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TREINAMENTO FUNCIONAL-20220608T001505Z-001

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Enviado por Ruyther Rodrigues em

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TREINAMENTO FUNCIONAL/elemento_1155_1086.pdf
Rua Treze de Maio, 596 – Bela Vista – São Paulo – SP – Cep: 01327-000 – Tel/Fax: (11) 3141-1033
O treinamento funcional evoluiu! E com a evolução vieram novos aparelhos, tecnologia, dezenas de 
variações em exercícios e, o mais importante, os profissionais que o prescrevem. Prova disso são as dezenas de 
estúdios montados unicamente para atender os clientes interessados nessa (já não tão nova) modalidade que agora 
começa a sair das academias. A quantidade de informações sobre o assunto também não ficou para trás. Em uma 
simples busca pelo Google, ao digitar “treinamento funcional”, podemos encontrar mais de 3.690.000 resultados 
alcançados em menos de 0,11 segundos. Mesmo no Youtube podemos encontrar 3.300 vídeos sobre o assunto. Uma 
obra que preencha essa lacuna faz-se estritamente necessária tanto do ponto de vista teórico quanto prático. Apesar 
de entendermos que existe um abismo enorme separando a teoria da prática, seria muita ingenuidade acreditarmos 
que a prática somente se resolve por meio da prática. O que nos resta então é ler e aprender para, depois, fazer. O conhecimento é necessário, 
e o livro Treinamento funcional e core training: exercícios práticos aplicados veio para colaborar mais ainda com ele. 
Sobre o autor
Alexandre Lopes Evangelista é graduado em Ed. Física 
– Universidade São Judas Tadeu. Especialista em Metodologia do 
Treinamento Desportivo – Universidade de Matanzas Camilo Cien-
fuegos – Cuba. Especialista em Treinamento Desportivo - unifmu. 
Mestre em Ciências – fundação antonio prudente. Doutor em Ci-
ências – fundação antonio prudente. Coordenador do curso de 
pós-graduação em Fisiologia e Treinamento Aplicado ao Fitness 
em Clubes e Academias – Universidade Gama Filho. Coordenador 
do curso de pós-graduação em Treinamento Funcional – universida-
de gama filho. Professor convidado dos curso de pós-graduação 
– fefisa, unifmu, fig e ugf. Coordenador de projetos dos cursos 
de pós-graduação em Educação a Distância – Central de Cursos/ 
Universidade Gama Filho. Autor dos livros: Treinamento de corrida 
de rua: bases fisiológicas e metodológicas; Treinamento de força 
e flexibilidade aplicado a corrida de rua: uma abordagem prática e 
Treinamento funcional uma abordagem prática.
Jônatas Macedo é graduado pela PUC – Campinas e pós-
-graduado em “Atividade Física Adaptada e Saúde”pela UNI-FMU, 
especializado pela GAFF – Treinamento Funcional e Desempenho 
Atlético em Treinamento Funcional e Kettlebell Russian Training. 
Idealizador e proprietário do Studio 2 – Crossfit & Wellness, tra-
balha com treinamento funcional tendo mais de 9.000 h/aula de 
experiência em treinamento funcional, qualidade de vida e saúde.
Sumário
1 Bases do treinamento do core e do treinamento funcional
2 Respiração aplicada ao treinamento funcional
3 Exercícios aplicados
23x23 cm
144 páginas
4x4 cor
capa cartonada
ISBN: 978-85-7655-334-2
1ª edição
Alexandre Lopes Evangelista – Jônatas Macedo
Treinamento funcional e core training
exercícios práticos aplicados (inclui DVD)
TREINAMENTO FUNCIONAL/LPO_ebook_treinamentoesportivo.pdf
WWW.TREINAMENTOESPORTIVO.COM CONTINUA 
FORÇA E POTÊNCIA! 
O Levantamento de Peso Olímpico (LPO) para o esporte e o fitness! 
 
No esporte há poucas modalidades onde os atletas podem ter tempo para atingir a força máxima, portanto a 
potência – também conhecida pelo termo explosão muscular - torna-se a 
característica fundamental da força, especialmente em modalidades que 
utilizam saltos, lançamentos, sprints de velocidade e mudanças de direção. A 
base para a produção de potência nos esportes está relacionada ao ciclo 
alongamento-encurtamento (CAE) presente nos exercícios balísticos e 
pliométricos. Um modo de se treinar o recrutamento do máximo de unidades 
motoras é através de exercícios multiarticulares que permitam sobrecargas 
para a aplicação máxima de força num curto período de tempo. 
 
Os exercícios do Levantamento de Peso Olímpico como o arranco e o 
arremesso, possuem similaridade com as ações de diversos esportes, 
principalmente aqueles que dependem de ações horizontais e verticais com a 
extensão simultânea das articulações do 
tornozelo, joelho e quadril (como no basquete, 
vôlei, futebol, handebol, tênis, atletismo, entre outros), sendo considerados 
exercícios de força “específicos” para isso. O arranco e arremesso quando 
corretamente executados são o mesmo que um “salto com pesos”. Essa ação 
explosiva e coordenada pode ser de grande auxílio para atletas de diversas 
modalidades. Pesquisas demonstram uma enorme correlação entre os exercícios 
de LPO e o salto vertical. O salto vertical máximo é um teste amplamente utilizado 
e reconhecido como medição de potência dos membros inferiores. 
 
 
 
 TREINAMENTOESPORTIVO.COM 
http://www.treinamentoesportivo.com/
WWW.TREINAMENTOESPORTIVO.COM PÁGINA 2 
O LPO é uma modalidade complexa e que exige o conhecimento de detalhes para que possa ser aplicado 
efetivamente e com segurança nas demais modalidades esportivas. Não existe nenhuma característica 
potencialmente lesiva no arranco e arremesso. As lesões de treinamento podem ocorrer em qualquer 
condição, inclusive utilizando máquinas de musculação, sendo uma característica inerente da prática esportiva. 
A solução para se evitar riscos desnecessários é conhecer a técnica correta e ter a supervisão de um 
profissional de Ed. Física/ Esporte competente no assunto. 
 
Este e-book tem o propósito de ajudar a introduzir aos profissionais envolvidos com o treinamento esportivo, 
estudantes e áreas ligadas ao esporte que queiram conhecer os detalhes, os exercícios e o treinamento do 
LPO. As informações aqui passadas devem ser complementadas com a vivência prática. Com o conhecimento 
dos movimentos e a forma como são executados, será possível aplicá-los corretamente em sua modalidade 
esportiva. Portanto não deixe de conhecer também o nosso Workshop prático LPO para praticantes - 
educadores físicos, personais trainers, atletas, praticantes de esportes e profissionais de fitness e do meio 
esportivo. No final do ebook você encontrará todas as informações sobre como participar. 
Forte abraço e boa leitura a todos! 
 
 
 
João Coutinho 
 TreinamentoEsportivo.com 
 
 
 
 
http://www.treinamentoesportivo.com/
WWW.TREINAMENTOESPORTIVO.COM PÁGINA 3 
OS EXERCÍCIOS 
O Arranco 
 
O Arranco (“snatch”) é a primeira prova da competição de LPO e consiste em levantar a barra em um 
só movimento desde o tablado até a completa extensão dos braços acima da cabeça. Para executá-lo o 
atleta pega a barra e a levanta à maior altura possível. Em seguida agacha completamente 
posicionando a barra acima da cabeça com os braços estendidos e finalmente se coloca de pé imóvel 
até o sinal dos árbitros para baixar a barra (figura). Essa é a técnica executada pelos levantadores de 
peso em competição, fazendo o agachamento profundo para pegar a barra acima da cabeça, sendo 
conhecido como “arranco clássico” ou “competitivo”. 
 
 
Figura: o Arranco competitivo 
WWW.TREINAMENTOESPORTIVO.COM PÁGINA 4 
OS EXERCÍCIOS 
O Arremesso 
 
O Arremesso (“clean and jerk”) na sua forma “clássica” ou “competitiva” consiste em levantar a barra 
em dois tempos: desde o tablado até o peito – primeiro tempo (“clean”). E desde o peito até a 
completa extensão dos braços acima da cabeça – segundo tempo (“jerk). 
 
Para executar o primeiro tempo o atleta pega a barra na plataforma, levanta à maior altura possível e 
em seguida agacha profundamente para colocá-la sobre os ombros (figura). A puxada do arremesso é 
praticamente idêntica a do arranco, sendo possível erguer mais peso em função da pegada das mãos 
na barra mais próxima. O apoio da barra nos ombros acorre com a rápida rotação dos cotovelos 
embaixo da barra. 
 
 
 
Figura: Arremesso competitivo – primeiro
tempo. 
WWW.TREINAMENTOESPORTIVO.COM PÁGINA 5 
Após levantar as barra até o ombro o atleta se posiciona para lançá-la acima da cabeça. O segundo tempo 
(“jerk”) consiste numa pequena flexão seguida de uma poderosa extensão das pernas para lançar a barra 
acima da cabeça. Para posicionar a barra acima, o levantador executa a “tesoura”, posicionando uma perna à 
frente e a outra mais atrás. Uma vez que a barra está controlada acima da cabeça, o atleta recupera o 
posicionamento paralelo das pernas (figura) 
 
 
Figura: Arremesso competitivo – segundo tempo. 
 
 
 
 
WWW.TREINAMENTOESPORTIVO.COM PÁGINA 6 
BIOMECÂNICA 
A Trajetória da Barra 
 
O deslocamento vertical e horizontal da barra pode ser analisado através do plano sagital. A análise da 
trajetória da barra é importante para a detecção de erros técnicos. Para atletas de outras modalidades não é 
necessário o rigor técnico exigido a um atleta de LPO, necessitando apenas aprender a levantar pesos de uma 
maneira que permita torná-lo forte e explosivo de forma segura. 
 
 A análise da trajetória aqui apresentado serve para que os técnicos de outras modalidades entendam que a 
barra não é levantada “em linha reta” do solo para acima da cabeça. Pelo contrário, o atleta deve manejar seu 
corpo para uma posição biomecânica favorável que permita levantar a maior quantidade de peso possível com 
o menor gasto de energia. Nesse processo, a barra irá acompanhar esse movimento do corpo, muitas vezes 
tocando ou raspando partes do mesmo. 
 
Os atletas de LPO para melhorarem sua técnica procuram treinar tentando atingir o padrão “S” apresentado na 
figura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
WWW.TREINAMENTOESPORTIVO.COM PÁGINA 7 
Por que Atletas devem Treinar com o LPO? 
 
 
Os exercícios de LPO, o arranco e o arremesso, podem ser efetivos para o aumento do desempenho esportivo 
em qualquer modalidade por suas características biomecânicas de elevada produção de força e potência 
muscular. 
 
 
Figura: A extensão simultânea das articulações dos membros inferiores no LPO e no esporte 
 
Para determinar quais exercícios devem ser utilizados para aumentar a força e potência em uma modalidade 
esportiva qualquer, inicialmente é necessário fazer uma análise da mecânica do gesto esportivo. A 
Biomecânica, ciência que estuda o aparelho locomotor e os movimentos humanos, indica que para os esportes 
baseados em terra - aplicação de força no solo - os atletas devem utilizar exercícios de cadeia cinética fechada 
que treinem fundamentalmente as articulações do joelho, quadril e tornozelo em sincronia. A extensão 
simultânea dessas articulações é o que produz força e potência para saltar, correr e mudar de direção (figura). 
 
Outro aspecto importante é que o ganho de força é específico ao ângulo da articulação treinada. Portanto os 
atletas devem treinar com ações numa faixa angular que mimetizem seu gesto esportivo. 
 
Para aumentar a potência, os atletas precisam treinar com movimentos que envolvam uma rápida aceleração 
contra uma determinada resistência durante toda a amplitude articular do movimento, sem a necessidade de 
desacelerar no final. Esse tipo de ação é conhecido como movimento balístico. Exercícios balísticos são 
executados com máximo esforço tendo elevados níveis de TDF (Taxa de Desenvolvimento de Força) e de 
potência. Geralmente nesses exercícios são utilizadas cargas submáximas para maximizar a potência. 
Os exercícios pliométricos - como os lançamentos, multisaltos e os saltos em profundidade - não necessitam 
desacelerar ao final do movimento, sendo os melhores exemplos de exercícios balísticos. Os exercícios de 
WWW.TREINAMENTOESPORTIVO.COM PÁGINA 8 
LPO também possuem essa mesma característica balística, pois a barra é “arremessada” do solo sendo 
posteriormente amortecida pelo atleta. 
 
Os exercícios de LPO utilizam a extensão simultânea dos membros inferiores, além de contra-movimentos e 
ações explosivas dentro de um raio angular idêntico do salto vertical (130º a 140º de flexão do joelho). Essas 
características têm um enorme potencial de transferência neuromuscular para movimentos de mecânica 
similar. 
 
A maioria dos estudos científicos aponta a relação direta entre o LPO e o salto vertical. Recentemente, alguns 
estudos demonstram os efeitos do treinamento com o LPO e 
o aumento de desempenho na corrida em velocidade (sprint), 
mudança de direção e arremesso de peso. 
 
Nos exercícios de LPO, apesar das elevadas sobrecargas 
utilizadas, a intenção de velocidade do movimento é sempre 
máxima, o que induz a uma melhor sincronização das 
unidades motoras e da TDF. A possibilidade de aumento da 
sobrecarga nos levantamentos parece ser o fator 
determinante para o treinamento da potência. Nesse aspecto, 
a técnica de levantamento do LPO permite adicionar mais 
peso na barra sem negligenciar a intenção de máxima 
velocidade do movimento. A TDF é mais importante que a 
capacidade de força máxima, portanto o LPO permite o treino 
com elevadas cargas juntamente com rapidez de movimento. 
 
Para treinar a potencia utilizando o LPO, os atletas devem usar cargas que favoreçam á máxima produção 
mecânica de potência. Os estudos apontam que para o LPO a maior potência produzida ocorre com cargas 
em torno de 75-80% do máximo que o atleta consegue levantar no arranco e arremesso de forma clássica. 
Não por coincidência, esse valor é exatamente o máximo que um atleta de LPO consegue levantar no arranco 
alto e arremesso alto (Power santch e Power clean). Portanto esses dois exercícios podem ser considerados 
os mais apropriados para o treinamento de potência em qualquer atleta. 
 
Referências : (Komi, P. V , Força e Potência no Esporte. Artmed, 2006) 
WWW.TREINAMENTOESPORTIVO.COM PÁGINA 9 
EQUIPAMENTO 
Barras e tablados para treinamento 
 
É possível executar e treinar os levantamentos explosivos do LPO com jogos de barras e anilhas encontrados 
em academias e salas de musculação. Com o progresso do treinamento é possível que o aumento na 
quantidade de peso para treinamento fique comprometido. Para maior segurança e conforto, o conjunto próprio 
de LPO (“olympic standard”) é a melhor escolha. Desde que o atleta utilize a técnica correta e o equipamento 
adequado, os exercícios de LPO são seguros como qualquer outra atividade esportiva. O equipamento 
apropriado (anilhas, barra e a plataforma) é feito para que o LPO seja praticado de forma segura e eficaz. 
 
A barra oficial mede 2,20m pesando 20 kg (masculino) e 2,15m e 15 kg (feminino), feita em material especial 
que confere a barra certa flexibilidade. As anilhas são feitas em compostos de borracha que permitem que 
sejam jogadas no solo sem danificar as mesmas. O jogo de anilhas vai de 25 kg até 1,25 kg, possuindo cada 
peso uma cor específica para identificação. O tablado oficial mede 4x4 metros, com superfície dura no centro e 
borracha nas laterais (figura 01). Para treinamento, um espaço de 3x3 m com superfície firme é suficiente. 
 
 
Figura: material de LPO – barra, anilhas e tablado. 
 
WWW.TREINAMENTOESPORTIVO.COM PÁGINA 10 
Com apenas uma barra e anilhas é possível executar inúmeros exercícios, treinando praticamente todos os 
grupos musculares. Embora o equipamento oficial só possa ser adquirido no Brasil através de importação, 
possuí um custo-benefício muito maior se comparado ao custo de aparelhos de musculação, que em geral 
permitem o treino de um único músculo isoladamente. Como já visto em inúmeros países, inclusive com 
algumas equipes brasileiras, o treinamento com LPO é realizado com diversos atletas/alunos simultaneamente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
WWW.TREINAMENTOESPORTIVO.COM PÁGINA 11 
LPO NA PREP. FÍSICA 
Levantamento Olímpico como esporte auxiliar! 
 
 
O Levantamento Olímpico voltou a
aparecer novamente com a 
divulgação e crescimento da popularidade do TREINAMENTO 
FUNCIONAL. Apesar de ser um grande incentivo a popularização do 
esporte e de ferramenta para desenvolvimento de força e potência, 
muita informação está solta nos meios como internet e youtube, no 
entanto o que vejo é muito exercício, porém pouca didática de ensino 
e metodologia. O LPO deve ser aprendido de forma correta para a 
segurança do atleta ou do aluno. 
Todo conteúdo do método que ensino foi construído dentro da cultura 
esportiva do atleta brasileiro, portanto está em plena conformidade 
com a nossa realidade. Muitas informações e métodos formulados no 
exterior e apresentados aqui através de livros e manuais de 
treinamento não incorporam isso. Aqui no Brasil nossos clientes e 
atletas têm características e peculiaridades que precisam ser levadas em conta na hora de 
montar um programa de treinamento. 
A idéia é trabalhar o levantamento olímpico como esporte auxiliar, portanto o programa está 
fundamentado em três objetivos: 
1. Aumento da força relativa (desenvolvimento neuromuscular) 
2. Equilíbrio muscular 
3. Segurança 
 
WWW.TREINAMENTOESPORTIVO.COM PÁGINA 12 
O objetivo de se utilizar os exercícios de LPO como esporte auxiliar é desenvolver força e potência nos atletas 
e como elemento coordenativo e de aumento de gasto calórico para alunos de fitness e personal. Aqui neste 
ebook vou focar na aplicação esportiva do mesmo. Como a grande maioria dos esportes depende da aplicação 
de força no solo (correr, saltar, mudar de direção...) de uma forma geral os ângulos de aplicação de força das 
articulações do joelho e quadril variam dentro da faixa do salto vertical, conhecido na literatura como “power 
position”. 
 
Para a utilização dos levantamentos de LPO nas demais modalidades esportivas, vamos nos concentrar em 
dois exercícios fundamentalmente: o arranco alto (“power snatch”) e o arremesso alto (“power clean”), ambos 
com a posição inicial de saída a partir dos joelhos: 
 
 
 
 
Figura: Arranco Alto (power snatch) 
 
 
 
Figura: Arremesso Alto (power clean) 
WWW.TREINAMENTOESPORTIVO.COM PÁGINA 13 
 
Aprender e treinar com esses dois exercícios é o suficiente para que qualquer atleta desenvolva força e 
potência através do LPO. A escolha desses dois levantamentos em particular ocorre por dois motivos: 
 
1. O atleta já inicia esses levantamentos da “power position” , tornado o arranco alto e o arremesso 
alto com a saída do joelho específico para a maioria das modalidades esportivas. 
 
2. A simplificação do movimento facilita no processo de aprendizagem, pois o número de detalhes 
técnicos a serem aprendidos é menor 
 
Esses dois são, portanto os levantamentos dentro do LPO mais específicos para a maioria dos esportes. Os 
treinadores e preparadores físicos precisam apenas conhecer o arranco alto e o arremesso alto para terem 
sucesso na aplicação do LPO. Praticamente qualquer atleta com um tempo razoável de treinamento consegue 
aprender e executar eficientemente o arranco e o arremesso (inclusive na forma “clássica”) não sendo 
necessário possuir nenhuma força descomunal, flexibilidade excessiva ou coordenação especial para isso. 
Com a prática, os levantamentos vão se tornando mais fáceis, fazendo com que os atletas experimentem a 
satisfação de conseguirem superar seus próprios limites de força. E o que é melhor, consegue a transferência 
dessa força para o esporte praticado, pois os levantamentos de LPO são exercícios multiarticulares balísticos, 
como os exercícios pliométricos. 
 
1 - Exercícios técnicos: elevada exigência coordenativa em alta velocidade e transferência direta para o gesto 
esportivo. 
 
2- Exercícios de força: elevada exigência neuromuscular e alto grau de recrutamento de fibras. 
 
Todas essas informações são necessárias para que possamos planejar o treinamento dos atletas. A 
periodização do treinamento de força utilizando o LPO deve seguir determinados procedimentos para que os 
atletas de outras modalidades obtenham sucesso, que neste caso pode ser definido como: aumento da 
capacidade de força e potência sem sofrer lesões! 
 
 
 
WWW.TREINAMENTOESPORTIVO.COM PÁGINA 14 
Periodização! 
 
O planejamento eficiente permite os atletas aumentarem progressivamente seus níveis de força concomitante 
ao treino específico de sua modalidade. A periodização permite aos treinadores controlarem plenamente a 
carga de treinamento, fazendo com que os atletas evoluam com segurança a cada mesociclo. Veja um 
exemplo da planilha de periodização do LPO: 
 
Figura: Planilha de periodização. 
 
 
 
WWW.TREINAMENTOESPORTIVO.COM PÁGINA 15 
COMO COMEÇAR? 
Leituras complementares, informações, cursos... 
 
Comece se informando mais sobre o LPO e sobre o Método LPO System nos links abaixo: 
 
 Vídeos : Canal de Vídeos de LPO 
 Artigo 1: LPO – força e potência no esporte 
 Artigo 2: Levantamento Olímpico e a potência muscular 
 Artigo 3: Conheça o esporte Levantamento de Peso Olímpico 
 Livros: 
Força e Potencia no Esporte – Artmed 
Tamás Ferre´s Olympic Weightlifiting 
Multifuerza – I. R. Suárez 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.youtube.com/user/treinamentoesportiv0
http://www.treinamentoesportivo.com/index.php/levantamento-olimpico/452/
http://www.treinamentoesportivo.com/index.php/levantamento-olimpico/419/
http://www.treinamentoesportivo.com/index.php/levantamento-olimpico/407/
WWW.TREINAMENTOESPORTIVO.COM PÁGINA 16 
WORKSHOP LPO 
Aprenda LPO de forma rápida e prática em grupos reduzidos! 
 
 
O Téc. João Coutinho apresenta o método de treinamento de força e potência utilizando o 
Levantamento Olímpico para condicionamento físico. Workshop para praticantes: atletas,professores e 
alunos praticantes de esportes e academia. 
Objetivo do Workshop: Ensinar em grupos reduzidos (mínimo 3 pessoas) a técnica básica dos 
levantamentos de Arranco e Arremesso, bem como do Agachamento de forma rápida e 100% prática 
além da planilha básica inicial para que os participantes já possam iniciar de forma segura o treinamento 
com o LPO. 
 
Conteúdo Geral do Workshop: 04 hrs de treino técnico prático e conhecimento do método. 
 Agachamento, Arranco, Arremesso e exercícios combinados de LPO! 
 
Público: personal trainer, atletas, praticantes de esportes e professores - adultos e crianças! 
Entre em contato conosco e marque seu treino hoje mesmo! 
Mais informações e valores: 
 
Email: editor@treinamentoesportivo.com / Tel: (11) 77148488 
mailto:editor@treinamentoesportivo.com
WWW.TREINAMENTOESPORTIVO.COM PÁGINA 17 
Veja a Opinião de Quem já Participou do Curso 
 
 
 
“Fenomenal o LPO!!!!! 
Gostei muito, a parte que eu mais gostei foi da prática do encaixe, quando os pesos foram subindo, me senti 
um halterofilista! hahahahaha! 
Sempre vi o Levantamento Olímpico, mas queria aprender mais, principalmente o APRENDER A ENSINAR! E 
atingi o meu objetivo nesse curso do dia 21/11... valeu à pena "perder" o feriado para fazer esse curso... assim 
que possível estarei comparecendo nos outros! “ 
 
Batista F. R. Haddad 
em 22 novembro 2009 
 
 
 
“O Curso de Ontem, foi fenomenal, realmente a didatica foi muito boa, a parte do treinamento com os atletas 
também. Quanto a periodização então sem comentário. Realmente o curso foi o melhor que eu já participei, 
sinceridade, e já fui em muitos.heheh. Um grande abraço a todos.” 
 
Ricardo W. Custodio 
em 18 abril 2010 
 
 
 “Parabéns ao Prof. Dimas e o Prof. João pelo IV Curso de LPO System, curso esse que foi ministrado de 
maneira clara e bastante didática os 
ensinamentos de maneira inversa do arranco. 
Já estou colocando em prática e obtendo boas 
técnicas em média, com os atletas e alunos que 
treino. Agora temos mesmo
é que praticar mais 
e mais para aprimorar essa fantástica maneira 
simples de ensinar um exercício tão complexo.” 
 
Everton Luis de Oliveira Seixas 
em 21 abril 2010 
 
WWW.TREINAMENTOESPORTIVO.COM PÁGINA 18 
ENTRE EM CONTATO CONOSCO: 
 
Se você deseja: 
 
 Fazer um Workshop 
 Organizar seminário, palestras e workshops em sua academia, clube ou faculdade 
 Treinar e capacitar seus professores para trabalhar com o método 
 
Por favor, entre em contato conosco através dos canais diretos de comunicação: 
 
 
EMAIL: EDITOR@TREINAMENTOESPORTIVO.COM 
 
TWITTER: TREIN_ESPORTIVO 
 
FACEBOOK: TREINAMENTO ESPORTIVO 
 
TEL: (11) 7714-8488 
 
 
SITE: 
 
mailto:EDITOR@TREINAMENTOESPORTIVO.COM
http://twitter.com/Trein_Esportivo
http://pt-br.facebook.com/people/Treinamento-Esportivo/100000687750916
WWW.TREINAMENTOESPORTIVO.COM PÁGINA 19 
SOBRE O AUTOR 
 
 
 
 
.: João Coutinho , preparador físico de atletas juvenis e profissionais de tênis. 
Trabalhou também com atletas seleção brasileira de judô e voleibol aplicando o 
LPO System 
.: Bacharel em Esporte pela USP, especialista em prep. física de tênis e de 
Força e Potencia (Argentina) 
.: Certificado técnico internacional de Levantamento de Peso Olímpico (COI). 
 
 
 
 
2010 
TREINAMENTO FUNCIONAL/Treinamento Funcional para Corredores.pdf
Treinamento Funcional para Treinamento Funcional para 
CorredoresCorredores
Vitor Vitor BertoliBertoli NascimentoNascimento
Licenciado Pleno EducaLicenciado Pleno Educaçção Fão Fíísica UFPRsica UFPR
SSóócio V8 Assessoria Esportivacio V8 Assessoria Esportiva
Colaborador CEPEFIS/ UFPRColaborador CEPEFIS/ UFPR
Membro do Departamento do DERC/ SBCMembro do Departamento do DERC/ SBC
Membro da Sociedade Brasileira de HipertensãoMembro da Sociedade Brasileira de Hipertensão
O que O que éé??
• Esta baseado na melhoria dos aspectos 
neurológico que afetam a capacidade 
funcional do corpo humano.(Campos 
&Neto, 2008)
• O treinamento funcional utiliza-se de 
elementos que estimulem a 
propriocepção.
ÉÉ novo?novo?
O que O que éé Funcional para Corrida?Funcional para Corrida?
Desempenho em Corrida de Desempenho em Corrida de 
Longa DistânciaLonga Distância
Aspectos Biomecânicos da Fadiga Muscular Aspectos Biomecânicos da Fadiga Muscular 
Durante a CorridaDurante a Corrida
A fadiga muscularfadiga muscular é descrita como uma das 
causas de lesões (NUMMELA et al. 1994;NIGG 
et al 2003) dentre as muitas relacionadas à
prática da corrida, sendo relatado a ocorrência 
de lesões na coluna lombar, no quadril e 
predominantemente no membro inferior 
(SCHACHE et al., 2002).
Aspectos Biomecânicos da Fadiga Aspectos Biomecânicos da Fadiga 
Muscular Durante a CorridaMuscular Durante a Corrida
• Em estado fadiga os músculos tibias suportam menos 
impacto.(Mizrahi et al, 1997).
• Em estado de fadiga há alteração de aspectos 
biomecânicos (Katsavelis,2008).
• A corrida prolongada ou de alta intensidade induz a 
modificações nos parâmetros eletromiográficos e 
cinemáticos, decorrentes de um processo de fadiga. 
Além disso, a literatura demonstra que atividades 
precedentes – como o ciclismo - modificam o padrão 
subseqüente de corrida. (Silva et al, 2007).
• Há relação entre parâmetros cinemáticos e economia de 
corrida.(Novacheck, 1998).
MMéétodos de Treinamento todos de Treinamento 
““FuncionaisFuncionais”” para Corridapara Corrida
•• Corrida Intervalada.Corrida Intervalada.
•• Corrida na Subida/Descida.Corrida na Subida/Descida.
•• PliometriaPliometria e Saltos.e Saltos.
•• Treino do Core.Treino do Core.
•• ExercExercíício de Coordenacio de Coordenaçção.ão.
Treinamento IntervaladoTreinamento Intervalado
• O TI não ser refere a necessariamente a 
um método bem conhecido, mas a todos 
os métodos executados com um intervalo 
de descanso. (Bompa, 2002)
• Rendell: “Treinamento com pausas, que é
de onde provém a eficácia do trabalho.”
Treinamento Intervalado de Alta Treinamento Intervalado de Alta 
IntensidadeIntensidade
• Método inicialmente proposto por Veronic
Billat, utilizando velocidade de V02 e seu 
respectivo tempo de exaustão (Billat, 
2002).
• Na prática pode-se utilizar corridas de 
curta duração 15s-15s, 30s-30s, 60s-60s 
na velocidade de VO2.
Efeitos no DesempenhoEfeitos no Desempenho
• Melhora no Consumo de Oxigênio (Smith 
et al 2003).
• Melhora da Economia de Corrida.
• Melhora nos tempo nas distâncias de 5k, 
10k, meia e maratona. 
(Billat, 2000;2001;2002; Smith et al 2003; Helgerud, J 2007).
PliometriaPliometria
Combinação de tipos de contração 
auxotônicas, quer dizer, o músculo sofre 
primeiro um alongamento – prolongação –
para depois imediatamente contrair-se 
concentricamento. ( Forteza, )
PliometriaPliometria
Segundo Manso(1999):
• Aumenta a rigidez muscular.
• Melhorar as co-contrações dos músculos 
sinérgicos.
• Desenvolver tensões superiores a força 
máxima voluntária.
PliometriaPliometria
Segundo Weineck (1999):
• Melhora da coordenação intramuscular.
• Ganho de força em função da alta 
intensidade de cargas, mas sem ao 
aumento de massa muscular ou de peso.
• Método de relevância em todas 
modalidades esportivas.
PliometriaPliometria
SaltarSaltar AterrisarAterrisar EstabilizarEstabilizar
SaltarSaltar AterrisarAterrisar EstabilizarEstabilizar SaltarSaltar
PliometriaPliometria
UnipodalUnipodal AlternadoAlternado
UnipodalUnipodal
BipodalBipodal
Treino de SubidaTreino de Subida
• Treino recomendado para ser utilizado em todas 
as fases de preparação.
• Nas fases iniciais com intensidade de corrida 
abaixo da velocidade de corrida com distâncias 
pequenas.
• Nas fases específicas com distâncias maiores e 
acima da velocidade de corrida.
• Distâncias: 150m, 200m, 400m a 800m.
• Descanso ativo.
Treinamento do CoreTreinamento do Core
Core: É onde o centro de gravidade está
localizado e onde todo o movimento 
começa. Pode ser definido como o 
complexo lombar-pelve-quadril. 
Treinamento do CoreTreinamento do Core
Core: é formado por 29 músculos. 
Treinamento do CoreTreinamento do Core
SimplesSimples ComplexoComplexo
LeveLeve PesadoPesado
EstEstáávelvel InstInstáávelvel
Guiselini & Guiseline, 2010
Treinamento do CoreTreinamento do Core
EstabilizaEstabilizaççãoão
ForForççaa
PotênciaPotência
Guiselini & Guiseline, 2010
Treinamento do CoreTreinamento do Core
Principais Exercícios:
• Pranchas.
• Bola.
• Medicine Ball.
Montagem de TreinosMontagem de Treinos
• Teste de Velocidade Máxima Esteira.
• Progressão de Treino de Salto/Pliometria.
• Testes de Core.
• Progressão de Treino de Core.
• Apresentação dos Exercícios propostos 
pela IAAF em 2005 para Core.
Movimentos ElementaresMovimentos Elementares
• Agachar.
• Avançar.
• Saltar.
• Deslocamentos laterais.
AgacharAgachar
• Alinhamento da Coluna.
• Tronco, Fêmur paralelo a tíbia.
• Tornozelo.
AvanAvanççarar
• Medialização do joelho.
• Lateralização do joelho.
• Equilibrio.
Treino Core
• Prancha Ventral.
• Prancha Dorsal.
• Pracha Lateral.
Variações:
• Braço extendido/fletido.
• Perna extendida/fletida.
TREINAMENTO FUNCIONAL/EBOOK-lpo_plio.pdf
 
1 
 
 
2 
 
 
 
ÍNDICE 
 
Introdução.....................................................................................................03 
Fundamentos do treinamento de potência...................................................05 
LPO na preparação física...............................................................................13 
A Pliometria...................................................................................................19 
Combinando LPO e Pliometria.......................................................................32
Conclusão.......................................................................................................34 
Sobre o autor..................................................................................................36 
Referências.....................................................................................................37 
 
 
 
 
3 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
No mundo esportivo, a potência msuscular é o principal diferencial físico que um atleta de 
destaque em sua modalidade pode apresentar. Saber trabalhar os atletas para que atinjam o 
máximo grau de desenvolvimento de força neuromuscular é o objetivo de todo programa de 
preparação física – desde a iniciação até o alto rendimento. 
Desde 2009, venho ministrando o Curso Treinamento de Potência em diversas cidades do país, 
tendo ensinado centenas de profissionais da área de Educação Física e Esporte a trabalhar com 
duas das principais ferramentas para isso: o treinamento com o levantamento de peso 
olímpico (LPO) e a pliometria. 
 
O LPO, empregado como parte da preparação física de modalidades esportivas, tem sido 
utilizado e estudado de forma científica pelos países do leste europeu (principalmente a 
Rússia) e de forma mais prática pelos cubanos, desde a década de 60. Muito já se sabe sobre a 
biomecânica e a fisiologia dos movimentos: o arranco (“snatch”) e o arremesso (“clean & 
jerk”). 
Hoje os movimentos olímpicos estão entre os mais explosivos dentro do que se pode fazer em 
um ambiente de academia. Saber trabalhar com esta ferramenta proporciona níveis enormes 
de desenvolvimento neuromuscular a um custo muito baixo. Afinal, não é necessário o 
 
4 
 
investimento em complexos e caros aparelhos e equipamentos: basta ter barra, anilhas e 
espaço adequado. Com pequenos ajustes e orientações simples, que são ensinadas de forma 
prática no Curso Potência, os profissionais da área podem aplicar este tipo de treinamento de 
forma eficiente e com alto grau de segurança para qualquer idade. 
A pliometria, juntamente com o LPO, é outro método extremamente importante e eficiente 
para este fim. O treinamento pliométrico é um método que, quando corretamente orientado, 
promove o treinamento do Ciclo Alongamento-Encurtamento (CAE). O uso da energia elástica 
da musculatura já se provou ter correlação positiva com o aumento da força explosiva, 
portanto os exercícios pliométricos se tornam únicos neste aspecto, complementando o treino 
com LPO. Mais uma vez reforço a questão financeira: treinar pliometria não custa quase 
nada! 
Menciono o aspecto econômico como forma de enfatizar que é possível fazer um 
investimento bastante módico para resultados de treinamento de alto nível. Apesar dos 
avanços sociais no Brasil, nem todas as regiões possuem facilidade de acesso a material ou 
verbas para isso. Portanto, o domínio dessas ferramentas pode proporcionar um diferencial 
neste aspecto. 
Aos poucos, o paradigma do treinamento aeróbio visando saúde e qualidade de vida, 
promovido desde os anos 80, vem sendo suplantado pelas novas descobertas da ciência em 
favor da intensidade. Hoje já há provas de que treinos curtos e com intensidade promovem 
melhora da funcionalidade de idosos, de pessoas com osteoporose e até mesmo para o 
emagrecimento e tratamento da obesidade (o grande mal do nosso século!). 
Aprender a trabalhar com pliometria e LPO fornece ainda a opção de ter duas ferramentas 
que, não só beneficiam o desempenho de atletas, como daqueles que trabalham na área da 
saúde, fitness e reabilitação. 
Este material não tem como objetivo esgotar o assunto, e foi escrito pensando nos 
fundamentos para quem quiser começar a aplicar os métodos com segurança. 
Todo o conteúdo aqui apresentado pode ser complementado com mais artigos e vídeos 
no site www.treinamentoesportivo.com 
 
Desejo a todos uma ótima leitura! Prof. João Coutinho( CREF 25473-G/SP) 
http://www.treinamentoesportivo.com/
 
5 
 
 
FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DE POTÊNCIA 
 
DESENVOLVIMENTO NEURO-MUSCULAR 
 
Figura 1 
Quando treinamos a potência muscular, temos como objetivo desenvolver a capacidade 
neuromuscular de nossos atletas/alunos. A capacidade neuromuscular é representada pela 
melhor eficiência motora e, quando a estimulamos, basicamente estamos ensinando o cérebro 
a fazer o movimento de uma forma melhor e mais econômica. 
As adaptações neuromusculares são caracterizadas principalmente por: 
1- Aumento da frequência de disparo neural 
2- Maior recrutamento de fibras motoras 
3- Melhor coordenação intra-muscular e das cadeias musculares. 
Infelizmente, vivemos hoje uma cultura de treinamento focada nos métodos para a hipertrofia 
muscular que tem como objetivo o aumento do volume da musculatura, e acabamos 
negligenciando o fato de que o desenvolvimento neuromuscular é uma capacidade que 
influência muito, e de forma constante, o aumento de força ao longo do tempo. Não somente 
para o alto rendimento dos atletas, como também por questões de saúde, o aumento da 
capacidade neuromuscular é fundamental, pois as pessoas vão perdendo a capacidade de 
 
6 
 
realizar movimentos à medida que envelhecem. Isso ocorre devido à diminuição e pouca 
ativação das fibras do tipo II, e não somente pela diminuição da massa muscular! 
Os movimentos rotineiros são caracterizados, em sua maioria, por ações rápidas e intensas (de 
alta ativação muscular), como: levantar de uma cadeira, subir um lance de escadas, correr pra 
pegar um elevador, empurrar um armário… A qualquer momento em que damos um estímulo 
intenso neuromuscular, a pessoa responde imediatamente fazendo a ação muscular que 
necessita. Pense no quão rápido um aluno iniciante consegue aumentar a carga absoluta do 
supino após 3-4 sessões de treino! 
Essa característica é importante, sobretudo, para o esporte de alto nível. A partir do momento 
em que você começa a desenvolver um trabalho neuromuscular, o atleta imediatamente já 
transfere essa capacidade de força para o gesto esportivo específico, e é isso que eu vou 
mostrar mais adiante neste capítulo. 
Na Figura 1, veja como a força aumenta ao longo das semanas de treinamento: levamos pelo 
menos 20 dias para realizar a troca das proteínas musculares. Note, portanto, que a hipertrofia 
muscular só passa a ter uma atuação importante no aumento da força após 4 semanas de 
treino. Outro ponto importante é o rápido aumento da força, influenciado pelas adaptações 
neuromusculares. É isso que explica o aumento rápido de carga do nosso aluno no supino. 
 
TAXA DE DESENVOLVIMENTO DE FORÇA (TDF) 
 
Figura 2 - SALE, D.G. (1992) Neural Adaptation to Strength Training. In: Komi, P.V. (ed.). Strength and Power in Sport. 
 
 
7 
 
Além do desenvolvimento neuromuscular, temos que observar que a velocidade também faz 
parte do processo de treinamento de potência. Podemos aumentar a capacidade 
neuromuscular fazendo, por exemplo, um período de treino de força máxima. No entanto, é 
preciso entender que o atleta mais explosivo não é necessariamente o mais forte em termos 
absolutos, mas é aquele que aplica mais força no curtíssimo tempo. 
Na Figura 2 podemos observar que, dentro de 200 milissegundos – tempo de contato com o 
solo quando corremos em alta velocidade (“sprints”) –, o atleta explosivo é aquele que mais 
aplica força no solo nesse tempo. Portanto, o conceito de Taxa de Desenvolvimento de Força 
(TDF) deve estar bem claro na cabeça. Precisamos desenvolver a capacidade neuromuscular do 
atleta e direcionar essa força para movimentos em velocidade. Para o gesto explosivo, não 
adianta só aumentar a força, precisamos aplicar essa força de uma maneira rápida. 
 
Figura 3 - SALE, D.G. (1992) Neural Adaptation to Strength Training. In: Komi, P.V. (ed.). Strength and Power in Sport. 
 
Na Figura
3, observe como o grupo que fez treinamento pliométrico (saltos) aumentou muito a 
força no início da curva da TDF, que é justamente no período inicial de tempo. O grupo que fez 
o treinamento tradicional de força (agachamento) melhorou muito pouco no início da curva e, 
no entanto, ganhou mais força à medida que o tempo avança. 
Portanto o conceito e entendimento de TDF é importante para nos indicar que, além do 
desenvolvimento neuromuscular, são necessários movimentos que apliquem a força de forma 
rápida. 
 
8 
 
 
CICLO ALONGAMENTO-ENCURTAMENTO (CAE) 
 
 
 
A pliometria faz parte do treinamento de potência pois ela tem uma característica singular: o 
treinamento do Ciclo Alongamento-Encurtamento (CAE). Para quem não se lembra, o CAE é 
baseado no conceito de que temos propriedades elásticas na nossa musculatura, como a 
elastina e o colágeno, e que estas estruturas têm a capacidade de acumular a energia elástica 
proveniente de uma ação excêntrica. Utilizar o CAE é fazer uma ação excêntrica com uma 
transição rápida para uma ação concêntrica sequente. Veremos melhor a fisiologia no capítulo 
específico sobre pliometria mais adiante. 
Por agora, um bom exemplo prático do CAE é colocar a mão no peito e bater o seu dedo médio 
o mais forte que puder. Depois, segure este dedo, puxe-o para trás e solte-o (como se puxasse 
um elástico). Você verá que o seu dedo dispara fazendo um estalo forte no seu peito. A 
energia elástica é isso: você a acumula na fase excêntrica para utilizar na fase concêntrica. 
Desta forma, temos que considerar e treinar esta capacidade muscular. A melhor forma é por 
meio da pliometria, que utiliza os contra-movimentos dos saltos para isso. Vou apresentar os 
fundamentos do treinamento pliométrico mais à frente. 
 
 
 
9 
 
EXERCÍCIOS BALÍSTICOS 
Para treinar potência, vamos nos valer dos exercícios balísticos. Estes são os melhores 
exercícios para desenvolver a força e a potência de qualquer pessoa, seja ou não um atleta. 
Os exercícios balísticos se caracterizam por movimentos com aceleração, amplitude, rápida 
execução e liberação da carga ao final do movimento. Como exemplos de movimentos 
balísticos estão os lançamentos, os saltos e os chutes. 
 
Supino Balístico - J. Strength and Cond. Research, november 22 (2008) 
Um estudo comparou as características da curva e pico de força entre o supino tradicional (ST) 
e o supino balístico (SB). Oito jogadores de rugby com experiência em treinamento de força 
realizaram o ST e SB com cargas de 55 e 80% de 1RM. As curvas de força para cada teste foram 
então divididas em três níveis de intensidade, classificados em: 1- baixo-moderado (0-75%), 2- 
alta (75-95%) e 3- máxima (95-100%). Estes valores foram determinados considerando o 
percentual da amplitude de movimento (ROM) em que a curva foi produzida em cada teste 
O SB produziu um pico de força significativamente maior (p <0,05) do que a ST em ambas as 
condições de carga. Durante o SB a 80%, uma porção significativa da ROM estava na zona de 
alta intensidade em comparação ao ST. Não foram encontradas diferenças significativas entre 
os exercícos com a carga de 55%. 
 
10 
 
Os autores concluíram que a realização do SB resulta em um maior pico de força quando 
comparado ao movimento tradicional em iguais condições de carga. Além disso, a realização 
do SB com cargas pesadas resulta num método de treino mais eficiente para manter níveis 
elevados de força ao longo da ROM. 
Podemos concluir, portanto, que os exercícios balísticos ativam e estimulam muito mais o 
sistema neuromuscular do que sua forma tradicional sem aceleração. Desta forma, os 
exercícios realizados de forma balística são os melhores para se treinar potência, pois unem 
força e velocidade no movimento. 
Neste momento. preciso caracterizar corretamente o Levantamento de Peso Olímpico (LPO) 
que, ao contrário do que se imagina, não é um esporte puramente de força máxima ou do 
homem mais forte do mundo. O LPO é uma modalidade extremamente explosiva baseada em 
dois movimentos - o arranco e o arremesso - que são feitos com elevada sobrecarga (existe 
hoje atletas que levantam mais de 250kg do chão para acima da cabeça!). Devemos observar 
que o tempo de aplicação de força no levantamento da barra dura menos de um segundo! 
Temos as duas variáveis da formula da potência interagindo quando fazemos LPO: carga e 
velocidade. 
 
