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Modulo_6_Assistencia_de_Enfermagem_na_prevencao_e_cuidado_nas_lesoes_de_pele_

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Módulo 6: Assistência de enfermagem na 
prevenção e
cuidados nas lesões de pele
Profª Dra Carolina Caruccio Montanari
Objetivos de aprendizagem:
• Identificar os tipos de lesões de pele;
• Compreender como deve ser feita a prevenção no cuidado 
com o paciente;
• Avaliar o cuidado mais adequado de acordo com o tipo da 
lesão.
Lesões de pele - Feridas
• Interrupções da integridade cutâneo-mucosa que resultam no desequilíbrio da 
saúde. 
• As lesões de pele são organizadas em diversas classificações e, por isso, exigem 
tratamentos diferenciados.
• Podem ser classificadas como:
Feridas agudas Feridas crônicas
Fonte: Cursos de capacitação UNASUS/UFSC.
Campos, MGCA; et al. Feridas complexas e estomias. Aspectos preventivos e manejo clínico. João Pessoa, 2016. Editora Ideia. Disponível em: <http://www.corenpb.gov.br/wp-content/uploads/2016/11/E-book-
coren-final-1.pdf>.processo
Processo cicatricial
Fonte: Adaptado de Witte MB & Barbul A. General principles of wound healing. Surg Clin North Am. 1997; 77(3):509-28. 
Processo cicatricial
Fase inflamatória Fase proliferativa
Fase remodelagem
Fase inflamatória
• O organismo responde ao trauma e há uma reação vascular e inflamatória, 
seguida de hemostasia, de remoção de restos celulares e de micro-organismos. 
• É a fase em que aparecem os sinais clínicos da inflamação (edema, eritema, 
calor e dor) e as células de defesa leucocitárias, com destaque para os 
neutrófilos e macrófagos que realizam a fagocitose.
Fase proliferativa ou de granulação
• Fase de granulação que compreende a formação de um tecido 
novo (angiogênese), com coloração vermelha, brilhante e de 
aspecto granuloso, em que se proliferam e migram os 
fibroblastos responsáveis pela síntese de colágeno, seguida da 
epitelização.
• Esta, consiste no fechamento da superfície da úlcera pela 
multiplicação das células epiteliais da borda, diminuição da 
capilarização, redução do tamanho da ferida, através de sua 
contração, e da ação especializada dos fibroblastos.
Fonte: Campos, MGCA; et al. Feridas complexas e estomias. Aspectos preventivos e manejo clínico. João Pessoa, 2016. Editora Ideia. Disponível em: <http://www.corenpb.gov.br/wp-content/uploads/2016/11/E-
book-coren-final-1.pdf>.processo
Fase de remodelação ou maturação
• Caracteriza-se pela diminuição da vascularização e pela 
reorganização das fibras de colágeno, que leva a uma 
cicatriz com aspecto plano, devido à diminuição da 
migração celular, e com alteração da coloração de 
vermelha para róseo/branco pálido. 
• Destaca-se também pelo aumento da força tênsil que, 
no início, é muito fina e vai se intensificando até ficar 
espessa. 
Fonte: Campos, MGCA; et al. Feridas complexas e estomias. Aspectos preventivos e manejo clínico. João Pessoa, 2016. Editora Ideia. Disponível em: <http://www.corenpb.gov.br/wp-content/uploads/2016/11/E-
book-coren-final-1.pdf>.processo
Fatores que interferem no 
processo cicatricial - Paciente
Idade Doenças 
Uso de 
medicação
Edema Autonomia
Ressecament
o
Estado 
nutricional
Curativo 
inadequado
Avaliação do risco
Paranhos WY. Avaliação de risco para úlceras por meio da Escala de Braden na língua portuguesa [dissertação]. São Paulo: Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo; 1999, p. 191-206. 
Disponível em: <http://www.ee.usp.br/reeusp/upload/pdF/799.pdF>.
Fatores que interferem no 
processo cicatricial - Ambiente
Domicílio
Cuidador 
domiciliar
Sistema de 
saúde
Profissionais do 
sistema de 
saúde
Fatores a considerar em 
uma ferida
Etiologia Localização
Exsudato e 
umidade
Grau de 
contaminação
Temperatura
Classificação da 
perda tecidual
Tecido presente 
em seu leito
Bordas/margen
s e pele 
perilesional
Mensuração Dor
Lesão por pressão
• Dano localizado na pele e/ou nos tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma
proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico.
