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Unidade 4 - Plano de Aula e a Intervenção Didática Fernanda Mendes Arantes Iniciar Introdução Esta unidade é essencial para �nalizarmos os conteúdos trabalhados até aqui, proporcionando um encadeamento de ideias e conceitos, bem como introduzir novos estudos a você, futuro educador. O primeiro tópico que será abordado diz respeito à Taxonomia de Bloom, que neste caso, será abordada por nós como um importante instrumento aliado ao processo de avaliação da aprendizagem. Obviamente que este referencial deve estar em perfeita sintonia com os objetivos estipulados, pois só podemos avaliar aquilo que nos propomos a ensinar. Além disso, a Taxonomia de Bloom não está isenta da sua participação nas realidades educacionais, por isso, veremos como podemos inseri-la no conceito de projeto didático e nos contextos cotidianos da educação. Em seguida, trataremos sobre a ferramenta que acompanha o docente no seu dia a dia na escola: o plano de aula. Veremos quais recursos são possíveis de complementar o plano no momento da intervenção pedagógica. O próximo momento de estudo tem como tema os tempos e recursos na sala de aula. Será que o tempo dedicado a cada disciplina e/ou atividade é su�ciente? Precisamos ter este olhar crítico direcionado a este questionamento. Para �nalizar a unidade 4, você verá como acontece a prática docente de uma forma gera,l e a docência compartilhada, tão necessária nos dias atuais. Vamos juntos? Bons estudos! 1. A Taxonomia de Bloom Avaliar é um processo complexo e multifacetado, pois pressupõe: o conhecimento prévio de quem são nossos alunos, bem como as realidades em que estão inseridos, dentro e fora da escola; o autoconhecimento do professor, bem como um processo constante de re�exão sobre sua prática; e ainda, um conhecimento teórico que possa embasar sua atuação em sala de aula. Quando avaliamos algo ou alguém temos que delimitar um ponto de partida, que, em nosso caso, são os objetivos educacionais. Estes estão diretamente ligados ao conteúdo que pretendemos trabalhar, bem como à metodologia que será utilizada e, por �m, à forma de avaliação empregada. De acordo com Teixeira el all (2013): Em se tratando de instrumentos de avaliação, Benjamin Bloom contribuiu inicialmente nos estudos referentes à formulação de objetivos educacionais, cujo trabalho mais importante foi à taxonomia dos objetivos educacionais, iniciado em 1948, resultando na publicação, em 1956, no trabalho de classi�cação no domínio cognitivo, referenciado com Bloom’s Taxonomy of the Cognitive Domain ( BLOOM, 1956 ). Posteriormente, Brooke (2007) defendeu que a Taxonomia de Bloom poderia ser uma promissora ferramenta no planejamento do processo de avaliação do aprendizado dentro de metodologias de ensino Construtivistas ( Brooke, 2007 p.2). Em primeiro lugar vamos esclarecer a você que a palavra taxonomia no dicionário se refere à ciência ou técnica de classi�cação. É importante que �que claro a você, futuro educador que o conceito de taxonomia está diretamente ligado à ideia de ordenação. Vamos conhecer um pouco mais a respeito de Benjamin Bloom, líder do projeto que posteriormente receberia seu nome e é utilizado até os dias atuais na escola, segundo Trevisan e Amaral (2016),: Em 1948, um grupo de psicólogos reuniu-se em uma convenção da Associação Americana de Psicologia (APA) em Boston, e nesse encontro manifestou-se o interesse por um quadro teórico de referência que facilitasse a comunicação entre examinadores e estimulasse a pesquisa sobre avaliação, estabelecendo uma articulação entre os envolvidos no processo de avaliar. A forma mais adequada para realizar tal tarefa foi a elaboração de um sistema de classi�cação de objetivos que se tornasse ponto de partida e base para o planejamento educacional. Ao assumir a liderança desse projeto, Benjamin Bloom, junto com seus colaboradores, de�niu como primeiro passo a divisão do trabalho de acordo com os domínios cognitivo, afetivo e psicomotor dos objetivos educacionais. (Trevisane Amaral (2016), p.452). O domínio cognitivo contempla os aspectos ligados ao conhecimento e conteúdo. Porém, não se trata de uma ação mecânica, sem sentido, mas sim repleta de signi�cados, que vão desde o ato de recordar algum conhecimento até a forma como este conhecimento será aplicado e, a partir desta aplicação, como este processo é analisado e reordenado cognitivamente. O domínio afetivo contempla os sentimentos que podem permear o processo de ensino aprendizagem, tais como: aceitação, rejeição, e todas as emoções que podem surgir no decorrer do processo. No domínio psicomotor, os objetivos educacionais estão ligados à coordenação motora �na (especí�ca) e grossa (ampla). Ainda de acordo com TREVISAN e AMARAL (2016): (...) a Taxionomia de Bloom tem como objetivo geral contribuir com todos aqueles que direta ou indiretamente se ocupam com problemas referentes a currículo e avaliação. Em especial, visa possibilitar, no exame desses problemas, maior precisão, uma vez que selecionar currículos e avaliar são submetidos a juízos de valor. Fundamentalmente, avaliar é emitir juízo de valor, após análises e ou sínteses efetuadas (TREVISAN e AMARAL, 2016, p. 453). Agora, é o momento de conhecermos um pouco mais a respeito da utilização da Taxonomia de Bloom a partir do estabelecimento dos objetivos educacionais e sua correlação com o processo avaliativo. 