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VIDA ADULTA A definição de idade adulta legal no Brasil é de 18 anos, onde a pessoa é considerada adulta e responsável por seus próprios atos. Porém, aos 16 anos, os jovens no Brasil já podem votar O plenário do STF decidiu que a idade mínima para o trabalho no Brasil é de 16 anos Para a maioria das pessoas leigas, entretanto, três critérios definem a idade adulta: I: Aceitar a responsabilidade por si mesma II: Tomar decisões independentes III: Tornar-se financeiramente independente Utilizando definições sociológicas, as pessoas podem ser consideradas adultas quando são responsáveis por si mesmas ou escolheram uma carreira, casaram -se ou estabelecem um relacionamento afetivo significativo ou iniciaram uma família Vem através da maturidade psicológica, que depende de realizações: Descobrir a própria identidade, tornar-se independente dos pais, desenvolver um sistema de valores e estabelecer relacionamentos. Alguns psicólogos sugerem que a entrada na vida adulta é marcada não por critérios externos, mas por indicadores internos como o sentimento de autonomia, autocontrole e responsabilidade pessoal. Refere mais um estado de espírito do que um evento isolado JOVEM ADULTO: 20 A 40 ANOS SAÚDE Condição física: auge da força e da resistência Mais tecido muscular, mais cálcio nos ossos, melhor acuidade sensorial, maior capacidade aeróbica e sistema imunológico mais eficiente Pouca preocupação com a saúde Principal causa de óbitos são acidentes e contextos de violência Os cinco sentidos básicos, visão, paladar, tato, olfato, audição, atingem seu máximo dos 20 aos 45 anos. Entretanto, já é possível perceber pequenas perdas sensoriais, principalmente auditivas e visuais neste período. De modo geral apresentam boa saúde: poucos sofrem com doenças crônicas, graves ou incapacitantes. Por outro lado, nesta fase, a saúde mental é mais vulnerável As Estatísticas Mostram que a fase da vida onde ocorre maior nº de mortes é a do Adulto Jovem (20 – 40 anos): I: Acidentes automobilísticos II: Violência urbana III: Câncer IV: Doenças cardíacas V: AIDS. ATIVIDADE FÍSICA Adultos fisicamente ativos, mantem o peso corporal ideal, forma músculos, fortalece o coração e os pulmões, diminui a pressão arterial, protege contra doenças cardíacas, AVC, diabete, câncer e osteoporose, redução de liberação de corticoide, impacto na ansiedade e liberação de endorfinas com melhora e ação protetora na depressão e por consequência prolonga a vida TABAGISMO A ligação entre fumar e câncer de pulmão está bem estabelecida. USO E ABUSO DE SUBSTÂNCIAS O marketing das bebidas alcoólicas, cerveja e vinho está ligado a lazer, relaxamento, amizades e boa vida e a um “ser adulto". Cerca de 60% das pessoas de 21 a 39 anos dizem que usam álcool, e os adultos mais jovens tendem a ser os que mais bebem. Quase a metade (46%) das pessoas de 18 a 25 anos, predominantemente jovens do sexo masculino. O abuso de substâncias pode ter riscos à saúde a curto e a longo prazo SAÚDE Os alicerces do funcionamento físico para a vida inteira são estabelecidos na vida adulta. Geneticamente, a saúde pode ser influenciada, além de, também, pelos fatores comportamentais: o que os adultos comem, se eles dormem o suficiente, se são ativos fisicamente e se fumam, bebem ou usam drogas NUTRIÇÃO O ditado "Você é o que come" resume a importância da nutrição para a saúde física e mental. O que as pessoas comem afeta sua aparência, como se sentem e sua probabilidade de ficarem doentes. As pessoas que comem muitas frutas e muitos legumes, os quais aumentam a capacidade antioxidante do sangue, diminuem sua chance de sofrer de doença cardíaca e de câncer. Na verdade, seguir uma dieta à base de verduras - aliada à uma vida ativa, mantendo-se em um peso saudável e abstendo-se de fumar - pode reduzir o risco de câncer em até 70%. NOVOS DESAFIOS Pesquisas mostram que um novo desafio está surgindo para a saúde global: o uso excessivo da internet. Em 2008, as estatísticas indicavam que o uso