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microbiologia e parasitologia COVID19

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Centro de Formação Profissional
Bom Pastor
Vírus que compromete o sistema respiratório
SARS-CoV-2
(COVID-19)
Turma:48
Barra Mansa
2021
CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISIONAL 
BOM PASTOR
 
Vírus que compromete o sistema respiratório
SARS-CoV-2
(COVID-19)
Lessana de Paula da Silva
Rafaela de Souza Rabelo
Carlos Daniel R. Barroso
Geovanna Ramos Castilho
Lilian de Souza de Oliveira
Laisa Victória liano da Silva 
Sandra Perusso dos Santos Conceição
Disciplina: Microbiologia e parasitologia 
Professor: Luciana
Turma:48
BARRA MANSA
2021 
A COVID-19 é uma doença causada por um vírus da família do coronavírus, o SARS-CoV-2. Esse vírus, assim como outros dessa família, é capaz de provocar infecções que afetam o sistema respiratório.
Os primeiros casos da doença ficaram conhecidos no final de 2019, quando a Organização Mundial da Saúde foi comunicada sobre vários casos de pneumonia, sem causa definida, ocorrendo na cidade de Wuhan, província de Hubei, na China.
No dia 7 de janeiro de 2020, as autoridades identificaram o agente causador da doença.
Rapidamente a COVID-19 espalhou-se por vários locais do planeta, levando a Organização Mundial de Saúde a classificar a doença como uma pandemia. Até às 10:34 h do dia 25 de fevereiro de 2021, haviam 111.999.954 casos confirmados de COVID-19, incluindo 2.486.679 mortes, e notificados à OMS.
Como a COVID-19 é uma doença que afeta o sistema respiratório, seus sintomas estão, principalmente, relacionados a esse sistema, o que a torna semelhante, muitas vezes, a uma gripe ou resfriado. Entre os sintomas mais frequentes, estão a febre, tosse seca e cansaço. Contudo, outros sintomas podem ser observados, como coriza, dor de garganta, perda ou redução do olfato e paladar, dificuldade respiratória, náuseas, vômitos e diarreia.
Vale salientar que algumas pessoas podem ser assintomáticas, ou seja, estarem infectadas, mas não desenvolverem sintomas.
Outras, no entanto, podem ter a doença de maneira grave. Essa última situação ocorre, principalmente, em pessoas idosas e naquelas que possuem outros problemas de saúde, como hipertensão, problemas cardíacos e diabetes. Estima-se que cerca de 20% dos casos de COVID-19 necessitem de atendimento hospitalar devido à dificuldade respiratória, deles, cerca de 5% necessitam de suporte ventilatório.
A COVID-19 pode ser transmitida de uma pessoa para outra por meio de gotículas respiratórias eliminadas pelo doente ao falar, espirrar ou tossir. Essas gotículas podem também contaminar superfícies, assim, uma pessoa pode adquirir a infecção ao tocar nessas superfícies contaminadas, pois corre o risco de transferir o vírus para os olhos, nariz ou boca. É por isso que devemos manter uma distância de, pelo menos, 2 metros de outras pessoas e não tocar nos olhos, nariz ou boca com as mãos sem que elas tenham recebido a devida higienização.
Vale salientar que não se sabe ao certo quanto tempo o vírus sobrevive em uma superfície, no entanto, o SARS-CoV-2 parece se comportar como outros coronavírus. Isso significa que ele pode permanecer vários dias sobre superfícies, sendo esse tempo variável a depender das características do ambiente e da superfície em que ele se encontra. Sendo assim, é importante higienizar lugares e objetos que são tocados com frequência, tais como maçanetas, celulares, brinquedos e computadores.
Ao entrar no corpo humano, o vírus se multiplica dentro do nosso nariz e outras partes do sistema respiratório de forma despercebida. Essa fase é chamada de pré-sintomática ou de incubação. Nela, apesar de ainda não haver sintomas, indivíduos contaminados são capazes de infectar outras pessoas.
Com o passar dos dias, o coronavírus se espalha e o corpo reage a essa invasão. Nesse período podem surgir os primeiros sintomas, — febre, nariz escorrendo (coriza), dor de garganta e tosse, muito semelhantes a um resfriado comum. Mesmo nessa fase, algumas pessoas não desenvolvem nenhum sintoma da infecção: são os chamados casos assintomáticos
Na maior parte das vezes, o sistema imune consegue combater o vírus de forma eficaz. Por isso, a maioria das pessoas apresenta apenas sintomas leves e recuperam-se após alguns dias.