1.1. Taxonomia de Bloom X Objetivos Educacionais A Taxonomia de Bloom favorece o trabalho do professor e você vai perceber na prática como isto acontece. Pense em um processo avaliativo dentro de uma escola de Educação Básica, por exemplo no 4º ano do Ensino Fundamental I dentro da disciplina de História. Se tentarmos fugir da avaliação convencional no formato de prova escrita, a pergunta que surge é: como podemos avaliar o aluno sem que estejamos presos à subjetividade? Ou ainda, como avaliá-lo objetivamente no tocante à aprendizagens e conteúdos que não são facilmente mensuráveis? Pois bem, a Taxonomia de Bloom visa estabelecer critérios que favoreçam a objetividade no processo avaliativo. A Taxonomia de Bloom contempla seis categorias de domínio cognitivo, a saber: conhecimento, compreensão, aplicação, análise, síntese e avaliação. De acordo com Trevisan e Amaral (2016): As categorias são ordenadas da mais simples para a mais complexa e, possuem uma hierarquia cumulativa, sendo a categoria mais simples pré-requisito para a próxima. São associadas ações (verbos) que auxiliam na classi�cação das questões da avaliação em um dos níveis da taxonomia (Trevisan e Amaral, 2016, p. 453). Vamos destrinchar cada um dos componentes da Taxonomia de Bloom e, para isto, recorremos a quadro elaborado por Bloom e sua equipe no ano de 1956 com revisões nos anos posteriores. Quadro 1 – De�nição e Verbos da Taxonomia de Bloom Categoria Descrição 1. Conhecimento De�nição : Habilidade de lembrar informações e conteúdos previamente abordados como fatos, datas, palavras, teorias, métodos, classi�cações, lugares, regras, critérios, procedimentos etc. A habilidade pode envolver lembrar uma signi�cativa quantidade de informação ou fatos especí�cos. O objetivo principal desta categoria nível é trazer à consciência esses conhecimentos. Verbos : enumerar, de�nir, descrever, identi�car, denominar, listar, nomear, combinar, realçar, apontar, relembrar, recordar, relacionar, reproduzir, solucionar, declarar, distinguir, rotular, memorizar, ordenar e reconhecer. 2. Compreensão De�nição : Habilidade de compreender e dar signi�cado ao conteúdo. Essa habilidade pode ser demonstrada por meio da tradução do conteúdo compreendido para uma nova forma (oral, escrita, diagramas etc.) ou contexto. Nesta categoria, encontra-se a capacidade de entender a informação ou fato, de captar seu signi�cado e de utilizá-la em contextos diferentes. Verbos : Verbos: alterar, construir, converter, decodi�car, defender, de�nir, descrever, distinguir, discriminar, estimar, explicar, generalizar,dar exemplos, ilustrar, inferir, reformular, prever, reescrever, resolver, resumir, classi�car, discutir, identi�car, interpretar, reconhecer, rede�nir, selecionar, situar e traduzir. 3. Aplicação De�nição : Habilidade de usar informações, métodos e conteúdos aprendidos em novas situações concretas. Isso pode incluir aplicações de regras, métodos, modelos, conceitos, princípios, leis e teorias. Verbos : aplicar, alterar, programar, demonstrar, desenvolver, descobrir, dramatizar, empregar, ilustrar, interpretar, manipular, modi�car, operacionalizar, organizar, prever, preparar, produzir, relatar, resolver,transferir, usar, construir, esboçar, escolher, escrever, operar e praticar. 4. Análise De�nição : Habilidade de subdividir o conteúdo em partes menores com a �nalidade de entender a estrutura �nal. Essa habilidade pode incluir a identi�cação das partes, análise de relacionamento entre as partes e reconhecimento dos princípios organizacionais envolvidos. Identi�car partes e suas interrelações. Nesse ponto é necessário não apenas ter compreendido o conteúdo, mas também a estrutura do objeto de estudo. Verbos : analisar, reduzir, classi�car, comparar, contrastar, determinar, deduzir, diagramar, distinguir, diferenciar, identi�car, ilustrar, apontar, inferir, relacionar, selecionar, separar, subdividir, calcular, discriminar, examinar, experimentar, testar, esquematizar e questionar. 