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09/05/2022 18:03 Ead.br
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NORMA E USOS DA LÍNGUANORMA E USOS DA LÍNGUA
PORTUGUESAPORTUGUESA
A VÍRGULA E SEUS USOSA VÍRGULA E SEUS USOS
Autor: Me. Nahendi Almeida Mota
Revisor : A ly Dav id Arturo Yamal l Ore l lana
IN IC IAR
09/05/2022 18:03 Ead.br
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=9%2ba%2fHHUVaNO5w%2bW%2bbNwk9A%3d%3d&l=jhxzZ21ofFQXd4RVFkJrzw%3d%3… 2/29
introdução
Introdução
Nesta unidade, nosso objetivo principal é conhecer as funções da vírgula:
quando usar e quando não usar. Além disso, também entenderemos o uso de
outros sinais de pontuação, como o ponto e vírgula, os dois-pontos, as
reticências, as aspas e os parênteses. Daremos atenção, ainda, ao uso da
pontuação, sobretudo da vírgula, nas construções coordenadas e
subordinadas, a �m de capacitar o leitor a reconhecer e empregar os sinais
corretamente em variados textos. A�nal, saber pontuar é fundamental para
alcançar um bom nível de escrita, por isso, é importante estar sempre
atenta(o) a todas as regras.
Bons estudos!
09/05/2022 18:03 Ead.br
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=9%2ba%2fHHUVaNO5w%2bW%2bbNwk9A%3d%3d&l=jhxzZ21ofFQXd4RVFkJrzw%3d%3… 3/29
Neste tópico, expomos os diversos contextos em que a vírgula deve ser
usada. Além disso, também listamos algumas situações em que a vírgula é
usada erroneamente, com o intuito de chamar a atenção e de pensar em
razões para explicar o porquê de os usuários a colocarem onde ela não é
necessária, o que pode causar até mesmo confusão na leitura.
Antes disso, observemos, a seguir, três exemplos retirados de Bechara (2010).
No primeiro, o gramático mostra como a presença de uma vírgula no
enunciado pode alterar o seu signi�cado; no segundo e no terceiro,
veri�camos a necessidade da pontuação para a compreensão do que está
escrito.
a. Não podem atirar!
Não, podem atirar!
Na fala, a diferença entre essas duas sentenças seria facilmente notada por
causa da pausa que é feita (ou não) após o “não”. Já na escrita, toda essa
mudança de sentido só pode ser alcançada por meio da vírgula: sem ela, não
A Vírgula e seus UsosA Vírgula e seus Usos
09/05/2022 18:03 Ead.br
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há pausa, e o pedido é para que não atirem; com ela, há a pausa após o
advérbio de negação, e a ordem é para que atirem. Isso não é muito
interessante? Vejamos os outros dois exemplos.
b. Um fazendeiro tinha um bezerro e a mãe do fazendeiro era também o pai
do bezerro.
c. Maria toma banho porque sua mãe disse ela pegue a toalha.
Você conseguiu entender as sentenças (b) e (c)? Falta algo nelas, não é
mesmo? Tente inserir a pontuação em cada uma delas antes de continuar a
leitura! Conseguiu?
Vejamos, agora, como elas são facilmente compreensíveis quando a elas é
acrescentada a pontuação.
(b1) Um fazendeiro tinha um bezerro e a mãe, do fazendeiro era também o
pai do bezerro.
(c1) Maria toma banho porque sua; mãe, disse ela, pegue a toalha.
Em (b1), foi inserida uma vírgula (também poderia ser um ponto e vírgula)
após “mãe”, e agora a sentença é totalmente inteligível. Em (c1), mais de uma
inserção foi necessária: acrescentamos um ponto e vírgula após “sua” (na
primeira leitura, sem a pontuação, tendemos a pensar que “sua” é pronome
possessivo, porém, com a pontuação, passamos a entender o termo como o
verbo “suar” conjugado), uma vírgula após “mãe”, pois este é um vocativo, e
também após a oração intercalada “disse ela”, que deve �car entre vírgulas.
Agora que já podemos notar o poder da pontuação, vamos às regras
referentes à vírgula!
