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ENGENHARIA CIVIL
Fundações 
Engenharia Civil
FUNDAÇÕES 
Profº Alan de Paula 
Almeida 
E-mail_alan.almeida@fmu.br
Prova
A avaliação será com 12 questões, sendo 10 de múltipla escolha 
valendo 0,7 pontos, e 2 dissertativas valendo 1,5 cada.
Notas A2 + APS = N2
Referente a N2 com peso 6 na nota final.
Inicio as 19:15
Não a possibilidade de retornar a questão.
Boa prova, e prestem bastante atenção!!!
UNIVERSIDADEFEDERALDOSVALESDOJEQUITINHONHAEMUCURI 
INSTITUTO DECIÊNCIA,ENGENHARIAETECNOLOGIA
ENGENHARIACIVIL
Prof. Alan de Paula
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FUNDAÇÕES
AULA 13 : Patologia em fundações
Prof. Alan de Paula
alan.almeida@fmu.br
Aula Final
• Patologia
1. Inspeção Predial
A inspeção predial é uma das atribuições do engenheiro civil, ou seja, o engenheiro deve
conhecer os principais elementos da construção civil como os projetos, melhores práticas
de execução, materiais utilizados na construção civil e como os usuários deveriam utilizar e
manter a construção. Aqui veremos o significado de patologia, critérios de avaliação e
inspeção predial.
1.1. Patologia
Segundo Narvaes (2012, p. 257), “[...] patologia é o estudo das doenças [em animais,
plantas e humanos], suas origens, natureza e sintomas.” Assim, podemos fazer uma
analogia para o concreto, como no caso das anomalias (patologia) que ocorrem após o
concreto endurecido, podemos avaliar qual foi a origem, a natureza e o sintoma de sua
patologia.
As patologias nos elementos da construção civil são diversas, por esse motivo, o
engenheiro deve conhecer os tipos de projetos de engenharia civil, os sistemas, o processo
e as técnicas construtivas, os materiais utilizados para construção e criar manuais de
utilização e manutenção da construção para os usuários com memoriais descritivos.
Pode-se classificar a origem da patologia da seguinte forma:
● projeto: arquitetônico, estrutural ou executivo;
● execução: técnica, processo ou sistema construtivo;
● material: composição química, defeitos de externalidades;
● uso: inadequado ou incompatibilidade;
● manutenção: preditiva, preventiva, corretiva ou emergencial.
Vamos avaliar um exemplo?
Problema: colapso de uma viga de concreto armado.
Manifestação Patológica: armação exposta, deformação excessiva, fissuras.
Mecanismo: corrosão eletroquímica, perda de alcalinidade do concreto.
Causa: água, ar, CO2 direto na armação.
Natureza: insuficiência de concreto no cobrimento, exposição da armação a agentes agressivos.
Origem: projeto executivo: falha nas especificações de execução da viga.
Uma sequência importante de avaliação e diagnóstico de patologias pode ser visualizada na Figura 4.8.
Figura 4.8 - Inspeção e diagnóstico
Fonte: Elaborada pelo autor.
O engenheiro deve conhecer o elemento para que se possa tirar conclusões, mas, muitas vezes,
somente o conhecimento não será suficiente. Dessa forma, pode-se ter auxílio de algumas
ferramentas como o Ensaio não Destrutivo (EnD), este deve ser sempre a primeira escolha para não
agredir a estrutura, e caso seja necessário, os Ensaios Destrutivos (ED), porém nestes retira-se um
testemunho da estrutura, revestimento, acabamento, entre outros, ou seja, danifica o elemento.
Ensaios Destrutivos (ED) Ensaios não Destrutivos (EnD)
• Densidade - Inspeção visual
• Porosidade - Esclerometria
• Capilaridade - Ultrassom
• PH - Líquidos penetrantes
• Ataques - Emissão de som
• Resistência - Radiografia
Para avaliar o concreto, devemos conhecer algumas de suas inter-relações,
como ilustra a Figura 4.9.
Figura 4.9 - Inter-relações do concreto
Fonte: Elaborada pelo autor.