médio da internet entre os adultos era de 2,7 horas por dia. Em 2017, esse número havia mais do que dobrado, atingindo 5,9 horas por dia (Meeker, 2018). Na Grã-Bretanha, onde as pesquisas mostram que 78% dos adultos usam a internet diariamente (Office for National Statistics, 2015), um estudo indicou que o uso da internet e das mídias sociais causa uma redução do contato humano físico. A queda está associada a dificuldades nas habilidades sociais básicas e reações emocionais apropriadas, assim como pior capacidade de atenção e autocontrole (Paton, 2012). Um estudo sueco analisou o uso de telefones celulares e mostrou que indivíduos com altos níveis de uso do celular relatavam transtornos do sono e sintomas de depressão (Thomee, Harenstam, & Hagberg, 2011). Ambos os estudos indicavam que o risco de fatores de saúde negativos aumentava com o uso de mais de uma hora por dia Muitos adultos emergentes e jovens adultos frequentemente não dormem de forma adequada. Entre estudantes universitários, o estresse da vida familiar, juntamente com o estresse acadêmico, está associado a altos níveis de insônia (Lund et al., 2010). Em um estudo recente de mais de 1.300 alunos de graduação, 47% informaram insônia leve e 22,5% informaram insônia de moderada a grave (Gress-Smith, Roubinov, Andreotti, Compas, & Luecken, 2015). MATURAÇÃO CEREBRAL Aproximadamente dos 20 a 25 anos, o cérebro forma novos neurônios, sinapses e conexões dendríticas, e as regiões corticais do cérebro que cuidam do pensamento de nível superior tornam-se totalmente mielinizadas Um ambiente rico e estimulante pode impulsionar o desenvolvimento de conexões corticais mais espessas e mais densas. Essas mudanças físicas no cérebro permitem o pensamento mais complexo. Embora quase todos os adultos desenvolvam a capacidade de se tornar pensadores reflexivos, poucos obtêm uma ótima proficiência nessa habilidade, e um número ainda menor sabe aplicá-la consistentemente a vários tipos de problemas. Para muitos adultos, a educação universitária estimula o progresso rumo ao pensamento reflexivo (Fischer & Pruyne, 2003). MATURAÇÃO Parte responsável por mudanças psicológicas, como a crescente capacidade de concentração e resolução de problemas, bem como o entendimento dos pensamentos e sentimentos de outra pessoa MATRIZ MATURACIONAL Herança comum da espécie, conduz todos nós a várias mudanças desenvolvimentais sobre os mesmos aspectos de nossas vidas. DESENVOLVIMENTO NEUROLÓGICO E COGNITIVO Alguns pesquisadores propõem formas de cognição adulta distintas além das operações formais. O pensamento reflexivo enfatiza a lógica complexa; O pensamento pós-formal envolve intuição, tanto quanto emoção. PENSAMENTO REFEXIVO É uma forma complexa de cognição, definida originalmente pelo filósofo e educador americano John Dewey (1910- 1991) como “consideração ativa, persistente e cuidadosa” das informações ou crenças levando em conta as evidências que as sustentam e as conclusões a que elas levam Pensadores reflexivos questionam continuamente os fatos supostos, fazem inferências e conexões. É a capacidade que desenvolvemos de pensar de forma ativa, cuidadosa e autoquestionável PENSAMENTO PÓS-FORMAL O pensamento pós-formal é caracterizado pela capacidade de lidar com inconsistência, contradição e tolerância. A vida é complicada, e algumas pessoas sabem melhor do que as outras como lidar com essa incerteza inerente. Assim, o pensamento pós-formal é, de certa forma, tanto um estilo de personalidade quanto um modo de pensar. O pensamento pós-formal também é relativista. O pensamento imaturo tende a vero mundo como preto e branco: só existe uma resposta certa e uma errada. O pensamento relativista, por outro lado, reconhece que pode haver mais de um ponto de vista válido para cada questão e que o mundo é composto de tons de cinza. Isso permite que os adultos transcendam um único sistema lógico (p. ex., um sistema político e ideológico estabelecido) e conciliem ou escolham entre ideias conflitantes quando cada uma pode ter algum