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2 1º DIA - ENEM PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS QUESTÕES 1 A 45 QUESTÕES 1 A 05 (OPÇÃO INGLÊS) 1. (ENEM) 1984 (excerpt) ‘Is it your opinion, Winston, that the past has real existence?’ [...] O’Brien smiled faintly. ‘I will put it more precisely. Does the past exist concretely, in space? Is there somewhere or other a place, a world of solid objects, where the past is still happening?’ ‘No.’ ‘Then where does the past exist, if at all?’ ‘In records. It is written down.’ ‘In records. And – –?’ ‘In the mind. In human memories.’ ‘In memory. Very well, then. We, the Party, control all records, and we control all memories. Then we control the past, do we not?’ ORWELL. G. Nineteen Eighty-Four. New York: Signet Classics, 1977. O romance 1984 descreve os perigos de um Estado totalitário. A ideia evidenciada nessa passagem é que o controle do Estado se dá por meio do(a) a) boicote a ideais libertários. b) veto ao culto das tradições. c) poder sobre memórias e registros. d) censura a produções orais e escritas. e) manipulação de pensamentos individuais 2. (ENEM PPL) Monks embrace web to reach recruits Stew Milne for The New York Times The Benedictine monks at the Portsmouth Abbey in Portsmouth have a problem. They are aging and their numbers have fallen to 12, from a peak of about 24 in 1969. So the monks have taken to the Internet with an elaborate ad campaign featuring videos, a blog and even a Gregorian chant ringtone. “If this is the way the younger generation are looking things up and are communicating, then this is the place to be”, said Abbot Caedmon Holmes, who has been in charge of the abbey since 2007. That place is far from the solitary lives that some may think monks live. In fact, in this age of social media, the monks have embraced what may be the most popular form of public self-expression: a Facebook page, where they have uploaded photos and video testimonials. Some monks will even write blogs. MILNE, S. Disponível em: www.nytimes.com. Acesso em: 19 jun. 2012 (adaptado). A internet costuma ser um veículo de comunicação associado às camadas mais jovens da população, embora não exclusivamente a elas. Segundo o texto, a razão que levou os religiosos a fazerem uma campanha publicitária na internet foi o(a) a) busca por novos interessados pela vida religiosa de monge. b) baixo custo e a facilidade de acesso dos monges à rede. c) desejo de diminuir a solidão vivida pelos monges na abadia. d) necessidade dos monges de se expressarem publicamente. e) divulgação de fotos pessoais dos monges no Facebook. 3. (ENEM) Lava Mae: Creating Showers on Wheels for the Homeless San Francisco, according to recent city numbers, has 4,300 people living on the streets. Among the many problems the homeless face is little or no access to showers. San Francisco only has about 16 to 20 shower stalls to accommodate them. But Doniece Sandoval has made it her mission to change that. The 51-year-old former marketing executive started Lava Mae, a sort of showers on wheels, a new project that aims to turn decommissioned city buses into shower stations for the homeless. Each bus will have two shower stations and Sandoval expects that they'll be able to provide 2,000 showers a week. ANDREANO, C. Disponível em: http://abcnews.go.com. Acesso em: 26 jun. 2015 (adaptado). A relação dos vocábulos shower, bus e homeless, no texto, refere-se a a) empregar moradores de rua em lava a jatos para ônibus. b) criar acesso a banhos gratuitos para moradores de rua. 3 c) comissionar sem-teto para dirigir os ônibus da cidade. d) exigir das autoridades que os ônibus municipais tenham banheiros. e) abrigar dois mil moradores de rua em ônibus que foram adaptados. 4. (ENEM PPL) Which skin colour are you? The human swatch chart that confronts racism In 1933, in a book called The Masters and the Slaves, the Brazilian anthropologist Gilberto Freyre wrote: “Every Brazilian, even the light-skinned, fair-haired one, carries about him on his soul, when not on soul and body alike, the shadow, or at least the birthmark, of the aborigine or the negro.” This was forefront in the mind of the French artist Pierre David when he moved to Brazil in 2009. “When I was in the streets, I could see so many skin colours”, he says. He decided to make a human colour chart, like one you would find in the paint section of B&Q shop, but showing the gradations and shades of our skin colour. The project, called Nuancier or “swatches”, was first shown at the Museu de Arte Moderna in Salvador – Bahia, and is now on show in his native France. “Brazil has a better attitude to skin colour than other developed nations”, he says. “There's no doubt, because the concept of skin colour difference was recognised very early in their history. Now, it even appears on identity documents.” Yet Nuancier, David says, is still a critique of racism, in Brazil and around the world. “This work may seem provocative – to classify men by colour, to industrially produce the colour of an individual so it can be store-bought. But this is a demonstration of the commodification of bodies. It denounces racism anywhere it is found in the world.” SEYMOUR, T. Disponível em: www.theguardian.com. Acesso em: 21 out. 2015 (adaptado). O artista francês Pierre David, ao evidenciar seu encantamento com a diversidade de cores de peles no Brasil, no projeto Nuancier, também a) desencadeia um estudo sobre a atitude dos brasileiros com base na análise de características raciais. b) denuncia a discriminação social gerada com a distinção de cores na população de Salvador. c) destaca a mistura racial como elemento-chave no impedimento para a ascensão social. d) provoca uma reflexão crítica em relação à classificação e à mercantilização das raças. e) elabora um produto com base na variedade de cores de pele para uso comercial. 5. (ENEM PPL) Most people today have a mobile phone. In fact, many people can't imagine how they ever got along without a portable phone. However, many people also complain about cell phone users. People complain about other people loudly discussing personal matters in public places. They complain when cell phones ring in movie theaters and concert halls. They complain about people driving too slow, and not paying attention to where they are going because they are talking on a cell phone. And they complain about people walking around talking to people who aren't there. Whenever a new communications technology becomes popular, it changes the way society is organized. Society has to invent rules for the polite way to use the new devices. Our social etiquette, our rules of politeness for cell phones, is still evolving. Disponível em: www.indianchild.com. Acesso em: 28 fev. 2012 (adaptado). O uso de celulares em lugares públicos tem sido prática corrente. O texto aponta que essa prática tem gerado a) anseios por recursos para ampliar os benefícios dos dispositivos. b) reclamações sobre a falta de normas no comportamento dos usuários. c) questionamentos a respeito da dependência constante dessa tecnologia. d) discussões acerca da legislação para a comercialização de telefones. e) dúvidas dos usuários em relação ao manuseio de novos aparelhos. LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS QUESTÕES 1 A 45 QUESTÕES 1 A 05 (OPÇÃO ESPANHOL) 1. (ENEM) Que hay de cierto en la fábula de la cigarra y la hormiga Cuenta una conocida fábula que, tras pasar todo un verano cantando y ociosa, una cigarra se encontró sin alimento y decidió pedir a su vecina la hormiga algo que llevarse a la boca. Ésta le ofreció granos de arroz acompañados de una moraleja: más vale prevenirque lamentar. ¿Merecen su fama de previsoras y afanosas 4 las hormigas? Sin duda. las hormigas cortadoras de hojas (Atta cephalotes), por ejemplo, son consideradas las primeras agricultoras del planeta, dedicadas a cortar, acarrear e integrar hojas en el jardín de hongos del que se alimentan. Otro dato curioso es que se ha comprobado que, prácticamente en todas las especies de hormigas, las más ancianas asumen trabajos de mayor riesgo. De acuerdo con Dawid Moron de la Universidad de Jagiellonian (Polonia), esto se debe a que es mejor para la colonia sacrificar una vida que está cerca de su fin que a un individuo joven. En cuanto a las cigarras, no se les puede acusar de perezosas. Lo que sí es cierto es que los machos pasan el verano "cantando" – un sonido que producen con unas membranas llamadas timbales – y encaramados a un árbol, de cuya savia se alimentan. Disponível em: www.muyinteresante.es. Acesso em: 31 out. 2012. Adaptado. A fábula é um gênero de ampla divulgação frequentemente revisitado com diversos objetivos. No texto, a fábula A cigarra e a formiga é retomada para a) apresentar ao leitor um ensinamento moral. b) reforçar o estereótipo associado às cigarras. c) descrever o comportamento dos insetos na natureza. d) expor a superioridade das formigas em relação às cigarras. e) descrever a relação social entre as formigas e cigarras na natureza. 