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2
 1º DIA - ENEM
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
QUESTÕES 1 A 45
QUESTÕES 1 A 05 (OPÇÃO INGLÊS)
1. (ENEM) 1984 (excerpt)
‘Is it your opinion, Winston, that the past has real 
existence?’ [...] O’Brien smiled faintly. ‘I will put it 
more precisely. Does the past exist concretely, in 
space? Is there somewhere or other a place, a world of 
solid objects, where the past is still happening?’
‘No.’
‘Then where does the past exist, if at all?’
‘In records. It is written down.’
‘In records. And – –?’
‘In the mind. In human memories.’
‘In memory. Very well, then. We, the Party, control all 
records, and we control all memories. Then we control 
the past, do we not?’
ORWELL. G. Nineteen Eighty-Four. New York: Signet Classics, 1977.
O romance 1984 descreve os perigos de um Estado 
totalitário. A ideia evidenciada nessa passagem é que 
o controle do Estado se dá por meio do(a) 
a) boicote a ideais libertários. 
b) veto ao culto das tradições. 
c) poder sobre memórias e registros. 
d) censura a produções orais e escritas. 
e) manipulação de pensamentos individuais 
 
2. (ENEM PPL) Monks embrace web to reach recruits
Stew Milne for The New York Times
The Benedictine monks at the Portsmouth Abbey in 
Portsmouth have a problem. They are aging and their 
numbers have fallen to 12, from a peak of about 24 in 
1969. So the monks have taken to the Internet with 
an elaborate ad campaign featuring videos, a blog and 
even a Gregorian chant ringtone. “If this is the way 
the younger generation are looking things up and are 
communicating, then this is the place to be”, said Abbot 
Caedmon Holmes, who has been in charge of the abbey 
since 2007. That place is far from the solitary lives 
that some may think monks live. In fact, in this age 
of social media, the monks have embraced what may 
be the most popular form of public self-expression: a 
Facebook page, where they have uploaded photos and 
video testimonials. Some monks will even write blogs.
MILNE, S. Disponível em: www.nytimes.com. Acesso em: 19 jun. 2012 
(adaptado).
A internet costuma ser um veículo de comunicação 
associado às camadas mais jovens da população, 
embora não exclusivamente a elas. Segundo o texto, a 
razão que levou os religiosos a fazerem uma campanha 
publicitária na internet foi o(a) 
a) busca por novos interessados pela vida religiosa de 
monge. 
b) baixo custo e a facilidade de acesso dos monges à 
rede. 
c) desejo de diminuir a solidão vivida pelos monges 
na abadia. 
d) necessidade dos monges de se expressarem 
publicamente. 
e) divulgação de fotos pessoais dos monges no 
Facebook. 
 
3. (ENEM) Lava Mae: Creating Showers on Wheels for 
the Homeless 
San Francisco, according to recent city numbers, has 
4,300 people living on the streets. Among the many 
problems the homeless face is little or no access to 
showers. San Francisco only has about 16 to 20 shower 
stalls to accommodate them. 
But Doniece Sandoval has made it her mission to change 
that. The 51-year-old former marketing executive 
started Lava Mae, a sort of showers on wheels, a new 
project that aims to turn decommissioned city buses 
into shower stations for the homeless. Each bus will 
have two shower stations and Sandoval expects that 
they'll be able to provide 2,000 showers a week. 
ANDREANO, C. Disponível em: http://abcnews.go.com. Acesso em: 26 
jun. 2015 (adaptado). 
A relação dos vocábulos shower, bus e homeless, no 
texto, refere-se a 
a) empregar moradores de rua em lava a jatos para 
ônibus. 
b) criar acesso a banhos gratuitos para moradores de rua.
3
c) comissionar sem-teto para dirigir os ônibus da 
cidade. 
d) exigir das autoridades que os ônibus municipais 
tenham banheiros. 
e) abrigar dois mil moradores de rua em ônibus que 
foram adaptados. 
 
4. (ENEM PPL) Which skin colour are you? The human 
swatch chart that confronts racism
In 1933, in a book called The Masters and the Slaves, 
the Brazilian anthropologist Gilberto Freyre wrote: 
“Every Brazilian, even the light-skinned, fair-haired 
one, carries about him on his soul, when not on soul 
and body alike, the shadow, or at least the birthmark, 
of the aborigine or the negro.” This was forefront in the 
mind of the French artist Pierre David when he moved 
to Brazil in 2009. “When I was in the streets, I could 
see so many skin colours”, he says. He decided to make 
a human colour chart, like one you would find in the 
paint section of B&Q shop, but showing the gradations 
and shades of our skin colour. The project, called 
Nuancier or “swatches”, was first shown at the Museu 
de Arte Moderna in Salvador – Bahia, and is now on 
show in his native France. “Brazil has a better attitude 
to skin colour than other developed nations”, he says. 
“There's no doubt, because the concept of skin colour 
difference was recognised very early in their history. 
Now, it even appears on identity documents.”
Yet Nuancier, David says, is still a critique of racism, 
in Brazil and around the world. “This work may 
seem provocative – to classify men by colour, to 
industrially produce the colour of an individual so it 
can be store-bought. But this is a demonstration of 
the commodification of bodies. It denounces racism 
anywhere it is found in the world.”
SEYMOUR, T. Disponível em: www.theguardian.com. Acesso em: 21 
out. 2015 (adaptado).
O artista francês Pierre David, ao evidenciar seu 
encantamento com a diversidade de cores de peles no 
Brasil, no projeto Nuancier, também 
a) desencadeia um estudo sobre a atitude dos 
brasileiros com base na análise de características 
raciais. 
b) denuncia a discriminação social gerada com a 
distinção de cores na população de Salvador. 
c) destaca a mistura racial como elemento-chave no 
impedimento para a ascensão social. 
d) provoca uma reflexão crítica em relação à 
classificação e à mercantilização das raças. 
e) elabora um produto com base na variedade de cores 
de pele para uso comercial. 
 
5. (ENEM PPL) Most people today have a mobile 
phone. In fact, many people can't imagine how they 
ever got along without a portable phone. However, 
many people also complain about cell phone users. 
People complain about other people loudly discussing 
personal matters in public places. They complain when 
cell phones ring in movie theaters and concert halls. 
They complain about people driving too slow, and not 
paying attention to where they are going because they 
are talking on a cell phone. And they complain about 
people walking around talking to people who aren't 
there.
Whenever a new communications technology 
becomes popular, it changes the way society is 
organized. Society has to invent rules for the polite 
way to use the new devices. Our social etiquette, our 
rules of politeness for cell phones, is still evolving.
Disponível em: www.indianchild.com. Acesso em: 28 fev. 2012 
(adaptado).
O uso de celulares em lugares públicos tem sido prática 
corrente. O texto aponta que essa prática tem gerado 
a) anseios por recursos para ampliar os benefícios dos 
dispositivos. 
b) reclamações sobre a falta de normas no 
comportamento dos usuários. 
c) questionamentos a respeito da dependência 
constante dessa tecnologia. 
d) discussões acerca da legislação para a 
comercialização de telefones. 
e) dúvidas dos usuários em relação ao manuseio de 
novos aparelhos. 
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
QUESTÕES 1 A 45
QUESTÕES 1 A 05 (OPÇÃO ESPANHOL)
1. (ENEM) Que hay de cierto en la fábula de la cigarra 
y la hormiga
Cuenta una conocida fábula que, tras pasar todo un 
verano cantando y ociosa, una cigarra se encontró sin 
alimento y decidió pedir a su vecina la hormiga algo 
que llevarse a la boca. Ésta le ofreció granos de arroz 
acompañados de una moraleja: más vale prevenirque 
lamentar. ¿Merecen su fama de previsoras y afanosas 
4
las hormigas? Sin duda. las hormigas cortadoras de 
hojas (Atta cephalotes), por ejemplo, son consideradas 
las primeras agricultoras del planeta, dedicadas a 
cortar, acarrear e integrar hojas en el jardín de hongos 
del que se alimentan. Otro dato curioso es que se ha 
comprobado que, prácticamente en todas las especies 
de hormigas, las más ancianas asumen trabajos de 
mayor riesgo. De acuerdo con Dawid Moron de la 
Universidad de Jagiellonian (Polonia), esto se debe a 
que es mejor para la colonia sacrificar una vida que 
está cerca de su fin que a un individuo joven.
En cuanto a las cigarras, no se les puede acusar de 
perezosas. Lo que sí es cierto es que los machos pasan 
el verano "cantando" – un sonido que producen con 
unas membranas llamadas timbales – y encaramados 
a un árbol, de cuya savia se alimentan.
Disponível em: www.muyinteresante.es. Acesso em: 31 out. 2012. 
Adaptado.
A fábula é um gênero de ampla divulgação 
frequentemente revisitado com diversos objetivos. No 
texto, a fábula A cigarra e a formiga é retomada para 
a) apresentar ao leitor um ensinamento moral. 
b) reforçar o estereótipo associado às cigarras. 
c) descrever o comportamento dos insetos na natureza. 
d) expor a superioridade das formigas em relação às 
cigarras. 
e) descrever a relação social entre as formigas e 
cigarras na natureza. 
 
2. (ENEM PPL) Reflexiones sobre la xenofobia en 
Europa
La xenofobia es una lacra que se resiste como el peor 
de los cánceres a lo largo de las últimas décadas, al 
punto que el escritor portugués José Saramago se llegó 
a preguntar: “¿Cómo ha sido posible encontrarnos 
con esta plaga de vuelta, después de haberla creído 
extinta para siempre, en qué mundo terrible estamos 
finalmente viviendo, cuando tanto habíamos creído 
haber progresado en la cultura, civilización, derechos 
humanos y otras prebendas...?” Qué hacer para 
mitigar ésta desesperada y abominable situación, es la 
clave que nos debe preocupar de forma urgente en la 
sociedad, ya que el sistema global económico y político 
parece algo mucho más complejo de cambiar a corto o 
medio plazo. La solución – en el sentir más extendido 
entre de la masa social pensante europea – pasa por 
la educación. La educación ha de orientarse hacia 
el fomento de la interdependencia y la cooperación 
entre los pueblos para favorecer la universalidad, 
el reconocimiento recíproco de las culturas y una 
síntesis sociocultural nueva. Dicho de otra manera, 
es preciso promover la idea de la diversidad cultural, 
la igual validez de todas las culturas, el interés 
por otras formas de ver el mundo como fuente de 
enriquecimiento personal y social y la presentación de 
la sociedad multicultural como la sociedad del futuro 
(Gabino y Escribano, 1990).
Disponível em: hemisferioizquierdo.uy. Acesso em: 18 ago. 2017.
Esse texto, que reflete sobre a xenofobia na Europa, 
defende que 
a) o multiculturalismo se apresenta como um 
dificultador nas relações sociais. 
b) a educação intercultural deve insistir na aceitação 
da condição do outro. 
c) o preconceito étnico é uma característica perene da 
sociedade europeia. 
d) o rechaço aos imigrantes é um problema solucionável 
a longo prazo. 
e) a xenofobia seja entendida como uma doença física 
grave. 
 