5. Síntese De�nição : Habilidade de agregar e juntar partes com a �nalidade de criar um novo todo. Essa habilidade envolve a produção de uma comunicação única (tema ou discurso), um plano de operações (propostas de pesquisas) ou um conjunto de relações abstratas (esquema para classi�car informações). Combinar partes não organizadas para formar um “todo". Verbos : categorizar, combinar, compilar, compor, conceber, construir, criar, desenhar, elaborar, estabelecer, explicar, formular, generalizar, inventar, modi�car, organizar, originar, planejar, propor, reorganizar, relacionar, revisar, reescrever, resumir, sistematizar, escrever, desenvolver, estruturar, montar e projetar. 6. Avaliação De�nição : De�nição: Habilidade de julgar o valor do material (proposta, pesquisa, projeto) para um propósito especí�co. O julgamento é baseado em critérios bem de�nidos que podem ser externos (relevância) ou internos (organização) e podem ser fornecidos ou conjuntamente identi�cados. Julgar o valor do conhecimento. Verbos : Avaliar, averiguar, escolher, comparar, concluir, contrastar, criticar, decidir, defender, discriminar, explicar, interpretar, justi�car, relatar, resolver, Fonte: Elaborado pelo autor, 2019 Você pode estar se perguntando porque os verbos são importantes e foram listados neste quadro. A resposta é simples. Sempre quando elaborarmos objetivos de aprendizagem (sejam eles gerais ou especí�cos), começaremos a partir da utilização de verbos no in�nitivo (ex: resumir, apoiar, apresentar, demonstrar, etc etc)., portanto a Taxonomia de Bloom nos apoia tanto na ponta �nal do processo educacional que é a avaliação, quanto na ponta inicial que é a elaboração dos objetivos de aprendizagem. Então como a Taxonomia de Bloom favorece a aprendizagem? Simples, se você analisar as de�nições acima, de acordo com cada uma das 6 categorias, perceberá que o aluno realmente está direcionado a uma aprendizagem de competências e habilidades: (...) o aluno precisa ser capaz de lembrar-se de conceitos aprendidos, entender os conteúdos, aplicar os conhecimentos em situações práticas e diferentes do cotidiano, ter capacidade para analisar e avaliar situações, além de capacidade para criar novas estruturas a partir do seu conhecimento (Bloom, 1973; Krathwohl, 2002). E como isto acontece na prática da sala de aula? É o que veremos no item a seguir. 1.2. Projeto Didático e as Realidades Educacionais Devemos trabalhar a partir das realidades educacionais de nossos alunos analisando seu contexto dentro e fora da escola, metodologias ativas que favoreçam a participação dos alunos são muito bem-vindas neste sentido. Para isto, é necessário que as escolas estejam preparadas para avaliar constantemente sua prática, aferindo a e�cácia da metodologia dos professores não somente pelas notas dos alunos mas sim, como vimos a partir da análise da Taxonomia de Bloom, veri�cando se o aluno consegue ou não aplicar o conhecimento adquirido. Não é interessante que o professor trabalhe somente com a metodologia de aulas expositivas, pois o aluno do século XXI necessita de uma metodologia que esteja adequada à realidade da escola e à sua realidade individual pois, uma determinada ação educativa não é e�caz para todos os alunos da mesma forma. Existem algumas metodologias ativas que favorecem o desenvolvimento cognitivo de nossos alunos, a saber: resumir, apoiar, validar, escrever um review sobre, detectar, estimar, julgar e selecionar. Quadro 2 – Metodologias ativas. Fonte: Elaborado pelo autor, 2019 É importante que você saiba que a Taxonomia de Bloom foi revisada por um grupo de psicólogos liderados por Lori Anderson que publicou em 2001 e as 6 categorias do domínio cognitivo (conhecimento, compreensão, aplicação, análise, síntese e avaliação) foram atualizadas conforme o esquema mostrado a seguir: Quadro 3 - Taxonomia de Bloom após revisão em 2001 Fonte: Ferraz e Belhot (2010, p. 429). Portanto, resumidamente, podemos dizer que aprende quem entende, analisa, aplica, e tem a capacidade de criar algo ou alguma coisa a partir do conteúdo compreendido. Veremos como isto é possível a partir da elaboração do plano de aula, ferramenta essencial ao trabalho do professor. 