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Emanuelle Ferreira 
 
ELETROCARDIOGRAMA I 
PRINCÍPIOS BÁSICOS 
• O coração tem capacidade de gerar energia, 
assim como uma pilha 
• Despolarização -> processo para geração de 
potencial elétrico 
• Repouso: carga positiva predomina no meio 
extracelular 
- Na despolarização inverte 
• Vai de -90 a perto de 0 
• Processo muito rápido -> a cada batida 
• Processo de recarregar a célula = 
repolarização 
 
FASES DE DESPOLARIZAÇÃO 
• Fase 0: corresponde a despolarização da célula, ocorrendo grande influxo de íons de sódio para o 
interior da célula. Como o sódio tem carga positiva, ocorre rápida positivação da voltagem no 
interior da célula cardíaca -> alteração abrupta do potencial 
• Fase 1: interrupção da entrada de sódio, inicia-se a saída de íons potássio, como esses possuem 
carga positiva e estão deixando a célula, a voltagem no interior fica um pouco menos positiva. 
• Fase 2: inicia-se a entrada de íons cálcio ao mesmo 
tempo em que saem íons potássio, neste caso o 
potencial pouco se alterada pois há entrada e saída 
de íons positivos -> estado de platô 
• Fase 3: acaba a entrada de cálcio, segue a saída de 
potássio, a voltagem segue diminuindo até o nível 
basal (-90mV). 
• Fase 4: ao voltar para a voltagem basal, inicia-se 
esta fase que irá durar até a próxima despolarização 
Emanuelle Ferreira 
 
PROPRIEDADES DAS CÉLULAS CARDÍACAS 
Cada grupo de célula tem especialidade em uma função dessas 
• AUTOMATISMO (cronotropismo): Capacidade de iniciar impulso elétrico de maneira espontânea 
- Geralmente a causa da maioria das arritmias 
• CONDUTIBILIDADE (dromotropismo): Capacidade das células de transmitir o impulso elétrico para 
células adjacentes 
• ESCITABILIDADE (batmotropismo): Capacidade das células responder a certos estímulos elétricos, 
químicos ou mecânicos, ou seja, a célula também sofre influência de fatores externos (SNA, 
alterações eletrolíticas, PH, hipóxia, etc...) 
• CONTRATILIDADE (ionotropismo): Capacidade que a célula tem de encurtar suas fibras em reposta 
a um estímulo 
ESTÍMULO ELÉTRICO CARDÍACO 
• Inicia no nó sinusal -> primeiro 
marca-passo do coração 
- Despolariza 50 a 220 batimentos 
por minuto 
• Estímulo percorre vias intra-
atriais e depois vai para o nó AV 
que também é um marca-passo, 
mas é menos eficiente em gerar o estímulo 
- Retarda a condução para o 
ventrículo para que contraiam em 
momentos diferentes e permita o 
esvaziamento do átrio 
- Diferença de 1/5 de segundo 
- Consegue segurar fibrilações atriais 
• Feixe de His -> ramos esquerdo e 
direito -> rede de Purkinje 
• O primeiro vetor de despolarização 
em direção ao septo IV, o segundo 
em direção ao ápice e o terceiro em 
direção a lateral -> a soma dos 
vetores direciona sempre a maior energia para o ápice 
 