3. (ENEM PPL) El maíz peruano en la historia
Aunque es más conocida como cuna de la papa, la 
sociedad inca también fue la civilización del maíz, 
cultivo conocido en el Perú desde, por lo menos, 1 
200 años a.C. Los antiguos agricultores peruanos 
lograron sofisticación en la selección y creación de 
nuevas variedades adaptables a los diversos espacios 
geográficos y climáticos. Al respecto, el cronista 
Bernabé Cobo cuenta que en el antiguo Perú se hallaba 
maíz, llamado choclo, de todos los colores: blanco, 
amarillo morado, negro colorado y mezclado. Hoy en 
día, en ese país se cultivan más de 55 variedades de 
la popular mazorca, más que en ningún otro lugar 
del mundo. En los Comentarios Reales de los Incas, 
Garcilaso de la Vega nos ilustra sobre los hábitos 
alimenticios incaicos relatando que uno de los pilares 
de la alimentación era el maíz y que lo comían tostado 
o cocinado en agua. En ocasiones solemnes molían 
los granos para hacer un pan llamado humita. Al maíz 
tostado se le denominaba como aún se le llama hoy: 
cancha, antecesora de las palomitas.
Disponível em: www.yanuq.com. Acesso em: 20 jun. 2012 (adaptado).
O texto destaca a importância do milho na história do 
Peru. Informa que os antigos agricultores peruanos 
a) desenvolveram cinquenta e cinco variedades da 
planta. 
5
b) introduziram o milho em substituição à cultura da 
batata. 
c) expandiram o cultivo do milho a outras partes do 
mundo. 
d) produziram espécies de milho adaptáveis a diversos 
solos. 
e) transformaram o preparo da pipoca em um evento 
solene. 
 
4. (ENEM) Millennials: Así es la generación que ya no 
recuerda cómo era el mundo sin Internet
Algunos los llaman generación Y, otros “Millennials”, 
generación del milenio o incluso “Echo Boomers”.
Nacieron y crecieron en una era de rápido desarrollo 
de las nuevas tecnologías, y casi no recuerdan cómo 
era el mundo sin Internet.
Son idealistas, impacientes y están bien preparados 
académicamente. Muchos de ellos han tenido 
oportunidad de viajar por el mundo a una edad 
temprana, de estudiar en las mejores universidades y 
de trabajar en empresas multinacionales y extranjeras.
La generación Y se compone de este tipo de personas 
que quieren todo a la vez. No están dispuestos a 
soportar un trabajo poco interesante y rutinario, no 
quieren dejar las cosas buenas para luego. Lo que sí 
quieren es dejar su huella en la historia, vivir una 
vida interesante, formar parte de algo grande, crecer 
y desarrollarse, cambiar el mundo que les rodea, y no 
solo ganar dinero.
Disponível em: https://actualidad.rt.com. Acesso em: 4 dez. 2018.
O texto aponta características e interesses da “Geração 
Y”. Nele, a expressão dejar su huella refere-se a um 
dos desejos dessa geração, que é o de 
a) conhecer diferentes lugares. 
b) fazer a diferença no mundo. 
c) aproveitar todas as oportunidades. 
d) obter uma formação acadêmica de excelência. 
e) conquistar boas colocações no mundo do trabalho. 
 
5. (ENEM) Adelfos
Yo soy como las gentes que a mi tierra vinieron
– soy de la raza mora, vieja amiga del sol –,
que todo lo ganaron y todo lo perdieron.
Tengo el ama de nardo del árabe español.
MACHADO, M. Disponível em: www.poetasandaluces.com. Acesso 
em: 22 out. 2015.
Nessa estrofe, o poeta e dramaturgo espanhol Manuel 
Machado reflete acerca 
a) de sua formação identitária plural. 
b) da condição nômade de seus antepassados. 
c) da perda sofrida com o processo de migração. 
d) da dívida do povo espanhol para com o povo árabe. 
e) de sua identificação com os elementos da natureza.
 
QUESTÕES 06 A 45
6. (G1 - UTFPR) “Macaco-louro é achado
 Da reportagem local
 Uma espécie de macaco-prego da mata atlântica 
que há muito tempo não era vista, foi encontrada por 
pesquisadores no Nordeste. Eles estavam em cativeiro 
(presos em casas das pessoas).
 Por ter a pelagem clara, ficou batizado como 
macaco-louro, mas seu nome científico é 'Cebus 
flavius'.
 Dois casais da espécie encontrada estão no 
Centro de Conservação da Fauna do Zoológico de São 
Paulo. A bióloga Cecília Kierulff diz que lá eles serão 
estudados. 'É preciso saber se estão saudáveis, qual 
o seu cardápio e verificar como é a reprodução deles, 
para que procriem'. E talvez no futuro, eles possam 
voltar à natureza."
("Folha de São Paulo", Folhinha, 5/8/06)
Marque a alternativa correta quanto ao texto dado. 
a) A espécie de macacos foi encontrada por 
pesquisadores nordestinos. 
b) As pessoas que estavam de posse dos macacos os 
chamavam por seu nome científico, 'Cebus flavius'. 
c) Os macacos já têm um tempo definido para voltar à 
natureza.d) Os macacos de origem nordestina terão problemas 
de adaptação em São Paulo. 
e) O objetivo de manter os macacos no Zoológico é o 
estudo sobre eles. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia a tirinha abaixo para responder a(s) quest(ões) 
abaixo. Nela aparecem Mafalda (a menina com o laço 
na cabeça), Susanita (a outra menina) e o menino 
Manolito.
6
7. (G1 - IFSC) Assinale a alternativa CORRETA. 
a) Susanita crê que Manolito tem concepções religiosas 
próprias dos homens primitivos, que divinizavam o 
que eram incapazes de compreender. 
b) Na concepção de Susanita, Manolito tem dificuldades 
em compreender os conteúdos escolares. 
c) Susanita expressa uma concepção de escola na qual 
os conhecimentos devem ser cultuados da mesma 
forma como antigamente se cultuavam os fenômenos 
da natureza. 
d) O fato de Susanita referir-se a Manolito como “esse 
aí” (terceiro quadrinho) revela sua simpatia pela 
ingenuidade do colega na relação com os conteúdos 
da escola. 
e) A partir da afirmação final de Susanita, pode-se 
prever que Manolito também tenderá a divinizar os 
fenômenos naturais. 
 
8. (ENEM) 
 
Desiguais na fisionomia, na cor e na raça, o que lhes 
assegura identidade peculiar, são iguais enquanto 
frente de trabalho. Num dos cantos, as chaminés das 
indústrias se alçam verticalmente. No mais, em todo 
o quadro, rostos colados, um ao lado do outro, em 
pirâmide que tende a se prolongar infinitamente, 
como mercadoria que se acumula, pelo quadro afora.
(Nádia Gotlib. "Tarsila do Amaral, a modernista")
O texto aponta no quadro de Tarsila do Amaral um 
tema que também se encontra nos versos transcritos 
em: 
a) "Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas." (Vinícius de Moraes) 
b) "Somos muitos severinos
iguais em tudo e na sina:
a de abrandar estas pedras
suando-se muito em cima." (João Cabral de Melo Neto) 
c) "O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada em arquivos." (Ferreira Gullar) 
d) "Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os
sonhos do mundo." (Fernando Pessoa) 
e) "Os inocentes do Leblon
Não viram o navio entrar (...)
Os inocentes, definitivamente inocentes tudo
ignoravam,
mas a areia é quente, e há um óleo suave
que eles passam pelas costas, e aquecem." (Carlos 
Drummond de Andrade) 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
A última aposta
“Com um discurso em tom de urgência, Obama (o fraco) 
propõe ao Congresso (ainda mais fraco) um pacote de 
447 bilhões de dólares para criar empregos – derradeira 
tentativa de evitar o repique da recessão e uma derrota 
eleitoral em 2012.” Não custa repetir. Obama, na 
Câmara: “Aprovem esse plano imediatamente”, disse 
ele, uma, duas, quatro, seis, oito vezes.
7
9. (G1 - IFSP) No parágrafo do quadro “Empregos 
caros”, as formas verbais “distribuísse” e “poderia” 
estão na base de um enunciado em que se 
a) afirma que os norte-americanos desempregados 
irão receber 80.000 dólares. 
b) nega a existência de outra possibilidade econômica 
diferente daquela proposta por Obama. 
c) cria uma hipótese que demonstra como a criação de 
postos de trabalho é algo custoso. 
d) explicam as facilidades de se criarem empregos no 
governo Obama. 
e) faz uma consideração favorável ao pacote de Obama, 
defendendo-se a ideia de se criarem empregos. 
 