Além dessas inter-relações, o concreto também é dotado de algumas características
provenientes desses elementos constituintes, como a resistência que está diretamente
ligada a sua densidade; uma vez que se altera o peso específico do concreto, pode-se
aumentar ou diminuir algumas de suas propriedades* (RECENA, 2014) como:
Menor Porosidade:
● menor absorção;
● menor permeabilidade;
● maior durabilidade;
● maior resistência.
*Isso também irá depender do traço e da composição dos materiais utilizados no
concreto, como o caso de aditivos e adições.
Maior Porosidade:
− maior absorção;
− maior permeabilidade;
− menor durabilidade;
− menor resistência.
1.2. Inspeção
A inspeção deve ser iniciada pelo visual da localidade afetada ou pela inspeção preliminar, na qual será
realizada uma vistoria dos ambientes problemáticos. Para isso, deve-se seguir alguns procedimentos.
1. Identificação da gravidade do problema:
a.deve-se caracterizar o objeto inspecionado;
b.identificar o desempenho esperado do objeto e a situação atual;
c. definir medidas de segurança para o objeto.
2. Croquis:
a. todas as anomalias com nível de atenção;
b. qual estrutura;
c. elemento estrutural;
d. numeração da ordem das anomalias;
e. sigla da anomalia;
f. localização da anomalia no elemento estrutural;
g. dimensões básicas das anomalias;
h. outras informações complementares, caso necessárias.
3. Referencial:
a. norte magnético;
b. marcos;
c. nível.
4. Numeração:
a. quando retangular: iniciar da esquerda para a direita e de cima para 
baixo (similar a planta de cargas);
b. quando circular: em relação ao norte magnético, aumentando 
gradualmente no sentido horário.
Extensão das anomalias
A extensão das anomalias deve ser identificada nos croquis da 
seguinte maneira, como ilustra a Figura 4.10.
Figura 4.10 - Croqui de anomalias nos pilares numerados
Fonte: Elaborada pelo autor.
Deve-se gerar um
relatório das
informações da
edificação ou obra de
arte especial
inspecionada, que deve
conter os seguintes
registros apresentados
no Quadro 4.1.
Conseguiríamos definir assim uma patologia em 
fundação com uma inspeção predial ? 
ETAPAS IMPORTANTES:
• Determinar o número de furos de sondagem, bem como a
sua localização;
• Analisar um perfil de sondagem;
• Saber escolher a fundação ideal para uma determinada
edificação;
• Especificar corretamente o tipo de impermeabilização a
ser utilizada em alicerce;
• Especificar o tipo de dreno e a sua localização.
Causas de patologias em fundações
• Ausência ou falhas nas investigações dos 
solos:
–Número insuficiente de sondagens;
–Erro de localização;
–Procedimentos fraudulentos;
–Influência da vegetação;
–Presença de matações.
• Problemas envolvendo o comportamento do solo:
–Adoção de perfil de projeto otimista;
–Existência de aterro assimétrico;
–Falta de travamento em duas direções no topo das
estacas;
–Não observação da flambagem das estacasmuito
esbeltas, dependendo das cargas nominais da 
superestrutura.
Causas de patologias em fundações
• Problemas envolvendo o desconhecimento do 
comportamento real das fundações:
–Adoção de sistemas de fundações diferentes;
–Recalques diferenciais;
–Adoção de fundações profundas para solos 
compactados assentes a camada compressível;
–Elementos de fundação como reforço.
Causas de patologias em fundações
• Problemas envolvendo a estrutura de fundação:
–Erro na determinação das cargas atuantes na fundação;
–Erros no dimensionamento de vigas de equilíbrio, etc;
–Armaduras densas;
–Armaduras das estacas tracionadas calculadas sem
verificar a fissuração.
Causas de patologias em fundações
• Problemas envolvendo as especificações 
construtivas:
–Cota de assentamento;
–Tipos e características do solo;
–Tensões admissíveis adotados;
–Características do concreto;
–Recobrimento da armadura.
Causas de patologias em fundações
• Execuções-falha:
–Envolvendo o elemento estrutural da 
fundação:
• Adensamento deficiente e vibração 
inadequada do concreto;
• Estrangulamento de seção de pilares 
enterrados;
• Junta de dilataçãomal executada.
