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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ
CAMPUS CLÓVIS MOURA
CURSO: DIREITO 2021.2
DISCIPLINA: HISTÓRIA DO DIREITO
PROFESSOR: JOÃO LUIZ ROCHA DO NASCIMENTO
RESUMO: SEMINÁRIO “AS MAGISTRATURAS”
Discentes:
BENEDITO CATANHEIDE DA COSTA NETO
JOSE VICTOR SILVA COELHO	
NAIARA HERLEANY ARAUJO BARROS LEAL
PEDRO VICTOR ALVES BATISTA
QUENORIO DE OLIVEIRA VALERO MARTINS
Teresina-PI
2022
AS MAGISTRATURAS
1.1 Significado e surgimento das magistraturas - Quenório
Por questões didáticas, o Direito Romano se divide em quatro fases: Monarquia, República, Principado, Dominato. Antes de mencionar as magistraturas republicanas, cumpre ressaltar que, no período da Monarquia tudo se concentrava nas mãos do Rei, chefe supremo e vitalício do Estado. Exercia ele, além dos poderes militares e religiosos, poderes civis, poder de polícia, possuía amplos poderes administrativos, declarava guerra e celebrava paz. Exercia as funções de juiz e era legitimado a julgar em primeira e última instância. Como chefe religioso, o Rei estava encarregado de manter a pax deorum. 
Havia uma casta de sacerdotes que auxiliava o rei nas funções judiciárias. Controlavam os cultos (privados e públicos) e eram considerados os depositários do saber jurídico, sendo qualificados, portanto, como intérpretes oficiais do direito. Nas palavras de Mario Bretone, “são eles os primeiros juristas, na esfera humana e sagrada”. Desta forma, representavam um limite ao poder do rei sacerdote, já que este deveria recorrer aos pontífices sempre que se tratasse de questões jurídicas. Eram pessoas que ocupavam um alto nível na escala social e, por isso, a situação econômica os permitia de assumir um cargo público sem nenhuma compensação pecuniária. Desta forma, representavam um limite ao poder do rei sacerdote, já que este deveria recorrer aos pontífices sempre que se tratasse de questões jurídicas. Neste período, portanto, o direito em Roma vinha dos costumes e a jurisprudência romana era monopolizada pelos sacerdotes, que detinham o conhecimento do calendário e das normas jurídicas e eram considerados os intérpretes oficiais do direito. 
Com o passar do tempo, as violentas e constantes ações revolucionárias da plebe para obter a parificação econômica e social com a classe patrícia, aliado à decadência da figura do rei, fez com que fosse necessário transformar a estrutura de governo em Roma. Na República, a magistratura foi posta nas mãos de dois cônsules, magistrados supremos que exerciam o cargo alternadamente. Outras magistraturas foram surgindo com as mesmas atribuições do Consulado, em vista do desenvolvimento do Estado Romano e a luta da plebe para obter o ingresso na magistratura. 
Para ser magistrado era preciso ser cidadão romano e dispor de uma renda de acordo com o cargo desempenhado. Os magistrados tinham lugares privilegiados em cerimônias públicas e espetáculos, bem como o uso de cores diferenciadas de acordo com seu cargo.
1.2 O papel das magistraturas/os principais datos das magistraturas - Benedito
Os papéis e definições dos magistrados, desde de sua criação na República Romana, se alteraram bastante ao longo da história. Magistrado romano tinha um sentido muito mais amplo do que o sentido atual de “juiz” ou de membro do poder judiciário. Os magistrados romanos se subdividem em: cônsules, pretores, edis, censores e os tribunos da plebe. Atualmente, os magistrados são os representantes do poder judiciário, entre eles juízes, desembargadores, ministros e suas funções também mudaram. No Brasil, os magistrados acabam sendo soterrados pelo excesso de trabalho e pela burocracia do sistema judicial.