2. (ENEM PPL) Reflexiones sobre la xenofobia en Europa La xenofobia es una lacra que se resiste como el peor de los cánceres a lo largo de las últimas décadas, al punto que el escritor portugués José Saramago se llegó a preguntar: “¿Cómo ha sido posible encontrarnos con esta plaga de vuelta, después de haberla creído extinta para siempre, en qué mundo terrible estamos finalmente viviendo, cuando tanto habíamos creído haber progresado en la cultura, civilización, derechos humanos y otras prebendas...?” Qué hacer para mitigar ésta desesperada y abominable situación, es la clave que nos debe preocupar de forma urgente en la sociedad, ya que el sistema global económico y político parece algo mucho más complejo de cambiar a corto o medio plazo. La solución – en el sentir más extendido entre de la masa social pensante europea – pasa por la educación. La educación ha de orientarse hacia el fomento de la interdependencia y la cooperación entre los pueblos para favorecer la universalidad, el reconocimiento recíproco de las culturas y una síntesis sociocultural nueva. Dicho de otra manera, es preciso promover la idea de la diversidad cultural, la igual validez de todas las culturas, el interés por otras formas de ver el mundo como fuente de enriquecimiento personal y social y la presentación de la sociedad multicultural como la sociedad del futuro (Gabino y Escribano, 1990). Disponível em: hemisferioizquierdo.uy. Acesso em: 18 ago. 2017. Esse texto, que reflete sobre a xenofobia na Europa, defende que a) o multiculturalismo se apresenta como um dificultador nas relações sociais. b) a educação intercultural deve insistir na aceitação da condição do outro. c) o preconceito étnico é uma característica perene da sociedade europeia. d) o rechaço aos imigrantes é um problema solucionável a longo prazo. e) a xenofobia seja entendida como uma doença física grave. 3. (ENEM PPL) El maíz peruano en la historia Aunque es más conocida como cuna de la papa, la sociedad inca también fue la civilización del maíz, cultivo conocido en el Perú desde, por lo menos, 1 200 años a.C. Los antiguos agricultores peruanos lograron sofisticación en la selección y creación de nuevas variedades adaptables a los diversos espacios geográficos y climáticos. Al respecto, el cronista Bernabé Cobo cuenta que en el antiguo Perú se hallaba maíz, llamado choclo, de todos los colores: blanco, amarillo morado, negro colorado y mezclado. Hoy en día, en ese país se cultivan más de 55 variedades de la popular mazorca, más que en ningún otro lugar del mundo. En los Comentarios Reales de los Incas, Garcilaso de la Vega nos ilustra sobre los hábitos alimenticios incaicos relatando que uno de los pilares de la alimentación era el maíz y que lo comían tostado o cocinado en agua. En ocasiones solemnes molían los granos para hacer un pan llamado humita. Al maíz tostado se le denominaba como aún se le llama hoy: cancha, antecesora de las palomitas. Disponível em: www.yanuq.com. Acesso em: 20 jun. 2012 (adaptado). O texto destaca a importância do milho na história do Peru. Informa que os antigos agricultores peruanos a) desenvolveram cinquenta e cinco variedades da planta. 5 b) introduziram o milho em substituição à cultura da batata. c) expandiram o cultivo do milho a outras partes do mundo. d) produziram espécies de milho adaptáveis a diversos solos. e) transformaram o preparo da pipoca em um evento solene. 4. (ENEM) Millennials: Así es la generación que ya no recuerda cómo era el mundo sin Internet Algunos los llaman generación Y, otros “Millennials”, generación del milenio o incluso “Echo Boomers”. Nacieron y crecieron en una era de rápido desarrollo de las nuevas tecnologías, y casi no recuerdan cómo era el mundo sin Internet. Son idealistas, impacientes y están bien preparados académicamente. Muchos de ellos han tenido oportunidad de viajar por el mundo a una edad temprana, de estudiar en las mejores universidades y de trabajar en empresas multinacionales y extranjeras. La generación Y se compone de este tipo de personas que quieren todo a la vez. No están dispuestos a soportar un trabajo poco interesante y rutinario, no quieren dejar las cosas buenas para luego. Lo que sí quieren es dejar su huella en la historia, vivir una vida interesante, formar parte de algo grande, crecer y desarrollarse, cambiar el mundo que les rodea, y no solo ganar dinero. Disponível em: https://actualidad.rt.com. Acesso em: 4 dez. 2018. O texto aponta características e interesses da “Geração Y”. Nele, a expressão dejar su huella refere-se a um dos desejos dessa geração, que é o de a) conhecer diferentes lugares. b) fazer a diferença no mundo. c) aproveitar todas as oportunidades. d) obter uma formação acadêmica de excelência. e) conquistar boas colocações no mundo do trabalho. 5. (ENEM) Adelfos Yo soy como las gentes que a mi tierra vinieron – soy de la raza mora, vieja amiga del sol –, que todo lo ganaron y todo lo perdieron. Tengo el ama de nardo del árabe español. MACHADO, M. Disponível em: www.poetasandaluces.com. Acesso em: 22 out. 2015. Nessa estrofe, o poeta e dramaturgo espanhol Manuel Machado reflete acerca a) de sua formação identitária plural. b) da condição nômade de seus antepassados. c) da perda sofrida com o processo de migração. d) da dívida do povo espanhol para com o povo árabe. e) de sua identificação com os elementos da natureza. QUESTÕES 06 A 45 6. (G1 - UTFPR) “Macaco-louro é achado Da reportagem local Uma espécie de macaco-prego da mata atlântica que há muito tempo não era vista, foi encontrada por pesquisadores no Nordeste. Eles estavam em cativeiro (presos em casas das pessoas). Por ter a pelagem clara, ficou batizado como macaco-louro, mas seu nome científico é 'Cebus flavius'. Dois casais da espécie encontrada estão no Centro de Conservação da Fauna do Zoológico de São Paulo. A bióloga Cecília Kierulff diz que lá eles serão estudados. 'É preciso saber se estão saudáveis, qual o seu cardápio e verificar como é a reprodução deles, para que procriem'. E talvez no futuro, eles possam voltar à natureza." ("Folha de São Paulo", Folhinha, 5/8/06) Marque a alternativa correta quanto ao texto dado. a) A espécie de macacos foi encontrada por pesquisadores nordestinos. b) As pessoas que estavam de posse dos macacos os chamavam por seu nome científico, 'Cebus flavius'. c) Os macacos já têm um tempo definido para voltar à natureza.d) Os macacos de origem nordestina terão problemas de adaptação em São Paulo. e) O objetivo de manter os macacos no Zoológico é o estudo sobre eles. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Leia a tirinha abaixo para responder a(s) quest(ões) abaixo. Nela aparecem Mafalda (a menina com o laço na cabeça), Susanita (a outra menina) e o menino Manolito. 6 7. (G1 - IFSC) Assinale a alternativa CORRETA. a) Susanita crê que Manolito tem concepções religiosas próprias dos homens primitivos, que divinizavam o que eram incapazes de compreender. b) Na concepção de Susanita, Manolito tem dificuldades em compreender os conteúdos escolares. c) Susanita expressa uma concepção de escola na qual os conhecimentos devem ser cultuados da mesma forma como antigamente se cultuavam os fenômenos da natureza. d) O fato de Susanita referir-se a Manolito como “esse aí” (terceiro quadrinho) revela sua simpatia pela ingenuidade do colega na relação com os conteúdos da escola. e) A partir da afirmação final de Susanita, pode-se prever que Manolito também tenderá a divinizar os fenômenos naturais. 8. (ENEM) Desiguais na fisionomia, na cor e na raça, o que lhes assegura identidade peculiar, são iguais enquanto frente de trabalho. Num dos cantos, as chaminés das indústrias se alçam verticalmente. No mais, em todo o quadro, rostos colados, um ao lado do outro, em pirâmide que tende a se prolongar infinitamente, como mercadoria que se acumula, pelo quadro afora. (Nádia Gotlib. "Tarsila do Amaral, a modernista") O texto aponta no quadro de Tarsila do Amaral um tema que também se encontra nos versos transcritos em: a) "Pensem nas meninas Cegas inexatas Pensem nas mulheres Rotas alteradas." (Vinícius de Moraes) b) "Somos muitos severinos iguais em tudo e na sina: a de abrandar estas pedras suando-se muito em cima." (João Cabral de Melo Neto) c) "O funcionário público não cabe no poema com seu salário de fome sua vida fechada em arquivos." (Ferreira Gullar) d) "Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo." (Fernando Pessoa) e) "Os inocentes do Leblon Não viram o navio entrar (...) Os inocentes, definitivamente inocentes tudo ignoravam, mas a areia é quente, e há um óleo suave que eles passam pelas costas, e aquecem." (Carlos Drummond de Andrade) TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: A última aposta “Com um discurso em tom de urgência, Obama (o fraco) propõe ao Congresso (ainda mais fraco) um pacote de 447 bilhões de dólares para criar empregos – derradeira tentativa de evitar o repique da recessão e uma derrota eleitoral em 2012.” Não custa repetir. Obama, na Câmara: “Aprovem esse plano imediatamente”, disse ele, uma, duas, quatro, seis, oito vezes. 7 9. (G1 - IFSP) No parágrafo do quadro “Empregos caros”, as formas verbais “distribuísse” e “poderia” estão na base de um enunciado em que se a) afirma que os norte-americanos desempregados irão receber 80.000 dólares. b) nega a existência de outra possibilidade econômica diferente daquela proposta por Obama. c) cria uma hipótese que demonstra como a criação de postos de trabalho é algo custoso. d) explicam as facilidades de se criarem empregos no governo Obama. e) faz uma consideração favorável ao pacote de Obama, defendendo-se a ideia de se criarem empregos. 10. (ENEM PPL) Brazil, capital Buenos Aires No dia em que a bossa nova inventou o Brazil Teve que fazer direito, senhores pares, Porque a nossa capital era Buenos Aires, A nossa capital era Buenos Aires. E na cultura-Hollywood o cinema dizia Que em Buenos Aires havia uma praia Chamada Rio de Janeiro Que como era gelada só podia ter Carnaval no mês de fevereiro. Naquele Rio de Janeiro o tango nasceu E Mangueira o imortalizou na avenida Originária das tangas Com que as índias fingiam Cobrir a graça sagrada da vida. Tom Zé. Disponível em http://letras.terra.com.br. Acesso em: abr. 2010. O texto de Tom Zé, crítico de música, letrista e cantor, insere-se em um contexto histórico e cultural que, dentro da cultura literária brasileira, define-se como a) contemporâneo à poesia concretista e por ela influenciado. b) sucessor do Romantismo e de seus ideais nacionalistas. c) expressão do modernismo brasileiro influenciado pelas vanguardas europeias. d) representante da literatura engajada, de resistência ao Estado Novo. e) precursor do movimento de afirmação nacionalista, o Tropicalismo. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: O texto abaixo serve de referência para responder à(s) questão(ões) a seguir. Será que os dicionários liberaram o ‘dito-cujo’? Por Sérgio Rodrigues Brasileirismo informal, termo não está proibido, mas deve ser usado de forma brincalhona O registro num dicionário não dá certificado automático de adequação a expressão alguma: significa apenas que ela é usada com frequência suficiente para merecer a atenção dos lexicógrafos. O substantivo “dito-cujo”, que substitui o nome de uma pessoa que já foi mencionada ou que por alguma razão não se deseja mencionar, é um brasileirismo antigo e, de certa forma, consagrado, mas aceitável apenas na linguagem coloquial. Mais do que isso: mesmo em contextos informais seu emprego deve ser sempre “jocoso”, ou seja, brincalhão, como anotam diversos lexicógrafos, entre eles o Houaiss e o Francisco Borba. Convém que quem fala ou escreve “dito-cujo” deixe claro que está se afastando conscientemente do registro culto. Exemplo: “O leão procurou o gerente da Metro e se ofereceu para leão da dita-cuja, em troca de alimentação”, escreveu Millôr Fernandes numa de suas “Fábulas fabulosas”. (http://veja.abril.com.br/blog/sobrepalavras/consultorio/sera-que- os-dicionarios-liberaram-odito-cujo/>. Acesso em 13/11/2015. Texto adaptado) 11. (G1 - IFAL) Em vista da intenção do autor – refletir sobre o uso da expressão “dito-cujo” –, o texto 8 se organiza linguisticamente observando certas propriedades de estilo. Quanto a essas propriedades, apenas está correto o que se afirma em: a) A linguagem é culta, com traços de erudição que restringem a abrangência de interlocutores do texto, conforme objetiva o autor. b) O texto compõe-se em estilo formal, sem perder de vista a proximidade com o leitor, recurso que está adequado à finalidade didática da mensagem. c) Desde o título, que vem em forma de pergunta, o texto busca o coloquialismo, em diálogo simples com o leitor. d) O texto é formal e coloquial ao mesmo tempo, pois se vale de seriedade e de jocosidade para discutir o tema. e) O uso exagerado de palavras próprias da linguagem oral deixa o texto leve e informal, garantindo a compreensão geral deste pelo leitor. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Leia a charge abaixo para responder as questões. 12. (G1 - IFSC) De maneira bem-humorada, o texto trata dos relacionamentos via internet. É CORRETO afirmar que a alternativa que MELHOR resume a ideia geral do texto é: a) Pessoas solitárias e tímidas podem valer-se das interações virtuais proporcionadas pela internet para mostrar ao mundo como realmente são, sem medos nem pudores. b) Por meio da internet, é possível estabelecer relacionamentos sólidos, baseados não somente nos dotes físicos, mas também nas qualidades éticas e morais do outro. c) A interação por meios eletrônicos, como a internet, é de grande valor para que as pessoas construam uma imagem melhor de si mesmas, ganhando autoestima e autoconfiança. d) A internet é um mundo de fantasia, no qual tudo é permitido, mesmo as fantasias mais delirantes, mas sempre respeitando os limites da verdade e da ética. e) Em contatos virtuais, por meios eletrônicos, nem sempre é possível elaborar julgamentos acertados sobre os atributos físicos do interlocutor. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Velho papel pode estar com os anos contados Já imaginou, daqui a algumasdécadas, seu neto lhe perguntando o que era papel? Pois é, alguns pesquisadores já estão trabalhando para que esse dia chegue logo. A suposta ameaça 7à fibra natural não é o desajeitado e-book, mas o papel eletrônico, uma 'folha' que você carregaria dobrada no bolso. Ela seria capaz de mostrar o jornal do dia – com vídeos, fotos e notícias 8atualizadas –, o livro que você estivesse lendo ou qualquer informação antes impressa. Tudo ali. Desde os anos 70, está no ar a 5ideia de papel eletrônico, mas as últimas novidades são de duas semanas atrás. Cientistas holandeses anunciaram que estão perto de criar uma tela com 'quase todas' as propriedades do papel: 3leveza, flexibilidade, 4clareza, etc. A novidade que deixa o invento um pouco mais palpável está nos transistores. No papel do futuro, eles não serão de 6silício, mas de plástico – que é maleável e barato. Os holandeses dizem já ter um protótipo que mostra imagens em movimento em uma tela de duas polegadas, ainda que de qualidade 1'meia-boca'. 2Mas não vá celebrando o fim do desmatamento e do peso na mochila. A expectativa é que um papel eletrônico mais ou menos convincente apareça só daqui a cinco anos. Folha de S. Paulo, 17 dez. 2001. Folhateen, p. 10. 13. (G1 - IFCE) O narrador do texto a) limita-se a dar uma informação. b) em nenhum momento se dirige ao leitor. c) mostra-se contra o invento. d) dialoga com o leitor. e) fez uso de uma linguagem essencialmente técnica. 9 14. (G1 - UTFPR) Antigamente as moças chamavam- se “mademoiselles” e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo não sendo rapagões, faziam-lhe pé de alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio. E se levavam tábua, o remédio era tirar o cavalo da chuva e ir pregar em outra freguesia. (...) Os mais idosos, depois da janta, faziam o quilo, saindo para tomar a fresca; e também tomavam cautela de não apanhar o sereno. Os mais jovens, esses iam ao animatógrafo, chupando balas de alteia. Ou sonhavam em andar de aeroplano. Estes, de pouco siso, se metiam em camisa de onze varas e até em calças pardas; não admira que dessem com os burros n’água. Carlos Drummond de Andrade Sobre o excerto acima, retirado da crônica “Antigamente”, assinale a alternativa correta. a) A linguagem culta formal é opção feita pelo autor, mas acaba sendo prejudicada pelos arcaísmos, que tornam o texto obsoleto. b) A linguagem do texto apoia-se em uma variante linguística que demonstra o movimento de mudanças constantes que as línguas sofrem, através do tempo. c) Por empregar expressões em desuso, existentes apenas nos dicionários, o texto desperta interesse apenas dos mais idosos. d) Contém erros grosseiros, como o uso de palavra estrangeira, expressões incompreensíveis como “pé de alferes”, “faziam o quilo”, “de pouco siso” etc. e) O saudosismo do autor confere ao texto um tom muito triste, nostálgico. 15. (G1 - UTFPR) Desde que pesquisada corretamente, a modificação genética é um recurso inevitável no esporte. É melhor compreendê-la o quanto antes. Até porque muitos atletas com um desempenho pior do que o dos outros não hesitarão em se oferecer para a nova experiência, sem se importarem se haverá prejuízos a sua saúde ou não. Se jogar limpo é mesmo o que preocupa, tornar a tecnologia controlada, segura e acessível para todos é preferível a sua proibição. Essa atitude afastaria qualquer risco de mercado negro e danos irreversíveis à integridade física dos esportistas. (Andy Miah, pesquisador britânico, in "Discovery Magazine", setembro/2004, p. 14) Assinale a alternativa correta, de acordo com o texto. a) O autor tem preferência pela proibição da tecnologia da modificação genética. b) O autor é favorável à legalização da investigação da modificação genética. c) O autor apresenta opiniões contraditórias a respeito da modificação genética. d) Os atletas são altruístas, já que se oferecem a novas experiências genéticas, mesmo correndo riscos. e) A proibição da tecnologia da modificação genética protegeria os esportistas de danos irreversíveis a sua integridade física. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 16. (ENEM) Quanto às variantes linguísticas presentes no texto, a norma padrão da língua portuguesa é rigorosamente obedecida por meio a) do emprego do pronome demonstrativo “esse” em “Porque o senhor publicou esse livro?”. b) do emprego do pronome pessoal oblíquo em “Meu filho, um escritor publica um livro para parar de escrevê-lo!”. c) do emprego do pronome possessivo “sua” em “Qual foi sua maior motivação?”. d) do emprego do vocativo “Meu filho”, que confere à fala distanciamento do interlocutor. e) da necessária repetição do conectivo no último quadrinho. 10 17. (ENEM) O autor da tira utilizou os princípios de composição de um conhecido movimento artístico para representar a necessidade de um mesmo observador aprender a considerar, simultaneamente, diferentes pontos de vista. Das obras reproduzidas, todas de autoria do pintor espanhol Pablo Picasso, aquela em cuja composição foi adotado um procedimento semelhante é: a) b) c) d) e) TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: TEXTO 18. (G1 - IFAL) De acordo com a leitura do texto, escolha a alternativa correta. a) As crianças de hoje perderam o respeito pelos adultos e não lhes obedecem, sendo necessário aos pais reeducar os filhos para que estes, futuramente, não se tornem jovens assaltantes. b) O mau desempenho das crianças na escola está exclusivamente relacionado à falta de atenção dos pais, que passam mais tempo em frente à TV do que cuidando da educação dos filhos. c) A televisão tem contribuído para tornar as pessoas mais agressivas, na medida em que expõe uma programação que banaliza a violência e deixa os sujeitos insensíveis. d) A mensagem veiculada nos dois quadros poderia ser substituída pelo ditado: “Dize-me com quem andas e te direi quem és.”, mantendo-se a ideia expressa no texto original. e) Os atos infratores cometidos pelos jovens podem estar relacionados à falta de diálogo na família e ao mau exemplo dos pais. 19. (ENEM) DOCUMENTO 1 O cômputo da idade da Terra Da Criação até o Dilúvio.................................1.656 anos Do Dilúvio até Abraão................................................ 