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< DESCRIÇÃO As áreas de atuação do psicólogo, suas diferentes metodologias, funções, finalidades, objetivos e alcances de inserção no mercado. PROPÓSITO Conhecer e compreender as diferentes áreas de atuação do psicólogo, bem como suas diferentes metodologias, funções, finalidades e objetivos de cada área, com o objetivo de facilitar a sua atuação e alcances no mercado de trabalho. PREPARAÇÃO Antes de iniciar o conteúdo desse tema, navegue no site do Conselho Federal de Psicologia para conhecer termos específicos da área. OBJETIVOS MÓDULO 1 Reconhecer as áreas clássicas de atuação do psicólogo no hospital, consultório particular, nas empresas e organizações e na escola MÓDULO 2 Classificar os limites e possibilidades de atuação do psicólogo na área jurídica, social e do esporte MÓDULO 3 Identificar as interfaces do trabalho multidisciplinar do psicólogo MÓDULO 4 Reconhecer o compromisso social e ético do psicólogo na atualidade INTRODUÇÃO A Psicologia como ciência possibilita uma infinidade de áreas de atuação, o que permite ao estudante de graduação especializar-se em mais de uma delas. A seguir, apresentaremos as áreas clássicas de atuação do psicólogo no âmbito escolar, organizacional, clínico e hospitalar, os limites e possibilidades de cada uma delas, além das funções principais e órgãos reguladores específicos da profissão e de cada área. Segundo o Conselho Federal de Psicologia (CFP), para atuar nas diferentes áreas da Psicologia, não é pré-requisito realizar especializações. A atuação prática pode também conferir ao psicólogo o título de especialista. A Psicologia também necessita envolver a atividade multidisciplinar do psicólogo, o que favorece o trabalho em equipe e um maior bem-estar ao paciente. Além disso, os psicólogos jamais podem se esquecer dos conceitos éticos e bioéticos voltados aos cuidados que devem apresentar ao exercer a profissão, como os aspectos básicos e fundamentais acerca da diferença entre ética e moral e suas implicações para os cuidados voltados a prática e a atuação. MÓDULO 1 Reconhecer as áreas clássicas de atuação do psicólogo no hospital, consultório particular, nas empresas e organizações e na escola A Psicologia apresenta diversas áreas de atuação. A seguir, apresentaremos as áreas clássicas de atuação do psicólogo no âmbito escolar, organizacional, da clínica e hospitalar, bem como os limites e possibilidades de cada uma delas, além das funções principais e os órgãos reguladores específicos da profissão e de cada área em específico. Foto: Shutterstock.com PSICOLOGIA HOSPITALAR A Psicologia Hospitalar é uma área de atuação dentro do campo da Psicologia, na qual o trabalho do psicólogo é centrado nos níveis secundários e terciários de saúde. Segundo Castro e Bornholdt (2004), o nível secundário de saúde abrange o que se chama de serviço ambulatorial, subdivido em várias especialidades (oncologia, gastrenterologia, obstetrícia, cirurgia, dentre outras), além de serviços de apoio aos diagnósticos, serviços terapêuticos, serviços de atendimento de urgência e emergência. Esses serviços encontram-se, normalmente, localizados em hospitais gerais ou em centros especializados, como o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), responsável pelo seguimento e acompanhamento de pacientes da área da saúde mental. Já o nível terciário de saúde abrange a área de atuação em serviços hospitalares de maior complexidade, envolvendo atuação em enfermarias, internações e interconsultas. Foto: Shutterstock.com Figura 1- Níveis de atenção à saúde As atribuições de um psicólogo hospitalar envolvem: 1 Atendimento psicoterapêutico individual. 2 Atendimento psicoterapêutico grupal. 3 Atendimentos ambulatoriais. 4 Atendimentos em urgência e emergência. 5 Atendimento em enfermarias. 6 Atendimento em unidades de terapia intensiva. 7 Avaliação diagnóstica. 8 Psicodiagnóstico. 9 Neuropsicologia. 10 Consulta e interconsulta. Para Gorayeb (2001), no Brasil, os primeiros psicólogos começaram a trabalhar na década de 1960. Nesse período, não estava bem claro ainda quais eram de fato as atribuições do trabalho da Psicologia dentro do hospital. No ambiente hospitalar, é fundamental que o psicólogo entenda que não se faz atendimento psicológico pura e simplesmente (como nos moldes de atendimento de um consultório), mas se faz Psicologia médica (entendimento mais amplo sobre a saúde do paciente, tanto orgânica quanto psíquica). Dessa forma, o atendimento em Psicologia Hospitalar é diferente do atendimento psicológico na prática de um consultório particular em inúmeros aspectos: 1 Muitas vezes não se tem disponível o tempo tradicional de 50 minutos. 2 Pode ser necessário atender o paciente na beira do leito. 3 Frequentemente é necessário acompanhar o ritmo e horário de trabalho do ambulatório ou enfermaria veiculada. 4 A demanda de psicoterapia não surge por livre e espontânea vontade do paciente, mas é condicionada a uma alteração clínica ou psiquiátrica. 5 Às vezes, o paciente não apresenta quadros clássicos de psicopatologia. 6 Existe a necessidade de tratamento multidisciplinar e boa comunicação com outros membros da equipe. 7 Os atendimentos, muitas vezes, são mais pontuais, menos frequentes do que o tradicional atendimento semanal. 8 Há maior descontinuidade do tratamento, principalmente quando o paciente não é da região. 9 O psicólogo pode assumir o papel de mediador entre os profissionais da equipe hospitalar, levando harmonia, esclarecendo informações, e permitindo que a equipe possa se relacionar efetivamente com os pacientes. Os primeiros congressos da área hospitalar datam de 1980. Hoje, a área da Psicologia hospitalar no Brasil está bem consolidada, de modo que existe até a Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar (SBPH), fundada em 1997. A SBPH se reúne anualmente e tem como função conduzir eventos científicos na área, promover encontros e grupos de discussões. Por meio do site dessa instituição é possível acompanhar novos livros, avanços científicos e tecnológicos que surgem na área. Se essa área lhe agrada, é possível que você, como estudante de graduação, se vincule à SBPH e passe a ser um membro filiado. O campo de atuação do psicólogo hospitalar é vasto e amplo, oferecendo ao estudante de Psicologia e futuro profissional uma diversidade de possibilidades no mercado. Uma dúvida frequente do estudante é: Se eu quiser ser psicólogo hospitalar, o que devo fazer? Primeiramente, entrar em um curso de graduação em Psicologia e, ao longo da trilha de aprendizagem, buscar cursar disciplinas voltadas à área da saúde entre as disciplinas básicas e obrigatórias na grade curricular do curso. Além disso, há a oportunidade de cursar estágios em hospitais e verificar como de fato é a prática de trabalho do psicólogo hospitalar. PSICOLOGIA ESCOLAR A Psicologia Escolar é uma área na qual a atuação do psicólogo é centrada no ambiente educacional. Todavia, sua atuação muitas vezes fica superposta a papéis e funções de outros profissionais que também atuam no ambiente escolar, como professores, pedagogos, diretores e coordenadores (JOBIM; SOUZA,1996; GOMES, 1994). Foto: Shutterstock.com O papel do psicólogo escolar pode ser definido como: 1 Orientativo ou psicoeducativo para alunos e pais 2 javascript:void(0) javascript:void(0) Acolhimento de alunos que apresentam problemas escolares diversos 3 Orientação ou escolha vocacional 4 Identificação de alunos com problemas de aprendizagem 5 Centra-se nos processos de ensino e aprendizagem 6 Conhecer e avaliar o desenvolvimento humano 7 Escolarização de alunos em todos os seus níveis 8 Inclusão de alunos com deficiências 9 Estudo de políticas públicas voltadas à educação 10 Gestão psicoeducacional em instituições 11 Avaliação psicológica javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0)javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) 12 Formação continuada de professores Os primeiros congressos da área escolar datam de 1990 e, atualmente, a área da Psicologia escolar no Brasil está bastante consolidada. Em 1990, a Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE) foi fundada por psicólogos. Os encontros da ABRAPEE são realizados anualmente, com eventos científicos, discussões técnicas e divulgação de pesquisas e literatura especializada na área. Para atuar como psicólogo escolar, primeiramente é preciso realizar a graduação em Psicologia. Alguns cursos oferecem várias ênfases de formação e/ou habilitações, tais como bacharelado, bacharelado especial em pesquisa, formação do psicólogo e licenciatura. A licenciatura em Psicologia forma professores para trabalhar em instituições de ensino e a duração de formação é de quatro anos e meio. Já o bacharelado e o bacharelado especial em pesquisa, oferecem a formação de pesquisador e a duração média também é de cinco anos. Por fim, com duração de cinco anos, a formação de psicólogo habilita o profissional a atuar em todos os outros campos da profissão: Saúde Educação Trabalho Comunidade