mérito como verdade. As pesquisas encontraram um progresso rumo ao pensamento pós- formal durante o início e a metade da vida adulta É flexível, aberto, adaptativo, faz uso da intuição, da emoção e da lógica De acordo com a teoria triárquica da inteligência de Sternberg, os elementos empíricos e contextuais são particularmente importantes durante a vida adulta. OBS: Nem todos desenvolvem o pensamento reflexivo e o pensamento pós formal CONHECIMENTO TÁCITO “Informação privilegiada”, ou “Perspicácia” que não é formalmente ensinado ou expresso abertamente. O conhecimento tácito é o bom senso sobre como prosseguir – como ganhar uma promoção ou contornar a burocracia. Ele não se correlaciona bem com medidas de capacidade cognitiva geral, mas pode ser um melhor indicador de sucesso gerencial. INTELIGÊNCIA EMOCIONAL Em 1990, dois psicólogos, Peter Salovey e John Mayer (1990), criaram o termo inteligência emocional (IE), que se refere a quatro habilidades relacionadas: as capacidades de perceber, usar, entender e administrar, ou regular, as emoções – nossas e dos outros – a fim de alcançar objetivos. A inteligência emocional permite que uma pessoa utilize as emoções para lidar mais efetivamente com o ambiente social. Ela requer a consciência do tipo de comportamento adequado em uma determinada situação. DESENVOLVIMENTO MORAL À medida que nos desenvolvemos cognitivamente, há a construção da moralidade Kohlberg acredita que através de um processo de socialização interativa, todos os seres humanos chegam à plena consciência moral, autonoma, independentemente da cultura, do grupo social ou país. Esse desenvolvimento desenrola em três níveis, subdivididos em seis estágios e cada um com características próprias de acordo com as Idades. Não se pode pular os estágios, cada um fornece uma prospectiva mais abrangente, e sua ordem é a mesma para todas as pessoas NÍVEL PRÉ-CONVENCIONAL (2 aos 6 anos): Nesse nível, o juízo da ação é feito com base em suas consequências diretas. Não se assimilou as convenções da sociedade sobre o que é certo ou errado, foca- se em consequências externas. As regras morais são externas e precisam ser impostas sobre a criança por uma figura de autoridade PUNIÇÃO E OBEDIÊNCIA (2-4 ANOS) Nesse estágio, um ato é visto como ruim pela criança apenas se ela for punida, e quanto maior for a punição, pior será a percepção que a criança terá sobre o ato praticado HEDONISMO INGÊNUO (4-6 ANOS) Nesse estágio, ainda há o medo da punição, mas a criança também obedece para ser recompensada. Assim, segue regras quando forem de interesse imediato para satisfazer suas necessidades Ela acredita que as boas ações devem ser premiadas e as más ações devem ser punidas. Também, acredita que pode e deve se vingar dos seus desafetos NÍVEL CONVENCIONAL (7 – 11 anos): Há uma aceitação das convenções sociais a respeito do certo e do errado, a criança obedece regras e segue as normas da sociedade. O medo da punição e a busca por recompensas ainda existem, mas o principal medo é o de ser mal visto e mal falado “BOM GAROTO” E “BOA GAROTA” (7-8 ANOS) Nesse estágio, o bom comportamento é aquele que agrada e é aprovado pelos outros. Por outro lado, há também a compreensão de que os fins justificam os meios ORDEM SOCIAL (9-11 ANOS) Nesse estágio, o indivíduo considera que as leis representam a vontade da sociedade. Logo, o certo é o que nelas está expresso e o que é ditado pelas autoridades Seguir a lei é o que mantém a ordem social NÍVEL PÓS CONVENCIONAL (a partir dos 12 anos de idade) Há uma crescente percepção que existem diversas relações entre as pessoas que vivem de acordo com suas noções do certo e do errado. As regras podem ser desobedecidas ou modificadas mediante justificativas. O indivíduo define o certo e o errado com base em uma compreensão mais ampla de justiça, para além do que está escrito nas leis ou do que é ditado por figuras de autoridade. O que é moralmente correto nem sempre é igual ao que é defendido pela lei CONTRATO SOCIAL O indivíduo percebe as leis