2. O Plano de Aula Como se sabe, toda atividade em sala de aula prescinde de planejamento prévio. A expressão: planejamento prévio pode soar redundante para você, foi grafada desta maneira de forma proposital para que você perceba que toda ação do professor com intencionalidade pedagógica necessita de um planejamento anterior à sua execução. De acordo com Libâneo (1993) o plano de aula é um instrumento que serve para que o professor sistematize os conhecimentos, atividades e procedimentos que planeja que sejam desenvolvidos em uma determinada aula, tendo em vista aquilo que ele espera alcançar juntos com seus alunos, os objetivos por ele traçados. O plano de aula é um instrumento que trata de forma detalhada os objetivos expostos no plano de ensino. Portanto, o plano de ensino é amplo e o plano de aula é especí�co; o plano de aula trará de maneira concreta como serão realizadas as situações de ensino- aprendizagem em sala de aula. Trata-se de um documento que deve conter muitos detalhes para que qualquer professor consiga aplicá-lo na ausência de seu autor. O plano de ensino e plano de aula estão interligados. Um, não acontece sem o outro. Um delimita o outro. No plano de aula você discrimina o conteúdo que será abordado, quais seus objetivos a partir do estipulado, quais tarefas serão necessárias para esta realização, como o conteúdo será consolidado, como seu aluno poderá aplicar o conteúdo apreendido e como será feita a avaliação por parte do professor no sentido de aferir se os objetivos estipulados foram realmente alcançados. Veja, a seguir, os itens que devem básicos que sugerimos não podem faltar em um bom plano de aula: 1. Tema da aula (grande área e área especí�ca; o tema surge a partir da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em relação ao segmento com o qual se está trabalhando); 2. Tempo disponível; 3. Objetivo geral; 4. Objetivos especí�cos; 5. Conteúdo que será trabalhado (pode ser necessário distribuir o tempo de aula entre dois ou mais conteúdos); 6. Metodologia (estratégias, atividades); 7. Recursos (podem ser de vários tipos, inclusive impressos, como o livro didático; em caso dos recursos tecnológicos é preciso prevê-los com alguma antecedência para que sejam testados e funcionem no dia da aula). Você consegue perceber a partir dos itenselencados acima que todo e qualquer planejamento tem um direcionamento e uma conclusão esperada e ambos trabalham a partir do estabelecimento dos objetivos educacionais de cada aula. Isso porque, ao elaborar um plano de aula, o professor estabelece metas, bem como as condições (materiais e imateriais) inerentes a estas metas, duração no tempo e no espaço para que este trabalho didático proporcione ao �nal de sua realização, mudanças signi�cativas em seus alunos. É importante que �que claro a você, futuro educador, a de�nição de seus objetivos está diretamente relacionada à resposta que der à seguinte pergunta: o que eu quero que meu aluno aprenda? Substituindo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), a BNCC – Base Nacional Comum Curricular se transforma, a partir da metade de 2020, no novo documento norteador de todas as etapas da Educação Básica, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. Portanto, é pesquisando nestes documentos que o professor encontra o conteúdo que deve ser trabalhado em cada etapa. Após a escolha do tema (de acordo com idade e série dos alunos), o professor determina quais serão seus objetivos com determinada atividade. Os conteúdos são aquilo que desejamos que nossos alunos aprendam e transformem. Veja o que diz Libâneo (2013): Os objetivos e conteúdos organizados pelo professor devem contribuir para o desenvolvimento intelectual dos alunos por meio de tarefas que suscitem sua atividade mental e prática. Não é su�ciente, pois, “passar” a matéria; é preciso que a matéria se converta em problemas e indagações para os alunos. A função deste componentes do plano de ensino de ensino, o desenvolvimento metodológico, é articular objetivos e conteúdos com métodos e procedimentos de ensino que provoquem a atividade mental e prática dos alunos (resolução de situações-problemas, trabalhos de elaboração mental, discussões, resolução de exercícios, aplicação de conhecimentos e habilidades em situações distintas das trabalhadas em classe, etc.). (p. 238) Portanto, todo e qualquer conteúdo deve ser “transformado” após a atividade pedagógica, acarretando em conhecimento, habilidade ou atitude adquirida. O próximo item trata da metodologia, que se traduz na forma como efetivamente o professor ministrará sua aula, e quais dinâmicas e recursos serão utilizados. Por isso, quanto maior o repertório de recursos do professor, mais bené�co será para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem. Neste momento o professor também separa quais atividades serão realizadas pelos alunos em sala, quais leituras e dinâmicas e qual demanda será realizada em casa. Lembrando que a lição de casa deve ser sempre objeto de discussão e correção em sala, do contrário, perde seu sentido. A títulos de sugestão, recomendamos que, ao �nal de cada plano de aula, o professor registrequais referências utilizou para a elaboração do plano, os autores consultados, melhores contribuições. Toda atividade pedagógica deve ser feita com um embasamento teórico na área de atuação, todas atividades tem sentido e direção históricas, cabe ao professor se apropriar destas e transformá-las a favor do seu aluno. 