Entretanto, em alguns casos, o vírus consegue chegar aos pulmões provocando sintomas graves, como falta de ar e, consequentemente, menor oxigenação dos órgãos do nosso corpo. Tudo isso pode ser fatal.
No pulmão, o vírus inicia uma inflamação grave, que ataca principalmente os alvéolos. Os alvéolos são pequenos sacos de ar que ficam dentro dos pulmões e são responsáveis pela troca gasosa, ou seja, levam oxigênio ao sangue. O nosso corpo reconhece o vírus como uma ameaça e inicia o processo de combate a esse microrganismo, chamado de inflamação.
A inflamação nos alvéolos leva ao preenchimento desses sacos de ar com líquido, prejudicando a troca gasosa. Assim, nosso sangue não recebe oxigênio suficiente. Além disso, não consegue eliminar o gás carbônico, que é tóxico em grandes quantidades. Tudo isso causa a falta de ar. Nesse estágio, são necessários cuidados médicos imediatos.
Além disso, a inflamação no pulmão também o fragiliza, favorecendo a entrada de bactérias. Dessa forma, duas doenças podem se sobrepor: a covid-19, causada por um vírus, e uma pneumonia causada por bactéria, piorando ainda mais o quadro.
Para se replicar, o coronavírus precisa 'sequestrar' uma célula. Graças às proteínas em forma de lança que se projetam de sua superfície, o coronavírus pode penetrar na membrana dessas células. "E uma vez dentro da célula, como os outros vírus, ele começa a dar ordem para produzir mais vírus". É assim que o vírus deve se replicar, pois, sendo um agente infeccioso microscópico acelular, só pode se multiplicar dentro das células de outros organismos. Quando as cópias estão prontas, elas deixam a célula onde se originaram, a destroem e começam a infectar outras células. Cada vírus pode criar entre 10 mil e 100 mil cópias. "Quando isso ocorre, o corpo percebe que o vírus está lá e produz uma resposta inflamatória para tentar combatê-lo.
Alguns sintomas como cansaço excessivo, fraqueza, dor muscular, tosse ou perda do olfato ou paladar podem permanecer por mais de 12 semanas, após a recuperação da doença causada pela COVID-19.
No entanto, algumas sequelas que podem envolver outros órgãos e sistemas do corpo têm sido relatadas por pessoas que tiveram a infecção pela COVID-19, e incluem:
· Sistema cardiovascular: inflamação do miocárdio, insuficiência cardíaca, inflamação na membrana que reveste o coração, doença coronariana aguda, arritmias cardíacas, infarto ou aumento da coagulação do sangue;
· Sistema respiratório: enrijecimento do pulmão, chamada de fibrose pulmonar, que pode causar dificuldade respiratória ou má circulação sanguínea;
· Sistema renal: insuficiência renal aguda, caracterizada pela diminuição da função dos rins;
· Sistema neurológicos: perda do paladar e olfato, dor de cabeça, ansiedade, depressão , insônia, inflamação no cérebro, AVC, trombose venosa cerebral, hemorragia cerebral, confusão, delírio, tontura, convulsões, síndrome de Guillain-Barré, doença de Parkinson ou síndrome de Miller Fisher;
· Sistema dermatológico: formação de bolhas, coceira ou inchaço na pele, ou alopécia, que é a perda de cabelo;
· Sistema gastrointestinal: perda do apetite, náusea, refluxo gastroesofágico, diarréia, dor ou inchaço abdominal, ou fezes com sangue;
· Sistema oftalmológico: conjuntivite, ceratoconjuntivite ou conjuntivite hemorrágica, vermelhidão da pálpebra, obstrução dos vasos sanguíneos da retina ou inflamação do nervo óptico;
· Sistema endócrino: inflamação na tireóide, hiperglicemia em pessoas diabéticas, aumento da resistência à insulina ou desenvolvimento de diabetes tipo 1.
A COVID-19 é diagnosticada por meio da análise dos sintomas do paciente bem como pela realização de exames laboratoriais e de imagem.
A doença é suspeitada quando o indivíduo apresenta associação de sintomas como febre, sintomas respiratórios (como tosse edificuldade respiratória), perda ou diminuição do olfato ou do paladar, diarreia, náusea e vômitos.