292 Do Nascimento de Abraão até Êxodo do Egito.......... 503 Do Êxodo até a Construção do Templo........................481 Do Templo ao Cativeiro..............................................414 Do Cativeiro até o Nascimento de Jesus Cristo............614 Do Nascimento de Jesus Cristo até hoje....................1.560 Idade da Terra.................................................5.520 anos 11 DOCUMENTO 2 Avalia-se em cerca de quatro e meio bilhões de anos a idade da Terra, pela comparação entre a abundância relativa de diferentes isótopos de urânio com suas diferentes meias-vidas radiativas. Considerando os dois documentos, podemos afirmar que a natureza do pensamento que permite a datação da Terra é de natureza: a) científica no primeiro e mágica no segundo. b) social no primeiro e política no segundo. c) religiosa no primeiro e científica no segundo. d) religiosa no primeiro e econômica no segundo. e) matemática no primeiro e algébrica no segundo. 20. (ENEM PPL) TEXTO I TEXTO II Em janeiro de 1928, Tarsila queria dar um presente de aniversário especial ao seu marido, Oswald de Andrade. Pintou o Abaporu. Eles acharam que parecia uma figura indígena, antropófaga, e Tarsila lembrou- se do dicionário tupi-guarani de seu pai. Batizou-se quadro de Abaporu, que significa homem que come carne humana, o antropófago. E Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e fundaram o Movimento Antropofágico. Disponível em: www.tarsiladoamaral.com.br. Acesso em:4 ago. 2012 (adaptado). O movimento originado da obra Abaporu pretendia se apropriar a) da cultura europeia, para originar algo brasileiro. b) da arte clássica, para copiar o seu ideal de beleza. c) do ideário republicano, para celebrar a modernidade. d) das técnicas artísticas nativas, para consagrar sua tradição. e) da herança colonial brasileira, para preservar sua identidade. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Aos treze anos de minha idade, e três da sua, separamo-nos, o meu cajueiro e eu. Embarco para o Maranhão e ele fica. Na hora, porém, de deixar a casa, vou levar-lhe o meu adeus. Abraçando-me ao seu tronco, aperto-o de encontro ao meu peito. A resina transparente e cheirosa corre-lhe do caule ferido. Na ponta do ramo mais alto abotoam os primeiros cachos de flores miúdas e arroxeadas, como pequeninas unhas de criança com frio. – Adeus, meu cajueiro! Até a volta! Ele não diz nada, e eu me vou embora. Da esquina da rua, olho ainda, por cima da cerca, a sua folha mais alta, pequenino lenço verde agitado em despedida. E estou em S. Luís, homem-menino, lutando pela vida, enrijando o corpo no trabalho bruto e fortalecendo a alma no sofrimento, quando recebo uma comprida lata de folha acompanhando uma carta de minha mãe: “Receberás com esta uma pequena lata de doce de caju, em calda. São os primeiros cajus do teu cajueiro. São deliciosos, e ele te manda lembranças”. (CAMPOS, Humberto de. Memórias. São Luís: Instituto Geia, 2009. Adaptado) 21. (G1 - IFSP) Sobre o texto é correto afirmar que a) a expressão “homem-menino” significa que o narrador partiu de sua cidade para trabalhar e cursar a universidade em uma grande metrópole. b) o narrador assume a perspectiva da 3ª pessoa onisciente, pois relata fatos dos quais tem inteiro domínio. c) a mãe, embora atenciosa e saudosa, não percebeu a relação de amizade entre o filho e o cajueiro. d) o texto apresenta dois discursos: o indireto, que corresponde à visão do escritor, e o direto, que corresponde aos pensamentos do protagonista. e) o cajueiro aparece personificado, pois se atribuem a ele características próprias de um ser humano. 12 22. (ENEM) A origem da obra de arte (2002) é uma instalação seminal na obra de Marilá Dardot. Apresentada originalmente em sua primeira exposição individual, no Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte, a obra constitui um convite para a interação do espectador, instigado a compor palavras e sentenças e a distribuí-las pelo campo. Cada letra tem o feitio de um vaso de cerâmica (ou será o contrário?) e, à disposição do espectador, encontram-se utensílios de plantio, terra e sementes. Para abrigar a obra e servir de ponto de partida para a criação dos textos, foi construído um pequeno galpão, evocando uma estufa ou um ateliê de jardinagem. As letras-vaso foram produzidas pela cerâmica que funciona no Instituto Inhotim, em Minas Gerais, num processo que durou vários meses e contou com a participação de dezenas de mulheres das comunidades do entorno. Plantar palavras, semear ideias é o que nos propõe o trabalho. No contexto de Inhotim, onde natureza e arte dialogam de maneira privilegiada, esta proposição se torna, de certa maneira, mais perto da possibilidade. Disponível em: www.inhotim.org.br. Acesso em: 22 maio 2013 (adaptado). A função da obra de arte como possibilidade de experimentação e de construção pode ser constatada no trabalho de Marilá Dardot porque a) o projeto artístico acontece ao ar livre. b) o observador da obra atua como seu criador. c) a obra integra-se ao espaço artístico e botânico. d) as letras-vaso são utilizadas para o plantio de mudas. e) as mulheres da comunidade participam na confecção das peças. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Viver não dói Por que sofremos tanto por amor? (...) Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido juntos e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade. (...) Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. (...) Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!! A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade... A dor é inevitável. O sofrimento é opcional. Carlos Drummond de Andrade Fonte: www.carlosdrummond.com.br 23. (G1 - IFAL) Da análise do texto, é correto afirmar que: a) A dor é opcional enquanto que o sofrimento é inevitável. 13 b) o seu assunto principal é a efemeridade da vida humana. c) o texto revela o valor do verdadeiro amor (que não damos), das pequenas coisas simples que constroem a felicidade, da consciência do tempo que desperdiçamos. d) o sofrimento existe porque o futuro é confiscado do homem, impedindo-o de realizar seus projetos e sonhos, uma vez que não há recursos, inclusive financeiros, para concretizá-los. e) na vida há sonhos e utopia. Somente os sonhos são capazes de levar o ser humano a superar o sofrimento e a dor. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Texto I [...] já foi o tempo em que via a convivência como viável, só exigindo deste bem comum, piedosamente, o meu quinhão, já foi o tempo em que consentia num contrato, deixando muitas coisas de fora sem ceder contudo no que me era vital, já foi o tempo em que reconhecia a existência escandalosa de imaginados valores, coluna vertebral de toda ‘ordem’; mas não tive sequer o sopro necessário, e, negado o respiro, me foi imposto o sufoco; é esta consciência que me libera, é ela hoje que me empurra, são outras agora minhas preocupações, é hoje outro o meu universo de problemas; num mundo estapafúrdio — definitivamente fora de foco — cedo ou tarde tudo acaba se reduzindo a um ponto de vista, e você que vive paparicando as ciências humanas, nem suspeita que paparica uma piada: impossível ordenar o mundo dos valores, ninguém arruma a casa do capeta; me recuso pois a pensar naquilo em que não mais acredito, seja o amor, a amizade, a família, a igreja, a humanidade; me lixo com tudo isso! me apavora ainda a existência, mas não tenho medo de ficar sozinho, foi conscientemente que escolhi o exílio, me bastando hoje o cinismo dos grandes indiferentes [...]. NASSAR, R. Um copo de cólera. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. Texto II Raduan Nassar lançou a novela Um Copo de Cólera em 1978, fervilhante narrativa de um confronto verbal entre amantes, em que a fúria das palavras cortantes se estilhaçava no ar. O embate conjugal ecoava o autoritário discurso do poder e da submissão de um Brasil que vivia sob o jugo da ditadura militar. COMODO, R. Um silêncio inquietante. IstoÉ. Disponível em: http:// www.terra.com.br. Acesso em: 15 jul. 2009. 24. (ENEM) Considerando-se os textos apresentados e o contexto político e social no qual foi produzida a obra Um Copo de Cólera, verifica-se que o narrador, ao dirigir-se à sua parceira, nessa novela, tece um discurso a) conformista, que procura defender as instituições nas quais repousava a autoridade do regime militar no Brasil, a saber: a Igreja, a família e o Estado. b) pacifista, que procura defender os ideais libertários representativos da intelectualidade brasileira opositora à ditadura militar na década de 70 do século passado.c) desmistificador, escrito em um discurso ágil e contundente, que critica os grandes princípios humanitários supostamente defendidos por sua interlocutora. d) politizado, pois apela para o engajamento nas causas sociais e para a defesa dos direitos humanos como uma única forma de salvamento para a humanidade. e) contraditório, ao acusar a sua interlocutora de compactuar com o regime repressor da ditadura militar, por meio da defesa de instituições como a família e a Igreja. 