Os cursos de graduação também oferecem a oportunidade de cursar disciplinas mais voltadas a essa área de interesse, tais como: Psicologia escolar, processos de ensino e aprendizagem, além de haver a possibilidade de estagiar em alguma escola para aprender de forma prática como atua o psicólogo escolar. O mercado de trabalho para o psicólogo que gosta de atuar no contexto escolar é vasto e oferece um campo cheio de oportunidades, como, por exemplo, trabalhar em escolas da rede pública ou privada, além do trabalho em diferentes níveis de escolaridade, que vão do ensino fundamental ao superior. javascript:void(0) PSICOLOGIA CLÍNICA A área da Psicologia Clínica talvez seja a mais procurada entre os estudantes da graduação. Ela pode ser exercida em diferentes formatos: 1 Individual 2 Em grupo 3 Familiar 4 Institucional EXEMPLO Normalmente, encontramos nessa área a prática segundo diferentes abordagens psicoterápicas, como, por exemplo: Psicanálise; análise do comportamento; cognitivo comportamental; fenomenologia existencial e humanismo. Em geral, a ideia de Psicologia Clínica para o estudante de graduação envolve a noção de psicoterapia como aquele tipo de atendimento individual, de longa duração, realizado em consultórios particulares e envolvendo altos custos. Todavia, não podemos esquecer da psicoterapia oferecida no Sistema Único de Saúde, nos postos de saúde e centros de atenção psicossocial. javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) Atualmente, a Psicologia Clínica necessita preocupar-se com o contexto social, articulando a clínica ao contexto sócio-histórico. A profissão do psicólogo clínico é também bastante confundida com o trabalho do psiquiatra. A principal diferença entre eles consiste no fato de que o trabalho do psiquiatra envolve a prescrição de medicamentos, enquanto o trabalho do psicólogo clínico envolve o tratamento psicoterápico. São inúmeras as funções da Psicologia clínica, tais como: Psicodiagnóstico Reabilitações neuropsicológicas Psicoeducação de casais, famílias, pais Tratamento e acompanhamento de problemáticas psicológicas diversas Centra-se nos processos de busca de autoconhecimento Orientação vocacional ou de carreira Um ponto que merece destaque refere-se à escuta clínica, qualificada, livre de julgamentos, que precisa estar atrelada e alinhada a uma aliança terapêutica entre o paciente e o psicoterapeuta. Segundo Dutra (2004), a etimologia do termo Psicologia Clínica nos remete à ‘’beira do leito’’, influenciado no modelo médico que enfatiza o tratamento de alguma doença, problema, sofrimento. A área da Psicologia Clínica no Brasil é consolidada de modo que permite a existência de diversas sociedades brasileiras de Psicologia Clínica, de acordo com abordagem clínica: 1 Sociedade Brasileira de Psicologia 2 Sociedade Brasileira de Psicanálise 3 Federação Brasileira de Terapia Cognitivo-comportamental 4 Associação Brasileira de Gestalt Terapia 5 Associação Paulista de Abordagem Centrada na Pessoa 6 Associação Brasileira de Daseinsanalyse 7 Associação Brasileira de Psicólogo e Medicina Comportamental A área de Psicologia Clínica possui ampla possibilidade de atuação. Para especializar-se, é sugerido ao estudante de Psicologia o estudo de disciplinas voltadas à área clínica, como atendimento clínico e/ou disciplinas teóricas voltadas às abordagens específicas. Por exemplo: 1 Terapia cognitivo comportamental javascript:void(0) 2 Psicanálise 3 Terapia existencial e humanista Essas, muitas vezes, são disciplinas básicas ou eletivas na grade curricular do curso. Além disso, o aluno tem oportunidade de cursar estágios clínicos com as abordagens específicas e, com isso, verificar como é a prática do psicólogo clínico. Analisemos um caso prático para pensar sobre as possibilidades de intervenção que a Psicologia Clínica possibilita. Sabemos que indivíduos depressivos possuem poucos recursos ou habilidades sociais para lidar satisfatoriamente com situações estressoras e/ou de vulnerabilidade. Isso pode contribuir para o início e/ou manutenção dos sintomas depressivos. Imagine-se psicólogo e realizando o atendimento de uma paciente de 26 anos, submetida a 42 sessões de psicoterapia na modalidade individual. Na avaliação diagnóstica, foram utilizados os critérios do DSM-5 e os inventários de Beck, constatando-se que a paciente se encontrava com um quadro de transtorno depressivo maior. DSM-5 Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais, sendo um manual padrão ouro no que tange a realização de diagnósticos para análise de sinais e sintomas dos mais variados transtornos mentais. INVENTÁRIOS DE BECK javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) São inventários e/ou escalas que visam analisar sinais e sintomas de ansiedade, depressão, desesperança e suicídio em algum paciente, sendo material de uso exclusivo do psicólogo. DIANTE DESSE EXEMPLO DE CASO, COMO PODEMOS MANEJAR E INTERVIR, SEGUNDO ALGUMA ABORDAGEM DE REFERÊNCIA? RESPOSTA RESPOSTA Como sugestão, escolheu-se a escola da psicoterapia cognitiva: O plano de tratamento envolveu técnicas cognitivo-comportamentais (TCC), como psicoeducação, reestruturação cognitiva e treino de habilidades sociais (THS). Como resultados, observaram-se diminuição do humor depressivo e melhora no repertório de habilidades sociais. Tais fatores em conjunto colaboraram para um melhor funcionamento biopsicossocial da paciente e para o aumento da sua autoconfiança, apontando-se o impacto positivo do THS no tratamento de pacientes com depressão na TCC. O pesquisador Milgram (1963 Pág. 371-378) desejou estudar a obediência dos seres humanos a autoridades e, para isso, inventou um aparelho que dava choque nos voluntários cuja intensidade (50 a 450 volts) poderia ser controlada pelos voluntários. Milgram queria entender como os alemães, na época de Hitler, permitiram que os judeus fossem exterminados, durante a Segunda Guerra Mundial. javascript:void(0) O pesquisador faz perguntas ao aluno e, se ele acertar, continua respondendo às perguntas, mas, se errar, é instruído a aplicar um choque no aluno pelo erro. Além disso, deve-se aumentar um nível da voltagem do choque a cada erro subsequente. Nesse experimento, por mais que o voluntário da pesquisa não quisesse mais participar frente aos choques administrados, ele não poderia desistir do experimento. Milgram concluiu uma das constantes do comportamento social: “As pessoas obedecem à figura de autoridade quando comandadas”. No entanto, ainda com as interessantes descobertas de Milgram, esse experimento não atende aos preceitos do compromisso social e éticodo psicólogo, hoje em dia, no contexto clínico. Portanto, para poder ser reproduzido na atualidade, precisaria de vários ajustes e alterações. Foto: Shutterstock.com PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL A Psicologia Organizacional abrange a atuação do psicólogo no contexto organizacional de empresas, indústrias, usinas e do mundo corporativo. Visa atuar não só nas organizações, mas também a entender processos de trabalho e problemas decorrentes da atividade laboral (TONETTO, 2008; DE OLIVEIRA BORGES, 2005). Tem como finalidade: Gestão de pessoas. Estudar a inter-relação do homem com o ambiente laboral. Processos de saúde e doença provocados pelo ambiente de trabalho. Atuar em contextos corporativos. Recursos humanos. Alinhamento entre interesses da empresa e os colaboradores. Treinamento e desenvolvimento de pessoas. Recrutamento e seleção. Consultoria organizacional. Para o aluno interessado em aprofundar seus conhecimentos na área de Psicologia Organizacional e do Trabalho, é possível que, ainda no período de graduação, ele frequente congressos anuais ou bianuais, realizados pela Sociedade Brasileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho. COMENTÁRIO O papel do psicólogo nas organizações é amplo em termo de ações, gestão e manejo de pessoas ligadas a processos e organização. Existe, além disso, uma interface muito grande da Psicologia com a administração nessa área, o que faz com que muitos psicólogos optem por cursar, inclusive, duas graduações: Psicologia e Administração. Cursos de MBA voltados para a área de gestão de pessoas e recursos humanos em geral também são muito procurados pelos profissionais da Psicologia. Apesar de existir uma grande interface entre o trabalho do administrador e do psicólogo, no que tange o trabalho realizado na Psicologia Organizacional, acredita-se que a formação em Psicologia agregue um grande diferencial a essa prática. O psicólogo estuda, em sua formação teórica, disciplinas voltadas à aprendizagem, personalidade, percepção, emoção, motivação e liderança, áreas essas não estudadas pelo administrador. Essa formação agrega um grande diferencial na prática que possibilita o entendimento do funcionamento humano, permitindo maior manejo de conflitos e convivência plena em atividades em equipe. Para atuar de uma forma eficaz na prática do mundo do trabalho, também é interessante conhecer a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), que descreve a realidade das profissões do mercado de trabalho brasileiro. Neste vídeo, você conhecerá um pouco sobre as áreas de atuação do psicólogo. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. NO QUE TANGE A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO, ESCOLHA A OPÇÃO CORRETA: A) A Psicologia Organizacional abrange apenas a atuação do psicólogo no contexto da organização de usinas. B) A Psicologia Organizacional abrange apenas a atuação do psicólogo no contexto da organização de indústrias. C) A Psicologia Organizacional abrange apenas a atuação do psicólogo no contexto da organização de empresas privadas. D) A Psicologia Organizacional abrange a atuação do psicólogo no contexto da organização (empresas, indústrias, usinas), da empresa, do mundo corporativo. E) A Psicologia Organizacional abrange apenas a atuação do psicólogo no contexto da organização de empresas familiares. 2. NO QUE TANGE A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO AMBIENTE CLÍNICO, ESCOLHA A OPÇÃO CORRETA: A) A Psicologia Clínica permite a atuação nas seguintes abordagens: Psicanálise, Análise do comportamento, Cognitivo comportamental, Fenomenologia existencial e Humanismo. B) A Psicologia Clínica permite a atuação apenas na abordagem da Psicanálise. C) A Psicologia Clínica permite a atuação apenas na abordagem da análise do comportamento. D) A Psicologia Clínica permite a atuação apenas na abordagem cognitiva. E) A Psicologia Clínica permite a atuação apenas na abordagem da fenomenologia. GABARITO 1. No que tange a atuação do psicólogo organizacional e do trabalho, escolha a opção correta: A alternativa "D " está correta. A Psicologia Organizacional visa atuar não só nas organizações, mas também a entender processos de trabalho e problemas decorrentes da atividade laboral. Tem como finalidade: Gestão de Pessoas; Estudar a inter-relação do homem com o ambiente laboral; Processos de saúde e doença provocados pelo ambiente de trabalho; atuar em contextos corporativos; Recursos humanos; Alinhamento entre interesses da empresa e os colaboradores; Treinamento e desenvolvimento de pessoas; Recrutamento e seleção; Consultoria organizacional. 2. No que tange a atuação do psicólogo no ambiente clínico, escolha a opção correta: A alternativa "A " está correta. A área da Psicologia Clínica é talvez a mais procurada entre os estudantes ingressantes no curso de Psicologia devido ao vasto campo de possibilidades de atuação, variabilidade de formatos (individual, grupal, familiar) e abordagens. psicoterápicas (Psicanálise, Análise do Comportamento, Cognitivo-comportamental, Fenomenologia existencial, Humanismo). MÓDULO 2 Classificar os limites e possibilidades de atuação do psicólogo na área jurídica, social e do esporte PSICOLOGIA JURÍDICA, DO ESPORTE E SOCIAL A psicologia é definida como uma das profissões de mais amplo alcance de áreas de atuação. Isso ocorre porque permite que o profissional formado se especialize em diversas áreas, dentre elas a Psicologia Jurídica, a Psicologia do Esporte e a Psicologia Social, as quais serão alvo de nossa atenção no presente módulo. Estudaremos também os limites e possibilidades de cada uma delas, além das funções principais e órgão reguladores específicos da profissão e de cada área em específico. Outro aspecto muito importante da Psicologia é que ela é dinâmica e orgânica, o que significa que novas áreas de atuação surgem na profissão, decorrentes de necessidades práticas do dia a dia do ser humano. Um exemplo é a Psicologia do Esporte. Em 1950, não havia essa modalidade como possibilidade de atuação de um psicólogo. PSICOLOGIA JURÍDICA A Psicologia Jurídica, área relativamente nova no Brasil, tem ganhado cada vez mais espaço e chamado a atenção de psicólogos. O psicólogo que atua nessa área trabalha com o sistema de justiça. Muitas nomenclaturas são encontradas na literatura: Psicologia Forense, Psicologia Judiciária, peritos do juiz, peritos da parte (indicado por advogados), e psicólogos testemunhas em processos judiciais. A Psicologia Jurídica já foi chamada de Psicologia do Testemunho e visava verificar, por meio do estudo experimental dos processos psicológicos humanos, a fidedignidade do relato do sujeito envolvido em um processo jurídico. Essa fase inicial do século XX foi muito influenciada pelo ideário da época, fruto da corrente filosófica positivista, a qual privilegiava o método científico empregado pelas ciências naturais, enfatizando uma prática profissional voltada para a perícia, exame criminológico e laudos psicológicos baseados no psicodiagnóstico. No século XXI, o psicólogo do judiciário é aquele que fez concurso público e que trabalha para o sistema judiciário, diariamente. Ele recebe os casos que precisa avaliar, normalmente, a pedido de um juiz. A finalidade dessa avaliação é fornecer subsídios ao juiz para que ele possa tomar decisões nas ações por meio da elaboração de laudos. Existem duas situações nas quais o psicólogo pode participar de um processo judicial a pedido dos advogados da parte interessada: psicólogo-testemunha e psicólogo perito: PSICÓLOGO-TESTEMUNHA Pode ser qualquer cidadão que tenha presenciado um fato e que, por isso, pode auxiliar na resolução de um caso na justiça. PSICÓLOGO PERITO O psicólogo na condição de expert, auxilia o juiz fornecendo as bases para a resolução do caso (precisa prestar esclarecimentos à justiça). O psicólogo pode se deparar com a seguinte pergunta: Mas, e a questão do sigilo? Muitos psicólogos podem pensar que, ao participar de sessões comotestemunhas ou peritos, irão quebrar o sigilo. O psicólogo não deve se negar a atender esse pedido, pois é também seu dever auxiliar na resolução do caso. COMENTÁRIO O psicólogo pode ajudar no caso sem expor fatos ou detalhes sigilosos do paciente e, para isso, deve tomar os seguintes cuidados: O psicólogo está ali não para expor fatos, mas para tirar conclusões a partir dos fatos. Relatar o que seja devido e necessário ao esclarecimento do caso. A Associação Brasileira de Psicologia Jurídica (ABPJ) reúne-se anualmente para conduzir eventos científicos, promover encontros e grupos de discussões da área. É possível vincular-se à associação como estudante ainda durante a graduação. É interessante cursar disciplinas voltadas à área jurídica, como Psicologia Jurídica e Psicologia Criminal, por exemplo, as quais, muitas vezes, são disciplinas básicas e obrigatórias na grade curricular do curso. Além disso, há a oportunidade de verificar como é na prática o trabalho do psicólogo no judiciário através de estágios na área. Após formado, o psicólogo que tem interesse nessa área também pode buscar cursos de pós- graduação voltados para atuação em Psicologia Jurídica, os quais oferecem disciplinas teóricas e práticas voltadas exclusivamente a esta prática. Tais cursos são voltados à especialização lato sensu e duram entre um e dois anos. Cursar uma pós-graduação em Psicologia Jurídica não é obrigatório para atuação no campo de trabalho, porém é interessante, uma vez que possibilita um grande aprimoramento na área de atuação, melhorando sua prática e o atendimento ao cliente, bem como sanando dúvidas que surgem ao longo da trajetória profissional. É possível também que o profissional formado que opte por trabalhar nessa área busque supervisões com profissionais mais experientes. Outra possibilidade de atuação do psicólogo jurídico envolve o caminho de busca por uma pós-graduação stricto sensu, tais como mestrado, doutorado ou pós-doutorado na área, voltadas para o aspecto mais acadêmico. COMENTÁRIO Nesse campo, é possível desenvolver pesquisas na área jurídica, buscando lacunas na literatura e construindo novos conhecimentos na área. A Psicologia Jurídica apresenta ainda uma interface muito grande com o Direito, de modo que é interessante que o psicólogo saiba e/ou busque conhecer algumas leis e decretos importantes. Um exemplo importante envolve o conhecimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Estatuto do Idoso e Estatuto do Deficiente. É claro que não se limita a isso, mas tais estatutos são guias que regulamentam a conduta humana na prática e fornecem elementos do que é ético e moral, dentro de cada faixa etária. Outro ponto importante é que o futuro profissional interessado na área saiba que precisará trabalhar junto a advogados, juízes e famílias e, para isso, precisa estabelecer com cada um deles uma forma de diálogo que seja compreensível por todos. Para testarmos um pouco de prática na teoria, imagine-se agora um psicólogo atendendo a um caso de um paciente que perdeu a guarda da filha e está em processo judicial. O paciente lhe solicita que participe como psicólogo testemunha do caso. QUAL SERIA A POSTURA ADEQUADA? RESPOSTA RESPOSTA O psicólogo não deve negar-se, pois é também seu dever auxiliar na resolução do caso. Lembre-se que o “psicólogo pode ajudar no caso sem expor fatos sigilosos do paciente” (CFP, 2019). PSICOLOGIA DO ESPORTE A Psicologia do Esporte é uma área emergente, que compreende o estudo de pessoas e seus comportamentos em atividades esportivas e físicas, no contexto do esporte (WEINBERG; GOULD, 2001). Todavia, essa matéria não consta na grade curricular da maioria dos cursos de graduação. A Psicologia do Esporte surgiu no meio acadêmico, no contexto mundial, em 1920, nos Estados Unidos, e, no contexto brasileiro, somente na década de 1990 (SAMULSKI, 2009) (VIEIRA et al, 2010). A área tem como objetivos: javascript:void(0) 1 Analisar rendimentos de atletas. 