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Alunas: 
Bianca oliveira 
Laura zardo 
Letícia seliprandi 
Letícia de Andrade 
Laís santos 
 
 
Adaptações respiratórias ao exercício físico 
 
O sistema respiratório é dividido em 3 zonas: 
1. Zona de transporte gasoso: É formada pelas vias respiratórias 
superiores e pela árvore traqueobraquialambas responsáveis pelo 
acondicionamento e condução do ar até as porções mais internas dos 
pulmões, onde ocorrerão as trocas gasosas. 
2. Zona de transição: Localizada entre a zona de transporte gasoso e a 
zona respiratória, nela começam a ocorrer trocas gasosas porém em 
níveis significativo. 
3. Zona respiratória: Responsável pela troca de gases 
 
Zona de transporte 
O arinspirado alcança a zona de transporte superior, formada pela cavidade 
nasal e pela cavidade oral. Ao ultrapassar essas regiões, atinge as porções da 
faringe e laringe. 
Obs.: Acreditasse que a respiração nasal é mais vantajosa que a respiração 
bucal, por conta da maior capacidade de filtração e umidificação dor ar 
inspirado. 
Zona de transição e respiratória 
As trocas gasosas ocorrem na barreira alveolocapilarque é composta por 
alvéolos, septo alveolar e toda rede de capilares pulmonares. 
Na superfície alveolar temos três tipos de células: 
1. Pneumócitos do tipo I: Corresponde a maior parte da superfície alveolar 
2. Pneumócitos do tipo II: Apresentam diversas microvilosidades e 
secretam o surfactante, que recobre a superfície alveolar reduzindo a 
tensão superficial. São capazes de regenerar-se e transformar-se em 
pneumócitostipo I quando sofrem algum dano. 
3. Macrófagos alveolares: Fagocitam corpos estranhos, partículas 
poluentes e bactérias. 
 
Pleuras 
É o conjunto de membrana que envolve os pulmões. 
A pleura visceral e aderente a porção externa dos pulmões, já a pleura parietal 
é aderente a parede interna da cavidade torácica e ao diafragma. Estão 
separadas por um pequeno espaço onde há um líquido que atua como 
lubrificante e permite os deslizamento suave de uma pleura a outra. 
 
Mecânica respiratória 
Fase inspiratória: 
No início da inspiração, os músculos inspiratórios se contraem e o volume 
torácico aumenta. Esse aumento acarreta a redução da pressão alveolar. Com 
isso, o ar flui para os alvéolos. 
Conforme o ar flui continuamente para os alvéolos, ocorre a expansão da 
caixa torácica, e a pressão alveolar começa a aumentar até a fase final da 
inspiração. Nesse momento, a pressão dentro dos pulmões e a pressão 
atmosférica se igualam. 
Ao término da inspiração, o volume pulmonar chega ao seu valor máximo no 
ciclo respiratório, e a pressão alveolar se encontra igual à pressão atmosférica. 
Fase expiatória: 
Na expiração passiva, ocorre a retração elástica dos pulmões e da caixa 
torácica, o que leva à elevação do diafragma e ao rebaixamento das costelas. 
Esse fenômeno se assemelha ao que ocorre com um elástico esticado quando 
retorna ao seu tamanho original após ser solto. 
A redução nos volumes pulmonares e torácico promove a elevação da pressão 
no interior dos pulmões. Nesse momento, a pressão alveolar torna-se superior 
à pressão atmosférica, acarretando o direcionamento do fluxo gasoso dos 
pulmões para o ambiente. 
Ao final da expiração, as pressões alveolar e atmosférica voltam a igualar-se, e 
o fluxo expiratório é interrompido. O volume pulmonar atinge então o seu valor 
mínimo dentro do ciclo respiratório, a partir desse ponto, o ciclo respiratório 
estará pronto para ser novamente iniciado. 
 
Função pulmonar - A mobilização dos gases para dentro e para fora do 
sistema respiratório é muito utilizada para a identificação dos volumes e das 
capacidades pulmonares, parâmetros frequentemente utilizados para avaliação 
da função pulmonar. 
 