Quando usar a vírgula
A vírgula assume muitas funções em um texto. Bechara, em sua Gramática
escolar da língua portuguesa , explica cada uma delas e exempli�ca-as com
09/05/2022 18:03 Ead.br
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trechos literários. A seguir, selecionamos os usos mais frequentes e iremos
ilustrá-los, assim como o autor, com trechos da literatura, mas também com
frases facilmente utilizadas em nosso dia a dia.
(i) Para separar termos coordenados.
a. “Um mês de orfanato bastou para matar a alegria e a saúde de Dora.
Nascera no morro, infância em correrias no morro. Depois a liberdade das
ruas da cidade, a vida aventurosa dos Capitães da Areia. Não era uma �or de
estufa. Amava o sol, a rua, a liberdade.” (AMADO, 2009, p. 217)
b. Amor, paz, respeito: sentimentos fundamentais para que uma relação dê
certo.
Em (a), “o sol”, “a rua” e “a liberdade” são termos coordenados, logo, são
separados por vírgulas, como no exemplo, assim como “amor”, “paz” e
“respeito”, em (b).
(ii) Para separar apostos, exceto quando estes são especi�cativos.
c. “Zilda, a dona da casa, arrumara a mesa cedo, enchera-a de guardanapos
de papel colorido e copos de papelão alusivos à data, espalhara balões
sungados pelo teto em alguns dos quais estava escrito ‘Happy Birthday’, em
outros ‘Feliz Aniversário!’” (LISPECTOR, 2016, p. 180)
“A dona da casa” é um aposto explicativo, isto é, ele serve para explicar quem
é Zilda, logo, deve estar entre vírgulas.
(iii) Para separar ou intercalar vocativos.
d. “É, Chicó, o padre tem razão. Quem vai �car engraçado é ele e uma coisa é
benzer o motor do major Antônio Morais e outra benzer o cachorro do major
Antônio Morais.” (SUASSUNA, 1997, p. 37)
e. “Deixe de besteira, Chicó, todo mundo já sabe que a mulher do padeiro
engana o marido.” (SUASSUNA, 1997, p. 37)
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Nas duas falas de João Grilo, em (d) e (e), “Chicó” é um vocativo, por isso está
entre vírgulas.
(iv)   Para separar orações adjetivas de valor explicativo.
f. “− É isso mesmo – disse o menino –, eu só queria ver. Juro – mas tremia de
medo. Sabia que a vida de um expulso dos Capitães da Areia �cava difícil. Ou
entrava para o grupo de Ezequiel, que vive todo dia na cadeia, ou acabava no
reformatório.” (AMADO, 2009, p. 46)
Para explicar o porquê de o grupo de Ezequiel ser um problema, usa-se uma
oração adjetiva (“que vive todo dia na cadeia”). Esta deve estar entre vírgulas.
(v)   Para separar orações intercaladas.
g. Uma vez, disse ele, a minha mãe presenciou uma briga terrível entre eles.
(vi) Para separar, nas datas, o nome do lugar.
Além de servir para separar, nas datas, o nome do lugar, a vírgula também é
utilizada para separar o dia da semana. Isso pode ocorrer em escritas de
diários, por exemplo, como o fez Anne Frank, no conhecido O diário de Anne
Frank.
h. “Domingo, 14 de junho de 1942” (FRANK, 2015, p. 19)
i. “Segunda-feira, 15 de junho de 1942” (FRANK, 2015, p. 21)
(vii) Para separar as partículas e expressões de explicação, correção,
continuação, conclusão e concessão.
j. As crianças de hoje em dia não brincam mais de pega-pega, esconde-
esconde, aliás, elas gostam de �car apenas em frente ao computador, ao
celular...
Em (j), “aliás”, por ser uma partícula de explicação, está entre vírgulas.
09/05/2022 18:03 Ead.br
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(viii) Para separar as conjunções e advérbios adversativos (porém, todavia,
contudo, entretanto), principalmente quando pospostos.
k. Eles se gostam muito, porém, ele é um rapaz difícil de lidar.
(ix) Para indicar, às vezes, a elipse do verbo.
l. “Às vezes, no �nal da tarde, antes que a noite tomasse conta do tempo, ela
se sentava na soleira da porta e, juntas, �cávamos contemplando as artes das
nuvens no céu. Umas viravam carneirinhos; outras, cachorrinhos; algumas,
gigantes adormecidos, e havia aquelas que eram só nuvens, algodão doce.”