10. (ENEM PPL) Brazil, capital Buenos Aires
No dia em que a bossa nova inventou o Brazil
Teve que fazer direito, senhores pares,
Porque a nossa capital era Buenos Aires,
A nossa capital era Buenos Aires.
E na cultura-Hollywood o cinema dizia
Que em Buenos Aires havia uma praia
Chamada Rio de Janeiro
Que como era gelada só podia ter
Carnaval no mês de fevereiro.
Naquele Rio de Janeiro o tango nasceu
E Mangueira o imortalizou na avenida
Originária das tangas
Com que as índias fingiam
Cobrir a graça sagrada da vida.
Tom Zé. Disponível em http://letras.terra.com.br. Acesso em: abr. 2010.
O texto de Tom Zé, crítico de música, letrista e cantor, 
insere-se em um contexto histórico e cultural que, 
dentro da cultura literária brasileira, define-se como 
a) contemporâneo à poesia concretista e por ela 
influenciado. 
b) sucessor do Romantismo e de seus ideais 
nacionalistas. 
c) expressão do modernismo brasileiro influenciado 
pelas vanguardas europeias. 
d) representante da literatura engajada, de resistência 
ao Estado Novo. 
e) precursor do movimento de afirmação nacionalista, 
o Tropicalismo. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
O texto abaixo serve de referência para responder à(s) 
questão(ões) a seguir.
Será que os dicionários liberaram o ‘dito-cujo’?
Por Sérgio Rodrigues
Brasileirismo informal, termo não está proibido, mas 
deve ser usado de forma brincalhona
O registro num dicionário não dá certificado 
automático de adequação a expressão alguma: 
significa apenas que ela é usada com frequência 
suficiente para merecer a atenção dos lexicógrafos. O 
substantivo “dito-cujo”, que substitui o nome de uma 
pessoa que já foi mencionada ou que por alguma razão 
não se deseja mencionar, é um brasileirismo antigo e, 
de certa forma, consagrado, mas aceitável apenas na 
linguagem coloquial. Mais do que isso: mesmo em 
contextos informais seu emprego deve ser sempre 
“jocoso”, ou seja, brincalhão, como anotam diversos 
lexicógrafos, entre eles o Houaiss e o Francisco Borba. 
Convém que quem fala ou escreve “dito-cujo” deixe 
claro que está se afastando conscientemente do 
registro culto.
Exemplo: “O leão procurou o gerente da Metro e 
se ofereceu para leão da dita-cuja, em troca de 
alimentação”, escreveu Millôr Fernandes numa de 
suas “Fábulas fabulosas”.
(http://veja.abril.com.br/blog/sobrepalavras/consultorio/sera-que-
os-dicionarios-liberaram-odito-cujo/>. Acesso em 13/11/2015. Texto 
adaptado) 
11. (G1 - IFAL) Em vista da intenção do autor – 
refletir sobre o uso da expressão “dito-cujo” –, o texto 
8
se organiza linguisticamente observando certas 
propriedades de estilo. Quanto a essas propriedades, 
apenas está correto o que se afirma em: 
a) A linguagem é culta, com traços de erudição que 
restringem a abrangência de interlocutores do texto, 
conforme objetiva o autor. 
b) O texto compõe-se em estilo formal, sem perder 
de vista a proximidade com o leitor, recurso que está 
adequado à finalidade didática da mensagem. 
c) Desde o título, que vem em forma de pergunta, o 
texto busca o coloquialismo, em diálogo simples com 
o leitor. 
d) O texto é formal e coloquial ao mesmo tempo, pois 
se vale de seriedade e de jocosidade para discutir o 
tema. 
e) O uso exagerado de palavras próprias da linguagem 
oral deixa o texto leve e informal, garantindo a 
compreensão geral deste pelo leitor. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia a charge abaixo para responder as questões.
 
12. (G1 - IFSC) De maneira bem-humorada, o texto 
trata dos relacionamentos via internet. É CORRETO 
afirmar que a alternativa que MELHOR resume a ideia 
geral do texto é: 
a) Pessoas solitárias e tímidas podem valer-se das 
interações virtuais proporcionadas pela internet para 
mostrar ao mundo como realmente são, sem medos 
nem pudores. 
b) Por meio da internet, é possível estabelecer 
relacionamentos sólidos, baseados não somente nos 
dotes físicos, mas também nas qualidades éticas e 
morais do outro. 
c) A interação por meios eletrônicos, como a internet, 
é de grande valor para que as pessoas construam uma 
imagem melhor de si mesmas, ganhando autoestima e 
autoconfiança. 
d) A internet é um mundo de fantasia, no qual tudo 
é permitido, mesmo as fantasias mais delirantes, mas 
sempre respeitando os limites da verdade e da ética. 
e) Em contatos virtuais, por meios eletrônicos, nem 
sempre é possível elaborar julgamentos acertados 
sobre os atributos físicos do interlocutor. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Velho papel pode estar com os anos contados 
Já imaginou, daqui a algumasdécadas, seu neto 
lhe perguntando o que era papel? Pois é, alguns 
pesquisadores já estão trabalhando para que esse dia 
chegue logo.
A suposta ameaça 7à fibra natural não é o desajeitado 
e-book, mas o papel eletrônico, uma 'folha' que você 
carregaria dobrada no bolso.
Ela seria capaz de mostrar o jornal do dia – com vídeos, 
fotos e notícias 8atualizadas –, o livro que você estivesse 
lendo ou qualquer informação antes impressa. Tudo 
ali.
Desde os anos 70, está no ar a 5ideia de papel eletrônico, 
mas as últimas novidades são de duas semanas atrás. 
Cientistas holandeses anunciaram que estão perto de 
criar uma tela com 'quase todas' as propriedades do 
papel: 3leveza, flexibilidade, 4clareza, etc.
A novidade que deixa o invento um pouco mais 
palpável está nos transistores. No papel do futuro, eles 
não serão de 6silício, mas de plástico – que é maleável 
e barato.
Os holandeses dizem já ter um protótipo que mostra 
imagens em movimento em uma tela de duas 
polegadas, ainda que de qualidade 1'meia-boca'.
2Mas não vá celebrando o fim do desmatamento e 
do peso na mochila. A expectativa é que um papel 
eletrônico mais ou menos convincente apareça só 
daqui a cinco anos.
Folha de S. Paulo, 17 dez. 2001. Folhateen, p. 10. 
13. (G1 - IFCE) O narrador do texto 
a) limita-se a dar uma informação. 
b) em nenhum momento se dirige ao leitor. 
c) mostra-se contra o invento. 
d) dialoga com o leitor. 
e) fez uso de uma linguagem essencialmente técnica. 
 
9
14. (G1 - UTFPR) Antigamente as moças chamavam-
se “mademoiselles” e eram todas mimosas e 
muito prendadas. Não faziam anos: completavam 
primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo não 
sendo rapagões, faziam-lhe pé de alferes, arrastando a 
asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio. E se 
levavam tábua, o remédio era tirar o cavalo da chuva e 
ir pregar em outra freguesia. (...)
Os mais idosos, depois da janta, faziam o quilo, saindo 
para tomar a fresca; e também tomavam cautela de 
não apanhar o sereno. Os mais jovens, esses iam ao 
animatógrafo, chupando balas de alteia. Ou sonhavam 
em andar de aeroplano. Estes, de pouco siso, se metiam 
em camisa de onze varas e até em calças pardas; não 
admira que dessem com os burros n’água. 
Carlos Drummond de Andrade
Sobre o excerto acima, retirado da crônica 
“Antigamente”, assinale a alternativa correta. 
a) A linguagem culta formal é opção feita pelo autor, 
mas acaba sendo prejudicada pelos arcaísmos, que 
tornam o texto obsoleto. 
b) A linguagem do texto apoia-se em uma variante 
linguística que demonstra o movimento de mudanças 
constantes que as línguas sofrem, através do tempo. 
c) Por empregar expressões em desuso, existentes 
apenas nos dicionários, o texto desperta interesse 
apenas dos mais idosos. 
d) Contém erros grosseiros, como o uso de palavra 
estrangeira, expressões incompreensíveis como “pé 
de alferes”, “faziam o quilo”, “de pouco siso” etc. 
e) O saudosismo do autor confere ao texto um tom 
muito triste, nostálgico. 
 
15. (G1 - UTFPR) Desde que pesquisada corretamente, 
a modificação genética é um recurso inevitável no 
esporte. É melhor compreendê-la o quanto antes. Até 
porque muitos atletas com um desempenho pior do 
que o dos outros não hesitarão em se oferecer para 
a nova experiência, sem se importarem se haverá 
prejuízos a sua saúde ou não.
Se jogar limpo é mesmo o que preocupa, tornar a 
tecnologia controlada, segura e acessível para todos 
é preferível a sua proibição. Essa atitude afastaria 
qualquer risco de mercado negro e danos irreversíveis 
à integridade física dos esportistas.
(Andy Miah, pesquisador britânico, in "Discovery Magazine", 
setembro/2004, p. 14)
Assinale a alternativa correta, de acordo com o texto. 
a) O autor tem preferência pela proibição da tecnologia 
da modificação genética. 
b) O autor é favorável à legalização da investigação da 
modificação genética. 
c) O autor apresenta opiniões contraditórias a respeito 
da modificação genética. 
d) Os atletas são altruístas, já que se oferecem a novas 
experiências genéticas, mesmo correndo riscos. 
e) A proibição da tecnologia da modificação genética 
protegeria os esportistas de danos irreversíveis a sua 
integridade física. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
16. (ENEM) Quanto às variantes linguísticas presentes 
no texto, a norma padrão da língua portuguesa é 
rigorosamente obedecida por meio 
a) do emprego do pronome demonstrativo “esse” em 
“Porque o senhor publicou esse livro?”. 
b) do emprego do pronome pessoal oblíquo em “Meu 
filho, um escritor publica um livro para parar de 
escrevê-lo!”. 
c) do emprego do pronome possessivo “sua” em “Qual 
foi sua maior motivação?”. 
d) do emprego do vocativo “Meu filho”, que confere à 
fala distanciamento do interlocutor. 
e) da necessária repetição do conectivo no último 
quadrinho. 
 
10
17. (ENEM) O autor da tira utilizou os princípios de 
composição de um conhecido movimento artístico 
para representar a necessidade de um mesmo 
observador aprender a considerar, simultaneamente, 
diferentes pontos de vista.
 
Das obras reproduzidas, todas de autoria do pintor 
espanhol Pablo Picasso, aquela em cuja composição 
foi adotado um procedimento semelhante é: 
a) b) 
c) d) 
e) 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
TEXTO
 
18. (G1 - IFAL) De acordo com a leitura do texto, 
escolha a alternativa correta. 
a) As crianças de hoje perderam o respeito pelos 
adultos e não lhes obedecem, sendo necessário aos 
pais reeducar os filhos para que estes, futuramente, 
não se tornem jovens assaltantes. 
b) O mau desempenho das crianças na escola está 
exclusivamente relacionado à falta de atenção dos 
pais, que passam mais tempo em frente à TV do que 
cuidando da educação dos filhos. 
c) A televisão tem contribuído para tornar as pessoas 
mais agressivas, na medida em que expõe uma 
programação que banaliza a violência e deixa os 
sujeitos insensíveis. 
d) A mensagem veiculada nos dois quadros poderia 
ser substituída pelo ditado: “Dize-me com quem andas 
e te direi quem és.”, mantendo-se a ideia expressa no 
texto original. 
e) Os atos infratores cometidos pelos jovens podem 
estar relacionados à falta de diálogo na família e ao 
mau exemplo dos pais. 
 
