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ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS Docente: Ariandra Guerini Sartim Discentes: Irlana Cunha, João Pedro Vasconcelos, Samantha Yuko, Yago Vinícius Spatola Turma: 4D Centro Universitário FAMETRO Bacharelado de Medicina Módulo Habilidades IV INTRODUÇÃO Utilizados para indução anestésicas; Também são comumente usados para produzir sedação durante cuidados anestésicos monitorados, bem como para pacientes na UTI; Manutenção anestésica – infusões contínuas; Permite distribuição rápida até o local de ação e com início dos efeitos momentâneo; Os anestésicos intravenosos são lipofílicos; Mecanismo farmacológico Os principais agentes anestésicos intravenosos atuam estimulando a neurotransmissão GABAÉRGICA; Propofol Proporfol: 2,6-di-isopropifenol É um alquifenol, com propriedades hipnóticas; É muito utilizado para sedação em UTI; Mecanismo de ação: potencialização da corrente de cloreto mediada pelo complexo receptor GABA. FARMACOCINÉTICA Extensa distribuição e rápida eliminação; Rapidamente metabolizada no fígado e excretada pelos rins; Depuração plasmática elevada (recuperação rápida); A meia-vida sensível ao contexto do Propofol é de curta duração, mesmo após infusão prolongada; FARMACODINÂMICA EFEITOS NO SNC: O Propofol atua como hipnótico, produz uma supressão geral da atividade do SNC (diminui o fluxo sanguíneo cerebral e a taxa metabólica cerebral para o oxigênio, diminuição da pressão intracraniana (PIC) e da pressão intraocular); EFEITOS CARDIOVASCULARES: Redução mais pronunciada da pressão arterial sistêmica e risco de bradicardia; EFEITOS RESPIRATÓRIOS: Potente depressor respiratório; OUTROS EFEITOS: Síndrome da infusão do Propofol. fosproporfol É um profármaco hi-drossolúvel do propofol A dor no local de injeção durante a administração costuma ser percebida como intensa Utilizado em sedação durante cuidados anestésicos monitorados Deve-se administrar oxigênio suplementar FARMACOCINÉTICA É mais complexa que a do próprio propofol O perfil de efeitos assemelha-se ao do propofol, porém o início e a recuperação são prolongados É rapidamente metabolizado pela fosfatase alcalina, produzindo propofol, fosfato e formaldeído. O formaldeído é metabolizado pela aldeído desidrogenase no fígado e nos eritrócitos. FARMACODINÂMICA À semelhança do propofol EFEITOS RESPIRATÓRIOS: Potente depressor respiratório barbitúricos Seção do uso de tiopental e do metoexital É um hipnótico Tem efeito na transmissão inibitória que resulta da ativação do complexo receptor de GABA A Não devem ser administrados a pacientes com porfiria intermitente aguda FARMACOCINÉTICA O tiopental e o metoexital sofrem metabolismo hepático O metoexital tem uma meia-vida de elimina- ção mais curta que a do tiopental, devido à sua maior depuração plasmática (recuperação mais rápida e mais completa) O tiopental é metabolizado mais lentamente e tem uma meia-vida de eliminação longa FARMACODINÂMICA EFEITOS NO SNC: Produz depressão dependendo da dose (realiza vasoconstrição potente e produz redução previsíveis do fluxo sanguíneo cerebral, do volume sanguíneo cerebral e da PIC). Bom para o manejo de pacientes com lesões intracranianas expansivas; EFEITOS CARDIOVASCULARES: Redução da pressão arterial sistêmica (vasodilatação periférica), diminui a força de contração, diminuindo o débito cardíaco; EFEITOS RESPIRATÓRIOS: Depressor respiratório, causa geralmente apneia transitória; OUTROS EFEITOS: Injeção intra-arterial acidental resulta em dor excruciante e vasoconstrição intensa, com frequência levando a uma lesão tecidual grave, envolvendo gangrena. EToMidATO Tem Efeito Hipnótico Não tem Efeito Analgésico Menor risco de Depressão Cardiovascular e Respiratório Utilizados em Procedimentos de Curta Duração Mecanismo de Ação: Neurotransmissão Gabaérgica, especialmente, GABA A, intensificando o influxo de íons Cloro, fazendo em menor tempo a hiperpolarização. Farmacocinética Produz um Rápido Inicio da Anestesia A depuração desse fármaco e cerca de cinco vezes a do tiopental, o que se reflete por uma meia -vida de eliminação mais curta. O metabolismo ocorre no fígado A eliminação é Renal e Biliar Altamente ligado a proteína plasmáticas Farmacodinâmica EFEITOS NO SNC: Potente vasoconstritor cerebral, produzindo redução do fluxo sanguíneo cerebral e da Pressão Intracraniana (PIC). Ocorrem movimentos espontâneos caracterizados como mioclonia em pacientes aos quais se administra etomidato, e essa atividade mioclônica está associada a focos epilogênicos (epilepsia focal). EFEITOS CARDIOVASCULARES: Estabilidade cardiovascular observada apos injeção, produz alterações mínimas na frequência e no débito cardíacos EFEITOS RESPIRATÓRIOS: Efeitos