2 Analisar performance de atletas. 3 Analisar fatores que atrapalham o rendimento dos atletas. 4 Realizar pesquisa científica ligada ao esporte. 5 Aconselhamento de atletas. 6 Reabilitação de atletas por lesões. 7 Promover o exercício para melhorar a saúde. 8 Desenvolver teorias para compreender o comportamento motor no esporte. 9 Estudos sobre a personalidade de atletas. 10 Preparação psicológica de atletas. Atualmente, a área permite uma gama de atividades que vão desde pesquisa até intervenções. Em relação ao atendimento clínico, percebe-se empresas de assessoria ou consultoria prestando atendimentos que envolvem reabilitação em casos de lesões e prevenção de danos. Já a área da pesquisa visa, principalmente, analisar as possíveis variáveis que atuam ou influenciam no desempenho, ligadas ao esporte competitivo (GAUVIN; SPENCE, 1995). Imaginemos a seguinte situação: Diante de um atleta que busca o alto rendimento para competir nas Olimpíadas, como seria o trabalho de intervenção de psicólogo? São intervenções possíveis: 1 Treino de capacidades psíquicas: Treino de concentração, autocontrole, automotivação. 2 Preparo para enfrentamento de situações de medo, fracasso e ativação de crenças disfuncionais. 3 Aconselhamento psicológico. 4 Trabalho sobre os pensamentos automáticos disfuncionais e distorções de pensamentos. O psicólogo do esporte, apesar de atuar em uma área nova, tem uma ampla possibilidade no mercado. Ao longo da graduação, o aluno pode buscar disciplinas voltadas à área do esporte, como Psicologia do Esporte, e disciplinas voltadas ao entendimento do funcionamento do corpo, como a Fisiologia e a Neuroanatomia. Essas disciplinas geralmente fazem parte das grades básicas e obrigatórias do curso e podem ser complementadas pela realização de estágios na área de Psicologia do Esporte. É possível também que o profissional formado busque cursos de pós-graduação voltados à atuação na psicologia do esporte. Outra possibilidade de atuação do psicólogo do esporte envolve o caminho de busca por uma pós-graduação stricto sensu (mestrado, doutorado e pós-doutorado) voltada ao aspecto mais acadêmico, estudando questões relativas ao instrumental humano voltado ao esporte e pesquisando o que pode influenciar o rendimento de um atleta, por exemplo. PSICOLOGIA SOCIAL A área da Psicologia Social surgiu precocemente na Psicologia como uma crítica à ênfase excessiva do trabalho do psicólogo no contexto da clínica individual. É uma área que estuda como o ser humano pensa ou pode ser influenciado ao se relacionar às pessoas. A área da Psicologia social faz uma grande inter-relação entre as disciplinas de Sociologia, Ciências Sociais, História, Geopolítica e Psicologia. Tem como principais objetivos de estudos: Imagem: Shutterstock.com Explicar como o indivíduo se comporta em relação à sociedade ou é modificado por ela. Imagem: Shutterstock.com Demonstrar a experiência social que o ser humano adquire na interação social com diversos grupos. Imagem: Shutterstock.com Analisar a convivência em sociedade. Imagem: Shutterstock.com Identificar as diversas respostas individuais a estímulos sociais. Imagem: Shutterstock.com Estudar as massas ou multidões. Imagem: Shutterstock.com Estudar os fenômenos coletivos (racismo, linchamento, homofobia, terrorismo).. A Psicologia Social subdivide-se em várias áreas de atuação teórica, tais como: PSICOLOGIA SÓCIO-HISTÓRICA Tem como base a teoria desenvolvimental de Vygotsky, que enfatiza o peso do fator social e das relações sociais que o indivíduo desenvolve ao longo da vida para compreensão do sujeito no meio social no qual ele está inserido. Assim, enfatiza-se a dependência social que um ser humano tem com outro ser humano. PSICOLOGIA SOCIAL CRÍTICA A ênfase da Psicologia social crítica é apontar que a Psicologia não deve resistir ao ambienteclínico, sendo necessário explorar outros ambientes e relações para compreender a história de vida de um sujeito. PSICOLOGIA SOCIOCOGNITIVA Também chamada de Psicologia cognitivista social, foi desenvolvida por Albert Bandura. Esse teórico foi importante para a teoria de aprendizagem social e aponta que nossos comportamentos são influenciados por modelos e observação ativa da realidade. TEORIA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS Subárea antiga da Psicologia social que se dedica a estudar a o conhecimento do senso comum como modificador do ser humano. Além disso, visa estudar o papel das transformações sociais decorrente do conhecimento do senso comum. ESTUDOS COM FAMÍLIAS A Psicologia social nessa subárea visa estudar o papel da família como importante fator de identidade e construção social, dialogando com abordagens clínicas da Psicologia, tais como a psicanálise. PSICOLOGIA SOCIAL, SAÚDE E ESCOLA Nessa subárea, a Psicologia social faz uma interface com outras áreas da Psicologia, tais como a saúde e a escolar, estudando os papéis e representações sociais dos seres humanos nesses contextos. IDENTIDADE SOCIAL, MOVIMENTOS SOCIAIS Nessa subárea, a Psicologia social se interessa em estudar as reações intergrupais e de formação de identidade social. Analisa também os diversos movimentos sociais que já existiram no mundo e como podem afetar o sujeito que a vivencia. PSICOLOGIA SOCIAL E SAÚDE MENTAL Nessa subárea, a Psicologia social preocupa-se em estudar a interface entre a Psicologia social e a saúde mental. Aqui é interessante que o aluno conheça a história dos manicômios e como eles afetaram a construção social do que se conhece como loucura. O campo de atuação do psicólogo social é bastante antigo, e o aluno interessado nessa área deve buscar um aprofundamento nas disciplinas voltadas à área social: Psicologia Social e Psicologia Grupal, por exemplo, as quais muitas vezes são disciplinas básicas e obrigatórias na grade curricular do curso, além de cursar estágios práticos. Neste vídeo, você conhecerá um pouco sobre a psicologia jurídica. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. SOBRE A FUNÇÃO DO PSICÓLOGO COMO TESTEMUNHA, ESCOLHA A ALTERNATIVA CORRETA: A) O psicólogo não pode aceitar por quebrar o sigilo. B) O psicólogo deve tirar conclusões a partir dos fatos. C) É dever do psicólogo negar o pedido. D) O psicólogo está ali para expor fatos, e não tirar conclusões a partir dos fatos. E) O psicólogo não deve ir. 2. SOBRE A FUNÇÃO DO PSICÓLOGO COMO PERITO, ESCOLHA A ALTERNATIVA CORRETA: A) O psicólogo perito vai na condição de amigo, auxilia o juiz fornecendo as bases para a resolução do caso (precisa prestar esclarecimentos à justiça). B) O psicólogo perito vai na condição de expert, auxilia o juiz fornecendo as bases para a resolução do caso (precisa prestar esclarecimentos à justiça). C) O psicólogo perito vai na condição de expert, auxilia o juiz fornecendo as bases para a não resolução do caso (precisa prestar esclarecimentos à justiça). D) O psicólogo perito não vai na condição de expert, auxilia o juiz fornecendo as bases para a resolução do caso (precisa prestar esclarecimentos à justiça). E) O psicólogo perito vai na condição de expert, mas não auxilia o juiz fornecendo as bases para a resolução do caso (precisa prestar esclarecimentos à justiça). GABARITO 1. Sobre a função do psicólogo como testemunha, escolha a alternativa correta: A alternativa "B " está correta. O psicólogo está ali não para expor fatos, mas para tirar conclusões a partir deles. O psicólogo do judiciário é aquele psicólogo, concursado público, que trabalha para o sistema judiciário, diariamente. Ele recebe os casos que precisa avaliar, normalmente, a pedido de um juiz. A finalidade dessa avaliação é fornecer subsídios para o juiz tomar decisões nas ações, por meio da elaboração de laudos. Existem duas situações diferentes nas quais o psicólogo pode participar de um processo judicial a pedido dos advogados da parte interessada: O psicólogo testemunha e o psicólogo perito. a) psicólogo-testemunha: Pode ser qualquer cidadão que tenha presenciado um fato e que, por isso, pode auxiliar na resolução de um caso na justiça. b) psicólogo perito: O psicólogo, na condição de expert, auxilia o juiz fornecendo as bases para a resolução do caso (precisa prestar esclarecimentos à justiça). 