 
Emanuelle Ferreira 
 
 
ELETROCARDIOGRAMA 
• É um exame que possibilita registrar as variações extracelulares do potencial elétrico das células 
cardíacas. 
• Célula cardíaca tem potencial de repouso de -90mV resultante do equilíbrio dinâmico entre as 
forças do gradiente químico (há mais K e Na no interior e mais Ca no exterior da célula) 
• O profissional responsável posiciona eletrodos que irão registrar as atividades elétricas a partir de 
um “ponto de vista” específico 
• O ECG funciona como se “câmeras” fossem posicionadas em volta do coração em locais pré-
determinados e estas registram os impulsos elétricos que se aproximam ou se afastam de cada 
eletrodo 
• Essas “câmeras” são as derivações 
• Quando a inversão da carga elétrica de propaga em direção ao eletrodo temos uma onda positiva, 
quando se afasta temos uma onda negativa (Dr. Willen Einthovem - 1924) 
- Sempre que uma onda se 
aproxima de uma 
derivação fica positiva no 
exame -> tudo que está 
acima da linha mostra 
estímulos positivos que se 
aproximam e o inverso 
para ondas negativas 
- Com apenas três 
eletrodos, podemos inferir que o estímulo está indo da direita para esquerda. Se colocar mais, 
podemos saber se está indo de cima para baixo, para frente ou para trás, etc. 
• Buscamos padrões de normalidade ou anormalidade -> avalia padrões patológicos 
• Ondas não mostram a contração, apenas a despolarização -> apenas registros elétricos 
PADRONIZAÇÃO 
• No papel de ECG, as linhas claras circunscrevem pequenos quadrados de 1 x 1 mm 
• As linhas escuras circunscrevem grandes quadrados de 5 x 5 mm 
• 1 quadrado grande é composto por 5 pequenos de largura e 5 pequenos de altura 
• O eixo horizontal mede o tempo -> 
- 1 pequeno quadrado = 0,04 
segundo 
- 1 grande quadrado = 0,2 segundo 
(5x maior) 
- 1s = 5 quadrados grandes 
• O eixo 
vertical mede a voltagem -> 
- 1 pequeno = 0,1 mV 
- 1 quadrado grande = 0,5 mV 
- 10 quadrados pequenos ou 2 quadrados grandes = 1mV -> essa amplitude 
é considerada padrão ou N 
• Se 1mV corresponder ao dobro da amplitude normal, ou seja, se 20 
quadradinhos forem equivalentes a 1mV, dizemos que a amplitude é 2N 
Emanuelle Ferreira 
 
COMO CONFIRMAR A PADRONIZAÇÃO 
• Devemos procurar o retângulo que sempre está nas laterais direita do ECG 
- Ele deve ter 10 quadradinhos de altura e 5 de largura 
 
• Se configurar um ECG para amplitude 2N, a amplitude QRS poderá ficar maior e muitas vezes 
confundir com um diagnostico de sobrecarga de ventrículo esquerdo 
NORMAL x 2N 
 
ONDAS P, QRS, T 
• Como qualquer onda, as do eletro possuem três 
características principais: 
- Duração: medida em fração de segundos 
- Amplitude: medida em milivolts (mV) 
- Configuração: um critério mais subjetivo que se 
refere à forma e ao aspecto de uma onda 
• O registro elétrico do coração é composto pelas seguintes atividades: 
1. Despolarização dos átrios (primeiro direito, depois esquerdo) = ONDA P 
2. Intervalo átrio-ventricular = INTERVALO PR -> normalmente dura de 0,12 a 0,20 segundos 
(de 3 a 5 mm no papel do ECG) 
3. Despolarização dos ventrículos = COMPLEXO QRS 
4. Repolarização dos átrios = não é vista em situações normais de repouso 
Emanuelle Ferreira 
 
5. Repolarização dos ventrículos = SEGMENTO ST (horizontal ou levemente ascendente em 
todas as derivações) e ONDA T 
 
• Onda P -> Geralmente é mais arredondada 
- A primeira parte da onda P representa, predominantemente, a despolarização do átrio direito e 
a segunda parte representa a despolarização do átrio esquerdo 
• Intervalo PR -> atraso provocado pelo nó AV -> no eletro avaliamos a variação desse intervalo 
- Mostra o intervalo entre a despolarização do nó sinusal e o início da despolarização do nó AV 
• Complexo QRS -> 
- Q é sempre a primeira onda negativa 
- R é a primeira onda positiv 
- S é a segunda onda negativa após 
o R 
- Algumas situações podem dar 
uma segunda onda positiva, sendo 
chamada R’ – (lê-se erre linha) 
- A maior parte do que vemos no 
ECG representa a ativação 
ventricular esquerda, porque 
a massa muscular do 
ventrículo esquerdo é cerca 
de três vezes maior do que a 
do ventrículo direito 
• Segmento ST -> linha de 
base fica isoelétrica 
• Onda T -> sempre da 
mesma polaridade no 
complexo QRS 
• IMAGEMS COM OS 
PADRÕES DO COMPLEXO QRS 
 
 
 