Os atletas de LPO caracterizaram-se por serem extremamente explosivos. Em estudos 
realizados na Rússia, já nos anos 70, verificou-se que os levantadores olímpicos conseguiam 
 
11 
 
correr os primeiros dez a quinze metros junto com os atletas velocistas de 100-200m rasos. É a 
partir desse conhecimento que vamos utilizar o LPO para treinar a capacidade neuromuscular 
tanto de atletas quanto de pessoas que buscam saúde. 
Visto que os exercícios de LPO (o arranco e o arremesso) serem complexos e com várias fases 
técnicas, vamos simplificar estes exercícios fazendo com que a barra saia acima dos joelhos 
partindo de uma posição similar a do salto vertical e finalizando em pé – as variações “Hang 
Power clean/ snatch” (37). Os exercícios adaptados do LPO para o treinamento físico eu 
chamo de Levantamentos Estilo Olímpico (LEO). Entrarei em mais detalhes a frente. 
A utilização do LEO não gera estímulo suficiente para o treinamento do ciclo alongamento-
encurtamento (CAE). É por isso que devemos combinar o LPO com a pliometria, já que é este 
último quem atuará no desenvolvimento dessa capacidade especial e específica, enquanto o 
LPO eleva a capacidade neuromuscular geral do praticante. 
Os estudos científicos já provaram que existe transferência neuromotora quando o LPO é 
usado como treinamento de força para diversos tipos de atividades, como sprints, mudar de 
direção e saltar (36). É justamente essa característica de alta ativação neural e de produção de 
força em velocidade que faz, por exemplo, com que atletas da natação - que não tem nada 
específico com o padrão de movimento do LPO - se beneficiem com esse tipo de treinamento. 
 
A transferência de gesto motor ocorre porque o levantamento olímpico estimula 60% dos 
músculos do corpo a ativarem de forma rápida e coordenada, obtendo assim elevado grau de 
TDF, umas das componentes chaves da potência como mostrei no capítulo inicial, 
 
12 
 
desenvolvendo plenamente a capacidade do atleta em recrutar rapidamente as fibras do tipo 
II. 
Vamos, portanto, utilizar o LPO como meio principal de desenvolvimento neuromuscular, por 
meio dessa forma adaptada (LEO) que favorece o rápido aprendizado e que não utiliza os 
ângulos extremos da modalidade olímpica competitiva, poupando as articulações e diminuindo 
a carga geral que aplicaremos no nosso aluno. 
Após um período inicial de aproximadamente 4 semanas de treino e aprendizagem com o LPO, 
entramos com a pliometria para treinar o CAE. A pliometria permite uma proximidade maior 
com os períodos específicos no esporte porque podemos trabalhar em diferentes planos e 
ângulos de ação. No LPO temos um único plano de ação (eixo sagital) enquanto na pliometria 
temos liberdades de plano de ação, é a combinação perfeita! 
 
 
 
 
13 
 
 
LPO NA PREPARAÇÃO FÍSICA 
 
FUNDAMENTOS 
Vou resumir todos os conceitos que vimos até agora e mostrar como eles se integram quando 
treinamos com o LPO. 
Para aumentar a potência, as pessoas precisam treinar com movimentos que envolvam uma 
rápida aceleração contra uma determinada resistência durante toda a amplitude articular do 
movimento, sem a necessidade de desacelerar no final. Esse tipo de ação é conhecido como 
movimento balístico. Exercícios balísticos são executados com máximo esforço obtendo 
elevados níveis de TDF e de força explosiva. Em geral, esses exercícios requerem
cargas 
submáximas para maximizar a potência. 
Os exercícios pliométricos - como os lançamentos, multisaltos e os saltos em profundidade - 
não requerem desaceleração ao final do movimento, sendo ótimos exemplos de exercícios 
balísticos. Os exercícios de LPO também possuem essa mesma característica balística, pois a 
barra é “arremessada” do solo, sendo posteriormente amortecida pelo atleta. 
 
 
 
 
14 
 
Os exercícios de LPO utilizam a extensão simultânea dos membros inferiores (a tripla 
extensão), além de contra-movimentos e ações explosivas dentro de um raio angular idêntico 
do salto vertical. Essas características têm um enorme potencial de transferência 
neuromuscular para movimentos como correr e saltar. 
A maioria dos estudos científicos aponta a relação direta entre o LPO e o salto vertical. 
Recentemente, alguns estudos demonstraram os efeitos do treinamento com o LPO e o 
aumento de desempenho em sprints, mudanças de direção e arremesso de peso (36,37). 
Nos movimentos de LPO, a intenção de velocidade do movimento é sempre máxima, o que 
induz a uma melhor sincronização das unidades motoras e da TDF. A possibilidade de aumento 
de carga nos levantamentos parece ser o fator determinante para o treinamento da potência. 
Nesse aspecto, a técnica de levantamento do LPO permite adicionar mais peso na barra sem 
negligenciar a intenção de máxima velocidade do movimento, fazendo a TDF ser mais 
importante que a capacidade de força máxima. Concluindo, o LPO permite o treino com 
elevadas cargas e com rapidez de movimento. 
Para treinar potência utilizando o LPO, devemos usar cargas que favoreçam a máxima 
produção mecânica de potência. Os estudos apontam que, para o LPO, a maior potência 
produzida ocorre com cargas em torno de 70-80% do máximo que o atleta consegue levantar 
no arranco e arremesso competitivo (37). Portanto, esses dois exercícios podem ser 
considerados os mais apropriados para o treinamento de potência em qualquer atleta. 
 LEVANTAMENTOS ESTILO OLÍMPICO 
Chamo de Levantamento Estilo Olímpico (LEO) os exercícios provenientes das modificações e 
adaptações dos movimentos competitivos do LPO – o arranco e o arremesso. Essa classe de 
exercícios é mais simples tecnicamente e por isso mais fáceis de serem aprendidos, pois 
geralmente se exclui as fases críticas do movimento competitivo como os encaixes profundos, 
movimentos com carga acima da cabeça e a passagem da barra pelo joelho. 
 
O arranco (“snatch”) consiste em levantar a barra em um só movimento desde o tablado até 
a completa extensão dos braços acima da cabeça. 
 
Para a preparação física simplificaremos o movimento (como mostramos no capítulo 
anterior). O início do movimento será com a barra acima da patela, executando o salto 
 
15 
 
vertical e finalizando com meia flexão de joelhos (meio agachamento). Esta variação é 
conhecida com “Hang Power Snatch”. 
 
 
 
 
 
 “Hang Power Snatch” 
 
O arremesso (“clean and jerk”) consiste em levantar a barra em dois tempos: desde o tablado 
até os ombros - o “clean”. E desde os ombros até a completa extensão dos braços acima da 
cabeça - o “jerk”. 
 
Da mesma forma que o arranco, vamos utilizar a forma adaptada no arremesso, com saída 
acima da patela, salto e encaixe em meia flexão de joelhos - o “Hang Power Clean”. Além 
disso, trocaremos a finalização em tesoura no jerk pelo afastamento bilateral dos pés. 
 
Figura – “Hang Power Clean” 
 
Um ponto importante é que em virtude dessas modificações a carga geral absoluta utilizada 
 
16 
 
num LEO é muito menor. Por esses motivos faz total sentido sua utilização dentro da 
preparação física das modalidades esportivas. 
 
Quando comecei lá no ano 2000 a estudar e utilizar mais profundamente o LEO na 
preparação física, havia apenas o esporte LPO. Mais recentemente o Crossfit apareceu como 
uma segunda modalidade que também se utiliza da técnica competitiva do LPO. Tornou-se 
maior o número de praticantes, de informações e do conhecimento de distintas escolas de 
levantamento de peso olímpico. 
 
Esse fato foi ótimo para maior popularidade e aproximação do LPO para o público geral, mas 
que tende a ser negativo se os profissionais da EDF e do Esporte que não tiverem um 
conhecimento mais aprofundado dos fundamentos do LPO do que propriamente o domínio 
técnico . 
 
 
 
Esse erro aparece principalmente quando se agrupa o LPO na categoria de “exercícios para a 
potência muscular” devido sua natureza balística, sem fazer uma reflexão mais profunda. 
Isso cria uma ideia geral de que basta treinar com LPO que a sua potência vai aumentar... o 
necessariamente pode não ser verdade! Uma passada na literatura mostra que o LPO não 
vence a disputa da potência contra a pliometria, por exemplo (38,39,40). Além disso, treinar 
com um exercício balístico em condições onde o aumento da fadiga promove uma redução 
da velocidade, e portanto uma menor ativaçõ, também não vao proporcionar os ganhos que 
se espera. 
 
17 
 
 
Outro ponto importante nesse tema é que dentro do movimento competitivo (partindo com 
a barra no solo), quanto mais pesada a carga levantada proporcionalmente mais tempo o 
atleta gasta dentro da primeira puxada, fase dominada principalmente pela ação dos 
joelhos... sendo que a potência que se busca da utilização do LPO advém principalmente da 
extensão do quadril... para muitos esportes isso seria tempo perdido. 
 
Portanto através do maior conhecimento sobre os fundamentos da potência e do LPO os 
professores de EDF e treinadores esportivos consegue sair desse problema, tendo no LPO 
uma ferramenta a mais para o treinamento dessa capacidade. 
 
A TRAJETÓRIA DA BARRA 
O deslocamento vertical e horizontal da barra pode ser analisado pelo plano sagital. A análise 
da trajetória da barra é importante para a detecção de erros técnicos. Para atletas e alunos, 
não é necessário o rigor técnico exigido a um atleta de LPO, necessitando apenas aprender a 
levantar pesos de uma maneira que permita torná-los fortes e explosivos de forma segura. 
 A análise da trajetória serve para que os professores entendam que a barra não é levantada 
“em linha reta” do solo para acima da cabeça. Pelo contrário, o praticante deve manejar seu 
corpo para uma posição biomecânica favorável que permita levantar a maior quantidade de 
peso possível com o menor gasto de energia. Nesse processo a barra irá acompanhar esse 
movimento do corpo, muitas vezes tocando ou raspando partes do mesmo. 
Os atletas de LPO para melhorarem sua técnica procuram treinar tentando atingir o padrão “S” 
apresentado na figura abaixo (37). 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
Para finalizar esta primeira parte, abaixo disponibilizo uma aula que gravei sobre o tema deste 
e-book, só clicar na imagem para assistir: 
 
 
https://youtu.be/WZzlLfVk6_E
 
19 
 
A PLIOMETRIA 
 FISIOLOGIA 
Nesta parte, abordarei a fisiologia por trás do como e porque a pliometria funciona. 
Analisaremos pesquisas que demonstram porque o treinamento pliométrico é muito eficaz 
para o aumento de força e potência 
A pliometria refere-se ao exercício que permite a um músculo atingir a sua força máxima no 
menor tempo possível. O músculo é carregado com energia potencial elástica na ação 
excêntrica (alongamento) e utiliza essa energia quando seguido imediatamente por uma ação 
concêntrica. 
 
Um músculo que é alongado antes de uma ação concêntrica vai se contrair mais forte e 
rapidamente (4,5). Um exemplo clássico é a flexão do quadril antes de um salto vertical. Ao 
baixar o centro de gravidade de forma rápida, os músculos envolvidos no salto são 
momentaneamente esticados produzindo um movimento mais potente. 
Como isso ocorre? Dois modelos têm sido propostos para explicar este fenômeno:
1- Modelo Mecânico 
Neste modelo, a energia elástica é gerada nos músculos e tendões e armazenada como 
resultado de um alongamento rápido (6,7,8). Esta energia é então liberada quando o 
 
20 
 
alongamento é seguido imediatamente por uma ação muscular concêntrica. De acordo com 
Hill (9), o efeito é semelhante ao do alongamento de uma mola, que força a volta ao seu 
comprimento natural. A mola neste caso são os componentes elásticos em série dos músculos 
e tendões. 
2- Modelo Neurofísico 
Quando um alongamento rápido é detectado nos músculos, uma resposta involuntária e 
protetora ocorre para evitar o excesso de alongamento muscular que provocaria uma lesão. 
Esta resposta é conhecida como reflexo de estiramento. O reflexo aumenta a atividade dos 
músculos submetidos ao alongamento ou a uma ação muscular excêntrica, o que lhe permite 
agir com muito mais força. O resultado é um poderoso efeito de frenagem e o potencial para 
uma ação muscular concêntrica potente (10,11,12). 
Se a ação muscular concêntrica não ocorrer imediatamente após o pré-estiramento a energia 
potencial produzida pela resposta de reflexo de estiramento é perdida. Ou seja, se há uma 
demora entre a flexão e o impulso do salto para cima o efeito do contra-movimento é perdido. 
Imagina-se que tanto o modelo mecânico (componente elástico em série) e o modelo 
neurofísico (reflexo de estiramento) aumentam a taxa de produção de força durante os 
exercícios pliométricos (6,7,8,10,11,12). 
 
O CICLO ALONGAMENTO –ENCURTAMENTO (CAE) 
Todos os movimentos pliométricos envolvem três fases. A primeira fase é a do pré-
estiramento ou ação muscular excêntrica. Aqui a energia elástica é gerada e armazenada. 
A segunda fase é o momento entre o fim do pré-estiramento e o início da ação muscular 
concêntrica. Este breve período de transição do pré-estiramento para a ação concêntrica é 
conhecido como fase de amortização. Quanto menos tempo durar esta fase mais potente será 
a contração posterior do músculo. 
A terceira e última fase é da ação concêntrica muscular. Na prática este é o movimento que o 
atleta deseja: o salto, o chute ou arremesso explosivo! 
 
21 
 
Essa sequência de fases é chamada de ciclo de alongamento-encurtamento. Na verdade, a 
pliometria também poderia ser chamada de exercícios para o ciclo alongamento-
encurtamento (1). 
 
 
TAXA DE UTILIZAÇÃO EXCÊNTRICA 
A capacidade de utilizar o ciclo alongamento-encurtamento (CAE) de forma eficiente é um 
fator fundamental em muitos esportes. 
A Taxa de Utilização Excêntrica (T.U.E) é um indicador simples que pode mostrar a capacidade 
ou a falta que um atleta tem para utilizar eficientemente CAE. Foi proposto como um indicador 
de uso do CAE por McGuigan et al (2006)para vários esportes e durante diferentes fases de 
treinamento. 
 
 
 
 
22 
 
FÓRMULA 
Você obtém o valor da TUE através da seguinte divisão: SV = salto vertical máximo / SJ (squat-
jump)= salto sem contramovimento 
[Altura SV ÷ Altura SJ] 
 
 
Os atletas devem ter um valor de TUE positivo, acima de 1. O ponto aqui é que os atletas 
devem atingir uma altura maior no SV do que no SJ devido o armazenamento de energia 
elástica que ocorre durante o contramovimento. 
Um TUE elevado (>1) significa que o atleta tem uma capacidade de utilizar o CAE produzindo 
movimentos mais potentes. Como poucos gestos esportivos são puramente concêntricos, 
saber utilizar a energia elástica é uma capacidade fundamental para os atletas. O resultado 
negativo (<1) indica que é necessário treinar essa capacidade, e para isso nada supera a 
pliometria! 
NA PRÁTICA 
Os resultados de um teste simples como a TUE podem ajudar de maneira significativa os 
treinadores na determinação e escolha de métodos para o treinamento de força/potencia. 
Mesmo quem trabalha fora do meio esportivo também pode se valer das informações desse 
teste com alunos de academia que pratiquem algum esporte. Seria uma forma de promover 
um trabalho mais qualitativo e propor novos estímulos e um treinamento além do tradicional 
aeróbio+musculação. 
 
 
23 
 
A falta de capacidade reativa compromete o gesto técnico portanto este indicador mostra 
quando é necessário adicionar o treinamento pliométrico para corrigir essa limitação. O ganho 
prático será um aumento da potência muscular de forma rápida 
 
A PLIOMETRIA É EFICAZ? 
Ao fazer uso do CAE os movimentos podem se tornar mais fortes e explosivos. A pliometria é 
simplesmente uma série de exercícios destinados a estimular os componentes elásticos 
repetidas vezes, de preferência com movimentos similares aos do esporte que o atleta pratica. 
Mas quais são os efeitos de longo prazo que o treinamento pliométrico exerce no corpo e no 
desempenho? 
 
Uma grande variedade de estudos mostra que os exercícios pliométricos podem melhorar o 
desempenho no salto vertical, no salto em distância, no ciclismo e corridas de velocidade. 
Parece também que uma quantidade relativamente pequena de treinamento pliométrico é 
necessária para melhorar o desempenho nessas tarefas. Apenas um ou dois tipos de exercício 
pliométricos feitos de 1-3 vezes por semana durante 6 a 12 semanas podem melhorar 
significativamente o desempenho motor (13,14,15,16,17,18,19). Além disso, apenas uma 
pequena quantidade de volume é necessária para fazer essas mudanças positivas, ou seja, 2-
4 séries de 10 repetições por sessão (14,16) ou 4 séries de 8 repetições (15). 
 
24 
 
Enquanto que os exercícios pliométricos para membros superiores do corpo têm recebido 
menos atenção, foi mostrado que três sessões de flexões pliométricas por semana aumentam 
a força destes membros conforme medição feita através do lançamento de bolas medicinais 
(20). 
Usando uma variedade de exercícios pliométricos, tais como saltos em profundidade, saltos 
com contra-movimento, progressões alternando as pernas e saltos unilaterais podem 
melhorar o desempenho motor (13,22,23,24,25,26,27,28). Enquanto que a maioria dos 
estudos se concentrou em indivíduos destreinados, os atletas treinados, como os jogadores 
de futebol e basquete, melhoraram seu desempenho com a pliometria (16,23,28). 
 
PLIOMETRIA E LESÕES 
Treinadores de força frequentemente são cautelosos ao prescreverem treinamento 
pliométrico devido acreditarem possuir um alto grau de risco para lesão. Contudo, há poucos 
dados para confirmar ou rejeitar esta alegação. 
Muitos pesquisadores têm dito abertamente que nenhuma lesão ocorreu durante os seus 
estudos com pliometria (13,33,34). A maioria não menciona se as lesões ocorreram, nem 
mesmo em que medida. 
Como medida de precaução tem sido sugerido que os atletas tenham um histórico de 
treinamento de força consistente. Os critérios geralmente utilizados são: os atletas devem 
estar aptos a agacharem de 1,5 a 2x seu peso corporal para treinar pliometria de membros 
inferiores (2,3,35) e fazer supino com 1x o seu peso corporal para membros superiores (3,35). 
Se as lesões têm mais chances de ocorrer com este tipo de treinamento, pode ser devido à 
aterrissagem e superfícies de aterrissagem inadequadas, ou a saltos em profundidade de uma 
altura muito elevada (1). 
 
25 
 
 
Figura – Salto em Profundidade 
Vários estudos mediram a relação da altura de queda nos saltos em profundidade com o 
desempenho no salto vertical. Os saltos em profundidade tanto de 50cm e 80cm melhoraram 
a força na mesma proporção (13). Os mesmos resultados foram encontrados entre os saltos de 
75 centímetros e 110 centímetros (31) e entre os saltos de 50cm e 100cm (16). Isso sugere que 
pode haver poucos ou nenhum benefícios adicionais de saltar de alturas acima de 50cm, 
embora o risco de lesão provavelmente aumente. 
Por último, a superfície de aterrissagem é um componente importante das sessões de treino
pliométrico. Elas devem possuir propriedades de absorção de choque adequadas, tais como 
grama, tapetes de borracha e pisos esportivos. Concreto, ladrilhos, madeira dura e colchões 
não seriam os mais adequados (35). 
 
INTENSIDADE DOS EXERCÍCIOS 
A intensidade dos exercícios pliométricos varia bastante. Exercícios com saltos no lugar e a 
baixa altura são classificados como de intensidade baixa, enquanto que saltos de barreiras 
altas ou quedas acima de 50 cm ou mais são os de grande intensidade. Veja na tabela abaixo a 
classificação de intensidade dos saltos: 
 
26 
 
25
TREINAMENTO PLIOMÉTRICO
CONTROLE CARGAS: INTENSIDADE
1- PLIOMETRIA BAIXA:
1. SALTOS NO LUGAR / ESTÁTICOS
2. COORDENATIVOS CORRIDA
3. SALTOS PARA PLANO ELEVADO (BOX JUMP)
2- PLIOMETRIA MÉDIA:
1. REBOTES E SALTOS PROGRESSÃO (HOPS E BOUNDS)
2. UNILATERAIS E MUDANÇAS DE PLANOS
3. ALTURA/OSBSTÁCULOS E QUEDAS 20-30CM
3- PLIOMETRIA ALTA: 
1. MULTISALTOS E BARREIRAS (ACIMA 30CM)
2. SALTOS EM PROFUNDIDADE (ACIMA DE 30CM)
 
O treino pliométrico deve progredir gradualmente de exercícios de intensidade mais baixa até 
os de intensidade mais alta, especialmente para aqueles que carecem de um bom histórico de 
treinos de força ou musculação. 
 
Não é recomendado aumentar a carga adicionando-se pesos como tornozeleiras com peso. 
Um peso muito grande pode reduzir a velocidade e a qualidade do movimento, anulando os 
efeitos dos exercícios pliométricos. 
 
VOLUME DE TREINAMENTO 
O volume dos exercícios pliométricos se refere ao número de repetições por sessão. Para 
membros inferiores, uma repetição é um contato no solo. Veja na tabela abaixo sobre o 
número de repetições recomendadas para uma sessão de treino pliométrico. 
 
27 
 
26
TREINAMENTO PLIOMÉTRICO
CONTROLE CARGAS: VOLUME 
TABELA 1
Volume de Exercícios Pliométricos por Sessão
Experiência
*Contatos no solo (*50% do indicado por CHU, D)
Iniciante *40 – *50 
Intermediário *50 – *60
Avançado *60 – *70
 
EXEMPLO DE TREINO PLIOMÉTRICO 
 
28
TREINAMENTO PLIOMÉTRICO
EXEPLO INTERMEDIÁRIO: PLIOMETRIA MÉDIA 
1- Hops (6 cones) 2- Saltos Lugar 3- S. Unilateral
30 saltos (5x6) 15 saltos (3 x5) 15 saltos (3 x 5)
Volume total = 60 saltos 
 
 
 
 
 
28 
 
PLIOMETRIA E A SEQUÊNCIA RACIONAL 
 
A Sequência Racional é a estratégia de ensino e progressão da pliometria seguindo que utilizo 
com meus atletas e que ensino no livro “Pliometria: sequência racional”. 
 
 
 
Resumindo, minha idéia é que para aumentar a potência as pessoas precisam treinar com 
movimentos de rápida aceleração contra uma resistência durante toda a amplitude articular 
do movimento, sem a necessidade de desacelerar. Esse tipo de ação é conhecido como 
movimento balístico,sendo executados com o máximo esforço obtendo elevados níveis de taxa 
de desenvolvimento de força. Em geral, esses exercícios requerem cargas submáximas para 
maximizar a potência. 
 
Os exercícios pliométricos - como os lançamentos, multisaltos e os saltos em profundidade - 
não requerem desaceleração ao final do movimento, sendo ótimos exemplos de exercícios 
balísticos. 
 
Para saltar utilizamos a tripla extensão simultânea dos membros inferiores, além de 
contramovimentos que nos permitem utilizar a energia elástica (CAE). Com o alto grau de 
ativação do sistema nervoso central e a alta velocidade exigida no salto, conseguimos inverter 
a padrão de recrutamento das fibras, trabalhando fundamentalmente com as fibras rápidas do 
 
29 
 
tipo II. Essas características têm um enorme potencial de transferência neuromuscular para 
outras ações motoras, principalmente os sprints de velocidade e as mudanças de direção. 
 
Como vimos, o principal exercício para aumento de força e desempenho na pliometria é o 
salto em profundidade, onde a altura de queda estimula e promove o aumento da capacidade 
geral neuromuscular além de aumentar a capacidade de usar o CAE. Com as bases do 
treinamento pliométrico vindo do atletismo, existe certa dúvida entre os treinadores de 
modalidades “técnico-táticas”, que necessitam apenas do aumento da potência média (e não 
máxima), sobre como progredir e aplicar o treinamento pliométrico de maneira controlável e 
segura. 
 
Principais Objetivos 
 
A Sequência Racional é a forma que tenho utilizado nos últimos anos para responder essa 
questão e está apoiada nas quatro fases abiaxo: 
 
 
 
Estas fases estão divididas de forma a atender os dois principais objetivos quando se pensa em 
treinamento pliométrico, a saber: 
 
1 – aprender a minimizar a força de impacto (evitar lesão) 
 
2 – desenvolver impulso (aumento de desempenho) 
 
30 
 
 
A partir desse entendimento fica fácil para os treinadores escolheres os exercícios adequados 
para cada objetivo, progredindo dentro de uma seuquência lógica e fundamentada nos 
estudos científicos. Essa sequência permite que se trabalhe com segurança e resultados 
fundamentalmente com pessoas iniciantes (atletas juvenis, adultos praticantes de academia e 
até mesmo com idosos). 
 
 
 
Além disso, obtendo controle total do método é possível também fazer trabalhos com atletas 
de alto nível, em especial de modalidades intermitentes técnico-táticos (futebol, basquete, 
rugby, tênis...). 
 
Essas modalidades tem como particuraridades a necessidade de mudar rápido de direção, 
dependem muito mais em manter um nível de potência média superior durante a partida – e o 
período de torneio - do que propriamente de picos extremos de força explosiva. Além de 
terem que “competir” com o treinamento técnico o tempo e volume de treinamento físico – 
sendo assim, quanto menor o volume de treinamento de potência com resultado melhor. 
 
 
 
 
 
 
31 
 
Essa é a base do livro e do curso Pliometria que ministro desde 2010! Abaixo você pode ver um 
vídeo que gravei da pré-temporada de um de meus atletas para que você possa ver a evolução 
das fases ao longo do treinamento 
 
 
 
 
 
 
https://youtu.be/OJFEO04ZNRk
 
32 
 
COMBINANDO LPO E PLIOMETRIA 
Normalmente de duas a três sessões de pliometria podem ser feitas na semana. O tempo de 
recuperação entre as sessões também pode ser usado para prescrever a frequência de treinos, 
programando intervalos de 48 a 72 horas entre os treinos. Para o LPO, após um período inicial 
de adaptação é possível se recuperar entre 12 a 24hrs. Esse é um benefício principalmente 
para atletas de alto rendimento. Em alguns casos se utiliza sessões de treinamento com o LPO 
no mesmo dia da competição, funcionando como aquecimento dinâmico e ativação neural. 
Não é recomendado marcar um treinamento de pliometria para o dia seguinte a uma sessão 
de treino pesado, quando os músculos sofreram muitos estímulos tensionais e 
consequentemente elevado grau de microlesões (como após uma competição, por exemplo). 
Isso representa um problema de planejamento para os atletas que necessitem treinar força de 
3 a 4 vezes por semana. A tabela abaixo oferece uma solução para este problema, quando 
usamos o LPO para o desenvolvimento neural de força. 
Devido ao baixo volume de treino e ao baixo índice de microlesões, é possível combinar o LPO 
e a pliometria numa mesma sessão de treino. Com essa combinação, apenas 2 sessões 
semanais são mais que suficientes para o aumento da força explosiva na maioria dos atletas e 
pessoas que buscam condicionamento. 
O segredo está no baixo volume e alta demanda neuromuscular do LPO. Com treinos mais 
curtos, se gasta menos tempo e poupa-se mais o organismo. Além disso, é possível ainda 
redistribuir os exercícios adicionais de força (como supinos, puxadas, remadas, entre outros) 
para o final da sessão de treino ou no dia seguinte já que é baixa a solicitação dos membros 
superiores.
A pliometria precisa ser repensada caso se esteja fazendo treino pliométrico para 
membros superiores. O treino pliométrico possui um grau maior de microlesões, 
principalmente devia as demandas excêntricas. Uma parte dessa demanda pode ser aliviada 
transferindo parte do volume para o LPO, que é um “salto com sobrecargas”. 
Começamos ensinando o LPO e praticando um volume um pouco maior (3x semana) no ínicio, 
para fixação técnica e desenvolvimento de força neuromuscular (LPO-I). Após esse período 
vamos introduzindo o treino pliométrico (PLIO FASE I) e reduzindo o volume de LPO (LPO-II). 
Essas fases eu abordo mais afundo no livro “Pliometria: sequência racional”. A redução do 
 
33 
 
volume de LPO será ajustada pelas novas cargas obtidas no teste de 1 RM realizado na quarta 
semana. 
O fato de haver uma diminuição de volume no LPO não deve ser compensado por um aumento 
nas sessões de pliometria. A idéia é justamente manter o volume baixo, com foco exclusivo no 
neuromuscular. 
Como o LPO e a pliometria são fundamentados nos membros inferiores, é recomendado fazer 
o treinamento de pernas também na mesma sessão. Alternar dias de treinamento pesado de 
pernas, com sessões pliométricas pode atrapalhar, pois ambos precisam de recuperação entre 
48-72hr como mostrei anteriormente. O segredo do aumento de desempenho e até mesmo da 
melhora na qualidade de vida está na recuperação! Respeitar os períodos de recuperação é o 
que garante a redução dos índices de lesões (principalmente as crônicas), pois o volume é 
mantido ao mínimo necessário para a máxima estimulação. 
Este é o conceito da abordagem de Treinamento Racional Alemão! O volume sempre será a 
última variável a ser incrementada. Antes disso intensificamos o treinamento dentro do 
mesmo volume. Este é o “O Segredo” da combinação LPO e Pliometria. 
 
48
4 - MACROCICLO
LEVANTAMENTO OLÍMPICO - LPO
 
 
34 
 
 
CONCLUSÃO 
Este e-book é parte de um projeto maior sobre estes dois métodos de treinamento 
fascinantes: o LPO e a Pliometria. 
Tenho ministrado nos últimos anos em todo o Brasil o curso Treinamento de Potência, em que 
abordo de forma prática estes dois métodos. Considero essencial o conhecimento de ambos 
para qualquer profissional que queira se tornar mestre na arte da prescrição do treinamento 
de força. 
 
Lembrando que estes métodos não servem apenas para atletas de alto rendimento. Com os 
avanços nas pesquisas sobre saúde e envelhecimento, o uso de métodos intensivos tem se 
mostrado cada vez mais indicado no combate, principalmente, aos efeitos do envelhecimento. 
Você pode conferir no site Treinamento Esportivo.com, ou no meu curso presencial, o 
maravilhoso trabalho que professores têm realizado ao aplicar tanto o LPO quanto a 
pliometria em populações especiais, sobretudo idosos, parkinsonianos e diabéticos. Nosso 
objetivo é ampliar o horizonte dos profissionais da musculação, que só contavam com os 
métodos de hipertrofia, o mais comum e difundido nas academias de ginástica. 
Neste ensaio, procurei mostrar as bases e conceitos que norteiam estes métodos. Para 
trabalhar de forma segura e eficiente com ambos, é necessário um forte domínio técnico e, 
também, científico. A ciência nos dá a segurança para trabalhar e obter resultados. A prática 
https://www.facebook.com/treinamento.esportivo/videos/1051812784884463/
 
35 
 
nos dá a flexibilidade para ajustar a ciência no dia-a-dia. Uma não pode ser desvinculada da 
outra. 
Essa tem sido a missão do site ao longo dos últimos anos: oferecer informações relevantes 
para que professores de educação física e profissionais do esporte possam sempre se atualizar 
e se desenvolver profissionalmente. 
Abaixo deixei um vídeo para você ver como é a dinâmica do cuso LPO e Pliometria e o nível de 
informação passada aos professores: 
 
 
Fique atento às datas dos cursos presenciais e, caso queira levar algum de nossos cursos para 
sua cidade ou academia, entre em contato conosco por meio dos canais abaixo: 
Email: treinamentoesportivo.com@gmail.com 
Facebook: /treianemento.esportivo 
 
MUITO OBRIGADO POR TER CHEGADO ATÉ AQUI. MEUS VOTOS SÃO PARA QUE ESTE 
PEQUENO E-BOOK POSSA TE ACRESCENTAR VALOR PROFISSIONAL. 
FORTE ABRAÇO! 
mailto:treinamentoesportivo.com@gmail.com
https://www.facebook.com/treinamento.esportivo?ref=hl
https://youtu.be/_V4PsZV3M2A
 
36 
 
SOBRE O AUTOR 
 
 
João Coutinho (CREF 25473-G/SP) é 
preparador físico de atletas juvenis e 
profissionais de tênis. 
Bacharel em Esporte pela USP, especialista em 
preparação física de tênis e de Força e Potência 
(Argentina), ministra o curso Treinamento de 
Potência (LPO – Pliometria – Periodização) desde 2009, tendo ensinado centenas profissionais 
em todo o Brasil ao longo dos anos! 
Possui curso técnico internacional de Levantamento Olímpico (COI) e Pliometria Cubana. 
Trabalhou com atletas de voleibol, judô e futebol na parte de treinamento de força e potência. 
Prestou consultoria técnica à Seleção Feminina de Rugby e ao G.E. Barueri e a Escola Ed.Física 
do Exército (ESEFEX) 
Publicou artigo científicos na área e regularmente no TreinamentoEsportivo.com ... E é um 
eterno apaixonado pela área da EDF e Esporte! 
 
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37 
 
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treinamentoesportivo.com@gmail.com 
Fb: /treinamento.esportivo 
 
http://www.treinamentoesportivo.com/
mailto:treinamentoesportivo.com@gmail.com
https://www.facebook.com/coutinho99
TREINAMENTO FUNCIONAL/267790229-Treinamento-Funcional.pdf
CONCEITO (do latim conceptus, do verbo concipere, que 
significa “conter completamente”, “formar dentro de si”) é 
aquilo que a mente concebe ou entende: uma idéia ou noção, 
representação geral e abstrata de uma realidade.
MÉTODO (do grego methodos) significa “caminho para se 
chegar a um fim”.
SISTEMA (do grego sietemiun), é um conjunto de elementos 
interconectados, de modo a formar um todo organizado.
 O Treinamento Funcional deve ser 
entendido como uma inovação real, não apenas no desempenho dos praticantes ou em sua 
filosofia, mas também para toda a indústria do fitness, que está incorporando suas influencias 
no desenvolvimento de novos produtos. A inovação real nunca é reflexo da busca gratuita e 
desenfreada pela novidade, mas uma atitude de valor e propósito, com justificativa racional 
para existir. 
 A especificidade é regra básica no 
Treinamento Funcional. A construção de um programa só terá sucesso à medida em que 
considerar as demandas individuais de cada praticante. Não há programas iguais para 
indivíduos diferentes. Quanto menos específica e mais genérica a prescrição, menos eficiente 
ela será. Mas como atingir um grau de customização contínuo e eficaz para indivíduos com 
demandas, potencialidades e limitações tão diferentes, como encontramos no nosso dia-a-
dia? Apesar de não pretender reinventar tudo que já foi realizado, o treinamento funcional 
pode ser compreendido como uma resposta a esta questão. 
 “Quanto maior for a similaridade entre o treinamento e a atividade específica, maior 
é a probabilidade de transferência dos ganhos obtidos com o treinamento para se aprimorar a 
performance da atividade específica”.
 (Knapp, 1963;Cratty, 1979; Sale, 1988; Behm, 1995)
TREINAMENTO
fUNCIONAL
CITIUS altius fortius
TREINO
FUNCIONAL
ganhar conhecimento, 
habilidade e 
competência;
eficiente, prático e 
utilitário;
treinar para produzir 
movimentos mais eficientes;
INDIVIDUAL E ESPECíFICO
INOVADOR E CONSISTENTE
NOSSO SISTEMA DE TREINO É 
BASEADO NO INDIVÍDUO
PROGRESSIVO Progredir é caminhar para a frente, avançar. melhorar; 
aperfeiçoar-se; desenvolver-se. Em última instância essa é a meta que deve ser buscada. 
Mas a progressão de fato se dá em pequenos passos, onde as vezes retroceder um pouco é 
necessário para criar uma base de movimento realmente sólida. Como uma criança que está 
aprendendo a andar, seu cliente vai ganhar autonomia a partir do momento em que ele se 
sinta seguro, e isso está totalmente ligado a como o treinamento é desenhado e programado 
para permitir que essa evolução aconteça de maneira consistente e segura.
TODO PROGRAMA DE TREINO DEVE 
SEr:
Desenvolvimento 
dos sistemas 
energéticos
Pre
par
açã
o 
mu
scu
lar
Tr
ei
no
 c
or
e
emp
urra
r d
omi
nân
cia d
e joel
ho
dom
inân
cia d
e
qua
dril
pux
ar
complexos
treinamento
intervalado
circuitos
Ve
loc
ida
de
Ag
ilid
ad
e
Re
aç
ão
ve
loc
ida
de
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ilid
ad
e
rea
çã
o
es
ta
bi
liz
aç
ão
ro
ta
çã
o
Po
tê
nc
ia
sa
lto
s
le
va
nt
am
en
to
s 
pl
io
m
ét
ric
os
ar
re
m
es
so
s 
Preparação 
movimento
aquecimento
ativação
do core
alongamento 
dinâmico
ativação
neuromuscular
equilíbrio 
m
uscular
Prevenção 
de lesões
propriocepção
m
oestabilidade
nutrição
liberação 
m
iofascial
Regeneração
Tarefas de 
transferênciatreino biomecânico
demanda neural
 O CORE360º é baseado em 9 pilares que são os elementos básicos de construção 
da sessão de treino e são a “caixa de ferramentas” do treinador.
 Cada pilar tem um conceito, um tempo e forma de aplicação e um modelo de organização 
própria.
Dentro de cada um estão tarefas, ferramentas e estímulos que tem uma relação 
de semelhança entre si. Esse sistema tem a flexibilidade necessária para se adequar a 
qualquer situação e ao mesmo tempo manter um linha de coerência e unidade entre cada 
sessão e cada programa de treino.
 Junto a isso outro fator fundamental é a capacidade de incorporar a ele novos 
conhecimentos e métodos, personalizando o modelo de prescrição.
 A força pode ser gerada tanto pela 
quantidade de tensão quanto pelo alcance 
dos músculos com relação ao centro articular. 
 Como tornar o treino de força relevante 
para qualquer indivíduo? Sempre em 
pé, de maneira integrada, trabalhando 
a coordenação dos grandes grupos 
musculares, considerando o core como 
estabilizador e condutor. Pesos livres, cabos 
e o peso do próprio corpo são implementos 
suficientes para recriar funções de força 
como aplicada à vida real dos praticantes. As 
tarefas devem ser pensadas para a função 
do movimento para que os mesmos fiquem 
mais fortes, buscando um puxar/empurrar 
mais eficiente e tridimensional a partir de 
movimentos de rotação. 
Pense nos seus músculos como ferramentas e não troféus. Seu 
treino não deve se restringir a puxar e empurrar. Levantar, girar, 
saltar e correr também, fazendo seu corpo se tornar mais inteligente.1
• Treine Movimentos, Não Músculos.
• Treine o Centro antes das Extremidades.
• Construa a Força de Baixo para Cima.
• Incorpore movimentos de Puxar, Empurrar e Agachar para gerar Integração.
• Aplicação do Princípio da Sobrecarga
• Variação Sistematizada e Planejada.
FORÇA FUNCIONAL
 Com a correta avaliação da função 
muscular, a geração de força será discutida 
também com base em potência e resistência 
muscular. Todas estas funções estão 
interligadas e são cruciais para qualquer 
atividade esportiva ou atividade da vida 
diária (AVD) e suas deficiências representam 
o maior fator limitante sobre a capacidade 
funcional. Usualmente, a força é mensurada 
pelo torque de um grupo muscular. 
força = MASSA x ACELERAÇÃO (F= M.A.)
“Desenvolver força distal sem a presença 
de estabilidade proximal é como tentar dar 
um tiro de canhão de dentro de uma canoa”
 
 Michael Boyle 
AÇÃO
CORE
SISTEMA DE
ESTABILIZAÇÃO
SISTEMA DE
MOVIMENTO+ =
 O Core pode ser descrito como uma caixa onde os músculos da região abdominal 
compõem a frente, os glúteos e o para-espinhal compõem a parte de trás, o diafragma a de cima 
e o assoalho pélvico o fundo. Funcionando de maneira adequada, o sistema garante distribuição 
e geração de força correta, condicionando a estabilidade.
 O Core funciona como um cinto de exercícios natural. O transverso abdominal tem grandes 
pontos de inserção nas camadas média e posteriores da fáscia toracolombar. Em essência a 
fáscia toracolombar dá a volta no tronco fazendo a conexão entre os membros superiores e os 
membros inferiores. Em contração ela também funciona como proprioceptor, fornecendo feedback 
sobre a posição do tronco.
 O termo Core está ligado a centro, 
essência, de onde parte algo. No nosso 
corpo é dessa região que partem todos os 
movimentos, por isso a grande importância 
dada a essa região dentro de um programa 
de Treinamento Funcional. O Core é o 
complexo lombo-pélvico e do quadril, suas 
funções básicas são:
• Produção de força
• Redução de força
• Geração de estabilidade
• Manutenção do alinhamento postural
• Aceleração e desaceleração de 
qualquer movimento do corpo humano
CORE
Centro, Essência, de onde parte algo. Região Lombo - Pélvica - Quadril. 
Produção de força. Geração de estabilidade. Aceleração - Desaceleração
Treine o centro antes das extremidades. Fortaleça o CORE 
(região Lombo-Pélvica-Quadril) porque é a partir dessa região 
que o corpo gera estabilidade e produz força.2
Cabeça, tronco e quadril devem-se manter alinhados, principalmente quando se está em movimento, 
formando como unidade o pilar de sustentação do corpo.
Alinhamento
Checklist Universal de Movimento de 10 
Pontos
Qualidade de movimento é o ponto de partida. Todos os 
exercícios devem ter como meta uma execução limpa, eficiente e 
boa postura.3
Distribuir uniformemente o peso do corpo sobre a/as bases de apoio gera mais estabilidade ao 
movimento e otimiza a produção de força.
Distribuição de peso
Posição inicial
Sempre que possível assumir a posição atlética como posição inicial, transferindo o peso do corpo 
para a ponta dos pés, joelhos levemente flexionados, postura ereta do tronco e região do Core 
ativada.
Realizar cada movimento no ritmo apropriado para atender o objetivo da tarefa. Movimentos que 
envolvem estabilização devem ser executados em um ritmo lento, já exercícios que estimulam a 
potência devem ser realizados de forma explosiva.
Ritmo
Manter a manobra respiratória normal durante os exercícios é importante. Geralmente deve-se 
inspirar na fase excêntrica, e expirar na fase concêntrica. A suspensão voluntária da respiração para 
aumentar a pressão intratoráxica só deve ser realizada por praticantes muito bem condicionados 
fisicamente, e experientes na realização da tarefa.
Respiração
A condição necessária de estabilidade deve ser garantida a todos os exercícios para que sua 
execução seja limpa e correta.
Estabilidade
Em qualquer movimento todo o corpo deve ser recrutado na sua execução, nos integrados, onde 
necessariamente todo o corpo é envolvido na ação, todos os segmentos agindo a favor do movimento 
é condição fundamental para sua boa execução.
Sinergia e Coordenação
A cabeça é pequena em volume, mas grande em massa se comparada a outras regiões do corpo. 
Sendo assim geralmente para onde ela é projetada o resto do corpo é levado. Por isso a manutenção 
de um alinhamento adequado com o tronco e o quadril é tão importante.
Posição da cabeça e Foco visual
Diferentes exercícios pressupõem diferentes tipos de pegada para torná-las mais eficientes, aumentar 
o grau de dificuldade de execução, ou faze-la mais específica em relação a uma determinada 
atividade.
Tipo de pegada
Pés paralelos, afastamento antero-posterior, base uni-podal, e as variações possíveis podem ser 
contempladas desde que façam sentido, atendam o objetivo da tarefa, e garantam a eficiência do 
movimento.
Posicionamento dos pés
 Para todas as atividades da vida diária ou 
esportiva, a base de suporte é um dos elementos 
mais importantes. Trata-se da área do corpo que 
interage com a superfície, entre todos os pontos 
de contato com a base: quanto maior for esta 
área de contato, maior será a estabilidade gerada 
pela base. Por esta razão, o uso de uma área de 
contato menor ou mais instável é sempre uma boa 
maneira de desafiar o equilíbrio ou a estabilidade. 
A estabilidade da base garantirá a produção 
de força e potência nas mais variadas ações.
RECOMENDAÇÃO 
DE CONSUMO 
DE EXERCICIOS
Treine mais na posição em pé do que sentado ou deitado. 
Quando o movimento parte do chão e você está em pé, as forças 
produzidas envolvem o corpo todo, da mesma forma em que ele 
é exigido na vida cotidiana.4
integrados
multiarticulares
isolados
Seu programa de treino deve ser Global. Força, Equilíbrio, 
Velocidade, Resistência, Agilidade, Potência, Mobilidade e 
Flexibilidade são qualidades físicas que sempre devem ser 
estimuladas.
Você é tão forte quanto seu elo mais fraco. Tornar seu corpo 
mais equilibrado entre: o lado direito e o lado esquerdo, a 
cadeia anterior e a cadeia posterior, a extremidade superior e 
a extremidade inferior, terá um impacto positivo sobre todos os 
seus objetivos.
5
6
 De acordo com Bompa (1994), a execução de uma tarefa física é a combinação de 
componentes motores e fisiológicos interdependentes cuja integração deve ser considerada 
em qualquer programa de treino. O desenvolvimento dessas habilidades motoras como pilares 
do treinamento funcional como processo global, formam a base do treinamento funcional 
como filosofia
autossuficiente, que incorpora diversas metodologias para atender o indivíduo. 
 Cinética é um conjunto de forças, cadeia é um sistema onde todas as partes 
se conectam. Sob esta ótica, a cadeia cinética agrega os sistemas muscular, nervoso 
e esquelético conectados entre si e agindo em sinergia para produzir movimento. 
Na cadeia cinética, o movimento é o resultado final de uma série de eventos.
 Para que a cadeia cinética produza e transfira força de forma eficiente, 
todos os componentes agem juntos pelo movimento. Se qualquer um deles falhar, 
todo o movimento se prejudica. Eles estão conectados da seguinte maneira:
O desenvolvimento das habilidades biomotoras 
é um exemplo do quanto o treinamento funcional 
pode ser específico e global ao mesmo tempo. 
Em condicionamento equilibrado, elas garantirão 
movimentos mais eficientes e sua combinação gerará 
outras habilidades.
Velocidade + coordenação = agilidade
Velocidade + força = potência
Força + resistência = resistência muscular
 “O pé conectado à perna,
A perna conectada ao joelho,
O joelho conectado à coxa,
A coxa conectada à coluna 
vertebral,
A coluna vertebral conectada 
ao pescoço, 
O pescoço conectado ao 
crânio” 
pernas
quadril
ombros
troncoforças 
de 
reação
do 
solo
cotovelo
punho
solo
Groppel, 1992
QUAL É O SEU DESAFIO? 
Respeite seus limites, mas aceite o desafio. Você aproveita 
pouco do seu real potencial de movimento, use cada sessão 
de treino para conhecer seus limites e vencê-los, seja você um 
atleta de alto nível ou alguém que está iniciando um programa de 
condicionamento, sempre existe espaço para progresso. 
Use o corpo de forma integrada e não isolada. Envolva todo 
Sistema Neuro-Muscular em atividades onde se busca sinergia 
sempre.
7
8
 A real questão vem à tona quando olhamos para a História, percebendo que o conceito 
de exercício é uma fração recente e muito pequena do repertório de movimento humano. Nossa 
experiência física é formada por um vasto repertório de comportamentos, tarefas e atividades 
como caçar, jogar, brincar, escalar, correr, saltar, etc, mas o exercício padronizado como tal 
é novo e humano. No mundo selvagem, não se observa qualquer coisa parecida com isso.
 Roedores podem correr em rodas 
em jaulas, mas soltem-nos na grama, 
com uma roda dessas ao lado, e eles 
rapidamente não estarão correndo para 
dentro delas. Num ambiente selvagem 
e aberto, os animais vão brincar, lutar, 
caçar, explorar, mas nunca se exercitar 
desta maneira ligada a séries, repetições 
e distância. A regra é apenas continuar 
executando a série até chegar a hora, ou 
seu professor mandar parar, sem pensar, 
sem criar, sem aprender. Mas este, na 
 Alguns consideram o termo propriocepção um detalhe anatômico, outros algo 
preso a reabilitação. Mas os proprioceptores, localizados nas articulações, músculos e 
tendões, servem para levar ao sistema nervoso central informações sobre a posição do 
corpo ou sobre a força que é necessária de ser aplicada nas mais diversas situações. 
 Quando nos movemos, precisamos perceber a nós mesmos. Esta sensação é 
vital para a performance e nosso estado de saúde e bem-estar. Sob esta perspectiva, 
podemos apreciar com espanto os efeitos da vida sedentária sobre os seres humanos. 
Tirar o movimento de cena é tirar a oportunidade dos indivíduos se conhecerem.
 Quando se cria tamanho déficit sensorial, começamos a 
nos deparar com indivíduos inseguros, incertos e ansiosos. Nossas 
epidemias modernas de depressão, desatenção e ansiedade fazem 
muito sentido neste ambiente. Precisamos nos mover para lembrar 
quem somos. Somos o resultado de nossos 
hábitos. Informação para dentro, movimento 
para fora: isto quer dizer que você é o que faz. 
verdade, é o caminho mais fácil e rápido para a monotonia física. Falta desafio, variedade e uma 
relação muito mais próxima de equilíbrio entre os objetivos e as reais necessidades de cada um.
Um programa de Treinamento Funcional eficiente vai além do 
treino. Além de boas sessões de condicionamento, comer, dormir 
e se recuperar com qualidade são elementos fundamentais para 
a obtenção das metas.9
 A maior habilidade de um treinador é saber 
manipular as partes, sempre considerando o impacto de 
suas ações sobre o todo. No desenho de um programa 
de Treinamento Funcional, todos os elementos devem 
estar conectados dentro de um sistema, que organiza 
e equilibra as partes para atender um propósito maior.
AGACHAMENTO
P E R F E I T O
CONDICIONAMENTO
ALIMENTAÇÃO
DESCANSO
RECUPERAÇÃO OBJETIVO 
+ NECESSIDADE
+ POTENCIAL 
= DESENVOLVIMENTO ATLÉTICO 
Divirta-se! Faça do seu treino seu playground, acreditar no 
que se faz e se divertir fazendo é o que gera resultados a 
curto, médio e longo prazo.10
 A palavra de origem latina ”ludus” significa “jogo”. Se estivesse confinado a sua origem, o 
termo lúdico estaria se referindo apenas ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo. Lúdico 
deixou de ser um simples sinônimo de jogo. As implicações da necessidade lúdica, extrapolaram 
as demarcações do brincar espontâneo, passando à necessidade básica da personalidade, do 
corpo e da mente. O lúdico é parte fundamental das atividades essenciais da dinâmica humana, 
caracterizando-se por ser espontâneo, funcional e satisfatório. Sendo funcional: ele não deve ser 
confundido com o mero repetitivo, com a monotonia do comportamento cíclico, aparentemente sem 
alvo ou objetivo. Nem desperdiça movimento: ele visa produzir o máximo, com o mínimo de dispêndio 
de energia.
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CONVENCIONAL
estático
isolado
músculos
repetição
geral
exercícios
equipamentos
FUNCIONAL
dinâmico
integrado
movimentos
variação
específico
tarefas
ferramentas
Referências:
1. Bompa, T. O. Periodization Strenght: the Most Effective Methodology of Strenght Training. 
NSCA J, 1990:12-49.
1. Christou, M., Smilios, I., Sotiropoulos, K., Volaklis, K., Pilianidis, T., Tokmakidis, S.P. Effects of 
Resistence Training on Physical Capacities of Adolescent Soccer Players. J. Strenght. Cond. 
Res., 2006; 20(4): 783-791.
 