2.1. A produção de recursos para o desenvolvimento da intervenção didática Em pleno século XXI, nossos alunos exigem muito mais do que aulas expositivas, principalmente em disciplinas práticas como Artes, Ciências e Matemática. Por este motivo, apresentamos aqui algumas experiências bem-sucedidas na produção de recursos, resultando até mesmp em publicações em revistas cientí�cas que tratam da prática docente. Para conhecer as experiências de maneira mais aprofundada, recomendamos fortemente a leitura dos artigos cientí�cos elencados nas referências bibliográ�cas desta unidade. Tomemos como exemplo a disciplina de Matemática que, na maneira tradicional, sempre foi ensinada através de exposição oral de conteúdos e resolução de exercícios. Agora, pense como podemos tornar este conteúdo mais dinâmico, através de recursos de aprendizagem especí�cos. É o que vamos conhecer a seguir: Em uma escola particular no interior do Estado do Paraná, buscou-se inovação no ensino da Matemática, segundo Ferreira et all (2018): O Projeto utilizou como material de apoio a Produção Didático Pedagógica no formato de um Caderno Pedagógico, que é composto por atividades com abordagem centrada em temas da disciplina Matemática, contendo texto de fundamentação com as respectivas atividades práticas envolvendo Recursos didáticos como jogos, materiais manipuláveis, mídias tecnológicas, entre elas: softwares educativos, aplicativos da internet, tv pendrive e calculadora. (p. 4) Cabe agora, de�nirmos o que são recursos didáticos de acordo com a literatura cientí�ca da área da Educação, Cerqueira e Ferreira (2007) de�nem como recursos didáticos: (...) são todos os recursos físicos, utilizados com maior ou menor frequência em todas as disciplinas, áreas de estudo ou atividades, sejam quais forem as técnicas ou métodos empregados, visando auxiliar o educando a realizar sua aprendizagem mais e�cientemente, constituindo-se num meio para facilitar, incentivar ou possibilitar o processo ensino-aprendizagem. (p.1) Ainda de acordo com Cerqueira e Ferreira (2007): (...) os recursos didáticos podem ser classi�cados como: naturais, envolvendo elementos de existência real na natureza, como água, pedra, animais; pedagógicos, composto por quadro, �anelógrafo, cartaz, gravura, slide, maquetes; tecnológicos, contendo entre outros, rádio, gravador, televisão, computador, laboratório e culturais, abrangendo biblioteca pública, museu, exposições. (p. 2) É importante que �que claro a você, futuro educador, que o recurso não substitui o professor. O recurso didático é um aliado no processo de aprendizagem, isto quer dizer que este processo demanda a atuação do professor que fará com que determinado recurso possa “fazer sentido” na construção do conhecimento por parte de seu aluno. Veja abaixo, algumas das possibilidades de recursos no ensino da Matemática: Jogos Materiais Manipuláveis Mídias Tecnológicas Os materiais manipuláveis favorecem o exercício do raciocínio lógico por parte do aluno, trata-se de um processo denominado de aprendizagem por compreensão, que é pessoal e Estas são apenas algumas possibilidades de trabalho com disciplinas práticas, e reforçamos que todo e qualquer material ou recurso utilizado pelo professor deve ser estudado e testado previamente por ele. Ou seja, não posso dar uma aula ou conteúdo que não conheço. Vamos saber, no próximo item, como este trabalho pode ser feito em sala de aula. exclusivo, sendo in�uenciado por fatores externos, neste caso, os materiais manipuláveis. Estes materiais também servem quando pretendemos passar de conceitos concretos para conceitos abstratos. 3. Eficiência no Processo de Aprendizagem: Tempo Escolar A partir de tudo que foi visto nesta unidade, você deve estar se perguntando: como administro meu tempo em sala de aula, não é mesmo? Em primeiro lugar é importante você saber que o tempo na Educação Infantil (EI) é um, e no Ensino Fundamental I (EFI), é outro. Na Educação Infantil não temos hora-aula determinada, já no Ensino Fundamental I, sim. Dependendo da região do país, a hora-aula no EF I varia entre 40/45/50 minutos. Portanto, este é um importante dado que deve ser considerado quando falamos em tempo escolar. Outra questão importante é a idade e o grau de maturidade do seu aluno. Se estivermos falando de um bebê, o foco e o tempo de concentração são mínimos, e conforme a criança vai crescendo, o grau de atenção começa a aumentar. O bebê, por exemplo, �xa sua atenção quando percebe algo que lhe agrade visualmente, ou que tenha uma sonoridade interessante (pode ser o barulho de um chocalho