos, tira-se 
fotos e colhe os tecidos para histopatologia. É 
importante que as amostras estejam acondicio-
nadas em temperaturas ideais 
 ➤ Exames Auxiliares: Raio-x, digitais, sêmen... 
Evidência Cong. Refrig. Control. Amb. 
Sangue 
Líquido 
Nunca Melhor <24 horas 
Urina Melhor <24 horas 
Objeto com 
mancha 
seca 
 Melhor Aceitáv. 
Objeto com 
mancha 
úmida 
Melhor Aceitáv. <24 horas 
Ossos Aceitáv. Aceitáv. Aceitáv. 
Pelo Melhor Aceitáv. 
Swabs 
gerais 
 
Melhor 
(úmido) 
Melhor 
(seco) 
 
Secreção 
vaginal 
 Melhor 
Fezes Melhor 
Swabs 
bucais 
 Melhor 
< 24 
horas 
DNA Melhor (Líquido) (Seco) 
 
● Cadeia de Custódia: É o conjunto de proce-
dimentos destinados a proteger, assegurar e ga-
rantir a origem, autenticidade e integridade do 
vestígio, em todos os eventos. Transferências e 
movimentações a ele relativos desde o seu regis-
tro e identificações, até sua utilização final. 
 ➤ Vestígio: Todo objeto ou material bruto cons-
tatado ou em um local de crime para análise 
posterior 
 ➤ Evidência: Vestígio depois de feita as 
análises, onde se constata técnica e cientificamen-
te a sua relação com o crime. 
 ➤ Indício: Cada uma das informações (periciais 
ou não) relacionadas com o crime.

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