2. Cronin J.B., Mcnair P.S., Marshall R.N. Developing Explosive Power a Comparison of 
Technique and Training Loads. J Sci. Med. Sport., 2001; 4(2): 59-70.
 
3. Cronin J.B., Mcnair P.S., Marshall, R.N. Velocity Specifity, Combination Training and 
Functional Performance. J. Sci. Med. Sport., 2001; in press.
4. D’Elia, L. Guia Completo de Treinamento Funcional. Editora Phorte, 2013.
5. Kraemer, W.J., Mazzetti, S.A., Nindl, B.C., Gotshalk, L.A., volek, J.S., Bush, J.A. , Marx, J.O., Dohi, 
K., Gomez, A.L., Miles, M., Fleck, S.J., Newton, R.U., Hakkinen, K. Effectof resistance Training 
on Women´s Strenght/Power and Occupation al Performances. Med. Sci. Sports Exerc, 2001; 
33: 1011-1025.
 
6. Myer, G.D., Ford, K.R., Brent, J.L., Hewett, T.E. The Effects of Plyometric vs. Dynamic 
Stabilization and Balance Training on Power, Balance, and Landing Force in Female Athletes. 
J. Strenght. Cond. Res., 2006; 345-353.
7. Souza, A. L., Shimada, S.D., and Koontz, A. Ground Reaction Forces During the Power Clean. 
J. Strenght Cond. Res., 2002; 16:423-427.
8. Unger, C.L., and Wooden, M.J. Effect of Foot Intrinsic Muscle Strenght Training on Jump 
Performance. J. Strenght. Cond. Res., 2000; 14(4): 373-378.
 
9. Wilson, G.J., Newton, R.U., Murphy, A.J., Humphries B.J. The Optimal Training Load for the 
Development of Dynamic Athletic Performance. Med. Sci. Sports Exerc.; 1993 25:1279-1286.
TREINAMENTO FUNCIONAL/Treinamento Funcional-1-1-2.pdf
 
 
 
 
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O QUE É TREINAMENTO FUNCIONAL? 
Por Artur Monteiro e Thiago Carneiro
O corpo humano é projetado para funcionar como uma unidade, com os músculos sendo 
ativados em seqüências especifica para produzir um movimento desejado. Em cada 
movimento, vários músculos estão envolvidos e todos eles realizam uma função diferente. O 
sistema nervoso central (SNC), além de diferentes funções motoras, é responsável pela 
ativação muscular e programado para organizar esses movimentos. Através de diferentes 
sinais enviados ao SNC, partindo da pele, das articulações e dos músculos, são detectados 
detalhes sobre a posição de cada parte do corpo em relação ao ambiente proposto e as outras 
partes corporais, a velocidade do movimento e o ângulo articular. 
 
Com esse propósito, o Treinamento Funcional foi criado nos Estados Unidos por diferentes 
autores desconhecidos e, vem sendo muito bem difundido no Brasil, ganhando inúmeros 
praticantes. Tem como princípio preparar o organismo de maneira íntegra, segura e eficiente 
através do centro corporal, chamado nesse método por CORE. 
Vários dos objetivos desse método de exercício representam uma volta à utilização dos 
padrões fundamentais do movimento humano (como empurrar, puxar, agachar, girar, lançar, 
dentre outros ), envolvendo a integração do corpo todo para gerar um gesto motor específico 
em diferentes planos de movimento. Um exemplo contrário a esse método é o trabalho isolado 
do corpo para gerar um gesto motor específico, como visto na musculação tradicional. 
Essa visão abrangente permite que o Treinamento Funcional atinja o objetivo de controlar o 
sistema músculo-esquelético, sem abrir mão do aperfeiçoamento do sistema sensório-motor e 
proprioceptivo, geralmente esquecido pelos treinamentos convencionais. Além disso, a postura 
do corpo humano é controlada diretamente através destes órgãos sensitivo, que tem entre 
suas principais funções, a regulação do equilíbrio e a orientação do corpo no ambiente. No 
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entanto, esse treinamento visa aprimorar ou resgatar a eficiência do movimento humano para 
atividades do cotidiano. 
Utilizando a periodização proposta pelo NASM (Nacional American Sports Medicine) e 
respeitando a individualidade biológica e a especificidade objetivada de cada um dentro dos 
princípios do treinamento desportivo, os movimentos que compõem o Treinamento 
Funcional, realizados sobre uma biomecânica corporal correta, claramente poderão trazer os 
benefícios desejados pelo praticante, seja este um atleta, um indivíduo fisicamente ativo ou 
uma pessoa sedentária que deseja ingressar na atividade física. 
Utilizando aparelhos alternativos ou acoplados aos aparelhos de musculação, exigirão de 
maneira mais significativa dos proprioceptores corporais para a execução das atividades. 
Contudo, os exercícios podem ser realizados com o peso do próprio corpo, cabos, elásticos, 
pesos livres, base de suporte instável e reduzida, medicine balls, bolas suíças, trazendo 
benefícios mais significativos à capacidade funcional do corpo. São exercícios bastante 
motivacionais e desafiadores, onde o indivíduo que segue esse método, acompanhado de um 
instrutor capacitado, graduado em Educação Física, tem a possibilidade de alcançar a 
funcionalidade corporal natural de seu organismo, além de “gerar” um corpo saudável e bem 
condicionado. Porém, para o efetivo resultado do Treinamento Funcional é indispensável o 
empenho e a dedicação do indivíduo. 
O programa de exercícios funcionais traz vários benefícios tanto ao corpo como também à 
mente. 
 
Pensando nisso, elucidamos alguns dos muitos benefícios do método: 
• Desenvolvimento da consciência sinestésica e controle corporal; 
• Melhoria da postura; 
• Melhoria do equilíbrio muscular; 
• Diminuição da incidência de lesão; 
• Melhora do desempenho atlético; 
• Estabilidade articular, principalmente da coluna vertebral; 
• Aumento da eficiência dos movimentos; 
• Melhora do equilíbrio estático e dinâmico; 
• Melhora da força, coordenação motora; 
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• Melhora da resistência central ( cardiovascular ) e periférica ( muscular ); 
• Melhora da lateralidade corporal; 
• Melhora da flexibilidade e propriocepçao; 
• Dentre outras qualidades necessárias e indispensáveis para a eficiência diária e 
esportiva. 
 
Vale à pena lembrar que uma avaliação prévia deve ser realizada para que se possam saber 
quais destas qualidades e quais os padrões de movimentos necessitarão de mais atenção na 
prescrição dos programas de exercícios, e assim, serem estimuladas corretamente. 
Fonte: http://www.posugf.com.br 
 
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EXEMPLOS DE ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO TREINAMENTO FUNCIONAL 
 
 
 
 
O exercício começa e termina em um único 
pé – na saída, o esquerdo, e na chegada, o 
direito. E isso exige equilíbrio e coordenação. 
 
 
 
Tridimensional 
 
O exercício é executado em três planos — VERTICAL 
HORIZONTAL e DIAGONAL. O esforço é superior ao 
da musculação tradicional, em que os movimentos se 
restringem a um plano por vez. 
 
 
 
 
Sinergia 
 
Os músculos trabalham em conjunto. Veja 
como, durante movimento, a força executada 
se transfere de uma parte a outra do corpo: 
primeiro os pés (1), passando por pernas (2), 
quadris (3), tronco (4) e, finalmente, chegando 
aos braços (5). Com isso a musculatura fica 
preparada para executar suas funções de 
maneira eficiente e sem dor. 
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Equílibrio 
 
A superfície instável ativa os proprioceptores 
— terminações nervosas que funcionam como 
sensores de movimento e posição corporal. 
O resultado é a melhora significativa do 
equilíbrio. Os músculos profundos que 
sustentam a coluna e os abdominaisficam 
fortes. 
 
Os pés são a interface entre o chão e o 
restante do corpo. Ou seja, se estão fortes e 
ágeis, ajudam a pessoa a se equilibrar e a 
fazer força. Como o uso contínuo de sapatos 
os deixa frágeis e fracos, vale a pena executar 
alguns movimentos com eles descalços para 
exercitar a sua musculatura. 
 
 
 
 
Força 
 
Pressionada pela gravidade, a musculatura precisa dar conta de estender 
as pernas, erguer o tronco e levar o braço que carrega um pesinho para 
cima. O exercício trabalha um grupo muscular na seqüência do outro. As 
cadeias musculares são fortalecidas. 
 
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Coordenação 
 
Os deslocamentos para os lados — frente, 
atrás, direita e esquerda — treinam a 
coordenação. Como os braços estão 
ocupados, segurando o bastão nas costas, a 
pessoa perde a referência de espaço, um 
truque para exercitar o equilíbrio. Os 
agachamentos, por sua vez, fortalecem
as 
pernas 
 
 
 
Flexibilidade 
 
Neste exercício, braços, abdômen e pernas 
são alongados de maneira integrada e 
dinâmica. O alongamento começa em um lado 
do corpo e termina no outro — o tronco gira 
para que o pé se aproxime do braço oposto. 
Isso aumenta a mobilidade articular e treina a 
coordenação. 
 
 
 
 
 
FONTE: por Priscila Boccia | design Eder Reder | foto Omar Paixão 
mailto:contato@physionucleo.com.br�
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		EXEMPLOS DE ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO TREINAMENTO FUNCIONAL
		FONTE: por Priscila Boccia | design Eder Reder | foto Omar Paixão
TREINAMENTO FUNCIONAL/Sandbag - Training Bible .pdf
Text copyright © 2015 Ben Hirshberg. Design and concept copyright © 2015 Ulysses Press and 
its licensors. Photographs copyright © 2015 Rapt Productions except as noted below. All rights 
reserved. Any unauthorized duplication in whole or in part or dissemination of this edition by 
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Published in the United States by 
Ulysses Press 
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Berkeley, CA 94703 
www.ulyssespress.com
ISBN: 978-1-61243-480-3
Library of Congress Control Number: 2015937564
Printed in the United States by United Graphics
10 9 8 7 6 5 4 3 2 1
Acquisitions: Kelly Reed
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Table of Contents
Part 1: Overview 1
Introduction . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
Why Sandbag Training? . . . . . . . . . . . 4
Training Smart . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Before You Begin. . . . . . . . . . . . . . 10
How to Use This Book . . . . . . . . . . . 13
Part 2: Programs 15
Creating a Customized Workout. . . . . . 16
Scheduling Your Workouts . . . . . . . . 20
Sample Workouts . . . . . . . . . . . . . 22
Part 3: Exercises 33
Overhead Press . . . . . . . . . . . . . . 34
Push Press . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Chest Press . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Bent-Over Row. . . . . . . . . . . . . . . 38
Muscle-Up . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Pull-Up . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Push-Up . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
Dip . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Skull Crusher . . . . . . . . . . . . . . . 45
Curl . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
Shrug. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
Deadlift. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
One-Leg Deadlift . . . . . . . . . . . . . . 49
Sumo Deadlift . . . . . . . . . . . . . . . 50
Shoveling . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Sandbag Swing . . . . . . . . . . . . . . 52
Shouldering . . . . . . . . . . . . . . . . 54
Wall Sit. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
Back Squat . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
Front Squat . . . . . . . . . . . . . . . . 57
Front Squat with Arm Extension . . . . . 58
Overhead Squat . . . . . . . . . . . . . . 59
Sumo Squat . . . . . . . . . . . . . . . . 60
Good Morning . . . . . . . . . . . . . . . 61
Static Lunge . . . . . . . . . . . . . . . . 62
Forward Lunge . . . . . . . . . . . . . . . 63
Side Lunge . . . . . . . . . . . . . . . . 64
Step-Up . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
Around the World . . . . . . . . . . . . . 66
Calf Raise . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
Forearm Plank . . . . . . . . . . . . . . . 69
High Plank . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
Side Plank . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
Reverse Plank . . . . . . . . . . . . . . . 71
Glute-Ham Plank . . . . . . . . . . . . . 71
Bird Dog . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
Superman . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
Hand-to-Feet Pass . . . . . . . . . . . . . 73
Bicycle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
Sit-Up . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
V-Up . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
Frozen V . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
Ground Slam. . . . . . . . . . . . . . . . 78
Wall Ball . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
Barrel Toss . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
Overhead Throw. . . . . . . . . . . . . . 81
Chest Toss . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
Bear Crawl . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
Crab Walk . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
Duck Walk . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
Gorilla Walk . . . . . . . . . . . . . . . . 86
Inchworm Walk . . . . . . . . . . . . . . 87
Army Crawl . . . . . . . . . . . . . . . . 89
Snatch . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
Clean & Jerk . . . . . . . . . . . . . . . . 91
Thruster . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
Thruster with Lunge . . . . . . . . . . . 93
Overhead Chop . . . . . . . . . . . . . . 94
Side Chop . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
Turkish Get-Up . . . . . . . . . . . . . . 96
Sprint . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
Side Shuffle Sprint . . . . . . . . . . . . 99
Carioca Sprint . . . . . . . . . . . . . . . 100
Backpedal Sprint . . . . . . . . . . . . . 102
Shoulder Farmer’s Walk . . . . . . . . . . 103
Suitcase Farmer’s Walk . . . . . . . . . . 104
Overhead Farmer’s Walk . . . . . . . . . . 105
Burpee . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
Rolling Burpee . . . . . . . . . . . . . . . 108
Sled Pull . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110
Jumping Jack. . . . . . . . . . . . . . . . 111
Jumping Rope . . . . . . . . . . . . . . . 112
Sandbag Whip . . . . . . . . . . . . . . . 113
Box Jump. . . . . . . . . . . . . . . . . . 114
Split Lunge Jump . . . . . . . . . . . . . 116
Vertical Jump . . . . . . . . . . . . . . . 117
Long Jump . . . . . . . . . . . . . . . . . 118
Distance Ruck . . . . . . . . . . . . . . . 119
Stair Ruck . . . . . . . . . . . . . . . . . 120
Upper-Body Ruck . . . . . . . . . . . . . 121
Warming Up 122
Jumping Jack . . . . . . . . . . . . . . . . 122
Mountain Climber . . . . . . . . . . . . . 123
Running in Place . . . . . . . . . . . . . . 124
Butt Kick . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125
Hip
Gate . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126
Windmill . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128
Toe Kick . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129
Walking . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131
Workout Sheet 132
Index 134
Acknowledgments 137
About the Author 139
1
Part 1: 
Overview
3I NTRODUCTION
Introduction
Ever since I was a youth athlete, I’ve endeavored to improve my health and athletic 
performance. My interest in health and fitness grew as I read dozens of health books 
and became a World Instructor Training Schools-certified personal fitness trainer and 
a National Academy of Sports Medicine-certified fitness nutrition specialist and youth 
fitness trainer. Through a combination of reading fitness books, completing certifications, 
and putting theory to practice in the real world, I’ve come to love using sandbag training 
in my workouts.
Old-school sandbag training isn’t as flashy as newfangled fitness trends like vibration 
plates and balance boards, but its no-frills essence is precisely why sandbag training 
is so effective. Fancy, complicated training methods can sound appealing at first, but 
simplicity is a strength, not a weakness. The simpler the exercise modality, the fewer 
barriers there are to a good workout. When training with a sandbag, the only thing you 
need to think about is the single bag in front of you. You’re essentially just picking up, 
pressing, and carrying large, awkward objects—a perfect training method that prepares 
you for everyday activities like moving furniture, carrying groceries, and going on 
backpacking trips.
So let it be known, sandbag training is not some passing fad. Whether you’re a desk 
jockey or a professional athlete, incorporating sandbag training into your fitness regimen 
will take standard bodyweight moves to a whole new level.
4 Sandbag Training Bible
Why Sandbag Training?
Training with a sandbag isn’t easy, and that’s the point. If your workout allows you to idly 
chat with a friend without breaking a sweat, it probably isn’t making you stronger. Don’t 
get it twisted—your workout doesn’t need to kill you in order for it to be effective. But 
it does have to give your body a challenge, and using sandbags—essentially resistance 
training—is a great way to do that. 
Incorporating sandbags in resistance training is great for both men and women. When 
done properly, it’s helpful for nearly all fitness goals, including fat loss, muscle gain, 
health improvement, and athletic development. This is because resistance training 
excels at one of the most important facets of any exercise modality: muscle engagement. 
Aerobic training methods like running, jumping rope, and biking are all awesome, healthy 
things to do. However, aerobic activities don’t work the musculature as effectively or 
efficiently as straight-up resistance training, making resistance training an unparalleled 
way to develop a fit-looking, strong body. 
The biggest advantage to using a sandbag is its large, awkward, unstable nature. This 
forces your body to recruit the oft-neglected stabilizer muscles and engage in the 
movement from head to toe. Training in this ultra-functional manner means more 
metabolic benefits and a stronger body. Sandbag training aims to combine the benefits 
of intentional, high-load barbell training and real-world manual labor. 
Sandbags are also relatively inexpensive and portable. If you buy or make one, your 
house becomes your gym—no membership fees, commute, or interminable wait for 
equipment to become available. And when compared to the cost of a full home gym, 
sandbags are incredibly cost-effective, portable, and take up very little storage space. 
Adaptability is another benefit of sandbag training. Many personal trainers have a single 
training philosophy. Some are proponents of heavy resistance training, others prefer 
calisthenic circuits, and others are adamant endurance advocates. Sandbags can be 
incorporated into all those methods, allowing you total flexibility to switch between 
different training goals. 
5TRA I N I NG SMART
Training Smart
Personally, I believe there’s no one, universal best way for everyone to train because all 
of us have different preferences and goals. My general training philosophy is constructed 
from ten primary workout principles. They’re as follows:
1. Train with functional, compound movements. Working small muscles through small ranges 
of motion makes no sense. Exercising in that way provides a much smaller metabolic 
benefit and a smaller hormonal response. Additionally, big, multi-joint movements build 
functional strength, which is beneficial for sports and daily life. Functional, compound 
exercises make sense because they’re much more efficient and effective at helping you 
hit your workout goals. 
2. Train the whole body. Neglecting certain muscle groups or movement patterns can lead 
to muscle imbalances, which are bad on both a functional and aesthetic level. Besides 
looking funny, muscle imbalances can affect our posture and movement patterns, and 
sometimes even lead to injury. To avoid this trap, train your whole body from head to toe!
3. Put in at least a good effort when training. Unfortunately for the throngs of people who 
go to the gym to slowly walk on a treadmill or pedal on an exercise bike, half-heartedly 
exercising isn’t particularly helpful for any fitness goals. The body needs to be challenged 
for exercise to have its full range of positive effects, so be sure to give a good effort at 
the very least.
4. Don’t feel compelled to do long or extremely arduous workouts every single time. It isn’t 
necessary to go balls to the wall for every workout to benefit from training. If you’re 
someone with a very high drive, then more power to you. Especially if you’re a 
competitive athlete, you’ll get increasing levels of returns from a higher effort. However, 
long or excruciatingly difficult workouts aren’t required for good results. Don’t feel like 
you have to push yourself to the point of sickness for a workout to be worth it. You’ll 
still get immense benefit from working out even if you don’t feel 100% spent at the end.
6 Sandbag Training Bible
5. Don’t fall prey to analysis paralysis. Us health nerds love to get bogged down in minutia, 
and unfortunately the trend has found its way into mainstream health circles. People 
want their workout to be completely optimal, so they’ll spend a lot of time researching 
and researching until their workout plan is absolutely perfect. Until they read a new 
article, book, or study, that is. Don’t worry about the minutia. A difficult, full-body 
sandbag workout is going to get you 99% of the benefits that anything else would, so 
embrace the peace of mind that comes with having a set plan.
6. Train for enjoyment, not pain. One reason people in the developed world don’t exercise 
regularly is that there’s a misconception that working out should be painful. This 
couldn’t be farther from the truth. Working out should be made as fun as possible. Why? 
Because an enjoyable workout will more likely be completed on a consistent basis, and 
consistency is key for any type of exercise success. Plus, life’s too short for self-induced 
torture. So know thyself and construct an exercise regimen accordingly.
7. Change up your workouts constantly. Doing the same workout all the time is not only 
boring, it also produces sub-par results. If we train using the same, exact exercises for 
long periods of time, our body is able to adapt and we no longer have as much opportunity 
for growth. So every so often subtract or add some exercises to your regimen to avoid 
stale workouts. 
8. Work toward a goal. Training without a goal makes it impossible to create a proper 
workout plan, and sharply decreases adherence. Why would you stick to something 
that doesn’t have a clear reason for being in your life? And how do you create a regimen 
if you don’t have an end
goal? Even if the goal of your workouts is to have fun, that’s a 
clear directive that can be used to form a workout plan.
9. Customize your workouts. There’s no one-size-fits-all training regimen. A workout plan 
for a cross-country runner versus one for someone hoping to put on a lot of muscle 
will look different. Due to our differing genetics, abilities, and, most importantly, our 
aspirations, we need customized workout plans. 
10. Adopt an overall healthy lifestyle. Don’t make the mistake of using the fact that you work 
out as an excuse to lead an otherwise unhealthy lifestyle. Working out is wonderful, but 
it’s just one dimension of maintaining overall well-being: Proper sleep, proper nutrition, 
and avoiding chronic stressors are all crucial if we’re to live a long, healthy life.
With these ten training principles in mind, I’ve included five different training methods 
to best fit your goals: 1) set and rep training, 2) eustress training, 3) HIT (high-intensity 
training), 4) circuit training, and 5) endurance training. I detail these methodologies 
7TRA I N I NG SMART
starting on page 17. I also include a number of sample workouts you can either use 
verbatim or tweak to better fit your goals. Additionally, there are nearly 100 effective 
exercises detailed with full instructions in Part 3; you can pick and choose from them if 
you want to construct your own regimens from scratch.
Whether you want to change your body, improve your health, or get an edge on the 
competition, sandbag training is a fun and effective way to go after your goals. 
Key Terms & Ideas
The following are some terms I’ll use throughout the book.
Training goal: This is what you’re working toward when you exercise. Having a goal is 
important because it helps you decide how you want to construct your workout regimen. 
A training goal also gives you reason to make time for and put effort into your workouts. 
Athletic performance: Athletic performance is a training goal for most athletes. What this 
means is that when you’re striving for this goal, you’re focused on improving metrics 
closely related to your sport rather than working out to be healthy or look a certain way. 
Body composition: If you’re concerned about how you look, your training goal is body 
composition. Fat loss is the most common goal because it allows muscle definition 
to show. Muscle gain is also a common body composition goal as it increases muscle 
definition as well.
Bodyweight versus body fat: Most people mistakenly talk about losing weight when what 
they really want to do is lose fat. Losing weight sounds good at first, until you realize that 
losing weight can also mean losing valuable muscle mass. Muscle tissue is important 
for both practical and aesthetic reasons. Because of this, judging your results by what 
your scale says isn’t a good idea. In fact, it isn’t uncommon at all to gain a pound or two 
and see a trimmer figure in the mirror. The reason? Muscle weighs more than fat. The 
solution for those that like to measure their progress is to measure body-fat percentage, 
which can tell you how much fat you’ve lost or muscle you’ve gained when combined 
with a weight measurement.
Overtraining: Overtraining results from a lack of recovery after workouts. Most people 
never have to worry about this, but it certainly does happen. Getting sick more often 
8 Sandbag Training Bible
than usual and feeling constantly fatigued and tired are common side effects. To avoid 
overtraining, be sure to listen to your body and rest when you feel beaten down.
Undertraining: Undertraining, or not putting in enough effort during your workouts, is 
much more common than overtraining but doesn’t have much in the way of health 
implications. Undertraining doesn’t hamper the immune system, but it does prevent 
you from getting optimal results. 
Frequency: Frequency refers to the number of workouts planned or performed in a certain 
time period. A high workout frequency would be exercising every day; a low workout 
frequency would be working out once every week.
Intensity: Intensity refers to the difficulty of the workout performed. Intensity is a fairly 
subjective term as workouts that are intense for some may not be intense for others. 
Consistency: Consistency refers to how often you keep to your workout plans. The more 
workouts you miss, the less results you’ll get from the days you do work out. Be as 
consistent as possible—consistency is the number-one driver of success.
Posture: Posture is the alignment of a body’s muscles, bones, and joints. Although modern 
technologies like computers and cars have been very helpful in many respects, they 
haven’t been good to our collective posture. Specifically, they’ve caused many people 
in developed countries to adopt a posture with an overly forward head and neck and a 
tucked pelvis. Posture can be improved by strengthening the posterior chain and core as 
well as consciously keeping a high chest and a properly tilted pelvis. 
Form: The form you use while exercising is extremely important in both engaging the 
proper muscles and avoiding injury. If a particular exercise is giving you trouble, look 
up a YouTube video to help. It’s natural for some movements to be difficult at first; 
they’ll get easier the more you do them. Using your phone camera to take a video of you 
doing the movement is also a good way to fix any form problems you may have.
Posterior chain: The posterior chain refers to the musculature running across the back 
of your body. This is the muscle group largely responsible for picking things up off 
the ground and proper posture. Unfortunately, our modern society has a widespread 
weakness in the posterior chain muscles. Strengthening the posterior chain should be a 
big priority for everyone who cares about being strong and pain-free.
Core: Many people think of the core as simply the abdominal muscles, but the core is 
actually composed of the muscles around the center of our body. This includes some 
9TRA I N I NG SMART
muscles in the posterior chain, such as our lower back and glutes. A strong core is also 
very important for being strong and pain-free.
Whole-body exercise: Like our professional jobs, our workouts have gotten more and more 
specialized in the modern age. We now have machines that isolate each of our muscles, 
and fewer of us perform exercises that engage our muscles from head to toe. Although 
using machines to work each muscle individually may reduce injury-risk in the short 
run, doing whole-body exercises allows our bodies to use the muscle groups as one.
Functional exercise: A functional exercise is one that translates well to everyday life. A 
deadlift, for example, is very functional because it simulates lifting something heavy off 
of the ground. A leg curl machine is not functional as we don’t do anything outside of a 
gym that requires that motion.
Upper-body push: An upper-body push movement is one that requires us to push weight 
away from our body. A classic example is the chest press (page 37).
Upper-body pull: An upper-body pull movement is one that requires us to pull weight 
toward our body. A classic example is the bent-over row.
Lower-body push: A lower-body push movement is one that requires us to push weight 
away from our body with our legs. A classic example is the squat.
Lower-body pull: A lower-body pull movement is one that requires us to pull weight with 
our legs. A classic example is the deadlift.
Warm-up: This is a set of exercises that prepares the body for training rather than being 
for the training itself. A warm-up increases performance and decreases chance of injury. 
Potential for injury: The potential for injury is the risk of injury from a certain movement 
or workout; the goal is to minimize this. You can do so by always warming up. Another 
very important way to reduce potential for injury is to listen to your body and understand 
when you’re at your
limit. A very common cause of injury is pushing past pain or 
fatigue, so learning your body’s signals is a must. 
 