(EVARISTO,2016, p. 17)
Nesse trecho, há elipse do verbo “virar”, que é indicada pela vírgula entre
“outras” e “cachorrinhos” e entre “algumas” e “gigantes adormecidos”. Se não
houvesse a elipse, essas vírgulas seriam dispensáveis, e a construção da frase
seria assim: “Umas viravam carneirinhos; outras viravam cachorrinhos;
algumas viravam gigantes adormecidos”. A autora optou pela não repetição
do verbo, o que a levou a usar a vírgula.
(x) Para desfazer possível má interpretação resultante da distribuição irregular
dos termos da oração, separa-se por vírgula a expressão deslocada.
m. “No Brasil, seria muito difícil para mim fazer um curso de Medicina.”
(DICIONARIOEGRAMATICA.COM, 2016)
Essa frase, à época, gerou muita discussão entre os falantes do português!
A�nal, ela estaria “certa” ou “errada”? É “para mim fazer” ou deveria ser “para
eu fazer”? Todo esse debate poderia ter sido evitado se o “para mim” estivesse
entre vírgulas, o que impediria a má interpretação devido à posição do “para
mim”. Em outras palavras: o uso está correto, pois o “mim” não está
conjugando o verbo “fazer”, além disso, o “para mim” pode vir no início, no �m
ou até em outras posições da sentença. Faça o teste!
Por �m, mesmo após o detalhamento de tantos possíveis usos da vírgula, é
preciso que �que claro que esses não são os únicos; o ideal é entender a sua
funcionalidade, pois apenas decorar regras não nos torna e�cientemente
09/05/2022 18:03 Ead.br
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capazes de aplicá-las em nossos textos. A seguir, vejamos algumas
explicações para situações em que não devemos usar vírgula.
Quando não usar a Vírgula
Observe os dois exemplos a seguir.
a. “A mãe da minha amiga, acabou de chegar.”
b. “Ela vai lhe entregar, o livro hoje.”
Você acha que o uso da vírgula está correto?
Em (a), “A mãe da minha amiga” é o sujeito da oração, e “acabou de chegar” é
o predicado. Essa vírgula entre eles, portanto, está incorreta. Muitas vezes
isso ocorre por causa da extensão do sujeito, ou seja, quando ele é um pouco
longo, as pessoas colocam uma vírgula logo depois dele. É bom estar atento
para não cometer esse deslize. Além disso, da mesma forma que não se
separa sujeito e verbo, não se deve separar verbo e complemento, por isso,
em (b), aquela vírgula após “entregar” também está incorreta.
reflita
Re�ita
A vírgula, assim como os outros sinais de pontuação, é de
extrema importância para a elaboração de textos bem
escritos. Todavia, nem sempre ela é usada, por exemplo, nos
textos que aparecem nas redes sociais. O que você pensa
sobre isso? Haverá uma substituição dos sinais de pontuação
por algum outro recurso?
Fonte: Elaborado pela autora.
09/05/2022 18:03 Ead.br
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Como �cou claro durante este tópico, a vírgula é uma ferramenta muito
importante para a comunicação escrita e, mais do que isso, ela pode interferir
diretamente no sentido da frase. Observe o exemplo a seguir.
“Não, estou bem. Mas se tirar a vírgula eu �co mal.” (CAVALCANTI, 2020, on-lin
e)
Aqui, há uma vírgula entre o advérbio de negação “Não” e a frase “estou bem”,
logo, a pessoa está a�rmando que se sente bem sim. Entretanto, se não
houvesse a vírgula, a frase seria “Não estou bem”, ou seja, a pessoa estaria
dizendo que, de fato, ela não está bem. A vírgula interferiu completamente no
sentido da frase, e quem a escreveu estava ciente disso, pois diz logo em
seguida que: se a vírgula for retirada, �cará mal.
praticar
Vamos Praticar
Neste tópico, demos destaque à vírgula: listamos diversas orientações de quando
usar e também de quando não usar. Além disso, observamos que a sua posição na
sentença pode alterar o signi�cado desta, como acontece nos exemplos a seguir.