como instrumentos que tentam cumprir dois objetivos: expressar a vontade da maioria e promover os valores humanos. Quando elas os compre e quando são aplicadas a todos de forma imparcial, são vistas como um contrato social que deve ser seguido por todos Contudo, quando não expressam a vontade da maioria e ferem a dignidade ou os direitos humanos, são vistas como injustas, e desobedece-las é válido CONSCIÊNCIA INDIVIDUAL O indivíduo define o que é certo e o que é errado com base em princípios éticos escolhidos por ele de forma consciente. São princípios universais de justiça que estão além de qualquer contrato social A pessoa é capaz de colocar-se no lugar de todos os envolvidos em uma situação e perceber como cada pessoa seria afetada por uma decisão, chegando, então, a uma solução que possa ser percebida como justa por todos Esse estágio é muito raro, e poucas pessoas o atingem. Porém, deve ser buscado por todos DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL Os traços e os estilos de personalidade tornam-se relativamente estáveis, mas as mudanças de: I: Personalidade podem ser influenciadas pelos estágios e pelos fatos de vida. II: Toma-se decisões sobre os relacionamentos íntimos e os estilos pessoais de vida. III: A maioria das pessoas casa-se e tem filhos ESTÁGIOS DE SCHAIE Schaie propôs sete estágios do desenvolvimento cognitivo relacionado à idade ESTÁGIO AQUISITIVO: INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA As crianças e os adolescentes adquirem informação e habilidades principalmente por seu próprio valor ou como preparação para participação na sociedade. ESTÁGIO REALIZADOR: FINAL DA ADOLESCÊNCIA OU INÍCIO DOS 20 ANOS ATÉ O INÍCIO DOS 30 Os jovens adultos não adquirem mais o conhecimento por seu próprio valor: utilizam o que sabem para atingir metas como carreira profissional e família ESTÁGIO RESPONSÁVEL: FINAL DOS 30 ATÉ INÍCIO DOS 60 As pessoas de meia idade utilizam a mente para resolver problemas práticos associados a responsabilidades com os outros, como os membros da família ou empregados ESTÁGIO EXECUTIVO: DOS 30 OU ATÉ 40 ANOS ATÉ A MEIA IDADE As pessoas no estágio executivo, que pode sobrepor-se aos estágios realizador e responsável, são responsáveis por sistemas sociais (organizações governamentais ou comerciais) ou movimentos sociais. Lidam com relacionamentos complexos em múltiplos níveis. ESTÁGIO REORGANIZATIVO: FINAL DA MEIA IDADE E INÍCIO DA VIDA ADULTA TARDIA As pessoas que entram na aposentadoria reorganizam suas vidas e energias intelectuais em torno de propósitos significativos que ocupem o lugar do trabalho remunerado. ESTÁGIO REINTEGRATIVO: VIDA ADULTA TARDIA Adultos mais velhos podem estar vivenciando mudanças biológicas e cognitivas e tendem a ser mais seletivos em relação às tarefas a que dedicarão esforço. Concentram-se no propósito do que fazem e nas tarefas que têm mais significado para eles. ESTÁGIO DE CRIAÇÃO DE HERANÇA: VELHICE AVANÇADA Próximo do fim da vida, tão logo a reintegração tenha sido concluída (ou juntamente com ela), as pessoas muito idosas podem criar instruções para a distribuição das posses de valor, tomar providências para o funeral, contar histórias oralmente ou escrevera autobiografia como um legado para seus entes queridos. ESTÁGIOS PSICOSSOCIAIS: ERIK ERIKSON Capacidade de se relacionar e de fundir sua identidade com a de outra pessoa, sem temer perder algo de você MATURIDADE PSICOLÓGICA Dentro do padrão de desenvolvimento humano adulto segue uma proposta dentro do esperado para o desenvolvimento. A vida adulta é marcada por indicadores internos como: sentimento de autonomia, Autocontrole, responsabilidade pessoal., Compreendem-se também mais três critérios importantes: aceitar a responsabilidade por si mesma, tomar decisões independentes e tornar-se financeiramente independente CAMINHO PARA A VIDA ADULTA Sem ordem certa I: Ingressar na universidade II: Sair da casa dos pais É impactada pela cultura e pelo nível financeiro III: Casar-se e ter filhos RELACIONAMENTOS SOCIAIS