10 Sandbag Training Bible
Before You Begin
Although working out is a very healthy endeavor, it can be dangerous for a minority of 
people with certain health risk factors. Do check with a doctor before starting any type 
of workout regimen. 
You’ll also want to listen to your body before blindly following a planned workout—if 
your hamstrings are feeling tight and bothered, going through with your sprint routines 
may not be the best idea. Adjust your workouts accordingly to reduce the risk of injury. 
Listening to your body can also help with exercise form, such as if you feel sore in places 
you shouldn’t. On days when your body is feeling great, you can really push it and go 
for that personal record. On days when you’re feeling stiff and vulnerable, training with 
care may be the best thing to do.
Warming Up
Warming up is critical if you want to decrease your chance of injury and improve your 
performance. Training hard with cold muscles straight out of the gate is never a good 
idea! Starting on page 122, I’ve recommended a few exercises that are great for warming 
up. Although many people also advocate doing cool-down exercises after exercising, 
research has found just a few minutes of walking is really all you need.
A proper warm-up should include some dynamic stretches, which activate your 
muscles, increase mobility, decrease chance of injury, and improve performance. 
Static stretching, the kind most of us grew up with, should be avoided pre-exercise as 
it has been shown to decrease exercise performance in addition to being ineffective at 
decreasing injury rates. 
11B E FORE YOU B EG I N
Equipment
There are only two vital pieces of equipment needed: a sandbag and a backpack. High-
quality sandbags can be found online from a variety of companies. The backpack is 
needed for weighted exercises where holding a sandbag is either awkward or impossible. 
If your sandbags are not durable enough, an optional piece of equipment is a medicine 
ball, which can be substituted in the throwing exercises.
For those looking to save money or execute a fun DIY project, you can also make your 
own sandbag:
STEP 1: Fill several gallon-sized zip-top plastic bags halfway full with sand. For sturdier, 
heavier weights, you can also use heavy-duty ten-gallon zip-top plastic bags.
STEP 2: Reinforce the plastic bags by taping over the entire bag with one layer of heavy-
duty tape.
STEP 3: Fill a duffel bag or backpack with the reinforced sandbags.
Commitment to Success
For you to successfully integrate exercise into your life, you’ll need to have a concrete 
reason for sticking to your regimen. Exercising without a purpose is the best way to 
sleepwalk through a workout and drop exercising altogether. So be clear on why you’re 
working out. Are you working out for health reasons? To look good in a swimsuit? To 
improve your performance on the basketball court? To get stronger for everyday life? To 
have fun and let off steam? Whatever the reason, let it guide your workouts and exercise 
programming. For detailed information on which kinds of workout regimens are best for 
specific workout goals, see “Training Methods” on page 17. 
With that said, any training routine is worthless if you don’t stick with your exercise 
plan. The best ways to adhere to your regimen are:
12 Sandbag Training Bible
1. Make sure you enjoy your workouts. On a busy day, you’re way more likely to get a fun 
workout in than one that you dread. 
2. Make sure your workouts aren’t too long or arduous. Yes, pushing yourself physically is 
fantastic. However, if your workout is so long or difficult that you avoid it, it won’t do 
any good. Start small, and as you consistently make your workouts several months in a 
row, you can increase the length and difficulty.
3. Schedule your workouts in your calendar or planner and treat them like an important meeting. 
Make working out feel as routine as brushing your teeth. If you categorize working out 
as optional, based on your motivation level that day, your workout attendance will be 
shaky. But if you schedule your workouts and get used to getting them in no matter 
what, they’ll become instilled as a cornerstone of your habitual life.
13HO W TO USE TH I S BOOK
How to Use This Book
Benjamin Franklin once said, “By failing to prepare, you are preparing to fail.” Though 
Mr. Franklin was known more for his intellect rather than his physicality, the world of 
fitness is a perfect fit for his quote. The first thing many people do upon purchasing a 
new exercise book is flip around the pages and then immediately jump into the moves 
that appeal to them. Though enthusiasm is great, jumping right into things without 
concern for planning, scheduling, and exercise form is not a recipe for sustainable 
results. This section provides an overview on how to get the most out of this book and 
maximize your ability to meet your fitness goals.
1. Find your “why.”
The first step in creating your sandbag workout routine is identifying why you want 
to work out in the first place. Create a list of your motivations for exercising, and then 
circle the one or two that resonate with you the strongest. 
2. Pick your training modality and create a workout plan.
Based on your top one or two training goals, pick a workout modality from Part 2. Don’t 
choose a modality based solely on your goals, though; you should also take personal 
factors into account. For example, if you’re the type of person who tends to get impatient 
with slower, methodical workouts, don’t choose eustress training. 
Once you’ve chosen a modality, create your training plan from the sample workouts that 
are provided in Part 2. Pick the workouts that seem most appealing to you. If you don’t 
end up enjoying them, you can always swap them for another workout. Also, consider 
starting out with the “essentialist” workouts, which are optimally formulated for each 
of the common workout goals.
3. Schedule your workouts.
Pick the days you’d like to work out and set reminders on your phone, calendar, or 
anywhere else that will help you remember your schedule. If you’re the type of person 
14 Sandbag Training Bible
who functions best without planning, you can try to commit to an unplanned regimen, 
but the majority of people do best with a schedule. I’d recommend starting out with 
a less-intense regimen and then adding in more workouts per week once you’ve been 
consistent with your first schedule.
4. Focus on form.
Once your training plan and workout schedule are set, make sure your form is solid 
before using a heavy sandbag. Use the instructions and pictures in Part 3 as a starting 
point. Searching the exercise name on YouTube is also a great way to improve your 
form. The best method of all, however, is to use your smartphone or a video camera to 
film yourself while performing the exercise, and then tweaking your form based on the 
footage. Exercising with improper form increases your chance of injury so it’s worth the 
time and effort to get it right.
5. Adjust as you go.
I like to think of my various endeavors as n=1 science experiments, and working out is 
no different. Be tuned in to your workouts so you can figure out what works and what 
doesn’t, what you like and what you don’t, and anything else that could help improve 
your future workouts. After you’ve run your beta experiment for a month or two, assess 
your workout plan and make any changes that you feel would be beneficial. Add 
exercises to workouts, subtract exercises from workouts, or experiment with a different 
training modality altogether. Your exercise plan is never set in stone, so if something 
isn’t working then make a change.
15HO W TO USE TH I S BOOK
who functions best without planning, you can try to commit to an unplanned regimen, 
but the majority of people
do best with a schedule. I’d recommend starting out with 
a less-intense regimen and then adding in more workouts per week once you’ve been 
consistent with your first schedule.
4. Focus on form.
Once your training plan and workout schedule are set, make sure your form is solid 
before using a heavy sandbag. Use the instructions and pictures in Part 3 as a starting 
point. Searching the exercise name on YouTube is also a great way to improve your 
form. The best method of all, however, is to use your smartphone or a video camera to 
film yourself while performing the exercise, and then tweaking your form based on the 
footage. Exercising with improper form increases your chance of injury so it’s worth the 
time and effort to get it right.
5. Adjust as you go.
I like to think of my various endeavors as n=1 science experiments, and working out is 
no different. Be tuned in to your workouts so you can figure out what works and what 
doesn’t, what you like and what you don’t, and anything else that could help improve 
your future workouts. After you’ve run your beta experiment for a month or two, assess 
your workout plan and make any changes that you feel would be beneficial. Add 
exercises to workouts, subtract exercises from workouts, or experiment with a different 
training modality altogether. Your exercise plan is never set in stone, so if something 
isn’t working then make a change.
Part 2: 
Programs
16 Sandbag Training Bible
Creating a 
Customized Workout
As stated in the previous section, you should have one or more specific reasons why 
you work out. There are hundreds of valid workout motivations, and your training plan 
should vary along with your training goals. A mom training for a marathon should be 
training differently than the grandpa looking to put on muscle. No one workout plan or 
modality is best suited for every training goal. 
The six most common fitness goals I see are fat loss, muscle gain, strength gain, improved 
athletic performance, improved general health, and improved general conditioning. 
Oftentimes, people have a combination of these goals. To achieve them, this book details 
five different training methods, each of which has its own set of pros and cons. These 
methods are set-and-reps training, eustress training, endurance training, high-intensity 
training, and circuit training. The following section walks you through these training 
goals and methods. 
Fitness Goals
If your fitness goal is fat loss, you’re looking to drop your body-fat percentage without 
losing lean muscle mass. The best way to achieve this goal is to focus on healthy eating 
and follow a training plan that’s composed of intense resistance-training routines. 
A goal of muscle gain means your aim is to add muscle to your frame. You’ll want to 
eat a lot of energy-dense food and employ a workout plan that focuses on lifting heavy 
weight with enough rest time for your body to recover. 
When you want to gain strength, your goal is to increase your power output. To 
accomplish this, your workouts should be centered around consistently lifting heavy 
weights without switching up your routine too frequently.
17CREATI NG A CUSTOM IZ E D W ORKOUT
Increased athletic performance means improving the strength and coordination of basic 
movements that transfer to nearly every sport. This will mean workouts with a wide 
variety of functional movements. 
Those looking to improve general health want to reduce disease risk factors and improve 
overall quality of life. The best way to do that is by moving around consistently and 
challenging your muscles with intense workouts.
General conditioning means keeping your body prepared for whatever fun adventure 
life throws your way. This can be done by shoring up your weaknesses and embracing 
a variety of different workouts. 
Training Methods
Sets & Reps Training: The sets and reps method of training is the most common workout 
plan. Being common isn’t a bad thing, however; the popularity of the sets and reps 
regimen is a testament to its effectiveness. This method is quite versatile and is a great 
regimen for almost every goal.
A sets and reps workout is performed by doing a set number of repetitions and sets. If 
you were performing squats, for example, and your regimen called for five sets of five 
reps, you’d perform five squats, rest for a minute or two, and then perform five reps of 
squats four more times to complete your five sets of five reps each.
Of course, you might not always hit your target number of sets and reps, which is 
completely fine. Other times you might be able to exceed your target number of sets and 
reps, which is also not a problem. The number of sets and reps you set as your target is 
only what you’re shooting for. At the end of the day, what matters is that you’re giving 
your muscles the work they need to get stronger. 
Best for: fat loss, muscle gain, increased athletic performance, strength gain, general 
health
Eustress Training: Eustress training is the least common method I’ve included in this 
book, but I think it’s poised to increase in popularity in the coming years. This fairly 
versatile (if a bit unorthodox) training method is best for athletes trying to increase their 
18 Sandbag Training Bible
top-end performance (whether it’s sprint speed, jump height, or deadlift weight) or for 
people who don’t like feeling completely wasted and useless after a hard workout. 
Eustress workouts are essentially executed by performing many one-rep sets. If you 
were performing deadlifts, for example, and your regimen called for 50 sets of one rep, 
you’d perform one deadlift, rest for about 30 seconds, and repeat the deadlift 49 more 
times to complete your 50 sets of one rep each. Since the goal is to prevent yourself 
from getting so fatigued that your performance suffers, the rest time is highly variable. 
Simply rest as long as needed to stay fresh. At first this may be only a few seconds, but 
by the end of the workout you may require a minute in between reps. 
Again, don’t get hung up on hitting a certain amount of repetitions. The goal is to 
increase your strength and practice your form using heavy loads. Accomplishing this 
allows your body to effectively improve its top-end performance.
Best for: increased athletic performance, strength gain, general health
Endurance Training: Endurance training is essentially set and rep training, with very high 
reps per set. If you were performing rows, for example, and your regimen called for five 
sets of 50 rows, you’d perform 50 rows, take a couple minutes’ break, then repeat the 
row four more times to complete your five sets of 50 reps each. 
Endurance training has also been shown to be extremely effective for improving mental 
health, which is enough by itself to keep endurance training relevant in the changing 
tides of the exercise science world. Although endurance training doesn’t allow you to 
use as much weight and stimulate your musculature to the same extent as you’d be able 
to otherwise, it can still help you work toward other goals, if a bit less efficiently. If you 
prefer the very high-rep nature of endurance training, don’t throw it out of your tool belt 
just because it isn’t optimal for physique transformation.
Best for: Increased athletic performance, general health, general conditioning
HIT: High-intensity training is the opposite of eustress training. If eustress training aims 
to give the body a good workout without overstressing the muscles, HIT aims to tire 
your muscles out as much as physically possible. It’s effective and efficient for a variety 
of goals, although not necessarily the most enjoyable form of training.
19CREATI NG A CUSTOM IZ E D W ORKOUT
To train in a HIT manner, you simply engage your target muscle continuously until it 
falters (ideally that would take about 90 seconds). If you wanted to target your quads, 
for example, you’d perform a wall sit with a sandbag
resting on your quads. Ideally, 
you’d use the correct amount of weight so that your muscles fail after about 90 seconds, 
give or take 20 seconds either way. If they fail too quickly, then you need to reduce 
resistance; if they take too long to fail, then you need to increase resistance. 
Muscle failure is a very uncomfortable feeling. For HIT training to work, your target 
muscles must be completely spent after the single set of 70–110 seconds is finished. 
This means that if you did push-ups to failure, you shouldn’t be able to push yourself 
up off of the ground with your chest muscles until a couple dozen seconds have passed.
Because HIT training is uncomfortable, it isn’t for everyone. And it certainly isn’t for 
people working out with the goal of enjoyment. HIT’s main virtue is its short time to 
completion. You can easily get a great workout in less than ten minutes. If you really 
push yourself and reduce time in between exercises, you can complete an effective 
workout in less than five minutes. 
Best for: fat loss, strength gain, general health
Circuit Training: For the longest time, circuit training was used only by gym classes and 
athletic teams. When CrossFit rose to prominence, it brought circuit training along 
for the ride. Circuit training mixes set and rep training with conditioning, making it a 
fantastic training method for all but those looking to gain mass. It’s also a great way to 
just have a good time moving your body.
Circuit training works like set and rep training, except that there’s no rest in between 
sets and you switch from exercise to exercise after each set. An example of a circuit 
would be to repeat a cycle of ten push-ups, five pull-ups, and ten lunges five times. 
Circuits can have as few or as many different exercises as you want, and they can be 
short or long. One of circuit training’s biggest virtues is that it’s very flexible, allowing 
you to shape the workout to your exacting preferences. 
Best for: fat loss, increased athletic performance, general health, general conditioning
20 Sandbag Training Bible
Scheduling Your 
Workouts
Before getting into the actual workouts, let’s discuss workout schedules. Although some 
people prefer to work out whenever motivation strikes, that isn’t the best strategy for 
the vast majority of people. If most of us waited on a whim to work out, our workout 
consistency would plummet because inaction is usually the default option. When you 
have a scheduled workout, however, that becomes the default. If you know that you’re 
able to consistently exercise without a set schedule, more power to you. But more than 
likely you’ll need to follow a schedule in order to be consistent and find success with 
your workout regimen. 
There are many different ways to construct a schedule, but there are a few main 
principles that you should stick to. 
1) Schedule your workout at a time that’s convenient for you. If it isn’t convenient, your 
consistency and success will suffer.
2) Schedule your workout at a time when your energy levels are fairly high. Our circadian 
rhythms fluctuate throughout the day, and trying to exercise when you have low energy 
is a recipe for failure. Working out after lunch, a time when many get sleepy, may not 
be the best idea.
3) Avoid workouts that put repetitive stress on muscle groups on back-to-back days. 
Your muscles need time to recover, and not giving them that time can lead to reduced 
performance and injury. An example of this would be doing bent-over rows on Monday 
and then pull-ups on Tuesday, which would repetitively stress your back muscles, thus 
preventing them from full recovery.
With those principles in mind, you now need to construct an actual schedule. Below 
are a few sample schedules that you can use or modify in a way that better suits your 
needs. To begin, I suggest you only start with the essentialist workouts, and then add the 
optional workouts if you want after you’ve successfully implemented the routine for a 
month or two. Remember, consistency is the key to results. 
21SCH E DU L I NG YOU R W ORKOUTS
Sample Workout Schedules for Fitness Goals
MON TUE WED THU FRI SAT SUN
Fat Loss FL 1 rest FL 2 rest C 6 (optional) rest
C 7 
(optional)
Muscle Gain rest MG 1 rest MG 2 rest S&R 2 (optional) rest
Strength 
Gain SG 1 rest SG 2 rest rest
E3 
(optional) rest
Increased 
Athletic 
Performance
IAP 4 IAP 1 EN 10 (optional) IAP 3 IAP 2 rest rest
General 
Health
GH 1 
(optional)
GH 2 
(optional) rest rest GH 1 GH 2 rest
General 
Conditioning GC 1 GC 2
S&R 1 
(optional) rest
C10 
(optional) rest rest
For blank templates that you can fill in with your own workout schedule, see page 132.
22 Sandbag Training Bible
Sample Workouts
While I can’t emphasize enough that an exercise routine is different for every individual, 
I’ve created an essentialist workout for each of the most common fitness goals. What is 
an essentialist workout? It’s a workout based on the concept that less is usually better 
than more. This is also the essence of two very influential books on simplicity: The ONE 
Thing by Gary Keller and Essentialism by Greg McKeown. The reason for this is that 
by paring things down, we spend more time on the essentials, and don’t waste time on 
things that are superfluous. 
This is truly applicable to working out. Yes, there are thousands of exercises out there, 
and thousands of workouts. But if you want to improve efficiently, it makes the most 
sense to find one or two workouts that are optimally suited to your goal and discard all 
of the other things that might slow you down. If you have no clue where to begin, give 
one of these plans a try, tweak them, or discard them completely for your own plan.
I’ve also compiled few dozen workouts organized by training methods to give you an 
idea of how to create your own workouts. Feel free to use them exactly as written or 
adjust them to better fit your needs and desires when creating your weekly workout 
schedule. You can even mix and match exercises from the workouts. No matter what, 
remember to tailor your workouts to meet your training goal and fitness level.
Repetitions or time are listed for the exercises, but there’s no suggested weight. That’s 
because the weight used is dependent on you. If an exercise lists 10 squats, for example, 
you should try and find a weight that allows you to perform 10 squats in a row, but not 
11. Ideally, as the weeks and months go on you’ll be increasing the amount of weight 
lifted while keeping the reps the same. 
23SAM P LE W ORKOUTS
ESSENTIALIST WORKOUTS
Best for: fat loss, muscle gain, strength gain, increased athletic performance, general health, 
general conditioning
Fat Loss
Workout Exercise Set x Reps / Duration
FL 1 100-foot Sprint, page 98 20x1
Burpee, page 106 3x20
FL 2 Sandbag Swing, page 52 3x20
Push-Up, page 42 3x12
Inverted Row, page 41 3x8
Muscle Gain 
Workout Exercise Set x Reps / Duration
MG 1 Back Squat, page 56 4x6
Chest Press, page 37 4x6
MG 2 Deadlift, page 48 4x6
Bent-Over Row, page 38 4x6
Strength Gain 
Workout Exercise Set x Reps / Duration
SG 1 Front Squat, page 57 10x2
Chest Press, page 37 10x2
SG 2 Sumo Deadlift, page 50 10x2
Bent-Over Row, page 38 10x2
Improved Athletic Performance
Workout Exercise Set x Reps / Duration
IAP 1 Overhead Squat, page 59 12x2
Push-Up, page 42 12x2
IAP 2 Deadlift, page 48 12x2
Pull-Up, page 40 12x2
IAP 3 100-foot Sprint, page 98 30x1
Long Jump, page 118 20x1
Vertical Jump, page 117 20x1
IAP 4 
Repeat circuit 
50 times
Sprint, page 98 100 feet
Burpee, page 106 1x3
24 Sandbag Training Bible
General Health
Workout Exercise Set x Reps / Duration
GH 1 Sandbag Swing, page 52 3x20
Push-Up, page 42 3x12
Inverted Row, page 41 3x8
GH 2 Distance Ruck, page 119 1 hour
General Conditioning
Workout Exercise Set x Reps / Duration
GC 1 100-foot Sprint, page 98 1x20
100-foot Shoulder Farmer’s Walk, page 103 1x10
GC 2 10-foot Duck Walk, page 85 1x12
10-foot Crab Walk, page 84 1x12
10-foot Bear Crawl, page 83 1x12
10-foot Thruster with Lunge, page 93 1x20
25SAM P LE W ORKOUTS
SetS & RepS Workouts
Best for: fat loss, muscle gain, increased athletic performance, strength gain, general health
Workout Exercise Set x Reps / Duration
S&R 1 Back Squat, page 56 3x5
Deadlift, page 48 3x5
Chest Press, page 37 3x5
Bent-Over Row, page 38 3x5
S&R 2 Wall Sit, page 55 90 seconds
Push-Up, page 42 3x12
Pull-Up, page 40 3x5
S&R 3 Front Squat, page 57 5x5
Chest Press, page 37 5x5
Calf Raise, page 68 3x10
Sit-Up,page 75 2x20
S&R 4 Deadlift, page 48 3x5
Bent-Over Row, page 38 5x5
Curl, page 46 3x10
Hand-to-Feet Pass, page 73 2x20
S&R 5 Overhead Squat, page 59 3x8
Overhead Press, page 34 3x8
Chest Press, page 37 3x8
Dip, page 44 3x8
Calf Raise, page 68 3x10
Bicycle, page 74 2x20
S&R 6 Sumo Deadlift, page 50 3x8
Bent-Over Row, page 38 3x8
Shrug, page 47 3x10
Skull Crusher, page 45 3x10
Curl, page 46 3x10
V-Up, page 76 2x20
26 Sandbag Training Bible
S&R 7 Forward Lunge, page 63 4x12 (each leg)
Muscle-Up, page 39 4x3
Push Press, page 36 4x12
Push-Up, page 42 4x12
S&R 8 One-Leg Deadlift, page 49 4x6 (each leg)
Step-Up, page 65 4x12
Ground Slam, page 78 4x12
Chest Toss, page 82 4x12
S&R 9 Clean & Jerk, page 91 5x2
Snatch, page 90 5x2
Overhead Chop, page 94 2x20
S&R 10 Turkish Get-Up, page 96 3x6
Sandbag Swing, page 52 3x24
Overhead Chop, page 94 2x20
27SAM P LE W ORKOUTS
Eustress Workouts
Best for: increased athletic performance, strength gain, general health
Workout Exercise Set x Reps / Duration
E 1 Back Squat, page 56 30x1
Chest Press, page 37 30x1
E 2 Deadlift, page 48 30x1
Bent-Over Row, page 38 30x1
E3 Good Morning, page 61 30x1
Push-Up, page 42 30x2
Pull-Up, page 40 30x1
E 4 Front Squat, page 57 30x1
Dip, page 44 30x1
Overhead Press, page 34 30x1
Inverted Row, page 41 30x1
E 5 Top-Heavy Deadlift, page 48 50x1
One-Arm Overhead Press, page 35 50x1 (each arm)
E 6 One-Leg Deadlift, page 49 50x1 (each leg)
One-Arm Chest Press, page 37 50x1 (each arm)
E 7 Deadlift, page 48 100x1
E 8 Step-Up, page 65 200x1
E 9 Push-Up, page 42 100x1
E 10 Pull-Up, page 40 50x1
28 Sandbag Training Bible
Endurance Workouts
Best for: Increased athletic performance, general health, general conditioning
Workout Exercise Duration
EN 1 Distance Ruck, page 119 4 hours
EN 2 Stair Ruck, page 120 1 hour
EN 3 Upper-Body Ruck, page 121 20 minutes
EN 4 Deadlift, page 48 5 minutes
Chest Press, page 37 5 minutes
Bent-Over Row, page 38 5 minutes
EN 5 Step-Up, page 65 10 minutes (alternating legs)
Overhead Press, page 34 5 minutes
Inverted Row, page 41 5 minutes
EN 6 Jumping Rope, page 112 10 minutes
Sled Pull, page 110 10 minutes
EN 7 Suitcase Farmer’s Walk, page 104 20 minutes (switch sides every minute)
EN 8 Overhead Chop, page 94 5 minutes
Side Chop, page 95 10 minutes (alternating sides)
Shoveling, page 51 5 minutes
EN 9 Barrel Toss, page 80 10 minutes
Overhead Throw, page 81 10 minutes
EN 10 Bear Crawl, page 83 5 minutes
Crab Walk, page 84 5 minutes
Gorilla Walk, page 86 5 minutes
Inchworm Walk, page 87 5 minutes
Army Crawl, page 89 5 minutes
Duck Walk, page 85 2 minutes
29SAM P LE W ORKOUTS
HIT Workouts
Best for: fat loss, strength gain, general health
Workout Exercise Duration
H 1 Wall Sit, page 55 90 seconds
Push-Up, page 42 90 seconds
Pull-Up, page 40 90 seconds
H 2 Static Lunge, page 62 90 seconds (each leg)
Dip, page 44 90 seconds
Inverted Row, page 41 90 seconds
H 3 Sumo Squat, page 60 90 seconds
Overhead Press, page 34 90 seconds
Bent-Over Row, page 38 90 seconds
H 4 Wall Sit, page 55 90 seconds
Chest Press, page 37 90 seconds
Inverted Row, page 41 90 seconds
Curl, page 46 90 seconds
H 5 One-Leg Wall Sit, page 55 90 seconds (each leg)
Push-Up, page 42 90 seconds
Inverted Row, page 41 90 seconds
Shrug, page 47 90 seconds
H 6 Sumo Squat, page 60 90 seconds
One-Arm Overhead Press, page 35 90 seconds (each leg)
One-Arm Bent-Over Row, page 38 90 seconds (each arm)
H 7 Side Lunge, page 64 90 seconds (each leg)
One-Arm Chest Press, page 37 90 seconds (each arm)
Pull-Up, page 40 90 seconds
H 8 Wall Sit, page 55 90 seconds
Push-Up, page 42 90 seconds
Overhead Press, page 34 90 seconds
Bent-Over Row, page 38 90 seconds
Curl, page 46 90 seconds
Shrug, page 47 90 seconds
30 Sandbag Training Bible
H 9 Wall Sit, page 55 90 seconds
Chest Press, page 37 90 seconds
Curl, page 46 90 seconds
Shrug, page 47 90 seconds
H 10 Wall Sit, page 55 90 seconds
Bent-Over Row, page 38 90 seconds
Curl, page 46 90 seconds
Shrug, page 47 90 seconds
31SAM P LE W ORKOUTS
Circuit Workouts
Best for: fat loss, increased athletic performance, general health, general conditioning
Workout Exercise Reps / Duration
C 1 Burpee, page 106 100
C 2 Turkish Get-Up, page 96 100
C 3
Repeat circuit 
5 times
Burpee, page 106 10
Turkish Get-Up, page 96 10
C 4
Repeat circuit 
5 times
Thruster with Lunge, page 93 10 (each leg)
Jumping Jack, page 111 30
10-foot Crab Walk, page 84 6
Sandbag Whip, page 113 30
High Plank, page 69 1 minute
C 5
Repeat circuit 
10 times
Front Squat with Arm Extension, page 58 10
Ground Slam, page 78 10
10-foot Bear Crawl, page 83 6
Forearm Plank, page 69 1 minute
C 6
Repeat circuit 
10 times
Overhead Throw, page 81 10
Wall Ball, page 79 10
Barrel Toss, page 80 10
Box Jump, page 114 10
C 7
Repeat circuit 
15 times
10-foot Bear Crawl, page 83 2
10-foot Crab Walk, page 84 2
10-foot Gorilla Walk, page 86 2
10-foot Duck Walk, page 85 1
100-foot Overhead Farmer’s Walk, page 105 1
C 8
Repeat circuit 
20 times
10-foot Inchworm Walk, page 87 2
10-foot Army Crawl, page 89 1
100-foot Sprint, page 98 1
100-foot Overhead Farmer’s Walk, page 105 1
32 Sandbag Training Bible
C 9
Repeat circuit 
15 times
Step-Up, page 65 10 (each leg)
Overhead Chop, page 94 10
Side Chop, page 95 10 (each side)
100-foot Side Shuffle Sprint, page 99 1
100-foot Carioca Sprint, page 100 1
C 10
Repeat circuit 
10 times
Vertical Jump, page 117 10
Long Jump, page 118 10
Rolling Burpee, page 108 10
Around the World, page 66 10 (each way)
Shouldering, page 54 10 (each shoulder)
33EXE RC I S ES
C 9
Repeat circuit 
15 times
Step-Up, page 65 10 (each leg)
Overhead Chop, page 94 10
Side Chop, page 95 10 (each side)
100-foot Side Shuffle Sprint, page 99 1
100-foot Carioca Sprint, page 100 1
C 10
Repeat circuit 
10 times
Vertical Jump, page 117 10
Long Jump, page 118 10
Rolling Burpee, page 108 10
Around the World, page 66 10 (each way)
Shouldering, page 54 10 (each shoulder) Part 3: 
Exercises
34 Sandbag Training Bible
Overhead Press
Target: Shoulders
The overhead press develops vertical pushing strength, which doesn’t get trained nearly 
as much as horizontal pushing strength. A completely different set of muscles gets used 
by this enjoyable but surprisingly difficult movement.
1: Stand with your feet shoulder-width apart and 
your chest high, roll your shoulders back and 
down, engage your core, and hold a sandbag at 
chest level. 
2: Use your arms and shoulders to push the 
sandbag up until your arms are almost completely 
extended.
Lower the sandbag back to your chest to complete 
the rep.
35EXE RC I S ES
Seated Variation 
By either sitting or kneeling while pressing, our legs can no longer 
compensate for a lack of strength in our shoulders and arms.
One-Arm Variation 
The one-hand overhead press gives the shoulders, arms, and core 
an extra challenge. (This may require a smaller sandbag.) 
36 Sandbag Training Bible
Push Press
Target: Shoulders, glutes, quads
If a seated overhead press de-emphasizes the legs, the push press does the opposite and 
intentionally gives them work. This exercise is a great way to go
a bit heavier on the 
overhead press and allow the body to work from the feet to the shoulders.
1: Stand with your feet shoulder-width apart and 
your chest high, roll your shoulders back and 
down, engage your core, and hold a sandbag at 
chest level. Squat down two inches. 
2: Push up through your mid-foot and then use 
your arms and shoulders to push the sandbag up 
until arms are almost completely extended. 
Lower the sandbag back to your chest to complete 
the rep.
37EXE RC I S ES
Chest Press
Target: Chest
Though perhaps known as the staple exercise of all fraternity workout plans, the chest 
press is a great movement for anyone hoping to improve their pushing strength. Using 
a sandbag for the chest press is more complex than using a barbell, and as a result 
requires more coordination and engagement from the chest, arms, and hands. 
1: Lie on your back with your feet flat on the 
ground and hold a sandbag an inch above your 
chest.
2: Keeping your chest high, roll your shoulders 
back and down, engage your core, and then use 
your chest muscles to push the sandbag up 
until your arms are almost completely extended. 
Lower the sandbag to your chest to complete 
the rep.
One-Arm Variation
Make the chest press even harder? Use only one hand! The one-
hand chest press will test your balance and focus in addition to 
your strength. (This may require the use of a smaller sandbag.) 
Incline/Decline Variation
Mixing the chest press with an incline or decline strengthens your pushing muscles across 
multiple planes of motion. An angle between 15 degrees and 60 degrees will work. This 
stimulates different muscles than a flat chest press plus decreases the wear and tear on 
joints that would have to otherwise repeatedly go through the exact same range of motion.
38 Sandbag Training Bible
Bent-Over Row
Target: Lats, back
The bent-over row is a straightforward, effective, and fun way to build pulling strength. 
Not only do the back muscles get heavy work but the whole posterior chain has to be 
active in order to perform the movement correctly. Sandbags with handles also lend 
themselves very well to the bent-over row. 
1: Stand with your feet shoulder-width apart 
and your chest high, roll your shoulders back 
and down, engage your core, and hold the 
sandbag by the handles. If your sandbag has no 
handles, put your hands under the bag to get a 
solid hold of it. Keep your knees over your 
ankles, your weight over your mid-foot, and 
then hinge at the hips until your chest is at a 
135-degree angle with the ground.
2: Being sure to keep your chest high and your 
shoulders back and down, use your back to pull 
the bag toward your chest until your hands 
reach your torso. Your shoulder blades should 
feel like they’re being pulled together. 
Lower the sandbag back toward the ground 
until your arms are nearly extended to complete 
the rep.
One-Arm Variation
To further involve the posterior chain and the core, try using 
just one hand for your bent-over rows. Though it doubles the 
amount of time necessary to do the same amount of work, the 
one-hand bent-over row is a worthy variation for those looking 
to strengthen their back muscles. Handles are necessary for this 
movement. 
39EXE RC I S ES
Muscle-Up
Target: Lats, back, chest, triceps
Muscle-ups take serious strength.
1: Place your hands shoulder-width apart on the 
bar with the palms of your hands facing away 
from you. Keep a high chest, roll your shoulders 
back and down, and engage your core. 
2–3: Starting with arms almost completely 
extended, pull down on the bar with your back 
muscles until your chin reaches bar level. Quickly 
transition your grip for a dip by sliding the heels 
of your hands on top of the bar and then pushing 
yourself up over the bar until your arms are almost 
completely extended. 
Smoothly lower yourself back down to starting 
position to complete the rep.
40 Sandbag Training Bible
Pull-Up
Target: Lats, back
There is something about pulling your bodyweight over a bar that just feels good. 
1: Place your hands shoulder-width apart on the 
bar with the palms of your hands facing away 
from you. Keep your chest high, roll your shoulders 
back and down, and engage your core. Your arms 
are almost completely extended.
2: Pull down on the bar with your back muscles 
until your chin reaches bar-level. 
Lower yourself back down until your arms are 
almost fully extended to complete the rep. If full 
reps are too difficult, reduce the range of motion.
Palms-Facing Variation
To engage different muscles, perform the pull-up with your 
palms facing you. Many people also find that this grip makes 
the movement a bit easier. 
41EXE RC I S ES
One-Arm Variation
For the ultimate challenge, perform the pull-up with 
one arm instead of two. To work up to this high-level 
movement, reduce the number of fingers used by one 
hand to strengthen the opposite arm until you’re able 
to perform a pull-up with just one arm. 
Inverted Row Variation
Inverted rows are a great movement for those not quite able to bang out full pull-ups. 
Even for those that can do full pull-ups, adding weight with a sandbag allows you to 
make inverted rows as difficult as any other pulling movement. 
1: Secure a weighted backpack on your back and then grab onto the rings or handles 
dangling vertically. Lower yourself down until your shoulders are directly below the 
rings or handles. Keep your feet neutral, with the weight on your heels. Keep your body 
as straight as possible and your chest high, roll your shoulders back and down, and 
engage your core. 
2: Use your back to smoothly pull yourself up until your hands reach your torso. Your 
shoulder blades should feel like they’re being pulled together. Smoothly lower yourself 
back down until your arms are almost completely extended to complete the rep. 
42 Sandbag Training Bible
Push-Up
Target: Chest, triceps
Perhaps the most common resistance exercise in the world, the push-up is easily adjusted 
to be easy or difficult, can be done anywhere with no extra equipment, and engages the 
whole body from head to toe. 
1: Place sandbags in a backpack and wear the 
backpack on your back. Get on all four limbs with 
your hands directly below your shoulders and 
your arms almost completely extended. Keep your 
chest high, roll your shoulders back and down, 
and engage your core. 
2: Keeping your back straight in a line that gently 
slopes from toes to head, use your chest and arms 
to smoothly lower yourself down until your chest 
is an inch off the ground. 
At the bottom of the movement, push yourself up 
until your arms are almost completely extended 
to complete the rep. 
Knee Variation
If a normal push-up is too difficult, perform the exercise on 
your knees.
43EXE RC I S ES
Wide/Narrow Grip Variation
To engage different muscles and challenge your body in a 
new way, try performing push-ups with your hands closer 
together or farther apart than shoulder-width. 
44 Sandbag Training Bible
Dip
Target: Chest, triceps
Dips are an effective way to strengthen the pushing muscles through another plane of 
motion. 
1: Place sandbags in a backpack and wear the 
backpack on your back. Place your hands on the 
edge of a sturdy bench or chair with your arms 
almost completely extended. Keep a high chest, 
roll your shoulders back and down, and engage 
your core. 
2: Smoothly lower yourself down until your 
elbows bend roughly 90 degrees. 
Push yourself back to starting position with your 
arms, chest, and back to complete the rep. 
Modification
You can also bend your knees.
45EXE RC I S ES
Skull Crusher
Target: Triceps
A solid accessory lift, the skull crusher is one of the most effective ways to target the 
triceps. 
1: Lie on your back with your feet flat on the 
ground. Keep a high chest, roll your shoulders 
down and back, engage your core, and start with
the sandbag held an inch away from your forehead. 
2: Lift the bag by straightening your arms until 
they’re almost completely extended. 
Smoothly reverse the motion until the bag is back 
in its starting position to complete the rep.
46 Sandbag Training Bible
Curl
Target: Biceps
The curl is an exercise that’s commonly utilized by those seeking muscular biceps but 
also criticized by those who only seek functional strength. There’s nothing wrong with 
this guilty pleasure, though. Do you have tickets to the gun show yet?
1: Stand with your feet shoulder-width apart and your 
chest high, roll your shoulders back and down, engage 
your core, and grab hold of the sandbag’s handles or put 
your hand under the bag if there are none.
2: Curl the bag 180 degrees, until your forearm is 
perpendicular to the ground. 
Smoothly reverse the motion until the bag is returned to 
its starting position to complete the rep.
47EXE RC I S ES
Shrug
Target: Traps
The shrug is a move mainly used by bodybuilders, but it’s a decent accessory lift for 
anyone who wants to target the upper traps. If it was the move used by Atlas, it must be 
effective.…
1: Stand with your feet shoulder-width apart and your 
chest high, roll your shoulders back and down, engage 
your core, and hold the sandbag by its handles, or grip 
the sandbag by its extra fabric if there are none.
2: To move the sandbag up, shrug your shoulders up 
toward your ears until they’re as high as they can go. 
Smoothly lower your shoulders down until they return 
to their neutral starting position to complete the rep.
48 Sandbag Training Bible
Deadlift
Target: Glutes, hamstrings
Although squats get a lot of functional training attention, the deadlift may transfer even 
better to day-to-day life. Not only does it increase our ability to lift things off the ground, 
it may also be the single most effective resistance exercise to increase sprint speed. 
1: Stand with your feet shoulder-width apart and your 
chest high, keep a very slight bend in your knees, roll 
your shoulders back and down, and engage your core. 
Hinge at the hips to pick the sandbag up by the handles 
or by getting your hands under the sandbag, being sure 
to keep a high chest throughout the movement. 
2: Using your glutes and hamstrings, pull the sandbag 
up from the ground until you resume the standing 
position. 
Smoothly reverse the motion and set the sandbag down 
to complete the rep.
Top-Heavy Variation
Hold the sandbag tightly against your chest instead of holding it with extended arms. 
49EXE RC I S ES
One-Leg Deadlift
Target: Glutes, hamstrings
The one-leg deadlift requires more concentration and balance than the two-legged deadlift, 
making it a good choice for athletes or anyone up for a challenge. It isn’t an easy movement, 
though, so be sure to put extra emphasis on proper form and use a much lighter weight.
1: Stand with your feet shoulder-width apart and your 
chest high, keep a very slight bend in your knees, roll 
your shoulders back and down, and engage your core. 
Lift one foot off of the ground and hinge at the hips to 
pick the sandbag up by the handles or by getting your 
hands under the sandbag, being sure to keep a high 
chest throughout the movement. 
2: Using your glutes and hamstrings, pull the sandbag 
up from the ground until you resume the standing 
position. 
Smoothly reverse the motion and set the sandbag down 
to complete the rep. 
Repeat, and then switch legs.
50 Sandbag Training Bible
Sumo Deadlift 
Target: Glutes, hamstrings
For a twist on the traditional deadlift, move your feet farther apart and give the sumo 
deadlift a try. But be careful: The farther away your feet are from each other, the greater 
the range of motion you’ll need from your hamstrings. 
1: Stand with your feet shoulder-width apart and 
your chest high, keep a very slight bend in your 
knees, roll your shoulders back and down, and 
engage your core. Hinge at the hips to pick the 
sandbag up by the handles or by getting your 
hands under the sandbag. 
2: Keeping a high chest throughout the movement, 
use your glutes and hamstrings to pull the sandbag 
up from the ground until you resume the standing 
position. 
Smoothly reverse the motion and set the sandbag 
down to complete the rep.
51EXE RC I S ES
Shoveling
Target: Glutes, hamstrings
In a world where the kettlebell swing has taken off, sandbag shoveling should also be 
destined for exercise stardom. It’s a great movement that targets the always-essential hip 
hinge in a realistic way. Gain back some functional strength with sandbag shoveling!
1: Stand with your feet shoulder-width apart 
and your chest high, roll your shoulder 
blades back and down, and engage your core. 
Hold the sandbag by the handles or get a 
secure grip underneath the sandbag. Start 
with the sandbag to the side of your knee. 
2–3: Use the leg closest to the sandbag and 
your core to smoothly swing the sandbag to 
the side of your other knee. Your glutes 
should be doing a large portion of the work, 
and your back should be straight, not 
rounded. As soon as the sandbag gets to the 
side of your other knee, use that leg to swing 
the sandbag back to the other knee. 
Continue the fluid movement without 
stopping until your desired amount of reps 
is reached.
52 Sandbag Training Bible
Sandbag Swing
Target: Glutes, hamstrings
Though perhaps not as graceful to swing as kettlebells, sandbags are just as effective. 
Few exercises allow for the combination of work rate and work weight that the swing 
provides, which is the reason it’s so effective at both building strength and endurance. 
1: Stand with your feet wider than shoulder-
width apart and your chest high, roll your 
shoulder blades back and down, and 
engage your core. Hinge at the hips and 
grip the sandbag by the handles. 
2–3: Swing the sandbag back a few inches. 
Then immediately push the bag forward 
with your glutes and hamstrings. 
53EXE RC I S ES
4–5: Without any pause, allow the bag to 
swing back between your legs and then use 
your legs to push the bag up to chest level. 
Continue this two-step process until you 
complete your desired amount of reps. 
To end the movement, use your glutes and 
hamstrings to smoothly slow down the 
momentum of the bag.
54 Sandbag Training Bible
Shouldering
Target: Glutes, hamstrings
Shouldering can only really be done with a sandbag, making it a staple among sandbag 
trainers in the know. Cadence can be fast for light weights and slow for heavy weights.
1: Stand with your feet shoulder-width apart and 
your chest high, roll your shoulder blades back 
and down, and engage your core. With the sandbag 
between your legs on the ground, hinge at the 
hips (being sure to keep a straight back and high 
hips) and grab hold of the sandbag. 
2: Smoothly explode up with the sandbag, using 
your glutes and hamstrings to bring the sandbag 
onto your shoulder. 
With a tight core and posterior chain lower the 
sandbag to the ground to complete the rep. Switch 
shoulders every rep. 
55EXE RC I S ES
Wall Sit
Target: Quads
The wall sit builds quad strength as well as mental strength. 
The Position: Lean against a wall so your back is flat 
and your legs make a 90-degree angle. Hold a 
sandbag in a bear hug or rest it on your quads. 
Keep that posture until your desired amount of 
time is up. 
One-Leg Variation
Do weighted wall sits not provide enough of a challenge? Pick 
one leg off the floor! An added bonus of the one-leg wall sit is 
that it can help you progress toward the challenge of completing 
a pistol squat. Switch legs after the first leg tires out. 
56 Sandbag Training Bible
Back Squat
Target: Glutes, quads
The back squat is a go-to exercise for football players, distance runners, and pretty 
much anyone else who wants a stronger set of legs. Why? Because it allows for the use 
of heavy weight
and is a total-body, functional exercise. 
1: Stand with your feet shoulder-width apart and 
your chest high, roll your shoulder blades back 
and down, and engage your core. Hoist the 
sandbag onto the top of your back, right below 
your neck. 
2: Break at the hips and slowly bring them back 
and down. Your knees will naturally start to bend. 
Fight to keep a high chest, don’t allow your knees 
to move inward, and be sure to engage your glutes. 
Go down as far as you can, but stop before your 
back starts to round. Your back should stay straight 
throughout the movement. 
Once you’ve reached your lowest point, push 
down through your mid-foot until you reach your 
starting position to complete the rep.
57EXE RC I S ES
Front Squat 
Target: Glutes, quads
The front squat lends itself a bit better to the sandbag modality, and is a very worthy 
alternative to the back squat. It’s also much more functional since, in real life, we tend 
to hold things in front of our bodies rather than behind them. 
1: Stand with your feet shoulder-width apart and 
your chest high, roll your shoulder blades back 
and down, and engage your core. Hold the sandbag 
against your chest in a bear hug or press it against 
your chest horizontally so it rests on your biceps. 
2: Break at the hips and slowly bring them back 
and down. Your knees will naturally start to bend. 
Fight to keep a high chest, don’t allow your knees 
to move inward, and be sure to engage your glutes. 
Go down as far as you can, but stop before your 
back starts to round. Your back should stay straight 
throughout the movement.
Once you’ve reached your lowest point, push 
down through your mid-foot until you reach your 
starting position to complete the rep.
58 Sandbag Training Bible
Front Squat with Arm Extension
Target: Glutes, quads, shoulders, biceps
Adding the arm extension to the front squat means you’re also giving your core and 
arms a good workout. 
1: Stand with your feet shoulder-width apart and your 
chest high, roll your shoulders back and down, and 
engage your core. Start with the sandbag at your chest. 
2: Squat down with your arms extending forward as 
you descend. Your arms should be almost fully 
extended at the bottom of your squat.
Squat back up to starting position with your arms 
bringing the sandbag in as you rise to complete the rep.
59EXE RC I S ES
Overhead Squat 
Target: Glutes, quads, shoulders
The overhead squat is not only a great exercise to improve leg strength, but it also helps 
with squatting form, something that most of us in the sitting-centric developed world 
need to improve upon. Holding a sandbag overhead forces us to have a very strong core. 
You’ll have to really fight to keep a high chest and arms that go straight up.
1: Stand with your feet shoulder-width apart and your 
chest high, roll your shoulder blades back and down, 
and engage your core. Hold the sandbag directly 
overhead with your arms almost completely extended. 
2: Break at the hips and slowly bring them back and 
down. Your knees will naturally start to bend. Fight to 
keep a high chest, don’t allow your knees to move 
inward, and be sure to engage your glutes. Go down as 
far as you can, but stop before your back starts to 
round. Your back should stay straight throughout the 
movement. 
Once you’ve reached your lowest point, push down 
through your mid-foot until you reach your starting 
position to complete the rep.
60 Sandbag Training Bible
Sumo Squat
Target: Glutes, quads