O paciente suspeito de COVID-19 deverá realizar exames laboratoriais para a confirmação do diagnóstico. Entre os exames que podem ser solicitados, estão o de biologia molecular (PCR) e o imunológico, que detecta a presença de anticorpos nas amostras de sangue.
A COVID-19, até o momento, não apresenta tratamento específico, assim como a maioria das doenças virais. A recomendação é o repouso e hidratação nos casos leves da doença. Os sintomas, como febre e dor, são tratados com uso de medicamentos antitérmicos e analgésicos. Alguns medicamentos já existentes foram testados a fim de se curar a COVID-19, entretanto, nenhum se mostrou eficaz na cura da doença. Apesar da falta de evidências científicas, alguns medicamentos continuam sendo utilizados, o que gera muita discussão entre os especialistas.
Os casos graves da doença requerem internação, sendo esta, muitas vezes, em Unidade de Terapia Intensiva. A internação está relacionada, geralmente, com quadros de dificuldade respiratória, quando se faz necessário o uso de ventilação mecânica.
Com o início da pandemia e o aumento de mortes em decorrência da COVID-19, iniciou-se uma busca mundial por uma vacina eficiente que conseguisse barrar o avanço da doença. Em todo o mundo, várias indústrias farmacêuticas iniciaram pesquisas e o desenvolvimento das vacinas. Atualmente, algumas vacinas já estão liberadas para uso emergencial ou definitivo, e outras estão em fase de testes.
No Brasil, a campanha de vacinação iniciou-se em janeiro de 2021. A primeira pessoa a ser vacinada foi uma enfermeira intensivista do hospital paulista Emílio Ribas, chamada Mônica Calazans. A vacina administrada na enfermeira foi a CoronaVac, produzida em uma parceria entre o Instituto Butantan e biofarmacêutica chinesa Sinovac.
Durante a pandemia de COVID-19, observou-se o surgimento de variantes do vírus SARS-CoV-2. O surgimento dessas variantes causou uma séria preocupação: as vacinas desenvolvidas até o momento serão eficientes?
Algumas vacinas apresentaram resultados mostrando que sua eficácia foi reduzida, entretanto, ainda são capazes de garantir certa proteção contra a doença. Outras empresas não divulgaram resultados.
Isso tudo nos mostra a necessidade de que a população seja vacinada rapidamente, a fim de evitar que novas mutações surjam e que as vacinas se tornem cada vez menos eficazes. Apenas com a diminuição da circulação do SARS-CoV-2, seremos capazes de reduzir as mutações.
A COVID-19 é uma doença grave e potencialmente fatal, sendo assim, é fundamental prevenir-se dela e evitar sua transmissão para outras pessoas. Veja, a seguir, algumas dicas importantes para a prevenção e o controle da COVID-19:
· Lave as mãos frequentemente com água e sabão ou faça higienização utilizando álcool em gel 70%.
· Evite tocar olhos, nariz e boca com as mãos sem a devida higienização.
· Mantenha distância de, pelo menos, 2 metros de outras pessoas.
· Evite abraços, beijos e apertos de mão.
· Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos e toalhas.
· Limpe objetos que são utilizados com frequência, como celulares e brinquedos de crianças.
· Ao tossir ou espirrar, utilize lenço ou a parte interna do cotovelo para cobrir o nariz e a boca.
· Se não estiver se sentindo bem, permaneça em casa, e, em caso de febre, tosse e dificuldade para respirar, procure um médico.
· Mantenha os ambientes ventilados e limpos.
· Utilize máscara em todos os lugares que tiver contato com outras pessoas fora do seu convívio diário. As máscaras caseiras de tecido não são consideradas um equipamento de proteção individual (EPI), entretanto, são uma boa forma de impedir a disseminação da doença, pois funcionam como barreira física, reduzindo a quantidade de gotículas eliminadas no ambiente.
Se você apresentou algum dos sintomas descritos neste artigo, procure imediatamente uma unidade de saúde, seja um posto, UPA ou hospital..
Após passar pela triagem do profissional de saúde, você receberá as orientações e prescrição dos medicamentos que deverá usar. É importante seguir as recomendações médicas e manter o profissional sempre informado da evolução dos sintomas durante o tratamento.
O Ministério da Saúde orienta, ainda, que você tome cuidados em casa, utilizando máscara, higienizando as mãos e o ambiente, separando toalhas de banho, garfos, facas, colheres, copos e outros objetos apenas para seu uso e não compartilhando sofás, cadeiras e camas com outras pessoas da casa.

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