2. Sobre a função do psicólogo como perito, escolha a alternativa correta: A alternativa "B " está correta. O psicólogo perito vai na condição de expert, auxilia o juiz fornecendo as bases para a resolução do caso (precisa prestar esclarecimentos à justiça). A Psicologia Jurídica é uma área relativamente nova no Brasil e que tem ganhado cada vez mais espaço e atraído a atenção de psicólogos. O psicólogo que atua nessa área trabalha com o sistema de justiça. Muitas nomenclaturas são encontradas na literatura: Psicologia Forense, Psicologia Judiciária, peritos do juiz, peritos da parte (indicado por advogados), psicólogos-testemunhas em processos judiciais. MÓDULO 3 Identificar as interfaces do trabalho multidisciplinar do psicólogo O TRABALHO MULDISCIPLINAR A Psicologia como ciência possibilita uma infinidade de áreas de atuação em conjunto com outros profissionais. A seguir, apresentaremos a importância do trabalho multidisciplinar do psicólogo, que favorece o trabalho em equipe, e como esse tipo de trabalho possibilita um maior bem-estar ao paciente. TRABALHO MULTIDISCIPLINAR DO PSICÓLOGO Quase todas as áreas de atuação da Psicologia envolvem o trabalho em equipe multidisciplinar. Veja alguns contextos que exemplificam as ações multidisciplinares da Psicologia: Foto: Shutterstock.com PSICÓLOGO CLÍNICO Precisa discutir casos com outros profissionais envolvidos no processo de cuidar do paciente (psiquiatra, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, acompanhante terapêutico, neuropsicólogo, dentre outros). Foto: Shutterstock.com PSICÓLOGO HOSPITALAR Precisar discutir casos com a equipe e falar a mesma linguagem com os profissionais, dentre outros. Foto: Shutterstock.com PSICÓLOGO JUDICIÁRIO Precisa saber dialogar com o juiz, advogado, familiar, assistente social, entre outros. Foto: Shutterstock.com PSICÓLOGO ESCOLAR Precisa discutir casos com a pedagoga, diretora, entre outros. Foto: Shutterstock.com PSICÓLOGO SOCIAL Precisa discutir casos com o assistente social, sociólogo, entre outros. Foto: Shutterstock.com PSICÓLOGO DO ESPORTE Precisa discutir casos com o treinador da equipe, médicos envolvidos no tratamento, entre outros. Foto: Shutterstock.com PSICÓLOGO ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO Precisa discutir casos com o administrador de empresas, com o diretor, com o gestor, com o gerente, com o auxiliar, entre outros. Observe que em todas as áreas destacadas o trabalho do psicólogo envolveu a discussão e o trabalho em conjunto com diversos outros profissionais. A vantagem de se trabalhar em conjunto envolve o fato de o paciente receber o melhor tratamento possível disponível, bem como poder olhar sobre vários ângulos e aplicar no paciente a intervenção com menores impactos e maiores chances de sucesso, otimizando o tratamento. Para o bom entendimento de uma equipe multidisciplinar, precisamos compreender e superar o que se chamava antigamente de “modelo biológico”, evoluindo para o modelo de atendimento chamado “biopsicossocial”. O modelo biológico se fundamenta na medicina e considera o profissional médico como figura central, depositando nas mãos desse profissional a responsabilidade do cuidado. Já o modelo biopsicossocial aponta que deve haver uma divisão do cuidado por diferentes profissionais, uma vez que o ser humano deve ser visto e tratado como um todo, em seus múltiplos aspectos: biológico, social, espiritual, mental, físico, entre outros. Existe também uma diferenciação entre as palavras multidisciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar que merece nossa atenção: MULTIDISCIPLINAR Trabalhode diferentes profissionais atuando sobre um caso, porém, não necessariamente de forma conjunta e/ou ao mesmo tempo, decidindo condutas conjuntamente. Um exemplo seria um paciente que é atendido por um médico, por um psicólogo, por um terapeuta ocupacional e por um fisioterapeuta, porém os profissionais não conversam para decidir condutas conjuntas. INTERDISCIPLINAR Trabalho conjunto de múltiplas especialidades no qual os profissionais decidem conjuntamente qual será a conduta para cada caso em específico. Um exemplo seria um paciente que é atendido por um psicólogo, um médico e um terapeuta ocupacional, que decidem juntos a melhor conduta para o caso específico, traçando diretrizes para o mesmo a fim de reduzir sintomas. TRANSDISCIPLINAR Envolve o trabalho de múltiplos profissionais e, além disso, tenta suprir uma lacuna oferecendo um conhecimento mais amplo e mais aberto, pois leva em consideração o desenvolvimento dos conhecimentos da complexidade humana e da cultura. Tal complexidade exige interdisciplinaridade com a genética, o biológico, o psicológico, o cultural, a sociedade, o espiritual. Isso significa dizer que a transdisciplinaridade se preocupa com uma interação entre as disciplinas, com a promoção de um diálogo entre essas diferentes áreas. Independentemente de o trabalho em saúde ser interdisciplinar, multidisciplinar ou transdisciplinar, o mais importante é que a comunicação entre os membros da equipe ocorra de modo assertivo, a fim de que não haja ruídos nessa forma de se comunicar. Os ruídos podem prejudicar: A comunicação entre a equipe. O paciente e sua melhora. A adesão do paciente ao tratamento. A adesão do familiar ao tratamento. Uma conduta interventiva. Outro ponto importante a ser destacado refere-se à ênfase excessiva em nossa cultura da valorização do modelo médico-biológico sobre o ato de cuidar: O MODELO BIOMÉDICO É uma visão que considera a doença apenas em seu aspecto biológico. Nessa concepção, saúde seria ausência de doenças e o psicólogo seria apenas um auxiliar da tarefa médica, ajustando os comportamentos para o tratamento físico. Uma forma de trabalho que devemos buscar é o modelo biopsicossocial que considera a saúde como multifatorial, ou seja, ela seria resultado da interação dos processos biológicos, psicológicos e sociais. Nesse sentido, podemos compreender a doença em sua totalidade e contexto, identificando as causas e consequências nos diversos âmbitos. Esse modelo resgata a complexidade do sujeito e do processo de saúde/adoecimento. O modelo biopsicossocial: figura central é de uma equipe multiprofissional com tratamento coletivo/grupal, sendo o objetivo: Promover a saúde e melhorar a qualidade de vida Atuar sobre fatores de risco Centrado na comunidade, residências, rede de atenção biopsicosocial Foto: Mariana Fortunata Figura 2: Representação do modelo biomédico. Foto: Mariana Fortunata Figura 3: Representação do modelo biopsicossocial. Outro ponto bastante relevante no trabalho multidisciplinar do psicólogo envolve a necessidade de identificar, principalmente, na atuação em saúde, os sinais e sintomas: SINAIS Envolvem um aspecto objetivo, observado pelo profissional da saúde. SINTOMAS Envolvem um aspecto subjetivo, relato do paciente. Algumas funções ou campos de trabalho do profissional de saúde em equipe multidisciplinar envolverão: COORDENAÇÃO Em equipes inter e multidisciplinares. AJUDA DURANTE A INTERNAÇÃO Readaptação paciente e recuperação. INTERCONSULTA Consultor, ajudando profissionais a lidarem com pacientes. ENLACE Intervenção psicoterápica, longa duração. ASSISTENCIAL Intervenção psicoterápica, emergência/curta duração. GESTÃO EM RECURSOS HUMANOS Funções de contratação. Além disso, intervenções grupais são possíveis e muito utilizadas na prática, apesar da carência de profissionais habilitados no mercado. Esse tipo de intervenção pode ser realizado por meio de: GRUPOS TERAPÊUTICOS Objetivo/propósito terapêutico, ou seja, são grupos que visam tratar e/ou intervir em sinais e sintomas. Nesse caso, os pacientes são rigorosamente selecionados para participar dos grupos. Ex: Grupo de pacientes com depressão (reduzir sintomas). GRUPOS COMUNITÁRIOS Voltados ao autocuidado da comunidade como um todo, e qualquer pessoa com ou sem doença pode participar, visam promoção e prevenção de saúde. Ex: Grupo comunitário em saúde mental. GRUPOS PSICOPROFILAXIA Grupos com uma temática específica, nos quais quem participa possui um determinado tipo de problema específico; visam atuar na preveção/promoção saúde. Ex: Psicoeducação. GRUPOS OPERATIVOS Grupos de indivíduos que se reúnem em torno de interesses/metas comuns de mudanças específicas. Ex: AA, obesos, adesão ao medicamento. Imaginemos um caso clínico em que existem falhas na comunicação entre os diversos profissionais que conformam a equipe multiprofissional. “José, paciente idoso de 90 anos, esteve internado por 20 dias no hospital devido a uma complicação no fêmur esquerdo decorrente de uma queda. Os exames relataram que a complicação de José iria impedi-lo de andar e essa notícia deveria ser comunicada à família. Os médicos repassaram essa função ao psicólogo da equipe, dizendo que ele deveria comunicar isso à família, pois é para isso que ele servia na unidade”. COMO O PSICÓLOGO PODE INTERVIR NESSA SITUAÇÃO? RESPOSTA RESPOTA Um psicólogo atuando na prática e lidando com esse tipo de problema poderia resolver esse ruído da comunicação, destacando que todos os profissionais da equipe são responsáveis por comunicar notícias e, portanto, essa situação não deve ser delegada somente a um profissional. Não cabe apenas ao psicólogo a comunicação de más notícias e, para tanto, o psicólogo deve manter uma fala assertiva e direcionada à resolução de conflitos entre a equipe multidisciplinar. Atuar em equipe multidisciplinar envolve mais do que participar, conjuntamente, do acompanhamento de um paciente, mas também sugerir medidas terapêuticas que sejam melhores e mais eficazes para um paciente em um determinado momento de sua vida. Por isso, é necessário que a comunicação entre a equipe ocorra sem ruídos, de modo a agregar e evitar conflitos ou confusões. É comum ainda existir a hegemonia do modelo biomédico e da valorização do saber médico acima de outras áreas do conhecimento. A força e aplicação do modelo biopsicossocial tem conquistado seu espaço de forma ainda tímida. Diversas barreiras atrapalham o trabalho em equipe e, dentre elas, podemos citar, por exemplo, o trabalho de um psicólogo clínico que desempenha sua prática de forma isolada em consultório particular, sem diálogo com outros especialistas que acompanham o caso. Muitas vezes isso acontece por que os profissionais envolvidos no caso: javascript:void(0) 1 Não disponibilizam de tempo para discussão de caso. 2 Não querem ‘’perder’’ tempo com esse tipo de discussão. 