25. (ENEM CANCELADO) Quer evitar pesadelos? Então não durma de barriga para cima. Este é o conselho de quem garante ter sido atacado pela Pisadeira. A meliante costuma agir em São Paulo e Minas Gerais. Suas vítimas preferidas são aquelas que comeram demais antes de dormir. Desce do telhado — seu esconderijo usual — e pisa com muita força no peito e na barriga do incauto adormecido, provocando os pesadelos. Há controvérsias sobre sua aparência. De acordo com alguns, é uma mulher bem gorda. Já o escritor Cornélio Pires forneceu a seguinte descrição da malfeitora: “Essa é ua muié muito magra, que tem os dedos cumprido e seco cum cada unhão! Tem as perna curta, cabelo desgadeiado, quexo revirado pra riba e nari magro munto arcado; sobranceia cerrado e zoio aceso...” Pelo sim, pelo não, caro amigo... barriga para baixo e bons sonhos. Almanaque de Cultura Popular. Ano 10, out. 2008, nº- 114 (adaptado). Considerando que as variedades linguísticas existentes no Brasil constituem patrimônio cultural, a descrição da personagem lendária, Pisadeira, nas palavras do escritor Cornélio Pires, a) mostra hábitos linguísticos atribuídos à personagem 14 lendária. b) ironiza vocabulário usado no registro escrito de descrição de personagens. c) associa a aparência desagradável da personagem ao desprestígio da cultura brasileira. d) sugere crítica ao tema da superstição como integrante da cultura de comunidades interioranas. e) valoriza a memória e as identidades nacionais pelo registro escrito de variedades linguísticas pouco prestigiadas. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 26. (G1 - UTFPR) A partir da leitura da charge é correto afirmar que: a) não há problemas de entendimento entre a recenseadora e a família pesquisada. b) a internet é um dos meios de comunicação mais utilizados pelas famílias brasileiras. c) o censo trabalha com diferentes perguntas de acordo com o contexto dos pesquisados. d) as perguntas do censo são apenas sobre dados básicos da vida da população. e) não há no censo adequação das perguntas à realidade da maioria da população. 27. (G1 - IFSC) Sobre a charge, assinale a alternativa CORRETA. a) A mensagem de paz do texto que introduz a charge apresenta-se substancialmente oposta à imagem violenta retratada. b) O confronto entre os personagens apresenta uma mensagem coerente com a mensagem inicial da charge: de amor e paz. c) Lutar é algo inerente ao ser humano; por isso pode- se afirmar que não há qualquer contradição entre a mensagem verbal e a não verbal. d) As frases da torcida indicam que esses espectadores não gostam de violência. e) No contexto da charge, a luta pode ser entendida como uma forma de violência pacífica. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Entrevistador: Vamos falar de um escritor que você ressuscitou (...): Lima Barreto. João Antônio: (...) Ele é excelente do ponto de vista político, do ponto de vista econômico e do ponto de vista de uma administração brasileira. Um mulato que pagou caro pelo talento que teve, ainda mais porque assumiu a sua condição de negro, enfrentou todos os percalços e dificuldades que isso impunha, e fez uma obra simplesmente, a meu ver, única no Brasil. Não ficou apenas no BELETRISMO, numa época em que o beletrismo era moda e quase obrigação. (...) Entrevistador: Quais outros autores você admira, e que influenciaram ou não em sua formação literária? João Antônio: Os autores que me deram alguma coisa, dos brasileiros, foram aqueles autores que se distinguiram por uma oposição de coragem diante da literatura, não somente por fazerem uma FATURA estética de alto valor, mas também por buscar caminhos cujo EPICENTRO é o homem brasileiro. Manuel Antônio de Almeida, Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Lima Barreto, gente para qual a literatura não teve um minuto que significasse brinquedo, a literatura não era pó de vaidade, ela era objetivo na vida. E não se pense que em algum momento eles quiseram destruir o homem brasileiro, pelo contrário, eles quiseram compreender e expô-lo e ver se melhora alguma coisa em torno desse homem. Esse é o objetivo de qualquer literatura que se preze. O [sub]mundo de João Antônio. Entrevista publicada em setembro de 1975, na revista Crítica, em Leão de chácara, São Paulo: Cosac & Naify, 2002. 15 28. (G1 - UTFPR) Segundo João Antônio, Manuel Antônio de Almeida, Graciliano Ramos, José Lins do Rego e Lima Barreto, são autores que o influenciaram: a) pela qualidade de seus textos estéticos e pela atuação como políticos em partidos de esquerda. b) por que escreviam na norma culta, tentavam compreender o que é literatura e não eram vaidosos. c) pela qualidade de seus textos, com relação à utilização da linguagem, pela denúncia e crítica social da situação do brasileiro. d) pelo tom elevado da linguagem em suas obras e sua participação na Academia Brasileira de Letras. e) pelo vocabulário requintado e reconhecimento do público, manifesto pela compra de livros. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 29. (G1 - UTFPR) De acordo com os quadrinhos acima é possível afirmar que: a) a mãe não tem dinheiro para colocar o filho em atividades educativas. b) o filho não entende a fala da mãe. c) a pergunta do filho indica que ele não entendeu o que a mãe quer para ele. d) o desejo da mãe é sobrecarregar o filho de atividades. e) com tantas tarefas a criança não tem tempo para brincar. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: O horizonte a um centímetro Há cidades, como o Rio de Janeiro, em que, ao abrir uma janela, pode-se enxergar o infinito. Ou não, já que ele é infinito. O mar está à nossa frente e, ao fundo, as montanhas surgem umas por trás das outras, mas não se vê onde terminam. Pois, com toda essa imensidão ao nosso alcance, preferimos trazer o horizonte para cinco centímetros do rosto. Essa é a distância entre os olhos e o visor dos smartphones e similares que as pessoas carregam consigo – e de que não se desgrudam nem para atravessar a rua, levar a comida à boca ou dirigir o carro. O risco de cair num bueiro, espetar o garfo na bochecha ou bater num poste não faz com que tentem se livrar desse jugo – mais forte do que todas as formas de escravidão a que o ser humano foi submetido nos últimos 2.000 anos. Não contente, o homem conseguiu agora aproximar ainda mais o horizonte – a um centímetro do rosto. Chegou o Google Glass, um óculos que se equilibra nas orelhas e no nariz, como os óculos comuns, mas, em vez das lentes, contém uma telinha de uma polegada, equipada com câmera, microfone e internet – enfim, tudo de que você precisa na vida. Com ele, pode-se fotografar e gravar imagens, estocá- las, reproduzi-las e transmiti-las, ditar (não digitar) e mandar mensagens de texto, e ler (aliás, ouvir) o jornal ou o Guerra e Paz*. Serve também como GPS, controle remoto, relógio, TV, iPod e só falta trazer de volta a pessoa amada. Segundo os que já o testaram, o Google Glass provoca dor de cabeça, faz a pessoa tropeçar na rua e criará uma geração de vesgos se for usado continuamente por menores de 13 anos. E seu design é cafonérrimo. Ou seja, tem tudo para ser um sucesso de vendas. (Ruy Castro, Folha de S. Paulo, 13.05.2013. Adaptado) *Guerra e Paz: extenso romance considerado uma das obras-primas de Leon Tolstói. 30. (G1 - IFSP) Pela leitura do texto, pode-se concluir corretamente que, para o autor, a)os diversos aplicativos, presentes em aparelhos como os smartphones, e a maior proximidade do usuário com a tela permitem às pessoas amplo domínio da própria liberdade. b) o principal atrativo do Google Glass é possibilitar, em um curto período de tempo, a leitura de textos consagrados da literatura, a exemplo do romance Guerra e Paz. c) os smartphones e outros celulares, apesar do design deselegante e futurista, garantem maior interação entre os indivíduos e a realidade que os cerca. 16 d) as pessoas não utilizam o senso crítico quando compram e usam, indiscriminadamente, determinados produtos e equipamentos oferecidos pelo mercado consumidor. e) os indivíduos portadores de deficiências visuais substituirão os óculos convencionais pelo Google Glass, uma vez que este possui lentes mais leves e sofisticadas. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: O gosto da surpresa Betty Milan Psicanalista e escritora Nada é melhor do que se surpreender, olhar o mundo com olhos de criança. Por isso as pessoas gostam de viajar. Nem o trânsito, nem a fila no aeroporto, nem o eventual desconforto do hotel são empecilhos neste caso. Só viajar importa, ir de um para outro lugar e se entregar à cena que se descortina. Como, aliás, no teatro. O turista compra a viagem baseado nas garantias que a agência de turismo oferece, mas se transporta em busca de surpresa. Porque é dela que nós precisamos mais. Isso explica a célebre frase “navegar é preciso, viver não”, erroneamente atribuída a Fernando Pessoa, já que data da Idade Média. Agora, não é necessário se deslocar no espaço para se surpreender e se renovar. Olhar atentamente uma flor, acompanhar o seu desenvolvimento, do botão à pétala caída, pode ser tão enriquecedor quanto visitar um monumento histórico. Tudo depende do olhar. A gente tanto pode olhar sem ver nada quanto se maravilhar, uma capacidade natural na criança e que o adulto precisa conquistar, suspendendo a agitação da vida cotidiana e não se deixando absorver por preocupações egocêntricas. Como diz um provérbio chinês, a lua só se reflete perfeitamente numa água tranquila. O que nós vemos e ouvimos depende de nós. A meditação nos afasta do clamor do cotidiano e nos permite, por exemplo, ouvir a nossa respiração. Quem escuta com o espírito e não com o ouvido, percebe os sons mais sutis. Ouve o silêncio, que é o mais profundo