ou uma música de ninar, dentre outros exemplos). Conforme a criança começa a adquirir o controle do corpo (andar, correr, pular, saltar obstáculos), vai controlando também o seu tempo de atenção. Ainda na Educação Infantil, comcrianças entre 1 ano e meio e 2 anos podemos trabalhar bastante a estratégia pedagógica denominada Roda de Conversa (e suas variações: Roda de Histórias, Roda do Bom-dia, Roda de Leitura, e assim por diante). Porém, saiba que nesta faixa etária o tempo de concentração também é reduzido (10-15 minutos, sem desviar o foco). Este tempo de concentração também depende dos elementos externos e internos. Ou seja, se estamos realizando uma roda de leitura e, em volta diversas crianças estão realizando outra atividade, di�cilmente meu aluno permanecerá concentrado na minha leitura. Da mesma forma, se o aluno está doente, inquieto, incomodado, dormiu mal, está com fome ou sede, seu foco será desviado a todo o momento. Já no Ensino Fundamental I, a criança ingressante no 1º ano ainda não tem a ideia do que é o tempo de aula, ou o conceito de hora-aula, na prática. Ela ainda está no ritmo da Educação Infantil, então, demanda bastante tempo a se acostumar que: agora é aula de Matemática, depois o recreio, depois Ciências e por �m, a hora da saída. O trabalho para que a criança se acostume com esta noção de tempo escolar está relacionado ao esforço do professor e podem ser necessários meses para que a criança chegue a esta compreensão. Durante os demais anos (séries) do EFI, a percepção de tempo escolar vai se consolidando na criança até que, ao �nal do EFI, ela passe por outra transformação: o ingresso no EFII, onde temos diversos professores, de diversas disciplinas, em momentos diferentes. Mas, neste período, a criança já está mais madura e consegue acompanhar esta mudança com mais tranquilidade. Voltando ao tempo escolar, agora, imagine que você é a professora polivalente de uma turma de 2º ano do EFI, está trabalhando na aula de Língua Portuguesa, alfabetização, em especí�co, realizando um ditado (ou sondagem) para sua turma, eis que toca o sinal do intervalo, e você tem que trocar o conteúdo de Língua Portuguesa para Matemática. Porém, você observou que metade da sua turma não concluiu o exercício proposto para Língua Portuguesa, o que você faz? Você quer ler? A questão do corpo e da disciplina no contexto escolar, ainda que seja uma questão de enorme relevância, recebe, até hoje, pouca atenção e estudos. Pensando ainda nestas discussões que fizemos a respeito da educação do corpo da criança, tornando-se capaz de lidar com o tempo escolar, lhe sugerimos um artigo - O corpo, a escola e a disciplina: a pertinência e a atualidade de Michel Foucault. Link: http://e-revista.unioeste.br/index.php/travessias/article/view/10936/7809 http://e-revista.unioeste.br/index.php/travessias/article/view/10936/7809 Pode parecer uma situação sem importância, porém este é um drama vivido por muitos professores em nosso país. E observamos as seguintes situações: 1. O professor interrompe a criança, recolhendo seu material sem que ela possa �nalizar a atividade. 2. O professor informa que a criança deverá �nalizar a atividade em casa (sem correção posterior). 3. O professor deixa as crianças que ainda não terminaram o ditado, �nalizarem a atividade enquanto começa a aula de Matemática para os demais alunos. 4. O professor começa a aula de Matemática para os demais alunos e não se importa se os outros alunos conseguem acompanhá-lo na explicação ou na atividade proposta visto que “�caram para trás” na atividade de Língua Portuguesa. Estas situações parecem estranhas a você? Pois, saiba que são extremamente comuns e cotidianas e aqui nossa pergunta é: o que você faria se fosse este professor? Veja o que nos dizem Pinho e Souza (2015): Outra noção relacionada a tempo, presente nas pedagogias analisadas, é a de simultaneidade, ou seja, garantir que um professor ensine a muitos alunos, a um só tempo. Na primeira pedagogia, não é necessário que todos os alunos tenham um mesmo ritmo, porque a organização do ensino se baseia na ideia de um ritmo só, o médio, criado pela escola, ao qual os alunos precisam se esforçar para acompanhar. Na segunda, muito pelo contrário, só é possível um ensino simultâneo, desde que os alunos tenham eles mesmos um só ritmo. É como se fosse possível fazer com que o ritmo do tempo escolar pudesse coincidir com o(s) ritmo(s) dos indivíduos. Para a escola nova, é uma perda de tempo inventar um ritmo médio que não tem correspondência nos indivíduos concretos. (p. 669) Ou seja, cada um de nós possui um ritmo, denominado ritmo social, e os autores nos sugerem que a escola busca uniformizar tal ritmo com aquele próprio à escola. Isto