Add the sumo squat to your workout if you want to mix things up without eliminating 
the all-important squat altogether. 
1: Stand with your feet wider than shoulder-width 
apart and your chest high, roll your shoulder 
blades back and down, and engage your core. 
Hoist the sandbag onto the top of your back, right 
below your neck.
2: Break at the hips and slowly bring them back 
and down. Your knees will naturally start to bend. 
Fight to keep a high chest, don’t allow your knees 
to move inward, and be sure to engage your glutes. 
Go down as far as you can, but stop before your 
back starts to round. Your back should stay straight 
throughout the movement. 
Once you’ve reached your lowest point, push 
down through your mid-foot until you reach your 
starting position to complete the rep.
61EXE RC I S ES
Good Morning
Target: Glutes, hamstrings, back
Good mornings target your posterior-chain muscles. They make a great stand-in if you 
want to take a break from deadlifts, or can be a simple, effective addition to any workout. 
1: Stand with your feet shoulder-width apart and 
your chest high, keep a very slight bend in the 
knees, and roll your shoulders back and down 
while engaging your core. Hoist the sandbag onto 
your upper back, right below your neck. 
2: Without moving your legs, hinge at the hips and 
come down as far as your hamstrings will allow. 
Be sure to keep a high chest and straight back. 
After reaching the bottom of your range of motion, 
without moving your legs, use your glutes and 
hamstrings to return to starting position to 
complete the rep.
62 Sandbag Training Bible
Static Lunge
Target: Glutes, quads
Static lunges demand near-constant muscle engagement, a great way to give your legs a 
lot of work in a short time.
1: Hoist the sandbag onto one shoulder. With a high 
chest, roll your shoulders down and back, engage 
your core, and take a step forward. 
2: Using your glutes and quads, lower yourself down 
until your leg makes a 90-degree angle, keeping your 
ankle directly under your knee. 
Smoothly use the same muscles to push yourself 
back up through the mid-foot to complete the rep. 
Keep your feet on the ground in the same place 
throughout the exercise. Repeat with the same leg 
until your target number of reps are completed, and 
then switch the sandbag to the other shoulder and 
use your other leg.
63EXE RC I S ES
Forward Lunge
Target: Glutes, quads
This versatile lunge can be done with heavy weight, no weight at all, inside, or outside. 
It’s also likely to help you reach your training goals, whether they’re to improve athletic 
performance, put on weight, or lose it.
1: Hoist the sandbag onto one shoulder. 
With a high chest, roll your shoulders 
down and back, and engage your core. 
2–3: Take a step forward and use your 
glutes and quads to lower yourself 
down until your leg makes a 90-degree 
angle, keeping your ankle directly 
under your knee. 
Smoothly use the same muscles to 
push yourself back up through the 
mid-foot to complete the rep. Repeat 
with the other leg, and switch the 
sandbag to the other shoulder after 
each set.
64 Sandbag Training Bible
Side Lunge 
Target: Glutes, quads
The side lunge is just as effective as the front lunge but engages different muscles, 
making it a great addition or replacement for the lunge. As far as sports enhancement 
goes, the side lunge transfers especially well to basketball or any sport that emphasizes 
side-to-side movement. 
1: Hoist the sandbag onto your shoulder. With a 
high chest, roll your shoulders down and back, 
and engage your core.
2: Take a step sideways and use your glutes and 
quads to lower yourself down until your leg makes 
a 90-degree angle, keeping your ankle directly 
under your knee. 
Smoothly use the same muscles to push yourself 
back up through the mid-foot to complete the rep. 
Repeat with the other leg, and switch the sandbag 
to the other shoulder after each set.
65EXE RC I S ES
Step-Up
Target: Glutes, quads
The step-up is a safe, simple movement for building leg strength. It can be easily modified 
for endurance or strength goals by adding small or large amounts of weight.
1: Hoist a sandbag onto your shoulder with a high 
chest. Roll your shoulders back and down, and 
engage your core. Step onto a 12- to 24-inch 
platform with your ankle directly below your knee. 
2: Use your glutes, quads, and hamstrings to
push 
through the mid-foot and raise your body up until 
it’s completely upright on the platform.]
Slowly lower yourself down to starting position and 
repeat the movement with the other leg. Switch the 
sandbag to the other shoulder after each set.
66 Sandbag Training Bible
Around the World
Target: Abs
The around the world looks cool and is lots of fun. It’s also a very effective exercise for 
increasing core strength in addition to being useful for endurance conditioning.
1: Stand with your feet shoulder-width apart and 
your chest high, roll your shoulders back and 
down, and engage your core. Hold the sandbag by 
its handles or by gripping the bag’s fabric if there 
are none, allowing it to hang in front of your legs. 
2: Use your whole body to swing the sandbag 
quickly to your side. 
67EXE RC I S ES
3: Use the sandbag’s momentum to swing it 
around your head. The sandbag’s momentum will 
bring it back to its original position in the center 
of your body. 
4: Rather than slowing the sandbag down, use 
your legs, core, and arms to continue to sandbag’s 
movement, completing another circle around 
your head. 
Continue this cycle until your desired number of 
reps is reached, and then complete the movement 
in the other direction.
68 Sandbag Training Bible
Calf Raise
Target: Calves
Whether you want to jump higher for athletics or just build muscular calves, the calf 
raise is a very reasonable accessory lift. Be sure to go through the whole range of motion!
1–2: Stand with your feet shoulder-width apart and 
your chest high, roll your shoulders back and down, 
and engage your core. Hold the sandbag by the 
handles, in a bear hug, or on your shoulder. Press 
the balls of your feet into the ground and raise your 
heels off the ground as high as they can go. 
Smoothly return to starting position to complete the 
rep.
Seated Variation
If you want to grab a breather after a set of sprints or heavy 
squats, go for some seated calf raises with the sandbag resting 
on your thighs. Some people also just prefer them to standing 
calf raises. 
69EXE RC I S ES
Forearm Plank
Target: Abs
Ah, the plank—a favorite of youth athletic coaches around the world, and for good 
reason. Planking helps increase core stability and mental strength.
The Position: Place sandbags in a backpack and 
wear it on your back. Place your forearms flat on 
the ground so that your elbows are directly under 
your shoulders. Extend your legs behind you, 
keeping your legs three inches apart and the balls 
of your feet on the ground. Your back should form 
a straight line from head to heels. Keep this 
posture until the desired amount of time passes. 
High Plank
Target: Abs
More challenging than the forearm version, the high plank is a great core exercise to mix 
in any workout.
The Position: Place sandbags in a backpack and 
wear it on your back. Place your hands on the 
ground so that they’re directly under your 
shoulders. Extend your legs behind you, keeping 
your legs three inches apart and the balls of your 
feet on the ground. Your back should form a 
straight line from head to heels. Keep this posture 
until the desired amount of time passes.
70 Sandbag Training Bible
Side Plank
Target: Abs
The side plank targets core muscles seldom worked. It’s often recommended to athletes 
and those trying to reduce nagging back pain.
1: Place sandbags in a backpack and wear it on 
your back. Lie on your side with your elbow 
directly under your shoulder. 
2: Keeping a completely straight torso and your 
hips, shoulders, and feet stacked atop each other, 
push yourself up so that the only things touching 
the ground are your forearm and your foot. 
Keep this posture until the desired amount of time 
passes.
Variation
To make the exercise more difficult, you can raise and lower 
your top arm and leg as if you were doing a jumping jack. 
71EXE RC I S ES
Reverse Plank
Target: Back
The reverse plank is a worthy addition to your core routine, and is a good stepping stone 
to the more difficult glute-ham plank (below).
The Position: Place sandbags in a backpack and 
wear it on your front. Sit on the floor with your 
hands on the ground and fingers pointing at your 
butt; your hands should be directly under your 
shoulders, pressing your weight into your hands 
and your heels, lift your butt off the ground until 
your body makes a straight line from your feet to 
your shoulders. 
Keep this posture until the desired amount of time 
passes.
Glute-Ham Plank
Target: Glutes, hamstrings, back
The glute-ham plank is the most underrated member of the plank family. It’s the best at 
strengthening the all-important posterior chain, however, which is crucial in preventing 
back issues.
1: Hugging a sandbag to your chest, lie on your 
back with your knees slightly bent, feet on the 
ground, and feet and knees together. 
2: Push your heels into the ground with your 
glutes and hamstrings to raise your glutes and 
lower back off the ground two inches.
Keep this posture until the desired amount of time 
passes.
72 Sandbag Training Bible
Bird Dog
Target: Abs
The bird dog is an awesome core exercise, one that I use frequently to stave off nagging 
back pain. It’s also a good way to make sure your core is engaged before a workout. 
1: Place sandbags in a backpack and wear it on 
your back. Get on all fours, with your knees on the 
ground directly under your hips and your hands 
on the ground directly below your shoulders, 
arms almost completely extended. Keep a 
completely straight back. 
2: Without twisting your pelvis/hips, smoothly 
extend your right arm forward and left leg 
backward.
Bring them right back in to complete the rep and 
then switch to your left arm and right leg. 
Superman
Target: Glutes, hamstrings, back
The superman excels at strengthening the posterior chain. 
1: Lie on your stomach and place the sandbag on 
your hamstrings, right above the backs of your 
knees. 
2: Bend your knees, extend your arms, and bring 
all limbs off the ground about an inch. Focus on 
keeping continuous stability from your heels to 
your neck. 
Hold this posture until the desired time passes.
73EXE RC I S ES
Hand-to-Feet Pass
Target: Abs
In the never-ending quest to keep core exercises fresh, hand-to-feet passes are nice 
because they allow you to concentrate on the movement of the sandbag rather than the 
burning sensation of your abs. 
1: With the sandbag in your hands, sit on the 
ground with your arms and legs off the ground. 
2: Slowly extend your arms behind your head and 
lower your legs toward the ground. Stop your 
descent as your arms and legs are fully extended 
and an inch from the ground.
3: Sit back up and transfer the sandbag to your legs.
4: Perform the same movement back down and up 
to complete the rep.
74 Sandbag Training Bible
Bicycle
Target: Abs
If you wanted to include one abdominal exercise in a workout, ab bicycles would be a 
fine choice. They’re effective but not particularly enjoyable.
1: Sit on the ground with your legs off the ground. 
Hold the sandbag in your arms.
2: Twist to touch your left elbow to your right knee.
3: To complete the rep, twist the other way to touch 
your right elbow to your left knee.
Switch arms after every set.
75EXE RC I S ES
Sit-Up
Target: Abs
Incorporating sandbags into sit-ups nearly makes you forget about how they plagued 
you in gym class. Though sit-ups have gotten a bad rap in the last couple of decades, 
they still remain an effective core training tool.
1: Lie on your back with your knees bent and your 
feet flat on the ground. Hold the sandbag at your 
chest or an inch above your head. 
2: Use your core to bring your chest up to your 
knees. 
Smoothly lower yourself back down to the ground 
to complete the rep.
76 Sandbag Training Bible
V-Up
Target: Abs
If regular sit-ups are too easy, try V-ups.
1: Lie on your back with your arms and legs 
almost completely extended. Hold the sandbag 
in your hands. 
2: Keeping your core fully engaged and your 
arms and legs almost completely extended, 
raise your feet and hands until your lower back 
and hamstrings are both off the ground.
Smoothly return to starting position to complete 
the rep.
Variation
You can also try holding the sandbag between your feet.
77EXE RC I S ES
Frozen V
Target: Abs
For the masochists that relish the burn of isometric movements, the frozen V is for you. 
1: Lie on your back with your arms and legs 
almost completely extended. Hold the sandbag 
in your hands.
2: Keeping your core fully engaged and your 
arms and legs almost completely extended, 
raise your feet and hands until your lower back 
and hamstrings are both off the ground. Hold 
the position until your desired amount of time 
has passed. 
78 Sandbag Training Bible
Ground Slam
Target: Glutes, abs, shoulders, triceps
Throwing a tantrum is fun, but who knew it could be such a good workout? Ground 
slams allow you to unleash all of your pent-up feelings yet result in a strengthened core 
instead of a timeout. 
1: Stand with your feet shoulder-width apart and your 
chest high, roll your shoulders down and back, and 
engage your core. Hinge at the hips and hoist the sandbag 
above your head. 
2: Use your core, shoulders, and arms to throw the bag 
down in front of you to complete the rep. 
79EXE RC I S ES
Wall Ball
Target: Glutes, quads, chest, shoulders
Playing wall ball by yourself has never been this fun or productive. You’ll get a killer 
full-body workout, varying the weight used to favor strength or endurance.
1–2: Stand a foot away from a very sturdy wall 
with your feet shoulder-width apart, your chest 
high, your shoulders rolled down and back, and 
your core engaged. Hold the sandbag at your chest 
as you would a basketball before throwing a chest 
pass. Lower down for a full squat. 
3: Explode up with your legs, and keep the 
sandbag’s momentum going by extending your 
arms and throwing the sandbag at the wall one 
foot above your head. 
Catch the sandbag on its way down before 
continuing the motion by squatting again and 
then throwing the sandbag against the wall.
80 Sandbag Training Bible
Barrel Toss
Target: Glutes, hamstrings, shoulders
If you’ve ever watched World’s Strongest Man, you’ve probably wanted to give the barrel 
toss a try. Now you can without being, well, one of the world’s strongest men. 
1: Stand with your feet shoulder-width apart and 
your chest high, roll your shoulders back and 
down, and engage your core. Hinge at the hips 
with the sandbag in front of you and grab hold of 
the bag.
2: In a smooth but explosive movement, use your 
glutes, hamstrings, and back to throw the bag over 
your head backward as far as you can. 
81EXE RC I S ES
Overhead Throw
Target: Abs, shoulders, triceps
In addition to being sport-specific training for soccer and basketball, the overhead throw 
is an explosive movement that targets the core and arms. 
1: Stand with your feet shoulder-width apart and 
your chest high, roll your shoulders down and 
back, and engage your core. Hold the sandbag at 
chest level. 
2–3: Bring the sandbag over your head, and then 
use your core and arms to throw the bag forward 
as far as you can.
82 Sandbag Training Bible
Chest Toss
Target: Chest, shoulders
The chest toss targets the chest, making it a great addition to workouts aimed at increasing 
pushing strength. It’s fun but requires a lower weight than you may anticipate in order 
to engage the chest instead of the shoulders.
1: Stand with your feet shoulder-width apart and 
your chest high, roll your shoulders down and 
back, and engage your core. Hold the sandbag at 
chest level. 
2: Use your core and chest to explosively push the 
sandbag away from your chest, throwing it as far 
as you can. 
83EXE RC I S ES
Bear Crawl
Target: Chest, shoulders, abs
The bear crawl trains your hips to stay high and powerful, which is helpful for athletics 
and day-to-day life. It’s also an exercise that can be done at a high intensity, lending 
itself very well to conditioning work.
1: Place sandbags in a backpack and wear it on 
your back. Place your hands on the ground, 
keeping your weight evenly distributed between 
your hands and the balls of your feet. 
2: With your hips a bit higher than your chest and 
your back straight, move your left hand and right 
leg forward.
3: Continue this motion by moving your right 
hand and left foot forward. 
Keep crawling until your desired distance or time 
has been met.
84 Sandbag Training Bible
Crab Walk
Target: Back, triceps, shoulders, quads, glutes
When it comes to core stabilization, we spend most of our time with our chest to the 
ground. The crab walk is a great exercise to mix things up and practice keeping our 
posterior chain tight through a dynamic movement.
1: Place sandbags in a backpack and wear it on 
your front. With your stomach facing up, place 
your hands on the ground and fingers pointing 
backward. Keep your weight evenly distributed 
between your hands and heels. 
2: With your glutes a few inches off the ground 
and fingers pointing backward, move one hand 
and one foot backward. 
3: Continue this motion by moving your other 
hand and foot backward. 
Keep crawling until your desired distance or time 
has been met.
85EXE RC I S ES
Duck Walk
Target: Quads
Battling the wall sit for “most brutal quad exercise” is the duck walk. Who would’ve 
thought imitating an animal with such skinny limbs would be such an effective method 
for building powerful legs?
1: Place sandbags in a backpack and wear it on 
your back. Squat down until your hamstrings are 
resting on your calves. Keep a high chest, roll your 
shoulders back and down, and engage your core. 
2–3: Without standing up from your squat, walk 
forward until your desired distance or time has 
been met. 
86 Sandbag Training Bible
Gorilla Walk
Target: Shoulders, triceps, abs, quads
The gorilla walk allows you to easily switch between using your legs or arms as the 
dominant muscle group. Your whole body will tire out quickly, especially when using 
weights, which makes the gorilla walk a great conditioning movement.
1: Place sandbags in a backpack and wear 
it on your back. Squat down until your 
hamstrings are resting on your calves. 
Keep a high chest, roll your shoulders 
back and down, and engage your core. ]
2–3: Put your hands down a foot in front 
of your feet and push yourself forward so 
that your feet land a foot in front of and 
in between your hands. 
Continue this motion until your desired 
distance or time has been met.
87EXE RC I S ES
Inchworm Walk
Target: Abs, chest, shoulders, triceps, calves
The inchworm walk provides great work for the core and arms while also increasing 
hamstring mobility, something that people who spend a lot of time in an office chair or 
car can definitely use. 
1: Place sandbags in a backpack and wear it on 
your back. Stand with your feet shoulder-width 
apart and your chest high, roll your shoulders 
back and down, and engage your core. Hinge at 
the hips and bring your hands to the ground. If 
your hamstrings keep your hands from reaching 
the ground, bend your knees as much as you need. 
2–3: Walk your hands forward until your torso is 
completely parallel to the ground. 
88 Sandbag Training Bible
4–5: Then take small steps forward until your feet 
reach your hands. 
Continue this motion until your desired distance 
or time is completed.
89EXE RC I S ES
Army Crawl
Target: Abs
The army crawl is a good movement for core stability, body control, and hip mobility.
1: Place sandbags in a backpack and wear it on 
your back. Lie down on your stomach. 
2: Crawl forward by reaching your right arm 
and left leg forward.
3: Repeat with
the opposite limbs. 
Continue this motion until your desired 
distance or time is completed.
90 Sandbag Training Bible
Snatch
Target: Glutes, hamstrings, quads shoulders
This very explosive movement is a great choice for athletes or anyone who wants to 
train like one. It’s a tricky exercise made even more complex with the use of a sandbag, 
so really be sure to nail your form.
1: Stand with your feet shoulder-width apart and 
your chest high, roll your shoulders back and 
down, and engage your core. With the sandbag on 
the ground horizontally in front of you, hinge at 
the hips and bring your hands down to the handles 
or under the sandbag. 
2–3: Use your glutes, hamstrings, and quads to 
explode upward, bringing the bag up above your 
head with arms almost completely extended. 
91EXE RC I S ES
Clean & Jerk
Target: Glutes, hamstrings, quads, shoulders
Another Olympic weightlifting move, the clean and jerk also builds explosive strength. 
Using a sandbag rather than a barbell will force you to engage your core as much as 
possible, making the clean and jerk a true total-body killer. 
1–2: Stand with your feet shoulder-width apart 
and your chest high, roll your shoulders back and 
down, and engage your core. With the sandbag on 
the ground horizontally in front of you, hinge at 
the hips and bring your hands down to the handles 
or under the sandbag. Use your glutes, hamstrings, 
and quads to explode upward, bringing the bag up 
to your chest.
3: Adjust your grip, then use your legs and arms to 
drive the bag up over your head until your arms 
are almost completely extended. 
92 Sandbag Training Bible
Thruster
Target: Glutes, quads, shoulders
The thruster is one of the most demanding exercises in this book, making it great for 
those who like efficient workouts. It’s also versatile enough to be used for conditioning 
if used with low weight, or strength training if used with heavy weight.
1–2: Stand with your feet shoulder-width apart 
and your chest high, roll your shoulders back and 
down, and engage your core. Hold the bag at chest 
level. Lower down into a squat.
3: From the bottom of the squat, explode up with 
your legs and arms until the sandbag is over your 
head and your arms are almost completely 
extended.
93EXE RC I S ES
Thruster with Lunge 
Target: Glutes, quads, shoulders
Want to make the thruster a bit more dynamic? Switch the squatting portion out for a 
lunge!
1–2: Stand with your feet shoulder-width apart 
and your chest high, roll your shoulders down 
and back, engage your core. Hold the sandbag at 
chest level. Step one leg forward to perform a 
lunge.
3: From the bottom of the lunge, explode up with 
your legs and arms until the sandbag is over your 
head and your arms are almost completely 
extended. 
Repeat with the other leg.
94 Sandbag Training Bible
Overhead Chop
Target: Glutes, hamstrings, shoulders, abs, triceps
This fun movement works both the front and back of the body. It’s as good of an exercise 
as there is for standing core work.
1–2: Stand with your feet shoulder-width apart 
and your chest high, roll your shoulders back and 
down, and engage your core. Start with the 
sandbag hanging in front of your legs. Explode 
upward with the legs, bringing the sandbag behind 
your head.
3: Without pause, use your core, shoulders, and 
arms to bring the bag back over your head and 
down to your knees to complete the rep.
95EXE RC I S ES
Side Chop
Target: Glutes, hamstrings, shoulders, abs
The side chop is a functional and effective core movement that also targets the glutes 
and hamstrings.
1: Stand with your feet shoulder-width apart and 
your chest high, roll your shoulders back and down, 
and engage your core. Start with the sandbag at your 
right knee. 
2: Use your whole body to bring it up to your left ear.
Smoothly lower the bag back down to knee level to 
complete the rep, and then perform the movement 
from the left knee to the right ear.
96 Sandbag Training Bible
Turkish Get-Up
Target: Glutes, quads, abs, shoulders
Although burpees get a lot of attention for being a full-body, cardiovascular challenge, 
Turkish get-ups take the challenge to another level. The form takes a bit to get down, but 
it’s worth it. The get-up is an excellent addition to any workout, and is versatile enough 
to be used as a warm-up or finisher.
1: Lie on your back with the sandbag on 
your right shoulder. 
2: Bend your right knee and place your 
foot flat on the ground. 
3: With your right foot still on the 
ground, use your core to sit up.
97EXE RC I S ES
4: Use your left hand and right leg to 
swing your left leg back into a kneeling 
position. 
5–6: Use your left leg to lunge up into a 
standing position. 
Reverse the motion to get back into the 
lying position to complete the rep. 
98 Sandbag Training Bible
Sprint
Target: Glutes, hamstrings, quads
There’s no greater cardiovascular challenge than an all-out uphill sprint with a sandbag. 
If you haven’t ran full speed recently, take it slow at first. And don’t skip a warm-up!
1: Stand with your chest high, roll your 
shoulders back and down, and engage your 
core. Hoist the sandbag onto one shoulder 
or carry it under your arm like a football. 
2–3: Sprint forward until your desired 
amount of time or distance is completed. 
99EXE RC I S ES
Side Shuffle Sprint
Target: Glutes, quads
Rather than sticking to one-directional running, mix in some side shuffle sprints. 
Varying the motion can reduce wear and tear on the body, and keep engagement high.
1: Stand with your chest high, roll your 
shoulders back and down, and engage your 
core. Hoist the sandbag onto one shoulder or 
carry it under your arm like a football. 
2–3: Keeping your knees bent throughout 
the movement, move your feet laterally in 
one direction until your desired amount of 
time or distance is completed, switching the 
sandbag to the other shoulder/arm after each 
interval.
100 Sandbag Training Bible
Carioca Sprint
Target: Glutes, quads
Carioca sprints are another fun twist to add to your conditioning regimen. A heavy 
sandbag makes the movement a good one for improving body control.
1: Stand with your chest high, roll your shoulders 
back and down, and engage your core. Hoist the 
sandbag onto one shoulder or carry it under your 
arm like a football.
2–3: Shuffle to your right, with your left foot 
switching off between going in front or behind 
your right foot. 
101EXE RC I S ES
4–5: Shuffle to your left, with your right foot 
switching off between going in front or behind 
your left foot, switching the sandbag to the other 
shoulder/arm after each interval.
102 Sandbag Training Bible
Backpedal Sprint
Target: Glutes, quads
To round out a sprint workout, be sure to include some backpedaling. It provides good 
work for the quads in addition to improving your ability to get back on defense. 
1: Stand with your chest high, roll your shoulders 
back and down, and engage your core. Hoist the 
sandbag onto one shoulder or carry it under your 
arm like a football.
2–3: Sprint backward until your desired amount 
of time or distance has been completed, switching 
the sandbag to the other shoulder/arm after each 
interval.
103EXE RC I S ES
Shoulder Farmer’s Walk
Target: Glutes, quads
Farmer’s walks are great for core stability and can also deliver a nice cardiovascular 
challenge if you hustle. Farmer’s walks get truly dynamic by allowing you to move 
weight over distance.
1: Stand with your chest high, roll your shoulders 
back and down, and engage your core. Hoist the 
sandbag up to one shoulder.
2: Walk until your desired amount of time or 
distance has been completed, switching the 
sandbag to the other shoulder after each interval.
104 Sandbag Training Bible
Suitcase Farmer’s Walk
Target: Glutes, quads
Suitcase farmer’s walks allow you to strengthen your
core in a different way while still 
working the legs. Be sure to keep the weight close to your body to reduce risk of injury.
1: Stand with your chest high, roll your shoulders back and 
down, and engage your core. Hold the sandbag by the handles 
at your side.
2: Walk until your desired amount of time or distance has 
been completed, switching the sandbag to the other hand after 
each interval.
105EXE RC I S ES
Overhead Farmer’s Walk
Target: Glutes, quads, shoulders
Overhead farmer’s walks are absolutely brutal for the shoulders and arms while still 
giving the legs some work. Test your willpower and endurance by seeing how far you 
can go without lowering the weight.
1: Stand with your chest high, roll your shoulders back and 
down, and engage your core. Hoist the sandbag overhead.
2: Walk until your desired amount of time or distance has 
been completed.
106 Sandbag Training Bible
Burpee
Target: Chest, quads, glutes, hamstrings
Burpees are both fun and devilishly tiring, which is perhaps why they’re a favorite of 
boot camp instructors. They’re versatile enough to start a workout, end a workout, or be 
a workout in and of themselves. 
1: Stand with your chest high, roll your shoulders 
back and down, and engage your core. Hold the 
sandbag in front of your legs.
2: Hinge at the hips to place the sandbag down in 
front of you.
107EXE RC I S ES
3: Place your hands on the sandbag and jump your 
feet back until you’re in a plank position.
4: Do a push-up.
5–6: Pop up onto your feet and clean the sandbag 
up to your waist to complete the rep.
Overhead Press Variation
To make the burpee even more intense, add an overhead press to the top of the 
movement. Use a heavy weight to intensely target the arms and shoulders; go lighter for 
an endurance challenge. 
108 Sandbag Training Bible
Rolling Burpee
Target: Glutes, quads, abs
To mix up the classic burpee, add a roll. Rolling burpees work best on soft surfaces, with 
green grass being my personal favorite.
1: Stand with your chest high, roll your shoulders 
back and down, and engage your core. Hold the 
sandbag with your biceps or in a bear hug. 
2–3: Drop down on onto your back.
109EXE RC I S ES
4: Rock backward and then forward until you can 
come up into the standing position.
5: Clean the sandbag up to your waist to complete 
the rep. 
110 Sandbag Training Bible
Sled Pull
Target: Glutes, quads, calves
Sled pulls make you feel like a high-level athlete and are a great workout with heavy or 
light weight.
1: Stand with your chest high, roll your shoulders 
back and down, and engage your core. Loop a rope 
around the sandbag’s handles or otherwise fasten 
the rope to the sandbag and hold the two rope 
ends in your hands.
2: Pull the heavy sandbag until your desired 
distance or time has been completed.
You can either sprint for a more intense cardio-
vascular workout or lunge for a more strength-
centric workout.
111EXE RC I S ES
Jumping Jack
Target: Calves
Jumping jacks aren’t quite as easy as you remember from gym class when you add 
weight to the movement. It’s a timeless calisthenic exercise nonetheless.
1: Place sandbags in a backpack and wear it on 
your back. Stand with your chest high, roll your 
shoulders back and down, and engage your core. 
Start with your hands at your sides and feet 
together. 
2: Jump your feet out so that they’re now 24 inches 
apart while simultaneously swinging your hands 
overhead, also 24 inches apart. 
3: Jump back to starting position to complete the 
rep. 
112 Sandbag Training Bible
Jumping Rope
Target: Calves
Doing double-unders with resistance is a sure-fire way to feel like a heavyweight champ. 
1: Place sandbags in a backpack and secure it 
tightly to your back, making sure it doesn’t move 
around while you jump. Stand with your chest 
high, roll your shoulders back and down, and 
engage your core.
2: Jump while swinging the rope around your 
head until your desired amount of reps or time 
has been completed.
113EXE RC I S ES
Sandbag Whip
Target: Shoulders, triceps
Sandbag whips are one of the few movements that test the endurance of the upper body. 
Be sure to use a light weight to reduce risk of injury.
1: Sit or kneel on the ground with your chest high, 
roll your shoulders back and down, and engage 
your core. Grab the sandbag by one end.
2: Lift it a few inches in the air.
3: Slam it down against the ground.
Quickly repeat the motion without any pause. 
Continue until your desired amount of reps or 
time has been completed.
114 Sandbag Training Bible
Box Jump
Target: Glutes, quads
Box jumps are a fun, playful way to explosively train the legs.
1: Stand with your chest high, roll your shoulders 
back and down, and engage your core. Hold the 
sandbag securely on one shoulder. 
2: Explode off of two feet onto the 12- to 18-inch 
box in front of you. 
Carefully step down from the box and then repeat 
the movement until your desired amount of reps 
or time has been completed.
115EXE RC I S ES
One-Leg Variation
If normal box jumps feel too easy, try jumping off of one foot 
rather than two. 
116 Sandbag Training Bible
Split Lunge Jump
Target: Glutes, quads
Few exercises can fatigue the legs as quickly as weighted split lunge jumps. They work 
very well as a finisher or when you need a super-quick workout.
1: Stand with your chest high, roll your shoulders 
back and down, and engage your core. Place the 
sandbag on your shoulder and start with your 
right foot forward and your left foot back, about 
two feet apart. 
2–3: Lunge down until your left knee almost hits 
the ground and then explode up. While in the air, 
switch the places of your right and left feet. 
Lunge down with your right leg and repeat the 
jump and foot switch. Switch the sandbag to the 
other shoulder after each set.
117EXE RC I S ES
Vertical Jump
Target: Glutes, quads
Practicing your vertical is a great way to improve your dunk. Like all max-effort exercises, 
be sure to properly warm up. The vertical jump can be performed off of one foot or two.
1: Hold a sandbag securely on one shoulder or 
wear a backpack filled with sandbags. Stand with 
your chest high, roll your shoulders back and 
down, and engage your core.
2: Jump as high as you can.
118 Sandbag Training Bible
Long Jump
Target: Glutes, quads, hamstrings
The long jump can be performed by itself or done along with a long sprint, and can 
be done off of one foot or two. If you truly want to see how far you can go with soft 
wipeouts, head down to the beach and give it a go on sand. 
1: Hold a sandbag securely on one shoulder or 
wear a backpack filled with sandbags. Stand with 
your chest high, roll your shoulders back and 
down, and engage your core.
2–3: Jump as far forward as you can.
119EXE RC I S ES
Distance Ruck
Target: Glutes, quads, calves
The distance ruck is a true endurance challenge. 
The Position: Hoist a sandbag onto one shoulder or 
wear a backpack filled with sandbags. Stand with 
your chest high, roll your shoulders back and 
down, and engage your core. Walk until your 
desired distance is covered. 
120 Sandbag Training Bible
Stair Ruck
Target: Glutes, quads
Add some lower-body intensity by walking up stairs or a steep hill. The stair ruck makes 
for an excellent combination of endurance and strength work.
The Position: Stand with your chest high, roll 
your shoulders back and down, and engage 
your core. Carry the sandbag on your shoulder, 
directly overhead, or in a bear hug. Walk up the 
stairs. 
121EXE RC I S ES
Upper-Body Ruck
Target: Glutes, quads, shoulders
Add some upper-body intensity to the ruck to make it a full-body endurance challenge. 
Go for a heavy weight to make the workout faster or use a lighter weight if you want a 
slow burn.
1: Stand with your chest high, roll your shoulders 
back and down,
and engage your core. Walk 
forward while either holding a sandbag directly 
overhead, or switching it off between your right 
and left hands. 
2: Continue walking until your desired amount of 
time has been reached.
122 Sandbag Training Bible
Warming Up
Here’s a great collection of movements for warming up. Use the ones you like and toss 
the rest. Although it might seem like a pain, a quick warm-up is 100 times easier than 
sitting out a few months due to injury! All warm-up exercises should be done without a 
sandbag or any other added resistance.
Jumping Jack
Target: Calves
Jumping jacks are an old-school calisthenic movement that can get the heart rate up in 
a hurry. They also get the upper body and arms loose, which are the parts of the body 
most often neglected during a warm-up.
1: Stand with your chest high, roll your shoulders 
back and down, and engage your core. Start with 
hands at your sides.
2: Jump your feet out so that they’re now 24 inches 
apart while simultaneously swinging your hands 
overhead, also 24 inches apart.
Jump back to starting position to complete the 
rep. Continue the movement until your desired 
amount of time has been met.
123EXE RC I S ES
Mountain Climber
Target: Shoulders, chest, abs
A warm-up is most effective when it gets the heart rate up, and mountain climbers are 
a fantastic way to do that.
1: Place your hands on the floor, keeping your 
weight evenly distributed between your hands 
and feet.
2: Jump your left foot forward 12 inches while 
simultaneously jumping your right foot back 
12 inches.
3: Jump your right foot forward 24 inches 
while simultaneously jumping your left foot 
back 24 inches.
Continue to switch the places of your right 
and left feet until your desired amount of reps 
or time has been met.
124 Sandbag Training Bible
Running in Place
Target: Glutes, quads, calves
Running in place is a great warm-up move that can also help improve body control. One 
famous proponent of the exercise was the English runner Walter George, who claims it 
was an integral part of the training regimen that helped him become the fastest miler in 
the world in 1886 with a time of four minutes and twelve seconds.
1: Stand with your chest high, roll your shoulders 
back and down, and engage your core. 
2–3: Pick up and put down your feet one at a time, 
aiming for them to be placed down in the same 
place over and over again at a rate of three steps 
per second.
Continue the movement until your desired 
amount of time has been met.
125EXE RC I S ES
Butt Kick
Target: Glutes, hamstrings, quads
Butt kicks help raise our body temperature and heart rate in addition to giving the quads 
a good warm-up. Don’t worry if your heel doesn’t actually reach your glutes; it’s the 
thought that counts.
1: Stand with your chest high, roll your shoulders 
back and down, and engage your core.
2: Jog forward for a few seconds and then change 
your running form so that your heels hit your 
glutes or at least get close on every step. 
Continue the movement until your desired 
amount of time or distance has been met.
126 Sandbag Training Bible
Hip Gate
Target: Hips
The hips are notoriously injury prone, especially as we age. The hip gate is a great 
warm-up movement that can increase comfort during the workout and decrease the 
chance of a tweak.
1: Stand with your chest high, roll your shoulders 
back and down, and engage your core.
2–3: Walk forward and make a big outside-in half-
circle with your left knee. Repeat with your right 
knee.
127EXE RC I S ES
4–5: Walk forward and make a big inside-out half-
circle with your right knee. Repeat with your left 
knee. 
Continue to switch off between the inside-out 
half-circle and outside-in half-circle until your 
desired amount of time or distance has been met.
128 Sandbag Training Bible
Windmill
Target: Shoulders
Windmills are a very helpful warm-up movement to perform if you’re doing any upper-
body exercises during your workout. It loosens up the shoulders, back, and pecs. 
1–2: Stand with your chest high, roll your 
shoulders back and down, and engage your core. 
Make circles with your arms, first forward and 
then backward, until your desired amount of time 
or number of windmills have been completed. 
Use the biggest range of motion you can without 
feeling any discomfort. 
Continue the movement until your desired 
amount of time or distance has been met.
129EXE RC I S ES
Toe Kick
Target: Hamstrings
Use this exercise in your warm-up if you have testy hamstrings. The key is to find your 
own stretching sweet spot with the exercise, being sure not to push it too far.
1: Stand with your chest high, roll your shoulders 
back and down, and engage your core. 
2: Kick your right foot up as high as it will 
comfortably go without forcing it.
130 Sandbag Training Bible
3: Repeat with your left foot, attempting to give 
the hamstrings a light stretch.
Continue the movement until your desired 
amount of time or distance has been met.
131EXE RC I S ES
Walking
Target: Glutes, quads, calves
Walking is a nice, gentle way to start any warm-up. The whole point of a warm-up is to 
start a workout off safely, and walking is the perfect conservative exercise. 
1–2: Stand with your chest high, roll your 
shoulders back and down, and engage your core. 
Put one foot in front of the other until your desired 
amount of time or distance has been met. 
132 Sandbag Training Bible
Workout Sheet
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TU
Es
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y
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ne
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ay
Th
ur
sd
ay
FR
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ay
SA
Tu
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ay
SU
Nd
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133W ORKOUT SH E ET
Workout Sheet
M
ON
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y
TU
Es
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ED
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ur
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FR
Id
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SA
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SU
Nd
ay
134 Sandbag Training Bible
Index
Aerobic training, 4
“Analysis paralysis,” 6
Army Crawl, 89
Around the World, 66–67
Athletic performance, 7; as fitness goal, 17; 
workouts, 23
Back Squat, 56
Backpacks, 11
Backpedal Sprint, 102
Barrel Toss, 80
Bear Crawl, 83
Bent-Over Row, 38
Bicycle, 74
Bird Dog, 72
Body-fat percentage, 7
Bodyweight vs. body fat, 7
Box Jump, 114–15
Burpee (basic), 106–107
Burpees, 106–107, 108–109
Butt Kick, as warm-up, 125
Calf Raise, 68
Carioca Sprint, 100–101
Chest Press, 37
Chest Toss, 82
Circuit training, 19
Circuit workouts, 31–32
Clean & Jerk, 91
Commitment, 11–12
Conditioning: as fitness goal, 17; workouts, 
24
Consistency, of workouts, 8, 12, 20
Core, 8–9
Crab Walk, 84
Crawls, 83, 89
Curl, 46
Deadlift (basic), 48
Deadlifts, 48, 49, 50
Dip, 44
Distance Ruck, 119
Duck Walk, 85
Dynamic stretching, 10. See also Warming up
Endurance training, 18
Endurance workouts, 28
Equipment, 11
Essentialist workouts, 23–24
Eustress training, 17–18
Eustress workouts, 27
Exercise programs, 15–32
Exercises, 33–131; warm-ups, 122–31
Fat loss: as fitness goal, 16; workouts, 23
Fitness goals, 16–17; workout schedules, 
20–21
Forearm Plank, 69
Form, while exercising, 8, 10, 14
Forward Lunge, 63
Frequency, of workouts, 8; scheduling, 20–21
135I N D EX
Front Squat, 57
Front Squat with Arm Extension, 58
Frozen V, 77
Functional exercise, 9
General conditioning. See Conditioning
Glute-Ham Plank, 71
Goals: fitness 16–17; training, 6, 7
Good Morning, 61
Gorilla Walk, 86
Ground Slam, 78
Hand-to-Feet Pass, 73
Health improvement: as fitness goal, 17; 
workouts, 24 
High Plank, 69
Hip Gate, as warm-up, 126–27
HIT (high intensity training), 18–19; 
workouts, 29–30
Inchworm Walk, 87–88
Injuries, 9, 10
Intensity, of workouts, 5, 8, 12
Jumping Jack, 111; as warm-up, 122
Jumping Rope, 112
Jumps, 114–15, 116, 117, 118
Lifestyle, healthy, 6
Long Jump, 118
Lower-body pull/push, 9
Lunges, 62, 63, 64, 93
Medicine balls, 11
Mountain Climber, as warm-up, 123
Muscle gain: as fitness goal. 16; workouts, 23
Muscle-Up, 39
One-Leg Deadlift, 49
Overhead Chop, 94
Overhead Farmer’s Walk, 105
Overhead Press, 34–35
Overhead Squat, 59
Overhead
Throw, 81
Overtraining, 7–8
Pain, 6
Planks, 69, 70, 71
Posterior chain, 8
Posture, 8
Presses, 34–35, 36, 37
Programs, exercise, 15–32
Pull-Up, 40–41
Push Press, 36
Push-Up, 42–43
Resistance training, 4
Reverse Plank, 71
Rolling Burpee, 108–109
Rucks, 119, 120, 121
Running in Place, as warm-up, 124
Safety, 9, 10
Sandbag Swing, 52–53
Sandbag training/workouts: benefits, 4; 
equipment, 11; exercises, 33–131; goals, 
6, 7, 16–17; methods, 17–29; overview, 
4–14; principles, 5–7; programs, 15–32; 
schedules, 12, 13–14, 20–21; terminology, 
7–9
Sandbag Whip, 113
Sandbags, 11
Scheduling workouts, 12, 13–14, 20–21
Sets and reps training, 17 
Sets and reps workouts, 25–26
Shoulder Farmer’s Walk, 103
Shouldering, 54
Shoveling, 51
Shrug, 47
Side Chop, 95
Side Lunge, 64
Side Plank, 70
136 Sandbag Training Bible
Side Shuffle Sprint, 99
Sit-Up (basic), 75
Sit-ups, 75, 76, 77
Skull Crusher, 45
Sled Pull, 110
Snatch, 90
Split Lunge Jump, 116
Sprints (basic), 98
Sprints, 98, 99, 100–101, 102
Squats, 56, 57, 58, 59, 60
Stair Ruck, 120
Static Lunge, 62
Static stretching, 10
Step-Up, 65
Strength gain, as fitness goal, 16; workouts, 
23
Suitcase Farmer’s Walk, 104
Sumo Deadlift, 50
Sumo Squat, 60
Superman, 72
Terminology, 7–9
Thruster, 92
Thruster with Lunge, 93
Toe Kick, as warm-up, 129–30
Training. See Sandbag training/workouts
Turkish Get-Up, 96–97
Undertraining, 8
Upper-body pull/push, 9
Upper-Body Ruck, 121
V-Up, 76
Vertical Jump, 117
Walking, 103, 104, 105, 119, 120, 121; as 
warm-up, 131
Walks, 84, 85, 86, 87–88, 103, 104, 105, 131
Wall Ball, 79
Wall Sit, 55
Warming up, 9, 10; exercises, 122–31
Weight loss, 7
Whole-body exercise, 9
Windmill, as warm-up, 128
Workouts, customized, 16–19; fitness goals, 
16–17; scheduling, 20–21; training 
methods, 17–19
Workouts, sample, 22–32; circuit, 31–32; 
endurance, 28; essentialist, 23–24; 
eustress, 27; HIT, 29–30; sets and reps, 
25–26
137ACKNO W LE DG M E NTS
Acknowledgments
Thanks to Mark Sisson for being the first person to introduce me to sandbag training 
through his website Marks Daily Apple, which has been a fantastic resource for me and 
many others over the years. Thanks to Vic Magary who renewed my interest in sandbag 
training with his article on Steve Kamb’s website Nerd Fitness, which has also been a 
great resource for me and many others. Finally, thanks to all the folks at Ulysses Press 
for working with me, making me a better writer, and again giving me the privilege of 
seeing something I created for sale in stores.
139ABOUT TH E AUTHOR
About the Author
Ben Hirshberg is a young author, health consultant, and entrepreneur from Seattle. He 
loves learning and applying anything that helps people live better, from nutrition to 
philosophy. He likes to cook, meditate, read, host parties, and go trail running. Download 
his manifesto for free at www.BenHirshberg.com.
		TABLE OF CONTENTS
		PART 1: OVERVIEW
		Introduction
		Why Sandbag Training? 
		Training Smart
		Before You Begin 
		How to Use This Book 
		PART 2: PROGRAMS
		Creating a Customized Workout
		Scheduling Your Workouts
		Sample Workouts
		PART 3: EXERCISES
		Overhead Press
		Push Press
		Chest Press
		Bent-Over Row
		Muscle-Up
		Pull-Up
		Push-Up
		Dip 
		Skull Crusher
		Curl
		Shrug
		Deadlift
		One-Leg Deadlift
		Sumo Deadlift
		Shoveling 
		Sandbag Swing
		Shouldering 
		Wall Sit 
		Back Squat
		Front Squat
		Front Squat with Arm Extension 
		Overhead Squat
		Sumo Squat
		Good Morning 
		Static Lunge
		Forward Lunge
		Side Lunge
		Step-Up 
		Around the World 
		Calf Raise
		Forearm Plank 
		High Plank 
		Side Plank 
		Reverse Plank
		Glute-Ham Plank 
		Bird Dog
		Superman 
		Hand-to-Feet Pass
		Bicycle 
		Sit-Up
		V-Up
		Forzen V
		Ground Slam 
		Wall Ball 
		Barrel Toss
		Overhead Throw 
		Chest Toss
		Bear Crawl 
		Crab Walk 
		Duck Walk 
		Gorilla Walk 
		Inchworm Walk 
		Army Crawl 
		Snatch 
		Clean & Jerk 
		Thruster
		Thruster with Lunge
		Overhead Chop 
		Side Chop 
		Turkish Get-Up 
		Sprint
		Side Shuffle Sprint 
		Carioca Sprint 
		Backpedal Sprint 
		Shoulder Farmer's Walk 
		Suitcase Farmer's Walk 
		Overhead Farmer's Walk 
		Burpee
		Rolling Burpee
		Sled Pull 
		Jumping Jack 
		Jumping Rope 
		Sandbag Whip 
		Box Jump
		Split Lunge Jump 
		Vertical Jump 
		Long Jump 
		Distance Ruck 
		Stair Ruck 
		Upper-Body Ruck 
		WARMING UP 
		Jumping Jack 
		Mountain Climber
		Running in Place
		Butt Kick 
		Hip Gate
		Windmill 
		Toe Kick 
		Walking 
		INDEX 
		ACKNOWLEDGMENTS
		ABOUT THE AUTHOR
TREINAMENTO FUNCIONAL/Avanços no Treinamento Funciona - Michael Boyle.pdf
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
B792a Boyle, Michael. 
 Avanços no treinamento funcional [recurso eletrônico] /
 Michael Boyle ; tradução: Ana Cavalcanti C. Botelho ;
 revisão técnica: Ivan Jardim. – Porto Alegre : Artmed, 2015.
 Editado também como livro impresso em 2015.
 ISBN 978-85-8271-113-2
 1. Treinamento funcional . 2. Educação física. I. Título.
CDU 796.011.3
SOBRE O AUTOR
Seja como locutor e escritor, seja como treinador e consultor, 
Michael Boyle tem contribuído de forma diferenciada para o campo 
do treinamento de melhora de desempenho. Além disso, faz parte 
do treinamento e reabilitação de muitos atletas do meio acadêmico 
e profissional, incluindo os times americanos olímpicos femininos de 
futebol e hóquei. O trabalho de Boyle tem sido destaque na mídia, 
no HBO Real Sports, ESPN, CNNSI. Este é seu terceiro livro em 
treinamento funcional.
Tradução:
Ana Cavalcanti C. Botelho
Revisão técnica desta edição:
Ivan Jardim
Educador físico. Especialista em Treinamento Funcional pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
2015
Versão impressa 
desta obra: 2015
Boyle_Iniciais_eletronica.indd iiiBoyle_Iniciais_eletronica.indd iii 28/08/14 15:3228/08/14 15:32
Reservados todos os direitos de publicação, em língua portuguesa, à
ARTMED EDITORA LTDA., uma empresa do GRUPO A EDUCAÇÃO S.A.
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90040-340 – Porto Alegre – RS
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É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer
formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia, distribuição na Web
e outros), sem permissão expressa da Editora.
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SAC 0800 703-3444 – www.grupoa.com.br
IMPRESSO NO BRASIL
PRINTED IN BRAZIL
Obra originalmente publicada sob o título
Advances in functional training: training techniques for coaches, personal trainers and athletes
ISBN 9781905367313