Durante uma avaliação espirométrica, as manobras respiratórias podem ser 
monitoradas e divididas em quatro volumes pulmonares: 
Volume correte (VC ou VT) - Quantidade de ar mobilizada (durante a inspiração 
ou expiração) espontaneamente em cada ciclo respiratório. No repouso, pode 
sofrer variações entre 350 e 500 ml. 
Volume de reserva inspiratório (VRI) - Volume máximo que pode ser inspirado 
voluntariamente, a partir do final de uma inspiração espontânea. 
Volume de reserva expiratório (VRE) - Volume máximo de ar que pode ser 
expirado voluntariamente, a partir do final de uma expiração espontânea. 
Volume residual (VR) - Volume de gás que permanece no interior dos pulmões 
após uma expiração forçada. 
 
As capacidades pulmonares representam a soma de dois ou mais volumes 
respiratórios. São elas: Capacidade vital, Capacidade inspiratória, Capacidade 
residual funcional, Capacidade pulmonar total. 
 
 
Fatores responsáveis por alterar a curva de dissociação da hemoglabina com o 
PCO2 e essa proteína carreadora.Esses fatores são seguintes : 
 
PCO 
 
PH 
 
Temperatura 
 
Concentrações de 2,3- difosfoglicerato. 
 
 
 
Trasporte de dióxido de carbono (CO2) no organisno- em média, o organismo 
do ser humano produz cerca de 200 ml de CO2 a cada minuto. Como altas 
concentrações desse gás são extremamente nocivas, ele precisa ser eliminado 
das células de origemo mais breve possível. Sendo assim, todo CO2 produzido 
pelas células é transportado até os pulmões por mecanismos específicos, onde 
então é liberado para os alvéolos pulmonares e daí para o meio ambiente. Tal 
mecanismo de transporte ocorre pela circulação venosa. Quando o CO2 se 
difunde das células produtoras para o plasma, ele pode ser trasnportado no 
sangue das seguintes formas: 
 
Como CO2 dissolvido. 
 
Sob a forma íons bicarbonato (HCO3-). 
 
Como carbamino-hemoglobina e outros. 
 
Em quantidades muitos menores, como ácido carbônico (H2CO3) e íons 
carbonato (CO32-). 
 
 
 
Quais são os efeitos do exercício na ventilação pulmonar ? 
 
A transição do repouso para o exercício não é um processo instantâneo, em 
que as trocas gasosas se equilibram com a taxa de trabalho de modo imediato. 
Os gases precisam ser deslocados do ambiente até os músculos ativos. 
 
Para isso, receptores musculares aumentam a taxa de disparo para o centro 
respiratório e ocorre também aumento da atividade simpática 
proporcionalmente à intensidade do esforço. Esses fatores resultam no 
aumento da frequência respiratória e na profundidade da respiração (volume 
corrente), fato esse que acarreta o aumento da ventilação alveolar e da 
ventilação minuto durante a atividade física. 
 
Durante o exercício intenso, contudo, o VC alcança um platô em valores 
equivalentes a, aproximadamente, 60% da capacidade vital. Tendo em mente 
que o VC se estabiliza rapidamente durante o esforço, a frequência respiratória 
é a principal variável responsável pelo aumento da ventilação minuto. 
 
A ventilação pulmonar pode ser controlada por muitos fatores durante o 
período do repouso. Já durante o exercício físico, como ocorre o aumento da 
PCO2 plasmática, esse é o principal parâmetro de controle da ventilação 
pulmonar. 
 
Entretanto, o grande controle da PCO2 pode também envolver os valores do 
pH sanguíneo, principalmente nas condições de acidose respiratória, condição 
essa causada pelo aumento das concentrações da PCO2. 
 
O controle da ventilação pulmonar durante o esforço parece depender de três 
fases : 
 
Fase 1 - Equivalente ao início do exercício, ocorre um ligeiro aumento da 
ventilação pulmonar. Esse aumento se dá por conta dos efeitos dos receptores 
de estiramento presentes nos músculos esqueléticos, na modulação da 
atividade do córtex motor nos centros respiratórios. 
 
Fase 2- Após um período de aproximadamente 20 segundos, a ventilação 
pulmonaraumenta quase exponencialmente para alcançar a fase estacionária 
(estado estável). Esse período é representado pela fase 2 , que é provocada 
pelo efeito continuado da atividade do córtex motor, da retroalimentação do 
músculo ativo e da retroalimentação dos quimiorreceptores periféricos. 
 
Fase 3 - Corre o ajuste fino da ventilação pulmonar para manter o estado 
estável. Tal mecanismo é mediado pela retroalimentação dos 
quimiorreceptores centrais e periféricos, de modo que a ventilação pulmonar se 
mantenha adequada às demandas do exercíciosubmáximo. Além disso, a 
elevação da temperatura corporal também poderá exercer um pequeno efeito 
na ventilação pulmonar. 
 