Leia-os e selecione a alternativa que consegue explicar melhor a diferença de
sentido entre eles.
a. Vamos perder, nada foi resolvido.
b. Vamos perder nada, foi resolvido.
a) Em (b), a�rma-se que haverá uma perda, pois nada foi resolvido, ao passo
que em (a), com a vírgula após “nada”, entende-se que tudo já está resolvido
e que não haverá perda alguma.
09/05/2022 18:03 Ead.br
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b) A vírgula em (a) está incorreta, pois não se deve separar verbo e
complemento. A vírgula é usada, na verdade, para separar sujeito e
predicado, visto que eles representam funções diferentes em uma sentença.
c) Só há uma maneira de pontuar essas frases corretamente, que seria com a
vírgula após “vamos”, como uma maneira de chamar as pessoas para
participarem da atividade em questão.
d) Em (a), a�rma-se que haverá uma perda, pois nada foi resolvido, ao passo
que em (b), com a vírgula após “nada”, entende-se que tudo já está resolvido
e que não haverá perda alguma.
e) A pontuação das duas sentenças está correta, porém, a alteração na
posição da vírgula não interfere no sentido delas, a�nal, nenhum sinal de
pontuação tem o poder de modi�car o sentido das frases.
09/05/2022 18:03 Ead.br
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Como já sabemos, a fala e a escrita são modalidades de uso diferentes da
língua. Diversos são os recursos que nos auxiliam enquanto estamos falando,
como os gestos, a nossa postura, a entonação com a qual proferimos uma
sentença etc. Na escrita, por sua vez, esses recursos são mais escassos, e nem
sempre é fácil transmitir exatamente o que gostaríamos que o nosso
interlocutor entendesse. Porém, isso não signi�ca que é impossível, pois
também criamos aparatos que nos dão suporte quando escrevemos, como
imagens, emoticons (nas redes sociais, por exemplo) e, claro, os sinais de
pontuação. Por isso, é importante estarmos cientes de suas funções e de
quando utilizarmos cada um deles. Neste tópico, tratamos do ponto e vírgula,
dos dois-pontos, das reticências, das aspas e dos parênteses. Após a
explicação de cada um deles, preste atenção aos exemplos.
O Ponto e Vírgula
A função mais comum do ponto e vírgula em um texto é auxiliar na
enumeração, isto é, quando vários elementos estão sendo elencados/citados.
Outros Sinais deOutros Sinais de
PontuaçãoPontuação
09/05/2022 18:03 Ead.br
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Bechara (2010, p. 661) elenca três de seus usos:
i. “num trecho longo, onde já existam vírgulas, para enunciar pausa mais
forte”;
ii. “na separação de adversativas em que se quer ressaltar o contraste”;
iii. “na separação, na redação o�cial, dos diversos itens de um considerando,
lei ou outro documento”.
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e
do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação
dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação,
ao esporte, ao lazer, à pro�ssionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. 
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: 
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer
circunstâncias; 
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de
relevância pública; 
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais
públicas; 
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas
relacionadas com a proteção à infância e à juventude. (BRASIL,
1990, on-line)
Nosso exemplo, acima, é o trecho do Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA). Nele, como nos mostra Bechara (2010), em (iii), o sinal de ponto e
vírgula foi utilizado para separar alguns itens do parágrafo único do artigo 4º.
Os Dois-Pontos
Os usos mais recorrentes dos dois-pontos são: indicar o início de uma
fala/diálogo ou de uma explicação,enumeração, citação, sequência, listagem
etc.
09/05/2022 18:03 Ead.br
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“A morte brinca com balas nos dedos gatilhos dos meninos. Dorvi
se lembrou do combinado, o juramento feito em voz uníssona,
gritado sob o pipocar dos tiros: 
− A gente combinamos de não morrer!” (EVARISTO, 2016, p. 99,
grifo da autora)
No trecho acima, do conto “A gente combinamos de não morrer”, que faz
parte da obra Olhos d’água , de Conceição Evaristo, os dois-pontos são
utilizados para introduzir, ainda no início do conto, uma fala muito importante
de um dos personagens.
As Reticências
Segundo Ferrarezi Junior (2018), são duas as principais funções das
reticências: (a) com a �nalidade fonológico-semântica, podendo indicar ironia,
dúvida, silêncio etc.; e (b) como indicador de continuidade textual, isto é,
avisando que há ou deveria haver algo mais após sua ocorrência.