Emanuelle Ferreira 
 
CONFIGURAÇÃO DOS ELETRODOS 
• O ECG conta com 12 derivações principais 
• 6 periféricas (D1, D2, D3, aVR, aVL e aVF) -> são usados 
4 eletrodos -> dois eletrodos são colocados nos braços 
e dois nas pernas. Eles fornecem as bases para as seis 
derivações dos membros 
• 6 precordiais (V1, V2, V3, V4, V5, V6) -> são usados 6 
eletrodos no tórax 
• As derivações periféricas verificam se o estímulo 
elétrico vai para cima ou para baixo e para a esquerda 
ou para direita, mas não se anterior ou 
posteriormente 
• As derivações precordiais enxergam se o estímulo vai 
para frente e para trás, para a esquerda e para a direita, mas não se superior ou inferiormente 
• Em casos que necessite derivações posteriores, podem ser usadas V7, V8, etc. (geralmente com 
os cabos de V5 e V6) 
- V7: 5º EIC na linha axilar posterior 
- V8: 5º EIC na linha hemi-escapular• Ideal sempre fazer o eletro no mesmo padrão 
• V1 e V2 -> septo 
• V3 e V4 -> parede anterior do ventrículo esquerdo 
• V5 e V6 -> parede lateral do VE 
 
 
 
Emanuelle Ferreira 
 
 
TEORIA DOS VETORES 
• Se o caminho do estímulo está certo, a soma dos vetores sempre respeita esse sentido 
• As derivações formam um plano frontal e um plano horizontal 
 
PLANO FRONTAL 
• As seis derivações periféricas formam esse plano 
• O triângulo de Einthoven foi criado a partir dessas derivações: 
- D1 grava o potencial de ação entre o braço direito e o braço esquerdo 
- D2 entre o braço direito e a perna esquerda 
- D3 entre o braço esquerdo e a perna esquerda 
 
Emanuelle Ferreira 
 
• Ângulos de orientação: 
- D1 = 0º 
- D2 = 60º 
- D3 = 120º 
- aVR = -150º 
- aVL = -30º 
- avF = 90º 
• avR -> sempre negativo pois é o sentido contrário do estímulo 
• avF -> precisa estar positiva 
• Positivo em D1 = estímulo indo da direita para esquerda 
• As derivações II, III e aVF são chamadas derivações inferiores porque elas veem de maneira mais 
eficaz a superfície inferior do coração 
• As derivações I e aVL frequentemente são chamadas de derivações laterais esquerdas porque elas 
têm a melhor vista da parede lateral esquerda do coração 
• A derivação aVR é a única derivação do lado direito verdadeira 
PLANO HORIZONTAL 
• As derivações precordiais definem um plano 
horizontal ou transverso e veem forças elétricas se 
movendo anterior e posteriormente 
• V1 fica diretamente sobre o ventrículo direito 
• V2 e V3, sobre o septo interventricular 
• V4, sobre o ápice do ventrículo esquerdo 
• V5 e V6, sobre a lateral do ventrículo esquerdo 
 
 
ONDA P 
• ONDA P = despolarização dos átrios 
• Vetor aponta da direita para a esquerda e 
discretamente para baixo 
- Positiva em D1 e aVL (lateral-esquerda) 
- Positiva em D2 e aVF (inferior) 
- Negativa em aVR (direita) 
- Eixo de despolarização da onda P (SÂP) entre 0 e 
90º 
Emanuelle Ferreira 
 
• A derivação III é a derivação inferior mais à direita (orientação de +120) e, fica quase 
perpendicular à corrente atrial - registra uma onda P bifásica 
• No plano horizontal: 
- V5 e V6 (letarais-esquerdas) -> positiva 
- V1, que fica sobre o ventrículo direito, é 
orientada perpendicularmente = onda bifásica 
- V2 a V4 são variáveis 
• A amplitude da onda P geralmente é mais 
positiva na derivação II e mais negativa na 
derivação aVR 
COMPLEXO QRS 
• COMPLEXO QRS = despolarização dos ventrículos 
- Predominantemente positiva em D1 e aVF 
- SÂQRS = 0 e 90º (pode ser de -30 até 90-> nesses casos pode acontecer de aparecer avF negativo 
e está normal) 
ONDA Q 
• O septo interventricular é o primeiro a se despolarizar e o 
faz da esquerda para a direita 
• A despolarização septal nem sempre é visível no ECG, mas, 
quando é visível, inscreve uma pequena deflexão negativa 
• Pode ser vista nas derivações I, aVL, V5 e V6. Às vezes, 
pequenas ondas Q também podem ser vistas nas derivações 
inferiores e em V3 e V4 
 