Sistema respiratório e exercício 
 
A função principal do sistema respiratório é permitir a difusão do oxigênio para 
o sangue e do gás carbônico para a atmosfera. Mesmo podendo ser 
controlada, a ventilação é um ato involuntário que ocorre rítmica e 
continuamente. 
É possível aprender novos padrões de respiração que estejam mais 
sincronizados com movimentos de alguns esportes (Ex: Natação). 
 A respiração é dividida em: Pulmonar e celular. 
A anatomia da ventilação funciona da seguinte forma: 
O ar penetra pelo nariz e pela boca, flui para a porção condutora do sistema 
respiratório, onde ajusta-se a temperatura corporal, é filtrado e quase 
completamente umedecido ao passar pela traqueia. 
O ar inspirado penetra então nos dois brônquios que subdividem-se em 
bronquíolos que conduzem o ar inspirado até que se misture com o ar existente 
nos ductos aoveolares. 
 
Mecânica da ventilação: Inspiração (o diafragma desce e as costelas sobem) e 
expiração (o diafragma sobe e as costelas descem). 
Os volumes e as capacidades pulmonares variam com idade, sexo e dimensão 
e composição corporais, principalmente com a estatura. 
Durante a atividade física, o uso forçado do VRI e do VRE, particularmente do 
vri, faz aumentar consideravelmente o VC. 
Razão VEF/CVF Alguns indivíduos com doença pulmonar grave conseguem 
valores da CVF quase normais quando medidos sem limite temporal para a 
realização dessa manobra. Por essa razão, os clínicos preferem uma 
mensuração ´´dinâmica da função pulmonar, como o volume expiratório 
forçado (VEF) medido habitualmente durante 1s (VEF1,0). 
 
Ventilação voluntária máxima (VVM): A ventilação voluntária máxima avalia a 
capacidade ventilatória com uma respiração rápida e profunda por 15`` e tem 
seu volume extrapolado para o que seria obtido em 1`. 
 
Função pulmonar, aptidão aeróbica e desempenho físico: Em geral não 
estimula a ocorrência de grandes aumentos na capacidade funcional do 
sistema pulmonar ( valores acima do normal de alguns atletas refletem 
provavelmente a existência de dotes genéticos). 
 
Ventilação minuto: A frequência respiratória normal durante a respiração 
tranquila em repouso e em um ambiente termoneutro é, em média de 12 
incursões por minuto, e o VC médio é de 0,5 l de ar por incursão respiratória 
 
Ventilação alveolar: A ventilação alveolar relativamente pequena e 
aparentemente ineficiente previne as modificações drásticas na composição do 
ar alveolar para garantir a constância nos gases sanguíneos arteriais durante 
todo o ciclo respiratório. 
 
O espaço morto anatômico aumenta à medida que cresce o volume corrente. 
Razão ventilação x perfusão: Aproximadamente 4,2 l de ar ventilam 
normalmente os alvéolos a cada minuto em repouso e uma média de 5,0 l de 
sangue fluem através dos capilares pulmonares. Nesse caso, a razão entre 
ventilação alveolar e fluxo sanguíneo pulmonar, denominada ventilação-
perfusão, é igual a 0,84 (4,2+5,0). 
 
Frequência respiratória x volume corrente: O aumento da frequência e da 
profundidade da respiração aumenta a pressão alveolar na atividade física. 
 
Variações em relação aos padrões respiratórios normais: Hiperventilação, 
dispineia e manobra de valsalva. 
 
Durante a transição do repouso para um exercício submáximo de intensidade 
constante, as modificações ventilatórias envolvem três fases distintas: 
1 fase- Aumento abrupto da ventilação, que é acompanhado por elevação 
simultânea da troca de O2 e CO2 
2 fase- Lenta elevação exponencial da ventilação, que dura aproximadamente 
60 a 70 segundos 
3 fase- Manutenção de estado de equilíbrio ventilatório, quando a troca de 
gases nos alvéolos tende a se correlacionar com a taxa metabólica 
 
Comportamento da ventilação durante as atividades de sobrecarga 
progressiva: 
A ventilação se eleva de maneira proporcional aos aumentos na taxa 
metabólica. 
 