é, padronizar o tempo de cada um para realizar determinada tarefa ou atividade dentro do tempo pré-determinado de aulas, ou hora-aula, dentro da escola. Difícil, não é mesmo? Sobre a situação acima descrita, não existe um padrão de resposta esperado, ou uma alternativa correta. O que se sabe é que o professor deve respeitar o tempo de cada um e não castigar seu aluno por “demorar um pouco mais” para resolver determinado exercício ou atividade; tampouco condená-lo ou rotulá-lo como “lerdo” ou “preguiçoso”, como se via de maneira comum na escola tradicional. Esta relação ritmo x tempo escolar x tempo social é bastante complexa na dinâmica da sala de aula, veja o que dizem a este respeito Pinho e Souza (2015): (...) a concepção de ritmo parece estar ligada ao tempo próprio de um indivíduo e exprime um desenvolvimento biológico especí�co. O ritmo, enquanto tempo de aprendizagem, geralmente aparece associado à velocidade, que pode ser mais ou menos lenta ou rápida. Ele pode ser quanti�cado, é mensurável. Uma turma torna-se problemática para as professoras à medida que os alunos tenham diferentes ritmos, numa escala que vai do muito lento ao muito rápido (p. 672). O ideal, futuro professor, é que você consiga adequar o seu ritmo e o tempo escolar aos alunos que demandam mais atenção de sua parte fazendo com que a turma possa acompanhá-los. Até porque, muitas vezes, os alunos que terminam rapidamente suas atividades acabam atrapalhando os demais, o que pode ser também um dos fatores dos atrasos de seus demais alunos. É importante que você analise esta situação com bom senso e criticidade, conhecendo o potencial de cada aluno, sabendo que a escola é o ambiente ideal para o desenvolvimento crítico e cognitivo de todos os envolvidos. Você quer ver? Para aprofundar nossa discussão a respeito da conflituosidade existente entre o ritmo e tempo individual e o escolar, além de outras problemáticas evidenciadas na escolarização moderna, imersa num contexto produtivista, sugerimos a você o premiado documentário, A Educação Proibida. https://www.youtube.com/watch?v=OTerSwwxR9Y 4. Prática Docente e Docência Compartilhada Já sabemos que a prática docente é o que irá traduzir todo o conhecimento que você adquiriu em sua formação na Licenciatura para a sua atuação em sala de aula. Agora, vamos conhecer algumas experiências inovadoras no sentido de exercermos e compreendermos como se dá a docência compartilhada na prática. Vamos a ela! https://www.youtube.com/watch?v=OTerSwwxR9Y 4.1. Como acontece o exercício da docência compartilhada? Existem muitas de�nições a respeito do conceito de docência compartilhada, porém quando falamos em compartir algo, não está subentendida a divisão de tarefas e responsabilidades, mas sim que: Compartilhar não é apenas dividir o que já se possui ou se pensa. Tampouco se restringe a desenvolver com alguém o que fora planejado por outros. Indo além de uma conotação de mero ajuste a algo pré- estabelecido, para mim, compartilhar é escutar, examinar, ousar, imaginar, criar, criticar, e, dentro das possibilidades (limites e potencialidades), desenhar cooperativamente o caminho, a estrada, a rota e aonde se quer chegar. Compartilhar é também realizar as ações decorrentes desse processo que se retroalimenta e se fortalece, de forma colegiada (CALDERANO, 2016, p. 131). Entenda que quando falamos em um processo que se estabelece de forma colegiada, estamos nos referindo a um trabalho em grupo, masnão uma simples divisão de tarefas onde se estabelece quem-faz-o-que, e sim, um trabalho onde todos colaboram entre si, favorecendo o crescimento do grupo e não de indivíduos dentro de uma coletividade. Você quer ler? A proposta aqui analisada foi publicada sob a forma de artigo científico e traz um relato de experiência realizado em Minas Gerais, no ano de 2015, em uma escola que adota a metodologia de Maria Montessori, denominada Montessoriana, onde alunos de diferentes idades convivem e estudam na mesma turma. Leia o relato a seguir, extraído do artigo científico de Calderano et all (2017, p. 20631-20632): (...) seriam duas turmas, com duas professoras, agrupando crianças de seis a nove anos de idade, ocupando dois espaços físicos (salas de aula) pequenos. Visto isso, as duas professoras encarregadas dessas classes, propuseram a quebra – física – de uma parede que separava os dois ambientes. Sendo assim, duas turmas viraram uma, com duas professoras regentes. O desafio estava lançado e a possibilidade de exercitar o que chamamos de docência compartilhada também. (...) O olhar de duas pro�ssionais sobre o processo ensino-aprendizagem contribuiu signi�cativamente para o sucesso dessa experiência, uma vez que ao invés de repartir o trabalho, A docência