3 Acreditam que sua área de saber é soberana sobre outras áreas. 4 Não fazem uso de uma linguagem inteligível para múltiplas áreas de saber. 5 Valorizam o saber técnico em detrimento do social, ambiental e relacional. 6 Desvalorizam o saber psicológico. 7 Acreditam que cada profissional deve saber o que fazer e que não precisam de uma segunda opinião. 8 Lotam suas agendas de novos pacientes e não disponibilizam horas para estudo de caso dos pacientes. 9 Muitas vezes o psicólogo precisa conquistar a confiança da equipe multidisciplinar para poder assim sugerir alguma intervenção diferente à equipe multiprofissional. O Sistema Único de Saúde (SUS), em conjunto com as Conferências Nacionais de Saúde, realizadas desde 1986, preconiza e recomenda fortemente o trabalho multidisciplinar, bem como a ênfase no modelo de assistência que seja biopsicossocial e menos médico centrado e/ou biomédico centrado. Há várias possibilidades de atuação do psicólogo em equipe multiprofissional.APOIO FAMILIAR MEDIAÇÃO DE CONFLITOS INTERFERÊNCIA ACOMPANHAMENTO PRESTAÇÃO DE AUXÍLIO APOIO FAMILIAR Quando algum membro da equipe solicita que se acione um psicólogo para boa condução do caso; a demanda surge da própria equipe. MEDIAÇÃO DE CONFLITOS Para sanar conflitos existentes dentro de uma equipe multiprofissional. INTERFERÊNCIA Para intervir com um membro da equipe em questão. ACOMPANHAMENTO Para acompanhamento de um caso que é encaminhado para tratamento em outra especialidade. PRESTAÇÃO DE AUXÍLIO A pedido do paciente e/ou do familiar. Podemos citar um exemplo que ocorre tipicamente em um ambiente hospitalar para destacar a importância do trabalho em equipe multiprofissional: “Imagine um hospital escola, no ambulatório de cirurgia infantil, especificamente o caso de uma criança que já passou por vários procedimentos cirúrgicos e, de repente, necessita de mais um. Além de todos esses problemas, a mãe se nega a realizá-lo dizendo que muitas cirurgias já foram feitas e que não vai fazer com que a criança passe novamente por mais um procedimento. Nessa hora a equipe aciona o psicólogo para que ele convença a mãe de que o procedimento cirúrgico é importante, pois se vê sem saída. O psicólogo é chamado para conversar com a mãe da criança (ouve suas angústias, suas dores, suas reclamações). Escuta a mãe expondo que não entende por que mais um procedimento e não sabe como o procedimento será feito. O psicólogo então explica por meio de um desenho como será o procedimento e a mãe compreende. O psicólogo dialoga com a mãe e juntos avaliam as vantagens e as desvantagens de se fazer esse procedimento. Eis que a mãe chega à conclusão de que há mais vantagens em fazer e decide pela cirurgia.” Nesse caso, podemos perceber, claramente, a importância do diálogo entre os membros de uma equipe, bem como entre os membros da equipe e os pacientes envolvidos. A escuta qualificada do profissional é uma ferramenta essencial para promoção do cuidado e colaboração do paciente para com a realização de procedimentos. Outro fator complicador do trabalho do psicólogo é quando ocorre uma sobrecarga de demanda sobre o trabalho dele ao participar de equipes multidisciplinares. Um exemplo clássico é a comunicação de más notícias, quando muitas vezes o médico se sente sem habilidade em comunicar aos familiares uma notificação de morte, atribuindo essa função ao psicólogo. Muitos profissionais da saúde possuem um excesso de saber técnico, porém uma carência muito grande do saber humanizado, do saber subjetivo, de saber ouvir o paciente em suas vontades, preferências ou opiniões. Olhando pelo lado dos profissionais da saúde, eles carecem de um preparo e de um suporte adequado, sendo muitas das vezes expostos a cargas horárias de trabalho exaustivas, longas jornadas, sem suporte emocional e/ou o oferecimento de um serviço de escuta. COMENTÁRIO Como consequência dessas condições de trabalho, um dos problemas que mais tem interferido sobre o trabalho em equipe é o adoecimento da equipe como um todo e/ou o adoecimento de alguns dos integrantes da equipe. ATENÇÃO Dentre os transtornos psiquiátricos que podem acometer os profissionais da saúde, os mais comuns são depressão, ansiedade e síndrome de Burnout. Essa última pode ser caracterizada por uma exaustão extrema no ambiente de trabalho, também conhecida como síndrome do esgotamento. Os sintomas dessa síndrome incluem cansaço mental e físico, insônia, dificuldade de concentração, perda do apetite, irritabilidade, agressividade, lapsos de memória, baixa autoestima, desânimo, dores de cabeça, negatividade, sentimento de derrota, isolamento social, pressão alta e tristeza em excesso. Para evitar esse tipo de problema, é importante que todos os membros da equipe possam contar com suporte, assistência, cuidados médicos, boas condições de trabalho e integração com a equipe e colegas. Dessa forma, também precisamos considerar no trabalho multidisciplinar a necessidade de cuidar de si mesmo; afinal, para conseguir ajudar o outro, o psicólogo deve também estar bem consigo mesmo, tanto como pessoa quanto como profissional e membro de determinada equipe. ATENÇÃO Para uma boa integração dos profissionais da equipe é de bom tom que se conquiste a confiança mútua entre os profissionais, de maneira que todos saibam que ninguém é melhor do que ninguém. É necessário abrir espaço para que haja compreensão do paciente acerca de sua condição, bem como criar condições para que a família também possa ter um bom espaço de fala e discussão com a equipe. No entanto, na prática, observa-se que nem sempre isso é possível, pois o excesso de pacientes ou o número insuficiente de profissionais fazem com que esse mundo ideal não seja possível de alcançar. Neste vídeo, você conhecerá um pouco sobre a importância do trabalho multidisciplinar em saúde. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. SOBRE TRABALHO DE EQUIPE MULTIDISCIPLINAR, ESCOLHA A ALTERNATIVA QUE MELHOR CARACTERIZA ESSA PRÁTICA: A) O estresse sofrido pelo profissional não interfere no ajustamento no trabalho. B) As horas extras não são fatores que interferem no ajustamento. C) São inúmeras as variáveis que podem interferir no ajustamento ou desajustamento ao trabalho. D) Ainda não foram mapeadas quais variáveis podem interferir no ajustamento. E) O psicólogo não atua em equipe multidisciplinar. 2. SOBRE TRABALHO DE EQUIPE E LIDERANÇA, ESCOLHA A ALTERNATIVA QUE MELHOR CARACTERIZA ESSA PRÁTICA DO PROFISSIONAL PSICÓLOGO: A) No Brasil, é uma área densa e vastamente estudada. B) O fator humano não interfere em nada nos atendimentos psicológicos. C) Não é uma variável relevante de ser estudada, visto que é objetiva. D) É de extrema importância estudar as variáveis ou fatores humanos que interferem no atendimento clínico. E) O psicólogo não atua em equipe multidisciplinar. GABARITO 1. Sobre trabalho de equipe multidisciplinar, escolha a alternativa que melhor caracteriza essa prática: A alternativa "C " está correta. São inúmeras as variáveis que podem interferir no ajustamento ou desajustamento ao trabalho. O mais importante é que comunicação entre os membros da equipe ocorra de modo assertivo, a fim de que não haja ruídos nessa forma de se comunicar. Os ruídos prejudicam: A comunicação entre a equipe; O paciente e sua melhora; A adesão do paciente ao tratamento; A adesão do familiar ao tratamento; Uma conduta interventiva pouco adequada. 