de todos os sons, como bem sabem os músicos. Numa de suas músicas, Caetano Veloso diz que “só o João (Gilberto) é melhor do que o silêncio”. Porque o silêncio permite entrar em contato com um outro eu, que só existe quando nos voltamos para nós mesmos. Há milênios, os asiáticos, que valorizam a longevidade, se exercitam na meditação, enquanto nós, ocidentais, evitamos o desligamento que ela implica. Por imaginarmos que sem estar ligado não é possível existir, ignoramos que o afastamento do circuito habitual propicia uma experiência única de nós mesmos, uma experiência sempre nova. Desde a Idade Média, muitos séculos se passaram. Mas o lema dos navegadores continua atual. Surpreender- se é preciso. A surpresa é a verdadeira fonte da juventude, promessa de renovação e de vida. (Veja, Editora Abril, edição 2184 – ano 43 – nº 39, 29/09/2010, p. 116) 31. (G1 - IFAL) No texto: “O gosto da surpresa”, Betty Milan defende a tese segundo a qual: a) viajar é a única forma de experimentar a surpresa, e, assim, ver o mundo com os olhos de uma criança. Por isso ela cita a frase “Navegar é preciso, viver não”. b) precisamos nos surpreender, para o que basta enxergar o mundo com outros olhos e, como fazem as crianças, perceber o novo nas coisas cotidianas. c) o gosto da surpresa depende do ato de olhar as maravilhas do mundo infantil, como fazem as crianças, de forma natural. d) a natureza da criança está condicionada a uma percepção das maravilhas do mundo sem a agitação da vida cotidiana e livre de preocupações egocêntricas. e) a vida cotidiana e o egoísmo afastam as crianças de um futuro surpreendente e maravilhoso. 32. (ENEM CANCELADO) Cada vez mais, as pessoas trabalham e administram serviços de suas casas, como mostra a pesquisa realizada em 1993 pela Fundação Europeia para a Melhoria da Qualidade de Vida e Ambiente de Trabalho. Por conseguinte, a ‘centralidade da casa’ é uma tendência importante da nova sociedade. Porém, não significa o fim da cidade, pois locais de trabalho, escolas, complexos médicos, postos de atendimento ao consumidor, áreas recreativas, ruas comerciais, shopping centers, estádios de esportes e parques ainda existem e continuarão existindo. E as pessoas deslocar-se-ão entre todos esses lugares com mobilidade crescente, exatamente devido à flexibilidade recém-conquistada pelos sistemas de trabalho e integração social em redes: como o tempo fica mais flexível, os lugares tornam-se mais singulares à medida que as pessoas circulam entre elas em um padrão cada vez mais móvel. CASTELLS, M. A Sociedade em rede. V. 1. São Paulo: Paz e Terra, 2002. 17 As tecnologias de informação e comunicação têm a capacidade de modificar, inclusive, a forma das pessoas trabalharem. De acordo com o proposto pelo autor a) a ‘centralidade da casa’ tende a concentrar as pessoas em suas casas e, consequentemente, reduzir a circulação das pessoas nas áreas comuns da cidade, como ruas comerciais e shopping centers. b) as pessoas irão se deslocar por diversos lugares, com mobilidade crescente, propiciada pela flexibilidade recém-conquistada pelos sistemas de trabalho e pela integração social em redes. c) cada vez mais as pessoas trabalham e administram serviços de suas casas, tendência que deve diminuir com o passar dos anos. d) o deslocamento das pessoas entre diversos lugares é um dos fatores causadores do estresse nos grandes centros urbanos. e) o fim da cidade será uma das consequências inevitáveis da mobilidade crescente. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Enigma do cérebro avariado Enquanto cientistas tentam entender a genialidade de Albert Einstein, a medicina se surpreende com circunstâncias absolutamente opostas: das pessoas que vivem bem com apenas parte do cérebro. Dois anos atrás, uma radiografia de rotina revelou um oco no interior da cabeça de um francês de 44 anos. Só depois de submetê-lo a exames de tomografia e ressonância magnética, os médicos da Universidade do Mediterrâneo, em Marselha, perceberam que ele tinha cérebro, mas minúsculo e alojado como uma capa rente ao crânio. Ainda assim, esse francês viveu quatro décadas sem chamar a atenção. Vinte anos atrás o cérebro era visto como sendo formado por setores estanques, cada um deles responsável por determinada habilidade. A descoberta da neurogênese, o processo de produção de novos neurônios ao longo da vida, em 1998, e o avanço da tecnologia de neuroimagens revelaram uma realidade diferente. O cérebro tem capacidade de se regenerar e de se adaptar. Quando uma área sofre dano, outra pode muitas vezes assumir suas funções. Oito em cada dez crianças que, para curar a epilepsia, tiveram um hemisfério retirado vivem normalmente com meio cérebro. “As conexões cerebrais são globais. Cada tarefa é realizada não por uma única área, mas por uma densa rede de neurônios”, explica Benito Damasceno, chefe do departamento de neurologia da Faculdade de Medicina da Unicamp. As funções vitais, como o batimento cardíaco e a respiração, estão protegidas em áreas profundas, como o hipotálamo e o tronco cerebral. A maior parte do cérebro é constituída de massa encefálica, sem nenhuma função vital. Isso explica como uma pessoa pode ter a cabeça transpassada por um arpão e sobreviver sem sequelas. “O cérebro é mais parecido com uma floresta do que com um relógio ou computador, como se pensava no passado.”, diz o neurologista Mauro Muszkat, da Universidade Federal de São Paulo. (Carolina Romanini – Revista Veja, 21 de outubro de 2009 p.103)33. (G1 - UTFPR) Pode-se concluir após a leitura do texto que: a) os estudos do cérebro contribuíram para a cura de pacientes com danos cerebrais como a epilepsia. b) o cérebro é uma intensa rede neural, oco, com setores estanques e com capacidade de regeneração. c) a ciência descobriu que o cérebro avariado pode se regenerar, porque uma área assume a função da afetada. d) pensava-se antes que o cérebro se parecia com um relógio ou um computador porque possui uma densa rede neural. e) Albert Einstein foi um neurologista que viveu quatro décadas com o cérebro avariado e ainda assim foi um gênio. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Seria o fogo em minha casa? Correriam risco de arder todos os meus manuscritos, toda a expressão de toda a minha vida? Sempre que esta ideia, antigamente, simplesmente me ocorrera, um pavor enorme me fazia estarrecer. E agora reparei de repente, não sei já se com pasmo ou sem pasmo, não sei dizer se com pavor ou não, que me não importaria que ardessem. Que fonte – que fonte secreta mas tão minha – se me havia secado na alma? Fernando Pessoa: Barão de Teive: a educação do insólito. 34. (G1 - IFCE) As reflexões do autor se identificam melhor com o seguinte posicionamento: a) Normalmente, a gente não para para pensar sobre a vida, porque ela nunca muda, e, quando alguma coisa muda, sempre sabemos quando ocorreu e o que ocasionou a alteração, visto que somos nós mesmos os agentes conscientes de tudo que se altera em nós. 18 b) De repente, a gente para para pensar na vida, vê que tudo mudou, que não conseguimos mais concordar com nossas antigas opiniões, mas, se nos perguntarem, sempre sabemos explicar tudo sobre tais mudanças. c) Sem precisar de muitas explicações, o pensamento da gente começa a se fixar nas mudanças que alteram nossa vida, porque alteram nossa opinião sobre as coisas, e o melhor disso tudo é que somos sempre atentos a cada passo diferente e, por isso, somos capazes de dar explicações sobre os diversos aspectos em que as coisas mudaram. d) Todos os dias, a vida mostra com mais verdade que a gente nunca foi capaz de mudar qualquer opinião ou sentimento a respeito das coisas que nos são caras. e) Um belo momento na vida, a gente para para refletir e percebe que as coisas, mesmo as mais profundas das nossas particularidades, sempre mudam, embora nunca possamos voltar no tempo para contemplar o momento exato em que isso ocorreu, bem como nem sempre sabemos explicar as causas de tais mudanças. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Como fazíamos sem óculos Três graus de miopia. Hoje, um diagnóstico como esse é bobagem. Afinal, você pode viver normalmente usando um par de óculos. Mas há alguns séculos, um problema de visão assim era sinônimo de aposentadoria. O senador romano Marco Túlio Cícero, que viveu no século I a.C., quase teve de abandonar seu cargo quando a idade o impediu de ler sozinho. Como tinha dinheiro, resolveu o problema do jeito que se fazia na época: comprou escravos que pudessem ler para ele. No século IV, o grego Sêneca, autor de tragédias e famoso pensador, resolveu o mesmo problema usando um pote com água sobre os textos para deixar as letras maiores. Foi aproximadamente pelo ano 1 000 que as lentes apareceram na Europa. As primeiras foram criadas pelos monges católicos, os poucos alfabetizados na época, que usaram cristais de quartzo, topázio ou berilo lapidados em forma de semicírculos e polidos. O resultado era uma lupa primitiva que se colocava em cima do material que se pretendia ler. Muito tempo se passou até que os homens tivessem a ideia de aproximar a lente dos olhos, ou melhor, do olho, pois os primeiros modelos de óculos eram feitos só para uma vista. Quando surgiu a versão para dois olhos, tinha o formato de um V invertido e era preciso segurar a armação com as mãos para que permanecesse apoiada sobre o nariz. Nessa época, óculos eram caríssimos, a ponto de aparecerem listados em testamentos e inventários. Foi só em 1752 que o inglês James Ayscough criou óculos com duas hastes laterais. Mas apesar de terem aberto os olhos de muita gente, muitas tinham vergonha de aparecer em público usando o acessório. Menos na Espanha, onde as pessoas achavam que aquele objeto de vidro as deixava com um ar mais importante e respeitoso. (SOALHEIRO, Barbara. Como fazíamos sem. São Paulo: Panda Books, 2006. Adaptado) 35. (G1 - IFSP) De acordo com as informações presentes no texto, é correto afirmar que a) o senador Cícero e o pensador Sêneca, por serem ricos, solucionaram o problema de visão contratando serviçais para auxiliá-los. b) os monges católicos dedicavam-se à publicação de livros, por esse motivo criaram os primeiros óculos no fim do século XIV. c) as lupas primitivas, feitas a partir de lentes de cristais lapidados, eram apoiadas sobre o nariz para servirem adequadamente à leitura. d) os óculos concebidos por James Ayscough representavam para algumas pessoas a possibilidade de ostentar um acessório que as distinguia socialmente. e) os modelos de óculos com formato em V, dois apoios laterais e lentes de cristal raro eram caríssimos, por isso faziam parte de testamentos. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Leia este texto para responder à(s) questão(ões) a seguir. 19 Heráclito não poderia ser mais certeiro ao afirmar que "um homem não pode entrar no mesmo rio duas vezes”. Pode ser que os brasileiros nunca mais entrem no Rio Doce assim, doce. “Lira Itabirana” I O Rio? É doce. A Vale? Amarga. Ai, antes fosse Mais leve a carga. II Entre estatais E multinacionais, Quantos ais! III A dívida interna. A dívida externa. A dívida eterna. IV Quantas toneladas exportamos De ferro? Quantas lágrimas disfarçamos Sem berro? Do Portal Vermelho, Mariana Serafini. In: http://www.vermelho.org. br/noticia/272915-11 36. (G1 - IFAL) Considerando o sentido metafórico da segunda palavra “doce”, no texto que subscreve a paisagem, o referido rio não mais terá justificado o seu nome porque será a) um rio de água estéril. b) um rio de água potável. c) um rio de água tranquila. d) um rio de água navegável. e) um rio de água saudável. 37. (ENEM) Colcha de retalhos representa a essência do mural e convida o público a a) apreciar a estética do cotidiano. b) interagir com os elementos da composição. c) refletir sobre elementos do inconsciente do artista. d) reconhecer a estética clássica das formas. e) contemplar a obra por meio da movimentação física. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Grande parte dos avanços tecnológicos integra o processo evolutivo da comunicação, conduzindo- nos para uma maior democratização da informação e, 1consequentemente, do saber. A comunicação virtual introduz um conceito de descentralização da informação e do poder de comunicar. Todo computador, conectado à internet, possui a capacidade de transmitir palavras, imagens, sons. Não se limita apenas aos donos de jornais e emissoras; qualquer pessoa pode construir um 2site na internet, sobre qualquer assunto e propagá-lo de maneira simples. O espaço cibernético tem se tornado um lugar essencial, um futuro próximo de comunicação completamente distinta da mídia clássica. [...]. A internet proporciona a interação entre 3locutor e 4interlocutor, 5uma vez que, 6na rede, qualquer elemento adquire a possibilidade de interação, havendo interconexões entre pessoas dos mais diferentes lugares do planeta, facilitando, portanto, o contato entre elas, assim como a busca por opiniões e ideias convergentes. Uma prova da eficiência da internet em construir esse ideal de propagação de mensagens e opiniões está na multiplicidade de temas que podem ser encontrados nela. Além dos 7sites, as listas de discussão, 8que agregam pessoas interessadas em um dado assunto, também merecem consideração. 20 É nesse ponto que a internet se sobressai, pois integrae condensa nela todos os recursos de todas as formas de 9comunicação, como jornal, por exemplo. Além de apresentar todas as funções do jornalismo, que, segundo Beltrão são econômica, social educativa e de entretenimento, 10ela é um meio de comunicação interativo. 11Além disso, há a questão da dinamicidade e da interatividade12: 13o espaço virtual, diferentemente de um texto de jornal ou revista em papel, está constantemente em movimento. GALLI, Fernanda. Linguagem da internet: um meio de comunicação global. In: Hipertexto e gêneros digitais. MARCUSCHI, Luiz Antônio; XAVIER, Antonio Carlos (Org.). São Paulo: Cortez, 2010, p. 151-2. (adaptado) 38. (G1 - IFBA) O texto é um fragmento de um artigo, que se insere no conjunto dos textos de tipo argumentativo, os quais se caracterizam por a) apresentar dados sobre um objeto ou fato específico, sua descrição e a indicação de suas qualidades. b) ter a função apelativa como predominante, e tentar convencer o receptor a tender à vontade do emissor. c) arranjar uma sequência de fatos na qual os personagens se movimentam num determinado espaço à medida que o tempo passa. d) defender um ponto de vista, em que apresentar fundamentos para sustentar a tese é essencial. e) representar verbalmente um objeto sensível, através da indicação dos seus aspectos mais característicos, que o individualizam. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Celular liberado Em 2010, a pesquisadora em Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação Glaucia da Silva Brito e o mestrando em Educação Marlon de Campos Mateus, ambos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), realizaram uma pesquisa com professores de um colégio estadual de Curitiba (PR). A pergunta era: é possível usar os aparelhos celulares dos alunos com propósito pedagógico em sala de aula? A maioria não via nenhuma utilidade nos aparelhos, e ainda os considerava como um empecilho em suas aulas. Quatro anos depois, é crescente o número de professores que veem os celulares com outros olhos. E muitos os estão usando como aliados. No Colégio Vital Brazil, de São Paulo (SP), costuma-se dizer que a liberação do uso dos smartphones e outros aparelhos eletrônicos em aula foi uma 1“necessidade”. A coordenadora pedagógica do ensino médio, Maria Helena Esteves da Conceição, conta que, desde 2013, o uso dos aparelhos eletrônicos passou a ser feito em laboratórios e aulas específicas, como artes e matemática. Os pesquisadores da UFPR sugerem ainda outras possibilidades de uso pedagógico dos smartphones: pesquisas em dicionários on-line ou aplicativos, a câmera como recurso nas aulas de artes, as redes sociais com geolocalização para as aulas de geografia. 2Tudo depende do propósito pedagógico e da disponibilidade do professor. 3Mas será que esses aparelhos precisam ser usados em sala de aula? Não 4haveria outros meios para chegar aos mesmos resultados de pesquisa? Para incorporar os smartphones nas classes, é preciso preparo dos professores e planejamento para as aulas, acredita Vanderlei Cardoso, professor e assessor de matemática do Colégio Vital Brasil. Mãe do aluno 5David, do 9º ano do Colégio Bandeirantes, Beatriz Silva, 6aprova a utilização dos aparelhos eletrônicos em aula, “já que fazem parte do dia a dia dessa nova geração” e, segundo sua percepção, houve mudanças no processo de aprendizagem de seu filho. “Ele se tornou mais motivado para 7algumas atividades escolares específicas nas 8quais usa os aparelhos e apresentou mais autonomia para fazer pesquisa na internet e criatividade no uso de programas relacionados às artes gráficas”, relata. Mas Beatriz não esconde suas preocupações, que são as mesmas de muitos pais e pesquisadores, preocupados com o uso excessivo da tecnologia no cotidiano de jovens e crianças. “Minha preocupação é com o fato de os jovens permanecerem o tempo todo conectados aos smartphones. Considero que, 9dessa forma, há o risco de os recursos de informática se tornarem os ‘protagonistas’ do processo quando, na verdade, o foco deve ser sempre o recurso ‘humano’”, diz Beatriz. Disponível em: http://revistaeducacao.uol.com.br. Acesso em: 24.09.2015. Adaptado. 39. (G1 - IFBA) É possível afirmar que o texto: a) conclui que não há problemas pedagógicos ou sociais no uso do aparelho celular em sala de aula. b) defende o uso do celular em sala de aula como sendo mais benéfico do que prejudicial ao ensino. c) problematiza o uso do celular em sala de aula, apresentando posicionamentos divergentes quanto a esse uso. d) atribui aos pais a maior parte da responsabilidade na orientação dos filhos quanto ao uso do aparelho celular. 21 e) condena o uso do celular em sala de aula, já que esse aparelho pode desvalorizar as relações pessoais, tornando-as mais mecânicas. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: AS VOZES DO PROTESTO: A TRUCULÊNCIA POLICIAL CONTRA AS VOZES À PROCURA DE UMA CAUSA A onda de protestos que varreu o país em junho de 2013 teve por impulso o aumento nas tarifas de transporte, mas esteve longe de ter uma motivação unificadora da multidão. 1Desnudou, de quebra, a capa da civilidade que disfarça a truculência de policiais e governadores saudosos da ditadura militar. As pessoas 2saíram às ruas descontentes com 3discrepâncias como a que há entre a qualidade de um serviço público tão básico como o transporte e a farra dos empresários da Copa com o erário, que em dado momento havia sido justificada por conta de benfeitorias que não vieram. Mas o 4protesto da gota d’água foi às ruas avolumando gente com todo tipo de bandeira, da tolerância zero a políticos ao fim da PEC 5que tira poderes do Ministério Público. 6Em todo mundo, 7de Detroit a Istambul, pipocaram movimentos populares apartidários, horizontais, sem líderes. Para o sociólogo espanhol Manuel Castells, que foi entrevistado pelo jornal Valor Econômico quando no Brasil, 8em pleno furdunço das ruas de junho, 9o ponto em comum na onda de protestos do planeta é a internet. 