Causas de patologias em fundações
• Execuções-falha:
–Problemas genéricos:
• Erros de locação;
• Falta de limpeza da cabeça de 
estaca para vinculação ao bloco;
• Flexão dos elementos cravados.
Causas de patologias em fundações
Eventos pós-conclusão da fundação:
a.Carregamento próprio da 
superestrutura;
b. Movimento da massa do solo;
c. Vibrações ou choques.
Causas de patologias em fundações
Situações práticas
Situações práticas
Situações práticas
Situações práticas
Situações práticas
Trincas típicas de patologias devido a 
fundações
Trincas típicas de patologias devido a 
fundações
Trincas típicas de patologias devido a 
fundações
Trincas típicas de patologias devido a 
fundações
Trincas típicas de patologias devido a 
fundações
RECALQUE DEVIDO A REBAIXAMENTO DO 
LENÇOL FREÁTICO
• É utilizado em todo tipo de obra que requer 
escavações em profundidades abaixo do nível da
água natural (galerias, metrô, tuneis, etc);
• Possibilidades de ocorrência de recalque nas 
fundações das edificações vizinhas;
• Executar a escavação utilizando-se paredes 
impermeáveis, e o sistema de rebaixamento por sua
vez deverá ficar restrito ao interior da escavação.
• Recorrer ao reforço da fundação prejudicada.
Reforço de fundações
• Normalmente os recalques podem ser 
causados:
–vazamento hidráulicos,
–Infiltração de águas pluviais,
–Rebaixamento de lençol freático
–Construções de obras nas 
proximidades,
–Erro de projeto.
Reforço de fundações
• Análise dos danos existentes na edificação.
• Medições da evolução das anomalias e dos 
recalques diferenciais.
• Análise das características geotécnicas do 
subsolo.
• Análise das características da Infra-estrutura e da 
Superestrutura.
• Definição da causa e do reforço de fundações a 
ser adotado.
Reforço de fundações
• Reforço com estaca de reação ou estaca 
mega.
Reforço de fundações
• Reforço com estaca raiz.
–É executada utilizando-se camisa metálica de 
pequeno diâmetro, que permite a injeção, 
compressão, da calda de cimento para o solo.
–Forma o corpo da estaca.
–Recebe armadura em toda sua extensão;
–Utiliza equipamento de pequeno porte.
Reforço de fundações
• Reforço com estaca raiz.
Reforço de fundações
• Reforço com estaca raiz.
Reforço de fundações
• Reforço com estaca raiz.
A u l a f i n al 
Reforço de fundações
• Reforço através da injeção de calda de 
cimento no solo.
Reforço de fundações
• Reforço com brocas.
Reforço de fundações
• Reforçocom brocas.
• A sua execução se torna difícil ou até mesmo inviável
quando:
– O terreno local é constituído por aterro com entulho de 
obra. A escavação não é possível devido à presença 
de vários obstáculos que impendem a escavação.
–Terrenos arenosos com nível de água elevado
dificultam a escavação -
desmoronamentodas paredes laterais da broca,
–Adrenagem do buraco.
Reforço de fundações
• Reforço com sapatas.
Reforço de fundações
• Reforço com sapatas.
O que aprendemos na aula de hoje.
Foram apresentadas as patologias da construção e os métodos de 
inspeção com as informações necessárias para diagnosticar o problema 
estrutural, mas quando se trata de fundação um dos poucos serviços na 
engenharia que estamos em constante aprendizado e nem sempre 
podemos usar a mesma solução devido ao tipo de solo encontrado. 
Referências
BRASIL. Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964. Dispõe sobre o condomínio em edificações e as incorporações imobiliárias.
Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 16 dez. 1964. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4591.htm. Acesso em: 3 jan. 2019.
KOSKELA, L. Application of the new production philosophy to construction. Standford: CIFE, 1992.
MENEZES, L. C. M. Gestão de projetos: com abordagem dos métodos ágeis e híbridos. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
NARVAES, P. Dicionário ilustrado do meio ambiente. São Caetano do Sul, SP: Yendis, 2012.

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