19. (ENEM) DOCUMENTO 1
O cômputo da idade da Terra
Da Criação até o Dilúvio.................................1.656 anos
Do Dilúvio até Abraão................................................ 292
Do Nascimento de Abraão até Êxodo do Egito.......... 503
Do Êxodo até a Construção do Templo........................481
Do Templo ao Cativeiro..............................................414
Do Cativeiro até o Nascimento de Jesus Cristo............614
Do Nascimento de Jesus Cristo até hoje....................1.560
Idade da Terra.................................................5.520 anos
11
DOCUMENTO 2
Avalia-se em cerca de quatro e meio bilhões de anos a 
idade da Terra, pela comparação entre a abundância 
relativa de diferentes isótopos de urânio com suas 
diferentes meias-vidas radiativas.
Considerando os dois documentos, podemos afirmar 
que a natureza do pensamento que permite a datação 
da Terra é de natureza: 
a) científica no primeiro e mágica no segundo. 
b) social no primeiro e política no segundo. 
c) religiosa no primeiro e científica no segundo. 
d) religiosa no primeiro e econômica no segundo. 
e) matemática no primeiro e algébrica no segundo. 
 
20. (ENEM PPL) TEXTO I
TEXTO II 
Em janeiro de 1928, Tarsila queria dar um presente 
de aniversário especial ao seu marido, Oswald de 
Andrade. Pintou o Abaporu. Eles acharam que parecia 
uma figura indígena, antropófaga, e Tarsila lembrou-
se do dicionário tupi-guarani de seu pai. Batizou-se 
quadro de Abaporu, que significa homem que come 
carne humana, o antropófago. E Oswald escreveu 
o Manifesto Antropófago e fundaram o Movimento 
Antropofágico. 
Disponível em: www.tarsiladoamaral.com.br. Acesso em:4 ago. 2012 
(adaptado). 
O movimento originado da obra Abaporu pretendia se 
apropriar 
a) da cultura europeia, para originar algo brasileiro. 
b) da arte clássica, para copiar o seu ideal de beleza. 
c) do ideário republicano, para celebrar a modernidade. 
d) das técnicas artísticas nativas, para consagrar sua 
tradição. 
e) da herança colonial brasileira, para preservar sua 
identidade. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Aos treze anos de minha idade, e três da sua, 
separamo-nos, o meu cajueiro e eu. Embarco para o 
Maranhão e ele fica. Na hora, porém, de deixar a casa, 
vou levar-lhe o meu adeus. Abraçando-me ao seu 
tronco, aperto-o de encontro ao meu peito. A resina 
transparente e cheirosa corre-lhe do caule ferido. Na 
ponta do ramo mais alto abotoam os primeiros cachos 
de flores miúdas e arroxeadas, como pequeninas 
unhas de criança com frio.
– Adeus, meu cajueiro! Até a volta!
Ele não diz nada, e eu me vou embora.
Da esquina da rua, olho ainda, por cima da cerca, a 
sua folha mais alta, pequenino lenço verde agitado 
em despedida. E estou em S. Luís, homem-menino, 
lutando pela vida, enrijando o corpo no trabalho bruto 
e fortalecendo a alma no sofrimento, quando recebo 
uma comprida lata de folha acompanhando uma carta 
de minha mãe: “Receberás com esta uma pequena lata 
de doce de caju, em calda. São os primeiros cajus do teu 
cajueiro. São deliciosos, e ele te manda lembranças”.
(CAMPOS, Humberto de. Memórias. São Luís: Instituto Geia, 2009. 
Adaptado) 
21. (G1 - IFSP) Sobre o texto é correto afirmar que 
a) a expressão “homem-menino” significa que o 
narrador partiu de sua cidade para trabalhar e cursar 
a universidade em uma grande metrópole. 
b) o narrador assume a perspectiva da 3ª pessoa 
onisciente, pois relata fatos dos quais tem inteiro 
domínio. 
c) a mãe, embora atenciosa e saudosa, não percebeu a 
relação de amizade entre o filho e o cajueiro. 
d) o texto apresenta dois discursos: o indireto, que 
corresponde à visão do escritor, e o direto, que 
corresponde aos pensamentos do protagonista. 
e) o cajueiro aparece personificado, pois se atribuem a 
ele características próprias de um ser humano. 
 
12
22. (ENEM) 
A origem da obra de arte (2002) é uma instalação seminal 
na obra de Marilá Dardot. Apresentada originalmente 
em sua primeira exposição individual, no Museu de 
Arte da Pampulha, em Belo Horizonte, a obra constitui 
um convite para a interação do espectador, instigado 
a compor palavras e sentenças e a distribuí-las pelo 
campo. Cada letra tem o feitio de um vaso de cerâmica 
(ou será o contrário?) e, à disposição do espectador, 
encontram-se utensílios de plantio, terra e sementes. 
Para abrigar a obra e servir de ponto de partida para a 
criação dos textos, foi construído um pequeno galpão, 
evocando uma estufa ou um ateliê de jardinagem. 
As letras-vaso foram produzidas pela cerâmica que 
funciona no Instituto Inhotim, em Minas Gerais, num 
processo que durou vários meses e contou com a 
participação de dezenas de mulheres das comunidades 
do entorno. Plantar palavras, semear ideias é o que 
nos propõe o trabalho. No contexto de Inhotim, onde 
natureza e arte dialogam de maneira privilegiada, esta 
proposição se torna, de certa maneira, mais perto da 
possibilidade.
Disponível em: www.inhotim.org.br. Acesso em: 22 maio 2013 
(adaptado).
A função da obra de arte como possibilidade de 
experimentação e de construção pode ser constatada 
no trabalho de Marilá Dardot porque 
a) o projeto artístico acontece ao ar livre. 
b) o observador da obra atua como seu criador. 
c) a obra integra-se ao espaço artístico e botânico. 
d) as letras-vaso são utilizadas para o plantio de 
mudas. 
e) as mulheres da comunidade participam na 
confecção das peças. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Viver não dói
Por que sofremos tanto por amor?
(...)
Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer
pelas nossas projeções irrealizadas,
por todas as cidades que gostaríamos
de ter conhecido ao lado do nosso amor
e não conhecemos,
por todos os filhos que gostaríamos de ter tido 
juntos e
não tivemos,
por todos os shows e livros e silêncios
que gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
(...)
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente
conosco, mas por todos os momentos em
que poderíamos estar confidenciando a ela
nossas mais profundas angústias
se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela
euforia sufocada.
(...)
 
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o
desperdício da vida está no amor que não damos, 
nas
forças que não usamos, na prudência egoísta que 
nada
arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, 
perdemos
também a felicidade...
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional.
Carlos Drummond de Andrade
Fonte: www.carlosdrummond.com.br 
23. (G1 - IFAL) Da análise do texto, é correto afirmar que: 
a) A dor é opcional enquanto que o sofrimento é 
inevitável. 
13
b) o seu assunto principal é a efemeridade da vida 
humana. 
c) o texto revela o valor do verdadeiro amor (que 
não damos), das pequenas coisas simples que 
constroem a felicidade, da consciência do tempo que 
desperdiçamos. 
d) o sofrimento existe porque o futuro é confiscado 
do homem, impedindo-o de realizar seus projetos 
e sonhos, uma vez que não há recursos, inclusive 
financeiros, para concretizá-los. 
e) na vida há sonhos e utopia. Somente os sonhos são 
capazes de levar o ser humano a superar o sofrimento 
e a dor. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Texto I
[...] já foi o tempo em que via a convivência como viável, 
só exigindo deste bem comum, piedosamente, o meu 
quinhão, já foi o tempo em que consentia num contrato, 
deixando muitas coisas de fora sem ceder contudo no 
que me era vital, já foi o tempo em que reconhecia a 
existência escandalosa de imaginados valores, coluna 
vertebral de toda ‘ordem’; mas não tive sequer o sopro 
necessário, e, negado o respiro, me foi imposto o 
sufoco; é esta consciência que me libera, é ela hoje que 
me empurra, são outras agora minhas preocupações, é 
hoje outro o meu universo de problemas; num mundo 
estapafúrdio — definitivamente fora de foco — cedo ou 
tarde tudo acaba se reduzindo a um ponto de vista, e 
você que vive paparicando as ciências humanas, nem 
suspeita que paparica uma piada: impossível ordenar o 
mundo dos valores, ninguém arruma a casa do capeta; 
me recuso pois a pensar naquilo em que não mais 
acredito, seja o amor, a amizade, a família, a igreja, a 
humanidade; me lixo com tudo isso! me apavora ainda 
a existência, mas não tenho medo de ficar sozinho, foi 
conscientemente que escolhi o exílio, me bastando 
hoje o cinismo dos grandes indiferentes [...].
NASSAR, R. Um copo de cólera. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
Texto II
Raduan Nassar lançou a novela Um Copo de Cólera 
em 1978, fervilhante narrativa de um confronto verbal 
entre amantes, em que a fúria das palavras cortantes 
se estilhaçava no ar. O embate conjugal ecoava o 
autoritário discurso do poder e da submissão de um 
Brasil que vivia sob o jugo da ditadura militar.
COMODO, R. Um silêncio inquietante. IstoÉ. Disponível em: http://
www.terra.com.br. Acesso em: 15 jul. 2009. 
24. (ENEM) Considerando-se os textos apresentados 
e o contexto político e social no qual foi produzida a 
obra Um Copo de Cólera, verifica-se que o narrador, 
ao dirigir-se à sua parceira, nessa novela, tece um 
discurso 
a) conformista, que procura defender as instituições 
nas quais repousava a autoridade do regime militar no 
Brasil, a saber: a Igreja, a família e o Estado. 
b) pacifista, que procura defender os ideais libertários 
representativos da intelectualidade brasileira 
opositora à ditadura militar na década de 70 do século 
passado.c) desmistificador, escrito em um discurso ágil e 
contundente, que critica os grandes princípios 
humanitários supostamente defendidos por sua 
interlocutora. 
d) politizado, pois apela para o engajamento nas causas 
sociais e para a defesa dos direitos humanos como 
uma única forma de salvamento para a humanidade. 
e) contraditório, ao acusar a sua interlocutora de 
compactuar com o regime repressor da ditadura 
militar, por meio da defesa de instituições como a 
família e a Igreja. 
 