“[...] Lembrava-se que, a princípio, elas tinham �cado magoadas
com ele porque, ao acabar de celebrar pela primeira vez naquela
igreja, um grupo de beatas se acercou dele com o evidente
propósito de o ajudar a mudar os trajes do ofício da missa. E
ressoaram em torno a ele exclamações comovidas: 
− Reverendozinho... Anjo Gabriel... 
Uma velhusca magra juntava as mãos em adoração: 
− Meu Jesuscristozinho...” (AMADO, 2009, p. 72-73)
No trecho acima, retirado de Capitães da Areia , as reticências,
acompanhadas de palavras no diminutivo, são um recurso utilizado para
demonstrar as “exclamações comovidas”, como bem chama Jorge Amado. Há,
portanto, uma �nalidade fonológico-semântica nesses usos.
As Aspas
09/05/2022 18:03 Ead.br
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As aspas podem servir para destacar uma palavra ou trecho de um texto, para
indicar que a palavra não pertence à nossa língua e também para destacar
uma citação, isto é, algo que foi escrito por outra pessoa.
“Aos dezenove anos encontrei Jaime. Casamo-nos e alugamos um
apartamento bonito, bem mobiliado. Vivemos seis anos juntos, sem
�lhos. E eu era feliz. Se alguém me perguntava, eu a�rmava,
acrescentando não sem um pouco de perplexidade: ‘E por que
não?’” (LISPECTOR, 2016, p. 34)
No trecho acima, retirado de “Obsessão”, um dos contos que compõem a
obra Todos os contos , Clarice Lispector faz uso das aspas para destacar uma
fala (“E por que não?”).
Os Parênteses
Ferrarezi Junior (2018, p. 112) lista os seguintes usos dos parênteses:
a. para explanação ou con�rmação de valores expressos em
algarismos, elucidação de siglas, fórmulas ou outros elementos
quaisquer que demandem explicação adicional ou con�rmação
(dois parênteses); 
b. para inserção, no período, de uma explicação sobre algum
ponto do conteúdo que foi apresentado (dois parênteses); 
c. como indicador de uma abertura de sequências indiciadas (um
único parêntese); e 
d. em usos técnico-metodológicos especí�cos como, por exemplo,
para indicação de datas e páginas de uma citação bibliográ�ca.
“Saiu mesmo não, João. Isso eu ouvi um padre dizer uma vez. ( Esta cena, a
partir daqui, é cortável, a critério do encenador, até a frase ‘Mas deixe de agonia,
que o povo vem aí’ ). Foi no dia em que meu pirarucu morreu.” (SUASSUNA,
1997, p. 57)
09/05/2022 18:03 Ead.br
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Auto da Compadecida é uma peça teatral em forma de auto, portanto, ao
mesmo tempo em que o escritor disponibiliza falas de personagens, ele
também deve orientar a maneira com que a peça pode prosseguir – como
Ariano Suassuna faz ao trazer, entre parênteses, orientações sobre uma parte
que pode ser cortada da peça, se assim o encenador preferir. 
Como é possível notar relendo cada um dos trechos ilustrativos dos usos dos
sinais, eles não aparecem isoladamente nos textos, isto é, no mesmo texto
aparecerão pontos, pontos de interrogação e de exclamação, bem como
parênteses, aspas, vírgulas, dois-pontos etc. Esses recursos, usados
corretamente, tornam a leitura mais fácil e direcionam bem a compreensão
do que se diz, por isso é importante dominá-los.
praticar
Vamos Praticar
saiba mais
Saiba mais
Para saber mais sobre os sinais de
pontuação estudados aqui e ainda ter acesso
a explicações sobre os outros sinais que nos
auxiliam na escrita, acesse o link a seguir.
Fonte: Norma Culta (2020).
09/05/2022 18:03 Ead.br
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Neste tópico, estudamos as principais funções de vários sinais de pontuação usados
com bastante frequência, como os dois-pontos e os parênteses. Agora, leia o trecho
abaixo (BROWN, 2012, p. 16-17, grifos do autor), observe os sinais de pontuação
presentes nele e selecione a alternativa que explica corretamente cada um desses
usos.