 Sistema Cardiovascular e Exercício Físico 
 
 Circulação sistêmica 
Também chamada de grande circulação, é a responsável por garantir que o 
sangue oxigenado seja levado para todo o corpo e que o sangue rico em gás 
carbônico retorne ao coração. O sangue oxigenado sai do ventrículo esquerdo 
pela artéria aorta, é levado para as diversas partes do corpo, sofre trocas 
gasosas nos tecidos e retorna ao átrio direito do coração pelas veias cavas 
superiores e inferiores. 
Nessa fase do processo, o sangue é coletado por um sistema de baixa 
pressão, constituído pelas vênulas e veias, que transportam o sangue (venoso) 
de volta para o coração. 
 
Circulação Pulmonar 
Também chamada de pequena circulação, é a responsável por levar o sangue 
do coração para os pulmões. Nesse caso, o sangue rico em gás carbônio sai 
do ventrículo direito pela artéria pulmonar, chega aos pulmões, sofre o 
processo de trocas gasosas (hematose) e retorna ao átrio esquerdo do coração 
pelas veias pulmonares. 
Percebe-se, portanto, que a função da circulação pulmonar é levar sangue 
pobre em oxigênio para os pulmões e devolvê-lo rico em oxigênio para que, 
assim, o sangue possa ser bombeado para o restante do corpo. 
A liberação de CO2 e a captação de O2 ocorrem pela difusão entre o sangue e 
o gás presentes na estrutura dos alvéolos pulmonares. 
 
Ciclo Cardíaco 
Esse ciclo corresponde ao período entre o início de uma sístole cardíaca e 
o início da próxima sístole. 
Cada uma das quatro câmaras do coração tem uma função particular durante o 
ciclo cardíaco. São elas as responsáveis pela série sequencial de contrações e 
relaxamentos das câmaras cardíacas, permitindo o funcionamento do coração 
como uma bomba única e eficaz. 
A sístole corresponde à fase de contração do ciclo cardíaco, enquanto 
a diástole refere-se à fase de relaxamento do ciclo cardíaco. Quando uma 
câmara está se contraindo, o sangue é bombeado. Quando uma câmara está 
relaxando, ela recebe sangue para a próxima fase sistólica do ciclo cardíaco. 
→Para o bom desempenho desse processo, é necessário um suprimento 
constante de oxigênio para o miocárdio, o que garante a realização do 
metabolismo aeróbio e o fornecimento de um suprimento sanguíneo oxigenado 
constante. 
→Pessoas treinadas consomem mais O2 miocárdico. Isso acontece porque 
uma das adaptações cardiovasculares é a diminuição da frequência cardíaca 
(FC) durante o repouso, bem como durante um exercício submáximo. 
→Com a redução na FC, a fase diastólica do ciclo cardíaco é maior, garantindo 
maior suprimento sanguíneo para o tecido cardíaco. A redução da FC promove 
uma adaptação positiva ao treinamento aeróbio ou cardiovascular. 
 
Controle intrínseco do ritmo cardíaco 
A propagação de impulsos elétricos ocorre pelo nó sinoatrial, a uma velocidade 
de aproximadamente 0,05 m/s, atingindo o primeiro ponto no átrio cerca de 20 
ms após o seu início. Em seguida, a propagação se espalha pelos dois átrios 
quase instantaneamente, em velocidade aproximada de 0,8 m/s, levando de 80 
a 90 ms para completar a ativação. A trajetória do impulso alcança então outro 
nó: o atrioventricular (AV). 
A partir do nó AV, as fibras nervosas atravessam o esqueleto fibrocartilaginoso 
do anel atrioventricular, isolado por um envoltório de tecido conjuntivo. Essas 
fibras estabelecem suas primeiras conexões coma massa muscular ventricular 
por meio de gap junctions (junções comunicantes), ao nível das terminações 
das fibras subendocárdicas (de Purkinje). 
Após trafegar pelo nó AV a uma baixa velocidade, a frente de ativação alcança 
o feixe de His e, posteriormente, as fibras subendocárdicas (tecidos de 
condução rápida), para atingir as primeiras regiões do ventrículo. 
Em razão da longa duração do potencial de ação ventricular (200 ms ou mais) 
e de sua grande velocidade de propagação (80 ms são suficientes para 
completar a despolarização dos dois ventrículos), há um período de ausência 
de fluxo da corrente longitudinal no coração, pois os átrios já repolarizaram, e 
os ventrículos estão inteiramente despolarizados. 
Esse período silente termina quando se inicia a repolarização ventricular a 
partir das regiões com potenciais de ação de menor duração. A repolarização 
de uma região ocorre por meio do fluxo de correntes locais e propaga-se em 
direção às regiões vizinhas. 
 