Copyright© 2011, On Target Publications, CA, USA. All rights reserved.
Gerente editorial: Letícia Bispo de Lima
Colaboraram nesta edição:
Editora: Dieimi Deitos
Capa: Márcio Monticelli
Leitura final: Maísa Lopes
Editoração: Techbooks
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Para Cindy, Michaela e Mark
Vocês fazem minha vida melhor a cada dia.
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APRESENTAÇÃO
Fiquei extremamente honrado quando Michael Boy-
le me pediu que escrevesse e apresentasse os funda-
mentos daquilo que você está prestes a ler.
No início da década de 1990, eu era um jovem 
preparador físico idealista, em uma das melhores 
posições dentro do esporte universitário. Sentia-me 
bastante responsável por meus atletas e tinha o de-
sejo de fazer tudo dentro da ética; por fim, deixei 
a National Collegiate Athletic Association (NCAA) 
para criar o que se tornaria a primeira
instituição de 
performance independente do país, a qual chamei de 
International Performance Institute.
Tão glamoroso quanto possa parecer, eu estava 
sozinho, em um mar de quadras de tênis e crian-
ças na Bollettieri Sports Academy, agora IMG, em 
Bradenton, na Flórida. Não tínhamos instalações, 
funcionários nem recursos para fazer muito, e tive-
mos que fazer tudo do nosso jeito, que, na verdade, 
é o que alimenta o simples preparador físico focado 
com inegável determinação.
Algum tempo depois, pude perceber que a limi-
tação dos recursos foi, provavelmente, nossa maior 
bênção, visto que a situação exigia uma abordagem 
criativa baseada em sistemas. Logo constituímos uma 
equipe jovem e entusiasmada, operando um sistema 
integrado de atitude, nutrição, movimento e recu-
peração. Ao longo de quatro anos, utilizamos o que 
tínhamos e ficamos honrados em atender grandes 
atletas do tênis, futebol, futebol americano, beisebol e 
basquete, desde a categoria júnior até a profissional.
Antigamente, antes do que hoje chamamos de 
treinamento funcional, havia uma indústria da per-
formance – e, sim, antes de existir a internet e os es-
pecialistas da internet fornecendo informações em 
demasia, houve um tempo em que ouvíamos ou lí-
amos (em papel!) – sobre pessoas que estavam fa-
zendo alguma coisa especial, normalmente em al-
gum lugar na União Europeia, na Austrália, na Ásia 
ou nas Américas.
Foi dessa forma que conheci Michael. Ele tinha 
visto uma história na Outside ou Smithsonian Maga-
zine sobre nosso grupo e convenceu a família a pas-
sar férias na Flórida, possibilitando uma visita e uma 
avaliação em primeira mão. Um mês depois, en-
quanto estávamos ocupados treinando alguns atle-
tas, Michael sentou-se quieto. Eu não tinha ideia do 
que ele estava pensando enquanto observava nosso 
caos controlado, no qual tínhamos 30 profissionais 
e algumas centenas de crianças de 8 a 18 anos na-
quela manhã.
Michael foi criado por pais maravilhosos que 
eram educadores em Boston. Seus esforços consis-
tentes e empenhados na Nova Inglaterra os fizeram 
treinar o NHL Bruins e o Hóquei da Universidade de 
Boston e criar o Mike Boyle Strength and Conditio-
ning, produzindo muitos atletas à maneira da indús-
tria – inclusive o primeiro e verdadeiro sucesso de 
preparação para Combine – muitas vezes tudo isso 
no mesmo dia.
Passei a vida viajando pelo mundo, buscando 
a ciência e as pessoas por trás dos sistemas bem-
-sucedidos que dirigem o desempenho sustentável. 
Este livro é um grande feito, pois entrelaça informa-
ções maravilhosas com planos efetivos para você 
usar pessoalmente ou com seus clientes.
Se você quer ser bem-sucedido, entenda o pro-
pósito deste livro: é o homem e a atitude por trás 
deste livro que deve ser estudado e celebrado: toda 
a vida de Michael Boyle de dedicação diária para 
ampliar o conhecimento, digerindo as informações 
em sistemas sustentáveis, que ele passionalmente 
implanta com as próprias mãos é o verdadeiro se-
gredo para o sucesso.
O mais importante é sua coragem de comparti-
lhar ideias, muitas vezes divertidas e não conven-
cionais, sobre assuntos difíceis que desafiam todas 
as nossas crenças, ajudando na rápida evolução da 
nossa área. Ele é a primeira pessoa a admitir o erro, 
e frequentemente faz isso dividindo não apenas 
seus sucessos, mas também suas falhas, nos possi-
bilitando aprender de todas as maneiras.
Nesses 15 anos, desde que nos conhecemos, nós 
– incluo você – criamos uma paixão pela performan-
ce, transformando uma pequena indústria em uma 
verdadeira plataforma global e moldando-a no jogo 
da vida. O crescimento propriamente dito nem sem-
pre é positivo; crescimento com integridade, sim. 
Nossa sociedade está contaminada, desde adoles-
centes do ensino médio, passando por adultos até 
chegar a atletas com carreiras curtas. O modelo mé-
dico reativo está completamente falido, e passou a 
ser óbvio que a verdadeira solução se encontra nas 
opções pró-ativas que passam por atitude, nutrição, 
movimento e recuperação.
Depende de nossa indústria da performance for-
necer sistemas científicos, personalizados e eficien-
Boyle_Iniciais.indd viiBoyle_Iniciais.indd vii 28/07/14 14:4928/07/14 14:49
viii APRESENTAÇÃO
tes que proporcionem às pessoas vidas felizes, sau-
dáveis e plenas. Temos um longo caminho rumo à 
criação de uma solução válida e confiável. A única 
maneira de fazer isso é juntos, com as mentes aber-
tas, estudando, pesquisando, dividindo e trazendo 
os outros conosco.
Foi o comportamento dele naquele primeiro en-
contro que atuou como base e planejamento para 
o crescimento dessa indústria, com líderes benevo-
lentes como Michael Boyle, Gray Cook e Greg Rose, 
pesquisadores e muitos outros que se juntam a Chris 
Poirier do Perform Better para oferecer a nossa in-
dústria valores educacionais.
Este livro traz uma abordagem perceptiva ba-
seada em um sistema que possibilitará a compreen-
são dessa sobrecarga informativa que sofremos 
nesses tempos de rápida evolução. Se existe uma 
pessoa capaz de captar isso, com sua visão acurada 
e construída com base em sucessos sustentáveis, é 
ele, Michael Boyle.
Além disso, espero que consiga levar consigo 
o que faz dele esse profissional tão bem-sucedido. 
Para crescer profissionalmente, busque o discerni-
mento no sistema ao mesmo tempo em que apro-
funde sua paixão e sua responsabilidade. Michael 
acompanha o contagioso estado de evolução do 
grande Al Vermeil, e espero que você siga seus pas-
sos para benefício da nossa área.
Mark Verstegen
Presidente/Fundador do Athlete’s Performance
Criador do Core Performance System
Boyle_Iniciais.indd viiiBoyle_Iniciais.indd viii 28/07/14 14:4928/07/14 14:49
PREFÁCIO
No mundo da cozinha, acredita-se que o chef que 
possui mais estrelas é o melhor. No cinema, o ga-
nhador de múltiplas estatuetas do Oscar é, prova-
velmente, considerado o número um. E no esporte? 
Aquele que ganhou mais campeonatos e medalhas 
de ouro.
Em preparação física, não temos essa medida 
externa. O fato de nossa área ser dividida em força, 
fisiculturismo, personal training, treinamento funcio-
nal e avaliação, todas com suas próprias ideias de 
quem está certo e de quem está errado, não ajuda 
muito. Porém, em meio a tudo isso, existe um nome 
respeitado, conhecido por todos em nossa área: 
Michael Boyle.
Encontrei-me com Michael pela primeira vez no 
inverno de 1996 ou 1997, em um seminário da Per-
form Better em Nova Jersey. Foi um desses momen-
tos na carreira de um jovem preparador físico em 
que ele percebe que, se quer melhorar, será preciso 
estudar o trabalho desse cara.
Rápidos 10 anos depois, apresento-me ao lado 
de Michael em um evento similar. A hora em que 
eu estava escutando seu discurso, intitulado 25 anos 
e 25 erros, foi um desses momentos na carreira de 
10 anos de um preparador físico em que se percebe, 
mais uma vez, que se quer melhorar, será preciso 
estudar esse cara.
E, por fim, o grande momento ocorreu quando 
eu estava no palco, naquele dia, me apresentando. 
Michael sentou-se na plateia fazendo anotações; 
minha primeira visão dele, com a caneta na mão, me 
desestabilizou e perdi a linha do raciocínio. Peguei-
-me querendo saber o que um cara como eu tinha a 
oferecer a ele em termos de informações sobre trei-
namento; contudo, não é assim que ele pensa. Ele 
está constantemente aprimorando e elevando seus 
próprios padrões.
Logo, quando estudamos seu trabalho, não esta-
mos apenas acessando os resultados de sua carreira 
bem-sucedida, de mais de 25 anos como treinador 
esportivo, estamos também adquirindo 25 anos da 
educação do próprio Michael, de livros, seminários 
e conversas particulares com seus colegas.
Dizem por aí que devemos buscar e estudar 
pessoas que “foram lá e fizeram”. Para mim, isso é 
uma falácia. É melhor estudar aqueles que “foram 
lá, fizeram e continuam fazendo!”. Nossa área está 
mudando com tanta rapidez que é preciso manter-
-se atualizado com
pessoas que estão na linha de 
frente.
Os talentos atléticos de alto desempenho procu-
ram Boyle para que sejam levados a novos patama-
res. As pessoas comuns mandam seus filhos para 
ele, porque sabem que ele é um personal tão bom 
quanto um treinador de alto rendimento. E prepa-
radores como eu o visitam e mandam a equipe para 
aprender com ele.
Este livro contém o que Michael aprendeu e pra-
ticou desde a publicação do seu primeiro livro sobre 
treinamento funcional, Functional training for sports. 
Com esse livro, você não fica apenas a par do co-
nhecimento nele contido, mas também do conheci-
mento que ele absorveu nas últimas décadas.
Aproveitem!
Alwyn Cosgrove
Results-Fitness.com
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SUMÁRIO
Introdução XV
Capítulo 1 Avanços no treinamento funcional
Reconsiderando o treinamento funcional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
Escolhendo os exercícios funcionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Capítulo 2 Mobilidade e flexibilidade
A abordagem articulação por articulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Análise do Movimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Uso da Análise Funcional do Movimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Perda do controle do programa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Análise ou venda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Influência da Análise Funcional do Movimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Movimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Padrão diagonal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Adição de força na disfunção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
O avanço em linha. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Exemplos de Análise Funcional do Movimento com equipes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Estudo de casos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
FMS e o preparador físico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Avaliação da força, da flexibilidade e da mobilidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
O agachamento simples . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Agachamento frontal total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Exercícios de mobilidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Terapia de tecido mole . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Rolo de espuma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Rolamento versus massagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Alongamento estático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Músculos encurtados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Alongamento ativo isolado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Capítulo 3 Lesões
Lesões. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Redução de lesão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Exercício doloroso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Tendinite ou tendinose . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Sugestões de prevenção de lesão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Lesões da região superior do corpo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
Suporte do manguito rotador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
Dor anterior no joelho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Glúteo médio e adutores na dor do joelho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Treinamento unilateral e dor no joelho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Prevenção de lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
Compreensão das hérnias de esporte. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Prevenção da hérnia de esporte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
Reabilitação das hérnias de esporte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
Boyle_Iniciais.indd xiBoyle_Iniciais.indd xi 28/07/14 14:4928/07/14 14:49
xii SUMÁRIO
Capítulo 4 O Core
As abordagens no treinamento do core . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
Estabilidade do core . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
Terminologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
Treinamento do core anterior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
Ativação glútea e o core . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
Treinamento rotacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
Avanços do core . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
Consciência em treinamento rotacional. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
Os exercícios para o core. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
Exercícios de estabilidade do core com base no solo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
Progressão para quatro apoios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
Progressão para supino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
O core superficial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . 81
Capítulo 5 Os quadris
Entendendo os quadris . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
O psoas e o ilíaco. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
Dor na lombar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
Cãibra de TFL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
Fraqueza dos músculos do quadril . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
Exercícios com dominância de quadril. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
Grupo muscular do jarrete. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
Exercícios de extensão do quadril . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
Capítulo 6 Treinamento Cardiovascular
Condicionamento de atletas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
Tipo de fibra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
Modelo de capacidade de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
Teste de desempenho versus fisiológico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
Uso do teste fisiológico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102
Condicionamento específico para atletas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103
Condicionamento fora de temporada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103
Condicionamento pré-temporada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104
Treinamento intervalado versus cardiovascular longo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
Programas de treinamento intervalado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
Elevação da frequência cardíaca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
Métodos de treinamento intervalado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
Implementação do treinamento intervalado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111
Começo do programa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112
Modos de treinamento intervalado em detalhes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113
Corrida e a atleta feminina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114
Treinamento de atletas de resistência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115
Progressão da lesão: Os três Is . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116
Local doloroso versus Fonte da dor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117
O programa do atleta de resistência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117
Boyle_Iniciais.indd xiiBoyle_Iniciais.indd xii 28/07/14 14:4928/07/14 14:49
SUMÁRIO xiii
Capítulo 7 Desenvolvimento atlético
Desenvolvimento de potência com levantamentos olímpicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121
Cleans versus arremessos (snatches) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123
Arremesso unilateral com halter. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124
Arremesso na barra com pegada fechada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124
Clean suspenso e arremesso com pegada fechada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124
Alternativas ao levantamento olímpico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125
Teste de elasticidade versus potência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126
Desenvolvimento de elasticidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128
Treinamento de velocidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128
Velocidade de sprint. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129
Velocidade ou aceleração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131
Dicas iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133
Exercícios iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133
Aumento da velocidade de sprint . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 134
Treinamento esporte-específico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135
Treinamento de instabilidade e equilíbrio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136
Perda da potência com o envelhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137
Capítulo 8 Escolha dos equipamentos
Escolha dos equipamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141
Treinamento na plataforma deslizante. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141
Treinamento com medicine ball. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143
Treinamento com trenó para atletas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 144
Empurrar trenó . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146
Treinamento suspenso no TRX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147
Kettlebells. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148
Capítulo 9 Escolha dos exercícios Princípios e treinamento em uma perna só
Agachamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153
Problemas de joelho com agachamentos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 154
Agachamentos frontais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155
Desenvolvendo um estilo seguro de agachar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157
Treino do agachamento simples . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157
Levantamentos terra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159
Levantamentos terra com barra hexagonal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159
Benefícios do levantamento terra . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 160
Exercícios de pressão (empurrar) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 160
Treino para o supino em banco do Combine . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163
Atletas e levantamentos acima da cabeça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 164
Comparações de força. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 166
Tabela de força. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 167
Desenvolvimento de força em uma perna só. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 168
Classificações do exercício em uma perna só . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 170
Amplitude de movimento progressiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172
Progressões em uma perna só . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 174
Treinamento da cadeia posterior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 174
Determinação do peso para agachamentos unilaterais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 175
Boyle_Iniciais.indd xiiiBoyle_Iniciais.indd xiii 28/07/14 14:4928/07/14 14:49
xiv SUMÁRIO
Exercícios em uma perna só . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176
Facilitação do glúteo médio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 178
Força em uma perna só . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 180
Capítulo 10 Elaboração dos programas
Fundamentos da elaboração dos programas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 189
Primeiro objetivo Prevenção de lesões no treinamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 190
Pontos da elaboração do programa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 191
Desenvolvimento de potência e de velocidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 191
Programa de força . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 192
Fundamentos de um programa sólido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 196
Treinamento e o sistema nervoso central (SNc) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 197
Treino em circuito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200
Resultados do treino em circuito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201
Ação cardíaca periférica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 202
Treino de hipertrofia para atletas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 202
A mitologia da hipertrofia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 205
Periodização conjugada ou concorrente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 207
Escolha de um sistema de treinamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 208
Treinamento diário de membros inferiores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 214
Capítulo 11 Amostras de programas
Programas com quatro dias de prática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 217
Programas com três dias de prática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 220
Programas com dois dias de prática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 222
Programa de baixo custo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 223
Objetivos do programa MBSC de 2009 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 235
Curso do programa de treinamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 237
Aquecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 237
Progressões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 238
Desenvolvimento de velocidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 238
Progressões de equilíbrio e força de região inferior do corpo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 239
Exercícios com dominância de quadril. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 240
Treino para o core . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 240
Programa para clientes com lombalgia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 241
Programa de força para região superior do corpo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 241
 Fechamento
Ideias finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 245
Terminologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 246
Planos de movimento sagital, frontal, transversal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 248
Educação continuada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 248
Índice . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 251
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INTRODUÇÃO
Há vezes em que me sinto como Steve Martin no 
filme The Jerk, extasiado ao ver meu nome no novo 
catálogo telefônico. Fico imaginando Martin corren-
do e gritando “os novos catálogos telefônicos estão 
aí!” Ou talvez eu seja mais como Sally Field no prê-
mio do Oscar “você gosta de mim, você realmente 
gosta da mim”.
Este livro é um pequeno tributo àqueles que tan-
to me ensinaram. Tenho orgulho de dizer que cha-
mo pessoas como Don Chu e Al Vermeil de amigos 
e que, de alguma forma, hoje sou mencionado no 
mesmo ar rarefeito que eles ocuparam quando eu 
era um jovem preparador físico. Existem muitos ou-
tros para serem mencionados; nem vou tentar listar 
por medo de faltar alguém.
Anos atrás, sentava-me na plateia de conferên-
cias e pensava no quão legal devia ser receber a 
atenção de uma plateia inteira, como faziam Al Don 
ou Vern Gambetta. Hoje, apresento-me com esses 
incríveis profissionais no tour da Perform Better, vi-
vendo meu sonho.
O que é ainda melhor é o fato de fazer isso na 
companhia da família e de amigos. Meus filhos mui-
tas vezes me acompanham e conhecem grandes no-
mes do mundo da preparação física. Eles conhecem 
Mark e Alwyn apenas como amigos que às vezes 
dormem lá na casa.
Sou a prova viva do que um homem comum 
pode fazer com o seu negócio. Não fui um grande 
atleta, não tive emprego em tempo integral na área 
até completar 30 anos de idade e não treino uma 
superpotência atlética. A maioria dos meus melho-
res trabalhos publicados aconteceu
entre meus 40 e 
50 anos de idade. Suponho que floresci tardiamente. 
Trabalho duro e consistente, combinado com muito 
cuidado, produz excelentes resultados ao longo do 
tempo. Disso, eu tenho certeza.
Sou massacrado por leitores, por pessoas que 
me escrevem e-mails e por participantes de seminá-
rios todos os dias. Os livros continuam vendendo e 
os sites prosperando, todos validando o trabalho que 
amo. Sou mais massacrado pelos muitos que ensi-
nei e que continuam na nossa profissão. Não há re-
compensa melhor para o trabalho do que perceber 
que você foi a inspiração para uma pessoa jovem 
entrar para a área.
Treinar é simples. Um amigo disse isso eloquen-
temente: puxe algo, empurre alguma coisa e faça 
alguma coisa para suas pernas. Adicione alguns 
rolamentos e você terá um trabalho de corpo total. 
Não se trata do que nem de como. Com que frequên-
cia, quantas vezes? Em muitos casos, apenas como. 
Uma perna ou duas, barras ou halteres? A verdade é 
que se mantivermos a simplicidade e a rigidez, pro-
vavelmente ficará tudo bem.
Minha vida tem sido uma jornada em que ve-
nho vagando desde um conjunto de pesos de 50 kg, 
passando pelo halterofilismo, até o que chamamos 
de treinamento de força. Por fim, passei pelo trei-
namento de força e condicionamento no caminho 
para me tornar um especialista em aprimoramento 
do desempenho. A parte bonita dessa jornada é que 
tenho algumas ótimas pessoas com as quais cami-
nho junto.
Ao longo do caminho, observei outros seguirem 
a mesma rota. Alguns perdem o caminho; outros 
param no meio, contentes por terem encontrado 
um destino quando, na verdade, estão apenas na 
metade da jornada. Aqueles que estão no começo 
parecem rir de nós que estamos mais perto do fim. 
É muito fácil se sentir brilhante quando se é jovem 
e indestrutível; no entanto, não é tão fácil quando 
estamos comprometidos com o treinamento de pes-
soas que não nós mesmos.
Adoro a citação de Oscar Wilde: “Não sou jo-
vem o suficiente para saber de tudo”. Espero que os 
preparadores físicos jovens continuem lendo meus 
livros e se beneficiem de alguém que está mais a 
frente no caminho. Apenas sei que não me curvei 
demais a ponto de cair e não tenho a intenção de 
fazer isso; adoro pesquisar e aprender.
Para mim, o programa perfeito é um Santo Graal. 
Um dia serei capaz de olhar para uma pessoa e saber 
exatamente o que quero fazer e por quê. Não posso 
falar isso agora. Estas próximas páginas descrevem 
os últimos cinco anos da jornada rumo a esse pro-
grama perfeito.
Quando treinamos alguém que vive do espor-
te, assumimos uma responsabilidade. Quando trei-
namos o filho de alguém, assumimos uma respon-
sabilidade ainda maior. Esperamos formar atletas 
melhores e pessoas melhores. Os dois trabalhos re-
querem muita atenção e bastante cuidado.
Se você está lendo este livro, existe uma gran-
de chance de sermos parecidos e, para nós, assim 
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xvi INTRODUÇÃO
como a onda perfeita para o surfista, o programa 
perfeito é ilusório.
As informações chegam a nós rapidamente, e 
muitas das verdades autoevidentes não parecem 
mais blindadas. Alongar mais ou alongar menos? 
Agachar com uma perna ou com as duas? O que 
realmente sabemos?
Por favor, leia e explore o mistério contínuo do 
mundo da força e do condicionamento. Espero que, 
ao final do livro, você sinta como se tivesse dado 
mais um passo na estrada rumo ao programa per-
feito, aquele que produz enormes ganhos sem lesão.
Michael Boyle
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1
AVANÇOS NO TREINAMENTO 
FUNCIONAL
Reconsiderando o treinamento funcional
Escolhendo os exercícios funcionais
Puxar e empurrar na região superior do corpo
Movimentos de puxar vertical
Movimentos de puxar horizontal
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AVANÇOS NO TREINAMENTO FUNCIONAL 3
RECONSIDERANDO O 
TREINAMENTO FUNCIONAL
Devemos começar com uma breve explicação da 
minha trajetória até tornar-me alguém que crê no 
treinamento funcional. Toda que vez que mandava 
um cliente com lesão para um fisioterapeuta, o rela-
tório que voltava para mim não era longo: na maio-
ria das vezes, a lesão ocorria porque um músculo 
estabilizador estava fraco e o estresse era desviado 
para outro músculo. Normalmente, os músculos fra-
cos eram estabilizadores do quadril, da coluna ou da 
articulação escapulotorácica.
Uma tendência se tornou óbvia: parecia que 
eram sempre os mesmos músculos.
Não raro, os terapeutas apontavam para fraque-
za nos músculos abdominais profundos (transverso 
do abdome e oblíquo interno), estabilizadores do 
quadril (glúteo médio, adutores, quadrado lombar e 
rotadores externos do quadril) e aqueles que fazem 
retração da escápula (trapézio inferior e romboides).
Cada grupo fraco parecia ser a causa de um pro-
blema diferente.
 • Os clientes com lombalgia apresentavam, em 
geral, fraqueza dos músculos abdominais pro-
fundos.
 • Os atletas com problemas no joelho normal-
mente demonstravam fraqueza dos músculos 
estabilizadores do quadril.
 • Aqueles com problemas no manguito rotador 
universalmente tinham problemas nos mús-
culos retratores e estabilizadores da escápula.
Já que, de maneira repetitiva, viámos a mesma 
fraqueza, por que não abordá-las? Simplesmente 
demos ênfase ao fortalecimento dos músculos que 
os terapeutas alegavam ser consistentemente fra-
cos, mesmo que nossos atletas tenham sempre trei-
nado com exercícios multiarticulares básicos.
Não fiz isso por ser uma tendência, mas porque 
queria resultados. Meu primeiro objetivo era reduzir 
a incidência de lesão nos meus atletas. Cada me-
lhoria no desempenho vinha como consequência da 
redução das lesões.
A descrição de treinamento funcional em Func-
tional Training for Sports é clara: o treinamento fun-
cional é mais bem descrito como um contínuo de 
exercícios que ensina os atletas a lidar com o seu 
peso corporal em todos os planos de movimento. 
O treinador usa o peso corporal como resistência e 
tenta empregar posições que façam sentido para o 
participante.
O conceito de treinamento funcional parecia tão 
intuitivo, que eu me esforçava para encontrar o que 
poderia ser questionável para os outros, o que cer-
tamente era. Quando li a descrição de treinamento 
funcional de Charles Staley percebi porque tantas 
pessoas são contra a ideia. Staley descreve o trei-
namento funcional em seu livro Muscle Logic como 
“exercícios realizados em vários aparatos como bo-
las, rolos de espuma e pranchas de equilíbrio, elabo-
rados para criar um ambiente mais desafiador para o 
propósito de envolver mais os músculos estabiliza-
dores menores e mais profundamente localizados”.
Prossegue dizendo, “o treinamento funcional 
defende a intenção de que o maior envolvimento do 
estabilizador é a chave para melhorar o desempe-
nho e os resultados gerais do treino”.
É óbvio que falhei na minha primeira tentativa 
de descrever treinamento funcional, pois um ho-
mem inteligente e bem informado como Charles não 
via o conceito básico do treinamento funcional do 
mesmo modo que eu via.
Para mim, função é essencialmente o propósito. 
O treinamento funcional pode, portanto, ser descrito 
como um treinamento com um propósito.
Treinamento funcional e treinamento em su-
perfície instável não são sinônimos. O treinamento 
em superfície instável é um aspecto do processo de 
pensamento mais amplo, que forma o treinamento 
funcional. Infelizmente, esse treino de equilíbrio ins-
tável se tornou sinônimo de treinamento funcional, 
que muitos consideram a mesma coisa.
O treinamento funcional não tem muito a ver 
com os artefatos usados pelos fisioterapeutas em 
reabilitação, mas sim com o conhecimento que os 
fisioterapeutas adquiriram sobre o porquê
das le-
sões ocorrerem. É aí que as pessoas ficam confusas: 
não se trata de artefatos; trata-se de informações.
O treinamento funcional desvia o foco dos exer-
cícios para incorporar os músculos estabilizadores, 
pois nele está a fonte das lesões segundo os fisiote-
rapeutas.
A observação do treino de atletas colegiais ou 
profissionais de fisiculturismo, levantamento de 
peso básico e olímpico começou a fazer cada vez 
menos sentido conforme eu expandia meus conhe-
cimentos. Não que eu não apreciasse as contribui-
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4 MICHAEL BOYLE
ções desses esportes, apenas percebi que havia mui-
to mais à medida que eu começava a desenvolver 
uma compreensão mais profunda da anatomia e dos 
mecanismos de lesão.
O que o treinamento funcional realmente faz é 
a aplicação da anatomia funcional do treinamento. 
Considera o que conhecemos e usa essas informa-
ções para selecionar exercícios que reduzam a inci-
dência de lesão e melhorem o desempenho. O trei-
namento em superfície instável é uma progressão 
potencial, mas não o estímulo fundamental.
Use o que funciona
Ao ler este livro é muito importante deixar de lado 
todas as noções preconcebidas sobre o processo de 
força e condicionamento. Pense em praticar a arte 
do bom senso. Muitas vezes, as boas ideias parecem 
tão básicas que as rejeitamos com base apenas na 
sua simplicidade. Como preparadores físicos e per-
sonal trainers continuamente seguimos e deixamos 
de seguir as últimas tendências. Tente ficar com as 
ideias que funcionam e fique atento a tudo que pare-
ce muito bom para ser verdade.
Velocidade, habilidade de movimento, força e 
potência são qualidades que podem e devem ser 
melhoradas. Os bons preparadores físicos estão 
constantemente inspecionando seus programas. 
Todo dia, aprendo alguma coisa que me faz consi-
derar uma mudança no programa. Não se trata de 
impulsos emocionais, mas sim aceitação de que há 
muitos treinadores e terapeutas que estão se apri-
morando e desenvolvendo técnicas melhores.
Como treinador, você não pode se permitir cair 
de amores por alguns exercícios, técnicas e filoso-
fias particulares. Seu trabalho é conseguir resulta-
dos e escolher os métodos que tragam esses resul-
tados. Isso quer dizer experimentar tudo que faça 
sentido para você, rejeitar o que não faz sentido, ou 
que não faz mais, e manter o que funciona.
Às vezes, você pode rejeitar exercícios popula-
res. Eventualmente, você para de utilizar exercícios 
que gostava antes. E, por vezes, tira alguma coisa 
do segundo plano e reincorpora em seus progra-
mas. Se funcionar, isso é o que importa.
Aqui, nenhuma tentativa for feita copiando os 
programas de equipes ou de atletas de sucesso. Em 
vez disso, avaliei cada técnica ou conceito para in-
cluí-los. Muitos treinadores copiam o programa da 
equipe mais bem-sucedida, mas, lembre-se, grande 
parte do sucesso pode ser consequência de recruta-
mento, treinamento ou genética. Em vez de copiar 
indivíduos ou equipes de sucesso, busque as técni-
cas daqueles que produzem bons resultados de for-
ma consistente em situações não ideais.
Mais não é melhor
A maioria dos atletas e treinadores jovens acredi-
tam que se duas séries é bom, quatro séries deve ser 
ainda melhor. Na verdade, você pode exigir demais 
do corpo e interromper o processo de recuperação. 
Quando pensar em um programa de força, lembre-
-se que o treinamento de força é um jogo de estímu-
los e resposta. O exercício de fato é um estímulo. A 
resposta ocorre depois da técnica e é afetada pela 
qualidade da técnica e pela qualidade da recupera-
ção. Repouso e nutrição têm muito a ver com o su-
cesso, assim como o programa de exercícios.
A verdadeira chave para um programa de força 
bem-sucedido é a redução de lesão. Eu costumava 
dizer prevenção de lesões, mas, na verdade, apenas 
a intervenção divina pode evitar a lesão. Redução 
de lesões representa melhor o objetivo. Semântica 
à parte, as estatísticas não mentem. Se as lesões 
diminuem e seus ganhos aumentam, você é bem-
-sucedido. Obviamente que os ganhos podem ser 
influenciados pelo talento e pelos treinadores, mas, 
em geral, as tendências à lesão não são tão afetadas 
por esses fatores. Seu primeiro objetivo é a redução 
de lesão e, depois disso, a melhora do desempenho.
Durante meus 15 anos de treinamento colegial, 
observei uma tendência interessante. Conforme 
evoluíamos de um programa de levantamento de 
peso olímpico e potência tradicional para um pro-
grama com base mais funcional, nossos números de 
força continuavam consistentes e nossa incidência 
de lesão caia de maneira drástica. Pense nisso ao 
longo da sua leitura.
Os levantamentos básicos* e o olímpico são 
excelentes sistemas que ensinam um forte conhe-
cimento técnico e enfatizam levantamentos mul-
tiarticulares. No entanto, assim como a invenção 
do encanamento moderno e o desenvolvimento da 
internet, força e condicionamento estão avançando 
constantemente. Para obter sucesso, precisamos 
avançar com eles.
*N. de R. T.: Levantamentos básicos são supino, agachamento e 
Terra.
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AVANÇOS NO TREINAMENTO FUNCIONAL 5
Treinamento funcional
Mark Verstegen foi um dos primeiros a sair dos pa-
drões aos quais os treinadores estavam presos quando 
começou a ensinar movimentos laterais e multidire-
cionais com a mesma habilidade que esses treinado-
res ensinavam o movimento linear.* Esse processo foi 
um salto quântico para mim e para meus atletas. Esse 
foi meu primeiro passo de preparador físico para es-
pecialista em desempenho. O segredo desse processo 
foi aceitar o fato de que Mark e seus colegas estavam 
léguas a frente de mim nessa área crítica.
Treinamento funcional, treinamento do core** e 
uso apropriado de superfícies instáveis são apenas 
alguns exemplos de avanços que devem ser abra-
çados e incorporados em um programa sólido. Já te-
mos muitos treinadores ‘‘avestruzes’’ em nossa área 
satisfeitos em enfiar a cabeça na areia.
Técnica... técnica... técnica. Nunca perca a qua-
lidade. Use o peso corporal quando possível. Faça 
muitas flexões de braço, flexões de braço com os 
pés elevados, agachamento com uma perna só, bar-
ra fixa com pegada supinada e barras paralelas. Os 
exercícios de peso corporal são despretensiosos. 
Logo use-os com frequência com os iniciantes. Não 
apenas os atletas aprenderão a respeitar seu peso 
corporal, como também vão enxergar o valor desses 
exercícios fáceis.
Técnicas
Se você usará agachamento, ensine primeiro aga-
chamentos com peso corporal. Se um atleta não 
consegue realizar agachamento com peso corporal 
com perfeição, ele não pode realizar o exercício com 
pesos. Ponto final. Ele precisa adquirir amplitude de 
movimento. É normal conseguir agachar em posi-
ção paralela.*** Os atletas que não conseguem preci-
sam trabalhar mobilidade do quadril, do tornozelo 
ou alongamento dos músculos do jarrete lateral.
Se você opta pelo agachamento para seus atle-
tas, faça-os com que realizem agachamentos para-
lelos sem falhas. Nossos atletas nada fazem, exceto 
agachamentos frontais com os fêmures paralelos. 
Usamos até caixas de pliometria de 50 centímetros 
para garantir a profundidade; pedimos aos atletas 
*N. de R. T.: Movimento no plano sagital.
**N. de R. T.: Core significa o centro do corpo, ou seja, as paredes 
anteriores, posterior, inferior, laterais e o diafragma no tronco.
***N. de R. T.: Paralela refere-se a uma linha imaginária que liga o 
trocânter femoral ao epicôndilo lateral do joelho.
que agachem em uma caixa que coloca o fêmur 
paralelo ao chão. Embora seja necessário caixas 
de tamanhos diferentes para os atletas diferentes, 
chegamos ao ponto em que cada atleta define o que 
é paralelo. Essas não são caixas de agachamento 
Westside Barbell; o atleta simplesmente toca na cai-
xa para garantir a profundidade.
Se você usa supino reto, não balance, nem ar-
queie. Nunca perca a
qualidade. Assim que você 
permitir que um atleta trapaceie ou não adira ao 
programa, outros o seguirão. Lembre-se por quê os 
atletas trapaceiam: para levantar mais peso. Levan-
tar mais peso alimenta o ego. Uma vez que você dei-
xa isso acontecer, fica muito difícil pará-los.
Para fazer valer o seu ponto, use exercícios 
como agachamentos frontais e supinos com pau-
sas. Esses exercícios podem ser muito despretensio-
sos. O preparador físico canadense Charles Poliquin 
possui um princípio chamado falha técnica. A falha 
técnica quer dizer nunca contar uma repetição de-
pois do colapso da técnica. Esse princípio encoraja 
os atletas a levantar o peso da maneira adequada. 
Consistentemente digo a meus atletas que não me 
importo quantas repetições eles fazem; importo-me 
com quantas boas repetições eles fazem.
O treinamento de força e condicionamento pode 
parecer fácil a princípio, mas é difícil na prática. O 
segredo para um programa de sucesso é tentar ver 
cada série e treinar cada atleta. Isso é difícil, conso-
me tempo e é repetitivo. De fato, é impossível.
Ao final de um bom dia na sala de musculação, 
você deve estar rouco e cansado. Um bom prepara-
dor físico terá pernas e joelhos doloridos de passar 
o dia agachando para ver a profundidade dos aga-
chamentos.
ESCOLHENDO OS 
EXERCÍCIOS FUNCIONAIS
Vamos presumir que os treinadores estão sempre 
buscando os melhores programas e exercícios tanto 
para reduzir a incidência de lesão quanto para me-
lhorar o desempenho. No entanto, quando vejo os 
programas que muitos dos nossos atletas de elite re-
cebem, fico confuso e desapontado.
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6 MICHAEL BOYLE
Os treinadores continuam prescrevendo exer-
cícios como cadeira extensora, mesa flexora e leg 
press, mesmo quando parece que existe pouca evi-
dência para respaldar essas prescrições. Anatomia 
funcional não é uma teoria. O que sabemos sobre 
função é real e baseado em ciência e pesquisa.
A ideia de que precisamos isolar um músculo ou 
que precisamos de certos exercícios uniarticulares 
para prevenir lesão não foi comprovada. Os treina-
dores precisam dar seguimento a seus programas e 
começar a usar exercícios que façam sentido e que, 
de fato, reduzam o potencial de lesão.
O contínuo funcional foi introduzido primeira-
mente em Functional Training for Sports para ilustrar 
as opções de exercícios em um contínuo desde o me-
nos funcional até o mais funcional. Os exercícios são 
separados em exercícios para a região inferior e su-
perior do corpo e exercícios de fortalecimento do core 
ou tronco. As categorias são, ainda, desmembradas 
em joelho dominante, quadril dominante e exercícios 
de empurrar e de puxar para a parte superior do cor-
po. Os exercícios progridem em um contínuo que vai 
desde exercícios baseados em aparelhos a exercícios 
feitos principalmente na posição de pé. Os exercícios 
também progridem de um sistema estável, que não 
estressa os estabilizadores ou neutralizadores, para 
os elaborados de maneira específica para isso. Os 
estabilizadores fornecem estabilidade, enquanto os 
neutralizadores evitam o movimento indesejado.
A primeira sequência é a dos exercícios com 
dominância de joelho. O contínuo começa com o 
leg press deitado, já que esse é o exercício multiar-
ticular menos funcional da região inferior do corpo 
que posso imaginar. No leg press, assim como na 
maioria dos exercícios em aparelhos, o atleta sim-
plesmente atua como motor ou produtor de força. 
Toda a estabilidade é fornecida pelo aparelho.
O segundo exercício no contínuo é o agacha-
mento de pé em aparelho, progredindo na curva fun-
cional para a posição de pé. A posição de pé é mais 
específica do que a deitada e pode incorporar mús-
culos adicionais não tensionados no leg press. No en-
tanto, a estabilidade ainda é fornecida pelo aparelho.
O terceiro passo no contínuo funcional é ir para o 
exercício de agachamento em pé. O atleta, mais uma 
vez, se encontra de pé, como no aparelho, mas ago-
ra ele mesmo se estabiliza. Obviamente, isso vai for-
çar o core em um grau mais alto. Muitos treinadores 
consideram o agachamento um bom exercício para 
o core, mesmo que não haja estresse rotacional ou 
unilateral. De fato, alguns treinadores acreditam que 
o agachamento é um exercício suficiente para o core. 
O agachamento de pé com as duas pernas é o ponto 
onde, muitas vezes, até bons treinadores param.
Muitos treinadores aplicam exercícios com base 
no solo, porém não pensam um pouco mais a frente. 
O passo seguinte na progressão deve ser trabalhar 
em uma perna só.
Do ponto de vista anatômico funcional, é abso-
lutamente essencial ficar em uma perna só. Quantas 
pernas você usa para correr por vez? Apenas uma. 
Você já teve algum atleta que estirou os músculos do 
jarrete bilateralmente? Nem uma vez. Os músculos 
que suportam o membro inferior no apoio unipodal – 
quadrado lombar, glúteo médio e adutores – não são 
tão ativos nos exercícios que utilizam as duas pernas.
A etapa final no contínuo consiste no agacha-
mento unilateral de pé em superfície instável. Ago-
ra, o atleta deve empregar os motores primários, 
os estabilizadores e os neutralizadores ao mesmo 
tempo em que lida com um estímulo proprioceptivo 
adicional fornecido pela instabilidade.
Vamos abordar cada uma dessas etapas da série 
contínua nas páginas que se seguem.
Uso dos exercícios funcionais
Algo interessante sobre exercício funcional é o fato 
de deixar alguns treinadores mais antigos nervosos. 
Oponentes ao conceito que o treinamento funcional 
mostra, com frequência, surgem estudos precários 
que chamar o treinamento funcional de uma moda 
passageira. Há pouco tempo, me foi dito que o exer-
cício funcional é bom para reabilitação e que ajuda 
a restaurar a propriocepção, mas não funciona com 
atletas saudáveis. Minha experiência não sustenta 
essa afirmação; em seis anos de futebol profissional 
e de nível olímpico, nossos atletas não apresenta-
ram lesão no ligamento cruzado anterior (LCA). Isso 
é obviamente um orgamento baseado em evidên-
cias, porém poderoso.
Os conceitos descritos no contínuo funcional 
podem ser aplicados a qualquer região do corpo. 
Para usar um clichê bastante conhecido: pense fora 
da caixinha. Não faça o que sempre fez. Não faça o 
que todo mundo faz. Não copie halterofilistas nem 
levantadores de peso; eles treinam para seus es-
portes, não para os nossos. Muitos dos conceitos 
do halterofilismo ou levantamento de peso olímpi-
co podem ser aplicados em programas de fortaleci-
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AVANÇOS NO TREINAMENTO FUNCIONAL 7
mento sólidos, mas, lembre-se, esses esportes são 
diferentes, pois em nossas outras atividades poucas 
vezes temos os dois pés em contato com o solo. Não 
é preciso retirar exercícios como agachamento ou 
levantamento terra de seu programa, mas, em vez 
disso, complemente-os com exercícios de assistên-
cia mais elevados dentro do contínuo funcional.
Este livro vai fornecer exemplos de exercícios e 
programas, mas para lhe dar a ideia básica do con-
teúdo:
 • No lugar da cadeira extensora, use agachamen-
tos com base alternada ou outra variação de 
agachamento unilateral. Agachamentos com 
base alternada incorporam equilíbrio, flexibi-
lidade e força em uma perna só.
 • No lugar da mesa flexora use levantamento terra 
unilateral com perna estendida. Os músculos do 
jarrete são mais extensores do quadril do que 
flexores do joelho. De fato, o jarrete é, na verda-
de, um resistor à extensão da perna na corrida. 
A mesa flexora não oferece força real útil.
 • No lugar do banco de supino com halteres, ten-
te o supino com halteres alternado, em que 
o cliente deve estabilizar os halteres no alto. 
Isso vai desenvolver a força do core, a estabili-
dade do ombro e a força unilateral.
Ao escolher os exercícios, pergunte a si mesmo 
por que cada um deles está no programa. Se a razão 
for porque todo mundo
faz ou porque esse é o jeito 
que você sempre fez, pense novamente.
A funcionalidade de um exercício deve ser um 
fator-chave na escolha dos exercícios para o desen-
volvimento atlético. Os exercícios funcionais são, 
por definição, específicos para um esporte ou ativi-
dade. A progressão dos exercícios com duas pernas 
para exercícios em uma perna só é importante para 
a maioria dos esportes com base no solo.
Puxar e empurrar na região 
superior do corpo
Na maioria dos programas de treinamento de força, 
movimentos de puxar como à barra fixa em pega-
da supinada e remadas ainda recebem pouca ênfa-
se. No lugar deles, a maioria dos treinadores soli-
cita que seus atletas e clientes façam puxadas em 
polias altas para os músculos da parte superior da 
coluna sob a premissa equivocada de que isso é su-
ficiente. Além disso, muitos programas ignoram os 
movimentos de remada. Esse tipo de programa leva 
ao superdesenvolvimento dos músculos que podem 
causar problemas de postura e, as vezes, lesões no 
ombro.
Um programa bem elaborado para a região su-
perior do corpo deve incluir uma razão proporcional 
entre as séries de puxar horizontal e verticalmente e 
os exercícios de empurrar deitado e acima da cabe-
ça. Deve haver, pelo menos, uma série de exercício 
de puxar para cada série de exercício de empurrar.
A proporção inadequada entre puxar e empurrar 
leva ao superdesenvolvimento do peitoral e subde-
senvolvimento dos músculos que fazem retração da 
escápula, além de predispor os atletas a lesões por 