RESTANTE DO COMPLEXO 
• Como a massa do ventrículo esquerdo é muito 
maior que a do direito, ele predomina na onda 
e forma um vetor predominante para esquerda 
• Grandes deflexões positivas (ondas R) podem 
ser vistas nas derivações laterais esquerdas e 
inferiores 
• A derivação aVR, que fica à direita, registra uma 
deflexão negativa profunda (onda S) 
• O complexo QRS é bifásico na derivação III 
• Plano horizontal: 
- V1 que fica sobre o ventrículo direito, 
geralmente registra ondas S profundas, já que a 
corrente está se movendo para a esquerda 
(longe dela) 
- V5 e V6, que ficam sobre o ventrículo esquerdo, registram ondas R positivas altas 
- V3 e V4 -> onda bifásica, ou seja, uma onda R e uma onda S de amplitude quase igual 
 
Emanuelle Ferreira 
 
• Progressão da onda R -> derivação V1 tem 
a menor onda R e V5, a maior 
 
 
 
 
 
ONDA T 
• Repolarização ventricular 
• É típico e normal encontrar ondas T positivas 
nas mesmas derivações que têm ondas R altas 
 
 
DESVIO DE EIXO OLHANDO QRS 
 
Emanuelle Ferreira 
 
ROTEIRO PARA INTERPRETAÇÃO DO ECG 
• 12 passos de análise -> Onda P (4 itens), QRS (4 itens) e T (3 itens) 
 
 
1º PASSO – IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE E PADRONIZAÇÃO 
• Aparece na parte de cima do ECG 
• Identificar nome, idade e sexo do paciente 
• A padronização precisa estar correta também. Normalmente, a velocidade precisa ser de 25 mm/s 
e amplitude N (essa informação aparece na parte de cima ou de baixo do ECG) 
• Vale a pena conferir ainda se houve qualidade técnica (se o traçado está bom e se os eletrodos 
foram posicionados corretamente) 
2º PASSO – ONDA P (RITMO) 
• Definir se o ritmo é sinusal ou não 
• Onda P positiva nas derivações D1 e AVF (consequentemente em D2), sempre de mesma 
morfologia e com a mesma orientação, precedendo os complexos QRS = RITMO SINUSAL 
• Diferente disso não é sinusal 
3º PASSO – ONDA P (FREQUÊNCIA 
CARDÍACA) 
• Dividir 1500 pelo número de 
quadradinhos entre os picos de 2 
complexos QRS 
• Dividir 300 pelo número de 
quadradões entre os picos de 2 
complexos QRS 
Emanuelle Ferreira 
 
• Se o intervalo entre os QRS for IRREGULAR, contar o número de complexos QRS na deviração D2 
LONGA e multiplicar por 6 
 
4º PASSO – ONDA P (SOBRECARGAS ATRIAIS) 
• Características normais: avaliar em D2 e V1 
- D2: duração normal é de 80 a 110 mms (2 a 3 quadradinhos) e não pode ultrapassar 2,5 mm de 
amplitude (dois quadradinhos e meio) -> mais que isso seria sinal de sobrecarga atrial direita 
- V1: não pode ultrapassar 1,5 mm de amplitude em sua porção positiva e 1 mm de amplitude em 
sua porção negativa (sobrecarga atrial direita e 
esquerda respectivamente) 
SAE -> sobrecarga atrial esquerda 
• Onda bífida em D2 e mais prolongada (duração > 110 
ms) 
• Componente final negativo em V1 com mais de 40 ms 
de duração (índice de Morris) ou >1mm de amplitude 
 
 
 
SAD -> sobrecarga atrial direita 
• Pontiaguda em DII, DIII e AVF (amplitude > 2,5 mm) 
• Amplitude > 1,5 mm em sua primeira porção de V1 
• Imagem ao lado -> onda P maior que QRS 
 
ARRITMIAS SINUSAIS 
• O que fugir dos critérios de ritmo sinusal pode ser caracterizado como uma arritmia sinusal 
• Variação exacerbada entre dois intervalos PP (intervalo entre o início de onda P de dois 
batimentos consecutivos) -> valores >120 a 160 ms 
• No caso abaixo a variação é de 400 ms -> arritmia sinusal 
Emanuelle Ferreira 
 
 
5º PASSO – ONDA P (INTERVALO PR) 
• Medido da onda P até o início do complexo QRS -> intervalo entre a 
despolarização das células do nó sinusal e o início da despolarização 
do miocárdio ventricular 
• Intervalo normal -> 120 a 200ms (3 a 5 mm ou quadradinhos) 
• Mais curto em crianças ou com o aumento da frequência cardíaca 
• Em idosos ou pacientes com bradicardia, o intervalo PR é 
naturalmente mais longo 
• Redução do intervalo fora das condições normais -> RITMO ECTÓPICO ATRIAL (taquiarritmia atrial 
uni ou multifocal) ou PRÉ-EXCITAÇÃO (síndrome de wolff-Parkinson-White) 
- Essa síndrome conta com defeito no esqueleto fibroso que está permitindo a passagem do 
estímulo elétrico do átrio para o ventrículo, uma via acessória 
 