“– Essa coisa voa? – espantou-se Langdon.
O piloto riu.
– Se voa!
Conduziu Langdon pela pista na direção do avião.
– Chega a assustar, eu sei, mas é bom ir se acostumando. Daqui a cinco anos, é só o
que se vai ver – os HSCT, High Speed Civil Transports (Transporte Civil de Alta
Velocidade). Nosso laboratório é um dos primeiros a ter um.
Deve ser um tremendo laboratório – pensou Langdon.
– Este é um protótipo do Boeing X-33 – continuou o piloto –, mas existem dezenas
de outras: o National Aero Space Plane, o Scramjet dos russos, o Hotol dos ingleses.
O futuro está aqui, só vai levar algum tempo para chegar ao setor público. Pode ir se
despedindo dos jatos convencionais.”
(BROWN, Dan. Anjos e demônios . São Paulo: Arqueiro, 2012, p. 16-17)
a) Só há um uso de parênteses e um de dois-pontos: os primeiros são
utilizados para a inserção da tradução do nome apresentado em inglês, a �m
de esclarecer seu signi�cado para o leitor; e os segundos sinalizam o início de
uma lista.
b) Só há um uso de parênteses e um de dois-pontos: os primeiros são
utilizados como indicador de uma abertura de sequências indiciadas; e os
segundos, para sinalizar o início de uma lista, no caso, de tipos de
transportes de alta velocidade.
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c) Os dois-pontos são utilizados para inserir a tradução do nome
apresentado em inglês, a �m de esclarecer seu signi�cado para o leitor, e os
parênteses, para sinalizar o início de uma lista, no caso, de tipos de
transportes de alta velocidade.
d) Os dois-pontos estão sinalizando o início de um diálogo entre Langdon e o
piloto, enquanto os parênteses indicam a abertura de uma sequência de
trechos de tal conversa.
e) Os dois-pontos estão destacando o pensamento de Langdon acerca da
situação, enquanto os parênteses estão sinalizando o início da explicação do
piloto, que está tentando convencer Langdon.
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Neste tópico, tratamos de um assunto simples: a pontuação em orações
coordenadas – que são orações sintaticamente independentes entre si. Elas
podem ser assindéticas, isto é, justapostas uma à outra, não trazem uma
conjunção que as une, ou sindéticas, quando são ligadas por uma conjunção
coordenativa. Aqui, tratamos do papel da pontuação em ambos os tipos.
As orações assindéticas, por não apresentarem conjunção, precisam estar
separadas por meio de uma vírgula. Vejamos.
a.  Joana acordou, tomou café, vestiu-se, saiu para trabalhar.
Em (a), não há conjunção coordenativa ligando as orações coordenadas,
a�nal, ela é uma oração assindética. O uso da vírgula serve para separar uma
oração da outra.
As orações sindéticas, por sua vez, trazem as conjunções coordenativas, que
“apenas marcam o tipo de relação semânticaque o falante manifesta entre os
conteúdos de pensamento designado em cada uma das orações
sintaticamente independentes” (BECHARA, 2010, p. 352). O gramático lista três
A Pontuação naA Pontuação na
CoordenaçãoCoordenação
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tipos de relações semânticas marcadas pelas conjunções coordenativas, todas
acompanhadas por exemplos.
i.  Aditiva.
Pedro estuda e Maria trabalha.
Pedro não estuda nem trabalha.
Nem Pedro nem Maria trabalha.
Tanto a conjunção e quanto a conjunção nem trazem consigo a ideia de
adição, e isso é notado em todos os exemplos apresentados por Bechara.
Como podemos ver também, não há, nessas sentenças, o uso da vírgula, pois
esta é dispensável.
ii.  Adversativa.
João veio visitar o primo, mas não o encontrou.
A conjunção adversativa mas expressa contraste, e antes dela deve-se colocar
uma vírgula.
iii.  Alternativa.
Estudas ou brincas.
Ele sairá daqui logo, ou eu me desligarei do grupo.
“’Teve duas frases a nossa paixão, ou ligação, ou qualquer outro nome, que eu
de nome não curo’ [MA]”.