25. (ENEM CANCELADO) Quer evitar pesadelos? 
Então não durma de barriga para cima. Este é o 
conselho de quem garante ter sido atacado pela 
Pisadeira. A meliante costuma agir em São Paulo e 
Minas Gerais. Suas vítimas preferidas são aquelas que 
comeram demais antes de dormir. Desce do telhado 
— seu esconderijo usual — e pisa com muita força no 
peito e na barriga do incauto adormecido, provocando 
os pesadelos. Há controvérsias sobre sua aparência. 
De acordo com alguns, é uma mulher bem gorda. Já o 
escritor Cornélio Pires forneceu a seguinte descrição 
da malfeitora: “Essa é ua muié muito magra, que tem 
os dedos cumprido e seco cum cada unhão! Tem as 
perna curta, cabelo desgadeiado, quexo revirado pra 
riba e nari magro munto arcado; sobranceia cerrado e 
zoio aceso...”
Pelo sim, pelo não, caro amigo... barriga para baixo e 
bons sonhos.
Almanaque de Cultura Popular. Ano 10, out. 2008, nº- 114 
(adaptado).
Considerando que as variedades linguísticas 
existentes no Brasil constituem patrimônio cultural, 
a descrição da personagem lendária, Pisadeira, nas 
palavras do escritor Cornélio Pires, 
a) mostra hábitos linguísticos atribuídos à personagem 
14
lendária. 
b) ironiza vocabulário usado no registro escrito de 
descrição de personagens. 
c) associa a aparência desagradável da personagem ao 
desprestígio da cultura brasileira. 
d) sugere crítica ao tema da superstição como 
integrante da cultura de comunidades interioranas. 
e) valoriza a memória e as identidades nacionais 
pelo registro escrito de variedades linguísticas pouco 
prestigiadas. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
26. (G1 - UTFPR) A partir da leitura da charge é correto 
afirmar que: 
a) não há problemas de entendimento entre a 
recenseadora e a família pesquisada. 
b) a internet é um dos meios de comunicação mais 
utilizados pelas famílias brasileiras. 
c) o censo trabalha com diferentes perguntas de acordo 
com o contexto dos pesquisados. 
d) as perguntas do censo são apenas sobre dados 
básicos da vida da população. 
e) não há no censo adequação das perguntas à 
realidade da maioria da população. 
 
27. (G1 - IFSC) 
 
Sobre a charge, assinale a alternativa CORRETA. 
a) A mensagem de paz do texto que introduz a charge 
apresenta-se substancialmente oposta à imagem 
violenta retratada. 
b) O confronto entre os personagens apresenta uma 
mensagem coerente com a mensagem inicial da 
charge: de amor e paz. 
c) Lutar é algo inerente ao ser humano; por isso pode-
se afirmar que não há qualquer contradição entre a 
mensagem verbal e a não verbal. 
d) As frases da torcida indicam que esses espectadores 
não gostam de violência. 
e) No contexto da charge, a luta pode ser entendida 
como uma forma de violência pacífica. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Entrevistador: Vamos falar de um escritor que você 
ressuscitou (...): Lima Barreto.
João Antônio: (...) Ele é excelente do ponto de vista 
político, do ponto de vista econômico e do ponto de 
vista de uma administração brasileira. Um mulato que 
pagou caro pelo talento que teve, ainda mais porque 
assumiu a sua condição de negro, enfrentou todos os 
percalços e dificuldades que isso impunha, e fez uma 
obra simplesmente, a meu ver, única no Brasil. Não 
ficou apenas no BELETRISMO, numa época em que o 
beletrismo era moda e quase obrigação. (...)
Entrevistador: Quais outros autores você admira, e 
que influenciaram ou não em sua formação literária?
João Antônio: Os autores que me deram alguma 
coisa, dos brasileiros, foram aqueles autores que se 
distinguiram por uma oposição de coragem diante 
da literatura, não somente por fazerem uma FATURA 
estética de alto valor, mas também por buscar 
caminhos cujo EPICENTRO é o homem brasileiro. 
Manuel Antônio de Almeida, Graciliano Ramos, José 
Lins do Rego, Lima Barreto, gente para qual a literatura 
não teve um minuto que significasse brinquedo, a 
literatura não era pó de vaidade, ela era objetivo na 
vida. E não se pense que em algum momento eles 
quiseram destruir o homem brasileiro, pelo contrário, 
eles quiseram compreender e expô-lo e ver se melhora 
alguma coisa em torno desse homem. Esse é o objetivo 
de qualquer literatura que se preze.
O [sub]mundo de João Antônio. Entrevista publicada em setembro 
de 1975, na revista Crítica, em Leão de chácara, São Paulo: Cosac & 
Naify, 2002.
15
28. (G1 - UTFPR) Segundo João Antônio, Manuel 
Antônio de Almeida, Graciliano Ramos, José Lins do 
Rego e Lima Barreto, são autores que o influenciaram: 
a) pela qualidade de seus textos estéticos e pela 
atuação como políticos em partidos de esquerda. 
b) por que escreviam na norma culta, tentavam 
compreender o que é literatura e não eram vaidosos. 
c) pela qualidade de seus textos, com relação à 
utilização da linguagem, pela denúncia e crítica social 
da situação do brasileiro. 
d) pelo tom elevado da linguagem em suas obras e sua 
participação na Academia Brasileira de Letras. 
e) pelo vocabulário requintado e reconhecimento do 
público, manifesto pela compra de livros. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
29. (G1 - UTFPR) De acordo com os quadrinhos acima 
é possível afirmar que: 
a) a mãe não tem dinheiro para colocar o filho em 
atividades educativas. 
b) o filho não entende a fala da mãe. 
c) a pergunta do filho indica que ele não entendeu o 
que a mãe quer para ele. 
d) o desejo da mãe é sobrecarregar o filho de atividades. 
e) com tantas tarefas a criança não tem tempo para 
brincar. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
O horizonte a um centímetro
Há cidades, como o Rio de Janeiro, em que, ao abrir 
uma janela, pode-se enxergar o infinito. Ou não, já que 
ele é infinito. O mar está à nossa frente e, ao fundo, as 
montanhas surgem umas por trás das outras, mas não 
se vê onde terminam.
Pois, com toda essa imensidão ao nosso alcance, 
preferimos trazer o horizonte para cinco centímetros 
do rosto. Essa é a distância entre os olhos e o visor 
dos smartphones e similares que as pessoas carregam 
consigo – e de que não se desgrudam nem para 
atravessar a rua, levar a comida à boca ou dirigir o 
carro. O risco de cair num bueiro, espetar o garfo na 
bochecha ou bater num poste não faz com que tentem 
se livrar desse jugo – mais forte do que todas as formas 
de escravidão a que o ser humano foi submetido nos 
últimos 2.000 anos.
Não contente, o homem conseguiu agora aproximar 
ainda mais o horizonte – a um centímetro do rosto. 
Chegou o Google Glass, um óculos que se equilibra nas 
orelhas e no nariz, como os óculos comuns, mas, em 
vez das lentes, contém uma telinha de uma polegada, 
equipada com câmera, microfone e internet – enfim, 
tudo de que você precisa na vida.
Com ele, pode-se fotografar e gravar imagens, estocá-
las, reproduzi-las e transmiti-las, ditar (não digitar) e 
mandar mensagens de texto, e ler (aliás, ouvir) o jornal 
ou o Guerra e Paz*. Serve também como GPS, controle 
remoto, relógio, TV, iPod e só falta trazer de volta a 
pessoa amada.
Segundo os que já o testaram, o Google Glass provoca 
dor de cabeça, faz a pessoa tropeçar na rua e criará 
uma geração de vesgos se for usado continuamente 
por menores de 13 anos. E seu design é cafonérrimo. 
Ou seja, tem tudo para ser um sucesso de vendas.
(Ruy Castro, Folha de S. Paulo, 13.05.2013. Adaptado)
*Guerra e Paz: extenso romance considerado uma das 
obras-primas de Leon Tolstói. 
30. (G1 - IFSP) Pela leitura do texto, pode-se concluir 
corretamente que, para o autor, 
a)os diversos aplicativos, presentes em aparelhos 
como os smartphones, e a maior proximidade do 
usuário com a tela permitem às pessoas amplo 
domínio da própria liberdade. 
b) o principal atrativo do Google Glass é possibilitar, 
em um curto período de tempo, a leitura de textos 
consagrados da literatura, a exemplo do romance 
Guerra e Paz. 
c) os smartphones e outros celulares, apesar do design 
deselegante e futurista, garantem maior interação 
entre os indivíduos e a realidade que os cerca. 
16
d) as pessoas não utilizam o senso crítico quando 
compram e usam, indiscriminadamente, determinados 
produtos e equipamentos oferecidos pelo mercado 
consumidor. 
e) os indivíduos portadores de deficiências visuais 
substituirão os óculos convencionais pelo Google 
Glass, uma vez que este possui lentes mais leves e 
sofisticadas. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
O gosto da surpresa
Betty Milan
Psicanalista e escritora
Nada é melhor do que se surpreender, olhar o mundo 
com olhos de criança. Por isso as pessoas gostam de 
viajar. Nem o trânsito, nem a fila no aeroporto, nem 
o eventual desconforto do hotel são empecilhos neste 
caso. Só viajar importa, ir de um para outro lugar e 
se entregar à cena que se descortina. Como, aliás, no 
teatro.
O turista compra a viagem baseado nas garantias que 
a agência de turismo oferece, mas se transporta em 
busca de surpresa. Porque é dela que nós precisamos 
mais. Isso explica a célebre frase “navegar é preciso, 
viver não”, erroneamente atribuída a Fernando Pessoa, 
já que data da Idade Média.
Agora, não é necessário se deslocar no espaço para se 
surpreender e se renovar. Olhar atentamente uma flor, 
acompanhar o seu desenvolvimento, do botão à pétala 
caída, pode ser tão enriquecedor quanto visitar um 
monumento histórico.
Tudo depende do olhar. A gente tanto pode olhar 
sem ver nada quanto se maravilhar, uma capacidade 
natural na criança e que o adulto precisa conquistar, 
suspendendo a agitação da vida cotidiana e não se 
deixando absorver por preocupações egocêntricas. 
Como diz um provérbio chinês, a lua só se reflete 
perfeitamente numa água tranquila.
O que nós vemos e ouvimos depende de nós. A 
meditação nos afasta do clamor do cotidiano e nos 
permite, por exemplo, ouvir a nossa respiração. Quem 
escuta com o espírito e não com o ouvido, percebe os 
sons mais sutis. Ouve o silêncio, que é o mais profundo 
de todos os sons, como bem sabem os músicos. 
Numa de suas músicas, Caetano Veloso diz que “só o 
João (Gilberto) é melhor do que o silêncio”. Porque o 
silêncio permite entrar em contato com um outro eu, 
que só existe quando nos voltamos para nós mesmos.
Há milênios, os asiáticos, que valorizam a longevidade, 
se exercitam na meditação, enquanto nós, ocidentais, 
evitamos o desligamento que ela implica. Por 
imaginarmos que sem estar ligado não é possível 
existir, ignoramos que o afastamento do circuito 
habitual propicia uma experiência única de nós 
mesmos, uma experiência sempre nova.
Desde a Idade Média, muitos séculos se passaram. Mas 
o lema dos navegadores continua atual. Surpreender-
se é preciso. A surpresa é a verdadeira fonte da 
juventude, promessa de renovação e de vida.
(Veja, Editora Abril, edição 2184 – ano 43 – nº 39, 29/09/2010, p. 116) 
31. (G1 - IFAL) No texto: “O gosto da surpresa”, Betty 
Milan defende a tese segundo a qual: 
a) viajar é a única forma de experimentar a surpresa, 
e, assim, ver o mundo com os olhos de uma criança. 
Por isso ela cita a frase “Navegar é preciso, viver não”. 
b) precisamos nos surpreender, para o que basta 
enxergar o mundo com outros olhos e, como fazem as 
crianças, perceber o novo nas coisas cotidianas. 
c) o gosto da surpresa depende do ato de olhar as 
maravilhas do mundo infantil, como fazem as crianças, 
de forma natural. 
d) a natureza da criança está condicionada a uma 
percepção das maravilhas do mundo sem a agitação da 
vida cotidiana e livre de preocupações egocêntricas. 
e) a vida cotidiana e o egoísmo afastam as crianças de 
um futuro surpreendente e maravilhoso. 
 