Profundas mudanças e redefinições nos relacionamentos pessoais; Vínculos consolidados com base na amizade, no amor, na sexualidade e no trabalho; Grupo mais restrito – pautado em afinidades de valores e filosofia de vida; Vida acadêmica e profissional – ambientes mais competitivos e exigentes RELACIONAMENTOS AFETIVOS RELACIONAMENTO AMOROSO Construção de intimidade emocional e física Proximidade afetuosa e comunicativa Revelações compartilhadas Mútua aceitação e respeito OS ALICERCES DOS RELACIONAMENTOS ÍNTIMOS O início da idade adulta é tipicamente uma época de profundas mudanças nos relacionamentos pessoais no qual as pessoas estabelecem, renegociam ou consolidam laços baseados na amizade, na sexualidade e no amor. Ao assumirem a responsabilidade por si mesmos e ao exercitarem o direito de tomar suas próprias decisões, os jovens adultos precisam redefinir seus relacionamentos com os pais (Mitchell, Wister e Burch, 1989). Amizades ou "paixões" adolescentes podem tornar-se vínculos vitalícios ou desaparecer, para serem substituídas por novos relacionamentos, muitas vezes, com pessoas que conheceram na faculdade ou no trabalho. Segundo Erikson, desenvolver relacionamentos íntimos é a tarefa crucial desse período. Na sociedade altamente móvel de hoje, as amizades podem vir e ir, assim como amantes e parceiros sexuais. Ainda assim, os relacionamentos continuam sendo fundamentais enquanto os jovens adultos decidem se casar, formar parcerias sem se casar, formar parcerias homossexuais, viver sozinhos, ter ou não ter filhos. AMIZADE As amizades durante a idade adulta inicial e plena tendem a se centrar nas atividades de trabalho e de criação dos filhos e no compartilhamento de segredos e conselhos (Hartup e Stevens, 1999). As amizades geralmente se baseiam em interesses e valores mútuos e desenvolvem-se entre pessoas da mesma geração ou na mesma etapa de vida familiar, que validam as crenças e o comportamento uma das outras (Dykstra, 1995). Jovens solteiros dependem mais das amizades para preencher suas necessidades sociais do que jovens casados ou pais jovens (Carbery e Buhrmester, 1998), mas são os recém- casados que possuem o maior número de amigos Durante a jovem adultez, o número de amigos e o tempo passado com eles diminuem gradualmente, supostamente porque o tempo livre diminui também e as responsabilidades para com os outros aumentam. Por exemplo, ter um filho está associado com uma diminuição acentuada no tamanho da rede de amizades. Mas os amigos continuam a ser importantes. Pessoas que têm amigos tendem a ter uma sensação de bem- estar, ainda que não esteja claro se a amizade causa o bem-estar ou se pessoas que se sentem bem consigo mesmas têm mais facilidade para fazer amigos VIDA SEXUAL Geralmente, nesta idade as pessoas já têm uma vida sexual ativa. Houve uma mudança histórica em relação as atitudes em relação ao sexo pré-conjugal. Entre 1965 e 1994, a desaprovação do sexo antes do casamento caiu de 63% para 30% entre os homens e de 80% para 44% entre as mulheres (Scott, 1998). VIDA AFETIVA E COMPORTAMENTO Na fase de adultos jovens, inicia-se em geral, o processo de decisões sobre relacionamentos íntimos e estilos de vida. A maioria das pessoas se casa e tem filhos. VIDA CONJUGAL/NÃO CONJUGAL CASAMENTO Na maioria das sociedades, o casamento é considerado a melhor forma de garantir uma criação ordenada dos filhos. Ele permite uma divisão dos afazeres em uma unidade de consumo e trabalho. Idealmente, ele oferece intimidade, amizade, afeição, realização sexual, companheirismo e oportunidade de crescimento emocional Em 1960, a idade ao primeiro casamento era de 20 anos para as mulheres e 23 anos para os homens. Em 2017, o número havia subido para 28,1 anos para as mulheres e 29,9 anos para os homens (U.S. Census Bureau, 2019). Esse declínio no casamento ocorreu em todas as faixas etárias, mas é mais destacado entre os jovens adultos FATORES DE ÊXITO OU FRACASSO CONJUGAL Um dos fatores mais importantes no êxito conjugal é um senso de compromisso. Em