uso excessivo no ombro, especialmente tendinose 
de manguito rotador.
A incidência de tendinose do manguito rotador 
entre atletas que fazem uma grande quantidade de 
exercícios de supino reto e de variações no banco 
de supino é extremamente alta. Muitos levantado-
res de peso aceitam a dor no ombro como parte do 
esporte, da mesma forma que os nadadores e joga-
dores de tênis. A realidade é que, com um programa 
balanceado, poucos atletas apresentam dor anterior 
no ombro. A dor anterior no ombro não é decorrente 
do exercício feito no banco de supino propriamente 
dito, mas provavelmente da falta de proporção apro-
priada com os movimentos de puxar.
O verdadeiro segredo é que o atleta tenha uma 
boa proporção entre as forças de puxar e de empur-
rar. Podemos estimar isso melhor, comparando a 
quantidade máxima de repetições na barra fixa com 
pegada pronada de um atleta à carga máxima no 
banco supino. Devemos considerar o peso corporal, 
mas um atleta capaz de empurrar no banco supino 
uma carga bem acima do seu peso corporal também 
deve ser capaz de puxar seu peso corporal, indepen-
dente do tamanho.
Por exemplo, um atleta masculino de 90 kg que 
consegue levantar 135 kg no banco de supino deve 
ser capaz de realizar 12 a 15 repetições na barra fixa 
supinada, e um atleta masculino de 135 kg que con-
segue levantar 180 kg no banco de supino deve ser 
capaz de fazer 5 a 8 repetições.
Realmente, as mulheres podem se sair melhor 
na proporção entre banco supino e barra fixa supi-
nada. Encontramos atletas femininas capazes de le-
vantar seu peso corporal no banco supino e de reali-
zar 5 a 10 repetições na barra fixa supinada.
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8 MICHAEL BOYLE
Movimentos de puxar na vertical
Um programa de força bem elaborado deve incluir, 
pelo menos, três séries de duas variações de barra 
fixa supinada por semana, bem como o mínimo de 
três séries de dois movimentos de remada por se-
mana. Ou o tipo específico de puxar vertical e hori-
zontalmente, ou a número de repetições deve mu-
dar a cada três semanas; em alguns casos, os dois 
devem mudar.
Puxar na vertical:
Barra fixa com pegada supinada.
Um ponto importante é não se deixar cair na ar-
madilha de adicionar a seu programa exercícios na 
barra fixa supinada e não os treinar como exercício 
de força. Os movimentos de puxar vertical devem 
ser alternados com os movimentos de empurrar ho-
rizontal tal como o banco supino.
Se você está fazendo séries de três no banco su-
pino, faça séries de três nos movimentos de puxar 
vertical. Se está fazendo pirâmide, faça como o pu-
xar vertical.
Os atletas masculinos ganham força cervical 
posterior com muita rapidez com esse tipo de pro-
grama. Não é incomum que os homens consigam 
cinco repetições na barra fixa supinada com uma 
placa de 20 kg fixada a uma cinta e que atletas fe-
mininas façam séries de três repetições na barra fixa 
supinada com 2,5 a 11 kg.
Trate o puxar vertical como um exercício de for-
ça e verá grandes aumentos de força e, o mais im-
portante, diminuição das dores no ombro.
Movimentos de puxar 
na horizontal
Os movimentos de puxar na horizontal são essen-
ciais por duas razões:
 • A adição de movimentos de remada ao pro-
grama ajuda na prevenção de lesões.
 • Os exercícios de remada são o verdadeiro 
exercício antagonista quando realizados no 
banco supino. Embora os praticados na bar-
ra fixa supinada e suas variações sejam im-
portantes, os movimentos de remada visam 
especificamente aos músculos e padrões de 
movimento que se opõem de maneira direta 
àqueles treinados no banco supino.
Independente da importância, as remadas são 
omitidas, principalmente, dos programas de força. 
Os movimentos de remada são uma área do treina-
mento funcional submetida à grandes mudanças. 
Avanços recentes no treinamento atlético e na fi-
sioterapia* mostraram que o corpo está ligado tanto 
anterior quanto posteriormente em padrão diago-
nal. A força é transmitida do chão pela perna até o 
quadril, via bíceps femoral e glúteo máximo. Depois 
disso, a força é transferida pela articulação sacro-
ilíaca para o grande dorsal oposto.
A chave desse sistema de ligação cruzada está, 
não apenas na estabilização do quadril, como no 
engajamento dos músculos usados no padrão motor 
adequado.
Por essa razão, todos os movimentos de rema-
da, exceto a remada invertida e a remada rotacional, 
são realizados com apenas um pé em contato com o 
solo. Com um pé no solo e a carga na mão oposta, o 
atleta precisa empregar o bíceps femoral e o glúteo 
* N. de R. T.: Trilhos anatômicos.
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AVANÇOS NO TREINAMENTO FUNCIONAL 9
para transferir a força do solo via estabilizadores da 
pelve e rotadores do quadril.
Os grupos de rotadores do quadril e de estabi-
lizadores da pelve possuem importância particular, 
pois toda a força transferida do solo precisa passar 
pelo quadril estável para ser levada de maneira ade-
quada à região superior do corpo.
Até bem recentemente, o grupo de rotadores do 
quadril era efetivamente ignorado. Os rotadores do 
quadril são o “manguito rotador” da região inferior 
do corpo, mas não recebem a mesma atenção que 
os músculos do manguito rotador do braço. Toda 
força que se origina do solo, seja um balanço do gol-
fe ou home run do beisebol, precisa ser transferida 
por meio de um grupo de rotadores do quadril es-
tável, forte e flexível. Os rotadores do quadril pre-
cisam receber atenção especial na hora de elaborar 
um programa.
Bem mais a frente no livro seremos mais es-
pecíficos, contudo, em primeiro lugar, precisamos 
abordar aquilo que considero a maior mudança na 
filosofia do treinamento dos últimos anos, a estabi-
lidade articular e a mobilidade articular como foco 
do treinamento.
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2
MOBILIDADE E FLEXIBILIDADE
A abordagem articulação por articulação
Análise do movimento
Análise do movimento funcional
Avaliação da força, da flexibilidade e da 
mobilidade
Agachamento simples
Exercícios de mobilidade
Rolo de espuma
Rolamento versus massagem
Alongamento estático
Músculos encurtados
Alongamento isolado ativo
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AVANÇOS NO TREINAMENTO FUNCIONAL 13
A ABORDAGEM ARTICULAÇÃO 
POR ARTICULAÇÃO
Se você ainda não está familiarizado com a teoria 
articulação por articulação, esteja preparado para 
dar um salto quântico no seu processo de pensa-
mento. Meu grande amigo, o fisioterapeuta Gray 
Cook, tem o dom de simplificar assuntos complexos. 
Em uma conversa acerca do efeito do treinamento 
sobre o corpo, Gray teve uma das ideias mais lúci-
das que já ouvi.
Estávamos discutindo os achados da sua Análise 
Funcional do Movimento (FMS, do inglês Functional 
Movement Screen), as necessidades das diferentes 
articulações do corpo e como a função das articula-
ções se relaciona com o treinamento. Uma das be-
lezas da FMS é o fato de distinguir entre questões 
de estabilidade e aquelas de mobilidade; as ideias 
de Gray me levaram a perceber que o futuro do trei-
namento pode ser uma abordagem articulação por 
articulação, e não baseada no movimento.
A análise do corpo de Cook é direta. Em sua ca-
beça, o corpo é apenas uma pilha de articulações. 
Cada articulação ou série de articulações tem uma 
função específica e está propensa a níveis previsí-
veis de disfunção. Em consequência disso, cada ar-
ticulação possui necessidades de treinamento par-
ticulares.
Essa ideia de articulação por articulação real-
mente ganhou vida própria, uma idéia que eu cer-
tamente nunca cogitei. Parece que todo mundo está 
familiarizado com ela; virou algo comum pessoas 
com conhecimento se referirem a Gray Cook ou a 
mim como aqueles que desenvolveram a ideia.
A Tabela a seguir observa o corpo articulação 
por articulação de baixo para cima.
O primeiro aspecto a ser observado é que as ar-
ticulações se alternam entre mobilidade e estabili-
dade. O tornozelo precisa de mais mobilidade e o 
joelho de mais estabilidade. Conforme vamos subin-
do, torna-se aparente que o quadril precisa de mo-
bilidade. E, assim, o processo vai subindo na cadeia 
– uma série de articulações alternadas, básica.
Nos últimos 20 anos, fomos da abordagem de 
treinamento da parte corporal para uma abordagem 
mais inteligente de treinamento pelo padrão de mo-
vimento. De fato, a frase “movimentos e não múscu-
los” passou a ser usada em demasia e, francamente, 
isso é progresso. A maioria dos bons profissionais 
desistiu do antigo método peito-ombro-tríceps e 
passou a usar programas de puxar-empurrar, exten-
são do quadril e extensão do joelho.
Articulação Necessidades primárias
Tornozelo Mobilidade (Sagital)
Joelho Estabilidade
Quadril Mobilidade (Multi-planar)
Região lombar Estabilidade
Região torácica Mobilidade
Escápula Estabilidade
Clero umeral Mobilidade
Continuando, a filosofia movimento e não mús-
culos provavelmente deveria ter ido um passo à 
frente. As lesões se relacionam intimamente com a 
função adequada da articulação, ou, mais apropria-
damente, à disfunção articular. Em geral, os proble-
mas em uma determinada articulação se revelam na 
forma de dor na articulação acima ou abaixo.
A primeira ilustração é na coluna lombar. Está cla-
ro que precisamos de estabilidade do core e também 
está óbvio que muitas pessoas sofrem de lombalgia. A 
parte intrigante está na teoria por trás da lombalgia. A 
nova teoria da causa: perda da mobilidade do quadril.
A perda da função da articulação abaixo – no 
caso da coluna lombar, os quadris – parece afetar a 
articulação local e as articulações acima. Em outras 
palavras, se os quadris não conseguem se mover, a 
coluna lombar irá. O problema é que os quadris são 
designados para mobilidade e a coluna lombar para 
estabilidade. Quando a articulação que era para ser 
móvel se torna imóvel, a articulação estável é força-
da a se movimentar em compensação, se tornando 
menos estável e, subsequentemente, dolorosa.
O processo é simples
 • Perca mobilidade de tornozelo e ganhe dor no 
joelho
 • Perca mobilidade de quadril e ganhe uma 
lombalgia
 • Perca mobilidade torácica e ganhe dor na cer-
vical e no ombro ou lombalgia
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14 MICHAEL BOYLE
Ao olhar para o corpo articulação por articula-
ção, começando no tornozelo, isso faz sentido.
O tornozelo é uma articulação que deve ser mó-
vel e, quando se torna imóvel, o joelho, uma articu-
lação que deve ser estável, passa a ser instável; o 
quadril é uma articulação que deve ser móvel e se 
torna imóvel e assim ocorre corpo acima. A coluna 
lombar deve ser estável; se torna móvel e assim por 
diante, cadeia acima.
Agora, leve essa ideia um passo à frente: qual 
é a perda primária que ocorre perante uma lesão 
ou falta de uso? Os tornozelos perdem mobilidade; 
os joelhos perdem estabilidade; os quadris perdem 
mobilidade. Você precisa ensinar a seus clientes que 
essas articulações possuem mobilidade ou estabi-
lidade específica necessária e que, quando não as 
usamos ou usamos de maneira inadequada, essa 
imobilidade, certamente, causará um problema em 
outro lugar do corpo.
Se alguém vem até você com um problema de 
mobilidade do quadril – se perdeu a mobilidade do 
quadril – em geral, a queixa é uma lombalgia. Ele 
(minha editora diz que posso usar o pronome gené-
rico “ele” em vez de distinguir ele ou ela por todo o 
livro; espero que ela esteja certa) não virá até você 
se queixando de um problema no quadril. É por isso 
que sugerimos olhar as articulações acima e abaixo; 
normalmente, o conserto consiste em aumentar a 
mobilidade de uma articulação adjacente.
Esses são os resultados da disfunção articular: 
baixa mobilidade do tornozelo é igual à dor no joe-
lho; baixa mobilidade do quadril é igual à lombalgia; 
baixa mobilidade da coluna torácica, dor cervical.
Um tornozelo imóvel faz o estresse de aterrissar 
ser transferido para a articulação acima, o joelho. 
De fato, existe uma conexão direta entre a rigidez 
do calçado de basquete e a quantidade de taping e 
suportes que se correlacionam com a alta incidên-
cia de síndrome femoropatelar em jogadores de bas-
quete. Nosso desejo de proteger o tornozelo instável 
veio com um alto custo. Constatamos que muitos 
dos nossos atletas com dor no joelho apresentavam 
problemas correspondentes de mobilidade no torno-
zelo. Muitas vezes, isso acompanhava uma entorse 
de tornozelo e uso subsequente de suportes e taping.
A exceção à regra parece ser no quadril. O qua-
dril pode ser tanto imóvel quanto instável, resultan-
do em dor no joelho decorrente da instabilidade – um 
quadril fraco vai permitir a rotação interna e adução 
do fêmur – ou lombalgia resultante da imobilidade.
Como uma articulação pode ser tanto imóvel e 
instável essa é uma questão interessante.
A fraqueza do quadril na flexão ou extensão 
promove uma ação compensatória na coluna lom-
bar, enquanto a fraqueza de abdução ou, mais pre-
cisamente, prevenção da adução, causa estresse no 
joelho.
Pouca ativação ou fraqueza de psoas e ilíaco 
produz padrões de flexão lombar em substituição à 
flexão do quadril. Pouca força ou baixa ativação dos 
glúteos causa um padrão de extensão compensató-
rio da coluna lombar para substituir o movimento de 
extensão do quadril.
Isso alimenta um ciclo vicioso. Conforme a colu-
na se movimenta para compensar a falta de força e 
a mobilidade do quadril, o quadril perde mais mobi-
lidade. A falta de força no quadril leva à imobilida-
de, a qual, por sua vez, promove o movimento com-
pensatório da coluna. O resultado final é um tipo de 
dilema, uma articulação que precisa tanto de força 
quanto de mobilidade em múltiplos planos.
Seus atletas e clientes precisam aprender a se 
mover a partir dos quadris e não da coluna lombar. A 
maioria dos atletas com lombalgia ou distensões dos 
músculos do jarrete apresenta mecânica lombopélvi-
ca ou do quadril inadequada e, como consequência, 
precisa estender ou flexionar a coluna lombar para 
fazer o movimento
não realizado pelo quadril.
A coluna lombar é ainda mais interessante. Cla-
ramente, é uma série de articulações com neces-
sidade de estabilidade, conforme evidenciado por 
todas as pesquisas na área de estabilidade do core. 
O maior erro que cometemos no treinamento nos 
últimos 10 anos é a tentativa de aumentar a ampli-
tude ativa e estática de movimento de uma área que 
requer estabilidade.
A maioria, senão todos, dos muitos exercícios 
rotatórios feitos para a coluna lombar foi direciona-
da erradamente. A fisioterapeuta Shirley Sahrmann 
em Diagnosis and Treatment of Movement Impairment 
Syndromes e James Porterfield e Carl DeRosa em 
Mechanical Low Back Pain: Perspectives in Functio-
nal Anatomy indicam que a tentativa de aumentar 
a amplitude de movimento da coluna lombar não é 
recomendada e potencialmente perigosa. Nossa fal-
ta de compreensão da mobilidade torácica fez com 
que tentássemos ganhar amplitude de movimento 
(ADM) de rotação lombar e esse era um grande erro.
A coluna torácica é a área que menos conhece-
mos. Muitos fisioterapeutas recomendam aumentar 
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AVANÇOS NO TREINAMENTO FUNCIONAL 15
a mobilidade torácica, ainda que poucos tenham 
exercícios designados de maneira específica para 
isso. A abordagem parece ser: “sabemos que você 
precisa disso, mas não temos certeza de como 
conseguir”. Ao longo dos próximos anos, veremos 
um crescimento de exercícios elaborados para au-
mentar a mobilidade torácica. Uma líder no campo, 
Sahrmann foi uma das primeiras a apoiar o desen-
volvimento da mobilidade torácica e a limitação da 
mobilidade lombar.
A articulação glenoumeral é similar ao quadril, 
designada para mobilidade e, portanto, precisa ser 
treinada para estabilidade. A necessidade de estabi-
lidade da articulação genoumeral é um grande caso 
para exercícios como bola suíça e flexão de braço no 
bosu, bem como trabalho unilateral com halteres.
O livro Ultraprevention, um livro de nutrição dos 
autores Mark Hyman e Mark Liponis, descreve nosso 
método atual de reação à lesão perfeitamente. Sua 
analogia é simples: nossa resposta à lesão é como 
escutar o disparo do detector de fumaça e correr 
para remover a bateria. A dor, assim como o som, 
é o alarme de algum outro problema. Colocar gelo 
em um joelho dolorido sem examinar o tornozelo ou 
o quadril é como remover a bateria do detector de 
fumaça. O alívio é de curta duração.
Todos os dias eu aprendo mais e mais sobre o 
corpo. O que aprendo me permite ser um treina-
dor melhor. Muitas vezes, o que aprendo contradiz 
aquilo que acreditava antes, podendo haver alguns 
desses reveses entre este livro e seu predecessor.
ANÁLISE DO MOVIMENTO
Minha recomendação a todos os preparadores e 
personal trainers é apreender a Análise Funcional 
do Movimento (FMS do inglês, Functional Movement 
Screening) de Gray Cook e Lee Burton e fazer com 
um grupo de atletas esse exame. Garanto que en-
contrarão coisas que não seriam encontradas obser-
vando o movimento. A razão para isso é o motivo 
pelo qual precisamos ser cuidadosos com todos os 
aspectos do treinamento funcional. Na minha expe-
riência, quanto melhor o atleta, melhor a compensa-
ção. Atletas de elite sempre encontram uma forma 
de desempenhar uma habilidade e fazer parecer fá-
cil. Os alertas não desaparecem, apenas são escon-
didos.
A única maneira de analisar o movimento de um 
atleta de elite é acalmá-lo e observar posturas está-
ticas, amplitudes de movimento ativo e estabilida-
de. Os sinais de alerta se escondem até se tornarem 
uma lesão real. Em seguida, somos forçados a dar 
assistência e tentar consertar o que agora está em 
colapso. A abordagem de muitos especialistas em 
força e condicionamento é a de que se não está em 
colapso, não deve-se mexer. Em outras palavras, es-
pere até que entre em colapso e depois peça a um 
fisioterapeuta para consertar. Com uma ferramenta 
como a FMS, conseguimos fechar algumas portas do 
estábulo antes que os cavalos fujam.
Um preparador ou personal trainer que traba-
lhe com uma ampla variedade de atletas e clientes, 
como a maioria faz, pode usar esse simples siste-
ma de análise. O segredo para a compreensão e uso 
dessa análise está em perceber que consiste apenas 
no que o nome implica. É uma análise. É uma ferra-
menta básica para observar padrões de movimento 
e desequilíbrios bilaterais. Não tem a intenção de ser 
um sistema de elaboração de programa.
A FMS é uma ótima maneira de começar um 
programa, pois a FMS e seus resultados criam uma 
ligação imediata entre o cliente e o professor ou 
atleta e preparador. Mesmo que o programa não 
seja individualizado em alguma forma, o atleta ou o 
cliente percebe que suas questões particulares estão 
sendo abordadas.
USO DA ANÁLISE FUNCIONAL 
DO MOVIMENTO
A Análise Funcional do Movimento (FMS) foi desen-
volvida por Cook e Burton como um sistema sim-
ples de exame do potencial de lesão tanto de atletas 
quanto de não atletas. A pergunta mais comum que 
me é feita em relação à FMS é se eu a uso em nossas 
equipes. A resposta é sim, mas provavelmente não 
da forma que você pensa.
Para entender por que usamos a análise, precisa-
mos começar com o porquê gosto de Gray Cook: ele 
me ajuda a alcançar meus objetivos. Quero meus atle-
tas melhores. As ideias de Gray me ajudam com isso.
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16 MICHAEL BOYLE
Não tenho interesse financeiro na FMS ou em 
qualquer negócio de Gray. Em vez disso, devo ser 
um dos seus maiores entusiastas e seu maior ven-
dedor.
O que esse processo realmente trata é de resul-
tados e práticas melhores. Como posso conseguir 
melhores resultados para meus atletas? Se meus 
atletas atingem seus objetivos, se minhas equipes 
vencem, se meus clientes não apresentam dores, 
tudo está certo no meu mundo do treinamento.
A recomendação de Gray para um indivíduo é 
clara: ataque o pior padrão. O processo é simples. 
Faça a avaliação, observe os resultados e trabalhe 
os padrões dos problemas.
Com as equipes, fazemos a mesma coisa. Minha 
equipe e eu temos usado a FMS em atletas o sufi-
ciente para perceber tendências que cruzam uma 
ampla variedade esportiva. No hóquei, o padrão da 
flexão do quadril testado no passo sobre barreira 
tende a ser o problema mais importante. Por isso, 
elaboramos grande parte do nosso aquecimento e 
trabalho pré-habilitação para abordar o padrão de 
flexão do quadril.
Outro padrão fraco no teste dos nossos jogadores 
de hóquei foi estabilidade rotacional. Isso quer dizer 
que precisamos incrementar nosso trabalho do core.
Além disso, realizamos a FMS em qualquer atle-
ta lesado que chega em nossa instituição e em todos 
os nossos clientes de personal training.
PERDA DO CONTROLE 
DO PROGRAMA
Uma área com a qual muitos preparadores físicos se 
preocupam é a perda do controle dos seus progra-
mas. Isso nunca acontecerá, a não ser que você per-
mita. O programa é seu. Eu não executo o programa 
de Cook e você também não precisa. Não concordo 
com Gray em tudo. De fato, usamos poucas estraté-
gias corretivas de Gray, uma vez que não as acha-
mos legais para se trabalhar em grupo. No entanto, 
isso não quer dizer que não posso usar a análise ou 
as informações obtidas dela para me ajudar a me-
lhorar o programa. A verdade é que quanto mais en-
tendo, mais adiciono.
A verdadeira questão é: Gray Cook e a FMS 
possuem a capacidade de nos tornar melhores em 
nossos trabalhos e nos ajudar a melhorar nossos 
atletas? Para mim, eu sei exatamente que sim. Tudo 
aquilo que aprendi com Gray foi inestimável para a 
minha evolução como preparador.
Preparadores físicos da National Football League 
(NFL) como Jon Torine e Jeff Fish desenvolveram es-
tratégias grupais de correção que eles gostam. Eu 
também, mas ainda uso meus exercícios de corre-
ção favoritos como um aquecimento geral da equipe. 
Não há malefícios para um atleta que faz exercícios 
corretivos
extras mesmo que isso não se aplique às 
suas necessidades.
Uma solução que Gray tem defendido é o uso do 
levantamento turco ou partes dele como estratégia 
corretiva de grupo. Se você analisar o levantamento, 
verá estabilidade escapular, estabilidade do core e 
mobilidade do quadril, bem como padrões de perna 
unilateral.
Gray percebeu que equipes atléticas, grupos mi-
litares e outros que quisessem usar a FMS se senti-
riam limitados por algumas das sugestões correti-
vas. Sua solução foi o projeto chamado Kettlebells 
from the Ground Up chamado The Kalos Shenos – pa-
lavras gregas que constituem nossa palavra caliste-
nia. O projeto consiste em dois DVDs e um manual 
que revê os movimentos por trás do levantamento 
com kettlebell ou levantamento turco.
O levantamento envolve 14 movimentos de 
cima para baixo. Possui uma alta demanda neural 
e desafia tanto a mobilidade quanto a estabilidade. 
No manual, cada etapa tem sugestões corretivas. O 
levantamento apresenta um componente direita-
-esquerda, o qual se adequa à exposição de assi-
metria, um componente fundamental da FMS. Além 
disso, cada parte dos levantamentos usa um ou dois 
padrões da FMS.
O preparador físico familiarizado com a FMS 
verá muitas opções para aquecimento e exercícios 
corretivos no programa. De três a cinco levanta-
mentos para cada lado podem ser uma excelente 
combinação de aquecimento e correção. Se um le-
vantamento completo não é possível para um atleta, 
peça ao atleta para fazer três circuitos do exercício 
corretivo sugerido no segmento do problema do le-
vantamento. Cook afirma “se você não faz nada que 
a FMS sugeriu, mas deixou os levantamentos captu-
rarem o problema e trabalhou as partes difíceis do 
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AVANÇOS NO TREINAMENTO FUNCIONAL 17
levantamento, você testemunhará uma grande me-
lhora na FMS”.
ANÁLISE OU VENDA
Pare de pensar na FMS como uma avaliação e co-
mece a pensar nela como a melhor ferramenta que 
você tem para vender aos atletas o seu programa. A 
FMS pode não mudar o que você faz, mas altera a 
forma como seus atletas percebem o que você faz. 
Os resultados da FMS reforçam os bons conceitos 
de elaboração do programa, pois um programa bem 
elaborado produz boas pontuações na FMS.
O grupo Mike Boyle Strength and Conditioning 
(MBSC) foi um dos primeiros grupos a usar a Análise 
Funcional do Movimento depois de Gray vir a Boston 
e nos ensinar em 2002. Na época, observamos algo 
importante: todos os nossos preparadores pontua-
ram muito alto. Na época, eram todos atletas antigos 
do MBSC que passaram anos praticando nossos pro-
gramas e os resultados foram claros... o que fizemos 
funcionou. Um programa de exercícios funcionais 
com muito trabalho de perna unilateral e um traba-
lho intenso do core produziu excelentes pontuações.
Depois disso, começamos a analisar grupos de 
atletas normais, atletas que praticavam treino com 
aparelhos e bilateral convencional. Os resultados fo-
ram o oposto. A disfunção estava em toda a parte. O 
resultado? As pontuações dos nossos preparadores 
foi um reforço para eles mesmos de que o programa 
que eles acreditavam produziu resultados superio-
res quando testados de maneira independente. E as 
pontuações e incapacidades óbvias demonstradas 
pelos outros reforçaram o que estava faltando no 
outro treinamento.
É fácil vender treinamento do core para um atle-
ta depois de ele se sair mal no teste de estabilidade 
rotacional do core. Uma vez, ouvi de um atleta pro-
fissional que o teste era impossível. Tive que fazê-
-lo com sucesso três vezes até convencê-lo de que 
poderia ser feito. Esse cara não conseguia nem ba-
lançar na posição de dois pontos, muito menos mo-
vimentar, ainda que estivesse jogando na NFL como 
recebedor. Após a implementação de uma estratégia 
corretiva, sua melhora foi rápida e o risco de lesão 
diminuiu de maneira substancial.
INFLUÊNCIA DA ANÁLISE 
FUNCIONAL DO MOVIMENTO
Os conceitos obtidos da Análise Funcional do Mo-
vimento reforçaram tudo aquilo que acreditamos e 
acrescentaram um nível inteiro no processo de pen-
samento àquilo que fizemos. O conhecimento adqui-
rido de Gray e das análises nos levou a novos níveis.
Quando o encontrei pela primeira vez, ele pre-
gava a ideia de estabilidade antes da mobilidade. Do 
ponto de vista do desenvolvimento das progressões 
dos exercícios, essa foi uma das coisas mais inteli-
gentes que já ouvi. Começamos a elaborar todas as 
progressões de força para desenvolver primeiramen-
te estabilidade antes de partir para a mobilidade.
Também começamos a planejar todas as nossas 
progressões do aquecimento para desenvolver mo-
bilidade, mas apenas nas articulações chave. Em um 
sentido, nossa abordagem do treinamento funcional 
se tornou, de certa forma, antifuncional, usando nos-
sa abordagem articulação por articulação para simul-
taneamente buscar a estabilidade em algumas áreas 
como joelhos e coluna lombar, e mobilidade em ou-
tras, como tornozelos, quadris e coluna torácica.
Ao mesmo tempo, Gray continuou a desenvol-
ver maneiras de distinguir problemas de mobilida-
de e estabilidade. Em termos simples, um problema 
consistente é uma questão de mobilidade.
O melhor exemplo é o agachamento; se um atle-
ta é incapaz de fazer o agachamento com os braços 
acima da cabeça, ou qualquer agachamento, mas 
em posição de supino consegue flexionar os qua-
dris acima dos 90° e manter a coluna reta, o atleta 
possui um problema de estabilidade. A presença de 
mobilidade em um movimento sem carga acoplado 
à perda da mobilidade contra a gravidade indica cla-
ramente um problema de estabilidade.
O inverso seria um verdadeiro problema de mo-
bilidade, o que é ilustrado melhor por um atleta que 
não consegue fazer a posição de agachamento com 
os braços acima da cabeça ou quando em decúbito 
dorsal.
No primeiro exemplo, o atleta possui toda a 
amplitude de movimento, porém é incapaz de con-
trolar. Na segunda situação, um real problema de 
mobilidade, o atleta não apresenta a mobilidade ne-
cessária para fazer o movimento. A falta de controle 
leva a uma aparente perda da mobilidade.
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18 MICHAEL BOYLE
Essa é a essência de como a estabilidade afeta 
a mobilidade. O corpo não permite o movimento se 
não consegue controlá-lo. Esse controle é consegui-
do pela diminuição da amplitude de movimento.
Um problema inconsistente – ADM passivo ade-
quado, ADM ativo inadequado – é um problema de es-
tabilidade. A falta de ADM consistente é uma questão 
pura de mobilidade. O ponto-chave é que questões 
de estabilidade não serão resolvidas com trabalho de 
mobilidade. Em contraste, o trabalho de mobilidade 
provavelmente vai aumentar a estabilidade.
Desenvolvimento das progressões
Ao usar a Análise Funcional do Movimento, pega-
mos as informações obtidas e usamos para desen-
volver as progressões dos exercícios. Para isso, pre-
cisamos pensar sobre os padrões de movimento e 
usar o conceito de estável para instável.
Progressões do movimento 
ou progressões do exercício
A principal diferença está na compreensão dos con-
ceitos de mobilidade e estabilidade e como essas 
ideias se aplicam de maneira diferente às progres-
sões do movimento e do exercício. Com relação ao 
movimento, pense em exercícios de amplitude de 
movimento ativo sem cargas externas. Em movi-
mento, a mobilidade apropriada precisa preceder o 
desenvolvimento da estabilidade.
Para exercícios de força, pense em movimentos 
aos quais pretendemos acrescentar cargas além do 
peso corporal. Em progressões de exercício no trei-
namento de força, o atleta precisa estar estável antes 
da adição de movimento como ações multiplanares.
Conforme ia aprendendo, a filosofia de Gray 
evoluía e, hoje, ele usa o seguinte contínuo:
Mobilidade antes da estabilidade antes do movi-
mento.
Os atletas precisam desenvolver a mobilidade 
apropriada. Quando móveis, eles podem se
movi-
mentar para as posições para desenvolver estabili-
dade. Mobilidade e estabilidade podem, então, ser 
adicionadas ao movimento.
O verdadeiro contínuo é:
 • Mobilidade: liberdade de movimento em seg-
mentos móveis. O termo amplamente inclui e 
engloba tanto amplitude articular de movimen-
to quanto flexibilidade tecidual e muscular.
 • Estabilidade: habilidade de controlar o movi-
mento em um segmento particular na presen-
ça de força, tensão, carga e movimento.
A estabilidade é constituída de dois níveis pro-
gressivos de controle:
 • Estático: controle isométrico de todas as dire-
ções enquanto sob carga ou tensão, como os 
ombros em um levantamento terra ou os qua-
dris em chop ou lift ajoelhado.
 • Dinâmico: controle da integridade e do alinha-
mento articular em uma direção ou plano de 
movimento particular, enquanto o movimento 
ou a força é gerado em outra direção ou pla-
no de movimento. Exemplos: os quadris no 
levantamento terra ou agachamento, estímu-
lo de extensão sem perder o alinhamento do 
quadril; cintura escapular no chop e lift, embo-
ra o úmero se mova em todos os três planos, 
a escápula é mantida no terço médio de seu 
movimento.
MOVIMENTO
Movimento é o ato combinado de postura e controle 
na presença de padrões ativos e reativos de manipu-
lação, movendo coisas; já a locomoção é mover a si 
mesmo. Esse é o ponto onde estabilidade dinâmica 
e mobilidade controlada se juntam aos outros atri-
butos do fitness como potência, força, velocidade e 
resistência. Movimento é igual à função.
Gray escreve “nesse contínuo, a mobilidade vem 
primeiro, pois você não consegue ter controle – es-
tabilidade – se não houver liberdade de movimento. 
Rigidez pode ser confundida com estabilidade quan-
do não há liberdade de movimento. A estabilidade 
estática precede a estabilidade dinâmica. A estabili-
dade dinâmica precede o movimento”.
O segredo é aprender a seguir padrões. Se qui-
sermos controlar o movimento excessivo em um 
exercício, precisamos inicialmente eliminar as po-
tenciais fontes daquele movimento. A ideia de Cook 
é usar posturas de transição. Em outras palavras, 
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AVANÇOS NO TREINAMENTO FUNCIONAL 19
muitas progressões de exercícios de força começam 
na posição ajoelhada, semiajoelhada ou de avanço. 
Se o objetivo é que um atleta ou cliente desenvol-
va controle ou estabilidade em uma articulação es-
pecífica, como a coluna lombar, será mais fácil se 
eliminar as articulações do joelho e do tornozelo e 
começar na posição ajoelhada.
Cada posição tem benefícios. A ajoelhada com 
o tronco ereto e os quadris estendidos cria uma 
grande ênfase no glúteo, uma vez que o músculo 
não é mais necessário para controlar o joelho, ape-
nas o quadril. A posição semiajoelhada, um joelho 
no solo e o outro para cima, flexiona o quadril e, 
consequentemente, restringe o movimento na co-
luna lombar.
Na nossa progressão de exercícios, tendemos a 
encorajar a posição ajoelhada para nossos atletas 
como ponto inicial. Em contraste, ficar de pé cria 
uma quantidade maior de problemas, já que a quan-
tidade de articulações a serem controladas é máxi-
ma. Sempre progredimos para o ortostatismo como 
nosso objetivo final, porém, em geral, começamos 
na posição ajoelhada, semiajoelhado ou de pé com 
um pé à frente do outro.
PADRÃO DIAGONAL
Vamos observar o padrão do levantamento diagonal 
para ilustrar. A progressão do exercício, inicialmen-
te, enfatiza a estabilidade e a progressão no sentido 
de aumentar a mobilidade.
Lift estável semiajoelhado
É um padrão puxar-empurrar feito com uma barra 
longa, como a barra de Cook ou Core. O movimen-
to acontece principalmente nos ombros e cotovelos, 
enquanto o core permanece estável.
Semiajoelhado sequencial
No lift sequencial semiajoelhado, uma rotação de 
ombro é adicionada e uma corda no tríceps substitui 
a barra longa. O padrão ainda é claramente puxar-
-empurrar, com rotação de ombro. A rotação de 
ombro é defendida pela fisioterapeuta e educadora 
Shirley Sahrmann para estimular o movimento na 
coluna torácica, em vez de na coluna lombar.
Chamamos isso de lift sequencial porque é ini-
cialmente ensinado como uma ação em três par-
tes. O primeiro passo é uma ação de puxar, similar 
à remada diagonal. O segundo passo é uma ligeira 
rotação dos ombros. O terceiro consiste em empur-
rar diagonal. Isso é ensinado de maneira sequencial 
para gravar a ação puxar-rodar-empurrar. É impor-
tante observar que um pouco de mobilidade foi adi-
cionado na coluna torácica por meio da rotação do 
ombro.
Lift de pé
O terceiro exercício na progressão é o lift de pé. 
Agora, o lift de pé adquire uma ação squat-to-press* 
diagonal. O exercício vai da ação de certa forma me-
cânica do lift sequencial para um movimento muito 
mais fluido tal como um levantamento olímpico. O 
pensamento é o padrão de empurrar-puxar que foi 
adequadamente impresso e o controle do core es-
tabelecido. A chave, mais uma vez, é mobilidade 
adicionada aos quadris e joelhos conforme se torna-
vam uma parte da ação.
Step-up lift
O último estágio da progressão é adicionar uma di-
mensão unilateral. A ação em uma perna só acres-
centa um componente de estabilidade pélvica adi-
cional.
A progressão vai de um exercício de estabilida-
de do core para um exercício dinâmico de potência 
total do corpo em uma perna só. Aí está a beleza 
de usar as informações obtidas de Gray Cook e da 
Análise Funcional do Movimento para desenvol-
ver progressões de exercícios. A ideia não é mais 
consertar questões individuais com a FMS, mas sim 
trabalhar de modo global para desenvolver pro-
gressões mais bem integradas para estabilidade 
rotacional.
Cook defende os chops e lifts** como excelentes 
exercícios para corrigir assimetrias e para melhorar 
a estabilidade. Nosso trabalho como preparadores é 
desenvolver progressões a partir dessas ideias.
*N. de R. T.: Agachamento com pressão na diagonal.
**N. de R. T.: ‘‘Chops e lifts’’ são movimentos executados em padrão 
diagonal em uma polia. Chops são movimentos de cima para baixo 
e lifts de baixo para cima.
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20 MICHAEL BOYLE
ADIÇÃO DE FORÇA 
NA DISFUNÇÃO
Outra área para a qual os pensamentos de Cook 
nos oferecem percepções é a da seleção de exercí-
cio. Com frequência, Gray diz “não adicione força 
à disfunção”. O que ele quer dizer, no sentido mais 
simples, é que se você não consegue agachar, não 
o faça. Um atleta ou cliente que não consegue reali-
zar o agachamento com os braços acima da cabeça 
até a pontuação mínima de dois na análise FMS não 
deve agachar. Essencialmente, se permitirmos que 
ele faça agachamentos, estaremos, simplesmente, 
acrescentando força à disfunção.
Se o cliente possui um padrão de movimento ina-
dequado, agora, esse padrão inadequado pode ser 
demonstrado com carga externa. Esse é um erro co-
mum no futebol da escola secundária e universitário 
e pode ser a raiz da lombalgia de muitos atletas. Um 
atleta que agacha inadequadamente, frequentemente 
é encorajado por um bem-intencionado preparador 
físico a ficar mais forte. Em vez disso, a ênfase inicial 
deve ser adquirir mobilidade ou aperfeiçoar o padrão 
do agachamento. Entretanto, poucos preparadores 
fazem isso, preferindo adicionar força à disfunção.
Nossa abordagem atual é inicialmente trabalhar 
a mobilidade para obter ou desenvolver o padrão do 
agachamento. A única modificação será elevar os 
calcanhares para melhorar a posição do atleta. Nos-
sa ideia é que se existe uma incapacidade de aga-
char baixo, não o faça com carga elevada. Em lugar 
disso, trabalhamos a mobilidade e ao mesmo tempo 
trabalhamos a força em perna unilateral.
Essa é uma questão da proporção risco-bene-
fício. A colocação de carga aos padrões de disfun-
ção pode levar à lesão à medida que o corpo tenta 
manejar o estresse adicional aplicado a um sistema 
frágil e defeituoso. Gray ilustra
isso com a ideia de 
dificuldade versus benefício. Um exercício pode ser 
difícil e não ser benéfico. Além disso, o difícil pode, 
muitas vezes, não ser seguro.
O AVANÇO EM LINHA
Existe uma pequena área sobre a qual não concordo 
com Gray: adicionamos um agachamento com uma 
perna só à nossa versão da Análise Funcional do 
Movimento. Gray faz um alerta quanto a isso, en-
tretanto acrescentamos o agachamento com uma 
perna só porque acreditamos que os padrões de um 
movimento unilateral com suporte – agachamento 
em base alternada ou avanço em linha de Cook – é 
distintivamente diferente do agachamento com uma 
perna só. O agachamento com uma perna só é o que 
classificaríamos de exercício estático sem apoio. As 
implicações pélvicas do que vemos no agachamen-
to com base alternada com relação ao agachamento 
com uma perna só podem ser bem diferentes, por 
isso fazemos os dois.
Penso que o avanço em linha deve ser renomea-
do para agachamento com base alternada. O avanço 
em linha não é bem um avanço, é um agachamento 
em base alternada por definição. O agachamento em 
base alternada é o que chamamos de exercício está-
tico. Em outras palavras, o pé não se move. O avanço 
tem movimento e seria classificado como exercício di-
nâmico. O avanço tem um componente de transição.
Acredito que Gray pretendia um padrão unilate-
ral e o avanço em linha – nosso agachamento com 
base alternada – faz isso.
EXEMPLOS DE ANÁLISE 
FUNCIONAL DO MOVIMENTO 
COM EQUIPES
A seguir, alguns exemplos dos problemas com 
equipes encontrados nas análises e como os solu-
cionamos.
Exemplo do Hóquei
Problema: dezoito atletas, dos vinte examinados, re-
ceberam pontuação de dois no passo sobre a barrei-
ra. Isso obviamente indicou um padrão disfuncional 
de flexão do quadril e nos levou a observar a função 
do ilíaco e do psoas. Nossos jogadores atuam em 
constante flexão do quadril e são inibidos ou inefi-
cientes de pé.
Solução: trabalhar a flexão do quadril de cima para 
baixo e de baixo para cima ou como Gray diria, lim-
par o padrão. Nesse caso, adicionamos exercícios de 
ativação da flexão do quadril ao aquecimento e exer-
cícios de força de flexão do quadril ao final da prática.
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AVANÇOS NO TREINAMENTO FUNCIONAL 21
Exemplo do Futebol
Problema: abundância de pontuação dois no aga-
chamento com os braços acima da cabeça em um 
possível três. Nosso problema pareceu se resolver 
com mobilidade do tornozelo.
Solução: adicione exercícios de mobilidade do 
tornozelo e do quadril ao aquecimento.
Esses são dois exemplos de problemas simples 
com soluções fáceis. A beleza do sistema FMS é que 
não analisamos em excesso, apenas atacamos o pa-
drão do problema.
ESTUDO DE CASOS
A seguir, três exemplos distintos de como os resul-
tados da Análise Funcional do Movimento levaram a 
soluções que modificaram a carreira de atletas pro-
fissionais. Nos três casos, os atletas tiveram lesões 
que outros profissionais da medicina esportiva tive-
ram dificuldades de explicar.
Estiramento de oblíquo de um 
jogador armador da NBA
Achado da FMS – zero no avanço 
em linha da perna direita
A pontuação zero é empregada quando o atleta não 
consegue fazer o movimento sem dor e, obviamen-
te, é um importante sinal de alerta. Nesse caso, o 
atleta era incapaz de flexionar o retropé esquerdo de 
maneira adequada para realizar um avanço em li-
nha com a perna direita. Quando questionado sobre 
o problema, o atleta revelou um grave caso de turf 
toe, uma entorse do hálux, que ele não tinha men-
cionado antes, já que achava que não tinha relação 
com seu problema no abdome.
A história do turf toe era importante, já que o 
atleta também alterou o padrão de marcha em con-
sequência do dedo dolorido. A alteração consistiu 
em deambular com a parte externa do pé e com o 
quadril rodado externamente.
O resultado final foi uma perda significativa de 
mobilidade do quadril ao longo de um período de 
tempo. A falta de mobilidade do quadril empregou 
grande estresse na musculatura do core e resultou no 
estiramento do oblíquo. Quadril rodados externamen-
te reduzem a mobilidade para o movimento de rota-
ção. Os movimentos de rotação que deveriam ocorrer 
no quadril estão agora aplicando tensão excessiva no 
core, resultando, eventualmente, em um estiramento 
do oblíquo. Sem fazer a análise, nunca teríamos des-
coberto o turf toe ou a alteração no padrão de marcha. 
A análise nos levou direto ao problema.
Estiramento crônico do jarrete 
em um wide receiver da NFL
Achado da FMS – pontuação um em estabilidade 
rotacional e três em mobilidade rotacional
Esse atleta se encontrava em uma potencial situa-
ção de final da carreira após ter estiramentos do jar-
rete* nas duas últimas temporadas, resultando em 
perda significativa de tempo de jogo.
A atual análise da FMS não contém o antigo tes-
te de mobilidade rotatória, no entanto, muitas vezes 
eu faço o teste quando tenho um indivíduo que se 
queixa de dor na coluna. A combinação de pouca 
estabilidade rotatória e excessiva mobilidade rota-
tória é a perfeita combinação para dor na coluna. Os 
atletas que possuem grande mobilidade sem contro-
le são os que se encontram sob maior risco.
Em conversa posterior com esse atleta, a histó-
ria ficou ainda mais interessante. Uma vez na NFL, 
a atleta parou a maior parte do treinamento de for-
ça devido às inúmeras distensões espinais ocorridas 
com um programa de força convencional do cole-
gial. Um atleta como esse nunca deveria ter treinado 
com carga na coluna. No entanto, descontinuar o 
treinamento de força não era a resposta e colocou o 
atleta em situação difícil.
Nossa solução foi um programa de força unila-
teral com carga espinal mínima para desenvolver os 
glúteos. As tentativas de reabilitação anteriores se 
concentraram no jarrete. Entretanto, os problemas 
no jarrete eram um sintoma de glúteos fracos, e não 
a causa das distensões.
Na ausência de força em glúteo, os músculos do 
jarrete, não importa o quão fortes, falham toda vez. 
Esses músculos são um extensor secundário do qua-
dril. Esse foi um caso clássico da máxima de Shirley 
Sahrmann toda vez que um músculo sofre lesão, pro-
cure um sinergista fraco. Um programa desenvolvido 
em torno de agachamentos unilaterais, pontes e fle-
*N. de R. T.: Jarrete é outra maneira de designar o terço distal dos 
isquiotibiais. A região logo acima da fossa poplítea atrás do joelho.
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22 MICHAEL BOYLE
xão do joelho em superfície deslizante manteve esse 
atleta no topo da lista dos recebedores da NFL desde 
que descobrimos e resolvemos o problema.
FMS E O PREPARADOR FÍSICO
Usar a FMS em equipes é tão simples quanto fazer a 
análise e observar as tendências. Procure tendências 
e elabore um programa em equipe que as corrija.
O que você precisa fazer é combinar suas ferra-
mentas favoritas com os achados da FMS. Observe 
seus padrões de problema e trabalhe para melhorar-
-los no aquecimento ou na prática, ou idealmente 
em ambos. Os resultados da FMS em cenário de 
equipe pode não permitir que você ajude cada indi-
víduo, mas claramente ajudarão a equipe.
Gray Cook resume isso tudo, dizendo:
“Alguns preparadores evitam a FMS porque 
acreditam que vão perder parte da autonomia, pen-
sando que precisam se submeter às sugestões e cor-
reções da FMS. Eles também devem ficar atentos 
ao fato de que a FMS vai expor as deficiências em 
seus programas e sugerir mudanças na elaboração 
do programa. Nós não gostamos de por em risco a 
nossa confiança, porém nossa confiança raramente 
se correlaciona com nosso nível de efetividade. O 
livro Blunder, Why Smart People Make Bad Decisions 
de Zachary Shore demonstra como negligenciamos 
a nossa própria exposição ao feedback objetivo tanto 
consciente quanto inconscientemente. Este livro é 
essencial se você é responsável pela programação, 
ensinamento e análise de dados.
Proteja seu cérebro 
de seu ego!
“O papel do preparador físico é manejar os ris-
cos, refinar os movimentos funcionais e melhorar 
o desempenho. A FMS ajuda os dois primeiros pa-
péis e influencia o terceiro de maneira indireta. A 
deficiência do padrão de movimento se correlaciona 
com risco de lesão e o exame oferece uma visão do 
movimento em contraste com uma base objetiva e 
reproduzível. Um preparador físico que evita uma 
ferramenta como a FMS é como aquele que trabalha 
com corredores e evita o cronômetro. Se o treina-
dor de velocidade não tem medo do cronômetro, um 
bom treinador de força não deve temer a FMS.
“Mike é um grande exemplo. A FMS não mu-
dou muito o seu programa, mas reforçou suas boas 
ideias. Mike produziu bom condicionamento com 
padrões de movimento respeitáveis. Isso, juntamen-
te com grandes treinadores e programas sólidos, 
provavelmente é o segredo por trás do baixo índice 
de lesão de Mike.
“Não podemos temer as ferramentas objetivas 
que medem uma variável que, por fim, somos res-
ponsáveis por controlar! Você aprenderá de qual-
quer forma. Isso vai reforçar seu programa ou ofere-
cer o melhor incremento possível”.
Gray foi bastante gentil em fornecer algumas re-
comendações finais.
 • Não force o movimento quando a mobilidade 
e a estabilidade estão comprometidas.
 • Não continue um programa que não produz 
padrões de movimento limpos.
 • Não arrisque sofrer lesões quando é possível 
analisar as possibilidades de lesão em menos 
de 10 minutos.
 • Não tema uma avaliação objetiva de seu tra-
balho.
 • Não deixe que outros achem o seu erro; sem-
pre verifique seu trabalho.
 • Não faça testes de movimento junto com tes-
tes de desempenho. Você não verá o elo mais 
fraco.
Conclusão: Não usar a FMS é um grande erro. Vá 
a um workshop e aprenda. Depois disso, tenho cer-
teza de que não será o mesmo profissional e posso 
jurar que isso é uma coisa boa.
AVALIAÇÃO DA FORÇA, 
DA FLEXIBILIDADE E 
DA MOBILIDADE
Flexibilidade é amplitude de movimento de uma ar-
ticulação. Mobilidade é o quão bem a articulação se 
movimenta. A amplitude de movimento pode ser 
limitada tanto por inflexibilidade quanto por pouca 
mobilidade.
No tornozelo, isso é um problema especial. A 
maneira mais fácil de analisar a mobilidade do tor-
nozelo com relação à flexibilidade dessa área do 
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AVANÇOS NO TREINAMENTO FUNCIONAL 23
corpo é observar a amplitude da dorsiflexão ativa e 
passiva do atleta.
A fim de entender como isso funciona, preci-
samos entrar no mundo da avaliação. Mesmo que 
você não use a análise do movimento, como avalia-
ção mínima, o atleta deve realizar um agachamen-
to com os braços acima da cabeça. Se o atleta con-
segue fazê-lo em posição paralela e com os dedos 
apontados para a frente, pode-se proceder, segura-
mente, para qualquer variação de agachamento. Os 
atletas que não conseguem agachar com os braços 
acima da cabeça até a posição com as coxas parale-
las ao solo apresentam deficiência em flexibilidade 
de tornozelo, quadril ou jarrete.
A maioria dos atletas consegue fazer o agacha-
mento com os braços acima da cabeça até a profun-
didade adequada, elevando os calcanhares em uma 
prancha de 1x4 ou rampa. Se a elevação dos calca-
nhares resolve o problema, certamente você pode 
assumir que a questão está em um dos tornozelos 
ou nos dois.
 • A elevação dos calcanhares não danificará o 
joelho. A ideia de que elevar os calcanhares 
aumenta o estresse nos joelhos não é respal-
dada por qualquer pesquisa científica.
 • Atletas de esportes de levantamento de peso 
olímpico e básico usaram calçados com o 
calcanhar mais alto por décadas. Os calçados 
de levantamento de peso eram especifica-
mente elaborados para elevar ligeiramente o 
calcanhar.
A essa altura, há duas possibilidades, flexibili-
dade ou mobilidade de tornozelo. Eu menciono os 
dois, pois cada vez mais vejo atletas cujo problema 
não é flexibilidade, mas sim mobilidade.
Determinar a diferença é fácil. Coloque o atle-
ta em posição sentada com as pernas estendidas 
numa maca. De maneira passiva, faça dorsiflexão 
do tornozelo do atleta. Se a amplitude de movi-
mento do tornozelo for limitada, mas o atleta não 
relatar alongamento no gastrocnêmio, o problema 
é mobilidade e não flexibilidade. Esse atleta vai res-
ponder à automobilização do tornozelo, e não ao 
alongamento.
Automobilização do tornozelo
Peça ao atleta que fique de pé com os dedos alguns 
centímetros longe da parede e dorsiflexione o torno-
zelo de forma que os calcanhares fiquem em conta-
to com o solo e o joelho encoste na parede.
Peça-o para repetir 10 vezes de cada lado, mo-
vendo gradativamente os dedos para a frente da pa-
rede. Preste atenção à simetria; se um joelho não 