10Há a visão de que a política é corrupta e os partidos monopolizam o poder com um modelo de representação que está esgotado. 11a rede mundial tornou as relações mais horizontais, apartidárias e sem lideranças formais – 12as que se apresentam sofrem a reação avessa dos participantes. As pessoas saíram às ruas 13ávidas por expressão, mesmo sem saber o que, juntas, expressariam. Foi o mais 14notável movimento de vozes cujo mérito é não terem uma voz em comum. A mera existência da forma – a insatisfação, seja ela qual for – já era seu melhor conteúdo. Revista Língua Portuguesa, Ano 8, nº93, julho de 2013. 40. (G1 - IFBA) A partir da leitura do texto, pode-se afirmar que a) as diferentes vozes presentes nas manifestações mostraram que, apesar de levantarem bandeiras diferentes, as pessoas tinham um objetivo em comum. b) as atitudes exercidas pela polícia e pelos governantes, durante a ditadura militar, retornam durante as manifestações. c) o protesto, mesmo sem liderança, teve a internet como um elo entre os manifestantes. d) o autor do texto expõe, de forma clara, seu ponto de vista sobre a participação de grupos partidários nas manifestações. e) os chamados vândalos influenciaram na volta de uma polícia truculenta, saudosa da ditadura militar. 41. (ENEM PPL) Prima Julieta Prima Julieta irradiava um fascínio singular. Era a feminilidade em pessoa. Quando a conheci, sendo ainda garoto e já sensibilíssimo ao charme feminino, teria ela uns trinta ou trinta e dois anos de idade. Apenas pelo seu andar percebia-se que era uma deusa, diz Virgílio de outra mulher. Prima Julieta caminhava em ritmo lento, agitando a cabeça para trás, remando os belos braços brancos. A cabeleira loura incluía reflexos metálicos. Ancas poderosas. Os olhos de um verde azulado borboleteavam. A voz rouca e ácida, em dois planos: voz de pessoa da alta sociedade. MENDES, M. A idade do serrote. Rio de Janeiro: Sabiá,1968. Entre os elementos constitutivos dos gêneros, está o modo como se organiza a própria composição textual, tendo-se em vista o objetivo de seu autor: narrar, descrever, argumentar, explicar, instruir. No trecho, reconhece-se uma sequência textual a) explicativa, em que se expõem informações objetivas referentes à prima Julieta. b) instrucional, em que se ensina o comportamento feminino, inspirado em prima Julieta. c) narrativa, em que se contam fatos que, no decorrer do tempo, envolvem prima Julieta. d) descritiva, em que se constrói a imagem de prima Julieta a partir do que os sentidos do enunciador captam. e) argumentativa, em que se defende a opinião do enunciador sobre prima Julieta, buscando-se a adesão do leitor a essas ideias. 42. (SIMULADO) Quarto de Despejo, de Carolina Maria de Jesus, completa 60 anos Considerado um best-seller improvável, clássico literário segue incômodo e atual e chegou a ser traduzido para 13 idiomas 22 A luxuosa sede da editora Francisco Alves, em São Paulo, presenciava uma noite diferente naquele 19 de agosto de 1960. Afinal, não era sempre que uma mulher negra e de origem humilde lançava um livro, ainda mais com uma recepção lotada, com mais de 1.500 convidados. (...) “Ela quebrou o cânone”, avalia o jornalista Tom Farias, autor de Carolina – Uma Biografia, lançado em 2018. “A academia foi surpreendida por uma linguagem coloquial, porém com poder narrativo muito forte, muito precisa nas orações que ela faz”, explica. Junto do sucesso, vieram as críticas. “A intelectualidade torceu o nariz. Não admitiam uma mulher negra, que acusavam de iletrada, vender tantos livros como ela fez”, reforça. Disponível em: https://vermelho.org.br. Acesso em: 3 set. 2020. Os textos fazem uso constante de recurso que permitem a articulação entre suas partes. Quanto à construção do fragmento da notícia, o termo a) “Ela” retoma a palavra “academia”. b) “afinal” introduz uma ideia de finalidade. c) “ainda” remete a “19 de agosto de 1960”. d) “porém” estabelece uma ideia de adversidade. e) “best-seller” retoma a informação “Editora Francisco Alves”. 43. (ENEM PPL) Cândido Portinari, nascido em 1903, em uma fazenda de café em Brodósqui, no interior do estado de São Paulo, é um dos ícones das artes plásticas no Brasil e no mundo. Sua vasta e variada obra é um dos valiosos patrimônios da cultura brasileira. A seguir, são apresentadas pinturas desse grande artista. Na série de pinturas apresentada, Portinari a) valoriza o folclore brasileiro com a representação de tradicionais brincadeiras infantis, fenômeno da cultura popular. b) revela seu apego à cultura rural, mediante imagens impressionistas de tipos regionais remanescentes em algumas áreas do Brasil. c) apresenta figuras humanas em estilo tradicionalmente acadêmico, com técnica de óleo sobre tela, uma influência europeia em sua arte. d) representa cenas de sua cidadezinha do interior e de sua infância de menino pobre, mas livre, que pertencem a um passado que se perdeu. e) apresenta uma maneira própria de ver a arte, à medida que usa traços, luzes, formas, texturas, com impressões de seu estado de espírito no momento da criação. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Quarto de Despejo – Diário de uma Favelada Carolina Maria de Jesus 17 DE MAIO Levantei nervosa. Com vontade de morrer. 1Já que os pobres estão mal colocados, para que viver? 2Será que os pobres de outro país sofrem igual aos pobres do Brasil? 3Eu estava 4discontente que até cheguei a brigar com o meu filho José Carlos sem motivo... ... 5Chegou um caminhão aqui na favela. O motorista e o seu ajudante jogam umas latas. É linguiça enlatada. Penso: é assim que fazem esses comerciantes insaciaveis. Ficam esperando os preços subir na ganancia de ganhar mais. E quando apodrece jogam para os corvos e os infelizes favelados. 6Não houve briga. 7Eu até estou achando 8isso aqui monotono. Vejo as crianças abrir as latas de linguiça e exclamar satisfeitas: _ Hum! Tá gostosa! A Dona Alice deu-me uma para experimentar. 9Mas a lata está estufada. Já está podre. Trecho disponível em: JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo – diário de uma favelada. São Paulo: Ática, 2001. 44. (G1 - IFCE) A informação de que “Não houve briga” (referência 6) deixa subentendido que a) as crianças geralmente brigavam por linguiça. b) eram raras as brigas na favela. c) na favela só havia briga por comida. d) podia-se esperar briga na favela. e) como de costume, ninguém brigou. 45. (SIMULADO) Quem Sabe um Dia Quem sabe um dia Quem sabe um seremos Quem sabe um viveremos 23 Quem sabe um morreremos! Quem é que Quem é macho Quem é fêmea Quem é humano, apenas! Sabe amar Sabe de mim e de si Sabe de nós Sabe ser um! Um dia Um mês Um ano Um(a) vida QUINTANA, Mário – Antologia Poética, 5ª edição. Rio de Janeiro. Ed. Alfaguara. Na última estrofe do poema, o autor utilizou, como recurso de expressividade, a(o) a) metáfora, pela comparação subjetiva. b) assíndeto, pelo não uso de conetivos. c) apóstrofe, pela interpelação ao tempo. d) gradação, pela ideia crescente do tempo. e) hipérbole, pelo exagero no aspecto temporal. ANOTAÇÕES 24 TEMA DE REDAÇÃO: O AUMENTO DOS CASOS DE FRAUDE FINANCEIRA NA INTERNET TEXTO 1 Conheça os principais golpes praticados na internet Furto de identidade: alguém se passa por outra pessoa para obter vantagens ilícitas. A vítima poderá perder dinheiro e temporariamente crédito, ou até ter sua reputação abalada. Pode ser demorado e trabalhoso reverter todos os problemas causados pelo impostor. Antecipação de recursos: um golpista induz a vítima a fornecer informações confidenciais ou a realizar um pagamento adiantado com a promessa de que esta receberá um benefício. Em algum tempo, a vítima percebe que o benefício não existe, que foi vítima de um golpe e que seus dados e/ou dinheiro ficaram com o golpista. Golpes de comércio eletrônico: exploram a relação de confiança do usuário nos negócios on-line. A vítima pode ser atraída por uma oferta imperdível e não receber a mercadoria comprada ou o pagamento por um produto vendido, além de passar dados seus ao golpista. Phishing: um golpista tenta obter dados pessoais e financeiros de um usuário utilizando técnicas de engenharia social. A consequência pode ser o vazamento de informações pessoais e financeiras, além de infectar o computador com códigos maliciosos. Pharming: golpe que envolve o redirecionamento da navegação do usuário para sites falsos. A consequência será o vazamento de dados pessoais e financeiros, com possível perda financeira. Desconfie se, ao digitar o endereço do site no navegador, você for redirecionado para outro site, o qual tenta realizar alguma ação suspeita, como abrir um arquivo ou instalar um programa. Boato (ou hoax): a mensagem tem conteúdo falso e alarmante e geralmente é enviada por uma empresa importante ou órgão governamental, e até mesmo por um conhecido. Pode trazer problemas tanto para aqueles que a recebem e distribuem, como para aqueles que são citados em seu conteúdo, como conter códigos maliciosos, espalhar desinformação pela Internet, comprometer a credibilidade e a reputação de pessoas envolvidas. Fonte: Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Disponível em: https:// www.tjsc.jus.br/ (adaptado) TEXTO2 Brasil é líder mundial em golpes de phishing Um relatório divulgado pela Kaspersky revelou que o Brasil foi líder mundial em phishing em 2020. O país ficou à frente de Portugal, França, Tunísia e Guiana Francesa, que completam a lista dos cinco territórios com maior índice de roubo de dados no ano passado. Nesse tipo de golpe, bandidos roubam informações sigilosas das vítimas a partir de falsas promoções ou links maliciosos divulgados na Internet. Segundo a pesquisa,