1.3 As principais magistraturas e suas funções - Naiara
As magistraturas romanas do período republicano se dividiam em ordinárias, podendo ser permanentes ou não, e em extraordinárias. As ordinárias permanentes estão sempre funcionando e os seus magistrados se renovam a cada ano com o sucessor ocupando imediatamente o posto do antecessor. As ordinárias não permanentes cumprem suas funções por um determinado tempo, não permanecem no cargo continuamente. As extraordinárias respondem às eventualidades, podendo acontecer até apenas uma vez por ano. 
O magistrado mais alto na escala era o cônsul. Tratava-se de uma espécie de reencarnação do rei romano dividido em 2 seres, porém o cargo não é mais vitalício, tem um mandato de 1 ano, são eleitos e primordialmente são os chefes militares, detentores do cum imperium (mandava no exército), também tem um poder de “general”. Um cônsul podia exercer sobre o outro cônsul o poder de veto e coordenava os trabalhos do Senado. O pretor era um espécie de subcônsul. É um magistrado cum imperium, no entanto, ao longo do tempo, assume funções judiciais. É uma autoridade que assume as responsabilidades do dia-a-dia de Roma, já que era costumeiro os cônsules estarem em guerra.
O edil cuidava dos prédios públicos (rua, calçamento, aquedutos, templos). Era encarregado de recrutar as pessoas, pagar os fornecedores, comprar escravos, de organizar as obras públicas. Haviam 2 edis curuis, que eram patrícios, e 2 edis plebeus. O questor era o responsável por coletar impostos, tributos, pelas finanças públicas. Haviam cerca de 20 por ano. Sem imperium.
Os censores faziam parte da magistratura não permanente, já que eram eleitos de 5 em 5 anos mas não permaneciam atuando durante todo esse tempo. Sua atuação se limitava a redigir a lista de cidadãos e das suas propriedades e a organizar as eleições. O Tribuno da Plebe era uma magistratura representante dos plebeus, eleitos pelo Conselho da Plebe para um mandato de um ano. Sugeriam proposições de cunho político, militar e administrativo. A plebe se sentia garantida contra atos arbitrários praticados pelos magistrados patrícios.
1.4 A importância do pretor – Pedro Victor
Autores clássicos não descrevem os eventos que levaram à criação do título de pretor, mas a obra do estadista e advogado republicano Cícero explorou a filosofia e os usos do termo "praetor". O prefixo "prae" é uma indicação de que o detentor do título era um "primeiro" de alguma forma nas sociedades que utilizavam o título.
Inicialmente, o poder pretorial era detido pelos cônsules, dois oficiais eleitos anualmente e herdeiros do poder real. Muito provavelmente, o próprio rei teria sido o primeiro pretor. A melhor explicação disponível em fontes antigas está em De Legibus, de Cícero, obra na qual ele propôs leis ideais baseadas na teoria constitucional romana.
Lívio explica que, em 366 a.C., o pretorado foi criado para liberar os cônsules de suas funções judiciais. O pretor seria um juiz supremo e pares dos cônsules; era eleito pelo mesmo eleitorado (a Assembleia das centúrias) e assumia suas funções no mesmo dia com o mesmo juramento. Até 337 a.C., os pretores eram escolhidos apenas entre os patrícios e, neste ano, foi eleito o primeiro pretor plebeu, Quinto Publílio Filão.
Em 246 a.C., o Senado Romano criou um segundo pretor, por duas razões: dividir a carga de trabalho judicial do pretor e prover à República um magistrado com poder de imperium, que podia alistar e comandar um exército em caso de emergência, especialmente quando os dois cônsules estavam fora de Roma em campanha.
No Império Romano, Augusto promoveu mudanças com objetivo de reduzir o pretor a um administrador imperial e não mais um magistrado. O corpo eleitoral foi alterado para o Senado, que passou a ser um instrumento de ratificação do poder imperial. De forma simplificada, o estabelecimento do principado pode ser visto como a restauração da monarquia com um nome diferente e, por isto, o imperador assumiu de volta todos os poderes antes detidos pelos reis de Roma, mas utilizava das instituições republicanas para exercê-los. Como exemplo, o imperador presidia a mais alta corte de apelação romana.

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