32. (ENEM CANCELADO) Cada vez mais, as pessoas 
trabalham e administram serviços de suas casas, 
como mostra a pesquisa realizada em 1993 pela 
Fundação Europeia para a Melhoria da Qualidade 
de Vida e Ambiente de Trabalho. Por conseguinte, a 
‘centralidade da casa’ é uma tendência importante 
da nova sociedade. Porém, não significa o fim da 
cidade, pois locais de trabalho, escolas, complexos 
médicos, postos de atendimento ao consumidor, 
áreas recreativas, ruas comerciais, shopping centers, 
estádios de esportes e parques ainda existem e 
continuarão existindo.
E as pessoas deslocar-se-ão entre todos esses lugares 
com mobilidade crescente, exatamente devido à 
flexibilidade recém-conquistada pelos sistemas de 
trabalho e integração social em redes: como o tempo 
fica mais flexível, os lugares tornam-se mais singulares 
à medida que as pessoas circulam entre elas em um 
padrão cada vez mais móvel. 
CASTELLS, M. A Sociedade em rede. V. 1. São Paulo: Paz e Terra, 
2002.
17
As tecnologias de informação e comunicação têm 
a capacidade de modificar, inclusive, a forma das 
pessoas trabalharem. De acordo com o proposto pelo 
autor 
a) a ‘centralidade da casa’ tende a concentrar as 
pessoas em suas casas e, consequentemente, reduzir 
a circulação das pessoas nas áreas comuns da cidade, 
como ruas comerciais e shopping centers. 
b) as pessoas irão se deslocar por diversos lugares, com 
mobilidade crescente, propiciada pela flexibilidade 
recém-conquistada pelos sistemas de trabalho e pela 
integração social em redes. 
c) cada vez mais as pessoas trabalham e administram 
serviços de suas casas, tendência que deve diminuir 
com o passar dos anos. 
d) o deslocamento das pessoas entre diversos lugares 
é um dos fatores causadores do estresse nos grandes 
centros urbanos. 
e) o fim da cidade será uma das consequências 
inevitáveis da mobilidade crescente. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Enigma do cérebro avariado
Enquanto cientistas tentam entender a genialidade 
de Albert Einstein, a medicina se surpreende com 
circunstâncias absolutamente opostas: das pessoas 
que vivem bem com apenas parte do cérebro. Dois 
anos atrás, uma radiografia de rotina revelou um 
oco no interior da cabeça de um francês de 44 anos. 
Só depois de submetê-lo a exames de tomografia e 
ressonância magnética, os médicos da Universidade 
do Mediterrâneo, em Marselha, perceberam que ele 
tinha cérebro, mas minúsculo e alojado como uma 
capa rente ao crânio. Ainda assim, esse francês viveu 
quatro décadas sem chamar a atenção. Vinte anos 
atrás o cérebro era visto como sendo formado por 
setores estanques, cada um deles responsável por 
determinada habilidade.
A descoberta da neurogênese, o processo de produção 
de novos neurônios ao longo da vida, em 1998, e o 
avanço da tecnologia de neuroimagens revelaram 
uma realidade diferente. O cérebro tem capacidade de 
se regenerar e de se adaptar. Quando uma área sofre 
dano, outra pode muitas vezes assumir suas funções. 
Oito em cada dez crianças que, para curar a epilepsia, 
tiveram um hemisfério retirado vivem normalmente 
com meio cérebro. “As conexões cerebrais são globais. 
Cada tarefa é realizada não por uma única área, mas 
por uma densa rede de neurônios”, explica Benito 
Damasceno, chefe do departamento de neurologia 
da Faculdade de Medicina da Unicamp. As funções 
vitais, como o batimento cardíaco e a respiração, estão 
protegidas em áreas profundas, como o hipotálamo 
e o tronco cerebral. A maior parte do cérebro é 
constituída de massa encefálica, sem nenhuma função 
vital. Isso explica como uma pessoa pode ter a cabeça 
transpassada por um arpão e sobreviver sem sequelas. 
“O cérebro é mais parecido com uma floresta do que 
com um relógio ou computador, como se pensava 
no passado.”, diz o neurologista Mauro Muszkat, da 
Universidade Federal de São Paulo.
(Carolina Romanini – Revista Veja, 21 de outubro de 2009 p.103)33. (G1 - UTFPR) Pode-se concluir após a leitura do 
texto que: 
a) os estudos do cérebro contribuíram para a cura de 
pacientes com danos cerebrais como a epilepsia. 
b) o cérebro é uma intensa rede neural, oco, com 
setores estanques e com capacidade de regeneração. 
c) a ciência descobriu que o cérebro avariado pode 
se regenerar, porque uma área assume a função da 
afetada. 
d) pensava-se antes que o cérebro se parecia com um 
relógio ou um computador porque possui uma densa 
rede neural. 
e) Albert Einstein foi um neurologista que viveu quatro 
décadas com o cérebro avariado e ainda assim foi um 
gênio. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Seria o fogo em minha casa? Correriam risco de arder 
todos os meus manuscritos, toda a expressão de toda 
a minha vida? Sempre que esta ideia, antigamente, 
simplesmente me ocorrera, um pavor enorme me 
fazia estarrecer. E agora reparei de repente, não sei 
já se com pasmo ou sem pasmo, não sei dizer se com 
pavor ou não, que me não importaria que ardessem. 
Que fonte – que fonte secreta mas tão minha – se me 
havia secado na alma?
Fernando Pessoa: Barão de Teive: a educação do insólito. 
34. (G1 - IFCE) As reflexões do autor se identificam 
melhor com o seguinte posicionamento: 
a) Normalmente, a gente não para para pensar sobre 
a vida, porque ela nunca muda, e, quando alguma 
coisa muda, sempre sabemos quando ocorreu e o que 
ocasionou a alteração, visto que somos nós mesmos 
os agentes conscientes de tudo que se altera em nós. 
18
b) De repente, a gente para para pensar na vida, vê que 
tudo mudou, que não conseguimos mais concordar 
com nossas antigas opiniões, mas, se nos perguntarem, 
sempre sabemos explicar tudo sobre tais mudanças. 
c) Sem precisar de muitas explicações, o pensamento 
da gente começa a se fixar nas mudanças que alteram 
nossa vida, porque alteram nossa opinião sobre as 
coisas, e o melhor disso tudo é que somos sempre 
atentos a cada passo diferente e, por isso, somos 
capazes de dar explicações sobre os diversos aspectos 
em que as coisas mudaram. 
d) Todos os dias, a vida mostra com mais verdade que 
a gente nunca foi capaz de mudar qualquer opinião ou 
sentimento a respeito das coisas que nos são caras. 
e) Um belo momento na vida, a gente para para refletir 
e percebe que as coisas, mesmo as mais profundas 
das nossas particularidades, sempre mudam, embora 
nunca possamos voltar no tempo para contemplar o 
momento exato em que isso ocorreu, bem como nem 
sempre sabemos explicar as causas de tais mudanças. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Como fazíamos sem óculos
Três graus de miopia. Hoje, um diagnóstico como 
esse é bobagem. Afinal, você pode viver normalmente 
usando um par de óculos. Mas há alguns séculos, 
um problema de visão assim era sinônimo de 
aposentadoria.
O senador romano Marco Túlio Cícero, que viveu 
no século I a.C., quase teve de abandonar seu cargo 
quando a idade o impediu de ler sozinho. Como tinha 
dinheiro, resolveu o problema do jeito que se fazia 
na época: comprou escravos que pudessem ler para 
ele. No século IV, o grego Sêneca, autor de tragédias e 
famoso pensador, resolveu o mesmo problema usando 
um pote com água sobre os textos para deixar as letras 
maiores.
Foi aproximadamente pelo ano 1 000 que as lentes 
apareceram na Europa. As primeiras foram criadas 
pelos monges católicos, os poucos alfabetizados na 
época, que usaram cristais de quartzo, topázio ou 
berilo lapidados em forma de semicírculos e polidos. 
O resultado era uma lupa primitiva que se colocava 
em cima do material que se pretendia ler.
Muito tempo se passou até que os homens tivessem 
a ideia de aproximar a lente dos olhos, ou melhor, do 
olho, pois os primeiros modelos de óculos eram feitos 
só para uma vista.
Quando surgiu a versão para dois olhos, tinha o formato 
de um V invertido e era preciso segurar a armação 
com as mãos para que permanecesse apoiada sobre o 
nariz. Nessa época, óculos eram caríssimos, a ponto 
de aparecerem listados em testamentos e inventários.
Foi só em 1752 que o inglês James Ayscough criou 
óculos com duas hastes laterais. Mas apesar de 
terem aberto os olhos de muita gente, muitas tinham 
vergonha de aparecer em público usando o acessório. 
Menos na Espanha, onde as pessoas achavam que 
aquele objeto de vidro as deixava com um ar mais 
importante e respeitoso.
(SOALHEIRO, Barbara. Como fazíamos sem. São Paulo: Panda Books, 
2006. Adaptado) 
35. (G1 - IFSP) De acordo com as informações 
presentes no texto, é correto afirmar que 
a) o senador Cícero e o pensador Sêneca, por serem 
ricos, solucionaram o problema de visão contratando 
serviçais para auxiliá-los. 
b) os monges católicos dedicavam-se à publicação de 
livros, por esse motivo criaram os primeiros óculos no 
fim do século XIV. 
c) as lupas primitivas, feitas a partir de lentes de 
cristais lapidados, eram apoiadas sobre o nariz para 
servirem adequadamente à leitura. 
d) os óculos concebidos por James Ayscough 
representavam para algumas pessoas a possibilidade 
de ostentar um acessório que as distinguia socialmente. 
e) os modelos de óculos com formato em V, dois apoios 
laterais e lentes de cristal raro eram caríssimos, por 
isso faziam parte de testamentos. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia este texto para responder à(s) questão(ões) a 
seguir.
 