2. Sobre trabalho de equipe e liderança, escolha a alternativa que melhor caracteriza essa prática do profissional psicólogo: A alternativa "D " está correta. Um dos problemas que mais recentemente tem interferido no trabalho em equipe é o adoecimento da equipe como um todo e/ou o adoecimento de alguns dos integrantes da equipe. Dentre os transtornos psiquiátricos que podem acometer os profissionais da saúde, os mais comuns são depressão, ansiedade e síndrome de Burnout. Outro ponto de vista a se considerar envolve a necessidade de autocuidado. MÓDULO 4 Reconhecer o compromisso social e ético do psicólogo na atualidade MORAL E ÉTICA A seguir, exploraremos os conceitos éticos e bioéticos voltados aos cuidados que o psicólogo deve apresentar ao exercer a sua profissão. Veremos alguns aspectos básicos e/ou fundamentais acerca da diferença entre ética e moral, bem como suas implicações para os cuidados voltados à prática e à atuação. COMPROMISSO SOCIAL E ÉTICO DO PSICÓLOGO Você já deve ter parado para se perguntar as seguintes questões: Isso é bom ou ruim? Devo ou não devo? É certo ou é errado? Essas e outras perguntas estão diretamente ligadas aos conceitos de ética e moral, e serão explanadas aqui. No dia a dia, o público em geral considera que ética é sinônimo de moral, como se os termos significassem a mesma coisa. Embora estejam relacionados entre si, são conceitos distintos. MORAL Refere-se a um conjunto de normas que regulam o comportamento do homem em sociedade,normas essas que são adquiridas pela educação, cultura e tradição. ÉTICA Refere-se a um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade e serve para que haja um equilíbrio e um bom funcionamento social. É a forma que o homem deve se comportar no meio social. O conceito de moral deriva do latim morales e sempre existiu nos seres humanos a partir do momento em que começaram a conviver em grupos, desde os agrupamentos mais primitivos. A partir de então, todos possuem consciência moral para escolher entre o bem e o mal, o certo e o errado. A moral é a pessoa ou sociedade que não tem senso do que seja moral, ou quando a questão moral é desconhecida ou não levada em consideração. A China, por exemplo, assume uma estratégia de matar bebês a fim de controlar a taxa de natalidade do país. Outro conceito importante atrelado à moral refere-se ao assédio moral, que se caracteriza por uma atitude frequente ou repetitiva de ofensas verbais, ou tom de voz agressivo, dirigidas a uma pessoa, em geral, no contexto do trabalho. COMENTÁRIO Quando o chefe ou superior solicita uma tarefa ou meta a ser cumprida, com prazo curto de entrega, assumindo essa postura repetitiva por várias vezes, essa pode ser considerada uma conduta imoral Já a ética é um conceito que todos sabem o que é, ainda que seja de difícil definição. O termo ética deriva do grego ethos e significa caráter, modo de ser de uma pessoa. A ética não pode ser confundida com as leis, mas está relacionada com o sentimento de justiça social. A ética é construída por uma sociedade com base nos valores históricos e culturais. Uma pessoa que não segue os padrões éticos é chamada de antiética e, em geral, a conduta antiética é também ilegal, pois muitas vezes infringe uma norma e/ou um regulamento estabelecido em sociedade. Em suma, vejamos no quadro a seguir: Ética Moral Princípio Conduta É permanente É temporal É universal É cultural É regra É conduta da regra É teoria É prática Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Quadro 1: Diferença entre ética e moral. Elaborado por: Mariana Fortunata. Os conceitos de ética e moral permeiam todas as áreas de conhecimento, incluindo o campo da saúde, sendo fundamental analisar a bioética como a aplicação da ética voltada a saúde. ÉTICA VOLTADA À SAÚDE: BIOÉTICA O estudo da Bioética voltada à saúde é uma questão fundamental desde 1920. Um primeiro imperativo bioético diz que essa é a ciência que respeita, em princípio, cada ser vivo como uma finalidade em si, e trata-o como tal na medida do possível. Nesse sentido, o foco ou finalidade é sempre o paciente que está sendo atendido. Para Van Rensselaer Potter (1971), a Bioética é a forma de enfatizar os dois componentes mais importantes para se atingir uma nova sabedoria, tão necessária: conhecimento biológico e valores humanos. Em um dado momento dos progressos e avanços da ciência foi questionado: Até onde o ser humano pode investigar? Quais seriam os limites? Essas são questões amplamente discutidas e tratadas pela Bioética. Outra pergunta que permeia a Bioética refere-se ao questionamento de “quão certo é manter vivo por anos um paciente em estado vegetativo e respirando com o auxílio de aparelhos”. A pergunta que aqui se instala é: Qual é a adequação disso? Os valores humanos precisam se modificar e se adequar às novas possibilidades tecnológicas. A eutanásia pode ser uma prática aceita em saúde? Quais são os seus limites? Bioética seria então uma reflexão importante, porém muito complexa (possui diversos aspectos envolvidos) e interdisciplinar (entre áreas humanas e da saúde), que diz respeito às adequações das atitudes que permeiam a vida. De acordo com a figura a seguir, você pode verificar que Bioética é uma ciência permeada de fatores ou variáveis. Figura 4 .Variáveis na Bioética. Muitos temas críticos precisam ser postos em discussão no que se refere à Bioética, tais como: 1 O acesso a um sistema único de saúde. 2 Relação entre os profissionais e o paciente (privacidade). 3 A disponibilidade de diagnósticos, tratamentos e aconselhamentos. 4 Reprodução assistida, aborto. 5 Exames realizados com a presença somente de um profissional. javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) 6 Morte e o morrer (critérios de morte, limitações de tratamento, eutanásia). No que tange a relação entre profissionais da saúde, o paciente e a privacidade, inúmeras polêmicas podem ser analisadas. Hossne (2013) aponta a importância em analisarmos o caso Tarassof. Um estudante indiano, em 1969, matou Tatiana Tarasoff. Devido a questões culturais, ele achava que ela estava interessada nele para estabelecer uma relação amorosa. Pelo contrário, ela se afastou, explicando que não tinha qualquer interesse em manter uma relação afetiva com ele. O impacto dessa notícia fez com que ele procurasse um psicólogo e na consulta ele afirmou que mataria a jovem. Um pouco mais tarde, a jovem foi morta por ele. Uma das questões que poderíamos abordar aqui é: Deveria o psicólogo ter alertado os familiares e/ou as autoridades sobre o perigo desse ato, evitando um dano maior? Nesse caso, a defesa da vida deve ser prioritária ao sigilo, justificando as exceções a ele. Existe uma diferenciação importante que diz respeito à diferenciação entre privacidade e confidencialidade. A PRIVACIDADE Envolve a limitação do acesso às informações de uma dada pessoa, bem como a liberdade de não ser observado sem uma autorização prévia. Por exemplo: No caso da necessidade de quebra de sigilo mediante um relato de um paciente de queixas de que ele foi abusado sexualmente pelo padrasto, é primordial conversar antes com o paciente e decidir sobre a quebra de sigilo. A CONFIDENCIALIDADE Envolve a garantia da preservação das informações dadas em confiança e sua proteção contra a revelação não autorizada. Por exemplo: Algum processo que esteja em segredo de justiça. Outros instrumentos legais abordam a questão da confidencialidade e sigilo de maneiras diferentes. Por exemplo, o Código Penal Brasileiro de 1941 diz no artigo 154 – Revelar alguém, sem justa causa, segredo de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem: Pena de detenção de 3 meses a 1 ano ou multa. javascript:void(0) O Código de Ética da Enfermagem (2007), no artigo 19, diz que é dever respeitar o pudor, a privacidade e a intimidade do ser humano, em todo seu ciclo vital, inclusive nas situações de morte e pós-morte. No artigo 81, diz que deve abster-se de revelar informações confidenciais de que tenha conhecimento em razão do seu exercício profissional a pessoas ou entidades que não estejam obrigadas ao sigilo. Em caso de audiência (testemunhar em corte judicial), o profissional tem o direito de se abster a fornecer informações particulares de seus clientes ou pacientes. Já no Código de Ética Médica, no artigo 73, tem-se que: É VEDADO AO MÉDICO: ART. 73. REVELAR FATO DE QUE TENHA CONHECIMENTO EM VIRTUDE DO EXERCÍCIO DE SUA PROFISSÃO, SALVO POR MOTIVO JUSTO, DEVER LEGAL OU CONSENTIMENTO, POR ESCRITO, DO PACIENTE. PARÁGRAFO ÚNICO. PERMANECE ESSA PROIBIÇÃO: A) MESMO QUE O FATO SEJA DE CONHECIMENTO PÚBLICO OU O PACIENTE TENHA FALECIDO; B) QUANDO DE SEU DEPOIMENTO COMO TESTEMUNHA. NESSA HIPÓTESE, O MÉDICO COMPARECERÁ PERANTE A AUTORIDADE E DECLARARÁ SEU IMPEDIMENTO; C) NA INVESTIGAÇÃO DE SUSPEITA DE CRIME O MÉDICO ESTARÁ IMPEDIDO DE REVELAR SEGREDO QUE POSSA EXPOR O PACIENTE A PROCESSO PENAL. Outra questão relevante de ser discutida envolve a comunicação de abuso sofrido pelo idoso (Lei 10741/2003 – Estatuto do Idoso), que diz que o profissional da saúde possui respaldo legal para quebrar o sigilo nessas situações. Comunicar ao Ministério Público, à polícia, ou ainda aos familiares. Para ilustrarmos os conceitos, imagine as seguintes situações:Em um determinado país, quebrar o sigilo da psicoterapia não é permitido. SE A PACIENTE MUDA PARA UM PAÍS NO QUAL A QUEBRA DE SIGILO É PERMITIDA EM ALGUNS CASOS, COMO PROCEDER NESSA OCASIÃO? RESPOSTA RESPOSTA Toda quebra de sigilo tem que antes ser muito bem conversada com o paciente, sempre levando em consideração os