No primeiro exemplo, ou está entre dois termos, logo, não há vírgula entre
eles. Já os segundo e terceiro exemplos, também retirados de Bechara (2010,
p. 658), apresentam vírgula: no segundo caso, porque a frase é proferida com
pausa; no terceiro porque ou está exprimindo reti�cação.
Além desses três tipos de oração coordenada apresentados pelo autor, há
ainda as conclusivas e as explicativas.
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iv. Conclusivas.
Vou embora, pois irá chover.
v. Explicativas.
Ele estava chorando, porque foi reprovado.
As orações conclusivas exprimem, como o próprio nome diz, uma conclusão,
já as explicativas, uma explicação, uma razão. Em ambas, como podemos ver,
há vírgula. Assim, é somente nas aditivas que não há ocorrência de vírgula. 
praticar
Vamos Praticar
Neste tópico, foram apresentados os usos da pontuação na coordenação. Leia as
informações abaixo, todas referentes às regras de inserção da vírgula, e selecione a
alternativa em que todas as a�rmações sejam corretas.
a) Há orações coordenadas sindéticas e assindéticas. Em nenhuma delas
deve-se inserir vírgula.
b) As orações assindéticas são separadas por vírgula, já as sindéticas não
recebem vírgula em nenhum momento.
c) Todas as orações coordenadas sindéticas devem ter uma vírgula antes da
conjunção coordenativa.
d) A vírgula serve para separar uma oração coordenada sindética da outra,
enquanto as assindéticas não recebem vírgula.
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e) A vírgula serve para separar uma oração coordenada assindética da outra,
além de também poder ser usada em alguns tipos de orações sindéticas,
como as adversativas.
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Neste tópico, tratamos, primeiramente, das conjunções subordinativas, que
apresentam grande importância semântica dentro das orações das quais
fazem parte. Em seguida, empregamos a vírgula em construções
subordinadas, a �m de veri�car quando ela é necessária ou não.
As Conjunções Subordinativas e a Vírgula
em Construções Subordinadas
Diferentemente das orações coordenadas, as orações subordinadas são
dependentes sintaticamente. Para tratar da pontuação na subordinação,
organizamos o conteúdo com base nas conjunções subordinativas, isto é, os
termos que ligam duas orações. Elas dividem-se em: causais, concessivas,
condicionais, comparativas, �nais, proporcionais e temporais. As explicações
sobre cada uma delas, a seguir, foram retiradas de Bechara (2010).
i. Causais – exprimem causa, motivo, razão.
A Pontuação naA Pontuação na
SubordinaçãoSubordinação
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Exemplos: porque , visto que, já que, uma vez que, desde que etc.
“Ela chegou mais cedo porque o �lho pediu.”
ii. Concessivas – exprimem obstáculo que não impedirá ou modi�cará a
declaração da oração principal.
Exemplos: ainda que, embora, posto que, sem bem que etc.
“Ele sempre �ca ansioso, embora sempre se saia bem.”
iii. Condicionais – expressam: “a. uma condição necessária para que se realize
ou se deixe de realizar o que se declara na oração principal; b. um fato – real
ou suposto – em contradição com o que se exprime na principal” (BECHARA,
2010, p. 328).
Exemplos: se, caso, sem que, dado que, contanto que etc.
“Se você estudar e passar de ano, faremos uma viagem internacional!”
iv. Conformativas – exprimem um fato em conformidade com o que foi
expresso na oração principal.
Exemplos: como , conforme , segundo , consoante etc.
“Segundo o presidente da República, o ano de 2019 terminou sem escândalos
de corrupção no Brasil.”
v. Finais – exprimem objetivo, �nalidade.
Exemplos: para que , a �m de que etc.
“Ela tem trabalhado muito para que seja possível tirar férias em fevereiro.”
vi. Modais – exprimem modo.
Exemplos: sem que, como etc.
“Ele fala como quer.”
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vii. Proporcionais – exprimem fatos que ocorrem, aumentam ou diminuem na
mesma proporção do que é declarado na oração principal.
Exemplos: à medida que, à proporção que, ao passo que etc.
“ À medida que eu cuido da alimentação e faço exercícios, eu emagreço.”
viii. Temporais – exprimem o tempo da realização do fato expresso na oração
principal.