19
Heráclito não poderia ser mais certeiro ao afirmar 
que "um homem não pode entrar no mesmo rio duas 
vezes”. Pode ser que os brasileiros nunca mais entrem 
no Rio Doce assim, doce.
“Lira Itabirana”
I
O Rio? É doce.
A Vale? Amarga.
Ai, antes fosse
Mais leve a carga.
II
Entre estatais
E multinacionais,
Quantos ais!
III
A dívida interna.
A dívida externa.
A dívida eterna.
IV
Quantas toneladas exportamos
De ferro?
Quantas lágrimas disfarçamos
Sem berro?
Do Portal Vermelho, Mariana Serafini. In: http://www.vermelho.org.
br/noticia/272915-11 
36. (G1 - IFAL) Considerando o sentido metafórico 
da segunda palavra “doce”, no texto que subscreve a 
paisagem, o referido rio não mais terá justificado o seu 
nome porque será 
a) um rio de água estéril. 
b) um rio de água potável. 
c) um rio de água tranquila. 
d) um rio de água navegável. 
e) um rio de água saudável. 
 
37. (ENEM) 
 
Colcha de retalhos representa a essência do mural e 
convida o público a 
a) apreciar a estética do cotidiano. 
b) interagir com os elementos da composição. 
c) refletir sobre elementos do inconsciente do artista. 
d) reconhecer a estética clássica das formas. 
e) contemplar a obra por meio da movimentação física. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Grande parte dos avanços tecnológicos integra o 
processo evolutivo da comunicação, conduzindo-
nos para uma maior democratização da informação 
e, 1consequentemente, do saber. A comunicação 
virtual introduz um conceito de descentralização 
da informação e do poder de comunicar. Todo 
computador, conectado à internet, possui a capacidade 
de transmitir palavras, imagens, sons. Não se limita 
apenas aos donos de jornais e emissoras; qualquer 
pessoa pode construir um 2site na internet, sobre 
qualquer assunto e propagá-lo de maneira simples. O 
espaço cibernético tem se tornado um lugar essencial, 
um futuro próximo de comunicação completamente 
distinta da mídia clássica. [...].
A internet proporciona a interação entre 3locutor 
e 4interlocutor, 5uma vez que, 6na rede, qualquer 
elemento adquire a possibilidade de interação, 
havendo interconexões entre pessoas dos mais 
diferentes lugares do planeta, facilitando, portanto, o 
contato entre elas, assim como a busca por opiniões 
e ideias convergentes. Uma prova da eficiência da 
internet em construir esse ideal de propagação de 
mensagens e opiniões está na multiplicidade de temas 
que podem ser encontrados nela. Além dos 7sites, as 
listas de discussão, 8que agregam pessoas interessadas 
em um dado assunto, também merecem consideração.
20
É nesse ponto que a internet se sobressai, pois integrae condensa nela todos os recursos de todas as formas 
de 9comunicação, como jornal, por exemplo. Além 
de apresentar todas as funções do jornalismo, que, 
segundo Beltrão são econômica, social educativa e 
de entretenimento, 10ela é um meio de comunicação 
interativo. 11Além disso, há a questão da dinamicidade 
e da interatividade12: 13o espaço virtual, diferentemente 
de um texto de jornal ou revista em papel, está 
constantemente em movimento.
GALLI, Fernanda. Linguagem da internet: um meio de comunicação 
global. In: Hipertexto e gêneros digitais. MARCUSCHI, Luiz Antônio; 
XAVIER, Antonio Carlos (Org.). São Paulo: Cortez, 2010, p. 151-2. 
(adaptado) 
38. (G1 - IFBA) O texto é um fragmento de um 
artigo, que se insere no conjunto dos textos de tipo 
argumentativo, os quais se caracterizam por 
a) apresentar dados sobre um objeto ou fato específico, 
sua descrição e a indicação de suas qualidades. 
b) ter a função apelativa como predominante, e tentar 
convencer o receptor a tender à vontade do emissor. 
c) arranjar uma sequência de fatos na qual os 
personagens se movimentam num determinado 
espaço à medida que o tempo passa. 
d) defender um ponto de vista, em que apresentar 
fundamentos para sustentar a tese é essencial. 
e) representar verbalmente um objeto sensível, através 
da indicação dos seus aspectos mais característicos, 
que o individualizam. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Celular liberado
Em 2010, a pesquisadora em Tecnologias da 
Informação e Comunicação na Educação Glaucia da 
Silva Brito e o mestrando em Educação Marlon de 
Campos Mateus, ambos da Universidade Federal 
do Paraná (UFPR), realizaram uma pesquisa com 
professores de um colégio estadual de Curitiba (PR). 
A pergunta era: é possível usar os aparelhos celulares 
dos alunos com propósito pedagógico em sala de aula? 
A maioria não via nenhuma utilidade nos aparelhos, 
e ainda os considerava como um empecilho em suas 
aulas. Quatro anos depois, é crescente o número de 
professores que veem os celulares com outros olhos. 
E muitos os estão usando como aliados.
No Colégio Vital Brazil, de São Paulo (SP), costuma-se 
dizer que a liberação do uso dos smartphones e outros 
aparelhos eletrônicos em aula foi uma 1“necessidade”. 
A coordenadora pedagógica do ensino médio, Maria 
Helena Esteves da Conceição, conta que, desde 
2013, o uso dos aparelhos eletrônicos passou a ser 
feito em laboratórios e aulas específicas, como artes 
e matemática. Os pesquisadores da UFPR sugerem 
ainda outras possibilidades de uso pedagógico dos 
smartphones: pesquisas em dicionários on-line ou 
aplicativos, a câmera como recurso nas aulas de artes, 
as redes sociais com geolocalização para as aulas de 
geografia. 2Tudo depende do propósito pedagógico e 
da disponibilidade do professor.
3Mas será que esses aparelhos precisam ser usados em 
sala de aula? Não 4haveria outros meios para chegar 
aos mesmos resultados de pesquisa? Para incorporar 
os smartphones nas classes, é preciso preparo dos 
professores e planejamento para as aulas, acredita 
Vanderlei Cardoso, professor e assessor de matemática 
do Colégio Vital Brasil.
Mãe do aluno 5David, do 9º ano do Colégio 
Bandeirantes, Beatriz Silva, 6aprova a utilização dos 
aparelhos eletrônicos em aula, “já que fazem parte do 
dia a dia dessa nova geração” e, segundo sua percepção, 
houve mudanças no processo de aprendizagem 
de seu filho. “Ele se tornou mais motivado para 
7algumas atividades escolares específicas nas 8quais 
usa os aparelhos e apresentou mais autonomia para 
fazer pesquisa na internet e criatividade no uso de 
programas relacionados às artes gráficas”, relata. Mas 
Beatriz não esconde suas preocupações, que são as 
mesmas de muitos pais e pesquisadores, preocupados 
com o uso excessivo da tecnologia no cotidiano de 
jovens e crianças. “Minha preocupação é com o fato 
de os jovens permanecerem o tempo todo conectados 
aos smartphones. Considero que, 9dessa forma, há o 
risco de os recursos de informática se tornarem os 
‘protagonistas’ do processo quando, na verdade, o 
foco deve ser sempre o recurso ‘humano’”, diz Beatriz.
Disponível em: http://revistaeducacao.uol.com.br. Acesso em: 
24.09.2015. Adaptado. 
39. (G1 - IFBA) É possível afirmar que o texto: 
a) conclui que não há problemas pedagógicos ou 
sociais no uso do aparelho celular em sala de aula. 
b) defende o uso do celular em sala de aula como sendo 
mais benéfico do que prejudicial ao ensino. 
c) problematiza o uso do celular em sala de aula, 
apresentando posicionamentos divergentes quanto a 
esse uso. 
d) atribui aos pais a maior parte da responsabilidade 
na orientação dos filhos quanto ao uso do aparelho 
celular. 
21
e) condena o uso do celular em sala de aula, já que 
esse aparelho pode desvalorizar as relações pessoais, 
tornando-as mais mecânicas. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
AS VOZES DO PROTESTO: A TRUCULÊNCIA POLICIAL 
CONTRA AS VOZES À PROCURA DE UMA CAUSA
A onda de protestos que varreu o país em junho de 2013 
teve por impulso o aumento nas tarifas de transporte, 
mas esteve longe de ter uma motivação unificadora da 
multidão. 1Desnudou, de quebra, a capa da civilidade 
que disfarça a truculência de policiais e governadores 
saudosos da ditadura militar.
As pessoas 2saíram às ruas descontentes com 
3discrepâncias como a que há entre a qualidade de 
um serviço público tão básico como o transporte e a 
farra dos empresários da Copa com o erário, que em 
dado momento havia sido justificada por conta de 
benfeitorias que não vieram.
Mas o 4protesto da gota d’água foi às ruas avolumando 
gente com todo tipo de bandeira, da tolerância zero a 
políticos ao fim da PEC 5que tira poderes do Ministério 
Público.
6Em todo mundo, 7de Detroit a Istambul, pipocaram 
movimentos populares apartidários, horizontais, sem 
líderes. Para o sociólogo espanhol Manuel Castells, que 
foi entrevistado pelo jornal Valor Econômico quando 
no Brasil, 8em pleno furdunço das ruas de junho, 9o 
ponto em comum na onda de protestos do planeta é 
a internet.
10Há a visão de que a política é corrupta e os 
partidos monopolizam o poder com um modelo de 
representação que está esgotado. 11a rede mundial 
tornou as relações mais horizontais, apartidárias 
e sem lideranças formais – 12as que se apresentam 
sofrem a reação avessa dos participantes.
As pessoas saíram às ruas 13ávidas por expressão, 
mesmo sem saber o que, juntas, expressariam. Foi 
o mais 14notável movimento de vozes cujo mérito 
é não terem uma voz em comum. A mera existência 
da forma – a insatisfação, seja ela qual for – já era seu 
melhor conteúdo.
Revista Língua Portuguesa, Ano 8, nº93, julho de 2013. 
40. (G1 - IFBA) A partir da leitura do texto, pode-se 
afirmar que 
a) as diferentes vozes presentes nas manifestações 
mostraram que, apesar de levantarem bandeiras 
diferentes, as pessoas tinham um objetivo em comum. 
b) as atitudes exercidas pela polícia e pelos 
governantes, durante a ditadura militar, retornam 
durante as manifestações. 
c) o protesto, mesmo sem liderança, teve a internet 
como um elo entre os manifestantes. 
d) o autor do texto expõe, de forma clara, seu ponto 
de vista sobre a participação de grupos partidários nas 
manifestações. 
e) os chamados vândalos influenciaram na volta de 
uma polícia truculenta, saudosa da ditadura militar. 
 