depressores do etomidato na ventilação são menos pronunciados EFEITOS ENDÓCRINOS: Supressão adrenocortical ao produzir inibição dependente de dose da 11 beta-hidroxilase, uma enzima necessária para conversão do colesterol em cortisol, por esse motivo não pode fazer infusão contínua de Etomidato. Benzodiazepínicos Adjuvantes em Anestesia Diazepam, Lorazepam e Midazolam Propriedades Ansiolíticas e Amnésicas Anterógradas. Também podem ser usados para sedação Intra-Operatória Efeitos revertidos com o antagonista flumazenil. Mecanismo de Ação: Neurotransmissão Gabaérgica, especialmente, GABA A, intensificando o influxo de íons Cloro, fazendo em menor tempo a hiperpolarização. Farmacocinética Metabolismo hepático e responsável pela depuração de todos os benzodiazepínicos Altamente lipossolúveis penetram rapidamente no SNC, o que explica seu rápido inicio de ação, sobretudo do Midazolam. Midazolam e o que apresenta meia-vida mais curta, sendo o único dos três benzodiazepínicos apropriado para infusão continua. farmacodinâmica EFEITOS NO SNC: Os benzodiazepínicos diminuem a Taxa Metabólica Cerebral de Consumo de Oxigênio (TMCO2) e o fluxo sanguíneo cerebral EFEITOS CARDIOVASCULARES: Midazolam produz uma maior redução da pressão arterial sistêmica do que doses comparáveis de diazepam. Debito Cardíaco não e modificado. O efeito do midazolam na pressão arterial sistêmica torna-se exagerado em pacientes hipovolêmicos. EFEITOS RESPIRATÓRIOS: Os benzodiazepínicos produzem depressão mínima da ventilação, embora a administração intravenosa rápida de midazolam. OUTROS EFEITOS: Dor durante injeção intravenosa ,presente no Diazepam e no Midazolam,já a ocorrência subsequente de tromboflebite são mais pronunciadas com o Diazepam. cetamina É um derivado da fenciclidina, que difere da maioria dos outros anestésicos intravenosos pela produção de analgesia significativa. O mecanismo de ação da é complexo, porém o principal efeito observado é produzido pela inibição do complexo do receptor de NMDA. Farmacocinética A alta lipossolubilidade que garante o rápido início de seus efeitos. O metabolismo ocorre principalmente no fígado e envolve a N-desmetilação pelo sistema do citocromo P450. A norcetamina, é menos potente e sofre hidroxilação e conjugação subsequentes a metabólitos inativos hidrossolúveis, que são excretados na urina. É o único anestésico intravenoso com baixa ligação às proteínas. farmacodinâmica EFEITOS NO SNC: vasodilatador que aumenta fluxo sanguíneo cerebral. Por esses motivos, a cetamina tem sido recomendada para uso em pacientes com patologia intracraniana. É considerada um anticonvulsivante que pode ser recomendada para o tratamento do estado de mal epiléptico. Reações: sonhos coloridos vívidos, alucinações, experiências fora do corpo e sensibilidade visual, tátil e auditiva aumentada e distorcida. farmacodinâmica EFEITOS CV: aumentos transitórios, da PAS, da FC e do débito cardíaco. Podem ser atenuados pela coadministração de benzodiazepínicos, opioides ou anestésicos inalatórios. EFEITOS RESPIRATÓRIOS: Hipoventilação transitória e, em raros casos, um curto período de apneia. dexmedetomidina A dexmedetomidina é o enantiômero S ativo da medetomidina,um derivado imidazólico agonista a2-adrenérgico altamente seletivo É hidrossolúvel Está disponível em uma formulação parenteral. Farmacocinética Sofre rápido metabolismo hepático, envolvendo N-metilação e hidroxilação, seguidas de conjugação. Os metabólitos são excretados na urina e na bile. A meia-vida de eliminação é curta. farmacodinâmica EFEITOS NOS SNC: hipnose resulta da estimulação dos receptores a2 , o efeito analgésico origina-se no nível da medula espinal. EFEITTOS CV: diminuição moderada da FC e da resistência vascular sistêmica e redução da PA. A bradicardia pode exigir tratamento. Foi observada a ocorrência de bloqueio cardíaco, bradicardia grave e assistolia. EFEITOS REPIRATÓRIOS: são leves, porém é possível que ocorra obstrução das vias respiratórias altas em consequência da sedação. Analgésicos opioides São administrados para obter analgesia pós-operatória, bem como no intraoperatório. Os opioides têm sido usados em associação a benzodiazepínicos para alcançar um estado de anestesia geral, em pacientes com reserva circulatória limitada que são submetidos a cirurgia cardíaca. Quando administrados em grandes doses, podem induzir rigidez da parede torácica, com consequente comprometimento agudo da ventilação mecânica. Referências KATZUNG, Bertram G., TREVOR, Anthony J. Farmacologia – Básica e Clínica. 13 ed. Porto Alegre: AMGH, 2017. Brunton, L.L. Goodman & Gilman: As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 12ª ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2012. Obrigada!