alcança a parede a uma distância que o outro alcan-
ça com facilidade, continue trabalhando para levar 
esse tornozelo ao nível esperado. Não deixe que o 
atleta trabalhe o tornozelo de maior mobilidade a 
uma distância maior do que o menos móvel.
Omi Iwasaki, diretor de fisioterapia no Athlete’s 
Performance Los Angeles, foi bastante cortês por 
fornecer essa técnica. Nós a usamos como parte de 
nossas tarefas de mobilidade diária, descritas poste-
riormente.
O AGACHAMENTO SIMPLES
Os preparadores devem sempre começar o treina-
mento de força da região inferior do corpo ensinando 
o atleta a fazer agachamentos simples. É preciso que 
os atletas consigam realizá-los antes que lhes seja 
permitido usar qualquer tipo de carga externa. É o 
equivalente de força e condicionamento de andar an-
tes de correr. A observação de um atleta realizando 
um agachamento simples revela informações impor-
tantes sobre força, flexibilidade e potencial de lesão.
Os atletas que demonstram dificuldades para 
não deixar que os joelhos passem da linha dos de-
dos apresentam deficiência em flexibilidade ou for-
ça. A compreensão da importância do agachamen-
to com dominância de joelho versus dominância de 
tornozelo é vital.
Quando a maioria dos atletas é instruída a fazer 
agachamento, suas mentes dizem a seus corpos para 
abaixar os quadris da maneira mais fácil possível. 
Para atletas mais fracos, a forma mais fácil é, muitas 
vezes, aquela que não estressa os músculos fracos, 
em geral o quadríceps. Não raro, atletas mais fracos 
ou atletas que estão retornando de lesão tentam abai-
xar o centro de gravidade dirigindo, inicialmente, seus 
joelhos para a frente, além dos dedos, até o limite da 
amplitude de movimento do tornozelo ser alcançado. 
Depois disso, somente depois, o movimento começa 
a ficar centralizado na articulação do joelho.
Esse tipo de agachamento com dominância de 
tornozelo leva à flexão excessiva do joelho a fim de 
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24 MICHAEL BOYLE
alcançar uma posição em que as coxas fiquem pa-
ralelas ao solo.
Com frequência, os pacientes de reabilitação são 
instruídos a agachar até o ângulo de 90°. O ângulo 
do joelho de 90° pode ser alcançado muito antes que 
o agachamento paralelo seja atingido. Treinadores 
de força não definem a profundidade do agacha-
mento pelo ângulo do joelho, mas sim pela relação 
paralela do fêmur em relação ao solo, o que muitas 
vezes resulta em ângulo do joelho superior a 135° se 
o atleta for um daqueles que agacha com dominân-
cia de tornozelo.
Esse tipo de agachamento tornozelo dominante 
é frequentemente visto em atletas com dor no joelho.
Ensine seus atletas a fazer agachamentos sim-
ples de maneira a minimizar a amplitude de mo-
vimento no tornozelo e maximizar a amplitude de 
movimento no joelho. Uma vez que o atleta domi-
na a técnica do agachamento simples, poderá pro-
gredir para o agachamento frontal com as mãos 
livres.
Posição do tornozelo e flexão do joelho
A mobilidade limitada 
do tornozelo limita 
o ângulo no joelho
A amplitude excessiva do 
tornozelo aumenta 
o ângulo do joelho
AGACHAMENTO FRONTAL TOTAL
Agachamentos frontais totais são sempre usados 
em nosso programa. O agachamento total é definido 
como aquele que a coxa está paralela ao solo. Meio 
agachamento ou ¼ de agachamento nunca devem 
ser usados. Ninguém faz meia ou ¼ de rosca para 
poupar os cotovelos; com os joelhos, não deve ser 
diferente. Os agachamentos parciais não desenvol-
vem totalmente os glúteos, os músculos do jarrete e 
a lombar. Além disso, os meio agachamentos e ¼ de 
agachamento oferecem risco mais elevado de lesão 
lombar devido às cargas mais pesadas usadas nos 
movimentos parciais.
Os atletas com flexibilidade normal conseguem 
agachar até uma posição em que as coxas fiquem 
paralelas ao solo sem elevar o calcanhar. Atletas 
menos flexíveis ou menos móveis podem usar a ele-
vação do calcanhar, conforme já discutido antes.
Aumentar a força nos movimentos de agacha-
mento é o primeiro passo no desenvolvimento da 
velocidade e no incremento do salto vertical; atingir 
a amplitude de movimento total no agachamento 
simples é o primeiro passo no processo de treina-
mento de nossos atletas.
EXERCÍCIOS DE MOBILIDADE
A seguir, veremos oito exercícios essenciais de mo-
bilidade para inserir nos aquecimentos. O bom des-
ses exercícios é que qualquer um pode realizá-los. 
Pode ser que nem todos consigam realizá-los bem, 
mas todos são capazes de fazê-los. Pense nisso: as 
pessoas que não conseguem fazê-los bem são as 
que mais precisam deles.
Número um
Mobilidade da coluna torácica
A coluna torácica é uma das áreas menos entendi-
das do corpo e, antigamente, era domínio dos fisio-
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AVANÇOS NO TREINAMENTO FUNCIONAL 25
terapeutas. Sue Falsone, diretora de desempenho 
atlético do Atlhete’s Performance, pode ser a única 
responsável pela introdução no mundo atlético da 
necessidade da mobilidade torácica e por mostrar 
uma maneira simples de desenvolver isso.
O importante sobre mobilidade da coluna to-
rácica é que quase ninguém tem o suficiente, sen-
do difícil encontrar alguém que tenha em excesso. 
Encorajamos nossos atletas a fazer um trabalho de 
mobilidade torácica todos os dias.
Para fazer nosso exercício de mobilidade toráci-
ca primário, tudo o que precisamos é de duas bolas 
de tênis e um pouco de fita adesiva; cole as duas 
bolas com fita e trabalhe uma série de exercícios 
abdominais tradicionais, começando com as bolas 
na articulação toracolombar. A bola em forma de 
amendoim repousa sob os eretores e efetivamente 
fornece uma mobilização anteroposterior das vérte-
bras a cada pequeno abdominal.
A cabeça deve retornar ao solo após cada su-
bida do tronco e as mãos vão para a frente num 
ângulo de 45°. Fazemos cinco repetições em cada 
nível e, depois disso, deslizamos para baixo cerca 
de meia rolagem da bola, trabalhando a partir da 
articulação toracolombar até o começo da coluna 
cervical. Não trabalhe nas áreas cervical e lombar, 
pois são regiões que não precisam de trabalho de 
mobilidade.
Esse exercício é feito primeiro, logo após o uso 
do rolo de espuma, o qual será descrito mais adian-
te, pois o atleta já estará no solo. O resto do trabalho 
de mobilidade é feito de pé.
Número dois
Mobilidade de tornozelo
Assim como com a mobilidade torácica, é raro en-
contrar uma pessoa que não precise de trabalho de 
mobilidade do tornozelo. Seja para um atleta que já 
teve uma entorse do tornozelo anterior, seja para 
uma mulher que usa salto alto todos os dias, a mo-
bilidade do tornozelo é o segundo passo no nosso 
aquecimento. O primeiro segredo para o trabalho do 
tornozelo é entender que se trata de um exercício 
de mobilidade e não de flexibilidade, nem de um de 
alongamento.
Peça ao cliente que balance o tornozelo para a 
frente e para trás, sem manter o alongamento, usan-
do a automobilização de tornozelo de Omi Iwasaki 
discutida na seção anterior.
O segundo segredo é observar o calcanhar. É 
fundamental que o calcanhar fique em contato com 
o solo. A maioria das pessoas que apresenta restri-
ções de mobilidade do tornozelo levanta o tornoze-
lo imediatamente. Eu, muitas vezes, seguro o calca-
nhar no chão dos iniciantes para que eles percebam 
o que estou buscando no movimento.
O terceiro segredo é fazê-lo em múltiplos pla-
nos. Gosto de 15 repetições, fazendo cinco para fora 
no sentido do dedo mínimo, cinco retos e cinco le-
vando o joelho além do hálux.
A automobilização do tornozelo envolve um 
movimento de balanço suave. Ensine o cliente como 
fazer essa ação de balanço na articulação. Esta é a 
maneira mais fácil que existe de aumentar a mobili-
dade nesta articulação.
Nosso trabalho de mobilidade, o qual cons-
truímos em nossos aquecimentos, começa no tor-
nozelo e vai subindo. Fazemos nosso exercício 
de balanço do tornozelo no plano sagital, depois 
seguimos para o de balanço da perna na parede 
para conseguir a mobilidade do tornozelo no pla-
no frontal.
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26 MICHAEL BOYLE
Número três
Pêndulo de pernas
O pêndulo de pernas é um exercício interessante. Eu 
costumava pensar que o pêndulo das pernas era um 
exercício de mobilidade do quadril e de alongamento 
dinâmico de adutor. Esta foi uma daquelas ocasiões 
na qual os fisioterapeutas devem um favor a Gary 
Gray. O fisioterapeuta Gary Gray descreve o pêndulo 
de pernas como um ótimo exercício de mobilidade 
no plano transverso para o tornozelo. Sim... o tor-
nozelo. Observe um atleta com pouca mobilidade de 
tornozelo praticando o pêndulo de perna e verá o pé 
se movimentar em rotação externa a cada balanço.
O segredo do pêndulo de pernas é manter o pé 
em contato com o solo e levar o movimento rotató-
rio para pé e tornozelo. A ação do pêndulo de pernas 
cria mobilidade no tornozelo no plano transverso.
Número quatro, cinco e seis
Agachamentos com base 
alternada, agachamentos 
laterais e agachamentos 
rotacionais
Esse é um precursor do que muitos chamam de 
avanço matrix. O avanço matrix é outro conceito 
de Gary Gray, mas um com um pequeno defeito. Os 
atletas precisam ter a mobilidade adequada para 
realizar o avanço matrix e, também, se familiarizar 
de maneira gradativa com os movimentos para evi-
tar a secreção dolorosa posterior ao treino.
Para evitar a sensação dolorosa e desenvolver 
mobilidade, realizamos um matrix estacionário por 
três semanas antes de passarmos para o avanço 
matrix. Outro importante aspecto desse exercício 
estacionário é ideia do treinador de força Dan John. 
Dan diz “se alguma coisa é importante, faça-o todos 
os dias”. Podemos fazer um trabalho de perna unila-
teral todos os dias, parte para desenvolver mobilida-
de e parte para força, e os avanços estacionários se 
encaixam nesse molde.
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AVANÇOS NO TREINAMENTO FUNCIONAL 27
Os agachamentos em base alternada são pre-
cursores do avanço e desenvolvem mobilidade no 
plano sagital. Os agachamentos laterais são precur-
sores estacionários do avanço lateral e desenvol-
vem mobilidade no plano frontal. Essa é uma área 
onde muitas pessoas são restritas. Aqui, o segredo 
é olhar para os pés. No agachamento lateral, os pés 
precisam permanecer retos e para a frente. A rota-
ção externa é uma compensação.
Os agachamentos laterais são um pouco con-
traintuitivos. A base mais aberta os torna mais fá-
ceis, e não mais difíceis, porém a maioria das pes-
soas começa com a base fechada. Tente colocar os 
pés do cliente um metro ou 1,2 m afastados. Uso as 
linhas no piso, em geral rolos de 1,2 m, ou a espes-
sura da madeira na plataforma como parâmetro.
Os agachamentos rotacionais podem ter sido 
nomeados erroneamente; não são rotacionais de 
fato, mas sim o precursor apropriado dos avanços 
rotacionais. Agora, mais uma vez, observe a posição 
do pé. Os pés se encontram em ângulo reto em re-
lação ao outro, em contraste com a posição paralela 
como no agachamento lateral.
Na maioria das vezes, vemos
um avanço matrix 
que, na verdade, é uma série de avanços para a fren-
te feita em direções diferentes. Muitos daqueles que 
pensam que estão fazendo avanços multiplanares 
estão, na verdade, fazendo avanços panorâmicos; 
fazem o mesmo avanço olhando em várias direções.
O agachamento rotacional prepara o aluno para 
os avanços rotacionais e continua a abrir o movi-
mento frontal e transverso dos quadris. Muitos po-
dem reconhecer os agachamentos laterais e rota-
cionais como alongamento da região inguinal e, de 
fato, nada mais são do que a versão dinâmica dos 
populares alongamentos da parte inguinal.
O grande fator limitante da mobilidade do quadril 
é, muitas vezes, flexibilidade nos músculos versus o 
movimento das articulações. Deixamos a mobilidade 
da cápsula do quadril para os terapeutas treinados.
Número sete
Deslizamentos na parede
Tenho que dizer, adoro deslizamentos na parede. 
Falando em custo-benefício, eles...
 • Ativam o trapézio inferior, romboide e rotado-
res externos
 • Alongam os peitorais e rotadores internos
 • Diminuem as contribuições do trapézio superior
A articulação glenoumeral precisa ser móvel e a 
articulação escapulotorácica precisa de estabilidade. 
Para conseguir os dois, usamos deslizamentos na pa-
rede, outro exercício de Sahrman. No deslizamento 
na parede, nos livramos da elevação, puxamos tudo 
para baixo e, então, precisamos ser capazes de mover 
a articulação glenoumeral com uma escápula estável. 
Essa é realmente a essência de um ombro saudável.
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28 MICHAEL BOYLE
Use deslizamentos na parede; você ficará mara-
vilhado. Muitos dos seus clientes nem serão capazes 
de permanecer na posição, o que não é incomum. 
Outra coisa com a qual você pode se surpreender é 
a assimetria dos ombros. E a terceira surpresa pode 
ocorrer quando os clientes tentam deslizar acima 
da cabeça. Muitas pessoas elevam imediatamente o 
ombro, indicando a dominância de trapézio superior.
Os segredos para o deslizamento na parede são:
 • Escápulas retraídas e deprimidas.
 • Mãos e punhos planos contra a parede; a par-
te dorsal das duas mãos precisa encostar na 
parede.
 • Durante o deslizamento para cima, peça ao 
cliente para pressionar gentilmente a parede 
com os antebraços.
Pare o cliente no ponto de desconforto. O om-
bro anterior vai liberar e a amplitude de movimento 
(ADM) vai aumentar com o passar do tempo. Não 
permita força.
Regressão: deslizamento na parede de frente – os 
clientes que não conseguem realizar a rotação ex-
terna total devem usar o mesmo exercício de frente 
para a parede.
Progressão: peça aos clientes capazes de reali-
zar a versão de costas para fazer deslizamentos na 
parede na posição sentada em estilo de índio com a 
coluna vertebral contra a parede.
Com o cliente mais velho ou sem condiciona-
mento, comece com um deslizamento na parede de 
frente e termine o deslizamento com retração. Os 
ombros deslizam para cima na parede em um ângu-
lo de 45° e, em seguida, a cintura escapular é retraí-
da para longe da parede, apertando posteriormente.
O deslizamento na parede regular faz que a cin-
tura escapular trabalhe próximo de 90°. Quando se 
muda para a posição de frente, o ângulo é reduzido 
para entre 30 e 45°. Com a melhora, o nariz do clien-
te quase encostará na parede ao realizar o desliza-
mento, deslizando os antebraços diretamente para 
cima na parede. Alguém que não esteja tão bem con-
dicionada se encontrará em um ângulo de 45°, com o 
nariz a 15 ou 20 centímetros, talvez, da parede.
Se o o cliente é completamente incapaz de es-
tabilizar as escápulas durante os deslizamentos na 
parede, a ferramenta de regressão é um cinto de vel-
cro usado ao redor do tórax.
Número oito
Faixa elástica em X
A faixa elástica em X é um aprimoramento da ori-
ginal caminhada com pequenas faixas elásticas, à 
qual adicionamos um componente para a parte su-
perior do corpo. O único problema foi a não retração 
da escápula por muitas pessoas; em vez disso, elas 
elevaram os ombros, ativando os músculos erra-
dos. O fisioterapeuta Alex McKechnie, que se tornou 
especialista em reabilitação de hérnias do esporte, 
usa Theraband para criar o efeito de sling fascial* do 
corpo. Peguei a ideia emprestada e simplifiquei, cor-
tando a faixa elástica de cerca de dois centímetros 
*N. de R. T.: Refere-se ao efeito de tensão e compreensão combinados 
criados pela fáscia superficial ao longo dos músculos. Para maiores 
esclarecimentos consulte Anatomy Trains de Tom Myers.
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AVANÇOS NO TREINAMENTO FUNCIONAL 29
para criar um X grande para ser usado em um ótimo 
exercício de ativação corporal total.
Peça ao cliente para pisar na faixa e segurar as 
pontas com as mãos, cruzando para criar o X. O 
cliente, depois disso, dá passos laterais de mesma 
forma que se faz nas caminhadas com as minifaixas 
elásticas.
A faixa elástica em X ativa o glúteo médio, bem 
como toda a cadeia posterior, fazendo isso de ma-
neira anatomicamente correta, usando a relação 
diagonal do quadril oposto com o ombro.
Tente esses exercícios em seu programa de 
aquecimento. Seus atletas vão usar cinco ou 10 mi-
nutos e, em um curto período de tempo, se sentirão 
melhores. Quando as pessoas se sentem melhores, 
o desempenho delas também é melhor.
TERAPIA DE TECIDO MOLE
O trabalho em tecido mole tem várias nomenclatu-
ras. Os fisioterapeutas usam o termo mobilização de 
tecido mole. Os quiropráticos normalmente utilizam 
o acrômio ART (do inglês, Active Release Technique) 
para Técnica de Liberação Ativa. Os massagistas 
apenas chamam de trabalho tecidual profundo. A 
mágica está em suas mãos: é tudo pressão aplica-
da em tecido para deformá-lo e causar uma reação 
química.
A terapia em tecido mole, para problemas de 
tendão ou distensões musculares crônicas, é como 
o treinamento de peso. Na verdade, o tratamento é 
um estímulo. Efetivamente, o que o terapeuta faz é 
irritar o tecido para produzir uma resposta quími-
ca. As substâncias químicas produzidas são aquelas 
que começam o processo de cicatrização. Por isso 
o trabalho em tecido mole é, muitas vezes, doloro-
so, podendo doer no dia seguinte, similarmente à 
dor muscular tardia (DOMS, do inglês Delayed Onset 
Muscle Soreness).
De acordo com o fisioterapeuta Dr. Donnie 
Strack, a mobilização de tecido mole estimula a for-
mação de fibroblastos, o que ajuda a alterar o colá-
geno imaturo e randomicamente alinhado do tipo 3, 
visto na tendinose em colágeno maduro paralelo do 
tipo 1 mais forte.
Em outras palavras, a massagem altera a quali-
dade das fibras musculares.
Uma grande mudança de atitude para preven-
ção e tratamento de lesão tem sido evidenciada 
pela ciência das técnicas manuais como massa-
gem, técnica de ativação muscular (TAM) e ART, as 
quais podem trabalhar maravilhas em atletas lesio-
nados.
Parece que o tratamento de lesões está se afas-
tando daquele por isocinéticos e eletrônicos para 
um processo terapêutico mais europeu que se con-
centra no cuidado manual do tecido mole.
A massagem perdeu aceitação durante o boom 
da fisioterapia na década de 1980, não porque 
era ineficaz, mas porque seu custo-benefício não 
compensava. Com o aumento do uso de modali-
dades como ultrassom e estimulação elétrica, os 
treinadores e terapeutas podiam tratar mais atle-
tas de maneira mais rápida. Na Europa, quando se 
tratava de atleta de elite, como atletismo de alto 
nível e natação, criou-se um desdém pela aborda-
gem baseada em aparelhos e aumentou a afinida-
de pela massagem com inspiração europeia. Por 
fim, o mundo do alto rendimento percebeu a ideia 
de que a manipulação dos tecidos moles ajuda os 
atletas tanto a permanecer saudáveis quanto a re-
cuperar a saúde com mais rapidez.
O sucesso dos fisioterapeutas com a mobiliza-
ção de tecido mole e manipulação TAM e a quan-
tidade de quiropráticos usando ART claramente 
colocou
o foco de volta ao músculo. TAM é uma téc-
nica de tecido mole desenvolvida por Grag Rospkof, 
usando teste muscular manual, contrações isomé-
tricas e trabalho tecidual principalmente na origem 
e na inserção do músculo. Em teoria, isso ativa o 
músculo estimulando áreas de maior propriocepção. 
Eu já fiz isso e funciona.
Na elite atlética, a mensagem é ficar melhor e 
mais saudável, e conseguir um bom terapeuta ma-
nual na sua região é fundamental.
Algo fundamentalmente diferente agora de 
quando o original Functional Training for Sports foi 
escrito é que não havia ênfase em qualidade teci-
dual... trabalho tecidual... liberação, alongamento. 
Não consigo acreditar que não havia referência à 
flexibilidade estática e nenhuma referência ao rolo 
de espuma há apenas alguns anos. Não tínhamos o 
conceito de alteração da densidade tecidual.
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30 MICHAEL BOYLE
ROLO DE ESPUMA
Os rolos de espuma são os massagistas do homem 
pobre, o trabalho em tecido mole para as massas. 
Conforme os preparadores físicos e personal trainers 
observem os atletas de elite atribuírem seu sucesso 
a várias técnicas de tecido mole, a pergunta óbvia 
surgiu: como podemos produzir um trabalho de te-
cido mole em massa para grandes grupos de atletas 
a um custo razoável?
Uma década atrás, preparadores físicos, treina-
dores atléticos e fisioterapeutas olhariam desconfia-
dos para um pedaço redondo de espuma de cerca 
de 90 centímetros. Atualmente, quase toda sala de 
treinamento atlético e a maioria das salas dos pre-
paradores físicos contém vários rolos de espuma de 
diferentes comprimentos e densidades.
O fisioterapeuta Mike Clark tem o crédito da 
exposição inicial das comunidades atléticas e fisio-
terápicas ao rolo de espuma e ao que ele chamou 
de autoliberação miofascial, outro termo para auto-
massagem. Em um dos primeiros manuais de Clark 
publicados como precursores de seu livro Integrated 
Training for the New Millenium, ele incluiu algumas 
fotos de técnicas de autoliberação miofascial usan-
do um rolo de espuma. A técnica ilustrada era prati-
camente autoexplicativa: pegue um rolo de espuma 
e use o peso corporal para aplicar pressão nos pon-
tos doloridos... um tipo de técnica de autoacupres-
são. Essas fotos deram início a uma tendência que 
hoje é, provavelmente, um negócio multimilionário 
de fabricação e venda desses rolos de espuma.
O rolo de espuma consiste em um pedaço cilín-
drico de espuma bem densa. Pense nos macarrões 
de piscina, apenas um pouco mais denso e maior 
em diâmetro. Estão disponíveis em inúmeras den-
sidades desde uma espuma relativamente mole, li-
geiramente mais dura que um macarrão de piscina, 
a rolos novos de alta densidade com muito mais 
solidez. A sensação proporcionada pelo rolo e a in-
tensidade da automassagem precisam ser apropria-
damente geradas de acordo com a idade e o nível de 
condicionamento do cliente.
A recomendação inicial de Clark não foi de uma 
técnica de automassagem, mas sim um conceito de 
acupressão. Os atletas ou pacientes são instruídos a 
usar o rolo para aplicar pressão em áreas sensíveis 
nos músculos. Dependendo da orientação do tera-
peuta, esses pontos são alternadamente descritos 
como pontos-gatilho, nós ou áreas de maior densi-
dade muscular. Independente do nome, aqueles que 
atuam no campo esportivo e da reabilitação estão 
familiarizados com os conceitos dos músculos dolo-
ridos e com a necessidade da massagem.
O uso de rolos de espuma progrediu em mui-
tos círculos de uma abordagem do tipo acupressão 
à automassagem. Hoje, o rolo é usado para apli-
car uma espécie de massagem extensa nos grupos 
musculares longos como a panturrilha, os adutores 
e o quadríceps e uma pequena força direcionada a 
áreas como o Tensor da fáscia lata (TFL), rotadores 
do quadril e glúteo médio.
Quando imaginamos um músculo como uma 
corda com nó, o rolo de espuma é o objeto que de-
sata o nó. É o que nos permite criar um comprimen-
to tecidual e o que nos permite alongar.
Os atletas devem ser instruídos a usar o rolo 
buscando áreas dolorosas ou pontos-gatilho, mas-
sageando essas áreas para diminuir a densidade e 
a reatividade. Como regra geral, 10 rolagens lentas 
são feitas em cada posição, embora não existam re-
gras para o uso do rolo de espuma. Muitas vezes, os 
atletas ou clientes são estimulados a simplesmente 
rolar até que a dor desapareça.
Grupo dos glúteos e 
rotadores do quadril
Aqui estão as áreas sutis dos quadris que respon-
dem bem ao rolo de espuma e as técnicas que usa-
mos para aplicá-lo.
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AVANÇOS NO TREINAMENTO FUNCIONAL 31
O cliente se senta sobre o rolo, com uma ligeira 
inclinação, e faz um movimento desde a crista ilía-
ca até a articulação do quadril até alcançar o glú-
teo máximo. Para abordar os rotadores do quadril, 
a perna afetada é cruzada para colocar o grupo dos 
rotadores do quadril em estiramento.
Tensor de fáscia lata 
(TFL) e glúteo médio
O tensor da fáscia lata (TFL) e o glúteo médio, em-
bora sejam músculos pequenos, são importantes na 
dor anterior do joelho. Para abordar o TFL, o atleta 
começa com o corpo em pronação e a borda do rolo 
colocada debaixo do TFL, logo abaixo da crista ilíaca.
Após trabalhar o TFL, o atleta vira 90° até uma 
posição lateral e trabalha desde a articulação do qua-
dril até a crista ilíaca para abordar o glúteo médio.
Adutores
Do ponto de vista da densidade tecidual, os glúteos 
e os adutores se encontram onde as grandes mu-
danças serão notadas. Os adutores são uma parte 
do corpo que, de certa forma, já esquecida. As pes-
soas pensam em cadeia anterior, cadeia posterior, 
dominância de joelho, dominância de quadril, e os 
adutores, de fato, não recebem muita atenção. O 
quadríceps e o grupo do jarrete recebem, errone-
amente, muito tempo e energia, enquanto pouca 
atenção é prestada aos adutores. Existe um grande 
leque de oportunidades para o rolo diminuir a densi-
dade nesse triângulo adutor.
Existem dois métodos para usarmos o rolo nos 
adutores. O primeiro consiste na técnica baseada no 
solo que funciona bem com os iniciantes. Na técni-
ca no solo, o usuário abduz a perna sobre o rolo e 
coloca-o a cerca de 65° em relação à perna.
A ação de rolar deve ser feita em três porções, 
começando logo acima do joelho na área do vasto 
medial e pata de ganso. Dez rolamentos curtos de-
vem ser feitos cobrindo cerca de da extensão do 
fêmur. Em seguida, o rolo deve ser levado para o 
ponto médio do grupo adutor e, mais uma vez, ro-
lado 10 vezes no terço médio do músculo. Por fim, 
o rolo deve ser levado à região inguinal, quase na 
sínfise púbica, para mais 10 rolagens.
A segunda técnica para os adutores deve ser 
usada após o atleta ter se acostumado com a técnica 
anterior. Esse método requer o uso de uma mesa ou 
o topo de uma caixa pliométrica. A posição sentada 
com a perna sobre o rolo possibilita que o atleta des-
vie significativamente mais peso sobre o rolo e traba-
lhe mais profundamente o grande triângulo adutor.
Rolamento do pé
O rolamento da fáscia plantar diariamente sobre 
uma bola, por um minuto ou dois, fornece alívio para 
muitos dos nossos clientes que sofrem de dor no pé.
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32 MICHAEL BOYLE
O uso regular de bola, começando com uma 
bola mais macia, como a de tênis, e indo para uma 
do tamanho e densidade de uma bola de golfe, con-
tribui para um estado mais saudável da linha fascial 
posterior, a qual começa no pé.
Mais à frente, vamos discutir brevemente as li-
nhas fasciais, uma área que eu espero que receba 
mais atenção nos próximos anos.
Quando rolar
Não há concordância entre preparadores físicos 
e terapeutas acerca de quando rolar, com que fre-
quência e por quanto tempo; logo apenas diretrizes 
gerais podem ser fornecidas.
O rolamento oferece grandes benefícios tanto 
antes quanto depois
da prática. A liberação miofas-
cial antes do exercício pode ajudar a diminuir a den-
sidade muscular e permite um aquecimento melhor. 
O rolamento depois da prática pode ajudar na recu-
peração do exercício extremo.
Parece que o rolamento pode ser feito diaria-
mente. De fato, Clair e Amber Davies, autores de 
The Trigger Point Therapy Workbook, recomendam o 
trabalho dos pontos-gatilho até 12 vezes por dia em 
situações de dor aguda.
A quantidade de tempo que um atleta ou cliente 
faz o rolamento também é individual. No cenário de 
personal training, permitimos 5 a 10 minutos de tra-
balho em tecidos moles no começo da sessão, antes 
do aquecimento, e com os membros de nossa equi-
pe atlética fazemos o mesmo.
ROLAMENTO VERSUS 
MASSAGEM
Massagem é a melhor escolha sempre que possível 
porque as mãos funcionam melhor do que a espu-
ma. As mãos possuem conexão direta com o cére-
bro e são capazes de sentir alterações na densida-
de tecidual. Se custo não fosse problema, teríamos 
uma equipe de massagistas de plantão para os atle-
tas o tempo todo.
Entretanto, essa não é a realidade. A maioria 
dos atletas batalha para pagar os serviços de um 
treinador qualificado ou o custo de uma matrícula 
em uma academia. Em geral, a prevenção não é um 
custo coberto para atletas saudáveis; sem possibili-
dade de reembolso, o custo da massagem pode se 
aproximar ou ultrapassar o custo do treinamento. O 
rolo de espuma oferece automassagem ilimitada por 
menos de 20 dólares. Façamos as contas.
Um bom trabalho de massagem e um bom tra-
balho de automassagem podem ser desconfortáveis, 
assim como o alongamento. É importante que os 
atletas ou clientes aprendam a distinguir entre um 
nível moderado de desconforto relacionado a um 
ponto-gatilho e uma situação potencialmente lesiva.
A liberação miofascial pode ser um trabalho 
duro, especialmente para clientes fracos e acima do 
peso, pois os braços são bastante envolvidos na mo-
vimentação do corpo. Além disso, pode beirar a dor 
e deve ser usado com prudência naqueles clientes 
com menos densidade muscular. O rolo de espuma 
nunca deve causar hematomas. O atleta ou cliente 
deve se sentir melhor após a breve sessão com um 
rolo de espuma.
O uso de rolos de espuma e outros implementos 
de rolagem explodiu nos últimos 10 anos e continua 
a crescer. Rolos de espuma são um pequeno inves-
timento para se obter uma diminuição potencial-
mente importante na quantidade de lesões de tecido 
mole não provenientes de trauma, oferecendo um 
grande alívio de dores de baixo grau para seus clien-
tes adultos de personal training.
ALONGAMENTO ESTÁTICO
No campo da força e condicionamento, o pêndulo 
sempre balança. Um exemplo clássico disso é o uso 
e subsequente desdém pelo alongamento estático. O 
alongamento estático passou de a melhor maneira de 
aquecimento para algo que ninguém deveria fazer.
As pesquisas na década de 1980 demonstraram 
que o alongamento estático antes do exercício poderia 
diminuir a produção de potência. Isso promoveu uma 
super-reação, a eliminação do alongamento estático e 
o nascimento do aquecimento dinâmico. Foi tão bom 
quanto ruim. O trabalho de flexibilidade dinâmico tem 
sido de grande valor para o mundo do esporte de alto 
rendimento como técnica de aquecimento.
A verdade é que o alongamento estático era uma 
maneira ruim de aquecer para o exercício, sendo a 
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AVANÇOS NO TREINAMENTO FUNCIONAL 33
flexibilidade dinâmica e o aquecimento ativo supe-
riores. Entretanto, o efeito final foi um total desdém 
pelo alongamento estático em qualquer momento e 
para qualquer propósito. A verdade se encontra em 
algum lugar no meio do caminho.
O aquecimento ativo antes do exercício de alta 
intensidade é a melhor forma de evitar lesão aguda. 
Em outras palavras, se você quer diminuir os estira-
mentos dos músculos inguinais e do jarrete, é preci-
so realizar exercícios de flexibilidade dinâmica antes 
da prática, jogos ou sessões de levantamento.
No entanto, o outro lado da moeda também tem 
sua verdade. A falta de flexibilidade é o fator causal de 
muitas das condições de lesão de início gradativo que 
afligem os atletas de hoje e os adultos em envelheci-
mento. Problemas de uso excessivo como síndrome 
femoropatelar, lombalgia e dor no ombro se relacio-
nam fortemente com alterações teciduais de longo 
prazo que não respondem ao alongamento dinâmico.
O fato é que atletas precisam da combinação 
dos exercícios de aquecimento ativos e alongamen-
to estático. Para muitos treinadores, a solução é o 
aquecimento ativo antes do exercício e o alonga-
mento estático depois.
Embora pareça razoável, o processo é, de certa 
forma, defeituoso. O alongamento depois da práti-
ca não parece produzir ganhos de flexibilidade. O 
segredo pode estar na realização do alongamento 
estático perto do começo da prática, seguido pelo 
aquecimento dinâmico. O alongamento estático se-
ria feito para aumentar a flexibilidade enquanto o 
músculo está mais propenso a aumentar de com-
primento. O aquecimento dinâmico deve vir depois 
para preparar os músculos para o exercício.
Os preparadores precisam pensar sobre altera-
ções de comprimento para prevenir lesão a longo 
prazo e sobre aquecimento dinâmico para evitar le-
são de curto prazo. Ambos são essenciais.
O tecido pode mudar de duas maneiras, compri-
mento e densidade. Usamos o rolo de espuma para 
diminuir a densidade e os alongamentos para alte-
rar o comprimento.
Eu consultei o melhor fisioterapeuta no mundo e 
ele firmemente acredita que, para mudar o compri-
mento tecidual, temos que alongar quando os mús-
culos estão frios. A teoria é que músculos aquecidos 
alongam mas, depois, voltam ao seu comprimento 
normal. O músculo frio é capaz, de fato, de ser sub-
metido a alguma deformação plástica e ao aumento 
de comprimento.
No nosso programa
Usamos o rolo de espuma por cinco minutos para 
diminuir a densidade do músculo. Os músculos res-
pondem à lesão e ao uso excessivo aumentando a 
densidade. Pense que o rolo de espuma é o ferro que 
passa o músculo, um precursor necessário para o 
alongamento.
Depois disso, fazemos o alongamento estático. 
Sim, alongamento estático, e sim, antes da prática. 
Uma vez que a densidade tecidual já foi trabalha-
da, trabalhamos para alterar o comprimento. Mui-
tos especialistas em tecido mole recomendam que 
os músculos sejam alongados frios, sem o benefí-
cio do aquecimento. Simplesmente, role e, depois, 
alongue.
Em seguida, usamos um aquecimento dinâmico, 
realizado após o rolamento e alongamento. Qual-
quer diminuição de potência deve ser anulada pelo 
aquecimento dinâmico que vem depois do alonga-
mento estático.
O processo para nossos atletas todos os dias é 
o mesmo:
 • Uso do rolo de espuma para diminuir os nós e 
pontos-gatilho
 • Alongamento estático para trabalhar o au-
mento da flexibilidade
 • Em seguida, aquecimento dinâmico
Posicionamento é tudo. Seja específico sobre 
como você quer que a pessoa se alongue. A maioria 
das pessoas não alonga bem; apenas tentam pare-
cer que estão alongando.
O bom alongamento é desconfortável, mas não 
doloroso. Saiba a diferença. Um pouco de descon-
forto quer dizer que o atleta está bem posicionado.
 • Ative o antagonista
 • Faça estáticos longos
 • Use alongamentos ativos
Use o peso corporal do atleta para ajudar. O 
atleta deve estar, ao mesmo tempo, confortável e 
desconfortável. Alongue todas as áreas.
O preparador do Carolina Hurricanes,* Peter Frei-
sen, tem uma teoria: ele acredita que é mais perigoso 
ser excessivamente flexível em um grupo muscular 
do que encurtado em todos eles. Elimine ou abrevie 
*N. de R. T.: Time de hóquei dos Estados Unidos.
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34 MICHAEL BOYLE
os alongamentos nos quais seus clientes são bons e 
trabalhe mais duro naqueles que eles não gostam.
Role primeiro e depois alongue
Para considerar
a ideia de alongamento sem rolar 
primeiro, imagine uma corda com um nó que, con-
forme você estica, puxando pelas duas extremidades 
da corda, o nó vai ficando mais forte. O rolamento 
desata o nó antes do começo do alongamento.
Quando temos atletas lesionados, invariavel-
mente a todo o momento, sem falhar, os fisiote-
rapeutas nos dizem que há problemas de compri-
mento muscular. Quase todos esses problemas de 
comprimento muscular também envolvem um com-
ponente de densidade.
Se você captar uma coisa deste livro, essa coisa 
é o seguinte: comece a rolar. Comece a alongar. Se 
todos os seus atletas não estiverem rolando e alon-
gando, você se encontra cinco passos atrás.
MÚSCULOS ENCURTADOS
Se não tens o livro de Thomas Myers, Anatomy Trains, 
adquira-o. Myers é um rolfista, um original estudan-
te de Ida Rolf. Nesse livro, ele usa as leis físicas que 
governam o corpo e descreve o conceito de aprisio-
namento em alongamento para os músculos que 
estejam patologicamente alongados e de aprisio-
namento em encurtamento para os músculos que 
estejam contraturados. De alguma forma, isso desa-
fia a ideia da National Academy of Sports Medicine 
(NASM) baseada na Escola de Janda (escola de Praga: 
Vladmir Janda e Karel Lewit) de simplesmente alon-
gar o lado curto e fortalecer o lado fraco ou longo.
Também explica o porquê não parece funcionar 
bem em clientes mais velhos. Clientes mais velhos 
já passaram por alterações estruturais nos ossos e 
músculos que não serão revertidas por um rolo de 
espuma, um pouco de alongamento e alguns exercí-
cios de força. Músculos em posição de alongamento 
crônico – pense nos retratores da escápula – se tor-
nam aprisionados em alongamento. Eles desenvol-
vem mais colágeno e menos elastina em resposta à 
tensão constante.
Do outro lado, os peitorais na frente se tornam 
aprisionados em encurtamento. Isso é realmente 
importante se você é um personal trainer. É tolice 
pensar que você pode desfazer anos de alterações 
de tecido mole com alongamento. Também é difícil 
contar oito a 10 horas de posição sentada com uma 
hora de pé. Não pare de tentar; apenas perceba que 
o que levou anos para ser feito levará anos para ser 
desfeito.
Conclusão: o alongamento é altamente subes-
timado. Para manter os atletas saudáveis por um 
longo tempo, adicione o bom e velho alongamento 
à prática.
ALONGAMENTO ATIVO ISOLADO
Fazemos alongamentos ativos isolados durante o 
período de repouso entre as séries. De fato, todos 
os alongamentos feitos durante a prática são ativos 
isolados e não estáticos. No alongamento ativo iso-
lado, o alongamento é mantido por um ou dois se-
gundos e há um esforço consciente para contrair o 
músculo antagonista.
Esse tipo de alongamento pode ser feito durante 
a prática sem comprometer a eficiência neurológi-
ca do músculo. Aaron Mattes é um líder na área do 
alongamento ativo isolado; você pode ler mais na 
página stretchingusa.com.
O uso do alongamento ativo isolado tem dois 
benefícios importantes.
 • O período de repouso é usado para algo que 
não a conversação. Isso nos permite aumen-
tar o efeito total do treinamento das sessões, 
já que a flexibilidade já foi, agora, abordada 
durante o alongamento ou sessão de potên-
cia. Além disso, também mantém o foco no 
treinamento com menos distrações que sur-
gem com o tempo parado.
 • O alongamento dos músculos em uso tem re-
lação com a diminuição da sensação dolorida 
decorrente da prática. Esse não é um conceito 
baseado em pesquisa, mas, empiricamente, 
nossos atletas chegaram a essa conclusão por 
si mesmos.
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3
LESÕES
Redução de lesão
Dor durante a reabilitação
Tendinite ou tendinose
Sugestões de prevenção de lesão
Lesões da região superior do corpo
Suporte do manguito rotador
Dor anterior no joelho
Glúteo médio e adutores na dor no joelho
Treinamento de perna unilateral e dor no joelho
Prevenção de lesão de Ligamento Cruzado 
Anterior (LCA)
Hérnia do esporte
Adução e flexão do quadril
Terapia de tecido mole
Prevenção da hérnia do esporte
Conceitos de reabilitação
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AVANÇOS NO TREINAMENTO FUNCIONAL 37
LESÕES
Todo bom preparador físico deve ser paranoico com 
relação às lesões.
O segredo para a prevenção e reabilitação de le-
sões está na compreensão sólida da anatomia fun-
cional. Precisamos parar de repetir os erros do passa-
do e começar a perceber que ainda temos muito que 
aprender a partir da perspectiva anatômica e biome-
cânica. Memorize a afirmação de Shirley Sahrmann: 
“Quando um músculo é distendido, a primeira coisa a 
fazer é buscar um sinergista fraco ou pouco reativo”.
Quando consideramos lesões, sabemos que elas 
acontecem por uma razão governada pelas leis da 
física e controlada pela anatomia funcional.
Se for possível entender apenas uma coisa so-
bre lesões, entenda: as lesões não ocorrem devido 
ao músculo que está lesado. Isso é raro, muito raro. 
Músculos do jarrete distendidos, quadríceps disten-
didos... toda vez que se deparar com um músculo 
que dói, é preciso considerar o porquê. Isso vai te le-
var a olhar para os músculos sinergistas e perguntar 
por que esse músculo lesado precisa fazer tanto tra-
balho. Quem não está desempenhando sua função, 
fazendo com que esse outro trabalhe em excesso?
Costumo usar a analogia da procura por vaza-
mentos no telhado, não na parede. Quando você vê 
água escorrendo pela parede, automaticamente pre-
sume que o teto está vazando. Você sabe que preci-
sa ir para o lado de fora e analisar o telhado.
É claro que nosso modelo do corpo não é dessa 
maneira. Nossa terapia atual está mais para quando 
vemos uma mancha de água na parede e aplicamos 
tinta por cima. Esse é o nosso sistema médico do 
treinamento esportivo dentro de uma concha: enco-
bre o problema.
Realmente temos que ir mais fundo para encon-
trar a fonte do problema, ao contrário de nos voltar-
mos para o local da dor.
REDUÇÃO DE LESÃO
A verdade é que atletas se machucam de tempos em 
tempos. O segredo está em minimizar a exposição a 
exercícios e situações potencialmente prejudiciais. 
Força é uma das melhores ferramentas de preven-
ção de lesão em esporte, no entanto sofrer uma le-
são enquanto se está treinando para não se lesionar 
é tão estúpido quanto parece.
Embora alguns possam argumentar que estou 
sendo pego pela semântica, devemos usar o termo 
redução em lugar de prevenção quando falamos 
sobre lesão. Não importa o que fazemos enquanto 
treinadores atléticos, treinadores esportivos ou pre-
paradores físicos, não é possível evitarmos as le-
sões. Podemos apenas reduzir a incidência. Usar a 
palavra prevenção é nos dar muito crédito.
O esporte profissional usa a prevenção de lesões 
como medida de sucesso em força e condiciona-
mento. Equipes profissionais não testam agacha-
mentos nem levantamentos terra. Eu não conheço 
nenhuma equipe esportiva profissional que faça o 
teste de força máxima em uma única repetição.
Uma das minhas primeiras influências foi o an-
tigo preparador físico do NY Giants, NE Patriots e 
San Franciso 49ers, Johnny Parker. Lembro-me de 
Johnny dizer: “Quem precisa de teste? Fazemos 16 
testes por ano!”. A National Hockey League (NHL)* 
usa uma estatística chamada Starter’s Games Mis-
sed. A NHL usa algo similar, chamada Man Games 
Lost to Injury. O sucesso como preparador físico em 
nível profissional é atingido pela manutenção dos 
melhores jogadores com capacidade para jogo.
O que as pessoas não entendem é que em todo 
treinamento há a presunção de risco. Quanto de 
risco devo assumir com esse atleta ou cliente em 
particular? O modo com o qual treino minha equipe 
universitária é ligeiramente diferente daquele que 
treino meus atletas mais jovens da NFL, que, por sua 
vez, varia de
maneira significativa de como eu trei-
no meus veteranos. Muitos dos meus clientes mais 
velhos não fazem mais agachamentos convencio-
nais ou levantamentos olímpicos. Seus corpos não 
toleram mais isso. Fazemos agachamentos com sal-
to, swing com kettlebell e muita coisa com perna uni-
lateral, pois o objetivo é mantê-los jogando.
Meus atletas universitários fazem cleans** sus-
pensos, arremessos suspensos, agachamentos fron-
tais e supinos, uma abordagem muito mais conven-
cional. O segredo é encontrar a ferramenta certa 
para o trabalho.
Todo dia, tomamos decisões que afetam a saú-
de tanto de longo quanto de curto prazo de nossos 
*N. de R. T.: Times de futebol americano.
**N. de R. T.: É o ato de retirar a barra da posição baixa para a 
posição de apoio nos ombros, em um movimento balístico.
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38 MICHAEL BOYLE
atletas e clientes. Leve esse trabalho a sério, leia e 
estude extensivamente.
Houve um tempo em que eu acreditava que 
todo mundo deveria ficar com as costas doloridas 
após um trabalho de levantamento terra, e que todo 
mundo deveria colocar gelo nos ombros e tomar um 
analgésico depois do trabalho de empurrar. Hoje, 
sei que isso não é verdade. Quero que meus atletas 
tenham todos os benefícios que a ciência e as expe-
riências podem oferecer.
Falha técnica
Charles Poliquin usa o termo falha técnica para de-
finir o ponto em que uma série termina, quando o 
atleta não consegue mais fazer uma repetição cor-
reta. Acredito bastante no conceito da falha técnica. 
A série termina na falha técnica, não quando não 
se consegue mais realizar uma repetição perfeita, 
sem trapacear. Prefiro sempre treinar de menos a de 
mais. Amanhã é outro dia. O atleta saudável retorna 
ao treino no dia seguinte, ao passo que o machuca-
do vai para a fisioterapia.
Quero que meus atletas sejam honestos em 
cada série, com a técnica perfeita, e parem quando 
a técnica falhar. Também quero que eles coloquem 
toda sua energia nas nossas sessões de condiciona-
mento. Muitas pessoas gostam da sala de muscu-
lação, mas são acentuadamente descondicionadas. 
Sou um preparador físico e dou valor à força e ao 
condicionamento.
EXERCÍCIO DOLOROSO
Não raro, as pessoas que conhecem meu históri-
co me pedem conselhos sobre treinamento. Na 
maioria das vezes, ignoram minhas sugestões por-
que não digo aquilo que elas gostariam de ouvir. 
Elas dizem: “Só dói quando corro”, e eu digo: “Não 
corra”.
Se você tem um atleta lesado e quer saber se 
determinado exercício é apropriado, faça a per-
gunta básica: “Dói?”. O segredo é que a pergunta 
só pode ser respondida com um sim ou não. Se a 
resposta for sim, o cliente não está pronto para o 
exercício, não importando o quanto você queira 
usá-lo.
Qualquer hesitação na pergunta sobre dor quer 
dizer um sim. “Depois que eu aqueço, ela vai embora” 
ainda é uma resposta positiva de dor.
Se o seu atleta está lesado, use o bom senso. 
O exercício não deve causar dor. Isso parece bási-
co, porém os atletas ignoram a dor o tempo todo; 
eles racionalizam. O desconforto é comum ao final 
de uma série de exercício de força ou ao final de 
um trabalho cardiovascular intenso. O desconforto 
adicional da dor muscular tardia (DMT) muitas ve-
zes ocorre dias depois de uma sessão intensa. Isso 
é normal. Esse desconforto deve apenas durar dois 
dias e deve ser limitado aos músculos, e não sentido 
nas articulações ou nos tendões.
A dor ao início de um exercício não é normal 
nem saudável além de ser um indicativo de proble-
ma. A progressão de qualquer exercício de força 
deve ser baseada na amplitude de movimento total 
e indolor que pode produzir dor difusa e não articu-
lar nos músculos trabalhados. Se for preciso mudar 
ou reduzir a amplitude de movimento, nos depara-
mos com um problema que precisa de atenção.
A progressão do exercício cardiovascular deve, 
também, ser indolor e seguir a regra dos 10%: não 
aumente o tempo ou a distância mais que 10% de 
uma sessão para outra. Tenho usado essa regra em 
todos os meus programas de força e condiciona-
mento e tenho conseguido manter literalmente mi-
lhares de atletas saudáveis.
TENDINITE OU TENDINOSE
A maioria das pessoas que pensa que tem tendini-
te, na verdade, tem tendinose. A diferença não está 
apenas na semântica; é uma questão de compreen-
são. Não podemos ter tendinite crônica. Se for crô-
nica, provavelmente é uma tendinose.
Na tendinose, o tendão sofre uma alteração es-
trutural em resposta ao estresse crônico aplicado 
sobre ele e, possivelmente, de um tratamento inicial 
inadequado da lesão.
A condição é diferente e o tratamento também. 
Gelo e anti-inflamatório atuam pouco na tendinose, 
uma vez que a condição não é mais inflamatória. 
Meu bom amigo Dr. Donnie Strack fez uma ótima 
observação: o uso contínuo de anti-inflamatórios 
enfraquece o tendão e retarda a cicatrização.
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AVANÇOS NO TREINAMENTO FUNCIONAL 39
No recondicionamento de um atleta com uma 
condição de tendinose, a tolerância de um pouco de 
dor no tendão para produzir o efeito de remodela-
mento apropriado pode ser necessária. De fato, Dr. 
Strack aponta que isso pode ser não apenas neces-
sário, como, de acordo com alguns estudos, essencial.
Se não há a sensação dolorida em um programa 
de reabilitação de um tendão, as pesquisas mostram 
que as repetições ou a carga externa devem aumen-
tar. Essa é uma exceção à regra da não dor. O estresse 
doloroso no tendão atua similarmente ao trabalho em 
tecido mole para iniciar a resposta da cicatrização.
A dor aceitável localiza-se no tecido-alvo e o te-
cido é doloroso ao toque. Não deve haver edema, 
nem restrições do movimento. A dor deve seguir o 
padrão DMT e cessar em dois ou três dias.
SUGESTÕES DE 
PREVENÇÃO DE LESÃO
Existem duas categorias básicas de lesões com as 
quais comumente nos deparamos. O treinamento 
da parte inferior do corpo tende a causar trauma na 
coluna. A maioria das lesões de coluna é aguda e 
consequência de falha técnica. Em geral, as lesões 
da parte superior do corpo são decorrentes de uso 
excessivo por natureza e mais relacionadas com 
aquilo que o aluno pode não estar fazendo.
A seguir, minhas recomendações básicas para 
tornar o treinamento seguro e efetivo.
Torque por agachamentos 
frontais
A dor na coluna possui três fontes causais, uma vez 
que tem relação com levantamento. Torque (incli-
nação para a frente), compressão (cargas espinais 
altas) e flexão são as causas da maioria das lesões 
da coluna. Os agachamentos frontais enfraquecem 
o torque, a compressão e a flexão e são, portanto, 
inerentemente mais seguros do que os agachamen-
tos com barra sobre os trapézios.
É bem provável que seus clientes façam agacha-
mentos frontais mal feitos, porém é muito mais fácil 
fazer mal feito um agachamento com barra sobre os 
trapézios. Em geral, se a pessoa mal consegue fazer 
o agachamento frontal, ela vai largar a barra, evi-
tando uma lesão na coluna.
Entretanto, existem três grandes razões pelas 
quais as pessoas ainda fazem agachamentos com 
barra sobre os trapézios em lugar dos frontais.
 • Elas sempre têm uma razão ruim, pois as pes-
soas realmente odeiam mudar.
 • Elas podem levantar mais peso. O ego é sem-
pre um grande problema.
 • Elas consideram o agachamento frontal difícil 
devido a pouca flexibilidade do punho.
Os agachamentos frontais diminuem a carga es-
pinal e melhoram a posição da coluna – dois pontos 
positivos em meu livro. Meus atletas e clientes não 
fazem agachamentos com barra sobre os trapézios 
há anos e temos pouquíssima dor na coluna. Ainda 
fazemos agachamentos frontais relativamente pesa-
dos; nossos jogadores universitários fazem agacha-
mento frontal com carga entre 135 e 165 kg até a 
profundidade do halterofilismo, com peso corporal 
de 80 a 90 kg sem suportes.
Esqueça o leg press
Se os seus clientes não são capazes de fazer agacha-

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