• Aumento do intervalo fora das condições normais -> bloqueio atrioventricular (BAV) de 1º grau 
(onda P colada na onda T na imagem) 
 
Emanuelle Ferreira 
 
6º E 7º PASSO – COMPLEXO QRS (ORIENTAÇÃO E DURAÇÃO) 
• Avaliar DURAÇÃO (estreito ou largo), AMPLITUDE 
(sobrecarga de VE ou sobrecarga de VD), 
MORFOLOGIA (bloqueios de ramo, áreas inativas), 
ORIENTAÇÃO (eixo) 
• Orientação -> definir o eixo 
- Normal entre -30 e 90 (entre aVL e avF) 
- Além de -30 = desvio à esquerda 
- Além de 90 = desvio à direita 
• No plano horizontal -> normal quando orientado 
para trás (V1 negativo) 
PRINCIPAIS MORFOLOGIAS DENTRO DE UM ECG NORMAL 
 
EXEMPLO DE ECG COM EIXO -30 
 
 
 
 
 
D1 positivo 
D2 isoelétrico 
D3 negativo (indo para lado oposto) 
avL com maior amplitude positiva (indo em direçãoa avL que 
fica em -30) 
avF negativo (fora do quadrante 0/90) 
 
 
 
 
Emanuelle Ferreira 
 
DURAÇÃO 
• O complexo dura normalmente de 80 a 100 ms, e não deve ultrapassar 120 ms (três 
quadradinhos) 
• Aumento da duração -> atraso na condução dos ventrículos, seja por uma doença miocárdica ou 
por bloqueio de ramo 
BLOQUEIOS DE RAMO 
• Bloqueio de condução no ramo esquerdo ou direito 
• O bloqueio de ramo é diagnosticado olhando a largura e a configuração dos complexos QRS 
• O sistema de condução compreende o feixo de His, seu ramo direito e seu ramo esquerdo com 
suas três divisões (ântero-superior, póstero-inferior e ântero medial) 
 
BLOQUEIO DE RAMO DIREITO 
• Modificações mais marcantes 
na porção final do complexo 
QRS 
1. Duração maior que 3 
quadradinhos 
2. Positivo em V1 
3. Ondas S lentas (profunda 
em V6) 
• Segunda onda R, chamada R’, 
nas derivações V1 e V2. Todo o 
complexo é chamado RSR’ (R-S-
R linha) e seu aspecto tem sido 
comparado a orelhas de coelho 
 
 
 
 
Emanuelle Ferreira 
 
 
BLOQUEIO COMPLETO DO RAMO ESQUERDO 
• Despolarização 
alterada desde a 
porção inicial 
• Onda S profunda em 
V1 (negativo em V1) 
• Onda R alargada 
com entalhes em 
DI/AVL/V5/V6. 
Também chamado 
de “QRS EM TORRE” 
 
 
 
 
Emanuelle Ferreira 
 
BLOQUEIOS DIVISIONAIS 
• A característica marcante aqui é o desvio do eixo 
• NÃO HÁ QRS >0,11seg 
 
 
 
 
 
 
BRD + BDAS = Pensar em doença de 
chagas 
 
 
 
 
 
 
 
Emanuelle Ferreira 
 
8º PASSO – COMPLEXO QRS (SOBRECARGAS VENTRICULARES) 
• Amplitude normal: o complexo deve ter pelo menos 5 mm em pelo menos uma derivação do 
plano frontal e 8 mm em pelo menos uma derivação do plano horizontal 
SOBRECRAGA VENTRICULAR ESQUERDA 
• Vários índices utilizados para avaliar SVE, com diferentes especificidades e sensibilidades 
 
 
 
SOBRECARGA VENTRICULAR DIREITA 
• Desvio de eixo para direita – positiva em D3 (>90º em adultos e >110º em crianças) 
• Desvio de eixo para frente (positivo em V1) 
• Onda S em V5/V6 > ou = 7mm 
• Alterações de repolarização 
 