benefícios e prejuízos dessa quebra, comunicando as autoridades competentes quando assim necessário for. Analisemos o Código de Ética do Profissional Psicólogo, o qual se faz imprescindível para a atuação na profissão em qualquer especialidade que ele deseje atuar. O Código de Ética pode ser facilmente acessado por meio do site do Conselho Federal de Psicologia (CFP), bem como do Conselho Regional de Psicologia (CRP). O psicólogo, ao se formar e se registrar no CRP, recebe uma aula sobre o código de ética e o código de ética impresso. javascript:void(0) O código de ética não é estático e se modifica ao longo do tempo, conforme surgem novas necessidades da sociedade. Para se ter uma ideia, a última versão do código foi revisada e reformulada em 2005, durante o 13º Plenário do CFP. ATENÇÃO O trabalho sobre o código de ética envolve uma construção democrática, formada ao longo dos anos por grupos de profissionais e professores que participaram de debates nos fóruns nacionais de ética. Atualmente, este é o terceiro código de ética reformulado. O código de ética começa com uma apresentação aos usuários, explicando que toda profissão precisa ser composta por um corpo de práticas para atender às suas demandas e nortear ações ou condutas para que sejam éticas e dentro das normas. O código de ética pontua ainda a necessidade de pautar o trabalho com base no respeito ao sujeito, à sociedade e ao familiar. O Código traz consigo a função de ser um instrumento de reflexão na prática, e visa abrir um espaço de discussão com a sociedade, contemplando a diversidade que é inerente à profissão. Na sequência, o código visa apresentar os princípios fundamentais sobre os quais os psicólogos pautarão suas práticas, sendo composto de princípios básicos: Nortear sua prática no respeito, na promoção da saúde e da qualidade de vida, na responsabilidade social, e na análise da realidade política. Além disso, é primordial que o psicólogo atue com responsabilidade, promova a universalização de acesso e zele pelo exercício profissional com dignidade. O item que apresenta as responsabilidades do psicólogo apresenta alguns deveres importantes da profissão. Dentre eles: Conhecer e divulgar o código Ser responsável Prestar serviço de qualidade Prestar serviço em situações de calamidade pública Fornecer informações decorrentes de sua prática Orientar e realizar encaminhamentos apropriados Zelar pela comercialização e aquisição de documentos exclusivos da prática do psicólogo. Além disso, é importante que o psicólogo respeite o trabalho dos demais profissionais. Na sequência, o código apresenta tudo aquilo que é vedado ao psicólogo de executar, tais como: Ser conivente com atos discriminatórios, induzir convicções políticas ou religiosas, ser conivente com faltas éticas, emitir documentos sem fundamentação teórica e técnica, interferir na validade dos instrumentos, prolongar desnecessariamente um atendimento, receber ou pagar por encaminhamentos de pacientes. Posteriormente, o código traz outros artigos que tangem a remuneração, o relacionamento com outros profissionais, a prestação de serviço e o atendimento não eventual de criança, adolescente ou interdito, entre outros. Um ponto muito importante refere-se à interrupção do trabalho do psicólogo, que aponta que ele deverá zelar pelo destino dos arquivos confidenciais. ATENÇÃO Outro ponto bastante polêmico do código se refere à promoção pública dos seus serviços, que deve sempre informar seu nome completo, número de CRP, fazer referência somente a títulos que possua, não utilizar o preço do seu serviço como forma de propaganda nem fazer previsão de resultados. Caso alguma transgressão ocorra ao longo do código, o psicólogo poderá sofrer as seguintes penalidades: 1 Advertência, multa 2 Censura pública javascript:void(0) javascript:void(0) 3 Suspensão do exercício profissional por até trinta dias 4 Cassação do exercício profissional É claro que pode haver inúmeros casos não contemplados no código com os quais o psicólogo vai se deparar na prática do exercício de sua profissão. Quando isso acontecer, todas as dúvidas ou omissões presentes no código deverão ser resolvidas pelos conselhos regionais de Psicologia, competindo ao Conselho Federal de Psicologia firmar jurisprudência dos casos omissos para incorporar nas futuras versões do código. Além de tudo que já foi exposto, qualquer profissional deve saber que as normas éticas regem as profissões não para punir, mas para orientar e conduzir uma boa prática. Tudo isso para que o trabalho seja feito com cuidado e qualidade, oferecendo o melhor serviço possível. Neste vídeo, você conhecerá um pouco sobre ética na Psicologia. javascript:void(0) javascript:void(0) VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. EM RELAÇÃO À DIFERENÇA ENTRE CONFIDENCIALIDADE E PRIVACIDADE, ESCOLHA A ALTERNATIVA CORRETA: A) No Brasil, é uma área pouco importante. B) Confidencialidade: Não envolve a garantia da preservação das informações dadas em confiança, nem sua proteção contra a revelação não autorizada. C) Privacidade: Envolve a limitação do acesso às informações de uma dada pessoa, mas não envolve a liberdade de não ser observado sem uma autorização prévia. D) Privacidade: Envolve a limitação do acesso às informações de uma dada pessoa, bem como a liberdade de não ser observado sem uma autorização prévia. E) Privacidade: Não envolve a limitação do acesso às informações de uma dada pessoa, mas sim a liberdade de não ser observado sem uma autorização prévia. 2. EM RELAÇÃO AOS TEMAS CRÍTICOS QUE PRECISAM SER POSTOS EM DISCUSSÃO NO QUE SE REFERE À BIOÉTICA, ESCOLHA A ALTERNATIVA CORRETA: A) Eutanásia é um tema importante para ser discutido. B) Exame realizado com a presença somente de um profissional não é um tema importante para ser discutido. C) Relação entre os profissionais e o paciente (privacidade) não é um tema importante para ser discutido. D) Eutanásia não é um tema importante para ser discutido. E) No Brasil, é uma área pouco importante. GABARITO 1. Em relação à diferença entre confidencialidade e privacidade, escolha a alternativa correta: A alternativa "D " está correta. Privacidade: Envolve a limitação do acesso às informações de uma dada pessoa, bem como a liberdade de não ser observado sem uma autorização prévia. Confidencialidade: Envolve a garantia da preservação das informações dadas em confiança e a sua proteção contra a revelação não autorizada. 2. Em relação aos temas críticos que precisam ser postos em discussão no que se refere à bioética, escolha a alternativa correta: A alternativa "A " está correta. A eutanásia é um tema importante para ser discutido pois envolve uma reflexão importante, porém muito complexa (possui diversos aspectos envolvidos) e interdisciplinar (entre áreas humanas e da saúde), que diz respeito a adequações das atitudes que permeiam a vida. CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Você deu seus primeiros passos no campo de conhecimento das diferentes áreas de atuação em Psicologia (clínica, organizacional, escolar, do esporte escolar, jurídica e social), e agora sabe que, se seu desejo for desenvolver algum tipo de intervenção em algumas dessas áreas, você precisa seguir uma série de recomendações éticas e bioéticas. Isso é fundamental tanto para a boa condução do caso quanto para garantir que seus pacientes não tenham seus direitos humanos violados. Outro aspecto importante envolve a ênfase do trabalho multidisciplinar, agregando pontos positivos na prática do psicólogo e permitindo melhorar a qualidade de vida do paciente. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS BECK, A.T. et al. Terapiacognitiva da depressão. Porto Alegre: Artmed, 1997. CASTRO, E.K.; BORNHOLDT, E. Psicologia da saúde x Psicologia hospitalar: definições e possibilidades de inserção profissional. Psicologia: ciência e profissão, v. 24, n. 3, p. 48-57, 2004. Consultado em meio eletrônico em: 3 fev. 2021. DE OLIVEIRA BORGES, L. et al. O exercício do papel profissional na Psicologia Organizacional e do Trabalho. Revista Psicologia: Organizações e Trabalho, v. 5, n. 2, p. 101- 139, 2005. Consultado em meio eletrônico em: 3 fev. 2021. DUTRA, E. Considerações sobre as significações da Psicologia clínica na contemporaneidade. 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O que é Psicologia social. São Paulo: Brasiliense, 2017. QUEIROZ, A.H.A.B. et al. Percepção de familiares e profissionais de saúde sobre os cuidados no final da vida no âmbito da atenção primária à saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 18, 2615-2623, 2013. SANCHES, S.M.; DOSIL DÍAS, J. Um olhar positivo sobre a Psicologia do esporte: contribuições da Psicologia positiva. Revista Brasileira de Psicologia do Esporte, v. 2, n. 2, p. 1- 23, 2008. SIMONETTI, A. Manual de Psicologia hospitalar. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004. TORRES, C.; NEIVA, E.R. Psicologia social. Rio de Janeiro: Artmed, 2011. CONTEUDISTA Mariana Fortunata Donadon CURRÍCULO LATTES javascript:void(0);