compartilhada é uma experiência relativamente recente, observada em docentes que buscam inovações nas suas práticas escolares, inovações estas que surgem muitas vezes a partir de cursos de formação continuada realizados pelos professores, a saber: cursos de Extensão, de Aprimoramento, de Especialização, Mestrados e Doutorados, dentre outros. Se o docente busca aprender mais sobre a sua prática, torna-se um professor re�exivo, ou seja, um professor que se auto-analisa, que busca melhorar seu trabalho e o processo de ensino-aprendizagem, que tem o foco no aluno e não mede esforços para dinamizar sua aula e tornar o processo educacional mais atraente como um todo para que a criança tenha prazer em ir à escola. Ao modi�car o espaço, as professoras mencionadas acima começaram o processo de dinamização de suas aulas, mas somente isto não seria su�ciente, caso a postura dos professores permanecesse rígida e tradicional. Sabe-se que Maria Montessori propôs um novo método de ensino voltado à autoaprendizagem, método este em que o aluno aprende através de erros e acertos e o professor tem a postura de observador. Porém, nem mesmo este método funciona se o professor não estiver disposto a fazê-lo funcionar. Entenda que o centro do processo educacional não é mais o docente. Porém é ele que detém o conhecimento a respeito de técnicas e metodologias, de práticas pedagógicas, de ferramentas e instrumentos que tem como objetivo �nal auxiliar o aluno na construção do seu conhecimento. Por isto, esta disciplina de Didática é extremamente importante ao desenvolvimento da sua competência docente. Esperamos ter apresentado à você, futuro educador, um panorama a respeito da Didática que não se esgota nesta disciplina. Reforçamos que é fundamental que você se aprofunde nas bibliogra�as indicadas em todas as unidades, bem como em pesquisas complementares que possam surgir a partir dos seus interesses. Desta forma, você poderá se considerar um pro�ssional completo no sentido pleno da palavra! separando as disciplinas e delegando tarefas especí�cas a serem realizadas, sem nenhuma comunicação, as duas professoras, juntas, construíram, a cada dia, tarefas cotidianas como dever de casa, avaliações formais, reuniões com as famílias, reconhecendo e valorizando as diferenças internas encontradas em cada uma das turmas. (...) Compartilhar signi�ca ultrapassar as barreiras das di�culdades e desa�os cotidianos e passa a constituir uma necessidade, quando se percebe que o processo educacional é mais amplo que a soma de individualidades e que o saber se torna mais signi�cativo quando se alarga as fronteiras das especialidades reduzidas. Síntese Esta unidade apresentou a você alguns casos concretos que tem por objetivo demonstrar como se dá a intervenção didática em sala de aula tanto na Educação Infantil quanto no Ensino Fundamental I. Para começar, falamos a respeito da Taxonomia de Bloom, trouxemos a você sua de�nição e maneiras de aplicação, tanto no estabelecimento dos objetivos quanto nas formas de avaliar seus alunos. Em seguida tratamos da principal ferramenta do professor: Plano de Aula. Agora, você já sabe que toda e qualquer atividade deve estar pautada por uma intencionalidade pedagógica e deve ser planejada desde o tema, passando pelos objetivos, conteúdos, metodologia, recursos e bibliogra�a. Sem se esquecer do tempo pedagógico que deve aliar o tempo social e individual de seus alunos ao tempo escolar, vivenciado na sala de aula. Por �m, trouxemos uma experiência recente vivenciada em uma escola montessoriana em Minas Gerais onde você pode perceber como se dá a docência compartilhada. Agora é com você, mãos à obra e aprofunde-se nas leituras recomendadas! Bons estudos! Nesta unidade você teve a oportunidade de: Situar-se quanto a importância e instrumentalidade da Taxonomia de Bloom; Observar a correspondência entre as categorias taxonômicas e os objetivos educacionais; Comparar projetos didáticos com realidades educacionais; Compreender a centralidade do plano de aula para a atividade docente; Mediar a pressão por e�ciência no processo de ensino-aprendizagem com o ritmo dos alunos; Entender a importância e atualidade da docência compartilhada. Download do PDF da unidade Bibliografia BLOOM, B. S. Taxonomia de objetivos educacionais : compêndio primeiro: domínio cognitivo. Porto Alegre: Editora Globo, 1973. CALDERANO, M. Docência compartilhada : contextos e viabilidade prática. Memorial de Maria da Assunção Calderano defendido na Banca visando Promoção na carreira - Professor Titular. Universidade Federal de Juiz de Fora, agosto, 2016. CALDERANO, M. et all. Docência Compartilhada : Relato de Algumas Experiências. 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