Emanuelle Ferreira 
 
9º PASSO – COMPLEXO QRS (ÁREAS ELÉTRICAS INATIVAS) 
• Presença de onda Q patológica -> pelo menos 40ms de duração 
(1mm) e apresentar pelo menos de 1/3 da amplitude do QRS, em duas 
derivações vizinhas 
• Didaticamente, o diagnóstico 
topográfico pode ser definido da 
seguinte forma: 
- Parede anterior: V1 a V2 = septal 
V1 a V4 = anterior 
V1 a V6 = anterior extenso 
V5, V6, D1 e avL = lateral 
- Parede inferior: D2, D3 e avF 
- Parede dorsal: V7 e V8 
- Ventrículo direito: V3R, V4R (derivações direitas) 
• Área inativa não é sinônimo de infarto, mas pode ser sim uma ocorrência prévia de IAM 
• Doenças de depósito (amiloidose, hemocromatose) podem gerar essas áreas 
EXEMPLO DE ÁREA INATIVA INFERIOR 
 
Emanuelle Ferreira 
 
10º PASSO – ONDA T (SEGMENTO ST) 
• Avaliar se há infra ou supra desnivelamento 
• O ponto J é o fim do completo QRS 
- Se inicia o segmento ST, indo até o início da onda T 
• Fase de silêncio elétrico 
• O normal é que o ponto J esteja na mesma linha de base do 
ECG, com margem de erro de 1mm para cima ou para baixo 
• O infra-desnivelamento ao esforço e na presença de dor 
torácica = isquemia miocárdica 
- Hipertrofia de VE, SVE, intoxicação digitálica também pode causar infra 
 
 
 
 
• O supra-desnivelamento pode significar IAM, 
em casos de história sugestiva 
- Outras causas: repolarização precoce, 
hipercalemia, bloqueio de ramo esq., 
pericardite, síndrome de Brugada, etc. 
 
 
• Indicativo de IAM: supra em pelo menos 2 derivações contíguas (com exceção de V2 e V3) 
associado a dor torácica 
11º PASSO – MORFOLOGIA DA ONDA T 
• Representa a repolarizacão ventricular (lembrar que as últimas células que despolarizaram são as 
primeiras que irão sofrer a repolarização) 
• Uma onda T normal é concordante com o QRS (mesma polaridade) e assimétrica (parte 
ascendente mais lenta) 
• Presença de uma onda T apiculada, positiva e simétrica ou inversão de onda T -> sugestivo de 
isquemia miocárdica 
 
Emanuelle Ferreira 
 
Isquemia subendocárdica 
onda T invetida -> isquemia 
subepicárdica 
 
TIPOS DE LESÕES E ISQUEMIAS 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
• Distúrbios eletrolíticos como a hipercalemia podem gerar ondas T apiculadas ou em tenda 
Emanuelle Ferreira 
 
 
 
• Lesão cerebral aguda: ondas T gigantes, negativas e difusas + desnivelamento de ST e aumento 
do intervalo QT 
 
ONDAS T NEGATIVAS EM INDIVÍDUOS SAUDÁVEIS 
• Ondas T negativas são consideradas normais se ocorrerem em: avR, D3 e V1 
• Por isso, ondas negativas em paredes inferiores ou laterais sempre devem levar à investigação 
ONDA T INVERTIDA ISQUÊMICA OU NÃO 
• Onda T invertida simétrica -> isquemia 
 
Paciente com infarto sem supra de ST 
 
 
 
Emanuelle Ferreira 
 
• Onda T invertida assimétrica 
-> pensar em outras 
etiologias 
 
Paciente com SVE 
 
 
 
12º PASSO – INTERVALO QT 
• Vai do início do complexo QRS até o fim da onda T, englobando também o segmento ST 
• Varia com idade e sexo, mas é considerado normal de 350 a 440 ms (8 a 11 quadradinhos) 
 
• Qual derivação olhar: por convenção, mede em D2 
- DICA: meça também em V3-V5, considerando o maior resultado 
• Quanto menor a FC, maior o QT -> origem da fórmula de Bazett 
para encontrar o QT corrigido 
• Macete para calcular o QT -> traçar uma linha na metade de dois 
complexos QRS. Se a onda T terminar após essa linha= QT longo 
 
• Maior problema é que o intervalo QT longo predispõe a arritmias graves 
 
• Intervalo QT diminuído -> hipercalemia, hipercalcemia, hipertermia, acidose ou intoxicação 
digitálica 
Emanuelle Ferreira 
 
EXEMPLO DE INTERPRETAÇÃO COM OS 12 PASSOS

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