Exemplos: antes que (tempo anterior); quando, depois que (tempo posterior);
logo que, assim que (tempo posterior imediato); cada vez que, sempre que
(tempo frequentativo/repetido); enquanto (tempo concomitante); até que
(tempo limite terminal) etc.
“ Antes que chova, é melhor irmos embora.”
“Cada vez que a vejo, ela está mais bonita.”
“O bebê dormia enquanto o pai trabalhava.”
Observe o uso da vírgula em cada uma das sentenças acima. Veri�que que
nem sempre ela é necessária, como no exemplo da subordinativa temporal
de tempo concomitante (“enquanto”), nem na �nal (“para que”). Porém, isso
aconteceu porque a subordinada está depois da principal, enquanto que, em
casos como as temporais de tempo anterior e de tempo frequentativo (com
“antes que” e “cada vez que”, respectivamente), as subordinadas vieram no
início, seguidas da oração principal.
praticar
Vamos Praticar
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4) Com base no que você aprendeu sobre as construções subordinadas, isto é,
aquelas que apresentam uma relação de dependência com a oração principal, leia
as sentenças abaixo e classi�que-as.
a. Ela tem ido à academia todos os dias a �m de que seu peso diminua.
b. À proporção que as taxas diminuem, a vida das pessoas melhora.
c. Quando Carlos chegou, João já tinha saído.
a) A sentença (a) é concessiva, a (b) é modal, e a (c) é conformativa.
b) A sentença (a) é �nal, a (b) é proporcional, e a (c) é temporal.
c) A sentença (a) é �nal, a (b) é modal, e a (c) é temporal.
d) A sentença (a) é �nal, a (b) é proporcional, e a (c) é condicional.
e) A sentença (a) é causal, a (b) é proporcional, e a (c) é temporal.
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indicações
Material
Complementar
LIVRO
O uso da vírgula.
Thaís Nicoleti de Camargo.
Editora: Manole.
ISBN: 9788520419854
Comentário: nesse livro,a autora apresenta,
detalhadamente, os diversos usos da vírgula – com
aposto, predicativo do sujeito, adjuntos adverbiais,
conjunções etc. –, além de tratar também dos casos em
que não é necessário usá-la. Ao término das
explicações, é possível responder a alguns exercícios,
maneira muito e�ciente de �xar o conteúdo.
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FILME
O Auto da Compadecida.
Ano: 2000
Comentário: esse �lme, baseado na obra homônima,
de Ariano Suassuna, mostra, de forma muito divertida,
as aventuras de João Grilo e Chicó. Além de conhecer
um pouco sobre a rica cultura do Nordeste, é possível
deliciar-se com a linguagem do povo brasileiro,
retratado por Suassuna de maneira leve e cômica!
TRA ILER
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conclusão
Conclusão
Nesta unidade, conhecemos as funções da vírgula, bem como de outros sinais
de pontuação, como os parênteses, as reticências, os dois-pontos e as aspas.
Organizamos as regras de maneira breve e objetiva com o intuito de auxiliá-
lo(a) no domínio de todos os sinais aqui descritos, visando ao
desenvolvimento da habilidade de empregá-los em textos de gêneros
variados.
Além disso, tratamos da coordenação e da subordinação, com ênfase nas
conjunções coordenativas e subordinativas e no uso da pontuação nos dois
tipos de oração. Com isso, esperamos colaborar para a formação de
pro�ssionais que dominem aspectos relacionados à pontuação, à
coordenação e à subordinação.
referências
Referências
Bibliográ�cas
AMADO, Jorge. Capitães da Areia . São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
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BECHARA, Evanildo. Gramática escolar da língua portuguesa . 2. ed.
ampliada e atualizada pelo Novo Acordo Ortográ�co. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2010.
BRASIL. Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Diário O�cial da União .
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm . Acesso
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https://dicionarioegramatica.com.br/tag/para-mim-fazer-esta-certo/ . Acesso
em: 17 jan. 2020.
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https://www.normaculta.com.br/pontuacao/ . Acesso em: 20 jan. 2020.
SUASSUNA, Ariano. Auto da Compadecida . 32. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1997.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm
https://www.pensador.com/frase/MTk4NjAxOA/
https://dicionarioegramatica.com.br/tag/para-mim-fazer-esta-certo/
https://www.normaculta.com.br/pontuacao/