uma amostra nacional de 2.331 pessoas casadas, a dependência entre os parceiros desempenhava um papel no comprometimento com o casamento, mas o fator mais forte era um sentimento de obrigação com o cônjuge (Nock, 1995). O êxito no casamento está intimamente associado com como os parceiros comunicam- se, tomam decisões e lidam com os conflitos (Brubaker, 1983,1993). PATERNIDADE E MATERNIDADE COMO EXPERIÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO O primeiro bebê marca uma transição importante na vida dos pais. Essa nova pessoa, totalmente dependente, muda tanto as pessoas quanto os relacionamentos dos envolvidos. É uma relação de “ganha-ganha”, ou seja, com o desenvolvimento das crianças, os pais também se desenvolvem. Os casais contemporâneos, demonstram uma tendência, a ter menos filhos. do que nas gerações anteriores e a tê-los mais tarde na vida. Os bebês podem beneficiar-se com a facilidade que os pais mais velhos têm para criar os filhos e com sua disposição em investir mais tempo nisso. Embora ter filhos possa inegavelmente satisfazer numerosas necessidades, a pesquisa sugere que poucas pessoas pensam seriamente nos aspectos envolvidos quando decidem tornar-se pais TRABALHO Pesquisas encontraram uma relação entre a complexidade substantiva do trabalho e o crescimento cognitivo, bem como entre o trabalho complexo e atividades de lazer intelectualmente exigentes. Mudanças no local de trabalho exigem educação ou treinamento superior. O ensino superior aumenta muito as oportunidades de trabalho e os salários. A transição para o trabalho poderia ser facilitada por meio de medidas para fortalecer a orientação vocacional e seus elos com o trabalho. IDADE X TRABALHO Em geral, o desempenho aumenta com a idade, pelo menos até a meia- idade, e alguns indivíduos continuam aumentando sua produtividade em idade. As diferenças de idade podem depender de como o desempenho é medido e das demandas de um tipo específico de trabalho. Uma função que exige respostas rápidas tende a ser melhor desempenhada por uma pessoa jovem; uma função que depende de precisão, ritmo constante e julgamento maduro pode ser melhor realizada por uma pessoa mais velha (Forteza e Prieto, 1994; Warr, 1994). Um fator fundamental pode ser a experiência em vez da idade: quando pessoas mais velhas têm melhor desempenho, talvez seja porque estão em uma função ou tenham feito um trabalho semelhante há mais tempo (Warr, 1994). CONCLUSÃO O desenvolvimento de um jovem adulto é influenciado por muitos acontecimentos vivenciados desde a infância até à adolescência. No começo da fase do jovem adulto importantes decisões são tomadas, principalmente sociais e emocionais. Para Levinson e Erikson aos 22 anos o ser humano adquire maior autonomia em relação aos seus pais eentra numa fase de estabilidade, através de um relacionamento afectivo, perspectivado no seu próprio núcleo familiar. Por volta dos 28 anos de idade o jovem adulto entra na fase de transição onde analisa o seu padrão de vida fazendo escolhas pessoais e profissionais. Aos 33 anos é atingido um novo período de estabilidade, o jovem adulto focaliza a sua atenção no desenvolvimento das suas capacidades profissionais aplicando a sua experiência. A transição da juventude para a fase adulta estava condicionada a saída da escola, ingresso no mercado de trabalho, casamento, nascimento dos filhos, compra da casa própria, etc. Ainda seguimos este modelo tradicional, no entanto, não existe um processo linear. Cada indivíduo, através de suas motivações e experiências, tem seu caminho de amadurecimento, que escreve capítulos como inserção no mercado de trabalho, tempo e complexidade dos estudos, casamento, amizades e paternidade/maternidade. Assim como nas demais fases da nossa vida, os adultos são desafiados constantemente a encarar as modificações impostas pelas experiências vivenciadas, escolhas, sucessos e frustrações, em busca de objetivos e momentos de superação. A vida, oferece muitas oportunidades, mas as ferramentas são de cada um