41. (ENEM PPL) Prima Julieta
Prima Julieta irradiava um fascínio singular. Era a 
feminilidade em pessoa. Quando a conheci, sendo 
ainda garoto e já sensibilíssimo ao charme feminino, 
teria ela uns trinta ou trinta e dois anos de idade.
Apenas pelo seu andar percebia-se que era uma deusa, 
diz Virgílio de outra mulher. Prima Julieta caminhava 
em ritmo lento, agitando a cabeça para trás, remando 
os belos braços brancos. A cabeleira loura incluía 
reflexos metálicos. Ancas poderosas. Os olhos de um 
verde azulado borboleteavam. A voz rouca e ácida, em 
dois planos: voz de pessoa da alta sociedade.
MENDES, M. A idade do serrote. Rio de Janeiro: Sabiá,1968.
Entre os elementos constitutivos dos gêneros, está o 
modo como se organiza a própria composição textual, 
tendo-se em vista o objetivo de seu autor: narrar, 
descrever, argumentar, explicar, instruir. No trecho, 
reconhece-se uma sequência textual 
a) explicativa, em que se expõem informações objetivas 
referentes à prima Julieta. 
b) instrucional, em que se ensina o comportamento 
feminino, inspirado em prima Julieta. 
c) narrativa, em que se contam fatos que, no decorrer 
do tempo, envolvem prima Julieta. 
d) descritiva, em que se constrói a imagem de prima 
Julieta a partir do que os sentidos do enunciador 
captam. 
e) argumentativa, em que se defende a opinião do 
enunciador sobre prima Julieta, buscando-se a adesão 
do leitor a essas ideias. 
 
42. (SIMULADO) Quarto de Despejo, de Carolina Maria 
de Jesus, completa 60 anos
Considerado um best-seller improvável, clássico literário 
segue incômodo e atual e chegou a ser traduzido para 13 
idiomas
22
A luxuosa sede da editora Francisco Alves, em São 
Paulo, presenciava uma noite diferente naquele 19 
de agosto de 1960. Afinal, não era sempre que uma 
mulher negra e de origem humilde lançava um livro, 
ainda mais com uma recepção lotada, com mais de 
1.500 convidados.
(...)
“Ela quebrou o cânone”, avalia o jornalista Tom Farias, 
autor de Carolina – Uma Biografia, lançado em 2018. 
“A academia foi surpreendida por uma linguagem 
coloquial, porém com poder narrativo muito forte, 
muito precisa nas orações que ela faz”, explica. Junto 
do sucesso, vieram as críticas. “A intelectualidade 
torceu o nariz. Não admitiam uma mulher negra, que 
acusavam de iletrada, vender tantos livros como ela 
fez”, reforça. 
Disponível em: https://vermelho.org.br. Acesso em: 3 set. 2020.
Os textos fazem uso constante de recurso que 
permitem a articulação entre suas partes. Quanto à 
construção do fragmento da notícia, o termo 
a) “Ela” retoma a palavra “academia”. 
b) “afinal” introduz uma ideia de finalidade. 
c) “ainda” remete a “19 de agosto de 1960”. 
d) “porém” estabelece uma ideia de adversidade. 
e) “best-seller” retoma a informação “Editora Francisco 
Alves”. 
 
43. (ENEM PPL) Cândido Portinari, nascido em 1903, 
em uma fazenda de café em Brodósqui, no interior do 
estado de São Paulo, é um dos ícones das artes plásticas 
no Brasil e no mundo. Sua vasta e variada obra é um 
dos valiosos patrimônios da cultura brasileira. A 
seguir, são apresentadas pinturas desse grande artista.
 
Na série de pinturas apresentada, Portinari 
a) valoriza o folclore brasileiro com a representação 
de tradicionais brincadeiras infantis, fenômeno da 
cultura popular. 
b) revela seu apego à cultura rural, mediante imagens 
impressionistas de tipos regionais remanescentes em 
algumas áreas do Brasil. 
c) apresenta figuras humanas em estilo 
tradicionalmente acadêmico, com técnica de óleo 
sobre tela, uma influência europeia em sua arte. 
d) representa cenas de sua cidadezinha do interior 
e de sua infância de menino pobre, mas livre, que 
pertencem a um passado que se perdeu. 
e) apresenta uma maneira própria de ver a arte, à 
medida que usa traços, luzes, formas, texturas, com 
impressões de seu estado de espírito no momento da 
criação. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Quarto de Despejo – Diário de uma Favelada
Carolina Maria de Jesus
17 DE MAIO Levantei nervosa. Com vontade de morrer. 
1Já que os pobres estão mal colocados, para que viver? 
2Será que os pobres de outro país sofrem igual aos 
pobres do Brasil? 3Eu estava 4discontente que até 
cheguei a brigar com o meu filho José Carlos sem 
motivo...
... 5Chegou um caminhão aqui na favela. O motorista e 
o seu ajudante jogam umas latas. É linguiça enlatada. 
Penso: é assim que fazem esses comerciantes 
insaciaveis. Ficam esperando os preços subir na 
ganancia de ganhar mais. E quando apodrece jogam 
para os corvos e os infelizes favelados.
6Não houve briga. 7Eu até estou achando 8isso aqui 
monotono. Vejo as crianças abrir as latas de linguiça e 
exclamar satisfeitas:
_ Hum! Tá gostosa!
A Dona Alice deu-me uma para experimentar. 9Mas a 
lata está estufada. Já está podre.
Trecho disponível em: JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo – 
diário de uma favelada. São Paulo: Ática, 2001. 
44. (G1 - IFCE) A informação de que “Não houve briga” 
(referência 6) deixa subentendido que 
a) as crianças geralmente brigavam por linguiça. 
b) eram raras as brigas na favela. 
c) na favela só havia briga por comida. 
d) podia-se esperar briga na favela. 
e) como de costume, ninguém brigou. 
 
45. (SIMULADO) Quem Sabe um Dia
Quem sabe um dia
Quem sabe um seremos
Quem sabe um viveremos
23
Quem sabe um morreremos!
Quem é que
Quem é macho
Quem é fêmea
Quem é humano, apenas!
Sabe amar
Sabe de mim e de si
Sabe de nós
Sabe ser um!
Um dia
Um mês
Um ano
Um(a) vida
QUINTANA, Mário – Antologia Poética, 5ª edição. Rio de Janeiro. Ed. 
Alfaguara.
Na última estrofe do poema, o autor utilizou, como 
recurso de expressividade, a(o) 
a) metáfora, pela comparação subjetiva. 
b) assíndeto, pelo não uso de conetivos. 
c) apóstrofe, pela interpelação ao tempo. 
d) gradação, pela ideia crescente do tempo. 
e) hipérbole, pelo exagero no aspecto temporal. 
ANOTAÇÕES
24
TEMA DE REDAÇÃO: O AUMENTO DOS CASOS DE FRAUDE FINANCEIRA NA INTERNET
TEXTO 1
Conheça os principais golpes praticados na internet
Furto de identidade: alguém se passa por outra pessoa 
para obter vantagens ilícitas. A vítima poderá perder 
dinheiro e temporariamente crédito, ou até ter sua 
reputação abalada. Pode ser demorado e trabalhoso 
reverter todos os problemas causados pelo impostor. 
Antecipação de recursos: um golpista induz a vítima 
a fornecer informações confidenciais ou a realizar um 
pagamento adiantado com a promessa de que esta 
receberá um benefício. Em algum tempo, a vítima 
percebe que o benefício não existe, que foi vítima de 
um golpe e que seus dados e/ou dinheiro ficaram com 
o golpista. 
Golpes de comércio eletrônico: exploram a relação de 
confiança do usuário nos negócios on-line. A vítima 
pode ser atraída por uma oferta imperdível e não 
receber a mercadoria comprada ou o pagamento por 
um produto vendido, além de passar dados seus ao 
golpista. 
Phishing: um golpista tenta obter dados pessoais 
e financeiros de um usuário utilizando técnicas 
de engenharia social. A consequência pode ser o 
vazamento de informações pessoais e financeiras, 
além de infectar o computador com códigos maliciosos. 
Pharming: golpe que envolve o redirecionamento da 
navegação do usuário para sites falsos. A consequência 
será o vazamento de dados pessoais e financeiros, com 
possível perda financeira. Desconfie se, ao digitar o 
endereço do site no navegador, você for redirecionado 
para outro site, o qual tenta realizar alguma ação 
suspeita, como abrir um arquivo ou instalar um 
programa. 
Boato (ou hoax): a mensagem tem conteúdo falso e 
alarmante e geralmente é enviada por uma empresa 
importante ou órgão governamental, e até mesmo 
por um conhecido. Pode trazer problemas tanto para 
aqueles que a recebem e distribuem, como para 
aqueles que são citados em seu conteúdo, como conter 
códigos maliciosos, espalhar desinformação pela 
Internet, comprometer a credibilidade e a reputação 
de pessoas envolvidas. 
Fonte: Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Disponível em: https://
www.tjsc.jus.br/ (adaptado)
TEXTO2
Brasil é líder mundial em golpes de phishing
Um relatório divulgado pela Kaspersky revelou que o 
Brasil foi líder mundial em phishing em 2020. O país 
ficou à frente de Portugal, França, Tunísia e Guiana 
Francesa, que completam a lista dos cinco territórios 
com maior índice de roubo de dados no ano passado. 
Nesse tipo de golpe, bandidos roubam informações 
sigilosas das vítimas a partir de falsas promoções ou 
links maliciosos divulgados na Internet. Segundo a 
pesquisa,

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