Controle extrínseco do ritmo cardíaco 
Em geral, o controle intrínseco da ritmicidade cardíaca é modulado pelo 
controle extrínseco, responsável pelo ajuste da frequência cardíaca (FC). Esse 
ajuste ocorre, por exemplo, quando há redução da FC induzida pelo 
treinamento ou quando ocorre o aumento na FC em razão do esforço físico. 
O ajuste da frequência cardíaca relaciona-se com o sistema nervoso 
autonômico (SNA), subdividido nos componentes simpático (SNS) 
e parassimpático (SNP). 
As fibras provenientes do SNP (denominadas colinérgicas por conta da 
liberação do neurotransmissor acetilcolina) inervam os nós SA e AV, e são 
originadas no centro de controle cardiorrespiratório e no bulbo, alcançando o 
coração pelo nervo vago. 
Uma vez instaladas nos nós SA e AV, as fibras nervosas do SNP 
liberam acetilcolina, o que provoca a diminuição da sua atividade, resultando 
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0298/aula8.html
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0298/aula8.html
na redução da FC e na diminuição da força de contração do coração 
(contratilidade miocárdica). 
As fibras do SNS também se projetam aos nós SA e AV. Neles ocorre a 
liberação de norepinefrina, que promove o aumento da sua atividade, 
resultando tanto no aumento da FC quanto no aumento da contratilidade 
miocárdica. 
De modo específico, a atuação do SNS promove o aumento do volume de 
sangue bombeado pelo coração em cada contração (volume sistólico ou de 
ejeção). 
A epinefrina é liberada pela glândula suprarrenal na corrente sanguínea e age 
da mesma forma que a norepinefrina. A liberação desse hormônio ocorre 
apenas quando a glândula suprarrenal é estimulada pelo SNS, como em 
situações de estresse promovido pela atividade física. A FC depende, portanto, 
do equilíbrio entre as estimulações do SNS e do SNP. 
O bulbo recebe informação de várias partes do sistema circulatório 
(barorreceptores e quimiorreceptores) relacionadas com o seu funcionamento, 
como a pressão arterial e a concentração de oxigênio no sangue. 
 
Mecanismos de regulação do débito cardíaco e do retorno venoso 
O VS (volume sistólico) desempenha um papel importante no controle do DC e 
pode sofrer influência de três fatores. São eles: 
Pré-carga – volume diastólico final:A pré-carga está relacionada com o 
aumento do retorno venoso, em decorrência da bomba muscular (contração 
muscular que comprime as veias facilitando o retorno de sangue), da bomba 
respiratória (movimentos respiratórios que aumentam a pressão intra-
abdominal, PIA, direcionando o sangue mais rapidamente para a região 
torácica) e da venoconstrição (constrição das veias que favorece o retorno 
venoso). 
Contratilidade miocárdica- força de contração: Além da bomba muscular, a 
bomba respiratória e a venoconstrição também são fatores que atuam no 
aumento do RV. Esses três fatores promovem o aumento do volume diastólico 
final (VDF). Tal fenômeno amplia a eficiência contrátil e o DC. 
O aumento da contratilidade (força de contração) provoca a elevação da 
pressão intraventricular, mecanismo responsável pela maior saída de sangue 
do ventrículo esquerdo, aumentando o DC. 
Pós-carga – resistência á ejeção: A pós-carga refere-se à força externa que 
promove a resistência à saída de sangue do ventrículo esquerdo. 
Quando ocorre o aumento da pós-carga (aumento da pressão arterial), o DC 
fica comprometido. Isso acontece durante o treinamento de força isométrico ou 
quando realizamos a manobra de Valsalva. 
 
Fatores que interferem no débito cardíaco e no retorno venoso durante a 
atividade física 
Como o DC é considerado o produto entre a FC e o VS, poderíamos considerar 
que qualquer alteração nessas variáveis afeta o débito cardíaco, certo? Não é 
tão simples assim. Nem sempre aumentos da FC e do VS determinam o 
aumento do DC. 
Durante um teste incremental, quando os valores da FC estão muito elevados 
(> 160 spm), não há estabilidade do VS , pois os intervalos entre cada sístole 
diminuem, provocando grande redução da fase diastólica. O tempo de 
enchimento ventricular diminui e, consequentemente, há redução do volume 
diastólico final (VDF), acarretando a diminuição ou estabilização do DC. 
 