• Pode se apresentar em pele íntegra ou como úlcera aberta e pode ser dolorosa.
• Ocorre como resultado da pressão intensa e/ou prolongada em combinação com o
cisalhamento.
• Gera altos custos em instituições e internações prolongadas.
Classificação das lesões por pressão
Classificação das lesões por pressão
Estágio 1: Pele íntegra com eritema que não embranquece
Estágio 2: Perda da pele em sua espessura parcial com exposição da derme
Estágio 3: Perda da pele em sua espessura total
Estágio 4: Perda da pele em sua espessura total e perda tissular
Não Classificável: Perda da pele em sua espessura total e perda tissular não 
visível.
Lesão por Pressão Tissular Profunda: descoloração vermelho escura, marrom ou 
púrpura, persistente e que não embranquece.
Fonte: National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP). Pressure Ulcer Stages Revised. Washington, 2016.
Localização das lesões por pressão
Fonte: Caliri MHL. Úlcera por pressão / Módulo de Ensino / Definição. 2010. Disponível em: <http://www2.eerp.usp.br/site/grupos/feridascronicas/>. 
Classificação das lesões por pressão
Estágio 1 Estágio 2
Perda de espessura parcial da pele com 
exposição da derme.
Pele íntegra com eritema não branqueável.
Fonte: National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP). Pressure Ulcer Stages Revised. Washington, 2016.
Classificação das lesões por pressão
Estágio 3 Estágio 4
Perda total da espessura da pele e perda 
tissular
Perda total da espessura da pele.
Fonte: National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP). Pressure Ulcer Stages Revised. Washington, 2016.
Classificação das lesões por pressão
Não Classificável
Lesão por Pressão 
Tissular Profunda
Descoloração vermelho escura, marrom ou 
púrpura, persistente e que não embranquece.
Perda da pele em sua 
espessura total e perda tissular 
não visível 
Fonte: National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP). Pressure Ulcer Stages Revised. Washington, 2016.
Prevenção e Tratamento
• Realizar mudança de decúbito e reposicionamento de 2/2h.
• Hidratar a pele com hidratante corporal, sem friccioná-la.
• Utilizar coxins de proteção, colchão piramidal ou colchão pneumático.
• Utilizar filme transparente em proeminências ósseas.
Fonte: Campos, MGCA; et al. Feridas complexas e estomias. Aspectos preventivos e manejo clínico. João Pessoa, 2016. Editora Ideia. Disponível em: 
<http://www.corenpb.gov.br/wp-content/uploads/2016/11/E-book-coren-final-1.pdf>.processo
Principais erros na realização de curativos
Manter curativo em ferida totalmente cicatrizada;
Cobrir o curativo com excesso de fita adesiva;
Realizar trocas desnecessárias;
Manter um curativo saturado;
Esquecer de fazer as anotações ou não fazê-las corretamente;
Não comunicar alterações à enfermeira ou equipe médica.
Curativo ideal
Manter a umidade entre a ferida e o curativo;
Absorver o exsudato;
Permitir a troca gasosa;
Fornecer o isolamento térmico;
Ser impermeável a bactérias;
Permitir ser removido sem traumas;
Ter um custo acessível.
Referências
• Caliri MHL. Úlcera por pressão / Módulo de Ensino / Definição. 2010. Disponível em: 
<http://www2.eerp.usp.br/site/grupos/feridascronicas/.
• Campos, MGCA; et al. Feridas complexas e estomias. Aspectos preventivos e manejo clínico. João 
Pessoa, 2016. Editora Ideia. Disponível em: <http://www.corenpb.gov.br/wp-
content/uploads/2016/11/E-book-coren-final-1.pdf>.processo
• Blanck, Mara; Giannini, Tereza. Úlceras e Feridas: as feridas têm alma. Uma abordagem 
interdisciplinar do plano de cuidados e da reconstrução estética.
• National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP). Pressure Ulcer Stages Revised. Washington, 2016.
• Witte MB & Barbul A. General principles of wound healing. Surg Clin North Am. 1997; 77(3):509-28. 
Material de apoio
Paciente Seguro
O que é lesão 
por pressão?
Estágios da lesão 
por pressão
Fatores de risco
Avaliar o risco
Prevenção de 
Lesão por pressão
Prevenção LPP
paciente cirúrgico
Prevenção LPP 
Neonato

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