Respostas da pressão arterial ao exercício físico 
O exercício dinâmico também altera outros parâmetros cardiovasculares 
importantes, apresentando efeitos modestos nos valores da PA. 
As pressões arteriais média (PAM) e sistólica (PAS) aumentam de acordo com 
a intensidade do exercício. 
Quando o exercício dinâmico é realizado com os braços ou em posição supina, 
a PA é 10% maior que a observada durante o exercício com a perna ou em 
posição ereta. 
Ao contrário da maioria das outras condições relacionadas ao aumento da PA, 
durante o exercício dinâmico, esse aumento não é resultado da elevação da 
resistência periférica total. Durante o exercício dinâmico em níveis máximos, a 
resistência periférica total é inferior à metade do seu valor em repouso. 
A diminuição da resistência periférica total (RPT) é o resultado da diminuição 
da resistência vascular nos leitos do músculo esquelético, levando ao aumento 
do fluxo sanguíneo e de queda na PAD. 
Segundo Laughlin (1999), o aumento do fluxo sanguíneo para os músculos 
cardíaco e esquelético produzido pelo exercício é chamado de hiperemia do 
exercício . O fornecimento de DC adequado para apoiar a hiperemia do 
exercício é a principal força motriz da maioria dos efeitos cardiovasculares do 
exercício dinâmico. 
Os aumentos da FC e da PA, produzidos pelo exercício isométrico (% da 
contração voluntária máxima – CVM), excedem os do exercício dinâmico 
quando a duração, a intensidade e a massa muscular ativa são semelhantes. 
Como podemos observar na figura a seguir, durante a contração isométrica 
máxima de preensão manual, os valores das PAS são superiores a 220 mmHg, 
e os valores das PAM são superiores a 180 mmHg. 
O sistema circulatório consiste em um sistema duplo e fechado, por meio do 
qual o sangue arterial e venoso circula por todos os tecidos corporais. 
A circulação do sangue requer a ação de uma bomba muscular, o coração, que 
proove um gradiente de pressão favorável para deslocar o sangue ao longo 
dos vasos 
Esse sistema é considerado “fechado” porque as artérias e veias permanecem 
em continuidade por meio de vasos menores. As artérias ramificam-se para 
formar uma rede de vasos menores. À medida que se tornam microscópicos, 
os vasos formam arteríolas, que, eventualmente, se desenvolvem em “leitos” 
de vasos bem menores denominados capilares. 
A partir dos vasos capilares, o sangue é transportado para pequenos vasos 
denominados vênulas. Estas, por sua vez, formam as veias, que levam o 
sangue de volta ao coração. 
A mistura de sangue venoso oriundo das partes superiores (veia cava 
superior), das partes inferiores (veia cava inferior) e do próprio coração (seio 
coronário), que se acumula no lado direito do coração, édenominada sangue 
venoso misto. 
Circulação sistêmica 
O sangue arterial, proveniente do ventrículo esquerdo, é bombeado para a 
artéria aorta. Em seguida, o sangue é direcionado a um sistema de artérias 
de distribuição, sendo, finalmente, transportado para os diversos órgãos da 
circulação sistêmica. 
Circulação pulmonar 
Na circulação pulmonar, o sangue venoso flui do átrio direito para o ventrículo 
direito, que bombeia o sangue para a artéria pulmonar, as artérias menores e 
os capilares pulmonares 
Ciclo cardíaco 
uando o sistema de condução estabelece uma nova fase de excitação pelo 
nodo sinoatrial, um novo ciclo cardíaco é iniciado. Esse ciclo corresponde ao 
período entre o início de uma sístole cardíaca e o início da próxima sístole 
Como o débito cardíaco e o retorno venoso são controlados durante o 
exercício físico? 
O débito cardíaco (DC) representa a quantidade de sangue bombeada por 
cada ventrículo durante o período de um minuto. A quantidade de sangue 
ejetada pelo ventrículo em cada sístole (volume sistólico) por um indivíduo em 
repouso é de, aproximadamente, 70 a 80 ml de sangue. Dessa forma, o DC 
pode ser calculado pelo produto entre VS e FC (VS × FC). 
 
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